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Exclusiva – Bracell não confirma fábrica de celulose em Bataguassu (MS)

Empresa avalia o Estado como estratégico para seus negócios, mas ainda não sinalizou positivamente sobre a instalação de um segundo empreendimento no Estado, além de Água Clara

A Bracell, empresa do grupo indonésio Royal Golden Eagle (RGE) e uma das principais produtoras de celulose solúvel do mundo, em meados de agosto do ano passado, teve a instalação de sua primeira fábrica em Água Clara (MS) anunciada. A confirmação ganhou forças, com publicações feitas pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência Tecnologia e Inovação (SEMADESC). Porém, a notícia sobre a possibilidade da vinda de uma segunda unidade da empresa para Bataguassu, também em MS, tem movimentado os bastidores do setor e repercutido na imprensa, sem um posicionamento oficial positivo a respeito até o momento.  

A empresa segue com trâmites documentais para implementação de seu projeto em Água Clara. Em outubro de 2024, o Governo do Estado, entregou o termo de referência para que Bracell realize o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório Impacto do Meio Ambiente) da obra da fábrica de celulose a ser construída no município. O documento foi entregue pelo secretário Jaime Verruck (SEMADESC), aos diretores da empresa. O processo de licenciamento ambiental já foi iniciado, com estudo previsto para ficar pronto neste mês de fevereiro.

Até o momento a empresa não de manifestou sobre a construção de uma segunda fábrica em Mato Grosso do Sul, e com exclusividade ao Mais Floresta, passou o seguinte posicionamento: “A Bracell informa que considera o Estado do Mato Grosso do Sul estratégico para seus negócios e que continua avaliando possibilidades de investimentos além de Água Clara”. Entretanto, fontes do Governo do Estado informaram a esta redação, que a empresa abriu processos de licenciamento ambiental nas duas cidades: Água Clara e Bataguassu.

Em Água Clara o novo investimento da Bracell vem de encontro para elevar ainda mais as potencialidades do setor florestal do Mato Grosso do Sul, prospectando-o como um pólo em destaque a nível internacional, colaborando diretamente para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, e geração de renda. A empresa também já atua no Estado através da MS Florestal, especializada em silvicultura para a produção de celulose no Brasil, com operações centralizadas em Campo Grande e Água Clara.

Estão em operação atualmente em Mato Grosso do Sul, a Eldorado Brasil Celulose, a Suzano em Três Lagoas, além da unidade da Suzano inaugurada ano passado em Ribas do Rio Pardo – atualmente a maior fábrica do mundo, e em Inocência a Arauco já deu início nas obras de sua primeira fábrica de celulose no Brasil. Se confirmada, a segunda unidade da Bracell seria a sexta indústria a ser construída no Estado e a sétima linha em operação.

Vale da Celulose & novos investimentos

A indústria de papel e celulose se destaca no cenário socioeconômico nacional, e Mato Grosso do Sul segue como o epicentro da instalação de megaprojetos, se consolidando a nível global como o Vale da Celulose. Cerca de R$ 105 bilhões em investimentos foram anunciados no Brasil até 2028, sendo mais de 70% deles destinados para o Estado – R$ 75 bilhões, conforme dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Atualmente, o setor inaugura uma nova fábrica a cada 18 meses, consolidando seu papel como protagonista na economia brasileira.

Investimentos em MS

Em dezembro do ano passado foi realizada a inauguração oficial da nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, com um investimento de R$ 22,5 bilhões, e capacidade de produzir 2,5 de celulose por ano. Em Inocência, acontecem as obras da primeira fábrica de celulose da Arauco no Brasil – a maior fábrica de celulose do mundo em linha única –, com um total de investimentos de R$ 26,6 bilhões, para uma capacidade instalada de produção de 3,5 milhões de toneladas por ano, e previsão para entrar em operação em 2027. Já a Bracell vai investir cerca de R$ 23,1 bilhões em seu novo megaempreendimento em Água Clara, que terá capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano, se tornando a sexta fábrica do setor no Estado.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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1º no ranking: crescimento econômico de Mato Grosso do Sul ganha destaque nacional

Agro e celulose colaboram diretamente para os resultados e dados de avanços do Estado

Mato Grosso do Sul lidera as principais projeções divulgadas até aqui sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025 entre os estados brasileiros. Tanto na lista do Banco do Brasil quanto da consultoria Tendências, o Estado é o primeiro colocado entre os 26 estados e o Distrito Federal. O agronegócio deve ser a principal alavacanda desse panorama.

Divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Estadão, o ranking da Tendências – que tem à frente nomes como o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, e o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega – aponta crescimento de 4,4% para Mato Grosso do Sul, quase 1 ponto percentual à frente do segundo colocado Mato Grosso, que tem previsão de 3,7%.

Com uma safra de grãos que em 2004/25 pode alcançar o recorde de 322,25 milhões de toneladas, o Centro-Oeste deve puxar a economia nacional, após as lavouras locais serem prejudicadas pelo fenômeno climático El Niño. A média de crescimento da região deve ser de 2,8%, contra 1,8% do Sul, 1,6% do Sudeste, 2% do Nordeste e 2,7% da Região Norte.

Já no início de janeiro, o Banco do Brasil também divulgou seu relatório revisado da Resenha Regional, relaborado pelo setor de assessoramento econômico do banco e que traz as perspectivas ‘do que esperar para as regiões brasileiras em 2025?’.

Mato Grosso do Sul mais uma vez aparece na liderança do ranking, com projeção de 4,2% de crescimento, contra uma média geral de 2,2% no país. O segundo colocado é o Mato Grosso, com 4,1%, enquanto o Rio Grande do Sul aparece em terceiro, com 4,0%. A média por região é de 3,2% no Centro-Oeste, 3% no Sul, 2,7% no Norte, 1,9% no Nordeste e 1,7% no Sudeste.

Agro e celulose em alta

Dividindo o PIB total por setores, a projeção de crescimento do PIB agropecuário de Mato Grosso do Sul é de 11,7%, o maior do país, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 11,4%. A média nacional nesse setor é de 6% – ou seja, quase metade do índice sul-mato-grossense.

“Entre os estados de produção mais expressiva, contemplando as duas safras, o crescimento é esperado com mais intensidade no Mato Grosso do Sul (32,9%), Rio Grande do Sul (20,8%) e Rondônia (22,4%). Na outra direção, Mato Grosso, maior produtor nacional, deve apresentar recuo na produção (6,4%) impactado pelo recuo no rendimento médio (-6,4%), especialmente da 2ª safra”, destaca trecho da resenha ao falar sobre o volume da produção.

Outro setor que ganha expressão é a industria de papel e celulose, que já tem R$ 105 bilhões em investimentos anunciados no Brasil até 2028, sendo mais de 70% deles destinados para o Mato Grosso do Sul – R$ 75 bilhões, conforme dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).

A resenha do Banco do Brasil aponta tais investimentos também como fomentadores essenciais para o crescimento econômico sul-mato-grossense, em especial no volume industrial. “Com abertura de novas fábricas, ampliação das plantas já existentes e obras de infraestrutura logística para escoamento da produção e traz boas expectativas no âmbito regional”.

Economia forte e em constante crescimento

Nos últimos seis anos o PIB dobrou em Mato Grosso do Sul, puxado pela revolução do agronegócio, agroindustrialização e pela chegada de grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose. Com condições climáticas favoráveis, a agricultura deve se consolidar ainda mais como um dos principais motores econômicos da região.

Dentro desse cenário positivo, Mato Grosso Sul se destaca nas projeções de crescimento e, além do agronegócio, outros setores também devem impulsionar o desenvolvimento regional, como a indústria alimentícia e de serviços, que deve se beneficiar com a expansão do agro.

De acordo com a coordenadora de Estatística e Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Bruna Dias, o ciclo de investimentos e a expansão da agroindústria têm gerado impactos significativos no mercado de trabalho, aumentando a ocupação e promovendo o crescimento da renda média da população.

“O rendimento médio mensal real da população residente passou de R$ 2.561 em 2015 para R$ 3.035 em 2023, demonstrando aumento consistente da renda. Na indústria, a remuneração real média também acompanhou essa evolução, crescendo de R$ 3.025,64 em 2015 para R$ 3.547,95 em 2023”, comenta Bruna, que completa a explicação.

“Esse avanço da renda média amplia a base de consumo de produtos mais elaborados e serviços de maior valor agregado, incentivando a industrialização e a diversificação econômica. Como vetor importante de desenvolvimento econômico e social, esse processo gera impactos positivos em diversas áreas, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo em crescimento”, conclui.

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Epson lança máquina que fabrica papel a partir de papel reciclado

A PaperLab A-8100 inova ao produzir papel a partir de papel reciclado sem usar água

A Epson, multinacional japonesa conhecida por suas inovações em impressão e tecnologia, lançou a PaperLab A-8100, uma máquina capaz de fabricar papel novo a partir de papel reciclado sem utilizar água. O equipamento transforma a gestão de resíduos nos escritórios e oferece uma alternativa mais sustentável para empresas que buscam reduzir seu impacto ambiental.

Diferente dos métodos tradicionais, que demandam grandes volumes de água e processos industriais complexos, a máquina da Epson utiliza um sistema a seco para fragmentar, descompactar e remodelar fibras de celulose. Esse procedimento permite a fabricação de papel reciclado diretamente dentro das instalações empresariais, reduzindo a dependência de fornecedores externos e minimizando custos, além de contribuir para a diminuição das emissões que este transporte logístico gera.

Foto: crédito Epson.

Um dos principais diferenciais do PaperLab A-8100 é sua capacidade de processar uma ampla variedade de tipos de papel, um avanço possibilitado por um sensor inteligente que identifica automaticamente o material inserido. Esse recurso ajusta os parâmetros de produção sem necessidade de intervenção manual, tornando a operação mais eficiente e reduzindo o desperdício de insumos.

Monitoramento em tempo real

Um dos destaques do PaperLab A-8100 é sua integração com o Epson Cloud Solution PORT, uma plataforma que possibilita o acompanhamento do impacto ambiental da empresa em tempo real. Por meio dessa tecnologia, os usuários podem acessar dados detalhados sobre a economia de recursos, incluindo a redução de emissões de dióxido de carbono (CO₂), o consumo de água evitado e a quantidade de resíduos minimizados. Compatível com dispositivos móveis e computadores, a ferramenta facilita a gestão sustentável e permite que as empresas compartilhem suas conquistas ambientais com clientes, parceiros e stakeholders.

Mais opções de formato e aplicação

Além da inovação tecnológica, o PaperLab A-8100 também se destaca pela versatilidade na produção de papel. O equipamento suporta uma variedade maior de tamanhos, incluindo formatos superiores ao A3 e o tradicional A4. Essa flexibilidade amplia as possibilidades de uso, permitindo que empresas fabriquem materiais personalizados, como cadernos, pastas e documentos específicos, sem a necessidade de recorrer a fornecedores externos, otimizando custos e tempo de produção.

PaperLab A-8100, da Epson.

Segurança e eficiência para empresas

A PaperLab A-8100 também oferece um benefício estratégico para empresas que lidam com informações sigilosas pelo fato de o equipamento permitir a reciclagem de documentos diretamente nas instalações corporativas, eliminando a necessidade de transporte para descarte ou reprocessamento externo. Essa funcionalidade reduz significativamente o risco de vazamento de dados, tornando a tecnologia especialmente atraente para setores como finanças, governo e saúde, onde a proteção de informações confidenciais é uma prioridade.

O lançamento do PaperLab A-8000 na Europa, em 2019, já havia sinalizado o compromisso da Epson com a inovação e a sustentabilidade. Agora, com o A-8100, a empresa avança ainda mais nessa proposta, atendendo às crescentes demandas do mercado por soluções tecnológicas mais seguras e ecologicamente responsáveis.

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O potencial e os desafios do setor florestal brasileiro em 2025

Tecnologia, gestão estratégica de dados e infraestrutura são essenciais para o crescimento do setor no Brasil

O setor florestal brasileiro, um dos maiores impulsionadores da economia do país, vai além da produção de celulose para papel. “O papel é apenas um dos mais de cem produtos derivados da celulose. Provavelmente, todos nós estamos rodeados por itens que contêm esse material, como roupas, óculos, cadeiras, carros e até medicamentos”, afirma Ronaldo Soares, gerente geral florestal da Hexagon. Essa versatilidade coloca o Brasil como líder mundial na exportação de celulose, com um faturamento de US$ 7,9 bilhões em 2023, segundo o Relatório Anual da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).

O setor está vivendo uma fase de crescimento acelerado, com investimentos que superam R$ 140 bilhões. Soares observa que este volume de investimentos é inédito nos quase 30 anos de sua atuação na indústria. Grandes empresas estão ampliando suas fábricas e ativos florestais, com o objetivo de manter a competitividade global. O Mato Grosso do Sul, por exemplo, está se consolidando como um polo estratégico da celulose, com avanços significativos tanto no campo quanto na indústria.

A utilização de tecnologias avançadas é essencial para o Brasil manter sua liderança no mercado internacional. Soares ressalta que o planejamento estratégico deve guiar a adoção de inovações tecnológicas. “As empresas precisam escolher soluções que atendam suas necessidades de longo prazo, assim como fazemos com a escolha de um celular, que deve ser funcional por um bom período. A mesma lógica deve ser aplicada às tecnologias empresariais”, explica.

Com mais de 10 anos de experiência na Hexagon, Soares destaca como o Brasil tem avançado no uso de tecnologias, superando, em alguns aspectos, países europeus. “Estamos em um ritmo impressionante de inovação aplicada. Quando visitamos centros de pesquisa de outros países, a impressão é de que estamos retornando aos anos 70 em termos de tecnologia”, afirma. No entanto, ele adverte que a logística continua sendo um grande obstáculo para o pleno potencial do setor.

“Produzimos de maneira eficiente, mas a logística ainda é um desafio. O transporte no Brasil é caro e ineficiente, principalmente por depender do modal rodoviário. Melhorias no transporte ferroviário poderiam reduzir custos e aumentar ainda mais nossa competitividade global”, analisa Soares.

Outro ponto crucial é o impacto da tecnologia nas operações florestais. Atualmente, as operações contam com monitoramento em tempo real, redução de desperdícios e maior previsibilidade de problemas. Contudo, Soares enfatiza que a tecnologia só traz benefícios reais se houver uma equipe capacitada para interpretá-la e tomar decisões adequadas. “O potencial de ganho é imenso, mas exige preparação. Se a empresa não tiver uma equipe pronta para lidar com as informações geradas, a tecnologia pode gerar mais confusão do que benefícios”, explica.

A gestão de dados também se configura como um dos maiores desafios do setor. “Geramos quase 100 informações por segundo no nosso sistema. A questão é: como utilizamos essas informações?”, questiona Soares. Ele alerta que o excesso de dados pode ser tão prejudicial quanto a falta deles. “Sem uma equipe que analise e gere insights práticos, os dados acabam se acumulando sem gerar valor”, afirma.

Para Soares, o setor florestal brasileiro tem um papel estratégico na economia global. Para maximizar seu potencial, é fundamental equilibrar investimentos em infraestrutura, avanços tecnológicos e uma gestão eficiente de dados. “A tecnologia é um poderoso instrumento, mas sem uma equipe qualificada e um planejamento estratégico bem estruturado, ela não pode entregar os resultados esperados”, conclui.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Klabin fecha acordo de R$ 1,8 bilhão com TIMO para Projeto Plateau

A Klabin S.A. (KLBN11), uma das principais empresas do setor de papel e celulose do Brasil, divulgou um Fato Relevante nesta data, informando sobre o fechamento do Projeto Plateau em parceria com uma Timber Investment Management Organization (TIMO). Este é um passo importante para a companhia, que demonstra seu comprometimento com o crescimento sustentável e a inovação dentro do setor.

Aporte Financeiro Significativo

No mesmo comunicado, a Klabin anunciou que foi realizado um aporte inicial de R$ 0,8 bilhão como parte do investimento no Projeto Plateau. Este valor é uma demonstração da confiança da Klabin em suas operações e das oportunidades que o projeto oferece. Além disso, a companhia destacou que espera um segundo aporte, que deverá ocorrer no segundo trimestre de 2025, no montante de R$ 1,0 bilhão, sujeito a ajustes contratuais.

Impacto no Setor

Esses investimentos não apenas fortalecem a posição da Klabin no mercado, mas também sinalizam um compromisso com práticas de manejo florestal sustentável, que é uma prioridade crescente no setor de papel e celulose. A atuação da Klabin em projetos como o Plateau pode gerar resultados financeiros positivos e contribuir para o crescimento da empresa no longo prazo.

Os investidores estão sendo observados quanto às implicações desses novos desenvolvimentos. O aumento de capital para iniciativas verdes e sustentáveis cada vez mais se torna um fator diferenciador em um mercado competitivo, o que pode atrair novos investidores que buscam apoiar práticas empresariais responsáveis.

Confira abaixo o Fato Relevante onde a Klabin informa que realizou o fechamento do Projeto Plateau com a Timber Investment Management Organization.

Informações: Acionista.

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Cientistas buscam patente de método ‘verde’ para tratar principal resíduo da indústria de papel

O ácido acético, um componente do vinagre, foi usado por pesquisadores da Unesp e da UFSCar para fracionar a chamada lignina kraft. Método permite obter nanopartículas com diferentes propriedades, inclusive proteção contra raios UV

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) usaram um solvente verde para promover o fracionamento da chamada “lignina kraft”, resíduo abundante da indústria brasileira de papel e celulose: o ácido acético – principal componente do vinagre. Trata-se de uma opção renovável e biodegradável, o que confere uma abordagem sustentável ao processo.

Como explica Jessica Rodrigues, engenheira química, doutora em ciência dos materiais pela UFSCar e atualmente pós-doutoranda na Unesp, campus de Sorocaba, a lignina é uma molécula altamente complexa e heterogênea, o que dificulta seu uso em diversas aplicações. Daí a ideia de fracioná-la, separando-a em porções específicas.

“Existem vários tipos de lignina: a kraft, a alcalina, a organosolv, a sulfonada, entre outras. Esses tipos variam conforme o tratamento da matéria-prima, já que os nomes se referem ao processo de extração da lignina. Quando o eucalipto é tratado pelo processo kraft para o isolamento da celulose, a lignina kraft é gerada como subproduto. Nós a escolhemos porque é o resíduo obtido em maior quantidade na indústria de papel no Brasil. Sabemos que suas estruturas fenólicas são aplicáveis em vários campos, desde materiais avançados até nanotecnologia. Assim, pegamos o subproduto da indústria e adicionamos valor a ele.”

A pesquisadora explica que a ideia partiu do fato de o ácido acético já ser utilizado para extração de lignina organosolv. “Então, pensamos: por que não usar o ácido acético para fracionar a lignina kraft? Ele é de baixo custo, se comparado ao metanol, ao acetato de etila e a outros solventes utilizados para esse fim, além de poder ser produzido a partir de resíduos. Sem contar que é seguro e, em baixa concentração, pode ser encontrado em produtos comerciais.”

A patente requerida ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sob o número BR 10 2024 0201817, chama-se “Processo verde para obtenção de frações específicas de lignina kraft e aplicações em nanotecnologia” e envolve mais quatro cientistas, além de Rodrigues: Leonardo Fraceto, coordenador de Inovação do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima (CBioClima), Vagner BotaroAmanda de Sousa Martinez de Freitas e Marystela Ferreira.

O trabalho é apoiado pela FAPESP por meio de cinco projetos (23/06505-922/03399-017/21004-523/00335-4 e 21/10639-5).

Rodrigues salienta que existem várias maneiras de fracionar a lignina kraft, como a precipitação com ácido sulfúrico, reduzindo o pH, ou ainda por ultrafiltração, separando por tamanho. Também é possível fracioná-la usando fracionamento sequencial em solventes orgânicos. “Conseguimos fazer o fracionamento com um único solvente, variando apenas as porcentagens de solvente.”

Proteção UV

O grupo percebeu que, ao utilizar 30%, 40% e 50% de ácido acético, obteve frações mais homogêneas de lignina e com diferentes propriedades. “A lignina fracionada com 30% de ácido acético é rica em grupos hidroxila [OH] fenólicos, enquanto a fracionada com 50% desse solvente é rica em OH alifático.” Esses grupos são indicadores usados na caracterização da lignina, que não é uma molécula bem definida.

Segundo Rodrigues, uma das propriedades do OH fenólico é a capacidade de proteção UV. “É possível produzir protetores UV a partir dessa lignina rica em OH fenólico, que foi o que acabamos fazendo aqui: obtivemos uma nanopartícula a partir de algumas frações dessa lignina e vimos que essa nanopartícula forma uma cápsula em torno do ativo que se quer proteger. E a eficiência de encapsulamento foi muito boa.”

Ela explica que, quanto maior porcentagem de OH alifático, menor é o tamanho da partícula. E quanto maior a porcentagem de OH fenólico, maior é o tamanho da nanopartícula e maior é a proteção UV.

Os pesquisadores estão estudando também a biodegradação das nanopartículas em solo e em água com o objetivo de reduzir, no ambiente, a emissão de microplásticos utilizados pela agricultura. Fertilizantes, herbicidas e outros produtos agrícolas que possuem componentes considerados microplásticos, ao serem aplicados em larga escala, acabam gerando impactos pelo acúmulo desse material no solo e na água.

O grupo está interessado no que chama de correlação estrutura-desempenho. “Esperamos, em algum momento, poder especificar as áreas de aplicação dessas nanopartículas quando têm maior porcentagem de OH fenólico e quando têm maior teor de OH alifático. Pensamos em termos de biorrefinaria: conseguir mostrar que cada fração da lignina é interessante para uma área de aplicação.”

Nesse sentido, os pesquisadores produziram vários artigos. O primeiro, sobre a própria patente, já foi submetido a um periódico de impacto internacional. “Em um segundo artigo, usamos as frações de lignina como estabilizante de outra nanopartícula já existente, produzida com polímeros biodegradáveis sintéticos. E testamos essas nanopartículas no controle de plantas daninhas, picão-preto e caruru. E, no último, testamos sua eficiência na liberação de fertilizante NPK no solo. Ou seja: desenvolvemos pesquisas em várias vertentes para fazer a prova de conceito da relação estrutura-desempenho.”

Biodegradação

Segundo Rodrigues, pela diversidade de aplicações, o grupo pensa em adicionar possíveis produtos derivados das frações de lignina à patente de processo já requerida. E, naturalmente, tentar fazer parcerias com a indústria. “Já estabilizamos as nanopartículas e, agora, queremos observar como elas se comportam nos testes de biodegradação, verificando se liberam microplásticos no processo.”

O grupo quer relacionar estabilidade e biodegradação, desenvolvendo protocolos para comprovar a biodegradabilidade. “Devido ao tamanho em nanoescala das partículas, a comprovação é desafiadora. Estamos estudando os protocolos já existentes e desenvolvendo os nossos.”

Informações: Agência FAPESP.

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Industrialização: duas empresas anunciam instalação em Três Lagoas (MS) e reforçam o desenvolvimento regional

A Andritz e a White Martins atenderão principalmente a crescente demanda da indústria de celulose na região

Três Lagoas continua a se consolidar como um dos principais polos industriais de Mato Grosso do Sul com a confirmação da instalação de duas novas empresas: a Andritz e a White Martins. A chegada dessas empresas reforça a vocação econômica do município, especialmente no setor de celulose e papel, e deve gerar novos empregos e movimentar a economia local.

O grupo internacional de tecnologia Andritz anunciou a construção de um centro de serviços de última geração para equipamentos de celulose e papel. O empreendimento atenderá principalmente as fábricas de Mato Grosso do Sul e regiões vizinhas, oferecendo serviços como reparação, reconstrução, atualização de equipamentos e manutenção. Também servirá como centro de fabricação e distribuição, garantindo a disponibilidade de peças estratégicas para a indústria.

A unidade será instalada às margens da BR-158, no bairro Montanini, em um terreno de 30.000 m², sendo 6.000 m² destinados à oficina e outros 6.000 m² à preservação ambiental. A previsão é que o empreendimento fique pronto no primeiro trimestre de 2026, criando cerca de 50 empregos diretos e 150 indiretos. Quando entrar totalmente em operação, o núcleo deverá empregar mais de 130 trabalhadores.

Já a White Martins, referência na produção e distribuição de gases industriais e medicinais, investirá cerca de R$ 15 milhões em Três Lagoas. A nova unidade atenderá à crescente demanda da indústria de celulose, garantindo maior eficiência logística e suporte às empresas já instaladas, como Suzano, Eldorado e Arauco.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marco Antônio Gomes Júnior, ressaltou a importância dessas novas empresas para o município. Segundo ele, a localização estratégica de Três Lagoas e os incentivos fiscais estaduais vigentes até 2032 têm sido decisivos para atrair novos investimentos. “Nosso objetivo é adensar a cadeia produtiva da celulose, trazendo empresas que prestam serviços para esse setor, como a Andritz. Além disso, estamos em contato com a White Martins para consolidar sua planta aqui. A logística favorável e o crescimento da indústria de celulose justificam esse movimento”, afirmou o secretário.

Marco Antônio também destacou os esforços da gestão municipal para impulsionar o desenvolvimento econômico. Desde o início da nova administração, a equipe tem mantido um diálogo próximo com o Sistema S e outras entidades para otimizar processos e facilitar a atração de investimentos. “Estamos fortalecendo a qualificação da mão de obra local por meio da Funtrab e buscando garantir que a infraestrutura da cidade esteja preparada para receber novas empresas e trabalhadores”, explicou.
O secretário enfatizou ainda a necessidade de promover Três Lagoas em eventos e reuniões do setor para atrair mais investidores. “Três Lagoas é um polo de celulose reconhecido internacionalmente. Precisamos estar presentes nos principais eventos para consolidar nossa posição e garantir que o município continue crescendo de forma sustentável.”

Informações: RCN 67.

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Expedição de papelão ondulado bate recorde em 2024

Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que a expedição em 2024 foi de 4.240.138 toneladas, alta de 4,9% em relação a 2023. Este volume é o recorde de expedição anual da Empapel.

Na comparação trimestral, o boletim Empapel apurou uma alta na expedição de papelão
ondulado de 4,2% no 4° trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período em 2023. No
segundo semestre, a expedição foi superior em 4,2% em relação ao mesmo período do ano
anterior.

Na comparação mensal, em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de
papelão ondulado alcançou de 313.487 toneladas no mês. O Índice Brasileiro de Papelão Ondulado
(IBPO) aponta queda de 1,1% em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior,
para 139,6 pontos (2005=100).

Esta foi a primeira e única queda interanual no ano de 2024.
Por dia útil, o volume de expedição foi de 12.539 toneladas, uma queda de 1,1% na comparação
interanual, em que dezembro de 2024 registrou a mesma quantidade de dias que em 2023 (25
dias úteis).

Expedição de Papelão Ondulado (Dados originais em toneladas e variação interanual)


Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de dezembro registrou queda de 3,3%
no IBPO, para 154,6 pontos, equivalentes a 346.301 toneladas. Esse é o menor resultado da
expedição desde novembro de 2023 (343.803 t), na série sazonalmente ajustada. Na mesma
métrica, a expedição por dia útil foi de 13.852, uma alta de 7,2% na comparação com o mês
anterior.

Expedição de Papelão Ondulado
(Dados dessazonalizados em toneladas e em médias móveis trimestrais)

No boletim de dezembro, o volume expedido de papelão ondulado com ajuste sazonal no quarto
trimestre de 2024 foi superior em 0,6% em comparação com o volume do trimestre
imediatamente anterior.

Informações: EMPAPEL | Imagem: divulgação.

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Suzano e UEMS abrem seleção com 40 vagas para curso de tecnólogo em Silvicultura em Ribas do Rio Pardo (MS)

Há 20 vagas para o público geral e outras 20 destinadas a colaboradores(as) da empresa; as pessoas interessadas podem fazer a inscrição até o dia 16/02 pelo site da UEMS (https://www.uems.br/pro-reitoria/proe/dind)

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso do Sul (UEMS), está oferecendo 40 vagas para formação de Tecnólogo em Silvicultura, em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável da região, valorizando a mão de obra local e ampliando o acesso à educação profissionalizante.

No total, há 20 vagas para o público geral e outras 20 destinadas a colaboradores(as) da empresa, por meio de convênio com a UEMS. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela internet e estão abertas até as 23h59 do dia 16 de fevereiro (horário oficial de Mato Grosso do Sul) no endereço eletrônico https://www.uems.br/pro-reitoria/proe/dind.

De acordo com Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a oferta do curso de Tecnólogo em Silvicultura reflete o compromisso da empresa com o desenvolvimento regional e o fortalecimento do relacionamento com as comunidades próximas à nova fábrica da companhia.

“A Suzano desempenha um papel importante ao contribuir para o desenvolvimento das regiões onde atua. Por meio de iniciativas como esta, buscamos fomentar a geração de empregos, valorizar a mão de obra local e apoiar o crescimento econômico sustentável. Guiados pelo nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, estamos promovendo novas oportunidades e oferecendo qualificação para as comunidades em que estamos inseridos, tornando mais acessível o ingresso na carreira florestal”, destaca.

O resultado das inscrições homologadas será divulgado no dia 18 de fevereiro e a listagem final com a convocação para as matrículas está prevista a partir do dia 27 de fevereiro. O edital e o cronograma completos do certame podem ser acessados por meio do link https://www.uems.br/anexos/download/22116

Pré-requisitos

As vagas serão preenchidas por meio de Ampla Concorrência e Reserva de Vagas, distribuídas entre as seguintes categorias: 20% para pessoas negras que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas públicas; 10% para indígenas nas mesmas condições; 10% para residentes em Mato Grosso do Sul há mais de 10 anos; e 5% para pessoas com deficiência (PCD). Para as Vagas Gerais, é preciso possuir Certificado de Conclusão do Ensino Médio (ou equivalente) ou que comprove sua conclusão até a data de entrega dos documentos necessários para efetivação da matrícula.

Para concorrer às vagas destinadas a colaboradores da Suzano, é necessário o preenchimento da Ficha de Inscrição Digital, anexando o Histórico Escolar do Ensino Médio ou o Certificado de Conclusão do Ensino Médio obtido por meio do ENCCEJA, emitido pelas instituições certificadoras (secretarias estaduais de Educação ou institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia), além de apresentar a declaração de vínculo com a empresa.

Classificação e matrícula

Após a inscrição no processo seletivo, as pessoas candidatas serão classificadas em ordem decrescente, com base na maior nota em Língua Portuguesa registrada no Histórico Escolar do Ensino Médio ou na pontuação correspondente na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias do ENEM ou ENCCEJA. Caso o histórico utilize uma escala diferente de 0 a 10, a instituição deve informar a equivalência, caso isso não aconteça, a conversão será realizada proporcionalmente. Para históricos que utilizam conceitos em vez de notas numéricas, será aplicada uma tabela de equivalência. Já no ENCCEJA, cuja pontuação máxima para Linguagens é de 180 pontos, e no ENEM, com máximo de 1.000 pontos, a conversão seguirá a tabela definida no edital. Em caso de empate, terá preferência o candidato de maior idade.

Os(as) candidatos(as) serão convocados para matrícula conforme a ordem classificatória, e só poderá efetivá-la caso estejam em posse do Certificado de Conclusão do Ensino Médio e dos demais documentos exigidos no Edital de Convocação para Matrícula. Os resultados do Processo Seletivo do Curso de Silvicultura, tecnológico-UEMS 2025, serão válidos exclusivamente para ingresso no ano letivo de 2025, respeitando o limite de chamadas previstas no edital específico.

Ensino Médio Técnico

Com o objetivo de ampliar o acesso à educação profissionalizante no município, além das oportunidades para tecnólogo, a Suzano, em parceria com o Governo do Estado, está promovendo cursos de nível médio de qualificação profissional em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa inclui o acesso a Ensino Médio Profissionalizante e programa EJA Qualifica (Educação de Jovens e Adultos) destinados à formação de viveirista florestal. As aulas terão início em fevereiro e serão realizadas na Escola Estadual João Ponce de Arruda, que faz parte da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE/MS).

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Usina da Suzano pode gerar energia por seis meses para Mato Grosso do Sul

A usina utiliza como principal combustível o licor negro, uma biomassa de origem florestal de alto teor energético gerado pela própria indústria

A Usina Termelétrica (UTE) da Suzano, localizada em Ribas do Rio Pardo no Mato Groso do Sul, iniciou oficialmente sua operação comercial nesta semana. A usina utiliza como principal combustível o licor negro, uma biomassa de origem florestal de alto teor energético gerado pela própria indústria de celulose e papel da empresa.

Com a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), emitida em 29 de janeiro, a UTE Suzano passa a integrar a matriz elétrica do Brasil, com capacidade instalada de 384 megawatts (MW). A usina gerará energia suficiente para abastecer todas as residências de Mato Grosso do Sul por pelo menos seis meses, embora a maior parte dessa energia seja destinada ao funcionamento da própria fábrica. 

O licor negro é classificado como uma biomassa de origem florestal de alto teor energético.

A usina faz parte de um esforço do governo e do setor privado para ampliar e diversificar a oferta de energia no Brasil. Além de garantir autossuficiência energética para a Suzano, o excedente de aproximadamente 180 MW será direcionado para os fornecedores da fábrica e contribuirá para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse excedente é capaz de abastecer uma região com mais de 2 milhões de habitantes, como duas cidades do porte de Campo Grande.

Com a autorização para integrar o SIN, a usina se torna a segunda maior geradora de energia a partir de biomassa no Brasil, atrás apenas da unidade em Lençóis Paulista, SP. No estado de Mato Grosso do Sul, é a segunda maior, perdendo apenas para a usina termelétrica da Petrobras em Três Lagoas. A maior geradora do estado é a usina de Jupiá, localizada na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A biomassa de licor negro é um subproduto do processo Kraft, utilizado na produção de celulose. Quando queimado na caldeira, o licor negro gera calor e vapor, o que, por sua vez, produz eletricidade. Além da UTE Suzano, há outros 22 empreendimentos no Brasil que utilizam licor negro para geração de energia, com uma capacidade total de 3.307.000 kW.

Confira a publicação sobre o tema no portal do Governo Federal: https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/noticias/2025/aneel-libera-operacao-comercial-de-usina-no-mato-grosso-do-sul

Informações: Capital News.

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