PÁGINA BLOG
Featured Image

A onda do carbono – Que o sonho não vire pesadelo

*Artigo de Nelson Barboza Leite

A silvicultura brasileira está entrando numa nova onda de crescimento. Chegou firme e forte o carbono! Embora existam inúmeras alternativas para captação de carbono, sem nenhuma dúvida, as opções que envolvem a silvicultura estão se despontando como as mais promissoras. E num país continental como o Brasil é fácil imaginar que serão ilimitadas as oportunidades de negócios de carbono para mitigação de problemas climáticos. E tudo na escala de milhões e bilhões. É aí que mora o perigo!

Já tivemos no Brasil episódio muito parecido com o incentivo fiscal para reflorestamento da década 60/70. Um sucesso para alguns, uma vergonha para muitos! Há de se reconhecer que o setor de celulose, a siderurgia a carvão vegetal, enfim, todas as indústrias à base de florestas plantadas não podem negar que um dia usaram os incentivos fiscais para reflorestamento. Mas esses são os que conseguiram escapar do mundo de erros estratégicos e agentes mal-intencionados. São os bem sucedidos que salvaram os incentivos e não querem nem ouvir falar de suas origens.

E os incentivos só conseguiram subsistir, graças ao esforço gigantesco de entidades representativas e de empresas com empreendimentos muito bem sucedidos. Esses mostraram a viabilidade do negócio bem feito. O próprio Governo, convencido da imprescindível necessidade de madeira, também não poupou esforço para acelerar o “rapa” na picaretagem, que pululava para todos os cantos. A atividade vivia sob intensa repulsa da sociedade diante de abusos escandalosos. As lições ficaram. Uma pena que os bons exemplos não sejam aproveitados, mas que jamais sejam esquecidos os erros, primariamente, cometidos. E lembrar que quase mataram a silvicultura!

Mas está aí o carbono. Firme e forte com milhões e bilhões e despertando interessados para todos os lados. Os mais bem informados já encontraram os atalhos para caminharem. Talvez a desinformação esteja dificultando o “caminho das pedras”, mas o barulho provocativo é enorme!

Causa muita estranheza, o fato, de não existir nenhuma instituição para comandar e orientar os programas, estabelecer as diretrizes prioritárias, dar rumo às atividades. Não é fácil o acesso a documentos que mostrem o que fazer, como fazer, onde fazer, com quem se informar.
Faltam informações claras sobre a metodologia para apresentar programas, quem monitora, quem corrige e até onde aprender. Tudo parece muito abstrato! Até os milhões e bilhões que encantam, só poucos sabem como se habilitar ao acesso!

Não se duvida da competência e idoneidade de profissionais que se encontram ligados ao assunto, mas é de se lamentar que não se criem, com certa urgência, os caminhos, as regras e critérios para que o assunto cresça e se desenvolva sem os riscos de se transformar numa tremenda encrenca, e mate excepcional alternativa para criação de benefícios sociais e ambientais para toda a sociedade!


*Nelson Barboza Leite é agrônomo e silvicultor.

Crédito imagem: Mais Floresta.

Featured Image

Sustentabilidade: cerne da engenharia florestal

Artigo de Cícero Ramos

Em 1713 — há 312 anos — o saxão Hans Carl von Carlowitz (1645-1714) escreveu sua obra Silvicultura Oeconomica, na qual defendia a conservação, o cultivo e o uso da madeira de forma contínua, estável e sustentável. Esse trabalho marcou o primeiro registro documentado do termo Nachhaltigkeit, que significa sustentabilidade. Esse marco também é considerado o início de uma abordagem científica para as atividades florestais, que se expandiu da Europa Central para o resto do mundo, chegando ao Brasil em 1960.

Diversas medidas foram adotadas ao longo da história para preservar as florestas. Na Alemanha, por exemplo, leis já em 1330 estabeleciam que o corte de madeiras deveria ser moderado e não causar devastação. Vilarejos, associações agrícolas, mosteiros e cidades implementaram regras específicas para esse fim, como a proibição do corte de árvores que produziam alimentos (frutas) e produtos florestais não madeireiros. Essas áreas eram colhidas anualmente e, em seguida, protegidas contra o retorno da população até que a regeneração das árvores fosse garantida.

Na França medieval, o conceito de sustentabilidade surgiu na palavra soustenir (sustentar), presente na Ordonnance de Brunoy, a primeira lei francesa conhecida sobre gestão de cursos de água e florestas. Promulgada em 1346 por Filipe VI, a lei exigia que os proprietários de florestas e cursos de água garantissem sua manutenção para que pudessem “se sustentar perpetuamente”.

Na Grã-Bretanha, em 1664, John Evelyn apresentou seu livro Sylva: A Discourse of Forest-Trees and the Propagation of Timber ao rei e à Royal Society. A obra, reeditada várias vezes no século XVII, incentivou o plantio de milhões de árvores, inclusive em propriedades rurais da aristocracia.

Apesar desses esforços, a conservação e gestão dos recursos florestais mostraram-se insuficientes. No século XVII, durante o primeiro período de industrialização, a demanda por madeira na Europa cresceu exponencialmente, levando à exploração intensiva de florestas e à abertura de novas áreas. Na Alemanha, Áustria e Suíça, a madeira era essencial para as indústrias de mineração. Já em países costeiros como Grã-Bretanha, França, Portugal, Espanha e Suécia, a preocupação era garantir o abastecimento de madeira para a construção naval. A pressão por madeira e terras agrícolas resultou em desmatamento extensivo e regeneração inadequada, causando impactos significativos nas florestas, conforme relatado por observadores da época.

Em 1713, Hans Carl von Carlowitz, chefe da administração mineira da Saxônia, publicou Silvicultura Oeconomica, um tratado de 300 páginas que defendia o uso sustentável das florestas. Baseando-se em sua experiência, publicações de terceiros e contatos internacionais, von Carlowitz propôs uma nova abordagem para o manejo florestal. O livro tornou-se leitura obrigatória para silvicultores, administradores governamentais e gestores do setor de mineração. A segunda edição, publicada em 1732, expandiu ainda mais suas ideias.

O conceito de sustentabilidade de von Carlowitz foi ampliado por outros especialistas. Wilhelm Gottfried Moser, em Grundsätze der Forst-Ökonomie (1757), destacou os aspectos intra e intergeracionais da sustentabilidade, afirmando que o homem deve viver não apenas para si, mas também para o benefício das gerações futuras. Georg-Ludwig Hartig, em Anweisung zur Taxation der Forste (1795), enfatizou a importância de garantir que as gerações futuras pudessem usufruir dos mesmos benefícios das florestas.

Essas ideias lançaram as bases para o conceito moderno de desenvolvimento sustentável, definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987) como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”.

No início do século XIX, o termo Nachhaltigkeit ganhou destaque na pesquisa e educação florestal. Escolas técnicas e academias florestais foram estabelecidas, como o Instituto Florestal de Tharandt, fundado por Heinrich von Cotta em 1811. A França também seguiu o exemplo, com a criação da Escola Nacional de Silvicultura em Nancy no ano de 1824 e a promulgação do Código Florestal Francês em 1827.

Especialistas florestais europeus tornaram-se influentes, e suas ideias se espalharam globalmente. Estudantes estrangeiros foram atraídos para essas instituições, e graduados levaram os princípios da sustentabilidade para outros países. Por exemplo, Johann Georg von Langen, um influente engenheiro florestal alemão, ajudou a desenvolver a gestão florestal na Dinamarca e na Noruega, enquanto especialistas alemães foram contratados para estabelecer a profissão florestal na Rússia.

Embora países como a Alemanha já tenham aplicado técnicas de silvicultura e gestão florestal sustentável desde o século XIX, o Brasil, apesar de abrigar uma das maiores florestas e biodiversidade do planeta, levou tempo para incorporar práticas científicas e educacionais nessa área. A primeira tentativa de ensino superior voltado à silvicultura ocorreu em 1875, com a fundação da Escola Agrícola da Bahia, que oferecia cursos para formar Silvicultores, Agrônomos, Engenheiros Agrícolas e Veterinários. No entanto, não há registros de que tenha formado, de fato, Silvicultores. Assim, a exploração das florestas nativas no Brasil continuou de maneira empírica, sem o suporte técnico necessário.

O Brasil demorou a reconhecer a importância de capacitar profissionais para gerenciar suas florestas de forma sustentável, países como Venezuela, Colômbia, Chile e Argentina já haviam implantado escolas de Engenharia Florestal.

Somente em 1960 foi criada a Escola Nacional de Florestas, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento e o crescimento do setor florestal no Brasil. Com o apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a Agricultura, foi estabelecido o primeiro curso de Engenharia Florestal do país, na cidade de Viçosa, Minas Gerais, por meio do Decreto nº 48.247, de 30 de maio de 1960.

Hans Carl von Carlowitz cunhou o termo Nachhaltigkeit (sustentabilidade) e definiu o manejo florestal como uma prática que deve garantir o uso contínuo, estável e sustentável dos recursos, defendendo que o consumo de madeira deve permanecer dentro dos limites que a área florestal pode produzir e suportar, ou seja, não se deve derrubar o estoque de árvores maduras até que se observe que há crescimento suficiente no local. Essa visão pioneira está refletida nos princípios técnicos e científicos que norteiam o manejo florestal atual, ao relacionar a intensidade da exploração à capacidade de suporte ambiental da floresta e definir ciclos de corte alinhados ao tempo necessário para a recuperação dos volumes extraídos.

No manejo florestal da Amazônia, com engenheiros florestais como responsáveis técnicos, são identificadas as árvores maduras que podem ser colhidas da floresta, sendo retiradas, em média, de três a cinco árvores por hectare. Também são determinadas as árvores jovens que permanecerão na floresta, as árvores porta-sementes (mães) que serão responsáveis pela renovação da floresta, além das árvores protegidas por lei, como é o caso da Castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.), por exemplo. Após a exploração das árvores maduras selecionadas para manejo, por meio de técnicas de exploração de impacto reduzido (EIR), ocorre uma abertura no dossel das copas que permite a entrada de luz na floresta, estimulando a regeneração natural e o banco de plântulas, favorecendo o crescimento em diâmetro e incremento volumétrico das árvores que, por meio da fotossíntese, retiram o dióxido de carbono () da atmosfera e o transformam em oxigênio (), contribuindo para o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais.

O manejo florestal sustentável é uma das abordagens mais eficazes e inteligentes para combater o desmatamento e atividades ilegais. Ele permite a exploração econômica de produtos florestais, garante a manutenção de serviços ambientais e contribui para a geração de empregos e renda na região amazônica. Além disso, essa prática promove a arrecadação de impostos, oferece segurança jurídica ao setor florestal e favorece a conservação da biodiversidade para as gerações presentes e futuras.  O manejo florestal não se compara e tampouco pressupõe qualquer forma de remoção de vegetação, mesmo que legal.

O conceito de sustentabilidade é o cerne da engenharia florestal. Foi com esse objetivo que a profissão foi criada: tornar sustentável. A matéria-prima de origem florestal é essencial para a humanidade e exige um longo período para sua produção. O crescimento populacional e a demanda estão diretamente ligados. Portanto, é fundamental planejar as atividades para que ela seja sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Conclusão

O legado de Hans Carl von Carlowitz, com mais de três séculos de história, mantém-se profundamente relevante no debate contemporâneo sobre sustentabilidade. Seu conceito de Nachhaltigkeit (sustentabilidade), cunhado em 1713, transcendeu fronteiras e tornou-se um pilar essencial para a conservação e o manejo responsável dos recursos florestais em todo o mundo. Ao revisitarmos suas ideias, percebemos que a sustentabilidade não se limita a uma mera necessidade — ela se apresenta como uma oportunidade para inovar, repensar práticas e construir um futuro mais equilibrado e recipiente. Nesse contexto, a engenharia florestal, que neste ano celebra os 65 anos da fundação do curso no Brasil, se consolida como uma profissão essencial, oferecendo soluções técnicas e científicas para a proteção e restauração de ecossistemas florestais.


*Cícero Ramos, engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

Fonte de pesquisa:

FAO – The Food and Agriculture Organization of the United Nations – An international review of forestry and forest products – Unasylva Number 65 Vol. 16 (2) 1962 disponível em: https://www.fao.org/4/b3200e/b3200e00.htm#Contents

FAO – The Food and Agriculture Organization of the United Nations Unasylva n°. 64, 2013/1 300 anos de silvicultura sustentável ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA Roma, 2013 . Disponível em: https://www.fao.org/4/i3364e/i3364e00.htm

Hans Carl von Carlowitz – A descoberta da sustentabilidade. Disponível em: https://akademielandpartie.de/2019/10/01/hans-carl-von-carlowitz-die-entdeckung-der-nachhaltigkeit/

Featured Image

Veracel Celulose promove ação interna de capacitação para motoristas

Simulador de trânsito visa preparar os condutores para possíveis situações adversas e amplia, na prática, a capacitação dos motoristas da empresa que trafegam pelas estradas da região Sul da Bahia

Veracel Celulose, indústria com operação no Sul da Bahia, e sua transportadora parceira JSL, estão promovendo uma ação imersiva de segurança no trânsito a partir de um simulador de direção de caminhão, projetado para replicar diversas situações do dia a dia nas estradas. 

A ação, restrita para funcionários, visa capacitar os motoristas que fazem o transporte de madeira da Veracel entre os projetos florestais da companhia, na Bahia e em Minas Gerais. O simulador de tritrem – veículos compostos por um caminhão e três reboques – replica diversas condições adversas que os motoristas podem enfrentar ao longo do expediente para prepará-los para qualquer tipo de situação.

Diego Cezana, coordenador de Logística de Madeira da Veracel, explica como funciona a dinâmica da atividade. “Um instrutor acompanha a atividade de simulação e, por meio de um painel de controle, criamos situações adversas que os motoristas podem enfrentar no dia a dia, como chuva, travessia de animais e de pedestres, algum problema no veículo, entre outros tipos de ocorrências para as quais precisamos que os motoristas estejam sempre preparados para reagir com segurança”, comenta.

Toda a atividade de simulação é feita dentro de um caminhão itinerante da JSL, que permite expandir a iniciativa para outros locais em que a transportadora atua. Depois de uma semana na fábrica da Veracel, em Eunápolis, o simulador foi transferido para o Terminal Marítimo de Belmonte, para o treinamento dos motoristas que também atuam pela Veracel no local.

Trânsito seguro sempre

Além do investimento em capacitação, a Veracel já promove uma série de ações em prol do bem-estar dos motoristas que atuam a serviço da empresa. Um exemplo disso é o monitoramento em tempo real de todos os veículos de sua frota. O sistema de monitoramento alerta os motoristas sobre limites de velocidade e, caso o automóvel esteja acima do permitido, a ferramenta avisa simultaneamente o condutor e as centrais de monitoramento que operam 24 horas por dia. Atualmente, a Veracel possui 165 veículos leves, 20 caminhões de apoio e 160 carretas que transportam madeira e celulose.

A empresa também adota um sistema com câmeras que permite identificar sinais de fadiga nos condutores remotamente. Caso seja identificado qualquer sinal de cansaço pelas expressões faciais do motorista, um alerta sonoro é emitido para dentro do veículo e para a central de monitoramento da empresa de transporte. Com isso, o motorista é acionado por celular ou rádio, sendo orientado a parar o veículo em local seguro, relatar como está se sentindo, realizar alongamentos ou descansar por um período.

 Treinamentos e oportunidades na Veracel

A Veracel informa que seus treinamentos internos, incluindo este e outros programas de capacitação, são destinados exclusivamente a funcionários já contratados. Para aqueles que têm interesse em fazer parte da empresa, todas as vagas disponíveis podem ser consultadas no site https://www.veracel.com.br/vagas/.

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 7º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

Featured Image

“Existe a decisão do Governo de compartilhar parte do risco da Rota da Celulose”, diz governador de MS

A administração de Eduardo Riedel (PSDB) é uma das pioneiras no Brasil na adoção de uma modelagem econômico-financeira para concessões públicas que tem tudo para fazer muito sucesso no País: um instrumento segundo o qual, a partir de um certo nível de deficit operacional ou de resultados positivos, o Estado participa do empreendimento.

“Se o tráfego diminuir e comprometer o resultado para a empresa, o Governo vai participar disso, terá de aportar recursos para cobrir esse deficit. Por outro lado, se houver um aumento de demanda e o resultado for acima da expectativa, o Governo também terá participação no resultado positivo”, afirma o governador sobre o leilão da Rota da Celulose, conjunto de rodovias estaduais e federais que ligam Mato Grosso do Sul a São Paulo e que será leiloado em maio.

Em entrevista ao Correio do Estado, o governador de Mato Grosso do Sul também falou sobre a Malha Oeste, que tem grandes chances de ser destravada em breve, a restrição do uso de telefones celulares nas escolas, medida que terá início com o retorno do ano letivo, e o Pacto Pantanal e um de seus instrumentos, o pagamento por serviços ambientais (PSA), outra ação inovadora do governo que será implementada em breve.

O edital da Rota da Celulose foi publicado recentemente, após o leilão ter sido cancelado em dezembro. Quais foram os principais ajustes e qual a expectativa do governo para o próximo leilão?

Foi a mercado, e naquele momento houve o fator externo da conjuntura econômica, que não ajudou em nada. Porque naquela época estava claramente posta uma desconfiança do mercado relacionada com a política de juros e de equilíbrio fiscal, o que atrapalhou muito. Mas também houve fatores internos do projeto. 

O projeto estava muito justo em relação ao volume de investimento e à taxa de retorno, o que era um problema na ocasião. Todo o investimento estava muito concentrado nos três anos iniciais, então nós ajustamos algumas questões como essa. 

Hoje estamos em um momento em que aquela situação de dezembro está mais arrefecida, e a gente prontamente reestruturou o projeto e já avançou para colocar ele agora neste primeiro semestre.
 
Este projeto traz um mecanismo inovador quanto à mitigação dos riscos do concessionário. Explique como funcionará.

Estas novas modelagens [de concessões] têm dado cada vez mais garantia ao investidor. Então imagine, ao contratar uma obrigação de investir R$ 7 bilhões em um determinado prazo, tem-se de contar com um volume de tráfico e uma taxa de crescimento para ter retorno, não é mesmo? Isso, em se tratando de um projeto muito bem estruturado. 

O que nós inovamos é que existe por parte do governo a decisão de compartilhar parte desse risco. Isso quer dizer que, se houver algum problema de demanda, ou seja, se o tráfego diminuir e comprometer o resultado para a empresa, o governo vai participar disso, vai ter de pôr dinheiro para cobrir esse deficit. 

Por outro lado, se houver um aumento de demanda e o resultado for acima da expectativa, o Governo também vai participar do resultado positivo. E a gente acredita no nosso Estado. Por isso fizemos dessa maneira, por termos absoluta convicção de que nós estamos em uma trajetória de crescimento e de que o governo vai ser partícipe do risco do projeto. E o mercado recebeu isso muito bem, porque dá uma tranquilidade em relação aos riscos de qualquer projeto de longo prazo em infraestrutura com um montante como esse. 

E sobre a Malha Oeste, como andam as conversas de bastidores? O projeto deve ser destravado neste ano?

A gente conseguiu na Controladoria-Geral da União [CGU] a decisão de que poderá haver uma repactuação neste trecho da Malha Oeste entre Campo Grande e Três Lagoas. A partir de agora, os investimentos devem ser efetivados. 

Todo o trecho que é da concessionária Rumo está tendo esse novo prazo repactuado, ela vai poder fazer o investimento conforme está definido na proposta, que inicialmente compreende o trecho de Ribas do Rio Pardo a Três Lagoas. Temos também o trecho novo, de Três Lagoas a Aparecida do Taboado, e também a linha curta [short line] da fábrica da Arauco até a Malha Norte, em Inocência. 

Temos, então, esses três trechos operados de forma distinta. Um pela Arauco, outro por um ente privado interessado, e de Ribas a Três Lagoas pela Rumo. Estes três trechos já estão licenciados e aptos a investimentos. 

Há também um quarto trecho, na ponta oeste da malha ferroviária.

Sim, há um quarto trecho, na outra extremidade, nas jazidas de minério. Ali serão mais 70 quilômetros, até Porto Esperança. É um trecho expressivo e também é uma short line. 

Com este cenário de guerra de tarifas no mundo, o projeto da Rota Bioceânica ganha ainda mais relevância?

A gente está vivendo um momento pós-Guerra Fria, em que houve esse jogo da geopolítica mundial pelo domínio, pela hegemonia comercial e por espaço comercial e político também. A Guerra da Ucrânia, no coração da Europa, é uma consequência disso. 

E hoje em dia a China é grande opositora, sob um ponto de vista econômico, dos Estados Unidos. É uma disputa por hegemonia comercial. Este acesso aqui ao Oceano Pacífico pela América do Sul traz uma aproximação muito forte com os mercados asiáticos. 

E para o Brasil é um passo importante a aproximação com a Ásia de uma maneira geral. Sem dúvida que tem impacto, tanto que a China está realizando altos investimentos em alguns portos da costa do Pacífico, como no Peru. 

Aqui, Paraguai, Chile, Argentina e nós, o Brasil, estamos concretizando essa rodovia, a Rota Bioceânica. No caso do Brasil, por meio da ponte sobre o Rio Paraguai e o acesso a ela, pela BR-267, em Porto Murtinho. Sem dúvida alguma, isso abre uma janela importante para a Ásia.

Como será a segunda fase da Lei do Pantanal e como se dará esse pacto que está sendo firmado?

Em primeiro lugar, a Lei do Pantanal foi um grande passo dado. Existia muita discussão polarizada, não desmatar versus produzir. A discussão não tem de ser essa. E eu entendo que a Lei do Pantanal trouxe a pacificação quanto ao que pode ou não pode no território do Pantanal. 

A segunda fase, no meu ponto de vista, é até mais difícil, porque ela começa a entrar nas políticas públicas criadas a partir da Lei do Pantanal. Ela define o que pode e o que não pode, ela trata de incentivo à preservação e estrutura um projeto para o Pantanal, que também é de sustentabilidade, que é de infraestrutura para as pessoas que lá estão, e prevê escolas, saneamento básico e pagamento por serviços ambientais, dentro de critérios elaborados de maneira inteligente, que ajudam a prevenir as queimadas e manter a biodiversidade. 

O produtor está lá. São terras privadas, e não públicas, não é mesmo? E essa é a maneira que a política pública tem de apoiar iniciativas privadas que colaborem com a política pública de preservar o Pantanal. Como disse, é evitar incêndio, pagar por serviços ambientais. Por isso a gente começa agora uma fase concreta, em que a política pública chega na ponta, a partir da Lei do Pantanal. 

E, novamente, vai ser preciso diálogo com os atores envolvidos. A gente lança isso agora no mês de março.

E o pagamento por serviços ambientais, como será? Virá do setor público ou poderá passar também pelo setor privado?

Vai ter um misto [disso] aí. A gente vai ter de entender bem a demanda ao longo do tempo, sobretudo, porque temos orçamento definido, não é verba ilimitada. 

A gente coloca um orçamento, trabalha com pagamento de serviços ambientais, entende e calibra isso, para fazer uma crescente em torno dessas premissas para o Pantanal. O bioma deve ser um lugar em que se consiga preservar o meio ambiente, produzir com qualidade e ter a nossa cultura preservada. 

Falando nisso, a gente fala muito pouco do homem pantaneiro, não é verdade? E ele faz parte do nosso DNA. É para isso que a gente precisa manter os funcionários das fazendas nas fazendas, o que é um grande desafio hoje. A gurizada que está lá vai para cidade, e lá aquele conhecimento, o aprendizado, se perde. Então, vamos dar essa resposta da escola pantaneira e da infraestrutura e proporcionar a condição para o homem pantaneiro ficar no Pantanal. Não é um desafio pequeno. 

E mais: se a gente ficar assistindo às transformações, a gente vai ver a perda deste conceito, desta cultura do nosso Pantanal.

Como fica a regulamentação dos telefones celulares nas escolas?

Significa muito esse debate sobre o uso do celular. Agora chegou a um ponto em que o uso dentro da sala de aula tem causado problema. E nós temos de atuar de uma maneira proativa, que faça com que o aluno aprenda a usar o celular. 

Esses dias, alguém me perguntou: “Mas isso não é contra a digitalização, a informatização?”. E eu respondi que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Inclusive, saber usar corretamente o celular faz parte do processo de educação digital. Se uma pessoa entra em uma reunião com três ou quatro pessoas, ela às vezes deixa o celular de lado, pois ela foi ali para tratar do assunto da reunião. O mesmo se aplica à sala de aula: o aluno foi lá para aprender, estudar. 

O aluno pode ter o ambiente digital, ele pode ter o computador dele na hora certa. O celular dele vai estar disponível no momento em que ele precisar e tiver a possibilidade de consultar. Agora, não pode o aluno ficar assistindo [a um vídeo] enquanto alguém está ensinando. 

Para este ano, está prevista mais uma perda na produção de soja, o que pode comprometer a supersafra. Como o governo acompanha estas previsões, uma vez que perdas na safra geram impacto na economia?

A gente tem um problema estrutural que tem conexão com produtividade e preço. No caso da agricultura, vamos para o terceiro ano consecutivo de seca, mas neste ano menos que no ano passado. Em 2025 a seca é mais pontual, mais heterogênea. Mas os problemas existem e o preço mudou de patamar de dois anos para cá. 

O setor produtivo de Mato Grosso do Sul e o setor produtivo brasileiro estão com dificuldade, mas isso também é um risco da atividade. Por isso, temos de buscar os caminhos de mitigação.

Nesse caminho, temos alguns investimentos sendo realizados aqui no Estado, como a agroindústria para processar etanol a partir do milho, por exemplo. Isso ajuda na questão de preço. Como que isso pode mitigar as dificuldades do produtor que só trabalha com a cotação do produto in natura? Eu acredito que os investimentos [em agroindústrias] ajudam o conjunto do Estado, não é mesmo?

Muitas vezes, falam assim: “Ah, tanto faz eu vender o milho para uma empresa do Estado ou vender o milho para uma empresa que está lá no Rio Grande do Sul ou exportar para a China”. Entretanto, o preço do milho é resultante de todos esses compradores. É a demanda em cima da oferta existente que estabelece o preço. Portanto, o conjunto final da obra é a valorização do produto. 

E sobre a lei que tramita na Assembleia Legislativa de MS que identifica e pune os devedores contumazes?

Acredito que temos de tornar nossa relação mais próxima com o contribuinte. A Fazenda sempre teve o histórico – e é natural que seja assim – de ser um órgão que é implacável em sua relação com o contribuinte. Esse projeto de lei traz uma fluidez à relação entre os dois e proporciona uma ação mais administrativa por parte da Fazenda. 

O projeto não passa nenhuma mensagem de leniência ou de não aceitar prazos e não pagamento. Não é isso. Ele proporciona uma relação mais próxima do contribuinte com o Estado. Ele traz a modernização desse processo, lembrando que estamos tramitando uma reforma tributária.

Como o senhor encara essa busca do PSDB por uma fusão com outro partido?

Vivemos um momento em que se tem uma regra do jogo que está levando à redução do número de partidos – o que eu acho saudável, porque sou a favor disso. O PSDB sempre foi um partido muito relevante desde a sua criação, mas, por várias vezes, perdeu representatividade política diante do momento que a gente vive. O partido, porém, segue ocupando seu espaço no que diz respeito a princípios e valores. 

A reforma está levando o PSDB a buscar essa recomposição partidária, que está em pleno andamento. Acredito que até o mês de março teremos uma definição. E hoje há um arco de conversas sendo levadas adiante pelos governadores, os deputados e as lideranças partidárias. Estamos conversando com o Republicanos, o PP, o MDB, o Podemos e o PSD. 

Tomar uma decisão sobre a fusão, contudo, é algo complexo, porque cada estado tem uma realidade política específica. 

Neste primeiro semestre, nós vamos assistir a um rearranjo político da matriz partidária brasileira. E isso mexe com as alianças. Aquele que era um adversário, de repente, vai estar no mesmo lado político.

O que eu considero fundamental é que um grupo que for fazer um movimento em direção a outro grupo não pode perder suas convicções e seus ideais políticos.

Informações: Capital do Pantanal.

Featured Image

Inocência (MS) vive transformação histórica com construção da fábrica de celulose

Com investimento bilionário e uma perspectiva de crescimento acelerado, Inocência se prepara para um novo capítulo

A cidade de Inocência, na região Leste de Mato Grosso do Sul, está passando por uma transformação econômica e social sem precedentes com a construção da fábrica de celulose da multinacional chilena Arauco. A obra, considerada o maior investimento do mundo realizado de uma só vez, promete revolucionar a região e impactar diversas cidades vizinhas.

Atualmente, cerca de 2,4 mil trabalhadores atuam na terraplanagem do terreno onde a fábrica será erguida, um aumento significativo de 33% em relação à previsão inicial de 1,8 mil. Esse ritmo acelerado permitiu antecipar o início das obras da fábrica para o primeiro semestre deste ano. Durante a fase de construção, estima-se que até 14 mil pessoas sejam empregadas, embora nem todas trabalhem simultaneamente, pois as equipes atuam em etapas distintas.

Com o cronograma adiantado, há grande expectativa de que a indústria entre em operação ainda em 2027, um ano antes da previsão inicial. O projeto também passou por uma expansão significativa: o investimento inicial, que era de US$ 3 bilhões, foi elevado para US$ 4,6 bilhões. Como resultado, a capacidade de produção anual também foi aumentada em 40%, passando de 2,5 milhões para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto.

Impacto na cidade e na região

O prefeito de Inocência, Antonio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofap, destacou em entrevista ao Grupo RCN de Comunicação, que a cidade está vivenciando uma transformação acelerada. Segundo ele, o município, que conta hoje com 8,4 mil habitantes, deve atingir um pico populacional de 32 mil pessoas durante a construção da fábrica. Depois da inauguração, a população estabilizará entre 18 e 22 mil habitantes, consolidando Inocência como um dos grandes polos econômicos do estado.

A presença da Arauco também impactará toda a região, gerando empregos e aquecendo a economia de municípios vizinhos, como Três Lagoas, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Paraíso das Águas, Cassilândia e Água Clara.

Desafios e planejamento

A chegada de um empreendimento deste porte traz desafios, principalmente nas áreas de habitação, infraestrutura, saúde e educação. O prefeito ressaltou que já está trabalhando para minimizar os impactos. “Assim que assumimos o terceiro mandato, começamos a construção de casas populares. Agora, no quarto mandato, estamos buscando ampliar ainda mais essas iniciativas, conversando com o governo estadual e buscando recursos”, explicou.

Atualmente, a cidade enfrenta um déficit habitacional significativo, com aumento no preço dos aluguéis e dificuldades para abrigar os trabalhadores que chegam. Segundo o prefeito, a parceria com o governo estadual, liderado por Eduardo Riedel, tem sido essencial para garantir infraestrutura e suporte necessário ao crescimento acelerado.

Aumento da Arrecadação

A expectativa é que a arrecadação municipal tenha um salto expressivo. Hoje, o município arrecada cerca de R$ 130 milhões anuais, mas com os investimentos da Arauco, deve passar da 54ª posição para figurar entre as 10 maiores economias do estado.

Três Lagoas, que passou por uma transformação similar com a chegada das indústrias de celulose, hoje é a segunda maior economia do Mato Grosso do Sul, ficando atrás apenas de Campo Grande. O mesmo modelo de desenvolvimento se desenha para Inocência e toda a região.

Informações: RCN67.

Featured Image

Bracell abre vagas de emprego para a unidade de Alagoinhas (BA)

Com carga horária integral, as oportunidades são destinadas para profissionais com experiência na área florestal

A unidade da Bracell na cidade de Alagoinhas (BA) está com três vagas de emprego abertas para os profissionais que desejam atuar na área florestal. As oportunidades são para supervisor de laboratório, pesquisador biometrista e comprador sênior. Os interessados devem acessar o site https://www.bracell.com/carreiras/.

De acordo com Grace Castro, gerente de Aquisição de Talentos da Bracell Bahia, os selecionados terão salários compatíveis com as respectivas funções e um pacote de benefícios que inclui plano de saúde e odontológico, transporte fretado, vale-alimentação, auxílio-escola para os filhos elegíveis, auxílio-creche, prêmio de férias, auxílio funeral e seguro de vida em grupo, dentre outros benefícios.

“A Bracell dispõe ainda do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e de auxílio-educação para complementar a qualificação profissional, de acordo com suas atividades na empresa”, informa Grace.

CONFIRA OS REQUISITOS PARA AS VAGAS:

  • Supervisor de laboratório:

– Ser engenheiro (a) florestal, agrônomo (a) ou ter formação em administração ou afins concluído ou cursando (mandatório);

– Habilitação (categoria B) para condução de veículos automotores (mandatório);

– Experiência mínima de 5 anos na área florestal;

– Experiência comprovada na área florestal ou agrícola.

– Experimentação agrícola / florestal.

– Gestão de pessoas, processos e resultados.

– Excel (nível intermediário) e manuseio de banco de dados.

– Redação e interpretação de documentos.

  • Pesquisador biometrista:

– Ser engenheiro (a) florestal, agrônomo (a) ou afins com pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado) na área de Biometria Florestal ou áreas correlatas.

– Experiência em análises de inventários florestais.

– Expertise teórica e prática comprovada na área de Biometria Florestal.

– Experimentação e estatística agrícola / florestal.

– Experiência em redação de documentos e recomendações técnicas.

– Inglês avançado (desejável).

– Domínio de ferramentas de machine learning (desejável).

– Sistema de Informações Geográficas (desejável).

– Conhecimento avançado em R, Python e QGIS (desejável).

– Análises de viabilidade de projetos (desejável).

  • Comprador sênior:

– Formação em engenharia/administração e áreas afins;

– Experiência de 3 anos em suprimentos;

Ter conhecimento e habilidades em:

– SEIVA

– Excel Intermediário.

– Tributos: ICMS, IVA, ISS, PIS, COFINS E IPI.

– Contratações de serviços.

– Conhecimento em SAP Ariba será considerado diferencial.

Featured Image

Suzano abre nove processos seletivos para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, está com nove oportunidades de emprego em diferentes áreas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo (MS), há quatro processos seletivos em andamento: Agente Florestal; Assistente Administrativo II (temporária); Bombeiro(a) e Técnico(a) de Segurança do Trabalho I – Industrial. Para Três Lagoas, são cinco vagas abertas: Coordenador(a) de Governança e Processos (colheita florestal); Líder de Laboratório; Soldador(a); Técnico(a) de Suprimentos I e Técnico(a) de Almoxarifado I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Agente Florestal, inscrições até 11/02/2025: Página da vaga | Agente Florestal

Assistente Administrativo II (temporária), inscrições até 11/02/2025: Página da vaga | Assistente Administrativo II (temporária)

Técnico(a) de Segurança do Trabalho I – Industrial, inscrições até 16/02/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Segurança do Trabalho I – Industrial

Bombeiro(a), inscrições até 28/02/2025: Página da vaga | Bombeiro(a)

Três Lagoas

Técnico(a) de Suprimentos I, inscrições até 09/02/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Suprimentos I

Técnico(a) de Almoxarifado I, inscrições até 09/03/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Almoxarifado I

Líder de Laboratório, inscrições até 10/02/2025: Página da vaga | Líder de Laboratório

Soldador(a), inscrições até 11/02/202: Página da vaga | Soldador(a)

Coordenador(a) de Governança e Processos (colheita florestal), inscrições até 16/02/2025: Página da vaga | Coordenador(a) Governança e Processos

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

Featured Image

A 21.000ª máquina florestal PONSSE foi finalizada na fábrica em Vieremä

Em 2025, serão 55 anos desde que o empresário de máquinas florestais Einari Vidgren fundou uma fábrica de máquinas florestais em Vieremä, seu município natal. O aniversário terá a comemoração que merece, com destaque para a entrega, em 6 de fevereiro de 2025, da 21.000ª máquina florestal PONSSE fabricada em Vieremä. A máquina será recebida pela Scheff Logging & Trucking Inc. dos Estados Unidos. O forwarder PONSSE Buffalo continuará seu caminho para Marcell, em Minnesota.

A Scheff Logging & Trucking Inc. é uma empresa familiar fundada em 1977. Jhace Pearson   representante da empresa na terceira geração, virá receber a máquina com seu melhor amigo Matthew Vosika.

É uma honra para a Scheff Logging & Trucking Inc. receber a 21.000ª máquina florestal da Ponsse. A Scheff Logging considera essencial que todo o pessoal da Ponsse esteja comprometido com um serviço excelente. A Scheff cresceu e se tornou uma empresa de colheita florestal há três gerações e emprega mais de 40 profissionais. A Scheff Logging gostaria de agradecer a todos na Ponsse por esta máquina magnífica!

Juntos há 55 anos em locais de colheita florestal em todo o mundo

Ao longo de sua história, a empresa familiar finlandesa se concentrou no desenvolvimento e na produção de máquinas florestais de corte no comprimento (CTL) e na prestação de serviços de manutenção das mesmas. Embora todas as máquinas florestais ainda sejam fabricadas em Vieremä, a Ponsse está presente nas florestas do mundo todo, já que a empresa atualmente opera nos mercados de colheita de quase 40 países.

“Desde o início, a força motriz da Ponsse tem sido a convicção de que somente as melhores pessoas, em cooperação com clientes e partes interessadas, podem desenvolver e fabricar as melhores máquinas florestais do mundo. Ainda hoje, máquinas florestais são desenvolvidas e fabricadas da mesma maneira por mais de 2.000 funcionários da Ponsse. Como resultado de uma cooperação de longo prazo, a Ponsse cresceu ao longo dos anos e se tornou a fabricante líder mundial de máquinas florestais de corte no comprimento”, afirma Jarmo Vidgren, presidente do Conselho de Administração da Ponsse.

Encontros Ponsse

Em linha com o tema, a Ponsse comemora o marco importante convidando clientes, partes interessadas e funcionários da Ponsse para participar de encontros presenciais comemorativos. Confira o site https://events.ponsse.com/ para ver todos os locais dos eventos.

Featured Image

Pesquisa aponta queda na umidade do Pantanal e maior risco de incêndios em 2025

Utilizando imagens de satélite, a pesquisa mostra que a seca na região tem sido mais severa desde 2020

Estudos recentes conduzidos pela pesquisadora Fernanda Cano, da organização não-governamental Ecoa, revelam um cenário alarmante para a umidade da vegetação na parte sul do Pantanal. Utilizando imagens de satélite de 2020, 2024 e 2025, a pesquisa mostra que a seca na região tem sido progressivamente mais severa, levantando preocupações sobre a possibilidade de grandes incêndios neste ano.

Imagem de satélite feita em 2025 usada para pesquisa – Foto: reprodução

Os dados apontam que a seca de 2024 foi mais intensa que a de 2020. No entanto, apesar da gravidade da estiagem, o Pantanal queimou 2 milhões de hectares a menos em 2024 do que em 2020. Esse dado sugere que, mesmo com um regime hídrico mais crítico, houve algum fator que reduziu a incidência de incêndios.

Desde 2020, as sub-bacias da parte norte do Pantanal têm recebido uma maior quantidade de água do que as do sul, o que impacta diretamente na umidade da vegetação e no risco de incêndios. Essa diferença se intensificou em 2024, quando as chuvas na região norte foram tão fortes que vários municípios declararam estado de emergência em janeiro devido a inundações.

Por outro lado, a parte sul da planície pantaneira segue com um deficit hídrico preocupante, o que pode comprometer a capacidade de resistência da vegetação aos períodos de estiagem.

Perspectivas para 2025 – A chegada de chuvas mais intensas em sub-bacias ao sul pode alterar o quadro atual, trazendo inundações e recuperando a umidade da vegetação na região. A grande questão, segundo os especialistas, é se a enorme quantidade de água já acumulada no norte será suficiente para inundar regiões mais ao sul. Esse fator será determinante para a definição dos riscos de incêndios nos próximos meses

As previsões climáticas indicam um cenário semelhante ao de 2024, com a influência do fim do La Niña e a permanência de uma fase Neutra nas águas do Pacífico. Esses fenômenos impactam diretamente o regime de chuvas no Pantanal e aumentam a incerteza sobre a ocorrência de grandes incêndios.

Diante dessa possibilidade, especialistas reforçam a necessidade de estratégias de prevenção e monitoramento constante, garantindo que o Pantanal esteja preparado para enfrentar os desafios climáticos e minimizar os impactos ambientais e sociais.

Conforme a pesquisa, os próximos meses serão decisivos para definir se a água acumulada no norte do bioma será capaz de aliviar a situação crítica da parte sul, garantindo maior segurança para a biodiversidade e para as populações que dependem do ecossistema pantaneiro.

Informações: Campo Grande News.

Featured Image

Exclusiva – Agenda de eventos 2025 da Paulo Cardoso Comunicações conta com grandes eventos, que abordarão inovação e desafios da cadeia produtiva do setor florestal

Um dos destaques é a Expedição Silvicultura, que vai produzir o maior levantamento sobre a produtividade das plantações florestais brasileiras; confira detalhes de cada evento

O ano inicia com novas oportunidades e novidades para o setor florestal brasileiro, atualmente um dos pilares da economia do país. De acordo com o Relatório Ibá, o setor inaugura uma fábrica a cada ano e meio, na contramão da precoce e acelerada desindustrialização nacional. Com isso, amplia consistentemente a oferta de empregos diretos e indiretos em diversas localidades no Brasil. Em 2023, o país alcançou pela primeira vez a marca de 10 milhões de hectares de árvores cultivadas, um crescimento de 3% em comparação ao ano anterior. A  Paulo Cardoso Comunicações acompanha há quase duas décadas todo o histórico de crescimento do setor, e visando projetar e agregar conhecimento sobre inovações e desafios, divulga a sua agenda 2025 de eventos.

“A principal novidade para nossa agenda de eventos deste ano é a Expedição Silvicultura. Pela primeira vez na América Latina será realizado um evento dessa magnitude. Serão mais de 70 dias em que as equipes da Canopy e da Paulo Cardoso Comunicações vão percorrer 14 Estados brasileiros, cerca de 40.000 quilômetros, realizando eventos presenciais em nove cidades diferentes. Vai ser produzido o maior levantamento já feito sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. E tudo será devidamente reportado por meio do site Mais Floresta”, enfatizou Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e do site Mais Floresta.

Sobre temas que pautarão os eventos, Paulo destacou: “Trazer informação atualizada e inovação visando o desenvolvimento do setor é o nosso objetivo. No congresso Florestas Online de outubro, data em que o evento estará completando 10 anos, vamos priorizar três temas: biomassa, compostagem e floresta. São os mesmos temas que usamos no congresso BioComForest em 2024, mas agora levando esses conhecimentos para um público ainda maior.  E antes, em setembro vamos realizar o segundo congresso Forest Carbon Brasil, trazendo pautas relevantes para agregar conhecimentos e esclarecer dúvidas sobre o mercado de carbono no país”.

A agenda deste ano da Paulo Cardoso Comunicações inicia em maio. A agência será apoiadora de dois renomados eventos do setor de construção civil com madeira sustentável. Todas as mídias sociais da agência estarão voltadas para apoio e divulgação dos eventos. “Tomamos uma decisão muito importante para o engrandecimento e fortalecimento do uso da madeira na construção civil no país. Estamos abrindo mão do nosso congresso My Wood Home que realizaríamos em abril, para concentrarmos nossas forças em dois grandes eventos do setor: o EBRAMEM que já está na sua 18ª edição, e o novo Madeicon, que será uma feira complementar ao congresso. E passamos o My Wood Home para 2026”, informou Paulo.

Como se planejar?

Prometendo movimentar o mercado ao atrair produtores, empresários e especialistas da cadeia produtiva do setor florestal a Paulo Cardoso Comunicações traz um roteiro rico em networking através de encontros online e presenciais, com palestras, debates e feiras tecnológicas.  Contudo, planejar sua participação pode ser um verdadeiro quebra-cabeça: quais datas escolher, onde estar, e como se preparar a tempo? O Mais Floresta te ajuda nesta programação! Confira abaixo as datas, locais e detalhes de cada evento.

Madeicon

  • Feira com stands direcionada à indústria, com espaço dedicado a palestras exclusivas para expositores.
  • Área externa disponível para demonstração de casas em madeira e soluções inovadoras.
  • Data e local: 05 a 07 de maio de 2025, na FIEP – Campus da Indústria – Curitiba (PR).

EMBRAMEM

  • Congresso técnico focado na tecnologia de construção com madeira, com 300-400 engenheiros participantes previstos. Já na 18ª edição.
  • Painéis com a participação de 5 palestrantes internacionais.
  • Eventos especiais como o Prêmio Arquitetura e Design com Madeira e o Hackathon.
  • Data e local: 05 a 09 de maio de 2025, no Centro de Eventos da FIEP, Curitiba (PR).

A madeira engenheirada (vigas laminadas, painéis CLT, wood frame) – por se tratar de um material de alto desempenho técnico – está ganhando cada vez mais destaque na construção civil devido aos seus inúmeros benefícios. Além de ser um material sustentável e renovável, permite construções rápidas, arquitetonicamente bonitas e modernas, alinhadas às tendências globais de design. Sua competitividade também se dá pelo excelente desempenho térmico e acústico, tornando-a uma escolha inteligente e eficiente para projetos arquitetônicos de todos os portes. A construção com madeira é, sem dúvida, o futuro – unindo inovação, estética e responsabilidade ambiental. Inscrições e programação dos eventos nos sites: www.madeicon.com.br e www.ebramem18.wixsite.com/ebramem.

Expedição Silvicultura

A Expedição Silvicultura é grande novidade da agenda 2025 da Paulo Cardoso Comunicações. Através do amplo Know how, equipe especializada e o que há de mais inovador em equipamentos e técnicas, será realizado um levantamento inédito e sem precedentes sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil, em um roteiro com mais de 40.000 quilômetros que passará por 14 Estados do país, contando também com nove eventos presenciais em localidades que se destacam como polos florestais e industriais no setor. Durante o levantamento serão coletados cerca de 40.000 pontos de controle e 1.000 amostras de inventário florestal. A Expedição Silvicultura é uma parceria da Canopy Remote Sensing Solutions, da Paulo Cardoso Comunicações e Embrapa Florestas, e vai acontecer entre os meses de setembro a novembro. “Esses dados serão utilizados para avaliar a produtividade e a qualidade das florestas plantadas do Brasil”, destaca Fábio Gonçalves, cofundador e CEO da Canopy. Mais detalhes e inscrições (em breve) no site: https://www.expedicaosilvicultura.com.br/.

Forest Carbon Brasil

No dia 27 de agosto será realizado o maior congresso sobre carbono florestal: Forest Carbon Brasil, nesta segunda edição no formato online, garantindo mais comodidade e praticipade para o público. O Forest Carbon Brasil contará com programação robusta, apresentando as potencialidades deste mercado que estão movimentando as florestas brasileiras, visando responder as dúvidas que ainda pairam no entorno de temas ligados ao setor; sendo uma oportunidade ímpar para quem busca ampliar networking, business e benchmarking e estar entre as maiores empresas e instituições do ramo. “Porque esse é um tema atual, pujante e que ainda merece muita atenção, pois tem novidades acontecendo quase que diariamente neste segmento. Esperamos repetir o sucesso da primeira edição”, destaca Paulo. Mais detalhes em breve no site: www.forestcarbon.com.br.

Florestas Online

E entre os dias 01 e 05 de setembro vai acontecer a 10ª Edição do congresso Florestas Online, pela primeira vez com o tema Biomassa, Compostagem e Floresta, como “uma forma de também divulgarmos o riquíssimo conteúdo que foi discutido nas palestras do congresso BioComForest para mais profissionais do Brasil e da América Latina, já que a segunda edição do BioComForest só vai acontecer em 2026”, salienta Paulo. Mais detalhes em breve no site: www.florestasonline.com.br.

Garanta a sua participação e de sua empresa onde a inovação e o mercado acontecem!

Para mais informações e como ser parceiro desses grandes eventos, entre em contato com Paulo Cardoso no e-mail paulo@paulocardosocom.com.br (Whatsapp 67-99227-8719) ou com Aline Brandão no e-mail comercial@maisfloresta.com.br (Whatsapp 34-99164-3122).

Siga e acompanhe novidades das programações no Instagram e LinkedIn:

@maisfloresta | Mais Floresta

@paulocardosocom | Paulo Cardoso Comunicações

Escrito por: redação Mais Floresta.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S