PÁGINA BLOG
Featured Image

O que é silvicultura? Entenda como funciona o cultivo de floresta no Brasil

Técnica é ferramenta contra degradação do solo, efeito estufa e muito mais, destaca especialista

Na essência e também na definição da palavra, que tem origem no latim e significa cultivo de florestas, a silvicultura é a arte que estuda, por meio de maneiras naturais e artificiais, como restaurar e melhorar as áreas florestais do Brasil, define a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A técnica engloba métodos e práticas para cultivo, manejo e conservação visando atender às exigências do mercado e é dividida em silvicultura clássica e silvicultura moderna. Inicialmente, o objetivo de ambas é a produção de madeira, mas se diferenciam ao longo do processo.

A forma clássica representa as florestas naturais, enquanto a silvicultura moderna opera as florestas plantadas e que, além de produzir madeira, como prioriza a primeira opção, também oferece bens e serviços. Conheça mais sobre ela.

Quais são os benefícios da silvicultura para o meio ambiente?

A atividade desempenhada pelo silvicultor, o profissional responsável pelo trabalho, vai além da produção de madeira para lenha, celulose ou carvão vegetal.

Segundo Erwin Hugo Ressel Filho, engenheiro florestal e professor na Universidade de Blumenau (FURB), fortalece também a resiliência ecológica, melhora a qualidade ambiental e contribui com a restauração de paisagens e ecossistemas.

“Ela não é apenas uma coisa produtiva, mas uma ferramenta estratégica de conservação ambiental, especialmente, quando adotada com critérios técnicos e princípios de sustentabilidade”, diz à Globo Rural. Confira outros benefícios da silvicultura:

  • Restaura solos erodidos, pastagens abandonadas ou áreas mineradas;
  • Reduz a pressão sobre florestas nativas ao fornecer madeira e produtos florestais de áreas plantadas;
  • Diminui o aquecimento global ao “sequestrar” dióxido de carbono a partir das árvores;
  • Regula o clima;
  • Protege recursos hídricos;
  • Mantém a biodiversidade ao abrigar fauna e flora variadas;
  • Atua como corredor ecológico conectando fragmentos florestais isolados;
  • Abriga espécies nativas em sistemas de silvicultura diversificada;

Contribui para serviços ecossistêmicos, como captura de poluentes na atmosfera, estímulo à polinização de plantas e dispersão de sementes, regulação microclimática, etc…)

Além da causa ambiental, a silvicultura também é importante social e economicamente, porque auxilia na geração de renda e empregos ao dar oportunidade a profissionais em locais variados, como viveiros, plantio, colheita, transporte, beneficiamento e área de pesquisa.

Em 2023, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor florestal plantado respondia por cerca de 2,6 milhões de empregos diretos (690 mil) e indiretos (2 milhões) no Brasil após criar 33,4 mil novos postos de trabalho naquele ano.

Ainda na parte econômica, valoriza as áreas rurais e facilita o acesso a créditos e incentivos ao desenvolver projetos bem estruturados que podem se beneficiar de linhas de crédito rural, programas de pagamento por serviços ambientais e projetos de carbono.

Na lista de benefícios sociais, o especialista da FURB destaca quatro vantagens da silvicultura:

  • Desenvolvimento regional: promove a dinamização econômica em áreas rurais e periurbanas, especialmente em municípios com baixa diversificação econômica, e estimula o surgimento de cooperativas, associações de produtores e prestação de serviços florestais.
  • Fortalecimento da agricultura familiar e povos tradicionais: permite diversificar junto com a agricultura (sistemas agroflorestais) a produção, melhora a segurança alimentar e gera renda sustentável. Além disso, povos indígenas e comunidades tradicionais podem se beneficiar do uso sustentável e do manejo florestal comunitário.
  • Educação e capacitação: a expansão da silvicultura estimula a formação de técnicos e profissionais capacitados e fomenta pesquisas e inovações no setor.
  • Qualidade de vida: ambientes arborizados, principalmente, na área urbana, promovem bem-estar, qualidade do ar, regulação térmica e espaços para atividades de lazer e ecoturismo.

“A silvicultura, quando planejada e manejada de forma sustentável, representa uma solução estratégica para conciliar produção econômica, conservação ambiental e inclusão social. É um componente essencial na transição para uma economia verde e para o enfrentamento da crise climática”, destaca Erwin.

A silvicultura é praticada no Brasil?

Sim, o país aplica o estudo e manejo das florestas em todas as cinco regiões. São mais de 10 milhões de hectares de área cultivada, segundo dados do relatório anual da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). O destaque é o eucalipto. Veja abaixo:

  • Eucalipto : a árvore originária da Oceania foi introduzida no Brasil no século XIX e tem as maiores produções em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O Brasil possui 7,83 milhões de hectares de eucalipto atualmente.
  • PinusSanta Catarina lidera o cultivo da espécie de árvore usada, principalmente, pelas indústrias de madeira, serrados, laminados, chapas, resina, celulose e papel, destaca a Embrapa. No total, o Brasil tem 1,92 milhão de hectares de área plantada de pinus.
  • Seringueira: a árvore nativa da Amazônia é conhecida pela extração do látex, matéria-prima para a fabricação da borracha. O país 0,24 mil hectares de área plantada.
  • Teca : opção na silvicultura, desenvolve madeira de qualidade e alto valor comercial. Além disso, apresenta outras características importantes: durabilidade e resistência contra fungos, pragas e brocas. Atualmente, temos 0,08 mil hectares de área plantada no país.
  • Acácia : de acordo com a Embrapa, o cultivo tem como finalidade a produção de tanino e energia e se concentra, principalmente, no Rio Grande do Sul. São 0,07 mil hectares de área plantada no total.
  • Araucária: a árvore que produz o pinhão é nativa da região Sul, mas também pode ser encontrada no Sudeste. O país possui 0,01 mil hectares de área plantada.
Borracha é um dos itens produzidos pela silvicultura — Foto: Canva/ Creative Commoms
Borracha é um dos itens produzidos pela silvicultura — Foto: Canva/ Creative Commoms

Quais as práticas utilizadas na silvicultura?

Para o sucesso produtivo, ambiental e econômico da silvicultura, ramo da ciência florestal dedicado ao estudo e manejo das florestas plantadas e nativas, é importante seguir um conjunto de práticas, pontua o especialista da FURB.

“A aplicação correta garante maior produtividade florestal, redução de riscos ambientais, sustentabilidade do uso da terra, conformidade legal e acesso a mercados certificados, dentre outras vantagens”. Veja quais são elas:

  • Seleção de matrizes;
  • Produção de mudas;
  • Preparo do solo;
  • Adubação e calagem;
  • Plantio mecanizado ou manual;
  • Desbaste e poda;
  • Controle de incêndios florestais;
  • Manejo de pragas e doenças;
  • Colheita e transporte florestal;
  • Monitoramento por drones e sensores remotos;
  • Certificação florestal

Informações: Globo Rural.

Featured Image

APRE Florestas vai premiar trabalhos jornalísticos sobre cultivo de árvores

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) abriu as inscrições para a terceira edição do Prêmio APRE Florestas de Jornalismo. A premiação tem como objetivo reconhecer reportagens que abordem o setor florestal, com ênfase, neste ano, na aplicação de tecnologia em florestas plantadas.

Voltado a jornalistas de todo o país, o prêmio é restrito a reportagens com foco no estado do Paraná. Os trabalhos podem ser inscritos em três categorias: texto (jornais, revistas, sites, portais e blogs), áudio (rádios e podcasts) e vídeo (TVs e plataformas digitais). As inscrições são gratuitas e vão de 30 de maio a 20 de outubro de 2025. Serão aceitos conteúdos publicados entre 1º de novembro de 2024 e 20 de outubro de 2025.

“A imprensa tem um papel fundamental na discussão sobre o desenvolvimento da economia verde, que inclui o setor florestal e sua contribuição para a sociedade”, afirma Fabio Brun, presidente da APRE Florestas.

A cerimônia de premiação será realizada no jantar anual da entidade, marcado para 28 de novembro, em Curitiba (PR). Além dos três primeiros colocados em cada categoria, a edição também incluirá uma Menção Honrosa, concedida pela Embrapa Florestas a reportagens com foco em ciência, pesquisa e produção acadêmica.

Setor florestal paranaense e inovação

O tema da edição 2025 reflete a importância crescente das florestas plantadas como fonte renovável para diversos setores da economia, entre eles o de móveis, construção civil, papel e celulose, higiene e energia.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil está entre os dez países com maior área de florestas plantadas no mundo, com aproximadamente 10 milhões de hectares. O Paraná lidera a produção de pinus no país e responde por 20% da madeira produzida nacionalmente.

As empresas associadas à APRE conservam atualmente 564 mil hectares de florestas nativas e mantêm 79,1% de suas áreas certificadas, conforme critérios de sustentabilidade adotados no setor.

Critérios e envio de reportagens

Poderão concorrer ao prêmio reportagens sobre temas como bioeconomia, inovação tecnológica, geração de emprego e renda, sustentabilidade, cadeias produtivas e uso de madeira engenheirada na arquitetura, entre outros.

Cada jornalista poderá inscrever até cinco reportagens por categoria. As inscrições devem ser enviadas por e-mail para comunicacao@apreflorestas.com.br, com a ficha de inscrição preenchida, dados pessoais e profissionais, resumo do conteúdo e link ou PDF da publicação. Conteúdos patrocinados ou vinculados a instituições acadêmicas, entidades de classe ou órgãos públicos não serão aceitos.

O regulamento completo está disponível no site da APRE Florestas.

Informações: Rede Brasil de Jornalismo Agro.

Featured Image

Como a Aperam BioEnergia se tornou a maior produtora de carvão vegetal do mundo e a melhor empresa agro do Brasil para se trabalhar dos últimos 5 anos

No Vale do Jequitinhonha, a empresa mantém cerca de 2 mil empregos diretos, beneficia 260 famílias por meio de programas de agricultura familiar e destinou, apenas em 2024, R$ 40 milhões a ações voltadas ao bem-estar dos colaboradores

A Aperam BioEnergia chega ao seu 51º aniversário, celebrado neste sábado (7/6), como referência global na produção sustentável de carvão vegetal e como um dos principais motores de desenvolvimento socioeconômico no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Com operações em seis municípios da região, gera cerca de 2 mil empregos diretos, movimenta uma extensa cadeia produtiva e foi eleita, por 5 anos consecutivos, como a melhor empresa para trabalhar no setor de agronegócio.

O reconhecimento foi concedido pela FIA Business School, em parceria com o Estadão, com base em critérios como clima organizacional, práticas de gestão, liderança e satisfação dos colaboradores. Apenas no último ano, a Aperam BioEnergia destinou mais de R$ 40 milhões a programas voltados ao bem-estar, saúde e qualidade de vida dos colaboradores.

“Valorizamos as pessoas como nosso principal ativo, e por isso, investimos continuamente em programas de desenvolvimento, bem-estar e segurança, criando um ambiente inclusivo e saudável. É essa soma de esforços que nos permite crescer de forma sustentável, inovar constantemente e, ao mesmo tempo, gerar impactos positivos tanto para nossos colaboradores quanto para as comunidades onde atuamos,” avalia o diretor de Operações da Aperam BioEnergia, Ézio Santos. 

Além de valorizar o capital humano, a empresa também ampliou, em 2024, os investimentos nas comunidades onde atua. Foram aplicados R$ 4,7 milhões em projetos voltados para o desenvolvimento social, com foco em capacitação profissional, geração de renda, educação, cultura e fortalecimento comunitário, entre outros eixos.

Um exemplo é o Projeto de Apicultura, que gera trabalho e renda para 100 apicultores e suas famílias, que são vinculados a associações apícolas da região. As ações incluem eventos de capacitação, divulgação das associações e manutenção dos apiários, de modo a fortalecer a atividade e estimular uma relação de equilíbrio e harmonia entre as pessoas e o meio ambiente.

“Nossa trajetória é construída com base em práticas sustentáveis que nos permitem, não apenas atender com excelência à cadeia siderúrgica nacional, mas também gerar desenvolvimento concreto para o território. O impacto positivo se reflete diretamente na vida de milhares de famílias do Vale do Jequitinhonha, seja por meio da geração de empregos, dos projetos sociais e produtivos, aliado à preservação ambiental”, destaca Ézio Santos.

Outro destaque é o programa Raízes do Vale, que promove a agricultura familiar e a segurança alimentar das comunidades. Atualmente, mais de 260 famílias cultivam milho, feijão e mandioca e outras culturas como abóbora, melancia, maxixe e andu, dentro das florestas renováveis de eucalipto da Aperam BioEnergia. Cada associação comunitária recebe até cinco hectares de terra, com suporte técnico para o manejo e insumos fornecidos pela empresa.

Inovação, sustentabilidade e expansão

A Aperam BioEnergia é hoje uma das maiores produtoras de carvão vegetal do mundo. A empresa investe continuamente em novas tecnologias que a transformaram em referência global em inovação e sustentabilidade na indústria florestal, com uma produção anual de 450 mil toneladas de carvão vegetal.

Somente em 2024, foram investidos aproximadamente R$ 128 milhões em desenvolvimento tecnológico e modernização dos processos florestais. A partir dos investimentos, a Aperam BioEnergia desenvolveu e patenteou tecnologias disruptivas que hoje fazem parte do seu parque industrial. Entre os destaques estão o queimador de gases – sistema capaz de captar e incinerar a fumaça gerada na carbonização da madeira, reduzindo emissões – e os fornos de alta capacidade e performance, totalmente automatizados, que aumentam a eficiência da produção, elevam a qualidade do carvão vegetal e promovem melhores condições de trabalho para os colaboradores.

Em março de 2025, a empresa anunciou um pacote de financiamento, com aporte de R$ 1,5 bilhão, viabilizado por meio de parceria com o International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial. O investimento amplia as operações no Vale do Jequitinhonha e reforça o posicionamento da Aperam BioEnergia como uma das líderes globais em práticas ESG na indústria florestal.

“Com uma trajetória marcada por inovação e sustentabilidade, a Aperam BioEnergia reafirma seu compromisso com a economia circular e a transição energética. Buscamos constantemente desenvolver soluções que não apenas atendam às demandas atuais da indústria, mas que também contribuam efetivamente para a redução das emissões de carbono e para o uso responsável dos recursos naturais”, ressalta Ézio Santos.

Em reconhecimento aos seus avanços em sustentabilidade e inovação, a Aperam BioEnergia foi premiada em 2025 com o Prêmio ESG na categoria Inovação em Energia Renovável, pelo desenvolvimento do bio-óleo – um combustível 100% renovável, produzido a partir de resíduos do processo de carbonização da madeira. Já em escala comercial, o bio-óleo vem sendo utilizado por indústrias como a Samarco e a Nexa Resources, contribuindo ativamente para a descarbonização de seus processos produtivos e redução do uso de combustíveis fósseis.

Featured Image

CMPC inicia aulas do curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais

Exclusiva para PCD, a qualificação tem duração de 18 meses e acontece em parceria com o SENAI

Nesta segunda-feira (09), iniciaram as aulas da primeira turma do curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais, exclusiva para pessoas com deficiência (PCD). A iniciativa, realizada pela CMPC, é voltada à qualificação de mão de obra local e visa proporcionar desenvolvimento e preparação técnica para os 15 alunos selecionados.

Contemplando disciplinas práticas e teóricas, a formação tem duração de 18 meses e as aulas acontecem no SENAI, em Porto Alegre. O objetivo é contribuir para a inclusão dos profissionais no mercado de trabalho e, após a conclusão do curso, oportunizar que façam parte do quadro de colaboradores da área de Manutenção da CMPC. 

O diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, destaca que o curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais busca capacitar os profissionais para que sejam cada vez mais valorizados. “A formação foi estruturada com um olhar especial para atender esse público. Queremos proporcionar qualificação técnica para pessoas com deficiência e, dessa forma, gerar oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Temos convicção que a inclusão é o caminho para um futuro mais justo”.

Sobre a CMPC 

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site.

Featured Image

Unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) alcança marca de 2 milhões de toneladas de celulose produzidas

Este é o terceiro marco importante registrado em tempo recorde desde o início das operações em 21 de julho de 2024, o que reforça o alto desempenho da nova unidade

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, alcançou no sábado (07/06) a marca de 2 milhões de toneladas de celulose produzidas na nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS). O resultado foi registrado 321 dias após o início das operações, em 21 de julho de 2024, e menos de cinco meses após atingir o primeiro milhão de toneladas — um novo recorde para a unidade, que reafirma sua excelência operacional. A fábrica concluiu sua curva de aprendizagem em pouco mais de cinco meses e atingiu o primeiro milhão em menos de seis meses, o menor tempo já registrado por uma unidade do setor.

Para Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, os números e recordes refletem a qualidade operacional construída ao longo de mais de 100 anos de história. “Os marcos alcançados traduzem não apenas o desempenho industrial, mas também a maturidade da empresa, o domínio do setor e o investimento contínuo em tecnologia, pessoas e sustentabilidade. Desde o início das operações, a nova fábrica tem superado desafios em escala, eficiência e competitividade. Esses avanços são resultado do esforço conjunto das equipes, com foco técnico, integração e responsabilidade socioambiental”, afirma.

Segundo Claudio Nunes Aguiar, gerente executivo de Produção da Suzano em Ribas do Rio Pardo, o novo marco reforça o alto desempenho da unidade e a dedicação da equipe. “O resultado reflete a eficiência no processo de partida e estabilização da fábrica, além do comprometimento de todos os envolvidos. Mais do que números, mostra a importância do trabalho conjunto e do foco em sustentabilidade, com impacto positivo para o mercado e a comunidade. Vale destacar ainda a contribuição das áreas de engenharia, com uma montagem precisa; florestal, pelo fornecimento de madeira de qualidade; e logística, pela agilidade no escoamento da produção”, afirma.

Para Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a produção de 2 milhões de toneladas de celulose reflete a eficiente integração entre as operações florestais e industriais, característica do empreendimento desde sua criação. “A qualidade da madeira de eucalipto, cultivada com práticas sustentáveis, foi fundamental para o alto desempenho da fábrica. Nossas operações no Mato Grosso do Sul, apoiadas por uma logística eficiente, garantiram o fornecimento contínuo e preciso, assegurando a estabilidade e eficiência do processo produtivo. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto, com foco em responsabilidade ambiental e desenvolvimento regional”, afirma.

A unidade

Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, a Unidade de Ribas do Rio Pardo é a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. O ritmo acelerado e consistente da produção desde o início tem sido fundamental para a conquista de marcos sucessivos em tempo recorde. Com a nova planta, a capacidade instalada de produção da Suzano saltou de 10,9 para 13,44 milhões de toneladas anuais — um aumento superior a 20%. A maior parte dessa produção é destinada ao mercado externo e escoada por uma combinação de modais rodoviário e ferroviário até os terminais portuários de Santos (SP).

Maior investimento da Suzano em 100 anos de história, a unidade de Ribas do Rio Pardo contou com investimento total de R$ 22,2 bilhões, que incluem a construção da fábrica e iniciativas como a formação da base florestal e a estrutura logística para escoamento da celulose, com cerca de 3 mil colaboradores(as) diretos, entre próprios e terceiros, atuando nas operações florestais e industriais. Parte desses(as) profissionais começou a ser formada muito antes do início das operações por meio de iniciativas próprias da Suzano, juntamente com seus parceiros, para valorizar a mão de obra local e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

Featured Image

Forestoken anuncia novo CGOO para liderar a próxima fase de crescimento e inovação no mercado florestal digital

A Forestoken tem o prazer de anunciar a chegada de ANTHONY ANDRADE como Chief Growth & Operations Officer (CGOO). Com uma trajetória sólida no desenvolvimento e implementação de estratégias de crescimento nos setores florestal, agronegócio, energia, financeiro e de tecnologia, ele assume a missão de acelerar a integração entre operações, produto e estratégia de mercado, liderando a entrada e a tração comercial do EyeForest, nosso ecossistema digital para o setor florestal.

Sob sua liderança, a Forestoken dará novos passos rumo à estruturação de um mercado florestal mais transparente, digital e financeiramente integrado. Entre seus principais objetivos estão: garantir o sucesso dos lançamentos do ForestGIS, ForestChain e ForestTracker, fortalecer nossa governança interna e apoiar o crescimento de parcerias estratégicas que conectem produtores, compradores ao mercado financeiro.

Anthony Andrade.

A chegada do novo CGOO marca uma nova fase da nossa jornada: transformar a floresta em dado, o dado em contrato, e o contrato em ativo — com rastreabilidade, segurança jurídica, inteligência artificial e blockchain como pilares.

Mais do que digitalizar processos, queremos aproximar de vez o mercado florestal da Faria Lima.

Featured Image

Queimadas fazem desmatamento crescer 92% na Amazônia em maio

Índice de desmatamento registrou queda no Cerrado e Pantanal

O desmatamento na Amazônia, em maio de 2025, alcançou 960 km², o que representa uma alta de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. O aumento está diretamente ligado às mudanças climáticas e aos incêndios ocorridos nos meses anteriores, mas que só são percebidos algum tempo depois, quando a vegetação seca, de acordo com o ministro em exercício do Meio Ambiente e Mudança, João Paulo Capobianco. “Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explica.

Na análise do período acumulado, de agosto de 2024 a maio de 2025, essa alta foi de 9,1% na comparação com os mesmos meses no ano anterior.  Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram apresentados nesta sexta-feira (6), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.

No detalhamento dos dados, 51% do desmatamento decorrem de incêndios florestais, 48% de corte raso e 1% de mineração.

Incêndios

Nos últimos cinco anos, os focos de incêndio em vegetação nativa se mantinham na média de 10%. Em 2024, esse índice subiu para 13,5%. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa. 

Segundo Capobianco, o dado nunca foi evidenciado porque, em anos anteriores, o desmatamento decorrente de incêndio florestal representava percentuais muito inferiores. “Nós estamos incorporando [informações] no próprio Deter, que é um sistema feito para ser em tempo real, porque normalmente esses dados apareciam apenas no Prodes [Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite]”, destaca.

No Cerrado e no Pantanal, a tendência de queda permaneceu para o mês de maio, com quedas respectivamente de 15% e 65% na comparação entre maio de 2025 e 2024.

No período agregado de agosto de 2024 a maio de 2025, o Cerrado perdeu 4.583 km², representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. No Pantanal, de agosto de 2024 a maio de 2025, foram perdidos 267 km², 74% a menos que no mesmo período de anos anteriores. “Hoje, nós temos a capacidade muito significativa de prever e nos antecipar a desastres. O grande desafio é como vamos organizar as ações, para, com base nessas informações, atuar na prevenção”, diz.

Enfrentamento

O ministro em exercício afirmou, também, que o governo vem trabalhando em um processo de articulação federativa para que o problema seja enfrentado pelo conjunto de atores de todas as instâncias governamentais, iniciativa privada e sociedade organizada.

Capobianco destacou, ainda ações do governo federal de enfrentamento a incêndios e ao desmatamento, como a aprovação da Lei que criou a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo; o investimento de R$ 825 milhões no fortalecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e outros R$ 405 milhões para os bombeiros de municípios na Amazônia, além do Programa União com Municípios.

Informações: Agro Band.

Featured Image

Inovação energética: um caminho essencial para a sustentabilidade global

*Artigo por Elcio Trajano Jr.

A transição energética deixou de ser apenas um compromisso ambiental. Hoje, ela é um ponto de reflexão estratégico para empresas que desejam manter sua relevância diante de um cenário global cada vez mais pressionado por escassez de recursos, mudanças climáticas e exigências regulatórias. No setor florestal, esse movimento é ainda mais decisivo: estamos diante de uma oportunidade concreta de liderar uma transformação capaz de unir produtividade, segurança no fornecimento e responsabilidade ambiental.

O crescimento de 7,5% na demanda por energia no Brasil em 2024, segundo dados do ONS, não é um número isolado — é o reflexo direto de um país em expansão que precisa garantir estabilidade e eficiência em suas matrizes. Paralelamente, acordos internacionais, como os firmados na COP29, em Baku (Azerbaijão), reforçam o papel das fontes renováveis na construção de um novo modelo global. A meta de triplicar a capacidade mundial de energia renovável até 2030 e os US$ 300 bilhões anuais prometidos por países desenvolvidos para apoiar esse processo sinalizam um reposicionamento inevitável: ou investimos em novas soluções no campo da energia, ou ficamos para trás.

Na indústria de celulose e papel, essa escolha já se mostra inadiável. O setor possui um potencial singular de integração entre bioeconomia e geração limpa — seja pelo uso de biomassa ou pela adoção de tecnologias que valorizam o reaproveitamento de resíduos industriais. É nesse ponto que a sustentabilidade deixa de ser um valor abstrato e passa a representar uma vantagem operacional estratégica.

Empresas, como a Eldorado Brasil, já enxergam a modernização da matriz energética como uma extensão natural do seu modelo de gestão sustentável. A Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), inaugurada em 2021, é um exemplo de como temos levado isso a sério. Com capacidade instalada de 50 MW, ela utiliza troncos de eucalipto não aproveitados na produção de celulose para gerar eletricidade. Em 2023, foram entregues 317 mil MW ao Sistema Interligado Nacional — energia suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes. O que antes era resíduo, hoje é solução.

Além disso, fomos além ao implementar a primeira mini-hidrelétrica do mundo que gera energia a partir de efluentes tratados. Essa iniciativa pioneira não só reduz o impacto ambiental, como amplia sua autonomia operacional. Integrar diferentes fontes e otimizar cada insumo disponível faz parte da nossa visão sistêmica de futuro, que alia consistência técnica, responsabilidade coletiva e capacidade de adaptação em contextos desafiadores.

Alguns estudos recentes, como o da Brasil Biomassa (2024), apontam que o Brasil pode substituir até 50 TWh de combustíveis fósseis por bioeletricidade até 2035. Para isso, será necessário investir em escala, tecnologia e políticas públicas que favoreçam a previsibilidade. A indústria florestal pode — e deve — ocupar papel central nessa transição, deixando de ser apenas consumidora para se tornar provedora de energia renovável e competitiva.

Ações estruturantes para o compromisso da transição energética no setor produtivo precisam ser elaboradas para que o tema saia da retórica e ocupe o centro das decisões executivas — com investimento real, gestão eficiente e abertura para novas perspectivas. Encarar esse processo com seriedade e foco na sustentabilidade é fundamental para quem deseja ir além do acompanhamento do mercado e contribuir para sua evolução.


*Elcio Trajano Jr, é Diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação na Eldorado Brasil Celulose.

Featured Image

Governo de MS amplia incentivo para Arauco construir ramal de ferrovia até Malha Norte

Novo ramal terá 47 km de extensão para atender a fábrica de celulose da empresa em Inocência

O Governo de Mato Grosso do Sul ampliou os incentivos fiscais concedidos à empresa chilena Arauco Celulose do Brasil S.A. para viabilizar a construção de um novo ramal ferroviário de 47 quilômetros, que conectará a fábrica da companhia, em Inocência, à Ferrovia Norte Brasil (EF-364), também conhecida como Malha Norte.

O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, explicou que o aditivo ao incentivo fiscal foi necessário para contemplar itens como locomotivas, vagões, trilhos, dormentes e outros equipamentos. “Fizemos a adesão a um convênio nacional do Concefaz, que reduz a carga tributária sobre esses itens. O aditivo foi incluído especificamente para isso”, afirmou.

A empresa chilena obteve autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em maio deste ano e está legalmente habilitada para realizar as desapropriações em nome da União, com possibilidade de pleitear urgência nos trâmites judiciais para garantir a posse dos terrenos. Mesmo com essa autorização, a Arauco ainda precisa cumprir todas as exigências legais e ambientais antes de iniciar as obras.

O investimento total no projeto da fábrica de celulose é estimado em US$ 4,6 bilhões, com previsão de início de operação no último trimestre de 2027. A planta será construída a cerca de 50 km da cidade de Inocência, na margem esquerda do rio homônimo ao projeto, e ficará a aproximadamente 100 km do Rio Paraná, próximo à MS-377. A capacidade produtiva estimada é de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

O montante de incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual não é divulgado por questões estratégicas. No entanto, conforme dados da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a renúncia de receita prevista com isenções e benefícios fiscais deve alcançar R$ 11,9 bilhões em 2026, com crescimento nos anos seguintes: R$ 12,6 bilhões em 2027 e R$ 13,4 bilhões em 2028. O setor de Agricultura e Produção Florestal deve concentrar mais de R$ 2 bilhões dessas isenções já em 2026.

A obra do ramal ferroviário representa um importante avanço na logística e infraestrutura industrial do Estado, reforçando a posição estratégica de Mato Grosso do Sul como polo de produção e exportação de celulose.

Informações: Jota FM.

Featured Image

Exportações de MS chegam a US$ 4,28 bilhões em maio, com destaque para a celulose, carne bovina e carne de aves

Mato Grosso do Sul exportou US$ 4,288 bilhões entre janeiro e maio de 2025, valor que representa 2,95% de crescimento em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. A celulose foi o principal destaque positivo no período, liderando a pauta com US$ 1,44 bilhão, crescimento de 78,1% em relação ao mesmo período de 2024. Na sequência, aparecem a carne bovina (US$ 605,5 milhões) que cresceu 36,5% e as carnes de aves, que totalizando US$ 145,69 milhões, salto de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A soja, segundo item da pauta em termos de valor, totalizou US$ 1,16 bilhão), com retração de 26%.

Os dados estão na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior elaborada pela Assessoria Especial de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). “O bom desempenho da indústria e a expansão da celulose como principal produto da pauta exportadora reforçam a estratégia de diversificação econômica do Estado”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Segundo o relatório, Mato Grosso do Sul exportou 10,8 milhões de toneladas no período de janeiro a maio de 2025, quantidade 10,6% a mais que nos cinco primeiros meses de 2024. Com esse desempenho, o Estado acumula superávit comercial de US$ 3,25 bilhões, alta de 8,41% sobre 2024.

O setor industrial se mantém em alta nas exportações. A indústria de transformação aumentou em 29,65% o valor exportado e em 25,38% o volume embarcado. A indústria extrativa também cresceu, com alta de 0,74% nos preços e de 37,7% na quantidade. Em contrapartida, a agropecuária teve retração de 34,36% em valor e de 28,76% em volume.

O município de Três Lagoas segue como o maior polo exportador de Mato Grosso do Sul, com 18,65% do total embarcado. Também se destacam Dourados (13,46%), Ribas do Rio Pardo (9,53%) e Campo Grande (7,54%). A China lidera como principal destino, absorvendo 46,61% das exportações, seguida por Estados Unidos (6,64%) e Países Baixos (4,15%).

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S