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APRE aponta que tarifaço de 50% ameaça os negócios do setor florestal e alerta que milhares de empregos estão em risco

Setor florestal paranaense, líder nacional em produção de pinus, já sente os efeitos com férias coletivas e revisão de investimentos

A decisão do Governo dos Estados Unidos, publicada no dia 30 de julho, de aplicar tarifa de 50% sobre a importação de produtos florestais processados vindos do Brasil, afeta todo setor de base florestal, especialmente no Paraná, maior produtor nacional de madeira de pinus.

A medida influencia diretamente produtos como madeira serrada, painéis, portas, móveis e molduras, itens processados a partir de florestas plantadas de pinus e eucalipto, carro-chefe da silvicultura paranaense.

“É uma notícia muito ruim. Justamente no que o Paraná é bom, onde se destaca, vamos ser taxados de forma muito forte e veemente”, afirma Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas). Segundo ele, o impacto pode ser significativo para as operações e o emprego em todo o Sul do Brasil.

Celulose está na lista de exceções

Na lista de exceções do decreto norte-americano e importantes para o setor, estão: celulose química (solúvel, soda, sulfato, sulfito), celulose semiquímica, e celulose de papel reciclado ou bambu.

São produtos que os Estados Unidos não produzem, como a celulose de fibra curta à base de eucalipto, base para fabricação de itens como papel higiênico, guardanapo e toalha de papel.

Outro produto do setor de florestas plantadas que está na lista de exceções é o ferro-gusa, que no Brasil é produzido em parte com carvão vegetal na substituição de outros insumos de origem fóssil.

Impacto imediato: férias coletivas e retração nas exportações

Antes mesmo do anúncio oficial da nova tarifação, empresas do setor já haviam iniciado movimentos de contenção: suspenderam envios aos EUA, reduziram estoques e adotaram férias coletivas para preservar empregos. Agora, com a medida oficializada, o cenário se torna ainda mais delicado.

“Antes da efetivação da tarifa, as empresas estavam em compasso de espera, revendo investimentos e estratégias. A exportação para os Estados Unidos, nosso principal mercado, representa volumes que não podem ser redirecionados de forma rápida a outro mercado. Buscar novos compradores é um trabalho lento, de médio prazo, e muitas vezes exige redução de preços”, explica.

Setor florestal é o maior exportador do agronegócio brasileiro

Os produtos florestais lideram as exportações do agronegócio nacional, somando US$ 3,7 bilhões em receita. Desses, cerca de US$ 1,7 bilhão vêm dos estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Paraná responde sozinho por cerca de 50% da produção nacional de pinus e 15% dos empregos gerados no setor florestal brasileiro.

“Estamos falando de uma cadeia produtiva bem diversificada, com forte presença no interior do estado. Além da atividade econômica, essas indústrias mantêm projetos sociais e de saúde, ou seja, a área social também poderá ser bastante afetada com essa retração”, lamenta o presidente da APRE.

Contradição com o cenário global de sustentabilidade

A sobretaxa acontece em um momento contraditório no qual o mundo valoriza cada vez mais as florestas plantadas como alternativa sustentável para combater as mudanças climáticas. A madeira proveniente dessas áreas é renovável e contribui para a mitigação de gases de efeito estufa.

“O setor de base florestal plantado é hoje um dos pilares da sustentabilidade global. É difícil entender por que estamos sendo penalizados dessa forma, em um movimento que não tem base técnica, comercial ou regulatória como estamos habituados, mas sim política”, critica.

Incertezas e necessidade de articulação diplomática

A ausência de uma ação diplomática eficaz por parte do governo brasileiro preocupa o setor. “Faltou uma condução à altura dessa crise. Agora, precisamos agir rápido para buscar alternativas e minimizar os danos. O risco é de retrocessos econômicos e sociais profundos”, aponta Brun.

Para mitigar os danos, a APRE apresentará, juntamente com instituições parceiras, nos próximos dias ao governo do estado pleitos do setor que incluem liberação de uma linha de financiamento subsidiado, via Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), para pagamento da folha, antecipação dos créditos de ICMS para os exportadores de madeira, além de sugestões de programas para incentivo ao uso da madeira para os seus diversos fins.

Sobre a APRE Florestas

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

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Exclusiva – Expedição Silvicultura anuncia abertura de inscrições para eventos presenciais

Garanta seu lugar nos eventos que conectam ciência, dados e atores estratégicos para fortalecer a silvicultura no Brasil

A Expedição Silvicultura acaba de abrir as inscrições para uma série exclusiva de eventos regionais presenciais. Os eventos oferecerão informações atualizadas, em primeira mão, sobre a base florestal brasileira, além de promover a divulgação de inovações tecnológicas e pesquisas de ponta focadas na produtividade e sustentabilidade da silvicultura. Com a participação de associações setoriais e representantes do governo nas discussões regionais, os encontros serão oportunidades únicas para a troca de conhecimento entre especialistas, profissionais do setor e demais interessados, fortalecendo o desenvolvimento técnico e a competitividade da atividade florestal no país.

A Expedição Silvicultura irá realizar uma ampla coleta de dados nas principais regiões produtoras de florestas plantadas do Brasil. Por meio do uso combinado de tecnologias geoespaciais e um trabalho de campo rigoroso, o projeto registrará mais de 40 mil pontos de controle para validar um mapeamento detalhado das florestas plantadas no país. Além disso, serão coletadas informações essenciais sobre produtividade florestal, práticas de manejo e diversos outros indicadores, proporcionando um panorama completo e atualizado do setor.

“Mais do que eventos, essas são experiências imersivas de troca e aprendizado. Vamos compartilhar insights inéditos sobre a base florestal brasileira, apresentar tecnologias de ponta e debater os rumos da silvicultura com quem está liderando a transformação do setor”, afirma Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral da Expedição Silvicultura.

  • Belo Horizonte, MG: 10 de setembro
  • Vitória, ES: 17 de setembro
  • Eunápolis, BA: 22 de setembro
  • Lucas do Rio Verde, MT: 09 de outubro
  • Três Lagoas, MS: 16 de outubro
  • Botucatu, SP: 22 de outubro
  • Curitiba, PR: 27 de outubro
  • Lages, SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre, RS: 07 de novembro

Com uma abordagem integrada entre tecnologia, ciência e diálogo com o setor produtivo, a Expedição Silvicultura se firma como uma referência nacional na geração de conhecimento aplicado às florestas plantadas. Mais do que apresentar dados, o projeto promove conexões estratégicas que impulsionam a evolução da silvicultura brasileira.

Garanta sua vaga agora — As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas!

Com o apoio de associações florestais e órgãos governamentais, os encontros presenciais da Expedição incluirão rodadas de negócios e oportunidades de networking, promovendo a integração entre os diversos atores do setor. Confira a programação e inscreva-se: https://expedicaosilvicultura.com.br

Seja um parceiro da Expedição Silvicultura

Participe de um movimento que conecta ciência, produção e sustentabilidade para moldar o futuro da silvicultura no Brasil. Não perca a oportunidade de apoiar essa iniciativa estratégica para o setor florestal. Entre em contato: comercial@canopyrss.tech ou comercial@maisfloresta.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions (www.canopyrss.com.br), em parceria com a Embrapa Florestas (www.embrapa.br/florestas) e Paulo Cardoso Comunicações (www.paulocardosocom.com.br), e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor.

Siga a expedição nas redes sociais e fique por dentro das novidades:  

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Exclusiva – Nota Ibá: preocupações e esperanças do setor de árvores cultivadas frente às tarifas americanas

A cadeia florestal brasileira tem se posicionado com preocupação e pragmatismo diante das recentes tarifas impostas pelo predisente dos EUA, Donald Trump aos produtos brasileiros, buscando o diálogo e a diplomacia como principais caminhos para mitigar os impactos.

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), por meio de seu presidente-executivo, Paulo Hartung, tem enfatizado a necessidade de evitar “bravatas” e focar na negociação. A nota divulgada nesta quarta (30), pela Ibá reflete as apreensões do setor em relação aos impactos das tarifas sobre produtos como painéis de madeira, madeira serrada e diferentes tipos de papel.

No entanto, há um alívio significativo com a inclusão da celulose (especialmente a de fibra curta de eucalipto) e do ferro-gusa na lista de exceções tarifárias. Isso é visto como um reconhecimento da importância estratégica desses insumos para a indústria norte-americana e gera a esperança de um reestabelecimento dos padrões históricos de relacionamento comercial.

Apesar da exclusão desses produtos-chave, o setor florestal, especialmente nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que respondem por uma parcela significativa das exportações de madeira para os EUA, ainda enfrenta incertezas e pressões. Há relatos de cancelamentos e paralisações em algumas indústrias, com empresas buscando alternativas de mercado e até considerando usar operações em outros países para contornar as tarifas.

Representantes da cadeia produtiva, como a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), avaliam a medida como inesperada, inoportuna e mais política do que econômica, o que dificulta um diálogo técnico direto. A visão predominante é que a solução passará por uma articulação diplomática e política para evitar ou suavizar a aplicação das tarifas.

Em resumo, o posicionamento da cadeia florestal brasileira é de defender seus interesses por meio da diplomacia, buscando reverter ou amenizar o “tarifaço”, ao mesmo tempo em que se prepara para buscar novas estratégias e mercados caso as tarifas sejam mantidas para os produtos afetados.

Confira na íntegra a nota Ibá:

Nota Ibá

Como todos os agentes econômicos, o setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração faz votos de que sejam em breve restabelecidos os históricos padrões de relacionamento comercial entre o Brasil e os EUA.

Ao mesmo tempo, o setor registra a decisão de incluir a celulose na lista de exceções do decreto tarifário norte-americano. Representativa da maior proporção dessas exportações, a celulose de fibra curta à base de eucalipto é uma matéria-prima não produzida nos EUA. Ao longo de décadas, produtores brasileiros e importadores norte-americanos desenvolveram, por exemplo, tipos de celulose adaptados, em termos de qualidade técnica, às exigências dos seus clientes para itens de primeira necessidade do consumidor local, como papel higiênico, guardanapo e toalha de papel, entre outros.

Outro produto do setor de árvores cultivadas que também está na lista de exceções é o ferro-gusa, que no Brasil é produzido em parte com carvão vegetal na substituição de outros insumos de origem fóssil, oferecendo soluções sustentáveis.

Por outro lado, nos preocupa a situação dos painéis de madeira e dos produtos de madeira serrada que estão submetidos a uma investigação específica, no âmbito da Seção 232 da Lei do Comércio dos EUA.

Devem ser igualmente mencionados os diferentes tipos de papéis em que o Brasil é muito competitivo, assim como os papéis de embalagens e os sacos industriais, que vêm conquistando espaço no mercado dos EUA e que estão sobretaxados.

Também indiretamente, nossa dinâmica indústria de embalagens de papel é impactada pelas novas tarifas incidentes, por exemplo, sobre frutas e proteínas animais que são embalados por nossos papéis.

A Ibá seguirá atuando pela superação deste momento desafiador, defendendo o diálogo e em permanente articulação com os diversos stakeholders.

Paulo Hartung

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Incêndios rurais: novo portal SGIFR centraliza informações essenciais em Portugal

Para quem busca informações completas e atualizadas sobre incêndios rurais em Portugal, a espera acabou! O novo Portal Público do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) já está disponível, oferecendo uma plataforma de acesso livre e intuitiva para cidadãos, jornalistas, investigadores e todos os interessados no tema.

O portal, disponível em www.sgifr.gov.pt, foi desenvolvido para ser um ponto central de consulta, reunindo um vasto leque de dados e recursos. Nele, os utilizadores podem encontrar informações detalhadas sobre o próprio SGIFR, seus instrumentos de planeamento e a estrutura de governança.

Além disso, a plataforma oferece dados em tempo real sobre o perigo de incêndio rural e ocorrências ativas, garantindo que a população esteja sempre informada sobre a situação no terreno. Há também uma seção dedicada a avisos à população e outras informações relevantes para a prevenção e segurança.

Para quem busca se aprofundar na temática, o portal disponibiliza conteúdos da Campanha Portugal Chama e outros materiais de sensibilização, essenciais para a conscientização e a mudança de comportamentos. E para os mais analíticos, há um acervo de estatísticas, estudos, relatórios e legislação relacionados aos incêndios rurais.

A plataforma também funciona como um canal de comunicação, com uma seção de notícias e muito mais, mantendo os visitantes atualizados sobre os desenvolvimentos e ações no combate e prevenção de fogos. Uma ferramenta essencial para a compreensão e monitoramento de um tema tão crucial para o país.

Temporada de alertas!

Portugal está atualmente na sua temporada de incêndios rurais. O pico da temporada de incêndios no país geralmente começa em meados de julho e pode se estender até outubro.

Com as condições de calor intenso e tempo seco que são comuns nessa época do ano, o risco de incêndios é significativamente elevado. Autoridades portuguesas e espanholas têm emitido alertas públicos sobre o risco de incêndios, e há relatos de grandes incêndios ativos no país, especialmente nas regiões norte e centro.

É um período de atenção redobrada para a população e para as autoridades de proteção civil, que estão empenhadas no combate e prevenção desses eventos.

Por: redação Mais Floresta.

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Ferramenta auxilia a gestão florestal em sistemas integrados de produção

Planilha da Embrapa Florestas facilita o inventário de árvores em sistemas ILPF, auxiliando no planejamento, manejo e certificações como a Carne Carbono Neutro

Uma nova versão da planilha eletrônica para inventário florestal em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi disponibilizada pela Embrapa Florestas (PR). Desenvolvida para uso no Excel, a ferramenta surgiu a partir de demandas identificadas em cursos com técnicos e produtores. Seu objetivo é apoiar o planejamento e a tomada de decisões sobre o plantio e o manejo das árvores nesses sistemas integrados. A ferramenta pode ser baixada gratuitamente na página da Unidade.

A Planilha para Inventário Florestal no sistema de ILPF se destaca por sua aplicabilidade prática. De acordo com o pesquisador Vanderley Porfírio-da-Silva, da Embrapa Florestas, a realização do inventário florestal é uma etapa crítica nos sistemas ILPF, especialmente aqueles voltados à obtenção do selo Carne Carbono Neutro (CCN). “O inventário fornece informações que permitem avaliar o crescimento das árvores e estimar o carbono acumulado, dado necessário para comprovar a neutralização das emissões de metano entérico dos bovinos nos sistemas silvipastoris, mas é uma prática que sempre gera dúvidas sobre como deve ser feita”, observa. observa. A planilha é voltada a extensionistas, consultores e demais profissionais que acompanham ou atendem projetos de ILPF.

Na ferramenta, o usuário insere informações básicas da área, como o arranjo espacial definido para o sistema, e a planilha calcula o número de árvores que devem existir na área. Com essa densidade de plantio (número de árvores por hectare), a planilha calcula também valores de parâmetros necessários para o inventário florestal, tais como: o tamanho de parcelas, o número e a distância entre parcelas a serem instaladas no campo, facilitando a execução adequada do inventário e gerando dados precisos, especialmente para o uso nos softwares SisILPF, que são simuladores de crescimento florestal, produção de madeira e captura de carbono para diferentes espécies. “A planilha ajuda a definir uma amostragem precisa e suficiente, mesmo em sistemas com grande variabilidade de arranjos espaciais de plantio”, explica Edilson Oliveira, também pesquisador da Embrapa Florestas. “Além do inventário de áreas já implantadas, a planilha também pode ser utilizada para simulações que ajudem o produtor a planejar o sistema e levar a campo as melhores opções de implantação de sua área de ILPF”, completa.

Com essa ferramenta, é possível estabelecer parcelas de avaliação permanentes que geram dados contínuos sobre o desempenho das árvores. Isso contribui tanto para o manejo florestal sustentável quanto para o monitoramento dos impactos ambientais positivos do ILPF, como o conforto térmico animal e o sombreamento sobre pastagens.

Informações: Assessoria Embrapa Florestas.

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ILPF: Integração que transforma o campo

Aprosoja MT apoia práticas sustentáveis como a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) que concilia produção e conservação

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) apoia práticas sustentáveis entre seus associados e vê na Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) uma estratégia eficaz para promover uma produção responsável, aliada à conservação dos recursos naturais. Essa tecnologia tem se destacado como uma alternativa viável para aumentar a produtividade sem abrir mão da sustentabilidade.

A ILPF é um sistema que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, por meio de consórcio, rotação ou sucessão. Essa abordagem promove sinergias entre os componentes do agroecossistema, resultando em benefícios como: recuperação de áreas degradadas, aumento da produtividade com menor uso de insumos, sequestro de carbono e redução de emissões de gases de efeito estufa, melhoria da qualidade do solo, conforto térmico animal, além de diversificação de renda e maior estabilidade econômica.

Segundo o vice-presidente Oeste da Aprosoja MT, Gilson Antunes de Melo, sustentabilidade e produtividade andam de mãos dadas quando o assunto é ILPF. “Sustentabilidade é a palavra de ordem hoje na agricultura, na pecuária. Quando você tem uma utilização maior das áreas abertas, plantando soja, milho, plantando braquiária dentro do milho e fazendo uma terceira safra, isso traz renda para o produtor, traz segurança para o segmento e muita qualidade para o meio ambiente também”, destaca Gilson.

O produtor Cleto Webler, do município de Sapezal, conta que a ILPF implantada em sua propriedade exige cuidados e atenção, assim como todas as culturas individuais. O objetivo era diversificar e melhorar sua produção, e já consegue observar resultados no solo.

“Eu acredito que se trata de uma cultura que exige um cuidado especial. O ILPF não muda em nada o manejo de uma soja bem plantada, de um milho ou do algodão. A questão também está ligada à agricultura regenerativa, e acredito que esse é o caminho. A gente percebe uma melhora biológica, especialmente em áreas mais limitadas em teor de argila, onde estamos utilizando essas práticas”, relata o produtor.

De acordo com estudos da Embrapa Agrossilvipastoril, sistemas ILPF podem sequestrar até 39,5 toneladas de carbono equivalente por hectare ao longo de quatro anos, superando as emissões de gases de efeito estufa da atividade pecuária. A lavoura desempenha papel fundamental nesse processo, especialmente quando se utiliza rotação de culturas como soja e milho consorciado com braquiária.

Essa combinação favorece o acúmulo de matéria orgânica no solo, melhora a estrutura física e estimula a atividade microbiana, fatores essenciais para o aumento dos estoques de carbono.

Na Fazenda Gravataí, localizada no município de Itiquira, o diretor Odair Fernando Ferrari conta que a ILPF trouxe desafios em sua implementação, que resultaram em benefícios ambientais visíveis. Ele relata que a adoção das práticas de (Integração Pecuária-Floresta) e ILP (Integração Lavoura-Pecuária) trouxe novos desafios relacionados à tecnificação e certificações.

“Passamos a evoluir os conceitos de sustentabilidade e regeneração no nosso dia a dia e em nossas atividades, desde o campo até as estruturas. Também desenvolvemos ações voltadas à preservação de nascentes de água. Dessa forma, recuperamos as nove nascentes existentes nas propriedades, que passaram a ser utilizadas apenas em casos extremos, sempre com os devidos licenciamentos ambientais. Temos orgulho de poder fazer parte de atividades sempre voltadas ao zelo e ao cuidado com a sustentabilidade”, diz o produtor.

A ILPF representa uma alternativa viável para intensificar o uso da terra de forma sustentável, conciliando a produção de alimentos com a conservação ambiental. Com o apoio da Aprosoja MT, por meio dos supervisores de relacionamento que auxiliam os associados na implementação da ILPF, Mato Grosso se posiciona como protagonista na adoção de práticas que garantem a segurança alimentar de hoje e a sustentabilidade das gerações futuras.

Informações: Cenário MT.

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Empresa florestal cria espaço em site com ações sociais que impactam MS e parte de SP

Nova seção do site da MS Florestal reúne projetos em dez municípios, beneficiando mais de 45 mil pessoas

Nos bastidores da produção florestal, uma outra frente vem se consolidando nos últimos dois anos: o investimento em educação, geração de renda e melhoria na qualidade de vida das comunidades. Agora, esse trabalho ganha um espaço dedicado no site da MS Florestal. Nesta quinta-feira (31), a empresa lança uma nova página para apresentar de forma clara os 17 projetos sociais já realizados e os 9 em andamento, com informações sobre como participar, onde estão sendo realizados e quem pode acessar cada iniciativa.

A nova seção traz dados detalhados sobre os dez municípios onde os projetos atuam, os públicos atendidos e as formas de envolvimento da comunidade. As ações estão organizadas em três grandes eixos: educação, empoderamento e bem-estar, envolvendo mais de 250 voluntários dedicados.

Dentre os destaques, estão o Educação Continuada, atravessando divisas o projeto está presente em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Brasilândia e Presidente Epitácio, com foco na melhoria do IDEB e na proficiência dos estudantes da rede pública; e o Visão no Futuro, que atua em Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Água Clara, oferecendo triagem oftalmológica e doação de óculos para estudantes e professores.

Outro projeto importante é o Jovens Talentos, desenvolvido nesses três municípios, que prepara adolescentes para o mercado de trabalho por meio de formação técnica em logística e florestas, bolsas de estudo e maior empregabilidade.

Na área de empoderamento, o Dona Della fortalece o empreendedorismo feminino em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Água Clara e Brasilândia. Já o Costura Sustentável, realizado em Bataguassu, capacita mulheres para gerar renda por meio da economia circular e reutilização de resíduos têxteis. O projeto Nós do Campo apoia agricultores familiares em Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul, promovendo a produção leiteira em regiões próximas às operações da empresa.

Segundo Geovane Rocha, analista de Comunicação Digital e Mídias Sociais da MS Florestal, participar da criação dessa nova aba foi uma experiência marcante. “Contribuir para o desenvolvimento da página de Responsabilidade Social foi muito enriquecedor. Trabalhamos em equipe para traduzir, com sensibilidade e clareza, o impacto que esses projetos têm nas comunidades. Mostrar isso de forma acessível no site reforça o compromisso da companhia de transformar realidades por meio de ações sociais inspiradoras, em parceria com o Bracell Social”, afirma.

Ana Nelly Castello Branco, participante do projeto Costura Sustentável e atual presidente da Associação Ipê Rosa — criada a partir do projeto em Bataguassu —, reforça a importância da nova página para dar visibilidade às histórias reais. “Esse site é fundamental porque mostra que os projetos existem de verdade, que estão acontecendo perto da gente. As pessoas poderão acessar e ver que a vizinha participa do projeto de costura, que a colega da igreja está no empreendedorismo. Isso aproxima, dá rosto às ações. E precisa ser um site bonito, fácil de navegar, que alcance também quem ainda não conhece essas iniciativas. Quem já sabe, já busca; quem não conhece, precisa ser alcançado”, destaca.

De acordo com Michelle Oliveira, coordenadora de Responsabilidade Social da MS Florestal, a nova seção no site foi criada para dar maior visibilidade às ações já realizadas e facilitar o acesso da população interessada.

“Nos últimos dois anos, nossos projetos ganharam força e tiveram um impacto real nas comunidades. Agora, queremos mostrar onde eles estão acontecendo, como funcionam e de que forma qualquer pessoa pode participar. Essa iniciativa valoriza as ações e fortalece a nossa relação com as comunidades,” explica.

Além disso, a nova página também servirá como um ponto de acesso para futuros editais e informações sobre o Bracell Social. As atualizações serão feitas conforme a demanda, com foco em ações concretas e oportunidades abertas à participação da população.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

Sobre o Bracell Social

O Bracell Social é um programa de investimento social, alinhada às diretrizes do Grupo RGE, norteado por 3 pilares (3E’s – Educação, Empoderamento e Bem-estar). São realizados projetos que contribuem com o desenvolvimento das comunidades locais, conectando a inclusão social e a sustentabilidade, de modo que as pessoas possam desenvolver suas capacidades individuais e ter acesso a oportunidades para uma vida melhor.  

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O cerco fechou: EUDR de um lado, tarifa dos EUA do outro. Sua operação está pronta?

O Brasil precisa transformar floresta em dado — ou será engolido pela nova ordem comercial

*Artigo por Rodrigo de Almeida.

O setor florestal brasileiro está prestes a enfrentar o cenário mais hostil dos últimos 20 anos.

A partir de 1º de agosto de 2025, os Estados Unidos aplicarão uma tarifa de até 50% sobre todos os produtos brasileiros, incluindo madeira, painéis e celulose. A justificativa foi política, mas o impacto será econômico — direto nas exportações de base florestal.

Ao mesmo tempo, a EUDR já impõe novas regras para acesso à União Europeia: comprovação de que a madeira não veio de área desmatada após 2020, com geolocalização, documentos e evidências auditáveis.

Um estudo publicado pela Wood Central estima que o Brasil pode perder até 38% do mercado europeu se não se adequar.

Dois mercados. Duas pressões regulatórias distintas.

Mas uma urgência comum: provar, com dados, que a floresta brasileira é legal, rastreada e sustentável.

Transformar floresta em dado — e o dado em confiança

Estamos em 2025. Não é mais sobre prometer sustentabilidade: é sobre entregá-la com precisão matemática.

Isso significa coordenadas geográficas, históricos ambientais, autorizações legais, mapas, imagens de satélite — tudo vinculado a cada metro cúbico exportado.

Mas não basta armazenar esses dados. É preciso garantir que eles sejam confiáveis, auditáveis e compartilháveis, com credibilidade internacional.

É aí que entra o blockchain.

Ao registrar cada etapa da rastreabilidade em uma camada imutável, o blockchain permite que o mercado — e as autoridades internacionais — verifiquem diretamente a origem e a legalidade da madeira, sem intermediários.

A floresta digitalizada e tokenizada vira prova técnica — e escudo comercial.

EyeForest + ForestTracker: rastreabilidade a chave do sucesso

O EyeForest é a infraestrutura digital que conecta dados de campo, geointeligência, contratos e conformidade.

Com o ForestTracker, exportadores florestais ganham uma solução completa para atender tanto à EUDR quanto às exigências ambientais americanas:

  • Rastreabilidade com georreferenciamento por talhão, validado com imagens de satélite
  • Registro de todos os documentos no blockchain, garantindo integridade e transparência
  • Geração de passaportes digitais de exportação, prontos para envio à UE via TRACES
  • Vinculação automática a contratos digitais com tokens representativos da origem da madeira

A partir de um único sistema, é possível mostrar ao mundo — com prova técnica — que a madeira brasileira é legal, limpa e de origem rastreável.

Quem digitaliza a floresta, controla o mercado

O setor florestal brasileiro ainda pode liderar a nova economia verde — mas só se for rápido, transparente e tecnicamente robusto.

O ForesTracker nasceu para transformar rastreabilidade em estratégia — e o blockchain é a camada que garante confiança nos dados, em qualquer mercado.

Se você exporta produtos florestais, agora é o momento de estruturar a rastreabilidade da sua operação — com dados auditáveis, geolocalizados e prontos para enfrentar o mundo.

Fale com a gente. Transforme sua floresta em dados. E seus dados, em contratos globais: https://conteudos.eyeforest.com.br/lp-eyeforest-artigos

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SisEucalipto gera ganhos milionários no manejo do eucalipto

SisEucalipto otimiza manejo de eucalipto e traz ganhos econômicos relevantes

A adoção do software SisEucalipto, desenvolvido pela Embrapa Florestas, gerou benefícios econômicos de R$ 501 milhões, de acordo com avaliação realizada em 2024. A tecnologia, voltada para a gestão e manejo de plantações de eucalipto, está implantada em aproximadamente 1,48 milhão de hectares distribuídos em 14 estados brasileiros. Lançado em 2000, o software auxilia produtores e empresas na tomada de decisões sobre o manejo de seus plantios. Sua utilização proporciona, em média, um ganho econômico de 15% aos produtores florestais por conta do melhor gerenciamento dos plantios, comparado a métodos convencionais.

O SisEucalipto é o software mais acessado da Embrapa Florestas, com mais de 4.000 downloads registrados entre 2016 e 2024. Disponibilizado gratuitamente, o software se diferencia de alternativas pagas no mercado e se tornou referência na América Latina. Segundo Edilson Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas, “a ferramenta permite a simulação de cenários de manejo e o planejamento da produção de madeira, elevando a produtividade e otimizando a utilização de recursos naturais. O software ainda contribui para a sustentabilidade da produção, auxilia na obtenção de certificação florestal e agrega valor à madeira”.

Segundo Emiliano Santarosa, supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas e um dos responsáveis pela análise, “a utilização do Software SIS auxilia diretamente os técnicos e empresas na gestão dos plantios florestais, por meio da estimativa do volume de madeira e sortimento, auxiliando na tomada de decisão em relação ao manejo, principalmente relacionados aos regimes de desbastes. Estes fatores contribuem diretamente na rentabilidade e retorno financeiro dos plantios florestais”.

Balanço Social

O Balanço Social de 2024 revela um lucro social de R$ 107,24 bilhões, o que representa um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Este valor é resultado da avaliação de 166 tecnologias desenvolvidas pela empresa, refletindo seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável no setor agropecuário.

Um dos indicadores mais significativos do desempenho da Embrapa é a relação entre o lucro social e a receita operacional líquida, que passou de 21,23 em 2023 para 25,35 em 2024. Isso significa que, para cada real investido na Embrapa, o retorno para a sociedade foi multiplicado em 25 vezes.

O Balanço Social é uma publicação anual da Embrapa que apresenta alguns dos principais resultados alcançados pela Empresa no ano anterior. Isso é feito por meio do levantamento das ações sociais realizadas, dos casos de sucesso, dos prêmios e reconhecimentos recebidos e da adoção e impactos econômicos, sociais, ambientais e institucionais de soluções tecnológicas geradas e adotadas pela sociedade. A partir dos impactos econômicos dessa amostra de soluções tecnológicas é calculado o lucro social devolvido pela Empresa à sociedade brasileira.

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Veracel Celulose realiza I Seminário sobre Gestão Ambiental Industrial

Com o objetivo de ampliar o diálogo e a informação sobre as práticas ambientais adotadas na operação industrial, a Veracel Celulose, empresa de base florestal com mais de três décadas de atuação no Sul da Bahia, promove o I Seminário Gestão Ambiental Industrial. Gratuito e aberto ao público, o evento acontece no dia 12 de agosto, das 13h30 às 18 horas, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Eunápolis. 

Durante o seminário, serão abordados os principais temas que permeiam a rotina de gestão ambiental da empresa, incluindo gestão de efluentes, gestão atmosférica, uso racional da água, gestão de resíduos sólidos e o balanço de atendimento às condicionantes ambientais da licença de operação da fábrica. 

A iniciativa visa compartilhar informações de forma prática e acessível, responder a dúvidas e fortalecer a relação com a comunidade local, instituições de ensino, organizações ambientais e demais interessados.

“O seminário reforça o compromisso da Veracel com a sustentabilidade e com a promoção de conexões com a sociedade. Queremos mostrar como os cuidados ambientais estão presentes em nosso dia a dia e ouvir quem caminha junto conosco nesse território”, destaca Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da empresa.

Os interessados devem fazer sua inscrição até o dia 7 de agosto, quinta-feira, por meio do formulário disponível no link ou pelo whatsapp (73) 99819-6090.  As vagas são limitadas. 

I Seminário Gestão Ambiental Industrial 

Gratuito
Data: 12 de agosto, terça-feira 
Horário: 13h30 às 18h
Local: Auditório do IFBA – Campus Eunápolis
Endereço: Av. David Jonas Fadini, s/n, Bairro Rosa Neto, Eunápolis – BA

Mais informações sobre as ações ambientais da Veracel podem ser acessadas em: www.veracel.com.br

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 6º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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