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Plantio de florestas ganha espaço em terras agrícolas no país

Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares no ano passado

Distribuída em três áreas, a plantação florestal representa 80% do negócio do produtor rural André Assis, de Terra Roxa, no oeste do Paraná. Assis também cultiva grãos e mantém produção de frango e peixe, mas vê no segmento de árvores plantadas uma alternativa rentável. “É uma excelente opção para solos sem aptidão para lavoura ou pastagem”, afirma ele.

Para diversificar suas fontes de renda, Assis deu seguimento ao plantio de eucalipto, atividade em que sua família entrou há mais de 20 anos. Atualmente, o produtor mantém 1,5 mil hectares de floresta em áreas arrendadas, nas quais o rendimento médio é de 290 toneladas de madeira por hectare. O corte das árvores ocorre a cada seis ou sete anos, e a madeira serve como biomassa.

“Para nós, o eucalipto é tão rentável quanto a soja, mas ele tem a vantagem de ter uma produtividade mais estável. Com isso, acaba sendo mais viável”, afirma Assis. Ele entrega a madeira a cooperativas agrícolas da região.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2023, o país tinha 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas. Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares em 2024, o que representou um crescimento de 2,2%, ou 234 mil hectares, em relação ao ano anterior.

Para Paulo Hartung, presidente da Ibá, os maiores desafios são a falta de mão de obra e de infraestrutura de transporte, incluindo rodovias, ferrovias e portos. Ele destaca, porém, o crescimento da área de floresta que o segmento conserva, que soma 6,91 milhões de hectares. “Progredimos muito na produtividade, mas a preservação é o que nos diferencia”, disse.

Em Ponta Grossa, a Águia Florestal, empresa de plantio e industrialização de madeira, tem 10 mil hectares de pinus, de um total de 24 mil hectares de floresta. “O restante é de área nativa preservada”, afirma Álvaro Scheffer Junior, diretor da companhia.

Segundo ele, a empresa faz todo o processo produtivo, de maneira verticalizada. Isso inclui desde a pesquisa e produção de mudas de pinus nos viveiros até a entrega da madeira no Porto de Paranaguá.

Com volume de produção de cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano, que exporta para os Estados Unidos, a empresa está entrando no mercado interno neste ano, com a produção de painel de madeira sólida. O material servirá à construção de moradias para famílias do Rio Grande do Sul que perderam suas casas na enchente de 2024.

“É inegável a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico e social, mas também no quesito ambiental”, enfatiza. A empresa faz um controle das emissões e estoque de carbono gerados pelo processo produtivo da atividade, com registro de 4,8 milhões de toneladas de CO2 estocadas até o fim de 2024: “o setor de árvores plantadas é o que mais preserva a floresta nativa atualmente”.

Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação
Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação

De acordo com a Ibá, dos 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas no país em 2023, 7,83 milhões de hectares eram de eucalipto, 1,92 milhão de hectares, de pinus, e 500 mil hectares, de outras espécies. Ainda segundo a entidade, 38% das áreas de floresta plantada no Brasil pertencem a produtores independentes. O restante está dividido entre os produtores de celulose, papel, painéis, pisos laminados, carvão e madeira serrada, além de investidores.

José Mauro Moreira, pesquisador de economia e planejamento florestal da Embrapa Florestas, destaca a importância de planejar a implantação de florestas com fins comerciais na propriedade rural. “Primeiramente, é importante avaliar o mercado e definir a finalidade da produção. Também é preciso planejar cada etapa e ter um controle eficiente dos custos da atividade”, afirma.

Uma alternativa, segundo o pesquisador, é começar aos poucos, implantando a floresta em áreas menores. Moreira destaca que a atividade é considerada uma poupança verde, uma vez que o retorno financeiro só terá início a partir de seis a oito anos após a implantação da cultura.

Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da área de manejo de florestas, também da Embrapa Florestas, ressalta que o clima e o solo da região são fatores que interferem diretamente na escolha da espécie a ser plantada: “a introdução do componente arbóreo na propriedade rural é sempre positiva, mas é fundamental receber orientação sobre a espécie, seu comportamento e sobre os tratos culturais que exige”.

Informações: Globo Rural.

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Como Paraná usa satélites da NASA no combate a disparada de incêndios florestais?

A disparada no número de incêndios florestais neste ano, fez o Paraná buscar soluções tecnológicas para o combate dos focos. Uma parceria resultou na criação da plataforma VFogo, que conta com o monitoramento via satélite da NASA, e tem contribuído para evitar a propagação das chamas. Os registros dos últimos três anos, mostram o pico de ocorrências entre maio e outubro.

Neste ano, entre janeiro e maio, foram detectados mais de 5 mil focos de incêndio florestal no Paraná. Em janeiro de 2025 o sistema detectou 918 ocorrências: em fevereiro 974, em março 1.410, em abril 569 e em maio foram localizados 1.473 focos de calor.

Em 2024, foram mais de 50 mil focos de calor, número muito superior a 2023, quando foram detectados aproximadamente 20 mil focos.

Até maio de 2025, os municípios que mais registraram focos de calor foram Rio Branco do Sul (231), Prudentópolis (181) e Cruz Machado (172). Em todo o ano de 2024, os que mais registraram focos de calor foram São Jorge do Patrocínio (7.544), Alto Paraíso (3.725) e Altônia (3.060).

Dados do satélite da NASA auxiliam Defesa Civil do Paraná

Com dados de georreferenciamento de várias instituições – incluindo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) -, o VFogo foi desenvolvido pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental). A plataforma tem auxiliado a Defesa Civil e o Instituto Água e Terra (IAT) a detectar focos de calor antes que se tornem grandes incêndios, facilitando o acionamento do Corpo de Bombeiros para combate ao fogo. 

O VFogo começou a ser criado há dez anos e atualmente faz um trabalho de sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos (Big Data). O sistema usa modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.

O sistema faz acompanhamento em tempo real com dados dos equipamentos do Simepar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Nasa, e conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens – alguns deles com atualização a cada 10 minutos. 

“O VFogo, com o uso dos satélites, detecta incêndios com temperaturas acima de 300°C ou que tenham atingido uma dimensão de 30 metros de extensão, por um metro de largura”, explica Gabriel Henrique de Almeida Pereira, pesquisador do Simepar. 

Importante ressaltar que um mesmo incêndio pode ter mais de um foco de calor. Quando um foco de calor suspeito é identificado, O Simepar aciona a Defesa Civil, que informa o Corpo de Bombeiros para verificar a situação no local indicado.

Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, os incêndios florestais foram responsáveis por 13.555 combates, o que equivale a 10,8% de todos os atendimentos feitos pela Instituição em 2024. Entre 1.º de janeiro e 11 de junho de 2024 foram 4.099 incêndios florestais combatidos pelos bombeiros. No mesmo período de 2025 foram 2.346.

Tendência é de alta nos próximos meses

“No outono e no inverno ocorre menos chuva, a umidade do solo e a umidade relativa do ar estão mais baixas, há maior predomínio de massas de ar seco e ocorrência de geada, que queima a vegetação. Esse conjunto de fatores deixa a vegetação mais propícia à propagação de fogo”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. 

Por causa disso, a partir de junho, além dos alertas para a Defesa Civil e o IAT, todos os anos os meteorologistas do Simepar fazem um monitoramento através do VFogo para o Operador Nacional do Sistema (ONS).

O objetivo é sinalizar os focos de incêndio em todo o país com agilidade para permitir que sejam atenuados possíveis danos ao sistema de transmissão de energia elétrica, que podem causar interrupções no fornecimento. 

Informações: Bem Paraná.

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Suzano contribui para a transformação de Ribas do Rio Pardo (MS) por meio do fomento à educação profissionalizante

A construção da maior fábrica de celulose em linha única do mundo trouxe oportunidades de emprego qualificado ao município, que está passando por uma transformação na educação pública

Quando Gleika Conceição, 34 anos, voltou para Ribas do Rio Pardo (MS), depois de passar a adolescência em Campo Grande (MS), não imaginava que iria mudar de vida por meio de oportunidades que não encontrara na capital. Sem conhecer os processos da Silvicultura, ela se matriculou, em 2021, na primeira turma de formação para ajudante florestal no município e, ao final da formação, foi logo contratada. A história dela é um retrato vivo da mudança que vem ocorrendo em Ribas do Rio Pardo desde a chegada da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos de eucalipto.

Hoje, mãe de um menino, Gleika, atua na área de abastecimento de mudas e vê que o momento é um divisor de águas para quem busca crescer junto com o setor. “Comecei como ajudante, mas já estou há dois anos e meio como assistente. A Suzano sempre apoiou todos os colaboradores a crescer com a empresa, e com o curso que estou fazendo, acredito que logo estarei como técnica florestal”, conta com entusiasmo.

Ela é uma das alunas da primeira turma do curso superior de Tecnólogo em Silvicultura, fruto de uma parceria da Suzano com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). “É um curso gratuito, com professores muito atenciosos. É puxado para quem trabalha o dia todo, mas é o esforço que vale a pena. Para mim é muito importante fazer parte desta transformação que Ribas está passando. Hoje as pessoas não precisam mais sair daqui para buscar oportunidade. O setor florestal está crescendo e abrindo portas para todos”, relata.

As oportunidades às quais ela se refere são resultado de uma série de parcerias e investimentos realizados pela Suzano, que, em julho de 2024, iniciou as operações da maior fábrica de celulose em linha única do mundo. Ao longo dos três anos de construção e um ano de operação, a cidade tem vivenciado uma verdadeira revolução na oferta de educação profissionalizante. Além da estrutura de ponta da fábrica, um dos grandes diferenciais de viver e trabalhar em Ribas do Rio Pardo é a possibilidade de acesso à formação técnica e superior na própria cidade.

Hélio Rodrigues, 35 anos, também atua na área de Silvicultura da Suzano e mudou-se para Ribas do Rio Pardo há pouco mais de um ano e meio. Com 12 anos de atuação no setor florestal, ele avalia que o cenário atual representa um marco na trajetória de quem escolheu crescer com a empresa. Natural de Mato Grosso, ele e a família acreditam muito no potencial da região e um dos diferenciais encontrados é ter de formação qualidade à disposição. “Ter um curso superior na porta de casa é uma oportunidade única, são raras as cidades do porte de Ribas que têm oportunidades. Para mim, esse conhecimento que nos liberta e abre caminhos para o crescimento dentro de um setor que só tende a se fortalecer”, afirma.

Ecossistema de oportunidades

Assim como a UEMS, o Governo do Estado e o Sistema S também se uniram à Suzano na oferta de programas de formação técnica que visam preparar a população local para as oportunidades geradas pelo novo polo industrial. “A Suzano acredita que a educação é a melhor ferramenta para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Por isso, alinhado ao nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, investimos em parcerias que fortaleçam a educação e a formação profissional em Ribas do Rio Pardo, contribuindo de forma concreta para a construção de um futuro mais justo e sustentável para todos”, destaca Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Desde 2021, o número de estudantes matriculados na educação profissional em Ribas do Rio Pardo saltou de 89 para 736, segundo dados do Governo do Estado. Um dos principais marcos dessa evolução é o Itinerário Formativo em Florestas, definido pela Secretaria de Estado de Educação (SED) em parceria com a Suzano, com base na estrutura disponível e na vocação de cada município. A iniciativa permite que os estudantes escolham trilhas de formação alinhadas às demandas locais e aos seus próprios interesses. No modelo alinhado ao Novo Ensino Médio, os estudantes escolhem, no ato da matrícula, uma área de aprofundamento de acordo com suas afinidades e interesses profissionais.

Débora Aparecida de Araújo Pereira, diretora da Escola Estadual Eduardo Batista Amorim, que atende cerca de 550 estudantes, avalia como extremamente positiva a presença da formação profissional no currículo, especialmente diante do novo cenário socioeconômico de Ribas do Rio Pardo. “A chegada da fábrica criou uma expectativa de trabalho imediata, mas poucos pensam em se especializar. A empresa oferece oportunidades de crescimento, e nosso papel é mostrar para os alunos que estudar e se preparar é o caminho para conquistar esse espaço”, explica.

Em paralelo, a empresa desenvolve o projeto Estratégia de Educação da Suzano, que atua na promoção da jornada educacional e na preparação para o mercado de trabalho, com potencial de beneficiar cerca de 2.350 adolescentes e jovens de 14 a 24 anos. A iniciativa contempla ações para garantir a permanência e conclusão da educação básica, além de promover a inclusão produtiva por meio do acesso ao ensino técnico, programas de aprendizagem, estágios e oportunidades de emprego.

Polo de qualificação

A expansão das oportunidades de emprego também se reflete em investimentos de infraestrutura. Um dos principais exemplos é o novo Centro Integrado Sesi Senai (CISS). Com investimento inicial de R$ 58,5 milhões da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o CISS está sendo construído em uma área de 6,1 mil metros quadrados às margens da BR-262 e reunirá, em um único espaço, ensinos fundamental, médio, técnico e superior, com foco na formação cidadã e na preparação para o mercado de trabalho.

Previsto para ser concluído em 2026, o CISS está em fase avançada de obras e, quando concluído, terá potencial para atender até 850 alunos do Sesi e até 1,3 mil alunos do Senai. A Escola Sesi já funciona em estruturas temporárias com salas de aula climatizadas em contêineres modulares, com capacidade para atender até 180 alunos do ensino fundamental nos turnos matutino e vespertino.

“Ver de perto a transformação que a educação está trazendo para Ribas do Rio Pardo é algo muito significativo para nós. A parceria entre a Suzano, o poder público e outras instituições é essencial para tornar esse avanço possível, especialmente com a construção do Centro Integrado Sesi Senai. Mais do estruturas, como no caso do CISS, estamos falando de oportunidades reais de futuro para centenas de jovens e suas famílias. É um passo importante para garantir que o desenvolvimento da região caminhe junto com a inclusão e a formação das pessoas”, acrescenta Rodrigo Zagonel.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br.

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Evento em Santa Rita do Passa Quatro (SP) destaca práticas sustentáveis na integração lavoura-pecuária

AGSA promove Dia de Campo com apoio da ETASA, Embrapa, CATI e rede ILPF para apresentar experiências de técnicas sustentáveis no setor agropecuário 

Santa Rita do Passa Quatro, Junho de 2025 — A Agroindustrial Salvador Arena (AGSA) promove no próximo dia 17 de junho, às 9h, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), o Dia de Campo, evento voltado à disseminação de práticas sustentáveis e inovadoras no agronegócio. A iniciativa é realizada em parceria com a Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena (ETASA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a rede ILPF e a Embrapa.

Com forte atuação em inovação, qualidade e responsabilidade socioambiental, a AGSA impulsiona o desenvolvimento agropecuário por meio de processos produtivos eficientes e sustentáveis, agregando valor ao setor.

Com programação dedicada ao sistema ILP (Integração Lavoura-Pecuária), o encontro é voltado a estudantes, profissionais do setor e interessados em modelos produtivos sustentáveis. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas até o dia 15 de junho, por meio do link: https://forms.office.com/r/g44SQ5Cifg?origin=lprLink

Durante o evento, os participantes poderão acompanhar palestras e atividades práticas sobre temas como:

  • Intensificação sustentável com ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta)
  • Benefícios da utilização das braquiárias no sistema de integração lavoura-pecuária (ILP)
  • Projeto ILP desenvolvido pela Fundação Salvador Arena
  • O sistema ILP como prática ESG no campo
  • O evento será realizado nas instalações da AGSA e da ETASA, que contam com infraestrutura técnica e áreas produtivas destinadas à formação prática e experimentação agrícola.

Serviço:

Local: AGSA/ ETASA: Estrada SRQ, s/n – Santa Rita do Passa Quatro (SP)

Data: 17 de junho

Horário: 9h

Inscrições até 15/06: https://forms.office.com/r/g44SQ5Cifg?origin=lprLink

Sobre a Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena (ETASA)

A ETASA, localizada na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, conta com uma infraestrutura moderna, composta por estações de aprendizagem como: estação do conhecimento, espaço de formação e informação, que propõe conexões entre diversas áreas do conhecimento, incluindo leitura e tecnologia e Estação Ciência, com uma abordagem interdisciplinar, que propõe a integração entre a física, matemática, biologia e tecnologia. Além de todos os espaços disponíveis na Agroindustrial Salvador Arena (AGSA), empresa instalada no mesmo local, que dispõe de tecnologia avançada para a produção de soja, milho, sorgo, mandioca, tomate, café, gado de corte e leite criação de galinhas poedeiras, e se prepara para iniciar a ordenha de gado leiteiro, a fim de implantar futuramente uma unidade fabril de laticínios.

Sobre a Fundação Salvador Arena 

A Fundação Salvador Arena (Fundação) é uma instituição civil de finalidade beneficente, de direito privado e sem fins lucrativos, criada em 1964 pelo engenheiro Salvador Arena (1915-1998) para manter atividades voltadas à transformação social, atuando nas áreas de educação e assistência social, e apoio nas áreas de saúde e habitação. Tema prioritário na área de educação, os programas próprios oferecidos no Centro Educacional da Fundação Salvador Arena e na Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena, receberam aporte de R$ 73,3 milhões em 2024, custeando todas as atividades e os serviços oferecidos gratuitamente, com 100% de recursos próprios. Apoia projetos sociais de OSCs em todo o Brasil por meio de recursos financeiros e assessoria técnica e disponibiliza ciclos de formação em Gestão Profissional e em Sustentabilidade Financeira, com cerca de 100 horas cada, que consistem em capacitar e qualificar as OSCs brasileiras para alcançar a condição de Excelência no Bem, de forma profissional, autônoma e eficaz. Em 2024 foram aplicados R$ 18,5 milhões em 176 programas socioassistenciais, que contemplaram projetos sociais e capacitação de organizações do terceiro setor, beneficiando diretamente 30.987 pessoas e indiretamente, 84.157 pessoas. Saiba mais: http://www.fundacaosalvadorarena.org.br/

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Veracel Celulose abre vagas para programa de estágio na Bahia

Inscrições estão abertas até o dia 15 de junho

A Veracel Celulose está com vagas para o Programa de Estágio 2025. As vagas são para atuação presencial ou híbrida em Eunápolis, no sul da Bahia, com carga horária de 30 horas semanais, das 8h às 15h. Estudantes precisam estar no antepenúltimo ou penúltimo ano da graduação, em cursos superiores com vínculo às áreas da empresa. As inscrições estão abertas até o dia 15 de junho. As áreas de atuação contempladas no programa incluem:

  • Gente e Cuidado;
  • Relações Trabalhistas e Recrutamento;
  • Custo e Orçamento;
  • Negócios Administrativos;
  • Licenciamento Ambiental;
  • Contabilidade e Fiscal;
  • Logística da Madeira;
  • Engenharia de Manutenção;
  • Melhoramento Genético;
  • Estradas Florestais, entre outras.

Como se candidatar

Estas e outras vagas disponíveis podem ser consultadas no site da Veracel. A empresa oferece salários compatíveis com o mercado, além de benefícios como assistência médica, assistência odontológica, cesta de Natal, empréstimo consignado, ginástica laboral, previdência privada, programa de remuneração variável, restaurante interno, seguro de vida, vale-alimentação e Wellhub (Gympass).

Informações: Correio 24 horas.

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Governador do Paraná visita fábrica de madeira engenheirada e defende uso sustentável de florestas

Fundada em 2021 em Almirante Tamandaré, a Urbem emprega 150 funcionários e tem capacidade de produzir 60 mil metros cúbicos de estruturas de pinus

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior visitou nesta quarta-feira (11) a Urbem, indústria focada na fabricação de madeira engenheirada – material que passa por um pré-processamento para ser usado na construção civil. Fundada em 2021 em Almirante Tamandaré, a unidade produtiva recebeu um investimento de aproximadamente R$ 220 milhões, com capacidade instalada anual para 60 mil metros cúbicos de estruturas de pinus, empregando 150 trabalhadores.

Durante a visita, o governador conheceu de perto as instalações industriais e acompanhou todas as etapas do processo de fabricação dos elementos estruturais em Madeira Laminada Colada (MLC) e Cross Laminated Timber (CLT). Esses materiais são produzidos a partir de florestas plantadas de pinus e se destacam por possibilitar construções mais rápidas, limpas e com menor emissão de carbono em relação aos métodos construtivos convencionais.

Após a visita técnica, Ratinho Junior destacou a importância da instalação de indústrias que utilizam madeira de reflorestamento no Paraná. Ele lembrou que o Estado possui uma das maiores áreas de florestas plantadas.

“O Brasil ainda está muito acostumado a construir com tijolo, cimento e ferro, mas o mundo já está adotando a madeira engenheirada como uma alternativa mais sustentável e segura. Viemos conhecer essa inovação de perto e queremos que o Paraná ajude a mudar essa cultura. Somos o estado que mais produz madeira de reflorestamento no Brasil, então faz todo sentido estimular essa indústria, que gera emprego, riqueza e sustentabilidade”, afirmou o governador.

Os dados mais recentes do IBGE, referentes ao ano de 2023, colocam o Paraná na liderança nacional de lenha da silvicultura, com 13,8 milhões de metros cúbicos cortados no ano, um quarto do volume de todo o País. O Estado também é o maior produtor de madeira em tora para outras finalidades, responsável por 38,1% da produção nacional, chegando a R$ 2,8 bilhões em termos nominais.

No caso da Urbem, a madeira engenheirada produzida no Paraná integra projetos emblemáticos em outros locais do Brasil. Entre eles, estão estruturas instaladas nos parques Morumbi Sul e do Carmo, na cidade de São Paulo, e o Open Mall Praça Pitiguari, em Atibaia, no interior de São Paulo, que é a maior estrutura de madeira engenheirada do Brasil, com 7 mil metros quadrados de área construída.

A tecnologia também tem ganhado o mercado internacional. O maior destaque é o Hotel Rosewood, uma estrutura de 1.200 metros quadrados em construção nas Maldivas com a utilização da madeira engenheirada processada no Paraná.

“A Urbem é um bom exemplo de aplicação da madeira de reflorestamento, com um modelo sustentável de produção, altamente tecnológico, que exporta para o mundo inteiro a partir daqui, gerando mais empregos para a população paranaense”, comentou Ratinho Junior.

Para incentivar o crescimento do setor, inclusive com a atração de novas indústrias, o Governo do Estado estuda adotar a madeira engenheirada como solução construtiva em prédios públicos. O projeto mais avançado neste sentido é o planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, mas não estão descartadas outras possibilidades, como centros de eventos, hospitais e escolas.

VANTAGENS – Apesar de o senso comum associar madeira a um material altamente inflamável, a madeira engenheirada apresenta excelente desempenho ao fogo. Por ser formada por camadas sobrepostas e coladas sob alta pressão, ela queima de forma controlada e previsível que protege as partes internas da estrutura. Em muitos casos, isso proporciona mais tempo de evacuação e maior estabilidade estrutural em incêndios do que materiais como o aço, que perde resistência rapidamente sob altas temperaturas.

Segundo o CEO da Urbem, Gustavo Borges, embora seja uma tecnologia recente no mercado brasileiro, a madeira engenheirada é um método amplamente utilizado na Europa. “Produzimos lajes, vigas e pilares a partir de madeira tratada e classificada, com dois grandes diferenciais: a redução do tempo de execução das obras e a diminuição da emissão de carbono”, explicou Borges. “Já conseguimos avançar em segmentos como hotelaria, varejo e parques. Fizemos três exportações e estamos presentes em oito estados brasileiros”.

No encontro com o governador, o sócio-fundador e atual presidente do Conselho da Urbem, Dario Guarita, justificou a escolha pelo Paraná para iniciar as atividades.

“O Paraná é o berço da indústria da madeira no Brasil. Foi aqui que começaram os primeiros investimentos e onde se desenvolveu a tecnologia do plantio de florestas, especialmente de pinus. A mão de obra qualificada para atuar no setor está no Estado, que tem uma forte tradição florestal. Investimos no Paraná desde 2010, e para nós foi natural instalar a indústria próxima às florestas e à melhor mão de obra disponível”, relatou.

Guarita também defendeu o papel do Estado como um indutor do uso da tecnologia. “O setor público tem um papel fundamental para promover obras em madeira engenheirada por meio de políticas de incentivo, mas também pelo exemplo, ao adotar este modelo em alguns de seus projetos”, concluiu o presidente do Conselho.

Foto: Reprodução/Secom Paraná
Foto: Jonathan Campos/AEN

PRESENÇAS – Também acompanharam a visita à Urbem o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o prefeito de Almirante Tamandaré, Daniel Lovato; o presidente da Cohapar, Jorge Lange; e o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco.

Informações: Portal Maripá.

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Eucalipto, a revolução verde que transforma madeira em futuro

Com inovação, manejo responsável e visão sustentável, a Donna Madeiras consolida o eucalipto como protagonista de um novo modelo para a indústria madeireira 

O eucalipto vem ganhando destaque como uma alternativa sustentável no setor madeireiro brasileiro, deixando de ser visto apenas como uma fonte de madeira para se tornar símbolo de inovação, renovabilidade e respeito ao meio ambiente. Seu ciclo rápido de crescimento, alta adaptabilidade ao clima brasileiro e o manejo florestal responsável tornaram essa espécie uma escolha estratégica para a indústria, especialmente no contexto atual de crise climática e demanda por práticas produtivas sustentáveis. Mais do que uma tendência passageira, o uso do eucalipto reflete um movimento sólido rumo à construção de uma economia verde e consciente.

Exemplo desse novo cenário é a trajetória da Donna Madeiras, empresa sediada em São José de Fruteiras, no município de Vargem Alta, nas Montanhas Capixabas. Fundada nos anos 1950 por José Donna, a empresa começou com a fabricação de móveis e o uso de madeira nativa, seguindo a prática comum da época. Com o passar das décadas, especialmente a partir de 1986, a Donna Madeiras assumiu o pioneirismo regional ao investir na serragem de eucalipto, após a concessão de exploração de florestas nativas. A partir desse momento, a empresa se destacou como referência no fornecimento de madeira serrada de eucalipto para diversos setores.

A virada definitiva veio em 1995 com a fundação da Donna Indústria de Madeira LTDA, envolvendo os filhos na gestão e consolidando a marca no mercado nacional, principalmente no Sudeste. Investimentos contínuos em inovação e tecnologia resultaram na inauguração de filiais especializadas em biomassa e comércio, além de uma sede autossustentável, moderna e unificada em 2024. Esse processo permitiu à Donna Madeiras ampliar seu portfólio de produtos, que hoje inclui dormentes, barrotes, ripas, tábuas, tocos, cunhas e pontaletes com cavidades, além de subprodutos como cavacos e pó de serra usados na geração de energia e no setor granjeiro.

O compromisso com o manejo florestal sustentável se reflete nos 2.500 hectares de reservas florestais que a empresa administra, sendo uma parte dedicada à preservação de espécies nativas e outra à plantação de eucalipto para corte. O ciclo produtivo é fechado e controlado: todo o eucalipto serrado provém de reflorestamento próprio ou de fornecedores locais que seguem as boas práticas ambientais. O Brasil é o maior produtor mundial de eucalipto, aponta pesquisa da Canopy Remote Sensing Solutions (2023), destacando que o país possui 10,2 milhões de hectares de florestas cultivadas, sendo 77% desse total ocupado por eucalipto.

A contadora e gestora ambiental Sabrina Oliveira Donna, na empresa há 14 anos, reforça que a busca por madeira de origem sustentável é crescente. “Principalmente por conta dos problemas climáticos, isso está sendo pedido e consumido”, afirma. Entre os pontos positivos do uso do eucalipto, ela destaca a sustentabilidade, a economia, a versatilidade industrial e o benefício ambiental com sequestro de carbono e recuperação de áreas degradadas. Por outro lado, reconhece desafios como a necessidade de manejo adequado para evitar impacto sobre a biodiversidade e a persistente percepção negativa da monocultura do eucalipto. “Ainda existe uma cultura antiga que eucalipto desgasta o meio ambiente, resseca o solo… Daí a gente precisa muito promover essa educação com as pessoas mais antigas e participar de feiras como a Espírito Madeira”.

Foi justamente na segunda e última edição da Espírito Madeira – Design de Origem, em novembro, em Venda Nova do Imigrante (ES), que Sabrina compartilhou essa visão de futuro ao lado de dois sócios da Donna Madeiras. Na ocasião, destacou a importância de agregar valor ao eucalipto para além da madeira em si. “Eucalipto deixou de ser apenas eucalipto. Agora é um produto cem por cento renovável, desejado pelas empresas. Tem que agregar valor”, ressaltou, apontando a necessidade de criar uma marca forte e inovadora para o setor capixaba.

Para Sabrina, a crise climática e a transição para uma economia de baixo carbono representam uma oportunidade concreta para empresas como a Donna Madeiras. “O Espírito Santo é um estado cheio de oportunidades, e o setor tende a crescer. Apenas um hectare de eucalipto plantado tem retorno econômico financeiro e, principalmente, ambiental”, afirmou com otimismo. A participação ativa em eventos como a Espírito Madeira e os investimentos contínuos da empresa demonstram que o eucalipto, nas mãos certas, é mais do que madeira. É uma escolha estratégica e sustentável para o presente e o futuro do planeta.

Seja um patrocinador da Espírito da Madeira! 

Esteja entre as principais empresas e instituições que apoiam esta Feira já consolidada como referência nacional do setor de madeira. Oportunidade única para conectar negócios, elevar conhecimento e cultura nas Montanhas Capixabas. Clique aqui e garanta sua participação como parceiro e apoiador do Espírito da Madeira 2025!

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

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O fim dos resíduos: a revolução silenciosa das florestas plantadas

*Artigo de Murillo Galli.

Tenho 41 anos. Sou da Geração Y — os Millennials. Uma geração marcada por ciclos de mudança e quebra de paradigmas. Crescemos num mundo fragmentado e depois hiper conectado. Vimos o Brasil com hiperinflação e depois com o Plano Real. Nascemos sob regime militar e amadurecemos na redemocratização. Vivenciamos governos de centro, direita e esquerda. Essa instabilidade moldou em nós uma habilidade única: adaptabilidade.

Profissionalmente, metade da minha vida estive ligado, de alguma forma, ao setor florestal brasileiro — como produtor, prestador de serviços, comprador, executivo ou consultor. E como bom Millennial, afirmo: estamos presenciando mais um momento de ruptura.

O setor florestal já passou por revoluções — a dos clones com o aumento de produtividade e redução do ciclo, do plantio manual ao mecanizado, da motosserra a super produtivas colhedeiras, da intuição à precisão dos drones e satélites. E essa transformação foi acompanhada, em sua maior parte, pela minha geração. Sabemos como era antes, vivemos o agora e lideraremos, provavelmente, o amanhã: as florestas do futuro. (futuro este que não é mais tão longe assim).

Mas há algo que pouco mudou até agora: a cultura da abundância. Somos favorecidos por clima, solo, água, escala e disponibilidade de geográfica. Essa fartura histórica moldou uma visão “gorda” sobre o uso da terra, onde priorizamos o “filé” — o fuste da árvore — e negligenciamos o restante. Resíduo virou sinônimo de descarte, e isso se cristalizou em “verdades operacionais” pouco desafiadas.

Contudo, desde 2010, essa lógica começou a ruir. Com a explosão da economia chinesa e a transformação do setor de celulose em polos industriais de bioprodutos, o Brasil se tornou o epicentro de investimentos florestais globais. Cidades, regiões e até estados inteiros foram impactados. A cadeia produtiva sofisticou. E com ela, cresceu também a demanda por madeira — e não só para papel e celulose.

A madeira virou insumo essencial para setores variados:

  • Indústria de chapas e compensados,
  • Siderurgia,
  • Pecuária (como insumo energético),
  • Secagem de grãos,
  • Indústria sucroenergética,
  • E a novíssima fronteira: o etanol de milho.

Mas a forma de olhar para a floresta não mudou.

Mesmo com o Brasil liderando globalmente em produtividade (IMA de 35–40 m³/ha.ano), e em velocidade do ciclo da floresta (6 a 8 anos — em alguns casos reduzido para 5), esse descompasso entre a nova demanda x estoque de floresta existente e o tempo biológico das novas florestas, gerou o chamado e previsto por alguns do setor, “apagão florestal”: onde temos a capacidade instalada ociosa por falta ou inviabilidade de matéria-prima.

Resultado?

  • Disparada nos preços da madeira (de históricos R$ 35-45 para R$ 180–200/m³),
  • Ampliação do raio de colheita,
  • Antecipações de corte,
  • Perdas de eficiência.

Mas é aqui, neste cenário desafiador que entra a oportunidade — e a mudança de mentalidade.

“Resíduo não dá retorno”, “Toco é difícil de tirar”, “Deixa no campo que vira nutriente”… Essas frases, tantas vezes repetidas, refletem um modelo mental moldado pela fartura. Só que a fartura acabou.

Hoje, com custo elevado, escassez de mão de obra, mecanização cara e pressão por eficiência, o setor começa a olhar com seriedade para algo que sempre esteve ali: os chamados resíduos florestais.

A pergunta é: eles são realmente resíduos?

Países como os nórdicos e ibéricos já responderam: não. Lá, resíduos são insumos — para energia, compostos, blends de biomassa. Isso não aconteceu por acaso: foi fruto de escassez, políticas públicas, pesquisa e tecnologia. E o Brasil está vivendo esse mesmo ponto de inflexão.

Na empresa que atuo, o Grupo IBS Energy , estamos protagonizando esse novo capítulo. Através da IBC Biomass Solutions, joint venture com o Grupo Madeplant Florestal , estamos projetando uma operação pioneira de entrepostos de biomassa no Estado de São Paulo, capazes de estocar, processar e misturar diferentes resíduos florestais e agrícolas para atender caldeiras com perfis técnicos diversos.

Um exemplo emblemático: A enfardadora de resíduos florestais Madeplant, a primeira do tipo no Brasil. Consolidada na Europa há mais de 15 anos, ela recolhe e enfarda mecanicamente os resíduos pós-colheita, levando muitos benefícios para a silvicultura, como a redução drástica de tempo entre colheita e entrada para plantio e até mesmo a viabilização da mecanização florestal quase imediata. Desde 2024 vem sendo testada no Brasil e já operou nos principais players do setor, em 4 estados, com desempenho técnico e operacional surpreendente.

Outro exemplo: A evolução do processo de destoca, realizado pela Madeplant. Em regiões do MS, onde o etanol de milho avança rapidamente, o uso do cavaco do toco como combustível está sendo feito em larga escala, com custo operacional cada vez menor e produtividade surpreendente.

Resultado final? A floresta deixa de ser mono-ofertante. O fuste vai para quem paga mais. Os resíduos viram combustível, insumo ou solução energética para quem tem menor capacidade de pagamento e a silvicultura gera ganhos hoje não contabilizados. A floresta se torna multifuncional, mais lucrativa e mais eficiente.

Lembro de uma visita à Espanha, onde perguntei ao gestor florestal: — O que vocês fazem com os resíduos? Ele riu e respondeu: — “¿Qué desperdicio? Esto no es desperdicio, es energía.”

Ali entendi tudo. Eles não têm sequer a palavra “resíduo” da forma como usamos. O que chamamos de resíduo, eles chamam de oportunidade.

E aqui no Brasil, finalmente, esse entendimento começa a chegar. Não temos mais espaço para ineficiência. Não temos mais margem para desperdício. A abundância, daqui para frente, precisa estar na produtividade — não na ociosidade.

Como Millennial, vejo nisso uma revolução silenciosa e promissora. Já vimos muita transformação antes — e essa, pessoalmente, talvez seja uma das mais empolgantes. A pergunta que fica não é “se” vamos mudar, mas “quando” deixaremos de usar a palavra resíduos para falar de ativos florestais e agrícolas.

Bora apostar?


*Murillo Galli é Diretor Executivo da IBC Biomass Solutions e Diretor de Relações Institucionais do Grupo IBS Energy.

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O que é silvicultura? Entenda como funciona o cultivo de floresta no Brasil

Técnica é ferramenta contra degradação do solo, efeito estufa e muito mais, destaca especialista

Na essência e também na definição da palavra, que tem origem no latim e significa cultivo de florestas, a silvicultura é a arte que estuda, por meio de maneiras naturais e artificiais, como restaurar e melhorar as áreas florestais do Brasil, define a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A técnica engloba métodos e práticas para cultivo, manejo e conservação visando atender às exigências do mercado e é dividida em silvicultura clássica e silvicultura moderna. Inicialmente, o objetivo de ambas é a produção de madeira, mas se diferenciam ao longo do processo.

A forma clássica representa as florestas naturais, enquanto a silvicultura moderna opera as florestas plantadas e que, além de produzir madeira, como prioriza a primeira opção, também oferece bens e serviços. Conheça mais sobre ela.

Quais são os benefícios da silvicultura para o meio ambiente?

A atividade desempenhada pelo silvicultor, o profissional responsável pelo trabalho, vai além da produção de madeira para lenha, celulose ou carvão vegetal.

Segundo Erwin Hugo Ressel Filho, engenheiro florestal e professor na Universidade de Blumenau (FURB), fortalece também a resiliência ecológica, melhora a qualidade ambiental e contribui com a restauração de paisagens e ecossistemas.

“Ela não é apenas uma coisa produtiva, mas uma ferramenta estratégica de conservação ambiental, especialmente, quando adotada com critérios técnicos e princípios de sustentabilidade”, diz à Globo Rural. Confira outros benefícios da silvicultura:

  • Restaura solos erodidos, pastagens abandonadas ou áreas mineradas;
  • Reduz a pressão sobre florestas nativas ao fornecer madeira e produtos florestais de áreas plantadas;
  • Diminui o aquecimento global ao “sequestrar” dióxido de carbono a partir das árvores;
  • Regula o clima;
  • Protege recursos hídricos;
  • Mantém a biodiversidade ao abrigar fauna e flora variadas;
  • Atua como corredor ecológico conectando fragmentos florestais isolados;
  • Abriga espécies nativas em sistemas de silvicultura diversificada;

Contribui para serviços ecossistêmicos, como captura de poluentes na atmosfera, estímulo à polinização de plantas e dispersão de sementes, regulação microclimática, etc…)

Além da causa ambiental, a silvicultura também é importante social e economicamente, porque auxilia na geração de renda e empregos ao dar oportunidade a profissionais em locais variados, como viveiros, plantio, colheita, transporte, beneficiamento e área de pesquisa.

Em 2023, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor florestal plantado respondia por cerca de 2,6 milhões de empregos diretos (690 mil) e indiretos (2 milhões) no Brasil após criar 33,4 mil novos postos de trabalho naquele ano.

Ainda na parte econômica, valoriza as áreas rurais e facilita o acesso a créditos e incentivos ao desenvolver projetos bem estruturados que podem se beneficiar de linhas de crédito rural, programas de pagamento por serviços ambientais e projetos de carbono.

Na lista de benefícios sociais, o especialista da FURB destaca quatro vantagens da silvicultura:

  • Desenvolvimento regional: promove a dinamização econômica em áreas rurais e periurbanas, especialmente em municípios com baixa diversificação econômica, e estimula o surgimento de cooperativas, associações de produtores e prestação de serviços florestais.
  • Fortalecimento da agricultura familiar e povos tradicionais: permite diversificar junto com a agricultura (sistemas agroflorestais) a produção, melhora a segurança alimentar e gera renda sustentável. Além disso, povos indígenas e comunidades tradicionais podem se beneficiar do uso sustentável e do manejo florestal comunitário.
  • Educação e capacitação: a expansão da silvicultura estimula a formação de técnicos e profissionais capacitados e fomenta pesquisas e inovações no setor.
  • Qualidade de vida: ambientes arborizados, principalmente, na área urbana, promovem bem-estar, qualidade do ar, regulação térmica e espaços para atividades de lazer e ecoturismo.

“A silvicultura, quando planejada e manejada de forma sustentável, representa uma solução estratégica para conciliar produção econômica, conservação ambiental e inclusão social. É um componente essencial na transição para uma economia verde e para o enfrentamento da crise climática”, destaca Erwin.

A silvicultura é praticada no Brasil?

Sim, o país aplica o estudo e manejo das florestas em todas as cinco regiões. São mais de 10 milhões de hectares de área cultivada, segundo dados do relatório anual da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). O destaque é o eucalipto. Veja abaixo:

  • Eucalipto : a árvore originária da Oceania foi introduzida no Brasil no século XIX e tem as maiores produções em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O Brasil possui 7,83 milhões de hectares de eucalipto atualmente.
  • PinusSanta Catarina lidera o cultivo da espécie de árvore usada, principalmente, pelas indústrias de madeira, serrados, laminados, chapas, resina, celulose e papel, destaca a Embrapa. No total, o Brasil tem 1,92 milhão de hectares de área plantada de pinus.
  • Seringueira: a árvore nativa da Amazônia é conhecida pela extração do látex, matéria-prima para a fabricação da borracha. O país 0,24 mil hectares de área plantada.
  • Teca : opção na silvicultura, desenvolve madeira de qualidade e alto valor comercial. Além disso, apresenta outras características importantes: durabilidade e resistência contra fungos, pragas e brocas. Atualmente, temos 0,08 mil hectares de área plantada no país.
  • Acácia : de acordo com a Embrapa, o cultivo tem como finalidade a produção de tanino e energia e se concentra, principalmente, no Rio Grande do Sul. São 0,07 mil hectares de área plantada no total.
  • Araucária: a árvore que produz o pinhão é nativa da região Sul, mas também pode ser encontrada no Sudeste. O país possui 0,01 mil hectares de área plantada.
Borracha é um dos itens produzidos pela silvicultura — Foto: Canva/ Creative Commoms
Borracha é um dos itens produzidos pela silvicultura — Foto: Canva/ Creative Commoms

Quais as práticas utilizadas na silvicultura?

Para o sucesso produtivo, ambiental e econômico da silvicultura, ramo da ciência florestal dedicado ao estudo e manejo das florestas plantadas e nativas, é importante seguir um conjunto de práticas, pontua o especialista da FURB.

“A aplicação correta garante maior produtividade florestal, redução de riscos ambientais, sustentabilidade do uso da terra, conformidade legal e acesso a mercados certificados, dentre outras vantagens”. Veja quais são elas:

  • Seleção de matrizes;
  • Produção de mudas;
  • Preparo do solo;
  • Adubação e calagem;
  • Plantio mecanizado ou manual;
  • Desbaste e poda;
  • Controle de incêndios florestais;
  • Manejo de pragas e doenças;
  • Colheita e transporte florestal;
  • Monitoramento por drones e sensores remotos;
  • Certificação florestal

Informações: Globo Rural.

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APRE Florestas vai premiar trabalhos jornalísticos sobre cultivo de árvores

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) abriu as inscrições para a terceira edição do Prêmio APRE Florestas de Jornalismo. A premiação tem como objetivo reconhecer reportagens que abordem o setor florestal, com ênfase, neste ano, na aplicação de tecnologia em florestas plantadas.

Voltado a jornalistas de todo o país, o prêmio é restrito a reportagens com foco no estado do Paraná. Os trabalhos podem ser inscritos em três categorias: texto (jornais, revistas, sites, portais e blogs), áudio (rádios e podcasts) e vídeo (TVs e plataformas digitais). As inscrições são gratuitas e vão de 30 de maio a 20 de outubro de 2025. Serão aceitos conteúdos publicados entre 1º de novembro de 2024 e 20 de outubro de 2025.

“A imprensa tem um papel fundamental na discussão sobre o desenvolvimento da economia verde, que inclui o setor florestal e sua contribuição para a sociedade”, afirma Fabio Brun, presidente da APRE Florestas.

A cerimônia de premiação será realizada no jantar anual da entidade, marcado para 28 de novembro, em Curitiba (PR). Além dos três primeiros colocados em cada categoria, a edição também incluirá uma Menção Honrosa, concedida pela Embrapa Florestas a reportagens com foco em ciência, pesquisa e produção acadêmica.

Setor florestal paranaense e inovação

O tema da edição 2025 reflete a importância crescente das florestas plantadas como fonte renovável para diversos setores da economia, entre eles o de móveis, construção civil, papel e celulose, higiene e energia.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil está entre os dez países com maior área de florestas plantadas no mundo, com aproximadamente 10 milhões de hectares. O Paraná lidera a produção de pinus no país e responde por 20% da madeira produzida nacionalmente.

As empresas associadas à APRE conservam atualmente 564 mil hectares de florestas nativas e mantêm 79,1% de suas áreas certificadas, conforme critérios de sustentabilidade adotados no setor.

Critérios e envio de reportagens

Poderão concorrer ao prêmio reportagens sobre temas como bioeconomia, inovação tecnológica, geração de emprego e renda, sustentabilidade, cadeias produtivas e uso de madeira engenheirada na arquitetura, entre outros.

Cada jornalista poderá inscrever até cinco reportagens por categoria. As inscrições devem ser enviadas por e-mail para comunicacao@apreflorestas.com.br, com a ficha de inscrição preenchida, dados pessoais e profissionais, resumo do conteúdo e link ou PDF da publicação. Conteúdos patrocinados ou vinculados a instituições acadêmicas, entidades de classe ou órgãos públicos não serão aceitos.

O regulamento completo está disponível no site da APRE Florestas.

Informações: Rede Brasil de Jornalismo Agro.

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