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Setor florestal de Mato Grosso entra em crise após tarifas dos EUA sobre madeira de ipê

“Tarifaço” compromete exportações, gera demissões e pressiona economia regional; empresários pedem reação do Governo Federal

O setor de base florestal em Mato Grosso enfrenta um dos momentos mais delicados das últimas décadas em razão das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, conhecida como “tarifaço”, atingiu diretamente as exportações de madeira, sobretudo das indústrias que produzem pisos e decks de ipê, item de alta demanda no mercado norte-americano e com pouca saída em outros países.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Dioni Brezovsky Domiciano, o impacto foi imediato. Diversas empresas reduziram turnos, cortaram linhas de produção e já iniciaram processos de demissão.

“Há companhias que trabalhavam há anos exclusivamente nesse nicho e hoje estão à beira do colapso. Isso significa desemprego e um efeito cascata sobre toda a economia regional”, destacou o dirigente.

A dificuldade em redirecionar a produção de ipê para outros mercados intensifica a crise. Com os Estados Unidos absorvendo grande parte da madeira, o setor agora enfrenta estoques encalhados, queda nos preços e perda de competitividade.

“Ficamos praticamente engessados. Não conseguimos repassar o custo das tarifas ao consumidor e a viabilidade do negócio foi comprometida”, afirmou Dioni.

Sindicatos e federações já encaminharam um documento ao Governo Federal pedindo uma posição firme nas negociações internacionais. Apesar do cenário adverso, Dioni acredita que será preciso buscar alternativas para superar o momento.

“Precisamos ser otimistas. O desafio é testar novas espécies e encontrar mercados que possam absorver nossa produção. Mas, neste momento, quem paga a conta somos nós empresários e nossos trabalhadores”, concluiu.

Fonte: Jornal Mato Grosso do Norte.

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Governo do Estado habilita consórcio liderado pela XP para Rota da Celulose

Agora faltam apenas trâmites burocráticos para a assinatura do contrato, prevista para até dezembro

O Consórcio Caminhos da Celulose, liderado pela XP Investimentos, teve sua documentação considerada habilitada para assumir o contrato da chamada Rota da Celulose, conjunto de rodovias no leste de Mato Grosso do Sul que abrange trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR-267. A Comissão Especial de Licitação se reuniu no dia 18 e conferiu os documentos apresentados no início de setembro.

Conforme ata publicada pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), responsável por esta fase, o consórcio é formado pelas empresas XP Infra V Fundos de Investimentos e Participações, CDL Construtora, Laços Detetores Eletrônica, Conter Construções e Comércio S/A, Construtora Caiapó Ltda, Ética Construtora Ltda, Distribuidora Brasileira de Asfalto Ltda e Conster Construções e Terraplanagem Ltda. O grupo comprovou capacidade jurídica, trabalhista, fiscal, econômico-financeira e técnica, apresentando experiências anteriores, como a atuação na Rodovia BR-116/SP/PR – trecho São Paulo–Curitiba.

A convocação para a entrega da documentação havia sido publicada em 27 de agosto, após a desclassificação do Consórcio K&G Rota da Celulose por falta de atestado de qualificação técnica. Na ocasião, as empresas haviam apresentado a concessão da BR-393, a Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, cujo contrato teve a caducidade declarada pela União.

Com a aprovação dos documentos, o processo administrativo entra em fase de encerramento. Ainda cabe a possibilidade de impugnação da habilitação do consórcio. Após a publicação do resultado definitivo, haverá prazo de 60 dias para o cumprimento das obrigações prévias à assinatura do contrato.

O leilão – Realizado em 8 de maio, o leilão da Rota da Celulose contou com quatro concorrentes e terminou com a vitória do Consórcio K&G, formado pela K-Infra Concessões e Galápagos Participações. O grupo havia apresentado a melhor proposta financeira, com 9% de desconto sobre a tarifa máxima de pedágio e aporte de R$ 217,3 milhões.

A segunda melhor oferta foi justamente do Consórcio Caminhos da Celulose, com 8% de desconto e aporte de R$ 195,6 milhões. Também participaram da disputa as empresas Rotas do Brasil, que ofereceu 5% de desconto, e o BTG Pactual, com 4%.

O contrato – A concessão prevê 30 anos de gestão sobre 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões, incluindo R$ 3,2 bilhões em custos operacionais. Estão previstas praças de pedágio em cidades estratégicas como Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

As obras incluem 146 km de duplicações (sendo 115 km já previstos), 457 km de acostamentos, 245 km de terceiras faixas, 12 km de marginais, 38 km de contornos urbanos, 62 dispositivos em nível e 4 em desnível. Também estão programados 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 m² em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha passará a contar com acostamento.

Informações: Campo Grande News.

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Dia da Árvore: Embrapa, APRE e UFPR promovem educação ambiental para crianças

No dia 25 de setembro, a Embrapa Florestas, em Colombo (PR), abre suas portas para celebrar o Dia da Árvore, comemorado em 21/09, em parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A iniciativa deve reunir cerca de 150 crianças de escolas públicas, que terão a oportunidade de participar de atividades educativas e interativas ao longo de todo o dia.

Organizado em quatro estações temáticas, o evento vai proporcionar momentos de imersão em diferentes aspectos do meio ambiente e do setor florestal.

Na estação Erva-mate e Araucária, as crianças irão conhecer mais sobre espécies nativas que fazem parte da cultura, da história e da economia do Paraná. Já na estação Solo, os especialistas da Embrapa Florestas explicarão a importância da conservação e do manejo adequado para a saúde das florestas, além da relação do solo e das florestas com as mudanças climáticas.

Na estação Florestas Plantadas, representantes da APRE Florestas apresentarão o papel do setor na economia e como o manejo sustentável garante benefícios ambientais e sociais. Além disso, a APRE Florestas e o Laboratório de Produtos Florestais da UFPR também vão abordar a presença da floresta e seus produtos no cotidiano das crianças, ressaltando a importância da escolha consciente.

Na estação Insetos Florestais, por sua vez, o objetivo é explicar a biodiversidade e a função dos insetos no equilíbrio dos ecossistemas, bem como estratégias de controle biológico quando alguns insetos se tornam pragas. Cada grupo deve passar cerca de 20 minutos em cada estação, com linguagem adaptada para a faixa etária dos alunos, garantindo um aprendizado dinâmico e acessível.

Educação ambiental na infância

De acordo com os organizadores, a ação tem como objetivo despertar nas crianças a consciência ambiental, a sustentabilidade e o entendimento sobre o equilíbrio entre conservação e produção.
Para Edina Moresco, chefe adjunta de Transferência de Tecnologias da Embrapa Florestas, trabalhar esse tema com as crianças é uma grande oportunidade para formar futuros adultos mais conscientes do papel central das árvores nos diferentes processos de produção sustentável. “As árvores são muitas e com várias aplicações, madeira, celulose, ornamentais, urbanas, entre outras. Queremos mostrar um pouco disso tudo e, quem sabe, fazer parte da memória de infância destas crianças, além de despertar nelas essa consciência”, afirma.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, destaca o impacto positivo da iniciativa. “É fundamental aproximar as crianças da natureza e mostrar, de forma prática, como o setor florestal está presente no nosso dia a dia. Quando a educação ambiental começa cedo, criamos uma geração mais consciente, que entende a importância das árvores para o futuro do planeta”.

Um futuro mais sustentável

A celebração do Dia da Árvore é mais do que um mero passeio escolar. É uma experiência didática e lúdica, na qual os alunos têm contato direto com a ciência, a cultura e o meio ambiente. Para a Embrapa Florestas e a APRE, a expectativa é de que iniciativas como esta multipliquem conhecimentos e formem cidadãos engajados na construção de um futuro sustentável.

Serviço
Evento Dia da Árvore
Data: 25/09
Horário: 8h30 às 16h
Local: Embrapa Florestas (Estrada da Ribeira, Km 111 – Parque Monte Castelo, Colombo)
Organização: Embrapa Florestas, APRE Florestas e UFPR

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Estudos confirmam previsões econômicas de sistemas sustentáveis ​​de produção na Amazônia e no Cerrado

Estudos de caso sobre sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ( ILPF ) e agroflorestais ( SAFs ) no Cerrado e na Amazônia mostram ganhos em produtividade, segurança alimentar, conservação ambiental e resiliência climática, além de gerar empregos e renda. Com base nesses levantamentos, pesquisadores da Embrapa elaboraram, em parceria com o Banco Mundial , uma visão geral que reúne as evidências econômicas e traz recomendações para superar barreiras e ampliar a adoção de sistemas de produção sustentáveis.

“As informações sobre o desempenho econômico de sistemas integrados de produção na Amazônia e no Cerrado servirão de subsídio para as políticas do Banco Mundial. Além disso, podem contribuir para inserir esses sistemas nas políticas nacionais de crédito, como o Plano Safra da Agricultura Familiar . O documento evidencia ainda que, principalmente na Amazônia, existe uma necessidade de ampliá-los”, declara o pesquisador da Embrapa Acre (AC) Judson Valentim .

Para o economista agrícola sênior do Banco Mundial em Brasília, Leonardo Bichara Rocha, o trabalho traz evidências importantes para orientar políticas públicas e instrumentos financeiros que promovam o uso mais inclusivo, intensivo e ambientalmente sustentável da terra. “O estudo é inovador ao mostrar que, além dos benefícios ambientais e agronômicos, os sistemas de ILPF e os SAFs trazem maiores retornos econômicos e financeiros ao agricultor e ao pecuarista, em comparação aos sistemas tradicionais. Foi um passo importante no novo marco de colaboração do Banco Mundial com a Embrapa, assinado em 2024”, conclui.

Os sistemas de ILPF integram diversas atividades produtivas – agrícola, pecuária e florestal – numa mesma área por meio de sucessões, consórcios ou rotações de culturas, envolvem a sinergia entre os componentes do agroecossistema, o que permite maior produtividade, intensificação do uso da terra e redução da necessidade de abertura de novas áreas, entre outros benefícios.

Já os SAFs ( foto à esquerda ) se adequam à agricultura familiar pelo menor nível de mecanização e uso de mão de obra intensiva. Eles associaram, na mesma área e em determinados períodos, espécies perenes (como árvores frutíferas ou madeireiras), cultivos semiperenes (como banana, abacaxi, mandioca e algumas espécies de forrageiras) e plantios de ciclo curto, como grãos.

Segundo Valentim, os dados atualmente disponíveis são limitados, considerando a diversidade ambiental, social e econômica da Amazônia, que corresponde a 60% do território nacional. “Conseguimos avaliar cinco sistemas que possuíam dados sistematizados, e isso foi importante porque organizamos as informações sobre o que existe e as lacunas para a pesquisa agropecuária”, afirma.

Análises econômicas abrangem diferentes municípios dos dois biomas

A síntese mostra os resultados da análise econômica comparativa entre um sistema de ILPF (ILPF-A), em Nova Canaã do Norte (MT), na Amazônia Legal; outro (ILPF-C), em Nova Xavantina (MT), região do Cerrado; e as duas estratégias de uso da terra mais representativas em Mato Grosso: um sistema de trabalho em grande escala e outro de pecuária extensiva. Também são apresentados resultados econômicos de quatro modelos de SAFs com diferentes estratégias de diversificação de cultivos no bioma amazônico, sendo dois ( BR SAF RO 1 e BR SAF RO 2 ) em Nova Califórnia, distrito de Porto Velho (RO), no Projeto RECA e dois (SAF 3 e SAF 4) em Tomé-Açu (PA), operações no Projeto Tipitamba ( veja infográfico abaixo ).

“São estudos de caso representativos de sistemas ILPF, ILP (Integração laboral e pecuária) e SAFs, que comprovam seu potencial de adoção por agricultores de pequeno, médio e grande porte nos dois biomas”, complementa o pesquisador Júlio César dos Reis , da Embrapa Cerrados (DF), responsável pelo trabalho. Além dele e de Valentim, também participaram, pela Embrapa, os pesquisadores: Mariana de Aragão Pereira , da Embrapa Gado de Corte (MS), e Flávio Wruck , da Embrapa Agrossilvipastoril (MT).

Arte: Wellington Cavalcanti | Foto: Priscila Viudes (SAF)

ILPF apresenta melhor desempenho econômico no Cerrado e na Amazônia

Os sistemas de ILPF tiveram desempenho econômico mais econômico ( tabela 1 ). O lucro bruto foi maior no ILPF-C, sendo 8% maior que o da fazenda de trabalho e mais que o dobro da fazenda de pecuária, devido, segundo os pesquisadores, ao elevado rendimento do componente florestal associado à estratégia de comercialização de gado, aproveitando a vantagem logística fornecida pela localização da fazenda, próxima à divisa com Goiás. Já o alto custo de produção do sistema ILPF-A e a demanda limitada por madeira na região reduziram o lucro bruto. Ainda assim, as taxas de retorno interno e o retorno sobre o investimento foram superiores às fazendas de agricultura e de pecuária extensiva ( tabela 2 ).

Os indicadores de previsão econômica mostram que o sistema ILPF-C é o mais atraente financeiramente, apresentando um Valor Presente Líquido Anual (VPLA) 13 vezes maior que o da fazenda de trabalho e 41 vezes maior que o da fazenda de pecuária, além do maior índice de lucratividade – 1,36 ou 36 centavos de lucro para cada dólar investido. A fazenda de trabalho, apesar do investimento inicial semelhante ao do sistema ILPF-C, apresentou retorno 35% inferior e índice de lucratividade de 1,03 devido a riscos econômicos e de mercado, mesmo em projetos projetados de preços. Por outro lado, o sistema de pecuária extensivo gerou apenas dois centavos de lucro para cada dólar aportado, sendo o menos lucrativo.

“Os resultados demonstram que os sistemas de ILPF são mais resilientes, controlados pelos custos unitários de produção, promovem o uso mais eficiente dos recursos ambientais e podem contribuir para políticas de redução do desmatamento. O componente agrícola tem menor dependência de insumos externos e a produtividade animal é superior devido à melhor qualidade das pastagens”, comenta Reis.

Foto: Ronaldo Rosa (SAF)

SAFs com cultivos de maior valor agregado são mais rentáveis

Valentim explica que nos anos iniciais dos SAFs o gasto é maior devido ao uso de insumos, mão de obra e equipamentos para o estabelecimento das culturas, além da menor diversificação dos produtos comercializados. “Para um SAF se manter rentável ao longo dos anos, é preciso considerar o tempo para cada componente produzido, bem como possibilitar uma safra de ciclo rápido, de baixo custo e que mantenha um fluxo de caixa positivo”, afirma, acrescentando que o período de análise econômica precisa ser longo para que as receitas das espécies principais, geralmente florestais nativas, sejam consideradas – como ocorre com as avaliações dos SAFs BR SAF RO 01 (15 anos), BR SAF RO 02 (20 anos) e SAFs 3 e 4 (30 anos).

No SAF BR RO 1, as vendas de milho, arroz, mandioca e feijão garantem as receitas nos primeiros anos, papel fortalecendo as sementes de pupunha e os frutos do cupuaçu a partir do quarto ano. No SAF BR RO 2, a banana respondeu por 60% da receita do sistema nos três primeiros anos, sendo sucedida pelo palmito de pupunha, que predominou a partir do quarto ano e foi substituída pela andiroba e pela pupunha para sementes ao longo dos anos seguintes. A pimenta-do-reino foi a principal geradora de receita nos anos iniciais dos SAFs 3 e 4, com a diversificação ocorrida a partir do quinto ano com as vendas de cupuaçu (receita principal), açaí e madeira de paricá no SAF 3; de amêndoas de cacau a partir do sétimo ano e, principalmente, do açaí a partir do oitavo ano no SAF 4.

Os quatro sistemas foram capazes de cobrir os custos de produção nos períodos avaliados. Os SAFs 3 e 4 obtiveram os maiores lucros (tabela 3) devido aos custos de produção inferiores e à venda de produtos de maior valor agregado, como o açaí e o cacau.

De acordo com os índices de soluções econômicas para um período de 15 anos (veja tabela 4), o BR SAF RO 1 obteve lucro anual de US$ 1.720,49/ha e retorno de US$ 2,50 para cada dólar investido. Apesar do investimento inicial 1,8 vez maior, o BR SAF RO 2 obteve lucro 60% inferior, mas ainda se apresentou competitivo, com retorno de US$ 1,75 por dólar gasto. O SAF 3, com US$ 636,11/ha de investimento inicial, retornou US$ 5,60 para cada dólar investido, enquanto no SAF 4 o investimento foi de US$ 1.819,24/ha, retornando US$ 9,20 por dólar gasto, devido à venda do açaí e da amêndoa do cacau.

Para Valentim, os resultados demonstram que as políticas de financiamento, principalmente para os SAFs, devem prever um tempo de carência mais longo. “Estimamos em seis anos o retorno positivo para que os produtores consigam pagar os financiamentos. Os SAFs são um instrumento importante de diversificação dos sistemas produtivos e de aumento da resiliência frente às mudanças climáticas porque, se em um ano, uma lavoura apresenta um preço ruim, há um segundo produto que pode ter um preço melhor. Isso aumenta a resiliência do produtor, que não vai depender de apenas um produto”, explica, concluindo que o estudo é uma base importante para a implementação de políticas públicas de crédito rural, sobretudo para a produção familiar na Amazônia.

Barreiras e lacunas de conhecimento precisam ser superadas para ampliação adoção

A área ocupada com sistemas de ILPF no País, em 2017, era de 17 milhões de hectares, o que representa 7% de toda a área ocupada pela agropecuária, de acordo com dados da  Rede ILPF . No documento, os pesquisadores elencaram uma série de barreiras financeiras, ambientais, sociais e técnicas e de infraestrutura e de mercado para a adoção dos sistemas de ILPF e dos SAFs na Amazônia e no Cerrado, além das políticas públicas e dos incentivos existentes, com sugestões de melhorias para a expansão dessas práticas sustentáveis. Eles também apontam lacunas no conhecimento relacionado à avaliação econômica dos sistemas.

Entre as barreiras financeiras, estão as políticas de crédito, que não estão alinhadas à dinâmica de fluxo de caixa dos sistemas de produção sustentáveis, pois focam em resultados anuais. Apesar do  Plano Safra  e do  Plano ABC  oferecerem empréstimos a juros baixos para investimentos em diversificação produtiva, são sugeridos ajustes para que os mecanismos de crédito considerem resultados econômicos, sociais e ambientais de longo prazo.

A falta de regulamentação da  Lei 14.119/2021 , que institui a Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais, é uma das barreiras ambientais. Mesmo com o novo Código Florestal, os pesquisadores ressaltam a necessidade de fortalecer o investimento público em pesquisa para desenvolver indicadores e análises que sirvam de referência para políticas ambientais, além da priorização da criação do Cadastro Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, do Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais e do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa.

A falta de assistência técnica e a disponibilidade limitada de mão de obra comprometida para tarefas complexas dos sistemas de ILPF e SAFs são as principais barreiras quanto aos aspectos sociais e técnicos. Apesar das pesquisas e iniciativas de extensão rural reforçadas pelo governo federal, bem como das unidades demonstrativas para produtores, sugere-se o fortalecimento do vínculo entre o acesso ao crédito e a prestação de assistência técnica especializada, além da ampliação dos recursos humanos e financeiros da Agência Nacional de Extensão Rural ( Anater ) e da implementação da  Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Foto: Ronaldo Rosa (SAF)

Como principal barreira de infraestrutura e mercado, é apontada a ausência de infraestrutura agrícola em regiões mais distantes das áreas consolidadas de produção de soja e milho no Cerrado. São investimentos sugeridos especialmente em ferrovias e hidrovias para potencializar a competitividade e a abertura de novos mercados.

Diversos fatores são planejados para explicar a escassez de conhecimento para as análises econômico-financeiras de sistemas sustentáveis ​​na Amazônia e no Cerrado. Entre eles, a dificuldade de coleta de informações econômicas em estudos de campo; a dependência, em muitos estudos, de experimentos controlados ou estudos de caso em fazendas, o que restringe a extrapolação de dados; uma grande variabilidade nas abordagens metodológicas; e, diante da disponibilidade limitada de dados, a tendência de avaliação dos componentes dos sistemas isoladamente, sendo que a característica fundamental da ILPF e dos SAFs são as interações sinérgicas entre eles.

“Ao apontar não apenas o potencial como também barreiras para a adoção e lacunas de conhecimento sobre os sistemas de ILPF e os SAFs, esperamos que esta síntese possa estimular uma agenda de pesquisa que leve à construção de um banco de dados econômico, social e ambiental robusto sobre esses sistemas no Brasil”, conclui Reis.


Informações: Embrapa Cerrados.

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Governo de MS investe R$ 26,9 milhões em acessos estratégicos para fortalecer polo da celulose

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), autorizou investimento de R$ 26,89 milhões na implantação e pavimentação de dois acessos na rodovia MS-377, trecho que liga Três Lagoas a Inocência, na região leste do Estado. Conhecida como Vale da Celulose, a área se consolida como um dos mais novos polos industriais do país.

A obra tem como principal objetivo dar suporte logístico ao avanço do Projeto Sucuriú, da Arauco do Brasil, considerado um dos maiores investimentos privados em andamento no Brasil. O cronograma prevê execução e conclusão em até 360 dias a partir da emissão da ordem de serviço.

Infraestrutura alinhada à nova geografia econômica

O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara, destacou que a obra integra um plano estratégico de expansão da malha viária regional, pensado para atender às demandas crescentes do setor produtivo.

“A pavimentação desses acessos à planta da Arauco representa mais do que infraestrutura: ela traduz nossa política de antecipação às demandas do setor produtivo. Estamos estruturando corredores logísticos para garantir que grandes investimentos, como o do Projeto Sucuriú, operem com eficiência desde o primeiro dia”, afirmou.

Alcântara também ressaltou que os acessos foram projetados com interseções modernas, priorizando segurança viária e previsibilidade operacional.

Detalhes técnicos dos acessos

O projeto contempla a construção de dois acessos distintos para a planta industrial:

  • Acesso principal (km 94): construído em dois níveis, com interconexão do tipo “trombeta”, modelo comum em rodovias de alto fluxo. Inclui faixas de desaceleração e aceleração, garantindo segurança para carretas e composições de carga.
  • Acesso secundário (km 97): segue o modelo de rótula alongada, que melhora a fluidez do tráfego na própria MS-377.

A combinação desses dispositivos permitirá maior eficiência logística, redução de gargalos e diminuição dos riscos de acidentes, beneficiando trabalhadores, fornecedores e a comunidade local.

Projeto Sucuriú: megainvestimento em celulose

O Projeto Sucuriú, da Arauco do Brasil, envolve aporte estimado em US$ 4,6 bilhões. A unidade terá capacidade inicial de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano, com possibilidade de expansão futura.

A planta deve gerar 14 mil empregos no pico das obras e aproximadamente 6 mil postos de trabalho permanentes após o início da operação. Localizada em Inocência, a unidade conecta áreas de plantio de eucalipto ao sistema rodoviário estadual e aos corredores de exportação pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Impacto regional e projeção para 2026

O investimento faz parte da estratégia do Governo do Estado de consolidar o Vale da Celulose como polo competitivo da cadeia florestal brasileira. A pavimentação com soluções técnicas diferenciadas atende diretamente às necessidades de operações industriais de larga escala.

Com entrega prevista para 2026, os novos acessos serão fundamentais para ampliar a capacidade de escoamento da produção, atrair novos investimentos e fortalecer toda a cadeia produtiva florestal do Estado.

Fonte: Portal do Agronegócio.

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ILPF transforma pecuária de Mato Grosso em modelo sustentável e lucrativo

Parceria entre Rede ILPF e Famato leva capacitação sobre sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta a 17 municípios, mostrando como a integração aumenta produtividade, reduz custos e protege o meio ambiente

A Associação Rede ILPF e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) fecharam parceria para inclusão do Sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no conteúdo programático da iniciativa “ABC+ em Ação”. Com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) do Estado, a ação tem como objetivo levar informação e capacitação a produtores rurais e profissionais do setor sobre os resultados socioeconômicos e ambientais proporcionados pelos sistemas integrados.

O “ABC+ em Ação” será executado em 17 municípios mato-grossenses. As primeiras etapas já ocorreram em Sinop, Campo Novo do Parecis, Rio Branco, Porto Estrela, Santa Cruz do Xingu, Confresa e Ribeirão Cascalheira. As próximas serão em: Alto Taquari (19), Aripuanã (29), Juruena (30), Nova Bandeirantes (02/10), Carlinda (03/10), Jaciara (09/10), Alto Paraguai (10/10) e Poconé (17/10), além de um grande evento de encerramento em Cuiabá em 23 de outubro.

O sistema ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades. A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita.

Ao mesmo tempo, o sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono, tornando a atividade mais resiliente às mudanças climáticas. Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF.

A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros. “O Brasil tem 159 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos em áreas de ILPF, ampliando ainda mais a área de produção agropecuária no País sem qualquer necessidade de novas aberturas”, assinala o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro.

Atualmente, a Rede ILPF chega nacionalmente a cerca de 17,4 milhões de hectares, indicam números da Rede. “A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de grãos e cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta Matturro.

Este novo acordo se soma aos Programas Integras da Rede ILPF em cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul – além de convênio em nível nacional com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Fonte: Assessoria Rede ILPF.

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Exclusiva – Inovação e sustentabilidade: Máquina Solo revoluciona o ciclo da biomassa

Equipamentos robustos criam as condições ideais para que a matéria orgânica se torne um recurso valioso, otimizando o processo e os resultados

A Máquina Solo, com 27 anos de história e quase 800 equipamentos espalhados pelo Brasil, se consolida como uma parceira estratégica para a sustentabilidade da indústria de papel e celulose. A empresa conecta tecnologia global a desafios locais, provando que resíduos podem ser sinônimo de insumos sustentáveis e lucratividade.

Com soluções para trituração e compostagem, a Máquina Solo reforça a economia circular, garantindo que o que antes era descartado se transforme em um recurso de alto valor agregado. É essa visão que guia a adoção da compostagem como uma estratégia central no setor, transformando passivos ambientais em fertilizantes orgânicos que fortalecem a agricultura e reduzem a dependência de produtos importados.

Mais do que simples máquinas, os equipamentos da Máquina Solo são projetados para atuar em sinergia com a natureza. O CEO Maycon Pereira detalha como trituradores e revolvedores servem como catalisadores essenciais, potencializando a ação dos microrganismos responsáveis pela conversão do material orgânico: “Os trituradores e revolvedores são equipamentos fundamentais para o processo de compostagem. O triturador tem a função de produzir o material estruturante e a fonte de carbono necessária para o início do processo. Já o revolvedor atua na homogeneização dos resíduos orgânicos nas leiras e, principalmente, na oxigenação, fornecendo o ar indispensável para a respiração das bactérias”.

“É importante destacar que quem faz a compostagem não são as máquinas, mas sim as bactérias. O papel dos equipamentos é criar as condições ideais para que esses microrganismos atuem de forma eficiente. Assim, trituradores e revolvedores aceleram o processo, garantem qualidade no composto final e tornam a operação mais produtiva.”

Essa visão de futuro da Máquina Solo já é uma realidade em grandes players do mercado. A LD Celulose, por exemplo, é um case de sucesso que demonstra como a união de tecnologia de ponta e uma mentalidade sustentável pode gerar resultados impressionantes. Ao adotar o processo de compostagem em larga escala, a empresa não apenas trata seus resíduos, mas também cria uma nova fonte de renda, transformando o que antes seria um passivo ambiental em um ativo econômico de alto valor para a agricultura.

Sobre como a evolução tecnológica dos maquinários tem ampliado a eficiência e a escala dos projetos de compostagem na indústria, Maycon Pereira, CEO da Máquina Solo destaca: “A Menart é referência mundial há mais de cinco décadas no desenvolvimento de tecnologias para processamento de leiras. Os equipamentos da marca são projetados para entregar máxima eficiência com conforto operacional, contando com joystick, cabine climatizada, ampla visibilidade e até piloto automático. Do ponto de vista de negócio, isso significa menos máquinas em operação para mais produtividade”.

“Um grande exemplo é o Compostador MENART SP50, utilizado no projeto da LD, que substitui até três equipamentos nacionais e alcança uma impressionante capacidade de 2.500 toneladas por hora. Com maior rendimento, é possível processar mais material em menos área, otimizando espaço e recursos. Já a Tana se destaca pela versatilidade e resistência. Sua alta disponibilidade mecânica garante operação contínua, mesmo em condições adversas e com resíduos contaminados — como no caso de casca de eucalipto, similar ao material processado na LD. Isso reduz paradas, aumenta a confiabilidade e assegura resultados consistentes em projetos exigentes.”

Compostagem: o elo entre tecnologia e economia circular

A indústria de papel e celulose, como a LD Celulose, está usando a tecnologia fornecida pela Máquina Solo para liderar essa revolução verde. A LD Celulose, uma referência em celulose solúvel, desenvolveu um processo de compostagem em larga escala para transformar lodos e sobras de madeira em fertilizantes que corrigem a acidez do solo.

Para essa operação, a empresa conta com equipamentos robustos e eficientes da Máquina Solo, como o triturador TANA Shark e o revolvedor de leiras Menart SP-50. O TANA Shark, um dos mais versáteis do mercado, processa até 12 tipos de resíduos, garantindo uma biomassa homogênea e acelerando a decomposição. Já o Menart SP-50 é essencial para a aeração e homogeneização das leiras, fatores críticos para obter um composto de alta qualidade.

O resultado dessa parceria tecnológica é impressionante. A planta de compostagem da LD Celulose, com sua área de 60 mil m², processa cerca de 120 mil toneladas de resíduos por ano, resultando na produção de dezenas de milhares de toneladas de corretivo de solo e fertilizante orgânico, impulsionando a produtividade das florestas de eucalipto e beneficiando outras culturas agrícolas.

Para Pedro Cardoso, Coordenador de Compostagem da LD Celulose, o sucesso do projeto de compostagem não está apenas nos números, mas na mudança de mentalidade. Ele explica como a empresa superou o desafio de transformar resíduos em um produto confiável, redefinindo o valor de materiais que antes eram descartados: “O principal desafio do projeto foi desenvolver um processo produtivo seguro e de qualidade, capaz de assegurar à silvicultura, ao plantio e aos clientes externos um produto de uso agronômico confiável. Isso exigiu a reformulação de um pensamento antigo, no qual esse material era visto apenas como um resíduo destinado ao solo. Hoje, ele passa a ser reconhecido como um insumo que contribui para a fertilidade, em condições comparáveis aos produtos já consolidados no mercado”.

“Não é possível falar em meio ambiente sem considerar também os ganhos econômicos e produtivos. O simples fato de evitar o envio de resíduos e a necessidade de construção e gerenciamento de aterros industriais já representa ganhos efetivos, uma vez que a indústria reduz custos com transporte e destinação final. Além disso, o aproveitamento desses produtos na floresta e no mercado contribui para subsidiar o tratamento de resíduos industriais, diminuindo os custos de produção e fortalecendo a sustentabilidade do processo.”

Um novo olhar para os resíduos

Além do lodo e das sobras de madeira, a visão da Máquina Solo se estende ao potencial energético de tocos e raízes, que representam até 30% da biomassa de uma floresta. O uso de equipamentos modernos permite que esses materiais, antes ignorados, sejam processados para gerar calor, vapor e até mesmo energia.

Essa abordagem inovadora, que concilia a sustentabilidade do solo com o aproveitamento energético, mostra que a compostagem é muito mais do que um tratamento de resíduos; é uma estratégia de negócio. A Máquina Solo se posiciona na vanguarda desse movimento, provando que a responsabilidade ambiental e a lucratividade podem andar de mãos dadas, transformando a indústria de papel e celulose para um futuro mais verde e produtivo.

Soluções para o agroflorestal – Trituradores e revolvedores

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Reflorestar expande operações com segunda PlantMax X3, referência em plantio mecanizado no Brasil

A aquisição de uma nova unidade desta plantadora reforça a estratégia de expansão e inovação da empresa

A Reflorestar Soluções Florestais acaba de adquirir sua segunda unidade da PlantMax X3, fortalecendo sua posição como referência nacional em empresa prestadora de serviços mecanizados para o setor florestal de ponta a ponta. A nova máquina será destinada às operações de silvicultura em Lençóis Paulistas (SP), com início previsto até o fim deste ano. A primeira unidade, também adquirida em 2025, já está em operação em Três Marias e seguirá, em outubro, para Água Clara (MS).

Com capacidade para plantar cerca de 2 mil mudas por hora, a PlantMax X3 representa o que há de mais moderno em tecnologia de plantio mecanizado no Brasil. Desenvolvida pelo Grupo Timber Forest, a máquina integra em uma única operação o preparo de solo, adubação de base, plantio e irrigação em gel, tecnologia que aumenta a taxa de sobrevivência das mudas.

A chegada da segunda PlantMax X3 marca um avanço estratégico para a Reflorestar. Com as duas máquinas, a empresa prevê a contratação de 150 colaboradores, ampliando sua capacidade operacional e seu impacto socioeconômico nas regiões atendidas.

Em um cenário de crescente mecanização das operações florestais no Brasil, a Reflorestar se posiciona na vanguarda com a incorporação de tecnologias de alta performance.

Tecnologia e estratégia: um salto operacional

Segundo Paulo Gustavo Souza, gerente de silvicultura da Reflorestar, a nova aquisição é mais do que uma evolução técnica, é uma mudança de paradigma.

“As duas PlantMax X3 nos permitem escalar o plantio mecanizado com precisão e eficiência. Estamos falando de uma tecnologia que entrega resultados consistentes para os clientes, com alto desempenho e segurança para os nossos operadores”, afirma Souza.

Além da produtividade, a padronização no espaçamento e alinhamento das mudas é outro diferencial da PlantMax X3, contribuindo para florestas mais homogêneas e produtivas. A mecanização também reduz a exposição dos trabalhadores a riscos físicos e intempéries, promovendo mais segurança nas operações.

Portfólio amplia versatilidade no campo

A Reflorestar já opera com outra solução de plantio mecanizado, como a plantadora Komatsu equipada com o cabeçote duplo Bracke P22.b, adquirida em 2023 e atualmente em operação no Vale do Paraíba (SP). Essa tecnologia permite o plantio simultâneo de duas mudas, acelerando o processo e garantindo eficiência mesmo em terrenos inclinados. Este modelo é capaz de plantar 500 mudas por hora.

Para Igor Souza, diretor florestal, a aquisição de novas plantadoras representa um avanço estratégico na busca contínua pela excelência.

“Estamos investindo nas melhores soluções disponíveis no mercado. A versatilidade de modelos diferentes de plantadora é uma aliada estratégica para nossos clientes, que passam a contar com mais opção de solução com previsibilidade de resultados e qualidade superior em cada hectare plantado”, destaca o diretor.

A empresa segue ampliando sua frota de soluções mecanizadas, consolidando-se como parceira estratégica dos grandes players florestais na busca por produtividade, sustentabilidade e segurança no campo.

Com esse portfólio tecnológico robusto, a empresa reafirma sua vocação para a inovação e excelência operacional, oferecendo aos clientes soluções completas e adaptadas às diferentes realidades do campo.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

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Dia da Árvore: Suzano fomenta a produção de 60 milhões de mudas de eucalipto por ano com viveiros próprios em MS

Presentes em 10 estados brasileiros, a companhia possui 30 viveiros que contribuem para o atendimento da demanda da companhia e para a preservação da biodiversidade

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto e maior produtora mundial de celulose, possui dois polos estratégicos para a produção de quase 60 milhões de mudas de eucalipto por ano em Mato Grosso do Sul. Localizados em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, os viveiros da companhia sustentam a cadeia de abastecimento de suas operações florestais, fortalecendo a base produtiva da empresa e gerando desenvolvimento socioeconômico e ambiental relevantes para a região. Além disso, a empresa conta com um viveiro parceiro em Campo Grande, com capacidade para produzir outras 40 milhões de mudas por ano.

Ao todo, a empresa possui 30 viveiros espalhados pelo Brasil que contribuem para atender o desafio de plantar 1,2 milhão de mudas de eucalipto por dia. Essas unidades de plantio são responsáveis por fornecer mais de 300 milhões de mudas anuais à Suzano. A constituição de áreas plantadas é um dos principais fatores de competitividade da companhia, que possui 1,7 milhão de hectares de áreas destinadas para fins industriais e conserva aproximadamente 1,1 milhão de hectares de vegetação nativa, o equivalente a cerca de 40% de sua área total.  

As áreas de plantio de eucalipto viabilizam a produção de celulose, matéria-prima utilizada na fabricação de papéis sanitários, de imprimir e escrever, papéis para embalagens e produtos absorventes, entre outros itens que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo.  

O plantio de eucalipto ocorre em mosaico, no qual áreas de conservação são intercaladas com as de árvores cultivadas, promovendo a conectividade da paisagem, o que contribui para a preservação da biodiversidade, regulação hídrica e remoção de carbono.  A atividade está adequada à Política de Desmatamento Zero da Suzano, assegurando que a expansão das áreas de plantio no Brasil ocorra apenas em áreas antropizadas, especialmente pastagens degradadas, propondo soluções baseadas na natureza de forma estratégica, visando atender a demanda produtiva por meios mais sustentáveis.  

“As mudas utilizadas para fins produtivos são fornecidas por viveiros localizados em diversas regiões do Brasil, sendo quatro deles próprios da Suzano. Os viveiros em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, têm capacidade anual para produzir, respectivamente, 27 milhões e cerca de 30 milhões de mudas. O viveiro de Ribas do Rio Pardo emprega diretamente cerca de 200 pessoas, adotando práticas sustentáveis, como o uso racional da água e insumos”, diz Maria Carolina Cunha Zonete, Diretora de Operações Florestais da Suzano.  

“Essas mudas de eucalipto produzidas nos viveiros, que são posteriormente plantadas nas áreas florestais e, junto às nossas áreas nativas, desempenham um papel essencial na remoção de CO₂ da atmosfera, contribuindo diretamente para os compromissos de longo prazo da Suzano no enfrentamento da crise climática”, completa Clara Gazzinelli de Almeida, Gerente Executiva de Sustentabilidade da Suzano. 

Somente em 2024, a Suzano registrou um saldo positivo de mais de 2 milhões de toneladas de carbono removidas da atmosfera, acumulando mais de 29 milhões de toneladas de CO₂ desde 2020. Esse avanço considera os escopos 1 e 2, que englobam as emissões diretas das operações da companhia e as indiretas relacionadas ao consumo de energia, e reflete o papel essencial das florestas plantadas e nativas geridas pela companhia. Esse resultado é fruto de plantios realizados em anos anteriores, aquisição de novas áreas, preservação da vegetação e colheitas planejadas. 

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Os desafios da silvicultura frente às mudanças climáticas

*Artigo por MARCOS LEANDRO KAZMIERCZAK.

Este artigo apresenta em primeira mão os resultados preliminares da análise de 521.705 imóveis rurais com Silvicultura no Brasil. Foram realizadas operações de álgebra espacial entre os limites destes imóveis (base de setembro de 2025) e as seguintes variáveis climatológicas: Precipitação total anual; Precipitação diária extrema (em um dia); Número máximo de dias secos consecutivos; Temperatura máxima; e Número de dias muito quentes no ano.

A análise foi realizada com base em dois cenários de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE):

  • O Cenário RCP 4.5 representa um caminho intermediário em termos de emissões de GEE, considerando uma certa estabilização na atmosfera ao longo deste século. No entanto, mesmo nesse cenário, as temperaturas globais continuariam a aumentar, embora em um ritmo mais lento do que em cenários com emissões mais altas. Considera o equilíbrio entre o otimista e o pessimista, oferecendo uma visão do futuro em que as ações de mitigação das mudanças climáticas começam a surtir efeito, mas os impactos já sentidos continuarão a se manifestar por décadas.
  • Já o Cenário RCP 8.5 Representa o cenário mais extremo de emissões de GEE, delineando um futuro em que as emissões continuam a crescer em um ritmo acelerado ao longo deste século. Essa trajetória de altas emissões tem implicações profundas para o clima global, com consequências potencialmente devastadoras para diversas regiões do planeta. Ao utilizar o RCP 8.5 em modelos climáticos, se busca entender os possíveis impactos de um cenário onde as ações de mitigação são mínimas e a dependência de combustíveis fósseis permanece elevada.

As cinco variáveis foram processadas em relação ao Cenário Histórico (1961-1990) e nestes dois cenários futuros, pois os resultados das suas projeções permitem analisar a tendência e a magnitude da variação da temperatura, do volume de chuva, do risco de estiagem e de temporais, bem como das ondas de calor, que podem desencadear eventos climáticos extremos ainda mais frequentes e intensos. Entender os possíveis impactos destes cenários é fundamental para tomar decisões mais assertivas para a Silvicultura das próximas décadas.

A seguir, uma breve contextualização de cada variável e os respectivos resultados, considerando-se estes dois cenários acima, comparando os valores gerados pelas simulações até 2040 com o referencial 1961-1990.

Análise dos Cenários de Precipitação Anual

Expressa a distribuição espacial do volume de chuva anual, e permite a comparação entre diferentes locais, o que facilita identificar regiões com maior ou menor variabilidade na precipitação, crucial para estudos de regionalização climática e análise de tendências. Esta informação é fundamental para a gestão de recursos hídricos e a avaliação de riscos. Em estudos de modelagem climática, o coeficiente de variação é utilizado para calibrar e validar os modelos, garantindo que eles sejam capazes de reproduzir a variabilidade observada na precipitação.

O gráfico de barras compara as projeções de aumento e redução no volume anual de chuva para os cenários RCP 4.5 (estabilização das emissões) e RCP 8.5 (continuidade do aumento das emissões).

  • No cenário RCP 4.5 (estabilização), a maioria dos imóveis rurais com Silvicultura (60,86%) tem uma projeção de aumento na precipitação anual.
  • No cenário RCP 8.5 (aumento contínuo), essa porcentagem é menor (56,71%), indicando que a aceleração das emissões não necessariamente leva a mais chuvas para todos os imóveis, mas sim a uma distribuição mais irregular.
  • A porcentagem de imóveis com projeção de redução de chuva é maior no cenário RCP 8.5 (43,29%) do que no RCP 4.5 (39,14%). Isso indica que, no cenário de emissões mais altas, a tendência de redução de chuva se torna mais pronunciada para mais de 40% das propriedades rurais analisadas.

A principal conclusão é que a variabilidade da precipitação se intensifica em ambos os cenários, não havendo áreas de estabilidade. O cenário de emissões mais altas (RCP 8.5) não apenas aumenta a probabilidade de redução de chuvas, mas também diminui a porcentagem de imóveis que experimentariam um aumento. Isso aponta para um futuro onde a gestão da água se torna um desafio crescente e mais crítico para a Silvicultura no Brasil.

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Fonte: KAZ Tech [2025]

Análise dos Cenários de Precipitação Diária Extrema

Esta análise permite quantificar a variabilidade na ocorrência e intensidade de chuvas torrenciais, auxiliando na caracterização desses eventos extremos e na identificação de padrões de comportamento. Fornece informações essenciais para o planejamento e gestão de recursos hídricos, dimensionamento de obras de drenagem e desenvolvimento de sistemas de alerta precoce.

O gráfico de barras compara as projeções de aumento, ausência de alteração e redução na ocorrência de precipitação diária extrema para os dois cenários:

  • No cenário RCP 4.5 (estabilização das emissões), a maioria dos imóveis (67,77%) tem uma projeção de aumento na frequência ou intensidade de chuvas extremas em 24 horas.
  • No cenário RCP 8.5 (aumento contínuo das emissões), a porcentagem de imóveis com aumento na precipitação diária extrema é ligeiramente menor (62,90%), mas ainda representa uma vasta maioria.
  • No cenário RCP 8.5, uma porcentagem maior de imóveis (37,10%) tem uma projeção de redução na ocorrência de temporais em comparação com o cenário RCP 4.5 (32,23%). Essa diferença sugere que, à medida que as emissões aumentam, a frequência de eventos extremos de chuva pode diminuir em algumas regiões, provavelmente concentrando-se em outras.

A principal conclusão é que, independentemente do cenário, a Silvicultura enfrentará uma intensificação da dinâmica da precipitação diária extrema, que usualmente trazem consigo vendavais. Enquanto o cenário de emissões moderadas (RCP 4.5) aponta para um aumento mais generalizado de temporais, o cenário de altas emissões (RCP 8.5) indica uma distribuição mais irregular desses eventos, onde algumas áreas terão redução e outras, um aumento significativo. Isso destaca a necessidade de estratégias de gestão de riscos e adaptação específicas para cada região, considerando a variabilidade do clima futuro.

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Fonte: KAZ Tech [2025]

Análise dos Cenários de Dias Secos Consecutivos

Este tipo de análise caracteriza períodos secos, quantificando a variabilidade da sua duração, ou seja, quão diferentes podem ser esses períodos em termos de extensão temporal. Permite avaliar riscos, pois a variabilidade dos períodos secos é fundamental para a avaliação de riscos associados à seca, como a redução da disponibilidade de água para os plantios. Subsidia o planejamento e gestão de recursos hídricos, essencial para o dimensionamento de reservatórios e desenvolvimento de procedimentos internos de uso da água.

O gráfico de barras compara as projeções de aumento, ausência de alteração e redução no número máximo de dias secos consecutivos para os dois cenários:

  • No cenário RCP 4.5 (estabilização das emissões), a imensa maioria dos imóveis (97,72%) tem uma projeção de aumento no número de dias secos consecutivos.
  • No cenário RCP 8.5 (aumento contínuo das emissões), essa porcentagem é ligeiramente menor, mas ainda extremamente alta (97,34%). Isso sugere que, em ambos os cenários, o risco de estiagem se tornará um problema generalizado.
  • A porcentagem de imóveis com projeção de redução no número de dias secos consecutivos é extremamente pequena em ambos os cenários (2,28% para RCP 4.5 e 2,65% para RCP 8.5). Essa redução é marginal e não compensa o aumento esmagador na maioria das propriedades.

A principal conclusão do gráfico é que o aumento no número de dias secos consecutivos é a tendência dominante em ambos os cenários, independentemente do nível de emissões. Isso indica que a Silvicultura brasileira enfrentará um aumento significativo e generalizado no risco de estiagem. O cenário mais extremo (RCP 8.5) não traz um alívio notável para esse problema; em vez disso, a diferença entre os cenários é mínima, confirmando que a seca é uma ameaça iminente e onipresente para o setor, exigindo estratégias robustas de adaptação e gestão de recursos hídricos.

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Fonte: KAZ Tech [2025]

Análise dos Cenários de Temperatura Máxima

O aumento da temperatura máxima é um fator crítico para a produtividade de florestas plantadas. Temperaturas elevadas podem causar estresse térmico nas árvores, o que afeta diretamente seus processos fisiológicos. A fotossíntese, por exemplo, que é a base da produção de biomassa e crescimento, pode ser inibida em condições de calor extremo, já que as árvores fecham os estômatos para economizar água, mas, ao fazer isso, reduzem a absorção de dióxido de carbono. Além disso, temperaturas muito altas podem acelerar a evapotranspiração, aumentando a demanda por água e agravando os efeitos de períodos de seca.

Esse estresse térmico, somado à maior frequência de dias muito quentes, afeta o metabolismo da planta e pode comprometer o crescimento e a qualidade da madeira. A imagem da “Dinâmica da Temperatura Máxima” mostra que 100% dos imóveis rurais com Silvicultura no Brasil terão um aumento na temperatura máxima e no número de dias muito quentes, independentemente do cenário de emissões. Essa tendência universal e inevitável representa um desafio significativo para a produtividade futura, pois o calor extremo pode limitar o potencial genético das árvores de crescimento rápido e tornar as florestas mais vulneráveis a pragas e doenças, além de aumentar o risco de incêndios florestais.

  • Tanto no cenário RCP 4.5 (estabilização das emissões) quanto no RCP 8.5 (aumento contínuo das emissões), 100% dos imóveis rurais com silvicultura no Brasil têm uma projeção de aumento na temperatura máxima.
  • Para ambos os cenários, a projeção é de 0% de imóveis sem alteração ou com redução na temperatura máxima.

A análise da imagem leva a uma conclusão direta e inequívoca: o aumento da temperatura máxima é um fenômeno universal e inevitável para a Silvicultura brasileira, independentemente do nível de emissões futuras. Isso significa que não há áreas de refúgio climático em relação ao calor. O risco de ondas de calor, estresse térmico em plantas e trabalhadores e o aumento da evapotranspiração se tornam ameaças onipresentes para o setor, exigindo estratégias de adaptação urgentes e generalizadas.

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Fonte: KAZ Tech [2025]

Análise dos Cenários de Dias Muito Quentes no Ano

Esta última análise caracteriza ondas de calor, ou seja, dias extremamente quentes. As ondas de calor podem ter impactos significativos na saúde humana, agricultura, infraestrutura e ecossistemas. Ao entender a variabilidade da temperatura máxima, podemos avaliar melhor os riscos associados a esses eventos extremos e planejar medidas de adaptação.

O gráfico de barras compara as projeções de aumento, ausência de alteração e redução no número de dias muito quentes.

  • Tanto no cenário RCP 4.5 (estabilização das emissões) quanto no RCP 8.5 (aumento contínuo das emissões), a projeção é de 100% dos imóveis rurais com silvicultura no Brasil experimentando um aumento no número de dias muito quentes.
  • Para ambos os cenários, a projeção é de 0% de imóveis sem alteração ou com redução no número de dias muito quentes.

A análise da imagem leva a uma conclusão direta e alarmante: o aumento no número de dias muito quentes é um fenômeno universal e inevitável para a Silvicultura no Brasil, independentemente do nível de emissões futuras. Isso significa que não há áreas de refúgio climático em relação às ondas de calor. O risco de estresse térmico em plantas e trabalhadores e o aumento da vulnerabilidade a incêndios florestais se tornam ameaças onipresentes para o setor, exigindo estratégias de adaptação urgentes e generalizadas.

Conteúdo do artigo
Fonte: KAZ Tech [2025]

*Marcos Leandro Kazmierczak é Consultor Sênior de Geotecnologias na KAZ Tech.

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