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Bracell Bahia investe na formação de nova geração de profissionais

A nova turma do programa Jovem Aprendiz da empresa iniciou as atividades neste segundo semestre e terá duração de um ano

Com o objetivo contribuir para a formação de uma nova geração de profissionais, por meio do programa Jovem Aprendiz, a Bracell Bahia iniciou a chamada fase concomitante da edição 2024, em que os 28 participantes passam a desenvolver as atividades na sede administrativa florestal da empresa, durante quatro dias, e um dia por semana na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), parceiro da companhia no programa.

A formação terá 12 meses de duração e ocorre também na sede administrativa da empresa, em Alagoinhas. Com isso, os participantes iniciam a experiência no mercado de trabalho com suporte de mentores com expertise que irão orientar e compartilhar experiências, tempo e energia, criando condições favoráveis para o desenvolvimento dos aprendizes.

A partir de agora, os jovens têm acesso à trilha de desenvolvimento disponibilizada para todos os colaboradores das áreas florestais e industriais da empresa com foco em criatividade, originalidade e iniciativa; resolução de problemas complexos; resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade; persuasão e negociação. Ao final do ciclo, cada um apresentará as atividades que desenvolveu no período, as melhorias propostas e abordar sobre seus principais desafios na empresa.

Maria Clara Santos de Santana, 21 anos, é uma das aprendizas e atua na área de Logística. “Vale muito ter essa experiência, porque a Bracell é um divisor de água quando se fala na atividade florestal e é muito valorizada no currículo. E pensando no meu plano de carreira futuro, acredito que é essencial ter esse aprendizado na empresa”, afirma ela.

Gustavo de Alcântara, 18 anos, não pensou duas vezes em participar do processo seletivo. “Estou muito animado porque, desde que soube da seleção, eu me dediquei bastante para entrar. Espero poder continuar. Minha mãe, que é técnica de enfermagem na Bracell, sempre fala bem da empresa e disse que devo me esforçar para aproveitar a oportunidade, agora que ingressei”, salienta ele, que atua na área de Meio Ambiente e Certificações Florestais.

Carolina Linhares, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da Bracell, destaca que, além dos ganhos de experiência para os participantes, ele traz vantagens para a empresa. “O programa ‘Jovem Aprendiz’ promove a melhoria contínua do processo de aprendizagem, melhorando o time e o negócio. Além disso, permite incluir pessoas de diferentes contextos, vivências, percepções e ideias, tornando a empresa mais plural, e prepara pessoas compatíveis com a expectativa do negócio, que aderem melhor à cultura organizacional e mantém a empresa atualizada sobre tendências, conhecimentos e novas tecnologias”, afirma.

Ainda segundo a gerente, os aprendizes recebem salário, vale-transporte e vale refeição, planos de saúde e odontológico e outros benefícios comuns aos colaboradores da Bracell.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Pesquisadores da FCA/Unesp encontram nova praga em produção de Pinus

Os plantios de Pinus no Brasil ocupam uma área de 1.9 milhão de hectares, segundo o relatório de 2023 da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas. É a segunda espécie florestal mais plantada no país, atrás apenas do eucalipto. Pela grande relevância econômica do Pinus, a recente descoberta de uma nova praga que vem atacando plantações no Estado de São Paulo, gerando prejuízos significativos e com risco real de disseminação para outras áreas, acendeu um sinal de alerta no setor florestal.

Denominada Sirex obesus, a nova praga é uma espécie de vespa-da-madeira originária do sul dos Estados Unidos e do México, e foi detectada e identificada no Brasil pela equipe do professor Carlos Frederico Wilcken, do Departamento de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu.

A nova vespa-da-madeira tem potencial para causar vários danos às árvores de Pinus, inclusive a morte, que decorre da ação do fungo patogênico Amylostereum areolatum, inoculado no momento em que a fêmea do inseto deposita seus ovos no tronco da árvore. O fungo cresce dentro do tronco, matando as células da árvore e bloqueando os traqueídeos, os canais por onde a seiva circula. A árvore morre após 3 ou 4 meses do ataque do inseto.

Enquanto o fungo age, as larvas da praga se alimentam da madeira fazendo canais ou galerias que atingem tanto o cerne (a parte mais interior do tronco) quanto o alburno (a parte externa, mais nova e funcional, das plantas lenhosas). No momento da emergência dos insetos adultos, eles fazem orifícios de saída na madeira. As árvores atacadas também podem apresentar manchas na madeira, causada pelo fungo principal ou por outros fungos secundários. Portanto, mesmo que a árvore atingida não morra, os danos provocados pela praga tornam inviável o uso comercial da madeira.

A presença da praga já foi confirmada em 16 municípios paulistas, entre eles Itararé, na divisa com o Paraná, o principal estado produtor de Pinus no Brasil. Os pesquisadores consideram muito alto o risco dessa nova espécie de vespa-da-madeira se dispersar para o estado vizinho e para a região sul em geral, onde se concentram mais de 80 % das plantações da espécie. E ainda existe o risco da Sirex obesus chegar a outros países do Mercosul, como Argentina, Chile e Uruguai, que também são importantes produtores de Pinus.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) já foi notificado da existência da praga e o Programa de Proteção Florestal (Protef), programa de âmbito nacional relacionado com pragas florestais e vinculado ao IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), entidade que integra empresas, universidades e instituições de pesquisa voltadas para o setor florestal, já emitiu um comunicado redigido pelo professor Wilcken, alertando sobre a identificação do inseto.

Conhecendo o inimigo

As empresas e produtores do setor florestal já estão bastante familiarizados com uma outra espécie de vespa-da-madeira, aparentada da Sirex obesus. Denominada Sirex noctilio é considerada a principal praga a atacar o Pinus. O inseto é originário da região do Mediterrâneo (sul da Europa, Oriente Médio e Norte da África) e sua presença nos estados de São Paulo e Minas Gerais e região Sul do país é conhecida desde 1988.

A praga já causou muitas perdas à produção brasileira, especialmente no sul do Brasil durante a década de 1990, notadamente com a mortalidade de árvores da espécie P.taeda, bastante utilizada na fabricação de celulose e indústria de móveis.

“Hoje, já existem procedimentos bem definidos de monitoramento e de controle biológico para sua ocorrência. Atualmente há registros de sua presença em nove países como praga exótica ou invasora. E não havia, até este momento, registro de outras espécies de Sirex ocorrendo em plantações de Pinus no mundo”, relata o professor Wilcken.

Em novembro de 2023, durante visita de campo a uma fazenda de produção de Pinus em Buri/SP, o professor encontrou árvores com respingos de resina no tronco, que indicam que houve postura de ovos no local, e com orifícios circulares típicos da emergência de insetos adultos. A propriedade abriga plantações de híbridos de Pinus utilizados na produção de resina. Havia plantios com alta infestação da vespa-da-madeira e a mortalidade chegava a aproximadamente 50 % de árvores. Nesta visita, foram coletadas vivos larvas de diferentes tamanhos, pupas, machos e fêmeas adultos recém-formados e constatou-se inequívocas diferenças morfológicas em relação à já conhecida Sirex noctilio.

Os indivíduos adultos foram levados até o Laboratório de Controle Biológico de Pragas Florestais da FCA/Unesp. Submetidos à análise de DNA mitocondrial, também tiveram amostras enviadas para a equipe do taxonomista Nathan Schiff, do Serviço Florestal dos Estados Unidos (Forest Service), agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que confirmou, por caracteres morfológicos e moleculares, serem da espécie Sirex obesus.

Segundo o professor Wilcken, a identificação foi difícil porque, por ser uma espécie natural do sul dos Estados Unidos e do México, lá ela é controlada por seus predadores naturais, não causando maiores problemas para as árvores.

“Por não chamar a atenção, não causar nenhum problema, a espécie é pouco estudada. Por isso não há informações completas sobre seu ciclo e sobre quais espécies de eucalipto ele ataca, mas aparentemente o inseto tem mais de uma geração por ano, enquanto que com a S. noctilio já se sabe que os novos adultos emergem apenas uma vez por ano”.

Outra distinção entre as espécies de vespa é que a S. obesus parece não ter preferência por Pinus taeda. “Nas áreas que vistamos, a S. obesus atacou com mais intensidade as espécies tropicais e os híbridos desenvolvidos para resinagem. No local da detecção, há um pequeno lote de P. taeda onde o inseto está presente, mas a infestação é menor do que nas áreas dos híbridos”, coloca Wilcken. “Porém, se a praga chegar à região sul, a tendência é ela se adaptar com o tempo e atacar cada vez mais o Pinus taeda, a espécie mais plantada na região”. Até o momento, apenas uma espécie de pinus, chamada Pinus elliottiis não sofreu infestações, aparentando ter algum tipo de resistência à praga.

Impactos

Além da região sul, o Pinus é bastante plantado nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A produção do Sul é majoritariamente voltada para a fabricação de móveis, aproveitando a leveza e a resistência da madeira. Parte da produção também é utilizada na indústria de celulose.
Em São Paulo a maior produção é voltada para a produção de resina, que será utilizada na indústria química. Os solventes das indústrias de tintas utilizam a resina de Pinus como matéria prima. A resina de melhor qualidade também é utilizada na indústria farmacêutica e de cosméticos. Todos esses segmentos podem sofrer com as consequências da praga e a produção de resina é a que corre riscos mais imediatos.

A extração de resina aumenta a predisposição para o ataque de S. obesus. A resina é uma defesa da árvore. Ela emerge do tronco quando há a ovoposição pelo inseto, expulsando assim os ovos e o fungo patogênico. A atividade de resinagem estressa as árvores que, nesse caso, produzem menos resina, o que as torna mais suscetíveis à ovoposição da vespa. “Pelo que estimamos até agora, num só tronco de Pinus podem ter de 200 a 300 insetos. Qualquer fator que estresse a árvore ajuda a torná-la mais suscetível. As mudanças climáticas, com mais calor e chuva abaixo do esperado no estado de São Paulo podem ter contribuído para estressar as árvores, criando um cenário favorável ao inseto”.

A madeira de Pinus também é a mais utilizada na produção de pallets, usados para a caixotaria no transporte de produtos. “Essa é uma área que pode ser afetada, se houver uma restrição ao uso de pallets de Pinus em produtos exportados pelo Brasil. Mudar métodos de tratamento ou substituir a madeira dos pallets por eucalipto pode aumentar o custo da exportação e tornar produtos brasileiros menos competitivos”.

Manejo da praga

Com a ciência do Ministério da Agricultura e o alerta emitido a todo o setor florestal, as pesquisas devem avançar e determinar a real extensão do problema no país, bem como as melhores estratégias sobre o manejo e o controle da praga. Mas já há a certeza de que o monitoramento dos plantios deve ser intensificado, uma vez que os danos de S. obesus parecem ser mais intensos e o período de emergência de adultos mais longo que S. noctilio.

Assim como acontece no caso da S. noctilio o controle químico não funciona no combate a essa espécie de vespa-da-madeira. Os insetos crescem e se desenvolvem no interior do tronco, o que torna inócuas as aplicações de inseticidas. Os pesquisadores partem do que é feito com a S.noctilio para determinar as possíveis formas de manejo para o S.obesus.

O controle silvicultural, com a realização de desbastes nas plantações, é uma primeira medida. O desbaste consiste na remoção de árvores específicas de um plantio com intuito de gerar maior crescimento das remanescentes. Os desbastes, portanto, tendem a deixam as árvores mais resistentes e saudáveis e, em tese, menos suscetíveis aos ataques dos insetos. Porém, essa técnica perde eficiência nas plantações de Pinus para produção de resina, uma vez que a própria resinagem já vai estressar as árvores.
A outra forma de manejo é o controle biológico, com a aplicação do nematoide parasita Deladenus siricidicola, um verme microscópico criado em laboratório liberado todos os anos pelas empresas e produtores florestais na região sul do Brasil para o combate à S. noctilio.

“O nematoide se alimenta do fungo fitopatogênico Amylostereum areolatum no interior da madeira e, quando encontra as larvas do inseto, passa para a fase parasítica, penetrando nas larvas e causando a esterilização das fêmeas adultas. A partir de então, os nematoides se alojam nos óvulos e são dispersados nas plantações de Pinus pelas próprias fêmeas, por meio dos ovos”.

No entanto, há dúvidas se o nematoide conseguirá parasitar larvas de S. obesus como faz com as de S. noctilio. As pesquisas com os nematoides estão sendo conduzidas pela professora Silvia Renata Siciliano Wilcken, do Departamento de Proteção Vegetal da FCA/Unesp. Os resultados, embora ainda preliminares, são preocupantes. “Até o momento não foi confirmada a presença do nematóide D. siricidicola em larvas, pupas e adultos de S. obesus, com mais de 500 indivíduos dissecados”, conta o professor Wilcken. “Se esses nematoides não forem de fato efetivos teremos que tentar usar outros nematoides, mas para isso teremos que prospectar, provavelmente entre as florestas de Pinus nos Estados Unidos, área de origem da praga”.

Da mesma forma, a equipe do professor Edson Luiz Furtado, do Departamento de Proteção Vegetal da FCA já descobriu que o fungo patógeno transmitido pela S. obesus é diferente do transmitido pela S. noctilio. Trata-se do Amylostereum chaeilletii e ainda não se sabe se o nematóide consegue se alimentar dele.
Há ainda uma outra forma de controle biológico que se dá pela ação das microvespas Ibalia leucospoides, que parasita ovos e larvas novas, e Megarrhysa nortoni, que parasita larvas maiores. “São insetos de ocorrência natural, difíceis de criar em laboratório para podermos liberar nas plantações. Estamos trabalhando com eles, mas ainda leva tempo para que sejam alternativas eficientes”.

Para o professor Wilcken, os desdobramentos possíveis para os danos gerados por essa nova espécie de vespa-da-madeira são muitos e o único caminho a ser tomado agora é o de desenvolvimento de políticas públicas para o tema, com integração de ações. “É um problema que pode afetar mais de um setor da economia. É preciso agora envolver o MAPA e as agências estaduais de defesa agropecuária, além das empresas do setor florestal, para termos um levantamento completo, em âmbito nacional, do tamanho do problema. Será necessário fazer campanhas de esclarecimento, enquanto os cientistas buscam dar o suporte necessário em termos de pesquisa”.

Informações: Assessoria da FCA.

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União libera R$ 137 milhões para ações conjuntas contra incêndios florestais no Pantanal

O Pantanal contará com mais R$ 137,6 milhões para as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais que atingem o bioma. Em Mato Grosso do Sul, o trabalho é realizado em parceria entre Governo do Estado e Governo Federal na Operação Pantanal 2024, que completou 100 dias na quarta-feira (10) e agora vai receber recursos federais extras.

Medida provisória editada pelo Governo Federal nesta sexta-feira (12) liberou o recurso para as atividades, que envolvem o combate direto ao fogo por terra e ar, aquisição de equipamentos e suprimentos, transporte e logística, entre outros trabalhos de apoio.

Publicados no Diário Oficial da União, os R$ 137,6 milhões liberados em crédito extraordinário se somam aos R$ 100 milhões em crédito ordinário destinados em junho. Ambos os valores são gerenciados pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática), MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e Ministério da Defesa.

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet se reuniu nesta manhã com o Governo de Mato Grosso do Sul e anunciou o reforço financeiro para o combate ao fogo no Pantanal. O encontro contou com a presença dos secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento), Flávio César de Oliveira (Fazenda) e Ana Ali (Procuradoria-Geral).

“Esse foi o compromisso que assumimos, liberar o recurso que fosse necessário”, frisa a ministra Simone durante a reunião. Conforme a medida federal, R$ 72,3 milhões serão alocados no Meio Ambiente, R$ 59,7 milhões na Defesa e R$ 5,7 milhões na Segurança.

As ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Pantanal continuam em Mato Grosso do Sul mesmo com a queda dos focos ativos na porção do bioma localizada no Estado. Atividades de campo para evitar reignições – rescaldos, corte de árvores já atingidas e geradoras de fagulhas, por exemplo – e expansão dos focos ainda presentes são realizadas.

Fora isso, as iniciativas de retaguarda e planejamento prosseguem. Apesar do ‘respiro climático’ dos últimos dias, existe a previsão de que nas próximas semanas o forte calor retorno à região pantaneira, junto ao tempo seco, condições favoráveis à ignição e propagação do fogo. Diante disso, todas as equipes seguem em alerta.

“É com esse recurso aprovado na medida provisória que serão mantidas as operações federais, fundamentais para a gente. Toda estrutura prossegue em função dessa medida provisória, então é uma notícia extremamente importante e fundamental para que continue toda a estruturação da Operação Pantanal 2024”, explica o secretário Jaime Verruck.

Desde o começo do ano até 9 de julho, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal Sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Diante desse cenário, a Operação Pantanal 2024 já contou com a atuação de 516 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, fora a mobilização do Ibama, ICMbio, PrevFogo, Força Nacional e Forças Armadas, com mais de 400 integrantes se revezando no combate.

Além disso, os esforços contam com 11 aeronaves de combate ao fogo, incluindo aviões modelo Air Tractors e helicópteros estaduais e federais, e o cargueiro KC-390 da Força Aérea. A estrutura ainda conta com 39 veículos, entre caminhonetes, caminhões e lanchas, usados conforme a demanda diária e planejamento logístico da operação.

Informações: Comunicação Gov/MS.

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Fábrica de celulose da Suzano terá corredor com 5 mil hectares de mata nativa em MS

O objetivo é ter projetos-pilotos em áreas de produtores locais para restauração e manejos sustentáveis

A Suzano, maior fábrica de celulose, firmou a primeira parceria para a implantação de corredores ecológicos em Mato Grosso do Sul. O acordo com a IFC (International Finance Corporation), membro do Grupo Banco Mundial, tem como objetivo implementar projetos-pilotos em áreas de produtores locais para realizar ações de restauração e manejos produtivos sustentáveis em corredores.

Nesta primeira etapa, terá a implantação de cerca de 120 hectares de restauração e manejos sustentáveis em áreas de proprietários rurais e assentamentos rurais. O resultado será a conexão inicial de cerca de 5 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa no Cerrado, em suas diferentes formações, campestres, savânicas e florestais.

“Entendemos que, além de preservar essas áreas, é nossa responsabilidade contribuir para a conexão de fragmentos existentes, visando reverter a perda da biodiversidade nos biomas em que estamos presentes, mitigando o risco de extinção de espécies. Os corredores ecológicos a serem implementados em parceria com a IFC passarão por terras de assentamento e produtores rurais, por isso precisamos trabalhar conjuntamente com a população local, inclusive na conscientização sobre a importância dessa atividade”, afirma o vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação da Suzano, Fernando Bertolucci.

Ainda de acordo com ele, as operações florestais da Suzano abrangem cerca de 2,7 milhões de hectares, dos quais mais de 1 milhão de hectares relativos a áreas em conservação.

A parceria faz parte do compromisso assumido pela Suzano de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia até 2030. São previstos três corredores ecológicos.

No corredor ecológico a ser consolidado no Cerrado brasileiro, está prevista a implantação de cerca de 3 mil hectares de restauração ecológica em áreas protegidas e manejos sustentáveis em áreas produtivas, dentro e fora de propriedades da Suzano, formando um corredor planejado de aproximadamente 400 km de extensão.

O objetivo é que esse corredor, após implementado, propicie a conexão  de cerca de 130 mil hectares de fragmentos, elevando a conectividade da paisagem e contribuindo para a proteção e conservação de mais de mil espécies já mapeadas na região.

Informações: Campo Grande News.

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Suzano anuncia compra de duas fábricas da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos

A potencial negociação acontece semanas depois de a Suzano ter desistido da oferta pela gigante norte-americana International Paper

Suzano (SUZB3) anunciou nesta última sexta-feira (12) a aquisição de duas fábricas da Pactiv Evergreen nos Estados Unidos. O acordo, de US$ 110 milhões, inclui as fábricas de Pine Bluff, no estado do Arkansas, e Waynesville, na Carolina do Norte, onde são produzidos papelcartão para embalagens de líquidos e copos de papel. 

Com a transação, a Suzano amplia sua presença na América do Norte e ingressa no mercado de embalagens para consumo e food service na região.

Sujeita a aprovações regulatórias, previstas para ocorrerem até o final deste ano, a transação adicionará aproximadamente 420 mil toneladas integradas de papelcartão à capacidade anual de produção da Suzano. Com o acordo, a multinacional brasileira se tornará uma grande fornecedora de papéis utilizados na produção de Liquid Packaging Board, material amplamente difundido no mercado alimentício norte-americano, além de possibilitar a ampliação de sua posição de fornecedora no segmento de copos de papel.

Além da aquisição das fábricas, a Suzano formalizou um acordo de longo prazo com a Pactiv Evergreen para continuar fornecendo o papelcartão usado em embalagens de líquidos nas unidades de conversão da empresa norte-americana. 

Os ativos adquiridos têm como diferenciais a grande disponibilidade de madeira na região, o baixo custo da energia e o acesso privilegiado a ferrovias, portos e rodovias.

A compra da fábrica de Pine Bluff ocorre semanas depois de a Suzano ter desistido da oferta pela gigante norte-americana International Paper Co., uma transação que teria permitido à empresa brasileira, a maior produtora mundial de papel, expandir-se internacionalmente e diversificar as operações no setor de embalagens.

A Pactiv Evergreen, sediada em Lake Forest, Illinois, tem explorado alternativas estratégicas para sua fábrica em Pine Bluff, Arkansas, e disse, de acordo com o último documento público disponível, que não havia definido um cronograma em relação a esse processo.

Informações: InvestNews.

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Florestar São Paulo lança Panorama da Silvicultura Paulista 2024

No último dia 12 de julho, dia do Engenheiro Florestal, a Florestar São Paulo realizou o lançamento do Panorama da Silvicultura Paulista 2024. São Paulo é um dos principais estados brasileiros com plantios florestais comerciais. As bases dessa cadeia produtiva são majoritariamente compostas por plantações de eucalipto e pinus, mas também incluem cultivos comerciais de seringueira, teca, araucária e acácia.

O Panorama da Silvicultura Paulista traz informações relevantes aos engenheiros e engenheiras florestais paulistas e do Brasil. São dados essenciais para todo estudo de mercado, planejamento de empreendimentos florestais ou pesquisas que embasarão tomadas de decisão dentro do setor.

As florestas plantadas ocupam 1,28 milhão de hectares do território paulista (01 milhão de hectares com eucalipto e 153 mil hectares com pinus), correspondendo a 13% dos plantios brasileiros. Nos últimos três anos, registrou se um aumento de 5% na área cultivada, resultado de constantes investimentos em expansões e construção de novas fábricas.

As plantações de eucalipto predominam nas regiões centro-oeste, sudoeste e central do estado. O pinus é mais comum na região sudoeste. Já a seringueira concentra-se principalmente no noroeste do estado.

O Panorama da Silvicultura Paulista 2024 traz ainda informações sobre os polos florestais paulistas, crescimento do setor nos últimos anos, empregos, produção da silvicultura paulista, exportações, valor socioambiental das florestas plantadas e indicadores de ações sociais de empresas do setor. 

Para baixar baixe gratuitamente o Panorama da Silvicultura Paulista 2024 basta acessar o site da Florestar e fazer o download: https://florestar.org.br/florestar-sao-paulo-lanca-panorama-da-silvicultura-paulista-2024/

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Exclusiva – Quer saber todos os detalhes sobre o BioComForest? Vai ser ao vivo na Rádio Prever; confira

Professor Carlos Wilcken, vai falar sobre o BioComForest na Rádio Prever FM de Botucatu; ouça pelo link https://preverfm.com.br/, ou sintonize 100,9

Na próxima segunda-feira, dia 15 de julho, às 07h25min, o professor Carlos Frederico Wilcken, do Departamento de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, estará ao vivo na Rádio Prever FM.

Na ocasião, Wilcken irá falar sobre o BioComForest (1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta), será realizado nos dias 30 e 31/07 e 01/08, na Fazenda Experimental Lageado/Unesp, em Botucatu, evento que terá mais de 30 palestras, dias de campo, feira com maquinários das principais empresas do agro e Curso Teórico e Prático de Compostagem.

O evento, que nasce como um dos maiores e mais inovadores nos setores, é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações em parceria com a UNESP – Universidade Estadual Paulista.

Confira a entrevista sintonizando a Rádio Prever FM (100,9) ou pelo site https://preverfm.com.br/

Inscrições BioComForest 2024

O prazo para inscrições com valores especiais para o evento foi prorrogado. Clique aqui e garanta seu ingresso (últimas unidades).

As inscrições para as palestras são limitadas a 300 vagas com direito aos três dias de Feira. Também é possível participar somente dos três dias da Feira, opção que pode ser escolhida no momento da inscrição. O Curso Teórico e Prático de Compostagem também terá vagas limitadas a 40 participantes por dia.

Para mais informações sobre o BioComForest 2024 acesse www.biocomforest.com.br, ou envie e-mail para comercial@biocomforest.com.br ou entre em contato através do Whatsapp (67) 99227-8719.

Escrito por: redação Mais Floresta / Foto destaque: Professor Carlos Frederico Wilcken.

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Suzano e IFC firmam acordo para conectar 5 mil hectares de vegetação nativa em MS

Parceria trará recursos para restauração, manejos sustentáveis e sociobiodiversidade no Cerrado brasileiro

Próximo a iniciar as operações de sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir de eucalipto, formaliza a primeira parceria para a implementação de corredores ecológicos em Mato Grosso do Sul. O acordo de consultoria técnica com a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, tem como objetivo implementar projetos-pilotos em áreas de produtores locais, com o intuito de realizar ações de restauração e manejos produtivos sustentáveis em corredores para conectar 5 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa do Cerrado. Além disso, a parceria visa o fomento à cadeia da sociobiodiversidade no Cerrado, o engajamento de proprietários, a inscrição ou a retificação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), e a realização de treinamentos e delineamento de estratégias de estímulos técnicos e financeiros para parcerias de restauração em larga escala.

Cerrado em MS.

A iniciativa faz parte do compromisso assumido pela Suzano de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia até 2030. Serão três grandes corredores ecológicos planejados para unir os principais fragmentos de vegetação nativa da base florestal da Suzano com as demais áreas de conservação de propriedades particulares e Unidades de Conservação.

No corredor ecológico a ser consolidado no Cerrado brasileiro, está prevista a necessidade de implantação de cerca de 3 mil hectares de restauração ecológica em áreas protegidas e manejos sustentáveis em áreas produtivas, dentro e fora de propriedades da Suzano, formando um corredor planejado de aproximadamente 400 km de extensão. O objetivo é que esse corredor, após implementado, propicie a conexão de cerca de 130 mil hectares de fragmentos, elevando a conectividade da paisagem e contribuindo para a proteção e conservação de mais de mil espécies já mapeadas na região, incluindo algumas ameaçadas de extinção.

A primeira etapa desse ambicioso projeto no Cerrado será viabilizada pela parceria entre Suzano e IFC, que prevê o apoio para a implantação de cerca de 120 hectares de restauração e manejos sustentáveis em áreas de proprietários rurais e assentamentos rurais. O resultado será a conexão inicial de cerca de 5 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa no Cerrado, em suas diferentes formações, campestres, savânicas e florestais.

            “Estamos animados para trabalhar com a Suzano e apoiar seus esforços para a preservação, restauração, e monitoramento da biodiversidade do Cerrado brasileiro. Essa parceria demonstra o grande potencial que há para se conciliar a conservação do meio ambiente com um desenvolvimento econômico sustentável. É por isso que um dos objetivos do projeto inclui trabalhar com comunidades locais e produtores rurais para introduzir a economia verde, impulsionar treinamentos e implementar sistemas de restauração da vegetação nativa” afirma Manuel Reyes-Retana, Diretor Regional da IFC para América do Sul.

Uma das principais ameaças à biodiversidade no Brasil e no mundo é a fragmentação de habitats. Esse fenômeno ocorre quando uma área natural contínua e ambientalmente relevante é subdividida em áreas menores, sem conexão entre elas. Isso se deve principalmente às mudanças no uso e ocupação do solo causadas por atividades humanas. A fragmentação altera as interações ecológicas na paisagem e isola espécies, além de interferir na resiliência dos territórios às mudanças climáticas e na prestação de serviços ecossistêmicos, entre outros efeitos adversos.

No modelo de negócios da Suzano, a fragmentação de áreas nativas busca ser revertida a partir da adoção do modelo de mosaicos florestais, com o plantio de eucalipto de diferentes idades intercalados a áreas destinadas à preservação. Já as áreas de preservação sem cobertura vegetal são restauradas por intermédio do Programa de Restauração Ecológica, que prioriza áreas conforme cronograma e visando acelerar conexões ecológicas. Para a efetivação da conexão entre blocos de fragmentos florestais importantes nos territórios, é necessário, contudo, que essa abordagem se estenda para além das fazendas da Suzano. Ou seja, ações de restauração em corredores ecológicos devem passar também por propriedades de terceiros.

“As operações florestais da Suzano abrangem cerca de 2,7 milhões de hectares, dos quais mais de 1 milhão de hectares relativos a áreas em conservação. Entendemos que, além de preservar essas áreas, é nossa responsabilidade contribuir para a conexão de fragmentos existentes, visando reverter a perda da biodiversidade nos biomas em que estamos presentes, mitigando o risco de extinção de espécies. Os corredores ecológicos a serem implementados em parceria com a IFC passarão por terras de assentamento e produtores rurais, por isso precisamos trabalhar conjuntamente com a população local, inclusive na conscientização sobre a importância dessa atividade”, afirma o vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação da Suzano, Fernando Bertolucci.

Agora, para potencializar os resultados a serem alcançados, a Suzano trabalhará com a IFC, a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado de mercados emergentes além de mobilizar o setor privado, expandindo o uso de soluções e atraindo mais capital para os investimentos.

Sobre a IFC

A IFC – membro do Grupo Banco Mundial – é a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado nos mercados emergentes. Trabalhamos em mais de 100 países, usando nosso capital, conhecimentos técnicos e influência para criar mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento. No exercício financeiro de 2023, a IFC alocou o valor recorde de US$43,7 bilhões para empresas privadas e instituições financeiras nesses países, alavancando assim o poder do setor privado para erradicar a pobreza extrema e aumentar a prosperidade compartilhada enquanto as economias enfrentam os impactos das crises globais. Para mais informações, visite www.ifc.org.

Sobre a Suzano

Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Madeira: exportações mês a mês mostram estabilidade no primeiro semestre de 2024

Apesar de desafios com o custo de produção e transporte (valor dos fretes e disponibilidade dos portos e navios), indústrias relatam uma estabilidade na cartela de pedidos no período

O volume das exportações de produtos madeireiros monitorados se mantiveram estável em junho, na comparação com o mês anterior. A queda de apenas  8% no volume frente a maio é um sinal de que o mercado está se regularizando frente aos desafios logísticos de 2024.  O valor pago pelo montante exportado ficou em 164,7 mi USD, 2% a menos que o mês cinco.

Os dados revelam uma certa estabilidade na exportação de produtos madeireiros nos primeiros seis meses de 2024. “Ao se olhar o histórico de pedidos da indústria, as vendas estão estáveis. O que influenciou muitos embarques foi a situação logística do sul do país, que prejudicou a venda externa”, destacou o CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo. Ao comparar os dados do segundo trimestre de 2024, com o mesmo período do ano passado, os volumes e valores praticados se mantiveram estáveis. A diferença é de -8% em volume e de 1% em valores.

Fonte: WoodFlow com dados ComexStat

Os valores pagos, conforme é possível observar no gráfico, também se mantiveram estáveis entre maio e junho de 2024 (-2%). Já na comparação com o mesmo período do ano passado, há uma ligeira valorização de 17%. Entre os fatores que justificam essa alta é o valor do dólar que fechou o mês de junho em alta, atingindo a maior cotação de R$ 5,58, enquanto em junho de 2023 a moeda chegou a valer R$ 4,77.

“Em contato com os principais exportadores do Brasil, conseguimos dizer que o ano de 2024 tem sido tão desafiador quanto 2023, com relação a custos de produção e desafios logísticos (valor do frete e disponibilidade dos portos e navios). Porém, em sua maioria, as indústrias relatam uma certa estabilidade na carteira de pedidos. O pedido primordial do setor é por uma ação de melhoria nas condições de entrega do produto nos portos e no cliente”, destaca Gustavo.

Produtos em junho

Em junho de 2024, o principal produto exportado foi Madeira Serrada de Coníferas, com 42% do volume total. Em segundo lugar figura Compensado de Coníferas (38%), seguido por Madeira em Tora de Folhosas (14%).

Fonte: WoodFlow com dados ComexStat

Os preços praticados caíram 2% na comparação com maio de 2024. O principal montante pago foi para Compensado de Coníferas (79 mi USD), seguido por Madeira Serrada de Coníferas (59,9 mi USD).

Informações: Woodflow / Imagem destaque: divulgação.

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Governo de Minas e Ministério Público de MG assinam acordo que permitirá a simplificação do licenciamento ambiental para silvicultura no estado

O Governo de Minas Gerais e o Ministério Público do estado (MPMG) assinaram, na tarde desta quinta-feira (11), um acordo inédito que vai possibilitar a simplificação do modelo de licenciamento ambiental para a atividade de silvicultura mineira, como ocorre em outros estados brasileiros.

A partir da assinatura, o estado de Minas Gerais não está mais obrigado juridicamente a exigir os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para todos os novos empreendimentos de plantios florestais acima de mil hectares de área plantada.

O acordo, homologado pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, contou com as assinaturas do Governador Romeu Zema; do Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, do Advogado-Geral do estado, Sérgio Pessoa Castro; do Procurador-Geral do MPMG, Dr. Jarbas Soares Júnior; e de demais autoridades mineiras.

Segundo Romeu Zema, a alteração dos procedimentos terá o potencial de atrair mais investimentos e empresas do setor, que é o maior do Brasil em área plantada.

“Esse acordo representa muitos avanços, principalmente na área ambiental, já que Minas Gerais terá, a partir de agora, uma condição maior de atrair quem quer fazer florestas cultivadas e reflorestamento no estado. Além desse apelo ambiental, temos também o sequestro de gases estufa e a recuperação de áreas degradadas que passam a ser mais fáceis. Isso representa geração de emprego e mais renda para o mineiro”, enfatizou o governador de Minas.

O desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior ressaltou que o acordo foi construído entre as partes visando o desenvolvimento da economia verde no estado. “Já havia uma anuência entre o MPMG e o Governo de Minas, mas havia ainda uma chancela do Poder Judiciário e, desde que tivemos ciência disto, passamos a analisar esse pleito. E chegamos a este momento de lealdade institucional”.

Segundo o presidente do TJMG, “trata-se de uma ação importante para a economia do estado de Minas Gerais e, também, para os produtores de florestas, que preservam o meio ambiente, geram créditos de carbono e movimentam a economia local. E por isso estamos aqui homologando este acordo”, disse.

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, exaltou o processo de construção do acordo e parabenizou as partes pela ação. “A autorização para esse tipo de exploração estava desorganizada, desordenada, simplificada da forma errada, e precisou da intervenção do Ministério Público e do Poder Judiciário. Fico muito feliz por estarmos aqui selando este momento. Para nós, da Justiça, é um ato simples, mas para a sociedade é um ato muito importante o que assinamos hoje”, finalizou.

Histórico

A mudança ocorre no contexto de uma decisão judicial proferida em 2011 que determinou a necessidade de apresentação do EIA/RIMA para os empreendimentos de atividades agropecuárias acima de mil hectares em Minas Gerais, indistintamente.

No entanto, após a recente publicação da Lei Federal nº 14.876 de 2024, a silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo potencial de degradação e poluição ambiental, o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação dos processos de licenciamento.

Diante da atualização federal, fez-se necessária, então, a atualização em Minas Gerais, a começar pelo comando judicial com foco em permitir a modulação dos efeitos ao estado de Minas Gerais sem perder a necessária qualidade e a atenção estatal no processo de licenciamento ambiental.

Impactos e benefícios

Segundo o acordo assinado, o Governo de Minas Gerais está desimpedido judicialmente e retoma a sua autonomia de promoção da simplificação do licenciamento ambiental para os projetos que irão implantar florestas plantadas e ampliar as áreas de vegetação conservadas em todo o estado.

Em Minas, mais de 811 municípios serão beneficiados diretamente com essa medida, uma vez que são os territórios onde há mais de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas e, ao mesmo tempo, mais de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa conservada pelo setor florestal.

Segundo a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, a perspectiva que se abre com esse acordo é de um novo ciclo de prosperidade para a agroindústria florestal mineira.

“O estado de Minas Gerais tende a se consolidar cada vez mais como protagonista nacional na economia verde, liderando a produção sustentável de florestas plantadas e ampliando a restauração de vegetações nativas, ao mesmo passo em que amplia a distribuição de renda e a dignidade ao produtor rural em mais de 95% dos municípios mineiros”, destaca.

Impulsos para a economia verde em MG

Promover o desenvolvimento da agroindústria florestal em Minas representa uma forte ação direta no combate ao desmatamento ilegal nos biomas mineiros. Adriana Maugeri explica, ainda, que ao ampliar a oferta dos produtos oriundos de madeira e fibra vegetal, há uma clara redução na pressão por madeira ilegal obtida nas vegetações nativas preservadas.

Outro destaque que recebe os plantios florestais é o papel crucial que as árvores cultivadas possuem na descarbonização da economia mineira, uma vez que capturam e armazenam grandes quantidades de dióxido de carbono, o que contribui para a mitigação os efeitos das mudanças climáticas em escala singular.

De acordo com o Presidente do Conselho Deliberativo da AMIF, Edimar Cardoso, a agroindústria florestal seguramente vislumbrará um novo ciclo de atração de novos investimentos e ampliações dos negócios consolidados no estado.

“Vamos seguir firme para ampliar a produção, fornecer mais bioprodutos à sociedade que demanda por sustentabilidade, incentivar o fortalecimento e a circulação de renda nos municípios, incrementar as conexões de vegetações conservadas e conservação da biodiversidade protegida pelos nossos cuidados”, enfatiza Edimar Cardoso que também é Diretor na Aperam BioEnergia.

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