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Exclusivo – “Fustegando” e tripudiando o transporte florestal

Artigo por Sebastião Renato Valverde[i], Marcelo Moreira da Costa[ii] e Tiago Guimarães[iii]

Apesar das perspectivas de aumento no preço da energia elétrica para 2026, é fato que a queda significativa dele nesta década tem provocado mudanças estruturais na geração e cogeração à biomassa uma vez que já não é tão atrativo como foi na década passada quando ultrapassou a barreira dos R$500,00 por MWh, enquanto, atualmente, patina-se em torno de R$200,00 – bem abaixo do breaken eaven point da geração e, em certas condições, até da cogeração -. Situação que suscinta discussão sobre o futuro da biomassa como fonte de eletricidade.

Embora a perda de competitividade da biomassa para cogeração, o seu emprego nas caldeiras para produção de vapor é condição sine qua non para os segmentos das indústrias de transformação como as têxteis, bebidas, papel e celulose, painéis de madeira (MDP e MDF), alimentícias, frigoríficas e algumas químicas. Mas, em que pese esta indiscutível viabilidade no vapor, no entanto, para cogeração, faz-se avaliar a viabilidade econômica de um plus de biomassa para tal.

Transporte de biomassa. Imagem: crédito Mais Floresta.

Para os segmentos industriais que dependem da compra de biomassa full time ao longo do ano para vapor, como os das têxtil, bebida e alimentícia, e a de reciclagem de papel, infelizmente, o custo do MWh cogerado está maior que a tarifa elétrica no PLD (Preço da Liquidação das Diferença).

Mesmo nos casos em que a empresa possua resíduos próprios numa parte do ano, não tem compensado a aquisição de biomassa para cogeração. Vide a indústria sucroalcooleira, outrora maior produtora de eletricidade a biomassa, hoje só cogera enquanto há bagaço dado que não tem viabilizado na entressafra a compra de outras fontes como o cavaco devido ao valor dele posto usina e nem de resíduos agroindustriais gratuitos em razão do frete.

Entretanto, um caso excepcional em que a cogeração possa ocorrer o ano todo independentemente do valor do MWh é o das caldeiras de biomassa das indústrias de celulose e painéis de madeira (MDP e MDF), haja vista a quantidade de resíduos florestais no campo. Porém, no caso das de celulose, inexplicavelmente elas tem estado ociosa conforme matéria (https://www.maisfloresta.com.br/exclusivo-a-biorrefinaria-e-o-fim-do-porno-florestal/) consumindo um volume mínimo de cascas – 1,5 a 3% do volume total dela – que chega nas fábricas aderidas aos toretes do processo industrial. Algo que poderia ser otimizado se as empresas mudassem o sistema de corte de toretes (Cut to Length – CTL) para o de fustes (Full tree – FT), transferindo o descascamento do campo para o pátio industrial.

Embora muito se perca com casca e madeira no campo com o CTL, que se aproveitaria no FT, é fato que se transferisse o descascamento e o traçamento para o pátio não haveria necessidade de empregar o CTL, dado o baixo rendimento e alto custo operacional dos harvesters e forwarders no CTL em relação aos feller-bunchers e skiders no FT.

Considerando que o custo operacional da madeira posto fabrica do FT é 50% menor que o do CTL é provável que as novas indústrias de celulose já iniciarão com o FT e as já instaladas que não migrarem para ele, até porque o CAPEX na aquisição dos harvesters e forwarders é estratosférico, poderão fazer um mix de CTL com o FT, brincando de lego da seguinte forma: usar o harvester para o corte, desgalhamento e destopamento das árvores, evitando os descascamento e traçamento que são operações que ocupam boa parte do ciclo operacional deste com isso reduziria o tempo do ciclo e, consequentemente, o seu custo operacional. Como não haveria o traçamento no campo, os feixes dos fustes poderiam ser arrastados pelo skidder. Apesar de paliativa, esta é uma alternativa interessante já que o feller-buncher desperdiça muita serragem no corte em função da espessura do instrumento de corte (Foelkel).

A vantagem deste sistema misto em relação ao FT genuíno é que não haveria necessidade da garra traçadora, apenas a própria carregadeira do CTL, além de manter a galhada e a copa das árvores no talhão em vez de na estrada, contribuindo com a reciclagem dos nutrientes. Com isso, aproveitando-se das maquinas do CTL, tem-se que nem tudo é o fim e nem que a serragem esteja perdida, tenha fé no fuste, tenha fé no full tree. Teste outra vez. Se é de biomassas que se vive a ígnea.

Assim, se a cogeração e a biorrefinaria na indústria de celulose e de painéis incitam alterações no sistema de colheita e extração florestal dado o aproveitamento das cascas, também incitarão no transporte mudando de toretes para fustes em função do aproveitamento das serragens e pós-de-serra com o seccionamento ou traçamento na fábrica.

Desta forma, cabe comparar o transporte da madeira em fuste em vez de toretes de modo a identificar quais veículos transportadores a serem usados e confrontá-los, técnica e economicamente, com os tradicionais bitrens, tritrens e rodotrens. Em tempo não se discute sobre alternativas de veículos no modal do transporte de madeira, apenas sobre peso para diminuição da tara (com o perdão das obscenidades) dos semirreboques. Então, muito pode se investigar não só no sistema de colheita, mas no de transporte, dada a possibilidade de substituir conjuntos de semirreboques (bitrem, tritrem ou rodotrem) por um semirreboque telescópicos ou extensivos em comprimento total conforme permitido pela legislação de trânsito sem a necessidade da Autorização Especial de Trânsito (AET) que possibilitou as carretas cegonhas terem até 23 metros de comprimento.

Ainda que os veículos mais articulados (bitrens, tritrens e rodotrens) sejam mais favorecidos por menor arrastes das rodas dos últimos eixos em relação aos semirreboques compridos, mas nas rodovias que trafegam cegonhas, trafegam tais semirreboques com as vantagens de que a composição de apenas um semirreboque possa levar o mesmo volume de madeira que o tritrem e também de que nas viagens vazias o semirreboque possa voltar sobre o cavalo-mecânico contribuindo para melhorar o trânsito nas rodovias ao diminuir o comprimento de quase 30 m dos tritrens para até 5 m do cavalo-mecânico. Com isso, reduziria o tempo do ciclo do transporte ao aumentar a velocidade média da viagem vazia.

Considerando que tanto na fábrica quanto na floresta têm as máquinas para descarga e carga da madeira, respectivamente, estas poderiam realizar a operação de colocar e retirar o semirreboque do cavalo-mecânico. Para ser mais arrojado ainda, poderia trocar os pentatrens e hexatrens pelos off-roads com um semirreboque e mais um dolly – tipo os usados para transporte de cargas extra pesadas e indivisíveis – com semirreboque extensivo ou telescópicas onde o céu será o limite para altura, peso e volume da carga de fustes.

Tão importante como levar as cascas para o site industrial é não desperdiçar as serragens e pós-de-serra no campo e usá-las para queimar nas caldeiras de biomassa ou, melhor ainda, num equipamento de pirólise rápida (fastpirolise) dado se perder, segundo o meu amigo FOEKEL (2007) em torno de 0,2 a 0,3% do volume devido ao seccionamento em toretes no campo pelo harvester e feller-buncher, que daria até 1 m3/ha de resíduo a ser convertido em biogás, biochar e bio-óleo. Se triturarem estes resíduos para diminuir e homogeneizar suas granulometrias e secarem a 7% de umidade, estes se transformarão em bio-óleo que a R$3,50/lt renderia, numa indústria de 2.5 milhões de tonelada de celulose (Tsa), a cifra anual de R$43,75 milhões ou US$7,54 milhões (taxa cambial de US$1,00/R$5,80).  

Mais que o retorno econômico é o ambiental pela substituição do combustível fóssil óleo BPF tanto pelo bio-óleo que, se refinado, transformaria num biodiesel substituto do diesel consumido pelas máquinas e veículos, quanto pelo syngás no forno de cal das indústrias, tornando-as 1110% sustentável. Isso para um pó-de- serra e uma serragem que pouco contribuem ambientalmente como resíduo no campo comparado com o ganho ambiental ao serem transformados em energia nas caldeiras ou biochar, syngás e bio-óleo na fastpirolise.

Se, conforme https://www.maisfloresta.com.br/exclusivo-a-biorrefinaria-e-o-fim-do-porno-florestal/,  com o descascamento dos toretes no site da indústria possibilitou via substituição do CTL pelo FT uma economia de aproximadamente US$25,00/tsa, os cálculos demonstram que ela possa chegar a US$30,00/tsa em se seccionando os fustes também no pátio da fábrica.  

Enfim, in Fuste we Trust.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br.

[ii] Professor efetivo do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mmd@ufv.br.

[iii] Químico (UFES), Mestre (UFES) e Doutor em agroquímica (UFV) e Pós-doc em Ciências Florestais, tiago.g.guimaraes@ufv.br.

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Instituto Floresta Tropical (IFT) amplia atuação para fortalecer a conservação da Amazônia

Organização incorpora legado do Instituto Beraca e cria a Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, reforçando o papel do manejo florestal sustentável e a geração de renda para comunidades como forma de combater as mudanças climáticas

Belém (PA), abril de 2025 – O Instituto Floresta Tropical (IFT), com quase 30 anos de atuação no manejo florestal sustentável madeireiro na Amazônia, anuncia a criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia (GSB), resultado da incorporação do legado do Instituto Beraca (IB). A iniciativa reforça o compromisso do IFT em manter a floresta em pé e potencializar a bioeconomia na região, gerando impacto direto para as comunidades locais e para o equilíbrio climático global.

De acordo com Marco Lenttini, secretário executivo do IFT, a integração de metodologias e conhecimentos do IB representa um avanço estratégico para a instituição. “Com a chegada desse time qualificado, vamos expandir nossa capacidade de promover cadeias produtivas de produtos não madeireiros, assegurando a sustentabilidade econômica e social das comunidades amazônicas. Essa união reforça o papel do IFT como agente fundamental na manutenção da floresta e na proteção do clima, contribuindo ativamente para a mitigação das mudanças climáticas”, declara Lenttini.

A nova gerência terá a missão de estruturar cadeias de valor, aprimorar processos de rastreabilidade e certificação e promover a repartição justa de benefícios entre comunidades e empresas. Paula Silva, gerente da GSB, ressalta o impacto socioeconômico do projeto: “Com essa ampliação, abrimos oportunidades para populações tradicionais e pequenos produtores gerarem renda por meio de produtos como óleos, resinas, frutos e fibras. Dessa forma, valorizamos o conhecimento tradicional e fomentamos práticas produtivas responsáveis, garantindo a conservação da floresta a longo prazo.”

Potencial de impacto socioambiental

Ao fortalecer cadeias cadeias de valor de produtos da sociobiodiversidade, o IFT amplia a geração de oportunidades econômicas, beneficiando famílias e comunidades em áreas de floresta nativa. Esse processo fomenta o manejo sustentável dos recursos naturais, reduzindo a pressão pelo desmatamento e fortalecendo o protagonismo local na governança florestal.

“Ao longo dos anos, construímos uma expertise sólida na capacitação de comunidades e de trabalhadores e no aprimoramento de boas práticas de manejo de florestas naturais na Amazônia. Agora, com a incorporação da equipe e dos projetos do recém-dissolvido Instituto Beraca, evoluímos para um patamar ainda mais abrangente de conservação produtiva, contribuindo para o cenário global de enfrentamento às mudanças climáticas e para a manutenção dos serviços ecossistêmicos da Amazônia”, reforça Lenttini.

Novas parcerias e expansão de mercados

Com a criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, o IFT busca consolidar e ampliar parcerias com o setor público, privado e organizações do terceiro setor, além de atrair novos financiadores. A conexão com mercados nacionais e internacionais, interessada em produtos certificados e rastreáveis, oferece perspectiva de crescimento econômico para agricultores familiares e populações tradicionais, viabilizando iniciativas de bioeconomia inclusiva.

“A expectativa é que, com o fortalecimento dessas cadeias de valor, possamos expandir significativamente a presença dos produtos da sociobiodiversidade nos mercados brasileiros e estrangeiros, mantendo, ao mesmo tempo, altos padrões de qualidade e respeitando a cultura e a autonomia das comunidades locais”, pontua Paula Silva.

Sobre o IFT

Com sede em Belém (PA), o Instituto Floresta Tropical é uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção do manejo florestal sustentável desde a década de 1990. Reconhecido pela formação de profissionais, capacitação de comunidades e liderança em boas práticas de uso múltiplo, conservação, manejo e restauração de florestas, o IFT consolida-se como uma das principais referências na conservação produtiva da Amazônia. A nova fase institucional, marcada pela incorporação do Instituto Beraca e pela criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, reafirma o compromisso do IFT em conciliar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental, contribuindo para um futuro sustentável para toda a região e, consequentemente, para o planeta.

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Bracell celebra parcerias do Compromisso Um-Para-Um e reforça apoio na conservação de 112 mil hectares em São Paulo

Iniciativa é realizada em parceria com a Fundação Florestal e amplia ações em Unidades de Conservação com foco em tecnologia, prevenção e combate a incêndios e proteção da biodiversidade

São Paulo, 16 de abril de 2025 – A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, celebrou nesta última segunda-feira (15) os avanços das parcerias e resultados do Compromisso Um-Para-Um, com o compromisso de apoiar a proteção e conservação de mais de 112 mil hectares de vegetação nativa em áreas públicas em São Paulo em 2025. O anúncio de novas Unidades de Conservação contempladas foi feito durante a reunião de avaliação anual da parceria com a Fundação Florestal, realizada no Auditório Augusto Ruschi, na capital paulista, com a presença de representantes da empresa, do governo estadual e de instituições parceiras. O encontro teve como foco a apresentação dos avanços da iniciativa, o compartilhamento de resultados de projetos em andamento e a definição das estratégias para o próximo ciclo. 

Lançado em 2022, o Compromisso Um-Para-Um estabelece que, para cada hectare de eucalipto plantado pela Bracell, outro hectare de vegetação nativa seja conservado. “Nosso objetivo é alcançar e manter esse equilíbrio até o fim de 2025, inclusive nas futuras expansões florestais. Atuamos em três estados e em diferentes biomas, com estratégias adaptadas à realidade local, sempre com foco em escala e impacto positivo”, afirma João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell. Em 2023, último resultado assegurado externamente, 92% da meta já havia sido cumprida. 

A atuação em São Paulo é viabilizada por uma parceria com a Fundação Florestal de São Paulo, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado, por meio do programa Adote um Parque. Com duração prevista de dez anos, a colaboração é estruturada em cinco frentes de impacto: proteção territorial e prevenção de incêndios florestais, restauração e monitoramento da biodiversidade, capacitação e educação ambiental, programa de zeladoria e inovação tecnológica.

Os projetos são desenvolvidos de forma conjunta, considerando as necessidades específicas de cada Unidade de Conservação e priorizando soluções inovadoras para proteção ambiental em larga escala. A nova fase da parceria amplia o alcance das ações e reforça a proteção de ecossistemas estratégicos da Mata Atlântica e Cerrado no estado. “É muito gratificante ver que os gestores das Unidades de Conservação estão sendo atendidos com qualidade, com acesso a equipamentos, infraestrutura e tecnologia que realmente fazem diferença no dia a dia. A parceria com a Bracell mostra que é possível oferecer esse apoio de forma complementar ao poder público, com agilidade, inovação e compromisso com a conservação”, afirma Rodrigo Levkovicz. diretor executivo da Fundação Florestal.

Entre as iniciativas em curso, destaca-se a construção de uma passagem aérea de fauna na Estação Ecológica Barreiro Rico, em Anhembi (SP), voltada à circulação segura de primatas, como o muriqui-do-sul, maior primata das Américas e severamente ameaçado de extinção. Em paralelo, avança também um projeto de monitoramento acústico de fauna nos Parques Estaduais Carlos Botelho e Nascentes do Paranapanema. A pesquisa, liderada pelo biólogo Fernando D’Horta e patrocinada pela Bracell, emprega gravadores acústicos para mapear a presença de espécies com base em variáveis ecológicas, subsidiando estratégias de conservação e manejo.

Essas ações refletem a busca por soluções inovadoras e adaptadas às realidades locais nos territórios de atuação da empresa. Em outra frente estratégica, a Bracell vem ampliando seus esforços de prevenção a incêndios com a instalação de câmeras 360° para monitoramento do território em tempo real e a criação de canais diretos com os gestores das Unidades de Conservação para comunicação de focos de fogo. Além disso, já foram construídos mais de 120 km de aceiros e estradas com o objetivo de reforçar a proteção das áreas conservadas. 

Segundo Augusti, o Compromisso Um-Para-Um traduz, de forma concreta e mensurável, a visão que a Bracell tem sobre sustentabilidade. “Ao ampliar essa parceria em São Paulo, mostramos que é possível construir um modelo florestal mais equilibrado, que protege a biodiversidade e gera valor ambiental de longo prazo. Acreditamos que a colaboração com o poder público é fundamental para transformar escala em impacto real”, afirma. 

Além das ações em São Paulo, a Bracell também vem ampliando o alcance do Compromisso Um-Para-Um para outras regiões do país. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a companhia atua em áreas de alta relevância ecológica, como os Parques Estaduais das Nascentes do Rio Taquari e do Pantanal do Rio Negro. No total, são mais de 116 mil hectares de áreas protegidas no estado, reforçando a atuação da empresa em ecossistemas frágeis e essenciais para a regulação climática no país. 

“As ações que fazem parte do Compromisso Um-Para-Um representam um novo modelo de parceria entre os setores público e privado, com foco em impulsionar iniciativas voltadas à proteção e conservação dos habitats naturais e da biodiversidade nas regiões onde atuamos. Esse é um passo essencial para que possamos preservar o equilíbrio com a natureza e o clima nas próximas décadas”, afirma Márcio Nappo, vice-presidente de Sustentabilidade da Bracell.

O Compromisso Um-Para-Um integra o Bracell 2030 — plano de longo prazo da companhia para a sustentabilidade, ancorado em 14 metas e compromissos que são referência no setor, com foco no clima, na biodiversidade, na produção sustentável de papel e celulose, nas pessoas e comunidades.

Sobre a Bracell 

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com  

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Suzano conecta mais de 100 mil hectares de florestas em 2024

Para contribuir com a conservação da biodiversidade, a companhia implementou trechos de corredores ecológicos nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia 

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, implementou em 2024 trechos de corredores ecológicos que conectam mais de 100 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa remanescentescomo mostra o recém-lançado Relatório de Sustentabilidade da companhia. A meta é conectar 500 mil hectares de áreas prioritárias nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030.

Desde 2021, ano em que a companhia anunciou seu compromisso para conservação da biodiversidade, 157.889 hectares foram interligados, o que representa 20% da meta. Essa conexão ocorre por meio de corredores ecológicos que são formados a partir do plantio de árvores nativas ou de modelos mistos dessas árvores e eucalipto, prática que permite a ligação entre remanescentes isolados de floresta nativa. O objetivo da companhia é reverter a perda da biodiversidade ocasionada pela fragmentação dos biomas, o que aumenta o risco de extinção de espécies e reduz serviços ecossistêmicos, como regulação climática, polinização e conservação da água e do solo.

A Suzano iniciou um monitoramento da biodiversidade, realizado em conjunto com o Instituto de Pesquisa Ecológicas, para criar uma linha de base das espécies presentes nos traçados e fragmentos. Nesse monitoramento, a biodiversidade existente nas áreas dos corredores está sendo identificada por meio de tecnologias inovadoras de gravadores autônomos, que verificam as espécies presentes por meio da detecção de sons, além de DNA Ambiental encontrado nas amostras de insetos.

Além disso, em 2024 a Suzano passou a utilizar um novo indicador de biodiversidade, o STAR (Species Threat Abatement and Restoration Metric), da Integrated Biodiversity Assessment Tool (IBAT) – com a colaboração da International Union for Conservation of Nature (IUCN) –, para uma visão mais detalhada das principais localidades de ocorrência de espécies ameaçadas e das ameaças a biodiversidade mais relevantes para cada localidade. Outra inovação utilizada pela companhia é a BioScore, uma ferramenta de mensuração da biodiversidade com base em métricas da ecologia da paisagem.

As parcerias estratégicas também têm sido fundamentais para ampliar o impacto das ações da Suzano em prol da conservação da biodiversidade. Um dos projetos mais emblemáticos nessa jornada é a conexão entre os parques nacionais Monte Pascoal e do Descobrimento, na Bahia, por meio da implantação de corredores ecológicos em áreas indígenas. O projeto, iniciado em 2024, é realizado em parceria com a iNovaland – gestora de fundos de reflorestamento -, em conjunto com o FASB (Fundo Ambiental Sul Baiano) e a etnia Pataxó.

Outro destaque é o acordo firmado com International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, que conectará 35 mil hectares de fragmentos nativos no Cerrado. Já com a Conservação Internacional (CI-Brasil), a companhia firmou uma parceria para trabalhar na restauração de ecossistemas e desenvolvimento socioeconômico em comunidades do Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica.

Também em 2024, a Suzano realizou uma parceria com a Rainforest Alliance e aderiu à sua plataforma Forest Allies Plataform, que promove o compartilhamento de melhores práticas e soluções para proteger, restaurar e permitir o manejo responsável de florestas tropicais.

“O compromisso com a biodiversidade não é apenas uma meta da Suzano, mas também um movimento colaborativo e contínuo de um desafio global, que é a perda da biodiversidade. Cada corredor ecológico que implementamos não só fortalece o equilíbrio ecossistêmico, mas também cria oportunidades para as comunidades locais e para o desenvolvimento sustentável do território. Nós entendemos que, para alcançar a conexão dos 500 mil hectares, precisamos do engajamento de diferentes atores e parceiros que nos ajudem a promover essa importante transformação socioambiental”, afirma Marina Negrisoli, diretora de Sustentabilidade da Suzano.

Atualmente, a Suzano mantém e protege 1,1 milhão de hectares de vegetação nativa, o que representa cerca de 40% de sua área total. Isso inclui 72 Áreas de Alto Valor de Conservação e sete Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), reforçando seu compromisso com a restauração ambiental e o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua.

Desde 1989, a Suzano monitora a biodiversidade em suas áreas e, ao longo dessas décadas, registrou mais de 4,5 mil espécies, sendo 180 endêmicas e 190 ameaçadas, no Brasil. Somente no Parque das Neblinas, reserva ambiental da companhia gerida pelo Instituto Ecofuturo, já foram identificadas 1.330 espécies, quatro novas para a ciência e 41 ameaçadas.

Para conhecer mais detalhes sobre a evolução dessa e de outras metas de longo prazo da Suzano, acesse aqui o Relatório de Sustentabilidade 2024 da companhia.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.  

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MS Florestal abre 125 vagas de emprego em Bataguassu (MS)

Há oportunidades para as áreas de silvicultura e manutenção mecânica

Mato Grosso do Sul, abril de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área especializada de florestas plantadas, está com 125 vagas abertas em  Bataguassu.

São 70 vagas aos interessados em silvicultura na área de auxiliar de serviços de campo, além de mais 55 vagas para manutenção mecânica, no cargo de mecânico automotivo, oportunidade também na cidade.

A MS Florestal disponibilizou um contato de WhatsApp para o recebimento dos currículos: (67) 9963-5230. É possível cadastrar o currículo pelo link clicando aqui.

De acordo com a coordenadora de recrutamento e seleção da MS Florestal, Helen Branício, a companhia está em um momento de crescimento no estado, com ampliação de operações de silvicultura. “Com isso, temos várias oportunidades abertas para quem está buscando uma empresa em constante desenvolvimento, com valorização das pessoas em um ambiente de aprendizado”.

Coordenadora de recrutamento e seleção da MS Florestal, Helen Branício.

Os benefícios são: plano médico; plano odontológico; auxílio farmácia; seguro de vida; cartão alimentação; refeição em campo; Wellhub (parcerias com academias), benefício Levemente, um programa de bem-estar emocional da MS Florestal, que inclui: consultoria financeira, orientação jurídica, assistência social, aconselhamento nutricional e apoio psicológico, e por fim, PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com.

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