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CMPC abre inscrições para curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais

As inscrições para a formação estão abertas até o dia 18 de abril

A CMPC, em mais uma iniciativa voltada à qualificação de mão de obra para população local, abriu inscrições para o curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais. A formação proporciona aos interessados profissionalização em um dos processos mais relevantes de uma indústria, que é o de garantir que equipamentos funcionem adequadamente e com segurança.

O diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, considera que a preparação para o mercado de trabalho, por meio dos cursos técnicos, agiliza a contratação na busca por emprego, o que não ocorreria, sem uma habilidade prática. “Queremos que as pessoas recebam melhores salários e sejam valorizadas em quaisquer áreas a que se dediquem. Por isso, temos a satisfação de periodicamente oportunizar iniciativas como essa, inclusive porque profissionais de manutenção é uma demanda frequente da CMPC”, adiantou.

As inscrições para o curso realizado pela CMPC, em parceria com o SENAI RS, seguem até o dia 18 de abril pelo link: https://egalite.com.br/vaga-pcd/33307. Os interessados devem ser maiores de 18 anos, com ensino médio completo e residir, preferencialmente, na região de Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, Charqueadas, São Jerônimo, Gravataí, Cachoeirinha, Barra do Ribeiro ou Canoas.  As vagas são afirmativas para pessoas com deficiências. Ainda, a CMPC apoiará os estudantes com bolsa de incentivo e benefícios.

O curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais, que inicia em junho próximo, terá duração de 18 meses e será realizado no SENAI Visconde de Mauá (Av. Sertório, 473 – Navegantes), em Porto Alegre.

Sobre a CMPC 

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site.

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Abisolo reforça importância da conservação do solo para a sustentabilidade agrícola

Setor investe em inovações e boas práticas para garantir produtividade e proteger recursos naturais

Neste Dia Nacional da Conservação do Solo, celebrado em 15 de abril, a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) chama atenção para a urgência de preservar um dos recursos naturais mais essenciais à vida. De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com participação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), 33% dos solos do mundo já estão degradados em decorrência de erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Além de prejudicar a produtividade agrícola, esse processo interfere nas mudanças climáticas, pois esses solos captam menos carbono da atmosfera, agravando problemas como o aquecimento global e enchentes. Por outro lado, quando manejado de forma sustentável, o solo pode exercer papel fundamental no sequestro de carbono e na diminuição dos gases de efeito estufa.

Embora o Brasil figure em quinto lugar entre os maiores produtores globais — atrás de Índia, Estados Unidos, China e Rússia —, a responsabilidade de adotar práticas que aliem produtividade e respeito ao meio ambiente torna-se cada vez mais evidente, reforçando o alerta para a conservação do solo. Essa importância se acentua quando consideramos que a qualidade e a disponibilidade de solos produtivos são fundamentais para garantir a oferta de alimentos. Ainda segundo a FAO, o manejo inadequado do solo ameaça a capacidade de suprir as necessidades nutricionais da população global em crescimento.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, a conservação do solo é uma tarefa coletiva, muito além do agronegócio. “Muitos enxergam o solo apenas como propriedade e não mensuram a importância dele para a água que bebemos, os alimentos que consumimos e até os remédios que utilizamos. A responsabilidade não está restrita aos produtores rurais, mas também às escolhas de cada cidadão na hora de consumir e descartar produtos. Se soubermos usar o solo com respeito e consciência, não faltarão recursos naturais às próximas gerações”, alerta Levrero.

Para o conselheiro da Abisolo, Giuliano Pauli, as indústrias representadas pela entidade investem cada vez mais em soluções que promovem a saúde do solo. “Antes, o foco era majoritariamente químico. Hoje a agricultura moderna também considera aspectos físicos e biológicos. As empresas associadas à Abisolo desenvolvem fertilizantes especiais, biofertilizantes, organominerais e condicionadores que estimulam a microbiota e auxiliam na recuperação de áreas degradadas”, discorre Giuliano. De acordo com ele, plantio direto, rotação de culturas e aplicação de matéria orgânica complementam as boas práticas em prol da vida do solo, com aumento da produtividade de forma sustentável

Essa mudança de visão já se reflete nos indicadores do setor. De acordo com o Anuário Abisolo 2023, o mercado de fertilizantes especiais cresceu 2% em 2022, alcançando R$ 22,64 bilhões em faturamento. Também se destacaram os segmentos de Biofertilizantes (5,6%) e Fertilizantes Minerais Especiais (8,3%), reforçando a crescente adoção de tecnologias que contribuem para um solo mais equilibrado e produtivo.

“Quando falamos de meio ambiente, tudo começa no solo”, enfatiza Pauli. “Um solo bem cuidado minimiza impactos climáticos e segue produtivo a longo prazo. A Abisolo reúne fabricantes e importadores de insumos imprescindíveis à sustentabilidade agrícola, com protagonismo para fortalecer o agronegócio e preservar os recursos naturais”, detalha o conselheiro da Abisolo.

Para Levrero, é fundamental dar continuidade às reflexões despertadas na ocasião do Dia Nacional da Conservação do Solo. “Não basta lembrar do solo apenas hoje. Ele é peça-chave na segurança alimentar e na manutenção da vida em nosso planeta. Nossa indústria está empenhada em contribuir com esse processo, investindo em novas tecnologias ao destinar, em média, 2,8% do faturamento anual para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)”, defende Levrero, ao citar os dados do Anuário da entidade.

Com práticas de manejo adequadas e uso inteligente de tecnologias, o Brasil reforça seu papel de referência global na produção de alimentos, equilibrando desenvolvimento econômico e bem-estar social. Afinal, a qualidade do solo reflete diretamente a qualidade da vida humana.

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.

A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.

Reunindo mais de 140 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

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A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas.  

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

Informações: Florestar. Publicação original: https://florestar.org.br/a-silvicultura-paulista-e-seus-beneficios-ao-solo/

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Expedição inédita vai mapear produtividade de florestas cultivadas do Brasil

A primeira edição da Expedição Silvicultura tem como meta coletar dados e entregar um levantamento, sem precedentes, sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. A iniciativa visa aprofundar o entendimento das condições e desafios da produção florestal no país. Todo o roteiro está previsto para acontecer entre os meses de setembro a novembro de 2025, quando especialistas vão percorrer mais de 40 mil quilômetros pelas principais regiões produtoras em 14 Estados do país, coletando informações em cerca de 40 mil pontos de controle.

Também serão visitadas centenas de propriedades, onde serão realizadas entrevistas com proprietários e gestores florestais, além da coleta de dados quantitativos e qualitativos em cerca de 1.000 parcelas amostrais. As equipes especializadas vão utilizar em campo a combinação de métodos tradicionais e tecnologias avançadas para garantir a precisão e a riqueza dos dados coletados, que vão analisar áreas de cultivo de eucalipto e pinus, além de espécies de destaque regional como teca, acácia-negra, araucária, entre outras. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre práticas de manejo, incluindo o uso de insumos e tecnologias. 

Além de levantar dados de produtividade florestal, a iniciativa investigará tendências de investimento, custos de produção e as percepções e expectativas dos produtores. Também serão avaliadas as práticas socioambientais adotadas nas diferentes regiões, bem como os impactos das mudanças climáticas sobre a produção florestal.

“A produtividade florestal é um indicador estratégico para o setor, pois afeta diretamente a previsibilidade do abastecimento de madeira e serve como base para a tomada de decisões, que têm reflexos no médio e longo prazo dos negócios florestais”, diz Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, organizadora da Expedição.

A Embrapa vai contribuir com o apoio técnico no planejamento da coleta, na análise dos dados e na produção do relatório técnico final, em áreas como sensoriamento remoto, mensuração e manejo florestal, economia e planejamento florestal, proteção florestal, fertilidade e manejo de solos florestais e melhoramento florestal. “Entendemos que estes dados são estratégicos para o setor de base florestal brasileiro, mas também podem subsidiar novas ações de pesquisa e inovação”, avalia Edina Moresco, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas.

Durante o trajeto, que terá início no Estado de Santa Catarina, serão realizados nove eventos presenciais, onde serão discutidos tópicos importantes da produção florestal em cada região, bem como soluções que permitem o aumento da produtividade, com qualidade. Os locais foram escolhidos em parceria com as Associações regionais que são parceiras da Expedição.

“A programação dos encontros presenciais contará com palestras e participação de renomados especialistas de empresas e instituições do setor, uma experiência ímpar para quem visa se atualizar, agregar conhecimento e networking”, informa Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e do portal Mais Floresta, parceiro na realização da Expedição Silvicultura.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações e Embrapa Florestas, e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor de base florestal.


Cidades e datas dos eventos:

  • Belo Horizonte (MG): 10/09
  • Vitória (ES): 17/09
  • Eunápolis (BA): 22/09
  • Lucas do Rio Verde (MT): 09/10
  • Três Lagoas (MS): 16/10
  • Botucatu (SP): 22/10
  • Curitiba (PR): 27/10
  • Lages (SC): 31/10
  • Porto Alegre (RS): 07/11

Saiba mais em: www.maisfloresta.com.br

Katia Pichelli | Embrapa Florestas – Com informações do portal Mais Floresta


 

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Tokenização pode movimentar US$ 19 trilhões até 2033. E as florestas plantadas, onde entram nessa história?

*Artigo por Rodrigo de Almeida.

Um estudo recente da Ripple com o BCG trouxe um dado que chama atenção: os ativos reais estão ganhando espaço no ambiente digital e podem movimentar até US$ 19 trilhões até o fim da década.

O agronegócio já começou a testar esse movimento. Mas quando olhamos para o setor de florestas plantadas, vemos uma das maiores oportunidades ainda desconectadas do mercado financeiro.

Florestas plantadas são ativos reais: mensuráveis, duráveis, com produção recorrente. Ainda assim, seguem fora da lógica do mercado financeiro tradicional. Isso está mudando — e rápido.

Estamos construindo uma infraestrutura que conecta esses ativos ao sistema financeiro de forma transparente, com rastreabilidade, governança e liquidez. Sem modismo, sem especulação.

Junho marca o início de uma nova fase. Mas o trabalho já começou. Na ForesToken S.A., estamos focados em estruturar essa base com seriedade. E isso passa por três pilares:

  • Estruturação jurídica dos ativos florestais;
  • Registro em blockchain — como sistema de confiança, e não como moda passageira;
  • Desenvolvimento de mecanismos que tornem o mercado florestal acessível, confiável e integrado com o mundo financeiro.

Sim, estamos criando um sistema. Um software que ajuda produtores e consumidores a estruturarem melhor suas negociações — com dados sólidos e base jurídica clara.

E não, não é mais uma daquelas promessas de criptoativos milagrosos. Aqui, o blockchain é usado na sua essência: como registro confiável, público e auditável.

Se você quer entender mais sobre esse cenário global, recomendo fortemente esse relatório da Ripple com o BCG: https://www.finews.asia/images/download/approaching-tokenization-at-the-tipping-point.pdf


*Rodrigo de Almeida é CEO na Forestoken S.A. e sócio-fundador do Grupo Index.

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Cientistas alertam para perda da biodiversidade do solo

ONU implementa o Observatório Global da Biodiversidade do Solo, com a participação de brasileiros

Novos estudos apontam que cerca de 10 bilhões de espécies habitam o interior e a superfície do solo, o que representa aproximadamente 59% do total de espécies no planeta. Apenas cerca de 1% das espécies que habita esse imenso ecossistema foi identificada e estamos perdendo espécies que nem sequer conhecemos, ressalta a Bióloga Cintia Carla Niva, doutora pela Universidade de Kobe, no Japão, e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.

O crescimento da população mundial, que requer a expansão da produção de alimentos, e as mudanças climáticas contribuem para a degradação crescente do solo, que é um recurso não renovável. Em resposta, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) lançou em 2022 na 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15) o Observatório Global da Biodiversidade do Solo (Glosob), que está em processo de implantação.

Como forma de prover base teórica para a estruturação do Glosob, a FAO estimulou o levantamento sobre o conhecimento da biodiversidade do solo no mundo, que foi realizado em projeto liderado pelo pesquisador George Brown, da Embrapa Florestas.

Cintia Niva é a primeira autora de um dos artigos da série que apresenta os resultados, intitulado “Worldwide knowledge distribution on soil invertebrate macrofauna and bioturbating vertebrates: an analysis using data science tools”, que será publicado na revista científica Soil Organisms.

O Glosob tem como objetivo desenvolver indicadores padronizados para melhorar a capacidade de monitoramento do solo pelos países. As prioridades são criar métodos padronizados, integrar a biodiversidade nas pesquisas sobre o solo, capacitar mão de obra, aumentar a conscientização de organizações que trabalham com o solo e melhorar a interação entre as políticas públicas.

“Fomos procurados pela FAO para fazer um levantamento sobre o que se conhece da biodiversidade do solo. Os artigos estão para sair. A FAO quer incentivar o monitoramento da biodiversidade do solo no mundo inteiro, porque está preocupada com a produção sustentável de alimentos”, destaca a Bióloga.

Biota do solo

Cintia Niva afirma que o conhecimento sobre as espécies e interações que ocorrem no solo ainda é bastante limitado, mas há um interesse crescente da comunidade científica sobre o tema. Com o aprofundamento dos estudos, os pesquisadores compreenderam a importância da biota para a fertilidade do solo, que antes era associada principalmente a aspectos químicos.

O ecossistema do solo é muito complexo, ressalta a Bióloga, e composto por duas partes: o interior do solo propriamente dito e a sua superfície. As duas partes interagem e uma depende da outra. O solo é onde a vida começa e termina.

A biota do solo é composta pelos estimados dez bilhões de espécies de animais vertebrados e invertebrados, fungos e bactérias. As raízes das plantas também são consideradas integrantes da biota. Parte desses seres vive apenas dentro do solo, outra parte só na superfície e há espécies que habitam o interior e superfície.

Nesse último grupo, há seres que transitam entre o interior e o exterior, como parte das espécies de minhocas. E há outros que passam o ciclo inicial de vida dentro do solo como larvas e ganham o exterior quando adultos, como as cigarras e algumas espécies de besouros.

Cintia Niva explica que a maior parte da vida está concentrada na camada mais superficial do solo, a uma profundidade de até cinco centímetros principalmente, chegando a até 30 centímetros ou pouco mais, de acordo com as características do local. Pode-se dizer que essa é a camada orgânica do solo, em contrapartida à camada mineral, que fica a profundidades maiores.

“A gente pode dizer que a fertilidade do solo é a disponibilidade de nutrientes para as plantas crescerem. Mas de onde vêm esses nutrientes? Em boa parte, vêm como resultado da decomposição da matéria orgânica, plantas e animais que vão se depositando sobre o solo”, conta a Bióloga.

A decomposição é feita diretamente pelos microrganismos (fungos e bactérias), mas também por animais vertebrados e invertebrados. Por exemplo, um animal come parte de um fruto que caiu na superfície do solo e o fragmenta em partículas menores. Em seguida, ele defeca e deixa sobre o solo o material orgânico já parcialmente decomposto.

Essa ação facilita o trabalho dos microrganismos. Eles produzem enzimas que degradam as moléculas do material orgânico em nutrientes, principalmente carbono e nitrogênio, mas também fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e outros.

As raízes das plantas contam com estruturas especiais para absorver os nutrientes que estão no solo. As plantas, da vegetação rasteira a grandes árvores, usam os nutrientes para a formação das suas estruturas. No futuro, partes dessas plantas e a sua totalidade vão morrer e cair sobre o solo, e a matéria orgânica será degradada.

Esse processo é denominado ciclagem de nutrientes. Eles passam por vários organismos e estados. Compõem a estrutura e metabolismo de uma planta; quando a planta morre, são degradados e ficam armazenados no solo; são então absorvidos pelas raízes; e voltam a integrar a estrutura de uma planta.

Cintia Niva destaca que certos microrganismos mantêm uma associação com as raízes de determinadas espécies de plantas. É caso das bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam algumas raízes a absorverem esse nutriente disponível no solo.

“Boa parte da produtividade da soja no Brasil vem da associação com as bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam no crescimento das plantas. Isso tem gerado muito progresso na agricultura em relação à soja”, aponta a Bióloga.

Os animais invertebrados e vertebrados, além de contribuírem na degradação da matéria orgânica, trabalham na estrutura do solo. Eles ajudam na infiltração de água e ar, na incorporação da matéria orgânica ao solo e na regulação da ação de microrganismos. Exemplos desses animais são as minhocas, besouros, micro minhocas, cupins, formigas, colêmbolos e tatuzinhos, além de vertebrados como mamíferos, répteis e anfíbios.

“O solo é muito importante na nossa vida. Ele é muito mais do que a superfície onde a gente pisa, onde a gente constrói e vive. O solo vivo é a base para a agricultura e florestas, para a natureza como um todo. A conservação de uma rica rede de seres interagindo no solo garante a sua saúde e, consequentemente, um meio ambiente dinâmico, produtivo e resiliente”, enfatiza Cintia Niva.

Informações: Revista Circuito.

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Exclusiva – Bracell apresenta Relatório de Impacto Ambiental para a nova fábrica em Audiência Pública em Bataguassu (MS)

O encontro acontecerá no dia 29 de maio, no Ginásio de Esportes CEJA; saiba mais

A Bracell, multinacional do Grupo Royal Golden Eagle, realizará uma audiência pública no dia 29 de maio para apresentar o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente à instalação de unidade fabril no município de Bataguassu, Mato Grosso do Sul, para a produção de celulose. O evento, promovido pelo IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), é aguardado com grande expectativa tanto pela comunidade local quanto por especialistas do setor, marcando o momento em que a empresa detalhará os estudos sobre os possíveis impactos ambientais e socioeconômicos do projeto.

Se consolidada, será a 6ª planta destinada ao segmento no Estado. Em entrevista recente, o Scretário de Estado na SEMADESC, Jaime Verruck, informou: “A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará junto ao Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”. O RIMA do projeto, foi publicado recentemente pelo IMASUL, reafirmando especulações nos bastidores do setor pela preferência de escolha do município para a instalação da nova fábrica. Confira a publicação na íntegra clicando no link: https://www.imasul.ms.gov.br/wp-content/uploads/2025/04/RIMA-BRACELL-BATAGUASSU_final-31-03.pdf.

É previsto um investimento de R$ 16 bilhões para o megaempreendimento, além de gerar cerca de 12 mil empregos no pico das obras, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região, e consolidando o Mato Grosso do Sul como principal produtor de celulose no Brasil. Contudo, o grande porte do projeto suscita preocupações ambientais relacionadas ao uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, emissão de gases e impacto na biodiversidade local.

A nova fábrica ficará a 9km da cidade, e levará cerca de 38 meses para ser construída, utilizará 12 milhões de m³ de eucalipto por ano e terá capacidade de produção de até 2,92 milhões de toneladas de celulose anualmente.

O RIMA, documento que será apresentado na audiência, é um estudo técnico multidisciplinar que identifica e avalia os possíveis impactos ambientais de um projeto, propondo medidas mitigatórias e compensatórias para minimizar ou neutralizar os efeitos negativos. A apresentação pública do relatório é uma etapa fundamental do processo de licenciamento ambiental, permitindo que a população, órgãos públicos e outras partes interessadas tenham a oportunidade de conhecer o projeto em detalhes, tirar dúvidas e expressar suas opiniões.

O que esperar da apresentação do RIMA

Durante a audiência, a equipe técnica da Bracell deverá apresentar os principais pontos do RIMA, incluindo:

  • Diagnóstico ambiental: caracterização da área de influência do projeto, abrangendo aspectos físicos (solo, água, ar), biológicos (fauna e flora) e socioeconômicos (população, uso da terra, infraestrutura).
  • Identificação e avaliação de impactos: análise dos potenciais impactos negativos e positivos do projeto nas fases de implantação e operação.
  • Medidas mitigatórias: propostas de ações para evitar ou reduzir os impactos negativos identificados.
  • Programas de monitoramento: definição de como os impactos serão acompanhados ao longo do tempo.
  • Medidas compensatórias: Ações para compensar os impactos que não puderem ser totalmente mitigados.

Confira mais detalhes da apresentação:

Próximos Passos

Após a audiência pública, as contribuições e questionamentos levantados pela comunidade e demais participantes serão analisados pelos órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento. A Bracell poderá ser solicitada a complementar o RIMA ou a realizar ajustes no projeto em função das manifestações apresentadas.

A realização da audiência pública é um marco importante no processo de instalação da nova fábrica da Bracell em Bataguassu. O evento representa uma oportunidade para que a empresa demonstre seu compromisso com a transparência e a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que permite que a comunidade exerça seu direito de participação e fiscalização em um projeto de grande impacto para a região.

Serviço:

Evento: Audiência Pública (presencial e virtual) de Apresentação do RIMA – Nova Fábrica Bracell em Bataguassu (MS)

Data: 29 de maio (quinta-feira)

Local: Ginásio de Esportes CEJA (Centro Educacional Juventude do Amanhã) Av. Frei Luís, 533 – Residencial Modelo I, Bataguassu, MS.

Youtube | Canal Imasul: https://www.youtube.com/@meioambientems

Horário: 19h (MS)

A população de Bataguassu e região vizinha são convidadas a participar e contribuir para o debate sobre o futuro do desenvolvimento local e a preservação ambiental.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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