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Fundo quer levantar R$1 bi até 2030 para empréstimos a pequenos produtores de cacau no Brasil

Quatro organizações brasileiras lançaram nesta quinta-feira, 20, um fundo com o objetivo de arrecadar 1 bilhão de reais até 2030 para empréstimos a pequenos produtores de cacau no país para ajudar na expansão de suas operações.

fundo Kawa, lançado pelo filantrópico Instituto Arapyau, pela plataforma de investimentos Violet, pelo grupo Taboa e pelo investidor de impacto MOV Investments, emprestará inicialmente cerca de 30 milhões de reais a 1.200 pequenos produtores nos Estados da Bahia e do Pará.

Tradicionalmente, esses produtores têm dificuldades de acesso a crédito para suas operações ou ao know-how para melhorar a produtividade, disse Vinicius Ahmar, gerente de bioeconomia do Instituto Arapyau, à Reuters, à margem do encontro da Fundação Mundial do Cacau, em São Paulo, na quarta-feira.

“A maior parte da produção está nas mãos de pequenos produtores e produtores em pequenas propriedades… nas quais eles não têm condições de investir e não têm acesso à assistência técnica”, disse Ahmar.

O lançamento do fundo ocorre em um momento crítico para o setor, uma vez que os principais produtores, Costa do Marfim e Gana, sofreram perdas de safra devido a condições climáticas adversas, doenças, contrabando e redução das plantações em favor da mineração ilegal de ouro, elevando os preços do cacau.

A produção de cacau do Brasil também caiu quase 20% no ano passado e 2025 está se configurando como um “desafio”, disse à Reuters a presidente-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Losi.

O fundo Kawa dará aos produtores de cacau três anos para pagar os empréstimos, com um período médio de carência de seis meses, de acordo com um comunicado anunciando o novo fundo. Os empréstimos — normalmente usados para comprar fertilizantes, irrigação e equipamentos — cobrarão juros de 12% ao ano.

No Brasil, 85% dos produtores de cacau estão à margem do sistema financeiro do país e lutam para ter acesso a empréstimos, disse o comunicado, citando o Ministério da Agricultura do país.

Com cerca de 80% da produção de cacau do Brasil é proveniente de pequenos agricultores, um situação que leva à baixa renda e baixa produtividade, disse o comunicado.

Informações: Dinheiro Rural.

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Vollebak cria protótipo de jaqueta de madeira a partir de 250.000 peças de nogueira americana

A marca de roupas experimentais Vollebak fez um protótipo de jaqueta com 250.000 peças de nogueira americana cortadas a laser, e criou o Wooden Jacket para mostrar que a madeira poderia ser um material viável para fazer roupas.

“Como ex-arquiteto, sou fascinado por todos os materiais e como eles podem ser usados”, disse o cofundador da Vollebak, Nick Tidball.

A jaqueta de madeira tem um formato quadradoO bloco foi colado em sarja de algodão. Foto: crédito Sun Lee, cortesia da Vollebak.

“A madeira é um dos materiais de construção mais abundantes do planeta e tem sido assim desde o início da humanidade”, ele continuou. “Trinta por cento de todos os edifícios do mundo são feitos de madeira, então para mim é um material que vale a pena explorar para a indústria de vestuário.”

A jaqueta de aparência quadrada foi feita de folhas de nogueira americana de 0,5 milímetro de espessura que foram cortadas a laser em aproximadamente 250.000 blocos.

Esses blocos foram colados em uma sarja de algodão trançado, e as peças foram conectadas com 60 costuras coladas.

“Adoramos explorar novos materiais e ideias”, disse Nick Tidball.

“Acredito que eventualmente ele se tornará um material altamente viável e estamos interessados ​​em explorar como podemos fazer isso na Vollebak.”

Feita em uma fábrica na Itália, a jaqueta é um protótipo, e a Vollebak pretende lançá-la comercialmente em cerca de dois anos.

“Precisamos fazer muito mais experimentos primeiro”, acrescentou Nick Tidball.

A jaqueta é a mais recente peça de roupa feita com materiais experimentais pela Vollebak, que Nick Tidball criou em 2015 com seu irmão gêmeo Steve.

A marca já havia fabricado uma jaqueta quase indestrutível de Dyneema , uma fibra 15 vezes mais forte que o aço, uma jaqueta que mata vírus feita de 11 quilômetros de cobre e um casaco de grafeno que atua como um radiador .

Informações: Apre Florestas.

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Quais são os 5 países com mais florestas no mundo? Spoiler: o Brasil está no ranking

Mais da metade das florestas do planeta está concentrada nesses cinco países; confira

As florestas são ecossistemas vitais para o planeta: elas fornecem habitat para a biodiversidade; sustentam a fertilidade do soloprotegem os recursos hídricos; fornecem alimentos, combustível, renda e emprego. Além disso, as florestas ajudam a mitigar as mudanças climáticas armazenando carbono. 

Para reconhecer a importância desses espaços e incentivar ações de conservação, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o dia 21 de março como o Dia Internacional das Florestas. A data é uma boa ocasião para aprender mais sobre esses espaços naturais que cobrem quase 1/3 da superfície da Terra (cerca de 4.060 milhões de hectares). 

Mais da metade das florestas (54%) do planeta está concentrada em apenas cinco países: descubra de que tipo são elas e onde ficam neste artigo da National Geographic.

A taiga é uma floresta fria e subártica característica da Rússia. Esta imagem mostra um pôr-do-sol ...
A taiga é uma floresta fria e subártica característica da Rússia. Esta imagem mostra um pôr-do-sol capturado na região de Chersky, na parte leste da Rússia. Foto de MICHAEL LORANTY

1º lugar: a Rússia é o país com a maior floresta do mundo

Rússia é o país com a maior área de florestas, de acordo com um relatório de 2024 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) intitulado “The State of the World’s Forests 2024” (“O Estado das Florestas do Mundo 2024”).

Mas ao contrário das florestas das regiões tropicais, este bioma na Rússia é formado pela chamada Floresta Boreal ou Floresta de Taiga (palavra que em russo significa  “terra dos pequenos gravetos””). Trata-se de “um tipo de vegetação composta principalmente de árvores coníferas com folhas em forma de agulhas ou escamas, encontradas em regiões florestais circumpolares do norte, caracterizadas por invernos longos e precipitação anual moderada a alta”, explica a Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimentos gerais do Reino Unido).

Especificamente, a federação Russa contém 815 milhões de hectares de cobertura florestal, representando 20% da quantidade total de florestas no mundo, detalha outro artigo da FAO publicado em 2020. Vale ressaltar que a Rússia é o maior país do mundo, com 17,1 milhões de Km² (3,35% da área terrestre total do planeta).

Um Jequitibá-rosa (Cariniana legalis) milenar, com mais de 40 metros de altura, é observado pelo guarda-parque ...
Um Jequitibá-rosa (Cariniana legalis) milenar, com mais de 40 metros de altura, é observado pelo guarda-parque Leomir Ferreira no Parque Estadual dos Três Picos, no estado do Rio de Janeiro, e que recebe monitoramento do Projeto Guapiaçu para restauração da Mata Atlântica e educação ambiental. Foto de Fernando Frazão Agência Brasil

2º lugar: o Brasil vem na sequência com a maior cobertura florestal

Brasil tem 497 milhões de hectares de florestas, de acordo com dados da FAO. Assim, o país sul-americano abriga 12% da área florestal de todo o planeta. Em solo brasileiro, as florestas ocupam 58% do território, de acordo com o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), uma organização de referência para dados e informações florestais no Brasil. 

Amazônia e a Caatinga são os biomas com a maior proporção de florestas naturais no país, de acordo com dados de 2022 do MapBiomas (uma respeitada organização da sociedade civil sem fins lucrativos que envolve universidades brasileiras, ONGs e empresas de tecnologia para mapear territórios). 

No entanto, os dois biomas são bastante diversos: enquanto a floresta amazônica é úmida e depende do ciclo de chuvas para existir, a mata da Caatinga está adaptada para períodos de seca, temperaturas elevadas e pouca precipitação anual, informa a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). 

vegetação da Caatinga (bioma exclusivo brasileiro) é variada: possui árvores que chegam a 20 metros de altura e uma copa frondosa durante a estação chuvosa; além de outras mais baixas (de apenas 8 metros de altura), e característica cactácea, como as bromélias, por exemplo, além de plantas que perdem as folhas durante a seca (a chamada mata seca), bem como arbustos emaranhados e de caules finos, tortuosos, difíceis de penetrar. É o que informa a Associação Caatinga (uma instituição sem fins lucrativos dedicada ao bioma). 

Os biomas que mais perderam florestas naturais entre 1985 e 2022, por sua vez, foram Amazônia (13%) e Cerrado (27%), segundo a fonte. Além disso, dados de satélite do MapBiomas mostram que, entre 1985 e 2022, “a área ocupada por florestas naturais caiu de 581,6 milhões de hectares para 494,1 milhões de hectares, uma redução de 15%”.

A espécie de árvore chamada álamo tremedor (Populus tremuloides) tem morrido em um ritmo alarmante nos ...
A espécie de árvore chamada álamo tremedor (Populus tremuloides) tem morrido em um ritmo alarmante nos últimos anos. Ela integra um dos biomas florestais do Canadá, como na foto da região do Grand Prairie, cidade de Alberta. Foto de GARTH LENZ

3º lugar: o Canadá possui 9% do total de florestas do planeta

Canadá tem 347 milhões de hectares de cobertura florestal, ou seja, cerca de 9% do total de ecossistemas florestais do mundo, de acordo com a agência da ONU. No entanto, o Departamento de Recursos Naturais do Canadá diverge e afirma em seu site que possui 367 milhões de hectares de florestas.

De qualquer forma, o país está trabalhando para conservar essa área, já que “desde 1990, menos da metade de 1% foi desmatada”, diz a fonte canadense. As áreas florestais canadenses são mistas e formadas por vegetação do tipo tundra (que são “mantos irregulares de vegetação rasteira, como musgos, líquens, ervas e pequenos arbustos”) e florestas boreais, entre outras, como informa a Britannica

Vista aérea do rio que atravessa a floresta do Parque Nacional de Tongass, no Alaska, Estados ...
Vista aérea do rio que atravessa a floresta do Parque Nacional de Tongass, no Alaska, Estados Unidos. Foto de Renan Ozturk

4º lugar: os Estados Unidos possuem a maior floresta tropical temperada da Terra

Os Estados Unidos, por sua vez, têm 8% das florestas do mundo, com um total de 310 milhões de hectares cobertos por esses ecossistemas, observa o documento de 2020.

A Floresta Nacional de Tongassno Alasca, é a maior floresta nacional do país, com 69 mil quilômetros quadrados. “Embora abrigue a maior floresta tropical temperada intacta do mundomais da metade da Tongass é coberta por gelo, água, pântanos e rocha”, detalha o Serviço Florestal, uma agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Vista das montanhas Gaoligong Shan, um ponto de acesso à biodiversidade da província de Yunnan, na ...
Vista das montanhas Gaoligong Shan, um ponto de acesso à biodiversidade da província de Yunnan, na China. Foto de Gilles Sabrié

5º lugar: a China tem em seu território a maior variedade de tipos de florestas

Em 5º lugar, segundo a ONU, está a China, com um total de 220 milhões de hectares de floresta (ou 5% do total mundial), de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

No total, a cobertura florestal ultrapassa 25% da área total do país, diz um relatório citado pelo governo chinês em um artigo de março de 2025. Nessa vegetação estão árvores gigantes com mais de 100 metros de altura – como divulgou um relatório da Academia Chinesa de Ciências Botânicas em 2023, além de florestas coníferas e pântanos, entre outras, explica a entidade. 

O documento da FAO de 2020 completa que dez países respondem por dois terços da área florestal do mundo. Além dos mencionados acima, completam a lista: a Austrália, a República Democrática do Congo, a Indonésia, o Peru e a Índia (em ordem decrescente).

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TEMOS VAGAS: ‘Boom’ de empregos e falta de mão de obra desafia setores produtivos no Mato Grosso do Sul

Expansão industrial aumenta demanda por trabalhadores qualificados que supera a oferta local e atrai profissionais de outros estados e países vizinhos, como o Paraguai; somente o setor da celulose gerou mais de 32 mil empregos em MS

Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem passado por um paradoxo intrigante que desafia os setores produtivos no Estado: a grande oferta de vagas de trabalho disponíveis, mas uma escassa mão de obra de profissionais para preencher essas oportunidades. Nesta reportagem, o Perfil News trouxe entrevistas exclusivas com a superintendência do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), Semadesc (Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), além das indústrias de celulose em MS, Eldorado Celulose, Suzano e a Arauco, que trouxeram o panorama da situação da oferta e procura de emprego em MS.

Em entrevista especial ao jornal, o superintendente do MTE em Mato Grosso do Sul, Alexandre Moraes Cantero, destacou um dos maiores desafios enfrentados pelo estado: a falta de mão de obra qualificada em diversos setores da economia. O cenário se potencializou, principalmente, com a chegada das indústrias de celulose, que gerou mais trabalho do que força de trabalho em MS. 

O fator tem levado os setores a fazerem buscas ativas por pessoal, parcerias por qualificação e até “importação” de colaboradores.

Ele explica que, no ano passado, aproximadamente 24.280 vagas de trabalho deixaram de ser preenchidas em Mato Grosso do Sul. Os setores mais afetados incluem agropecuário, indústria, serviços, construção civil, comércio, comunicação e financeiro.

“Temos uma dificuldade para contratar funcionários qualificados, especialmente no setor florestal, na piscicultura e no processamento de celulose. A previsão é de que até 2032 sejam gerados aproximadamente 90 mil empregos nesses segmentos. No entanto, a falta de trabalhadores qualificados compromete esse crescimento”, explicou o superintendente.

Superintendente do MTE-MS, Alexandre Morais Cantero. Foto: reprodução/redes sociais.

Cantero explica ao Perfil News que a indústria também enfrenta desafios semelhantes. Usinas sucroalcooleiras e a produção de grãos sofrem com a escassez de mão de obra qualificada nas áreas de manutenção industrial e eletrônica. O setor de bioenergia, impulsionado pela produção de etanol e biocombustíveis, também carece de profissionais capacitados para operação e manutenção industrial. Na mineração e na logística, a realidade é a mesma: há vagas disponíveis, mas poucos profissionais capacitados para ocupá-las.

 REDUZIR DÉFICIT DE TRABALHADORES E ‘IMPORTANDO’ MÃO DE OBRA

Para enfrentar essa deficiência, o governo estadual, com apoio do MTE, criou o programa MS Qualifica, que visa capacitar profissionais para suprir a demanda do mercado de trabalho. O superintendente do MTE explica que a parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e outras entidades busca oferecer formação profissional aos trabalhadores. 

Em fevereiro, as entidades anunciaram acordo para atrair trabalhadores paraguaios para MS. Cantero explica que programa não visa tirar trabalho de sul-mato-grossenses, mas sim veio para combater o tráfico de pessoas e o trabalho em situação análoga à escravidão.

“Outro aspecto relevante é a regularização migratória de trabalhadores estrangeiros, especialmente paraguaios, que passam pelo estado. Isso evita que caiam na informalidade, no trabalho escravo ou sejam vítimas de tráfico de pessoas. Eles recebem documentação adequada, incluindo CPF e visto de trabalho”, explicou o superintendente. 

50 cursos gratuitos em vários municípios do MS são oferecidos pelo MS Qualifica. Foto: divulgação.

Uma das iniciativas desenvolvidas pelo MTE é a criação de salas de aula em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), dentro do Programa Acolhida. “Nessas salas, imigrantes recebem aulas gratuitas de português e qualificação profissional para se integrarem ao mercado de trabalho”, destacou Cantero.

E OS TRABALHADORES BRASILEIROS?

Diante da preocupação com a inserção dos brasileiros no mercado, Cantero reforçou que o programa MS Qualifica é voltado prioritariamente para os trabalhadores nacionais. Além disso, outras iniciativas como os cursos oferecidos pelo IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), SENAI, SENAC e SENAR têm ajudado na formação profissional.

O programa MS Qualifica leva formação profissional de graça para quem busca oportunidade, principalmente às pessoas de baixa renda. Foto: divulgação.

O superintendente também sugeriu que o governo avalie a possibilidade de manter temporariamente os benefícios sociais para trabalhadores de baixa renda que ingressam no mercado formal. “É importante garantir que essas famílias não percam sua segurança financeira imediatamente ao conseguirem um emprego formal, permitindo uma transição mais estável”, argumentou.

Cantero concluiu ressaltando a importância da capacitação e da integração entre os setores público e privado para suprir a demanda por mão de obra no estado. “Precisamos de um somatório de esforços para garantir que tanto brasileiros quanto migrantes tenham acesso ao trabalho digno e que a economia do estado continue crescendo de forma sustentável”, finalizou.

EXPANSÃO INDUSTRIAL IMPULSIONA CAPACITAÇÃO 

Nos últimos anos, MS tem experimentado um crescimento significativo no setor industrial, especialmente com a expansão das indústrias de celulose. Esse avanço tem gerado um grande volume de empregos, criando uma demanda por trabalhadores qualificados que supera a oferta local e atrai profissionais de outros estados e países vizinhos, como o Paraguai, como mencionado anteriormente.

Diante desse cenário, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, tem investido fortemente na capacitação da mão de obra local. Ao Perfil News, o secretário executivo Esau Aguiar destacou os principais avanços e desafios desse processo.

Secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho na Semadesc, Esau Aguiar. Foto: Mairinco de Paula.

Para atender à crescente demanda por trabalhadores qualificados, a secretaria coordena o MS Qualifica, o Plano Estadual de Qualificação Profissional. O programa foi estruturado para oferecer cursos gratuitos alinhados às necessidades do mercado, garantindo que os sul-mato-grossenses estejam preparados para ocupar as vagas geradas pelo crescimento industrial.

“Nosso foco é capacitar a população e garantir que as oportunidades de trabalho fiquem aqui. Trabalhamos em parceria com o Sistema S, universidades e empresas do setor para oferecer cursos que atendam às necessidades reais das indústrias em expansão”, afirmou Esau Aguiar.

A qualificação profissional é um dos principais pilares da gestão do governador Eduardo Riedel, que colocou o tema como prioridade em seu Plano de Governo. Foto: divulgação.

Segundo ele, o plano abrange áreas estratégicas, como operação de máquinas industriais, manutenção industrial, eletrônica, logística e tecnologia da informação. “A qualificação profissional é a chave para garantir que a população local tenha acesso a empregos de qualidade e possa crescer junto com a economia do estado”, destacou.

Outra iniciativa importante coordenada pela secretaria é a intermediação de mão de obra, realizada em conjunto com a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). A entidade é responsável pelo encaminhamento de trabalhadores às vagas disponíveis, garantindo que a mão de obra qualificada encontre colocação no mercado.

“A Funtrab desempenha um papel essencial na conexão entre empresas e trabalhadores. Nosso objetivo é facilitar esse encontro, tornando o processo mais eficiente e acessível para todos”, explicou Aguiar.

Para Esau Aguiar, a qualificação profissional não é apenas uma resposta às demandas da indústria, mas também um meio de promover inclusão social e gerar renda para a população. “Nosso compromisso é garantir que o crescimento econômico do estado se traduza em melhoria de vida para os sul-mato-grossenses. A capacitação profissional é um dos caminhos mais eficientes para isso”, concluiu.

ELDORADO FORTALECE EMPREGABILIDADE E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 

A Eldorado Brasil tem se consolidado como uma das principais empregadoras de Mato Grosso do Sul, priorizando a contratação de trabalhadores locais. Em 2024, a empresa contratou 1.288 profissionais, sendo 820 residentes no estado e 468 em São Paulo.

Em entrevista ao Perfil News, o diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil, Elcio Trajano Jr., explicou que a prioridade da empresa é sempre buscar profissionais no estado.

Diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil, Elcio Trajano Jr. Foto: divulgação.

“Nosso primeiro foco sempre é Mato Grosso do Sul. Apenas quando não há procura suficiente, expandimos a busca. Toda a minha equipe de busca de novos talentos está praticamente 100% no estado, trabalhando localmente. Quando surge qualquer oportunidade, buscamos primeiro na região. Só vamos para outros locais quando não encontramos pessoas inscritas ou interessadas para determinada posição”, disse.

A empresa investe continuamente na capacitação de seus colaboradores por meio de treinamentos técnicos, legais e comportamentais oferecidos por fornecedores locais, além de parcerias educacionais que incentivam o aprendizado contínuo. Atualmente, sua plataforma de aprendizagem conta com mais de 850 cursos, permitindo o desenvolvimento profissional em diversas áreas. Além disso, programas corporativos internos preparam os trabalhadores para novos desafios e oportunidades dentro da companhia.

A Eldorado Brasil é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. Foto: divulgação Eldorado Brasil.

Com um compromisso contínuo com o desenvolvimento da região, a Eldorado gera, em média, 1.200 empregos por ano no estado. Nos últimos quatro anos, foram criadas mais de 5.000 oportunidades, reforçando sua contribuição para a economia local.

Apesar do aquecimento do mercado de trabalho no Centro-Oeste, a empresa ainda não precisou recorrer a contratações em nível nacional. “Investimos muito em capacitação. Temos um centro de treinamento florestal de altíssimo padrão, onde conseguimos formar profissionais desde o início, ensinando-os a operar equipamentos e a atuar com alta performance dentro da empresa. Além disso, contamos com parcerias com universidades e instituições como o Senai, que nos ajudam a garantir mão de obra qualificada.”

FOCO

Com a meta de preencher a maior parte de suas vagas com trabalhadores locais, a empresa mantém parcerias com instituições de ensino e oferece treinamentos internos.

A Eldorado Brasil investe na qualificação de seus colaboradores para que possam crescer na empresa. Foto: divulgação Eldorado Brasil.

“Todos que entram na Eldorado passam por um processo de formação muito forte, seja internamente ou externamente“, afirma Élcio Trajano, diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da companhia. “Temos programas de desenvolvimento para liderança, uma academia de liderança, programas de mentoria e um case muito bacana que é o programa Acelera, que ajuda nossos profissionais a se qualificarem educacionalmente. Estamos constantemente investindo na capacitação dos nossos colaboradores para que possam crescer na empresa.”

Além da qualificação interna, a presença da Eldorado no estado tem um impacto significativo na economia local. A demanda por serviços e infraestrutura cresce conforme a empresa expande suas operações. “A Eldorado não gera apenas empregos diretos. Quando uma indústria desse porte se instala em uma cidade como Três Lagoas, o impacto vai muito além. Precisamos de fornecedores, escolas, hospitais, infraestrutura, estradas. O efeito multiplicador é enorme”, destaca Trajano.

A necessidade de mão de obra qualificada faz com que a empresa também busque profissionais fora do estado para posições específicas. “Buscamos sempre na região, mas, se não encontramos profissionais qualificados para determinadas posições, precisamos contratar de outros estados”, explica o executivo. “Algumas funções exigem conhecimentos muito específicos e, nesse caso, buscamos profissionais onde for necessário. No entanto, nossa operação industrial e florestal, que representa a maior parte das vagas, é ocupada majoritariamente por trabalhadores de Mato Grosso do Sul.”

PROGRAMA ACELERA

Um dos destaques nos programas de capacitação da Eldorado é o Programa Acelera, que incentiva os colaboradores a completarem sua formação educacional. A partir de 2025, o projeto será ampliado para beneficiar também familiares dos funcionários. “O Acelera é um dos nossos maiores projetos de desenvolvimento humano. Ele permite que nossos colaboradores façam o Encceja, terminem os estudos e tenham acesso a novas oportunidades dentro da empresa”, conta Trajano. 

“Em 2025, vamos expandir esse programa para os familiares dos nossos funcionários, incluindo esposas, maridos e filhos, reforçando nosso compromisso com a educação e o crescimento da comunidade.”

Com ações voltadas tanto para o aprimoramento profissional quanto para o bem-estar dos funcionários, a Eldorado segue consolidando sua presença no estado e fortalecendo a mão de obra local.

Atualmente, há cerca de 579 vagas abertas na empresa. A Eldorado mantém um fluxo contínuo de contratações para acompanhar a alta demanda de produção, que opera 20% acima da capacidade nominal da fábrica. Além disso, a empresa incentiva o crescimento interno, promovendo 713 colaboradores somente em 2024. Essa estratégia reforça o compromisso da companhia com a valorização dos trabalhadores e o desenvolvimento de carreiras dentro da organização. 

SUZANO JÁ GEROU 13 MIL POSTOS DE EMPREGO

A Suzano investiu cerca de R$ 60 milhões em novos caminhões, maquinários e tecnologia embarcada, além da geração de mais de 140 empregos, incluindo 132 vagas para motoristas, das quais 26 foram ocupadas por mulheres. Foto: divulgação Suzano.

A Suzano reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e a valorização da mão de obra local em Mato Grosso do Sul. A maioria dos colaboradores da companhia, incluindo cargos de liderança, é composta por trabalhadores do estado. Esse resultado é fruto de investimentos contínuos em capacitação interna e parcerias para formação profissional, uma iniciativa que começou com a implantação da primeira fábrica em Três Lagoas e foi ampliada com a construção da nova unidade em Ribas do Rio Pardo.

A empresa investe na qualificação de trabalhadores por meio de parcerias com instituições como Senai, SEST SENAT, governos estadual e municipais, entre outros. Para atender à nova unidade, já foram formados, em parceria com o Senai, mais de 200 profissionais para a silvicultura, com 40% de contratação, e mais de 300 pessoas para a colheita, com alto índice de aproveitamento. 

Em 2023, foram oferecidas 552 vagas de formação e, em 2024, o número subiu para 666. Além disso, na operação industrial, 198 pessoas foram qualificadas com cursos técnicos e pós-técnico, das quais 66,6% foram contratadas, sendo 83% originários de Ribas do Rio Pardo e região.

A companhia também mantém iniciativas como o Programa Escola de Motoristas Profissionais, em parceria com o SEST SENAT, que visa formar 150 condutores para a logística florestal até o segundo semestre de 2024. Outros projetos incluem cursos de Ensino Médio Profissionalizante, lançados recentemente em parceria com o Governo do Estado, além do curso EJA Qualifica, destinado à formação de viveiristas florestais. 

PARCERIA

A parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) também resultou no curso técnico em Tecnologia de Silvicultura, cuja primeira turma está prestes a iniciar.

Conforme informado ao Perfil News, a unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo já gerou mais de 13 mil postos de trabalho diretos no estado, sendo 10 mil na fase de implantação e 3 mil na fase operacional. Atualmente, a empresa emprega cerca de 9 mil trabalhadores diretos em Mato Grosso do Sul, distribuídos entre as unidades de Ribas do Rio Pardo, com 3 mil funcionários, e Três Lagoas, com 6 mil. Somente em 2024, foram feitas 1.103 contratações, sendo 133 na indústria e 970 no setor florestal. Em 2023, na unidade de Três Lagoas e municípios vizinhos, foram realizadas 1,2 mil admissões, com destaque para a ocupação de mais de 33% dessas oportunidades por mulheres.

PLANTANDO O FUTURO

O projeto Plantando o Futuro é uma iniciativa de dois anos que visa capacitar 2.390 pessoas e tirar pelo menos 1.434 da linha de pobreza em 10 municípios de atuação da Suzano em Mato Grosso do Sul. Além da capital, Água Clara, Brasilândia, Bataguassu, Três Lagoas, Selvíria, Aparecida do Taboado, Inocência, Santa Rita do Pardo e Ribas do Rio Pardo devem receber cursos de qualificação profissional.

SETOR FLORESTAL

Viveiro da Suzano em Ribas do Rio Pardo gera cerca de 240 empregos. Foto: divulgação Suzano.

Apesar do mercado aquecido no setor florestal e de celulose, a Suzano prioriza a formação de mão de obra local para suprir a demanda crescente. A empresa mantém iniciativas como o Programa Cultivar, o Programa Escola de Motoristas e o Programa Somar, além de portas de entrada como programas de estágio técnico, aprendizagem e o Formare. A grande maioria dos postos de trabalho gerados no estado tem sido ocupada por profissionais de Mato Grosso do Sul.

A Suzano mantém um fluxo contínuo de contratações, e novas vagas são divulgadas regularmente na Plataforma de Oportunidades da empresa, acessível pelo link https://suzano.gupy.io/. Além disso, as oportunidades em Mato Grosso do Sul são compartilhadas semanalmente com a imprensa, facilitando o acesso de todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual.

ARAUCO AMPLIA OPORTUNIDADES EM MATO GROSSO DO SUL

O Projeto Sucuriú, desenvolvido pela Arauco no Mato Grosso do Sul, tem gerado milhares de oportunidades de emprego e incentivado a qualificação profissional na região de Inocência. 

A empresa explicou ao Perfil News que realiza buscas ativas em todo o estado para preencher suas vagas, além de abrir oportunidades para profissionais de outras localidades. As contratações acontecem online, por meio do perfil oficial da Arauco Brasil no LinkedIn.

Atualmente, o Projeto Sucuriú conta com mais de 2.400 trabalhadores, entre funcionários terceirizados e próprios, atuando na construção da nova fábrica. Durante essa etapa, a contratação de profissionais fica a cargo das empresas parceiras, que são orientadas a priorizar a mão de obra local. Desde 2009, a Arauco mantém operações florestais no estado, com um quadro de 1.428 colaboradores, sendo 990 residentes no Mato Grosso do Sul.

Para garantir a qualificação da mão de obra local, a Arauco tem firmado parcerias estratégicas com o Poder Público e entidades como Sistema S (Sebrae, SESI, Senac, Senai e Senar) e FIEMS. Algumas das iniciativas já realizadas incluem:

  • Encceja (2023) – em parceria com o Sesi, para auxiliar jovens e adultos na conclusão dos estudos;
  • Programa de Qualificação de Fornecedores (2023) – em parceria com o IEL, preparando empresas para atender às demandas da indústria;
  • Conexão Arauco (2024, maio) – programa voltado ao desenvolvimento de fornecedores locais;
  • Parceria com o Senai/MS (2024, maio) – para formação e capacitação de mão de obra, especialmente na fase de preparo de área (terraplanagem).

14 MIL EMPREGOS

Registro do início da terraplanagem do Projeto Sucuriú, da Arauco, em junho de 2024. Foto: Marcio K. Shimamoto.

O Projeto Sucuriú prevê a geração de mais de 14 mil empregos durante a fase de construção da fábrica. Após sua conclusão, serão mantidos 6 mil postos permanentes de trabalho nas áreas florestal, industrial e logística, com qualificação assegurada pela Arauco.

Com essas iniciativas, a empresa reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso do Sul, garantindo capacitação profissional e oportunidades de emprego para a população local.

INDÚSTRIAS DE CELULOSE IMPULSIONAM DEMANDA POR ENGENHEIROS FLORESTAIS E UFMS ABRE NOVAS VAGAS NO SETOR 

A falta de mão de obra para o grande número de vagas de emprego em Mato Grosso do Sul tem levado as universidades a abrirem novas oportunidades de curso. Impulsionadas pelo crescimento das indústrias de celulose, há demandas por engenheiros florestais. Para atender essa necessidade crescente, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) anunciou a abertura de 35 vagas no curso de Engenharia Florestal em Chapadão do Sul. O Perfil News mostrou a seleção em reportagem anterior. 

POLO FLORESTAL

A chegada de grandes empresas do setor, como Suzano e Eldorado, transformou o estado em um dos principais polos de produção florestal do país. O Mato Grosso do Sul já conta com mais de 1,45 milhão de hectares de eucalipto cultivados em 72 municípios, sendo que cinco dos dez municípios brasileiros com as maiores áreas de florestas plantadas estão no estado, com destaque para Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas e Água Clara. Com a expansão das operações, a necessidade de mão de obra qualificada se tornou um desafio, o que reforça a importância de iniciativas como a ampliação da oferta de cursos na UFMS.

As indústrias têm investido fortemente na qualificação de trabalhadores, tanto por meio de parcerias com instituições como Senai e SEST SENAT quanto pela criação de programas internos de formação. No entanto, a alta demanda por profissionais especializados ainda exige novas estratégias. O setor de celulose e papel, que opera em um mercado altamente tecnológico e competitivo, precisa cada vez mais de engenheiros florestais para gerenciar as florestas plantadas, otimizar a produtividade e garantir práticas sustentáveis.

PROCESSO SELETIVO

Para os estudantes interessados em ingressar na área, o processo seletivo Quero Ser UFMS 2025 representa uma oportunidade estratégica. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de março de 2025. O curso de Engenharia Florestal pode ser uma excelente escolha para quem busca uma carreira promissora, já que o estado possui um dos maiores crescimentos no setor florestal no Brasil.

Em 2024, alunos do curso de engenharia florestal, da UFMS, participaram da II Jornada Florestal, da Reflore. Foto: divulgação.

A seleção deste ano traz uma novidade: além das formas tradicionais de ingresso, candidatos que não participaram de processos seletivos anteriores poderão concorrer utilizando apenas o histórico escolar do ensino médio e uma carta de intenção. A primeira convocação para matrícula será divulgada em 21 de março de 2025, e as aulas terão início logo após a efetivação da matrícula.

Diante da expansão das indústrias de celulose e do crescimento das áreas de florestas plantadas, a formação de novos engenheiros florestais será fundamental para garantir a continuidade do desenvolvimento sustentável e a competitividade do setor no estado.

INDÚSTRIA DE MS REGISTROU 1.536 NOVAS VAGAS DE EMPREGO

O setor industrial em Mato Grosso do Sul apresentou um bom desempenho em 2024, com um crescimento de 3,5% na produção e na geração de empregos. Foto: divulgação FIEMS.

A atividade industrial, que engloba os setores de transformação, construção, serviços industriais de utilidade pública e extração mineral, gerou 1.536 novas vagas em janeiro, resultado de 8.801 admissões e 7.265 desligamentos. Os dados são do Observatório da Indústria da Fiems divulgados neste mês de março.

Entre os segmentos que mais contrataram, destacam-se a construção de edifícios (+316), obras de terraplanagem (+160), abate de bovinos (+125), obras de montagem industrial (+122) e coleta de resíduos (+100). Outras áreas com crescimento significativo foram a fabricação de celulose (+98), curtimento de couro (+78), montagem de estruturas metálicas (+62), instalação e manutenção elétrica (+61), fabricação de álcool (+56), obras de acabamento (+56), manutenção de máquinas e equipamentos (+45) e fabricação de pré-moldados de concreto armado (+40). Juntas, essas atividades foram responsáveis por 1.319 das novas vagas abertas no mês, segundo o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.

SALDOS DE EMPREGOS

No recorte por municípios, os maiores saldos de empregos foram registrados em Campo Grande (+299), Três Lagoas (+190), Inocência (+182), Nova Andradina (+182), Paranaíba (+112), Santa Rita do Pardo (+102), São Gabriel do Oeste (+94), Sidrolândia (+87), Água Clara (+48) e Batayporã (+46).

Com esse desempenho, o setor industrial encerrou janeiro com um total de 159.127 trabalhadores formais. Desse contingente, 117.019 atuam na Indústria de Transformação, 29.226 na Construção, 8.362 nos Serviços Industriais e 4.520 na Indústria Extrativa Mineral. “O saldo positivo reforça a relevância da indústria na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do estado”, destacou Resende.

Informações: Perfil News.

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Nova linha de picagem da Eldorado Brasil substitui combustível fóssil por energia elétrica renovável para produção de biomassa

Nova estrutura também irá garantir a produção que abastece a Usina Onça Pintada

A Eldorado Brasil Celulose inaugurou, em parceria com a Valmet, a Central de Processamento de Biomassa de Madeira Inservível, uma nova linha de picagem que melhora a qualidade e garante a produção de biomassa para geração de energia renovável. O processo agora é feito por meio de equipamentos que funcionam à base de energia elétrica produzida pela própria fábrica, substituindo o óleo diesel usado até então. A linha utiliza toras de madeira que não foram utilizadas na produção de celulose, reforçando o aproveitamento integral dos resíduos florestais e ampliando a matriz energética da empresa com fontes renováveis.

A construção da nova central de processamento foi um projeto de grande porte, iniciado em 2023 e viabilizado pelo talento, dedicação e comprometimento de um time inovador. A execução envolveu todas as frentes da engenharia industrial, com o suporte de áreas fundamentais como mecânica, automação, elétrica, instrumentação, civil, lubrificação, confiabilidade, administração e serviço gerais, além de áreas estratégicas como sustentabilidade, operação e suprimentos. O resultado é uma estrutura moderna e altamente eficiente, localizada dentro do complexo industrial da Eldorado em Três Lagoas.

Central de Processamento de Biomassa de Madeira Inservível – Crédito: divulgação Eldorado Brasil Celulose.

Antes da nova instalação, a biomassa era processada nas florestas da companhia, usando equipamentos movidos a diesel. Com a implantação da linha de picagem dentro da fábrica, a operação passou a utilizar energia renovável gerada pela própria Eldorado Brasil, eliminando o uso de combustíveis fósseis. Essa mudança tornou a operação mais eficiente e sustentável, permitindo uma capacidade de produção de até́ 1.500 toneladas de biomassa por dia, considerando 12 horas de picagem efetiva.

POR DENTRO DA NOVA LINHA DE PICAGEM

O processo, que é totalmente automatizado, começa com a chegada de caminhões tri-trem carregados com toras de madeira não aproveitadas na produção de celulose. Uma grua móvel retira a madeira e a deposita na mesa de alimentação, que a conduz por uma correia transportadora equipada com detector de metais até um picador a tambor. O equipamento, acionado por motores elétricos, transforma a madeira em biomassa, que é automaticamente depositada em um caminhão cavaqueiro.

A biomassa segue então para a Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), onde é descarregada e direcionada para a caldeira de força, garantindo o abastecimento da usina e sua conversão em energia renovável. Essa energia gerada na UTOP é integrada à rede elétrica nacional, contribuindo para o fornecimento de eletricidade sustentável em todo o país, conforme demanda do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

UTE Onça Pintada – Crédito: divulgação Eldorado Brasil Celulose.

De acordo com Marcelo Martins, gerente geral industrial da Eldorado, o megaprojeto permitiu que a companhia aprimorasse a qualidade da biomassa produzida, reduzindo a quantidade de resíduos e a emissão de poeira no processo. – “Essa mudança garante o atendimento às exigências de qualidade da Usina Termelétrica Onça Pintada, reforçando a eficiência e a sustentabilidade da operação. Além disso, ao substituir o diesel por energia renovável, reduzimos também as emissões de carbono e aumentamos a independência energética da empresa”, afirma Martins.

A Eldorado Brasil já remove da atmosfera 12 vezes mais gases do que emite e, com essa nova linha de picagem, amplia ainda mais sua contribuição para a redução de CO2, além de possibilitar o aumento da produção e a abertura de novas oportunidades de negócios com a comercialização de uma biomassa de qualidade para outras empresas que utilizam o insumo, fortalecendo o modelo de economia circular.

SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO COMO PARTE DO DNA

Com 96% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, a empresa segue investindo na diversificação de fontes sustentáveis. Sua eficiência na geração de energia, somada à UTOP, poderia abastecer uma cidade de aproximadamente 1,4 milhão de pessoas.

Em 2024, Eldorado também inaugurou uma mini hidrelétrica, tornando-se a única indústria no mundo a aproveitar efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar eletricidade, destinada ao consumo próprio no prédio administrativo do complexo industrial, e agora, com o novo picador, amplia sua produção de biomassa, consolidando mais uma vez sua matriz energética sustentável.

“Nosso foco vai além da eficiência operacional; buscamos alinhar cada etapa do processo produtivo aos princípios ESG. A nova linha de picagem reforça nosso diferencial competitivo ao adotar soluções inovadoras e sustentáveis, gerando impacto positivo na companhia, na comunidade e na economia local, incluindo a criação de empregos diretos e indiretos para atender essa nova operação”, destaca Fábio de Paula, gerente de sustentabilidade da Eldorado.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Justiça anula decisão que dava controle da Eldorado à Paper Excellence

Arbitragem que determinou transferência da empresa de celulose para multinacional sino-indonésia será reavaliada na primeira instância

O Grupo Especial da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou, nesta última quinta-feira (20), uma sentença arbitral favorável à multinacional Paper Excellence na disputa pelo controle da Eldorado Celulose.

Com a decisão, volta a valer o parecer de 2021 da 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, que suspendeu o andamento da arbitragem até o julgamento final da ação anulatória movida pela J&F Investimentos. Assim, o caso retorna à primeira instância para nova análise.

A disputa pelo controle da Eldorado Celulose se arrasta desde 2017 entre a J&F e a sino-indonésia Paper Excellence. A sentença, agora anulada, determinava a transferência da empresa para a multinacional.

Além disso, a juíza Renata Mota Maciel, da 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem, havia elevado os honorários advocatícios que a J&F deveria pagar à Paper Excellence de R$ 10 milhões para R$ 600 milhões.

Por 6 votos a 3, os desembargadores do TJ-SP entenderam que a juíza do caso proferiu a sentença quando o processo ainda estava suspenso por determinação do próprio tribunal.Play Video

Segundo os magistrados, a juíza foi devidamente notificada sobre a suspensão de todos os processos envolvendo a Eldorado no TJ-SP, mas, ainda assim, seguiu com a decisão.

Em nota, a J&F afirmou que, das mais de 100 arbitragens de que participou globalmente, esta é a única em que requereu a anulação do procedimento.

“Diante das fartas provas existentes e que ainda serão produzidas, a J&F tem segurança de que a decisão de hoje permitirá um julgamento justo que levará à anulação de um procedimento arbitral viciado desde a formação do painel de árbitros até a prolação de sua sentença”, afirma a holding.

Na nova análise em primeira instância, serão reavaliados argumentos e provas já apresentadas, além de pedidos de novas diligências que haviam sido negados pela juíza anteriormente responsável pelo caso.

Por meio de nota, a Paper Excellence informou:

Nota de esclarecimento

A Paper Excellence esclarece que a sentença arbitral, da qual venceu por unanimidade, continua válida. O Grupo Especial da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tão somente entendeu que a sentença da juíza Renata Maciel, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de SP, ocorreu quando o processo estava suspenso provisoriamente.

Importante ressaltar que a decisão desta quinta-feira (20/3) foi proferida com base numa questão formal da sentença de primeiro grau, e que toda a instrução processual está mantida e será considerada novamente para uma nova sentença na Justiça.

O pedido de anulação da arbitragem, feito pela J&F, voltará a ser julgado na mesma Vara. A Paper Excellence confia que, baseado nas provas e depoimentos que já constam no processo, o juízo manterá a decisão anterior que confirmou a validade da arbitragem favorável à companhia.

Informações: CNN.

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PIM-PF: produção do setor de celulose tem alta de 17,1% no ES em janeiro

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta terça-feira (18) e compilada pelo Observatório Findes 

A indústria capixaba iniciou o ano com avanços significativos no setor de celulose, papel e produtos de papel, que registrou um aumento de 17,1% na comparação de janeiro de 2025 com janeiro de 2024. É o que aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta terça-feira (18) e compilada pelo Observatório Findes.

Entretanto, mesmo com o crescimento expressivo deste segmento, a produção da indústria geral apresentou retração de 8,8% no período no Espírito Santo. Recuos também foram registrados nas indústrias de transformação (-0,7%) e extrativa (-12,8%). Esta última, impactada pela menor produção de petróleo, gás natural e pelotas de minério de ferro. Os resultados de janeiro da indústria capixaba ficaram abaixo das taxas registradas para o setor industrial a nível nacional, que cresceu 1,4%.

“Mesmo diante de um cenário desafiador, o segmento da indústria de celulose segue em crescimento, o que demonstra a capacidade de recuperação do setor. Este segmento tem se beneficiado de uma maior demanda, e consolida o Espírito Santo como um polo relevante no setor, inclusive, gerando cada vez mais valor agregado”, destaca o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona.

Impacto

O resultado do setor de celulose e papel pode ser atribuído a um cenário global. No início do ano, o mercado foi surpreendido com a paralisação da papeleira chinesa Chenming.

“A paralisação de concorrentes internacionais e a elevação dos preços globais da celulose beneficiaram a produção local, criando oportunidades para o setor. O segmento também tende a se beneficiar da nova fábrica de papel tissue anunciada pela Suzano, prevista para iniciar operações ainda em 2025”, pontuou a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório Findes, Marília Silva.

Metalurgia cresce 5,8% no acumulado de 12 meses

No acumulado de 12 meses, a indústria de transformação cresceu 1,4%, com destaque para a metalurgia, que avançou 5,8%. Esse desempenho positivo reflete a maior demanda interna por produtos siderúrgicos, impulsionada por investimentos no setor automotivo e na construção civil. Os demais segmentos recuaram no período: celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), fabricação de produtos alimentícios (-0,7%) e fabricação de produtos de mineiras não-metálicos (-0,6%).

Ainda assim, na análise da economista-chefe da Findes, a indústria capixaba pode ter um ano de recuperação gradual. “A indústria extrativa impactou os resultados gerais de janeiro, mas os avanços em setores como celulose e metalurgia demonstram que há espaço para crescimento. A perspectiva de aumento na produção de minério de ferro e as novas operações industriais previstas para o ano podem fortalecer ainda mais o desempenho do setor industrial”, pontuou.

Além disso, há expectativa de que o setor de transformação seja fortalecido pelos investimentos produtivos no Estado. A plena operação da plataforma Maria Quitéria, da Petrobras, a expansão da Marcopolo em São Mateus e a nova unidade da Suzano, em Aracruz, deve contribuir para um desempenho mais positivo da indústria.

“O primeiro trimestre de 2025 ainda reflete os desafios do final de 2024, mas os investimentos e a reestruturação da produção local indicam que a indústria capixaba pode ter um ano de recuperação e crescimento”, conclui Marília Silva.

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Empresa erechinense Intecnial constrói a maior planta de celulose do Brasil

Por muitos anos, a Intecnial foi considerada o cartão de visita de Erechim, destacando-se como uma das empresas de maior tecnologia do Rio Grande do Sul. No entanto, na última década, a empresa enfrentou sérias dificuldades financeiras e esteve à beira de fechar as portas. Com muito trabalho, determinação e austeridade, a Intecnial vem, paulatinamente, reconquistando seu lugar de destaque no mercado.

Recentemente, a empresa fechou um contrato de grande porte e está à frente da construção da maior planta de celulose do Brasil, localizada no município de Inocência, no Mato Grosso do Sul. O projeto, denominado Projeto Sucuri, é desenvolvido para a empresa ARAUCO e representa um marco para a Intecnial, que retoma sua posição como referência em engenharia e tecnologia.

Para atender à demanda do projeto, a Intecnial está em busca de, pelo menos, 70 profissionais qualificados. Segundo o diretor da empresa, Airton Folador, a contratação de talentos de outras regiões tem sido necessária para suprir as necessidades do projeto.

Além da planta de celulose no Mato Grosso do Sul, a Intecnial está envolvida em outras duas grandes obras: uma no Paraná e outra em Erechim, desta vez para a empresa Olfar. Esses projetos reforçam a retomada do crescimento da Intecnial e consolidam sua presença no cenário nacional.

A trajetória de superação da Intecnial serve como exemplo de resiliência e competência, reafirmando o papel da empresa como um orgulho para Erechim e para o Rio Grande do Sul.

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Voith Paper lança treinamento exclusivo para o setor papeleiro

São Paulo, Brasil. Fornecedora completa e parceira tecnológica dos principais fabricantes de papel do mundo, a Voith Paper acaba de apresentar mais uma novidade em 2025: o treinamento exclusivo “Fundamentos dos Testes Físicos e Sua Importância no Papel de Embalagem”.

Ministrado pela especialista Carla Borba, o treinamento está marcado para acontecer no dia 7 de maio (quarta-feira), nas instalações da Voith, localizada na Rua Friedrich Von Voith, 825, Jaraguá, São Paulo.

Voltado para os trabalhadores da indústria de papel, o curso tem como público-alvo: Gerentes de produção, Engenheiros, Técnicos de processo, Chefes de operação, Supervisores de turno e demais interessados no tema.

Com carga horária de 8 horas, o treinamento será em português e o valor do investimento é de R$ 1.400,00 por participante.

Objetivo: o curso visa capacitar os participantes com conhecimentos que servirão de base para decisões de ajustes no processo produtivo, tendo em vista otimizar os parâmetros importantes para o uso do produto. Serão apresentados detalhes dos principais requisitos para as propriedades físicas dos papéis, bem como eles são produzidos e como são medidos os indicadores para uma produção de qualidade.

Conteúdo do Treinamento:

1. Visão geral do mercado de embalagens de papel e papelão e tendências

2. Processo básico de fabricação de papel

3. A fabricação do papelão ondulado

4. Tipos de embalagens e seus requisitos principais

5. Propriedades físicas e especificações

6. Procedimentos para testes físicos

Carla Borba é formada em Química e Administração e tem Especialização em Marketing e Pós-graduação em Celulose e Papel. Tem mais de 30 anos de experiência no segmento de papel e papelão ondulado, com atuação em grandes contas e gestão da qualidade. Após passar por diversas empresas do setor, ingressou na Voith em 2019.

Para saber mais informações e realizar a inscrição, acesse: https://forms.gle/uMZe5kCj4p7zJ9tT9

SERVIÇO:

Treinamento “Fundamentos dos Testes Físicos e sua importância no Papel de Embalagem”

Data: 7 de maio de 2025

Local: Voith Paper

Endereço: Rua Friedrich Von Voith, 825, Jaraguá, São Paulo.

Carga Horária: 8 horas

Idioma: Português

Investimento: R$ 1.400,00 (Um mil e quatrocentos Reais) por participante. 

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 22.000 colaboradores, gera € 5,2 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedora completa para o setor papeleiro, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

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Cultivo sustentável de eucalipto pela Bracell contribui para a manutenção dos recursos hídricos

A manutenção dos mananciais, a exemplo das mais de 1.750 nascentes e 24 micobracias nas áreas da empresa na Bahia, está ligada às técnicas de manejo do solo adotadas pela companhia

O cultivo de eucalipto, quando realizado de modo sustentável como faz a Bracell, é um aliado na conservação dos recursos hídricos. Cultivados respeitando os mananciais, os eucaliptos, como qualquer árvore, contribuem para manter a regularidade do fluxo de água, ajudando na recarga do lençol freático, e a evitar erosão e assoreamento dos rios.

Uma das evidências de que as técnicas de preservação realmente agregam valor à manutenção dos recursos hídricos é a existência de mais de 1.750 nascentes nas áreas da Bracell, no Litoral Norte, Agreste e Recôncavo da Bahia, que integram as bacias hidrográficas de rios como o Real, Inhambupe, Sauipe, Subaúma, Itapicuru, Joanes e Ipitanga. Estes são apenas alguns entre as dezenas de rios que atravessam as áreas da empresa – onde a mata ciliar segue preservada e não há qualquer descarte de resíduos –, assegurando a qualidade ambiental dos cursos d’água, importantes para a sobrevivência de centenas de espécies de animais silvestres e para o abastecimento de cidades importantes da região, como Salvador.

“A presença desses mananciais indica que o manejo florestal sustentável vem cumprindo os objetivos de conservação ambiental e de uso consciente dos recursos naturais nas nossas propriedades”, observa Meryellen Oliveira, gerente de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia. |

Ela complementa que onde existem cursos d’água, há maior riqueza de fauna e flora que dependem diretamente daquele determinado ecossistema para sobreviver e todos eles estão protegidos rigorosamente, de acordo com a legislação.

“A qualidade da água proveniente destas nascentes é um aspecto que chama a atenção. O fato de, nas atividades de silvicultura, não haver descarte de efluentes ou resíduos nos leitos e mananciais, além da forte presença de matas ciliares preservadas, evita eventuais interferências de quaisquer usos destas áreas”, observa Joedson Silva, coordenador de Meio Ambiente da Bracell Bahia.

De acordo com ele, a manutenção dos recursos hídricos está diretamente ligada às técnicas de manejo do solo adotadas pela empresa. “Dentre estas técnicas, destacam-se os mosaicos florestais, que é o plantio de eucalipto alternado com áreas de mata nativa. Os mosaicos são decisivos para a preservação e recuperação de milhares de hectares de matas nativas nas regiões onde a empresa mantém suas unidades de manejo e ainda viabiliza a manutenção da biodiversidade, especialmente por conta da oferta de água”, afirma.

Joedson explica que a empresa investe em programas de pesquisa e proteção dos recursos hídricos, do solo, da mata nativa e da fauna silvestre, inclusive em parceria com instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de ações para o meio ambiente. “Como destaques, temos o Programa de Monitoramento da Microbacia do Rio Farje, em Alagoinhas, realizado desde 1996, em parceria do Instituto de Pesquisas Florestais (Ipef) por meio do do Programa Cooperativo de Monitoramento e Modelagem em Microbacias Hidrográficas (Promab), e o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos, realizado em várias microbracias, totalizando uma área de mais de 11 mil hectares monitorados”, informa.

O coordenador destaca ainda que os dados coletados subsidiam a tomada de decisões sobre o manejo florestal. “Os dados aferidos mostram que o manejo florestal realizado há mais de 40 anos pela Bracell na região tem um importante papel na conservação do meio ambiente, o que é relevante não apenas para a própria empresa, mas para todas as pessoas”, diz Joedson.

Rio Inhambupe/ Foto: Gleison Rezende/ Acervo Bracell

Sobre a Bracell

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com.

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