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Soja perde espaço, enquanto celulose avança no ranking de exportações de MS

Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024, segundo o MDIC

A soja se mantém no acumulado de janeiro a novembro de 2024 como o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, mas, na comparação com o mesmo período de 2023, perdeu participação relativa frente ao total da receita do estado. Em contrapartida, a celulose, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ampliou seu protagonismo no ranking sul-mato-grossense.

Em 2023, a soja representava 41,83% da receita total com exportações do estado, com um valor de US$ 3,833 bilhões. Em 2024, esse percentual caiu para 31,23%, com receita de US$ 2,834 bilhões. Por outro lado, a celulose ampliou sua participação de 14,85% (US$ 1,360 bilhão) em 2023 para 26,08% (US$ 2,367 bilhões) em 2024.

Em 11 meses do ano passado, o estado exportou US$ 9,848 bilhões, e, no mesmo intervalo deste ano, US$ 9,298 bilhões, o que representa uma redução de aproximadamente 5,6% nessas operações. Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024.

Ranking dos 10 principais produtos exportados

2023

  • Soja: US$ 3,833 bilhões (41,83%)
  • Celulose: US$ 1,360 bilhão (14,85%)
  • Milho em grão: US$ 855,403 milhões (9,34%)
  • Açúcar: US$ 790,836 milhões (8,64%)
  • Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 607,378 milhões (6,63%)
  • Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 413,971 milhões (4,52%)
  • Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 268,154 milhões (2,93%)
  • Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 265,880 milhões (2,90%)
  • Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 216,594 milhões (2,37%)

Dos dez produtos, nove pertencem ao setor agroindustrial, totalizando US$ 9,520 bilhões, o equivalente a 96,88% do total exportado pelo estado em 2023.2024

  • Soja: US$ 2,834 bilhões (31,23%)
  • Celulose: US$ 2,367 bilhões (26,08%)
  • Açúcar: US$ 799,950 milhões (8,81%)
  • Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 767,606 milhões (8,46%)
  • Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 404,384 milhões (4,45%)
  • Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 356,791 milhões (3,93%)
  • Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 263,060 milhões (2,90%)
  • Milho em grão: US$ 204,064 milhões (2,25%)
  • Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 189,717 milhões (2,09%)

A China se manteve como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, ampliando sua participação de 40,20% (US$ 3,959 bilhões) em 2023 para 46,35% (US$ 4,309 bilhões) em 2024.

Principais destinos das exportações 2023

  • China: US$ 3,959 bilhões (40,20%)
  • Argentina: US$ 1,084 bilhão (11,01%)
  • Estados Unidos: US$ 467,627 milhões (4,75%)
  • Holanda: US$ 317,430 milhões (3,22%)
  • Japão: US$ 300,412 milhões (3,05%)

2024

  • China: US$ 4,309 bilhões (46,35%)
  • Estados Unidos: US$ 616,068 milhões (6,62%)
  • Holanda: US$ 444,642 milhões (4,78%)
  • Indonésia: US$ 265,511 milhões (2,86%)
  • Itália: US$ 249,423 milhões (2,68%)

Informações: Folha de Campo Grande.

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Suzano pode dobrar a produção da maior fábrica de celulose do mundo em MS

Durante inauguração do Projeto Cerrado, executivo da indústria explicou que o layout da megafábrica foi pensado para duas plantas industriais com a mesma capacidade produtiva

A megafábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo começou a operar em julho deste ano, mas foi oficialmente inaugurada na quinta-feira (05/12) com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O denominado Projeto Cerrado é atualmente a maior planta industrial de celulose linha única do mundo e tem capacidade para dobrar de tamanho nos próximos anos.

Durante o evento de inauguração, o vice-presidente executivo de operações de celulose, engenharia e energia da Suzano, Aires Galhardo, afirmou com exclusividade ao Correio do Estado que toda a estrutura da indústria de Ribas foi pensada para abrigar uma segunda linha.

“Essa planta, o desenho dela e de como a gente posicionou os equipamentos, é um layout para duas plantas. Então, ela foi desenhada para duas plantas. Mas obviamente, quando a gente for fazer uma expansão, temos que fazer uma [ampliação da] base florestal antes, e as condições do mercado tem de estar adequadas para poder fazer isso”, explica.

Galhardo ressalta que, no momento, a expansão ainda não é discutida, porque o foco é estabilizar a unidade fabril recém-inaugurada. Hoje, a capacidade de produção da fábrica é de 2,55 milhões de toneladas de celulose anuais. Com uma nova planta, a Suzano passaria a produzir 5 milhões de toneladas anuais somente em Ribas do Rio Pardo.

“A gente precisa de mais ou menos 300 mil hectares de floresta plantada total para abastecer essa planta, dá uns 50 mil hectares por ano. A gente precisaria dobrar isso para o mesmo volume. [A fábrica] foi desenhada para isso, mas depende de condições de mercado. Mais à frente, se o mercado demandar mais celulose e entendermos que tem as condições para fazer, vamos fazer”, finaliza.

O governador Eduardo Riedel participou da inauguração da megafábrica e pontuou que já tem diversos investimentos, projetos em andamento e planos de expansão para os próximos anos no setor da celulose em Mato Grosso do Sul.

“O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem, que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, finaliza Riedel.

EVENTO

Além do presidente da República e do governador de Mato Grosso do Sul, o evento contou com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Também estiveram presentes os ministros Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados), representantes da Suzano, como David Feffer (presidente do Conselho de Administração) e Beto Abreu (CEO), e outras autoridades municipais e estaduais.

O presidente da empresa, Beto Abreu, destacou que, durante a construção da fábrica, passaram pela região 45 mil trabalhadores.

“É uma fábrica que emprega 3 mil pessoas, entre a parte florestal e a parte industrial. Gerou 10 mil empregos durante o tempo que ficou em construção, e esse é um processo dinâmico. Então, com certeza, mensalmente, nós vamos ter vagas sendo abertas nas mais diversas áreas para a população”, afirmou durante o evento.

A fábrica começou a ser construída ainda em 2021 e está instalada a cerca de 10 quilômetros da cidade de Ribas do Rio Pardo. Segundo o presidente do conselho administrativo da Suzano, Davi Feffer, os R$ 22 bilhões investidos na região são o maior investimento ao longo dos 100 anos de história da Suzano.

Além da importância econômica, ele destacou a relevância ambiental do projeto, pois 1,2 milhão de árvores são plantadas por dia na região.

Foram R$ 22,2 bilhões investidos, sendo R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento. A indústria consolida o Vale da Celulose.

Informações: Notícias do Cerrado | Imagem: Mais Floresta.

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O papel da silvicultura na sustentabilidade ambiental e econômica no Brasil

Artigo por Renato Zanetti*

A silvicultura, atividade voltada ao manejo e cultivo de florestas plantadas, é muito mais do que uma prática econômica. Trata-se de um dos setores produtivos que mais cresce no país e que serve como base para a produção de matérias-primas essenciais. Entre elas estão bens de consumo renováveis, como papel, celulose e madeira, além de produtos inovadores, como bioplásticos e substitutos de derivados de petróleo. Além disso, as florestas desempenham um papel ambiental estratégico, contribuindo para a captura de carbono, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a preservação da biodiversidade.

O Brasil lidera a produtividade florestal global graças à combinação do clima favorável, manejo eficiente e investimentos em tecnologia. Contudo, no Dia da Silvicultura, celebrado no último 7 de dezembro, precisamos refletir sobre um dos principais desafios do setor no cenário atual: a baixa disponibilidade de profissionais capacitados para ocupar as diversas posições disponíveis.

Apesar de sua relevância para a economia e a sustentabilidade, a silvicultura enfrenta dificuldades para preencher vagas em todos os níveis, desde funções operacionais até posições de liderança. Esse cenário exige atenção e investimento na formação e atração de talentos para que o setor continue contribuindo de forma plena para o desenvolvimento do país em prol de uma economia mais verde e sustentável.

Na Bracell, buscamos enfrentar essa questão promovendo o desenvolvimento das pessoas. Atuamos em larga escala na formação de florestas e na produção de celulose kraft, solúvel e especial em estados como São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, empregando milhares de profissionais e praticando um manejo florestal alinhado aos mais altos padrões de sustentabilidade. Entretanto, ainda temos vagas abertas que representam oportunidades para quem deseja ingressar ou crescer nesse setor promissor.

Minha própria trajetória é um exemplo de como a silvicultura pode nos apresentar oportunidades ímpares. Fiz a transição vindo de outro segmento do agronegócio e encontrei aqui um campo dinâmico, desafiador e de grande crescimento, que combina inovação tecnológica, impacto ambiental positivo e desenvolvimento social. É inspirador ver histórias de pessoas que começam em posições operacionais e, com dedicação e qualificação, ascendem a posições de maior responsabilidade, contribuindo para o fortalecimento do setor.

No Dia Nacional da Silvicultura, além de celebrarmos as conquistas, é fundamental olharmos para o futuro. O setor só poderá atingir todo o seu potencial se enfrentarmos o desafio da qualificação de mão de obra através da capacitação, inovação e tecnologia, reforçando o compromisso com práticas inovadoras e sustentáveis. A silvicultura é um dos pilares para a construção de um Brasil mais equilibrado, onde o crescimento econômico caminha de mãos dadas com a preservação ambiental e o desenvolvimento social.


Renato Zanetti é diretor de Operação Florestal da Bracell.

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Exclusiva – Nova portaria do Mapa visa desburocratizar regras para operações aeroagrícolas com drones e tripulados

A Portaria substituirá as atuais normas vigentes, e está disponível para consulta pública; saiba mais detalhes

Recentemente o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria SDA nº 1.187  que estabelece os requisitos e procedimentos para o registro dos operadores aeroagrícolas e para o credenciamento das entidades de ensino as diretrizes para os cursos de aviação agrícola, as exigências relativas ao planejamento operacional e registro de informações e as regras para execução das operações aeroagrícolas.  A Portaria estará disponível para consulta pública até domingo (15/12) – prazo que deverá ser prorrogado até janeiro de 2025 –, permitindo que interessados contribuam com sugestões para aprimorar as normas.

A proposta de revisão substituirá as normativas atuais — a Instrução Normativa Mapa nº 2/2008 (para aeronaves tripuladas) e a Portaria nº 298/2021 (para drones), e estará em conformidade com o novo Decreto da Aviação Agrícola, que deve ser publicado em breve, e com a Lei 14.515/2022, conhecida como Lei do Autocontrole.

Imagem: divulgação.

Uellen Lisoski Duarte Colatto, auditora fiscal federal agropecuária (AFFA)/chefe da Divisão de Aviação Agrícola no MAPA, esclarece sobre como a nova regulamentação para operações aeroagrícolas com drones e tripulados poderá contribuir para estes seguimentos, bem como para o agro no país: “Na maioria das vezes, a agricultura precisa que o tratamento fitossanitário ocorra com agilidade. A aviação agrícola é capaz de entrar na área afetada mais rapidamente, quando pensamos em toda a logística de operação. Além disso, a aviação agrícola, através do uso de aeronaves não tripuladas (drones), consegue aplicar em pequenas áreas afetadas, economizando água e insumos. A tecnologia utilizada na aviação agrícola evoluiu muito nos últimos anos e esperamos, com a nova regulamentação, garantir o uso dessa tecnologia a favor da agricultura, garantindo a proteção de nossas lavouras e, principalmente, a proteção da flora e da fauna brasileira e a saúde de nossa população. Outro ponto importante é que a nova regulamentação traz mais informações de como e onde estão ocorrendo as pulverizações e isso traz mais segurança para todos nós, uma vez que teremos o conhecimento de como as operações estão sendo realizadas e se estão sendo realizadas dentro das normas técnicas adequadas”.

Sobre as motivações que levaram à revisão de regras, visando uma nova regulamentação para os segmentos, Uellen informa: “Antes de iniciarmos a atualização das normas, foi necessário realizar, obrigatoriamente, uma OFICINA DE ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO, com o objetivo de verificar se realmente se fazia necessária a atualização regulamentar e quais seriam os pontos principais que levariam a essa atualização. Essa oficina ocorreu com a participação de diversos segmentos do setor aeroagrícola, bem como com a presença de outros órgãos que regulamentam e fiscalizam o setor”.  

E explica: “Como resultado da oficina, levantamos que a atualização normativa seria importante para modernizar e adequar a legislação frente à evolução natural da tecnologia de aviação agrícola no País, otimizar a fiscalização da aviação agrícola realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, simplificar requisitos (administrativos e operacionais), estabelecer com clareza as competências desta Pasta na regulação e fiscalização da aviação agrícola, promovendo a coordenação, orientação e supervisão das ações dos Órgãos envolvidos e harmonizar os procedimentos no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária, área técnica competente deste Órgão​. Além disso, a atualização normativa vem para regulamentar a Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022 (Lei do Autocontrole), incorporando as inovações trazidas, para adequação do setor a essa nova legislação”.

Em relação a desburocratização, a auditora destacou que: “Com a nova legislação, esperamos modernizar o registro e a fiscalização dos operadores, através de sistemas que estão sendo desenvolvidos e que contemplam o uso de Inteligência Artificial e cruzamento de dados com outros órgãos regulamentadores, evitando, assim, o aporte de informações e documentos desnecessários por parte dos usuários. Pretendemos diminuir o uso de “papel”, digitalizando todas as informações, além de aumentar a transparência das informações para a sociedade em geral”.

As contribuições para a consulta pública poderão ser enviadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman) da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA/MAPA, por meio do link https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/ dentro do período indicado, com a deliberação final ocorrendo após a consolidação das sugestões. Para ter acesso, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso do MAPA, por meio do link https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita.

Ponto de vista de operadores & setor florestal

Na agricultura moderna, os drones consolidaram-se como equipamentos indispensáveis, permitindo economia de tempo e redução de custos em tarefas específicas, além de oferecer precisão e eficiência com redução na mão de obra. Sua eficácia é amplificada com a introdução da Internet das Coisas (IoT), onde sensores conectados geram dados em tempo real sobre clima, solo e saúde das plantações e rebanhos.

Imagem: divulgação.

No setor florestal os drones passam a ter cada vez mais relevância para as seguintes atividades:

  • Monitoramento de incêndios florestais;
  • Inventário florestal;
  • Coleta de dados topográficos;
  • Avaliação de sobrevivência do plantio;
  • Uso e cobertura do solo;
  • Mapeamento aéreo de florestas e reservas aquáticas;
  • Monitoramento de ecossistemas;
  • Identificação de espécies florestais;
  • Monitoramento de infestação de formigas cortadeiras;
  • Estimativa de volume de madeira.

Para Ramiro Leal, diretor executivo da Agtech Academy: “A nova regulamentação unifica as regras para aeronaves tripuladas e drones, criando um marco regulatório mais moderno e coerente, em linha com as melhores práticas internacionais. As novas normas reforçam os requisitos de segurança para aeronaves tripuladas, com foco na manutenção preventiva, treinamento de pilotos e procedimentos de voo, contribuindo para reduzir o número de acidentes e aumentar a segurança das operações. Além de definir de forma mais assertiva a obrigatoriedade do Coordenador de Aviação (CCAA) como responsável pelas empresas e pulverizações, esse é um marco importante para a classe visto que tornará os responsáveis como peça-chave das empresas de pulverização aérea”.

Ramiro explica: “A regulamentação define requisitos mínimos para os cursos, garantindo que a formação dos profissionais atenda aos padrões de segurança e qualidade exigidos para a operação de drones e aeronaves. A simplificação dos processos de credenciamento e a flexibilização dos métodos de ensino contribuem para agilizar a formação e habilitação dos profissionais, permitindo que eles ingressem no mercado de trabalho mais rapidamente. A partir da nova legislação a avaliação do profissional será realizada pelo próprio MAPA, e as escolas credenciadoras serão responsáveis por preparar o profissional para a avaliação e consequentemente para as operações de pulverização, profissionais mais bem capacitados contribuem para aumentar a segurança das operações aéreas, reduzindo o risco de acidentes e incidentes”.

E pontua: “Existem diversos pontos benéficos com a nova regulamentação, entre eles: Oportunidades de mercado: a regulamentação abre um leque de oportunidades para operadores de drones, permitindo a atuação em um mercado em expansão com alta demanda por serviços aeroagrícola; Tecnologia e inovação: A regulamentação acompanha as evoluções tecnológicas, permitindo o uso de drones mais avançados e abrindo espaço para a inovação no setor; Modernização: a regulamentação atualiza as normas para o setor, alinhando-as às melhores práticas internacionais e às novas tecnologias; e Geração de empregos: a regulamentação impulsiona o crescimento do setor aeroagrícola, gerando novas oportunidades de emprego e renda. E finaliza: “Em suma, a nova regulamentação para operações aeroagrícolas com drones e aeronaves tripuladas representa um passo importante para a modernização e o desenvolvimento do setor, trazendo benefícios para operadores, produtores rurais, meio ambiente e a economia como um todo”.

André Veiga, fundador e CEO da ALSV Drone Florestal enfatiza: “A nova regulamentação vai unificar duas normativas e uma portaria, uma “Lei” que unifica varias só tende a facilitar, pois hoje existem dúvidas de diversas empresas sobre o que prevalece: Normativa 298? Portaria 710? Essa nova portaria claramente revoga as anteriores e unifica tudo, mas deixando bem claras as regras para drones de ‘asa rotativa x’, ‘asa fixa x’, e  aviação tripulada. Isso traz segurança e transparência, mais segurança jurídica, e segurança de operar com regras mais claras. As atuais são boas, mas considero as novas melhores”.

André acrescenta: “Já nos cursos e capacitações, acredito que haverá mais exigências. O tempo de formação deverá aumentar, porém com regras claras, mais rígidas, mas mais claras. Considerando a responsabilidade envolvida na atividade, entendo como algo positivo. Lembrando que, não bastam regras claras, as fiscalizações terão que ser mais frequentes, EM CAMPO, não dependerem somente de denúncias. O mercado está crescendo muito e com esse crescimento entram players bons e ruins, os bons não podem pagar pelos ruins”.

Thamylon Dias, especialista em drones agrícolas, na Drone Experts detalha que: “A nova regulamentação vem para consolidar o uso drones e outras aeronaves na aplicação aeroagrícola, seja na agricultura, ou no setor florestal. Isso traz muito mais segurança e regras, mas bem estabelecidas para o uso desse tipo de equipamento na aplicação de defensivos químicos, até mesmo no combate a incêndios florestais onde essas aeronaves podem ser utilizadas. E traz algumas novas regras, trazendo novos atores na utilização, porque quando a regra anterior foi criada, não existia drone, não existia as demandas que existem hoje. Então essa consulta pública que está finalizando neste início de semana, vem para escutar o mercado, o usuário e o cliente final. Então como toda regulamentação, ela profissionaliza o mercado e traz mais segurança para quem recebe esse tipo de serviço”.

O especialista também informa que: “Quanto aos cursos, as novas sugestões trazem regras mais claras e mais rigorosas para as empresas que pretendem fornecer essas capacitações, proporcionando assim o maior rigor às entidades de ensino, porque estavam havendo muitas instituições entregando conteúdo de baixa qualidade, com valores baixos e duvidosos. Então haverá um ‘filtro’ no mercado de escolas que habilitam operadores aeroagrícolas remotos, o que é muito bom para as empresas sérias do ramo. Entre as novidades, algo que é similar ao que é feito para obter uma CNH, o aluno fará as aulas junto a uma instituição de ensino, e a prova será aplicada pelo próprio Mapa. Então não tem como facilitar a vida de alunos, vender certificado, por exemplo. Então quem vai aplicar aprova será a própria instituição fiscalizadora”.

William Shimith, engenheiro florestal na Bracell Celulose, frisa: “A regulamentação trará para o setor florestal garantias sobre as operações existentes, e que poderão ainda existir em algumas empresas de base florestal, assegurando que se tenham respaldos jurídicos, técnicos e ambientais sobre os temas relacionados às operações com drones e tripulados. Atualmente o drone é amplamente utilizado na silvicultura na operação de pulverização, trazendo economia e sustentabilidade para essa operação se comparado a outras operações mecanizadas. No controle de pragas e doenças florestais, também tem se destacado como uma ferramenta muito eficaz e dinâmica, com o predicado da agilidade operacional em diversas fases da floresta”.

William ainda enfatiza que: “A nova regulamentação representa a consolidação das operações com drones e tripulados no setor florestal, garantindo confiabilidade e investimentos das indústrias de base florestal. Contudo as certificações florestais que garantem o manejo florestal sustentável passarão a interpretar essa regulamentação como uma nova ferramenta para basear seus critérios de avaliação”.

E lembra: “Há muitos desafios relacionados em se tratando de operações desta natureza em grandes empresas do setor florestal, desde a jornada de trabalho – no que tange a inflexibilidades na CLT –, também na experiência da liderança e no operacional, mudanças no planejamento em curto prazo, capacitação de pessoas, gestão na manutenção das aeronaves e equipamentos e desafios climáticos”.

Confira a Portaria na íntegra aqui:

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-sda/mapa-n-1.187-de-10-de-outubro-de-2024-589773088

Escrito por: redação Mais Floresta.

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