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O desafio do fogo em tempos de mudança climática

As condições que dão origem aos incêndios ditos “naturais” estão mudando

Artigo de Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam).

O fogo passou a correr em velocidade mais rápida que o homem pode percorrer. Uma colossal queimada de savana percorreu o estado de Rondônia em fevereiro, enquanto fogo de pradaria devorava a região de Amarillo, no Texas. A região de Valparaíso no Chile sofreu os mesmos efeitos devastadores, com as chamas percorrendo velozmente as encostas litorâneas e atingindo duramente as áreas urbanas.

A mudança climática está imprimindo características desafiadoras aos incêndios potencializados por tempos de extremo calor e seca. O evento ocorrido no Havaí, no ano passado, mostrou o quão devastador e letal podem ser a velocidade e a intensidade dos incêndios em áreas rurais com proximidade de centros urbanos. Assistimos também essa força devastadora no Pantanal, onde grandes áreas com rica biodiversidade foram sacrificadas.

Assim, as condições que dão origem aos incêndios ditos “naturais” estão mudando. Os incêndios do Antropoceno ocorrem com altas temperaturas, secas intensas e ventos fortes.

Cada vez é mais importante tratar os incêndios de forma preventiva. O primeiro passo é não permitir o estopim. É preciso mudar a “cultura do fogo”, com a qual o homem brincou impunemente por séculos. Facilitar “limpeza” com fogo, por exemplo, para plantio da macaxeira em Rondônia, ou das pastagens no Pantanal, se tornou inaceitável. É um elemento perigoso e sem perspectiva segura de controle.

Em Rondônia, durante o mês de fevereiro, foram contabilizados cerca de 2 mil focos de incêndio provocados especialmente pela limpeza de terrenos para facilitar o plantio de soja. Os efeitos foram severos, atingido unidades de conservação e terras indígenas.

Tardiamente, a operação “Verão Seguro” suspendeu o ciclo oficial de queimadas. Wilson Jordão, diretor de Monitoramento e Controle Ambiental da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Meios Hídricos de Rondônia, orientado pelo corpo técnico da instituição, veio à público para dizer que “a partir de agora está proibida a autorização de queima até que haja uma melhora relacionada a esse fenômeno”, referindo-se às condições climáticas de seca. Afirmou ainda que o monitoramento diuturno e campanhas educativas serão intensificadas.

Falar em autorização para queimadas no atual cenário é autorizar fogareiro em paiol de explosivos. A escala dos impactos de incêndios nesse tempo do Antropoceno foi ampliada. Impactos ecossistêmicos e para além de biomas regionais estão se tornando palpáveis. A intensidade torna a poluição dos incêndios mais tóxica e pode provocar efeitos adversos no longo prazo para a saúde pública.

Embora os níveis mais elevados de poluição ocorram perto de um incêndio, alguns poluentes têm longa vida fotoquímica e estão sujeitos a transporte de longo alcance, com impactos trans e intercontinentais, podendo afetar a qualidade do ar a milhares de quilômetros. Foi o que ocorreu recentemente com Nova York, Manaus e São Paulo.

A região de Nova York se viu mergulhada em material particulado, fumaça e fuligem oriundos dos incêndios das florestas do Canadá. Os danos para a saúde pública foram elevados, afetando principalmente crianças e idosos. O mesmo aconteceu em Manaus.

São Paulo já experimentou, em escala acentuada, o fog (nevoeiro denso) proveniente de queimadas na região Amazônica. A célula de Hadley, mecanismo terrestre de transposição atmosférica, funciona em ciclo fechado carregando umidade especialmente entre o Equador para os trópicos de Capricórnio e de Câncer. Beneficia o continente sul-americano com a evapotranspiração da Amazônia garantindo regularidade pluviométrica continental. Com as queimadas, tornou-se também canal para fumaça e poluentes associados.

Felizmente existe tecnologia global para realizar o monitoramento de queimadas e a transposição de suas massas poluentes. Em que pese as chamas estarem consumindo florestas, savanas, planícies e regiões de cerrado, o Monitoramento Global de Incêndios do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus os identifica como “incêndio florestal”, termo genérico para descrever incêndios ativos em diferentes tipos de vegetação e biomas, detectáveis por satélite.

Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS) permite monitorar, além das emissões, sua composição e deslocamento atmosférico, podendo ainda prever a direção em que a fumaça se moverá.

Observando as cartas globais de áreas com maior temperatura e insolação do planeta, vemos que as áreas equatoriais prevalecem. No entanto, nossa época tem sido implacável com as florestas boreais setentrionais. Em agosto de 2023 o monitoramento do Copernicus reportou: “O Hemisfério Norte tem visto uma atividade significativa de incêndios florestais desde o início de maio deste ano, com incêndios recordes generalizados no Canadá e grandes incêndios em todo o leste da Rússia”.

As emissões de carbono dessas imensas queimas não são dimensionadas em inventários de emissões de gases efeito estufa. Os Índices Nacionalmente Determinados (INDCs), levantamento burocrático de emissões realizadas por países dentro dos compromissos do Acordo de Paris, não contemplam emissões por causas naturais, portanto as previsões que sustentam o estado de arte e prognósticos para mudanças climáticas não contam adequadamente com dados extremamente importantes para o cômputo global, em que pese a significância de suas dimensões.

Dois mil e vinte três foi o ano mais quente da história moderna e proporcionou profundo estado de secas ao redor do mundo.

Trocando em miúdos, a situação se reveste de maior gravidade. Às emissões da queima de combustíveis fósseis somam-se as emissões dos incêndios, com causalidade fortemente estruturada no aquecimento global, que por sua vez vê-se agravado em processo de intensa retroalimentação.

A lacuna existente na metodologia utilizada globalmente pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), subestimando do computo de emissões líquidas nacionais as emissões ditas “naturais”, nos levam a questionar não apenas a atual metodologia utilizada para estabelecer as metas nacionais e globais, mas também o que realmente deveria ser, no Antropoceno, considerado como emissões naturais ou antropocêntricas.

“Se não sabemos o estado das emissões hoje, não sabemos se estamos cortando as emissões de forma significativa e substancial”, disse Rob Jackson, professor da Universidade Stanford e presidente do Global Carbon Project, uma colaboração de centenas de pesquisadores. “A atmosfera, em última análise, é a verdade. A atmosfera é o que nos importa. A concentração de metano e outros gases de efeito estufa na atmosfera é o que está afetando o clima.”

Estamos em tempos em que causas naturais se entrelaçam com alterações humanas, em sinergia evidente. A incidência do El Niño sobre um planeta cada vez mais quente, em função do aquecimento global causado por atividades antrópicas, segue tendência crescente desde o início da era industrial.

Terra, Fogo, Ar e Água, os quatro elementos naturais elencados por Empédocles no século V a.C., estão conectados de forma desafiadora no Antropoceno. Em nosso tempo, chamas impulsionadas por turbilhões de ar devastam cada vez mais a terra seca.

A metodologia de alertas precoces defendida pela ONU para eventos extremos deve ser ampliada para contemplar os incêndios em aspectos preventivos, de detecção e resposta. A “cultura do fogo” se tornou inaceitável e formas sustentáveis de manejo do solo para agricultura devem ser adotadas. De outro lado, a contabilização dos eventos ditos “naturais” deve ser revista para a quantificação correta e dimensionamento para contenção das emissões nacionais e global enquanto gases de efeito estufa (GEE).

Será preciso superar o desafio do fogo.

Informações: Diplomatique.org

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Em quatro meses, Minas atinge 10% de meta do Cosud que prevê plantio de 7 milhões de árvores até 2026

Minas Gerais sai na frente e, em menos de cinco meses da assinatura de compromisso firmado entre os governadores dos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), já cumpriu 10% da meta de plantio de 7 milhões de mudas de espécies nativas, até o final de 2026. O “Tratado da Mata Atlântica” foi assinado em outubro de 2023 e prevê o compromisso dos sete estados (ES, PR, MG, SC, SP, RS e RJ) na restauração de 90 mil hectares do bioma, e o plantio de 100 milhões de mudas nativas. Esta é uma das medidas mais importantes já adotadas pelo grupo na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Conforme acompanhamento realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de 21 de novembro de 2023 a 22 de fevereiro de 2024, já foram contabilizados o plantio de 663 mil mudas de espécies nativas do bioma, representando cerca de 10% da meta prevista. “O esforço representa o compromisso do Governo de Minas com a preservação e recuperação da Mata Atlântica. Minas Gerais é o estado que detém a maior área de Mata Atlântica do Brasil, por isso temos uma grande responsabilidade de garantir que nosso estado siga dando exemplo de preservação e restauração ambiental”, frisou a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Os dados apurados nessa primeira contabilização se referem às ações de compensações ambientais por atos autorizativos; projetos socioambientais executados pela Semad, como o Bosque do Amanhã, do Programa Jovens Mineiros Sustentáveis, em parceria com 105 municípios mineiros; e a recuperação e restauração ambiental por meio do programa de fomento florestal de espécies nativas e do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

A novidade foi apresentada pela secretária Marília Melo durante a 10ª edição do Cosud, realizada na última semana em Porto Alegre/RS. “Tivemos aqui a oportunidade de apresentar os avanços que tivemos com os grupos de trabalho. A partir de Minas Gerais, construímos um grande projeto, o Tratado da Mata Atlântica, com três subprojetos. O primeiro, na linha da restauração florestal, com o compromisso do plantio de mudas na Mata Atlântica e a criação de um grande corredor ecológico. Importante dizer que desde o último encontro do Cosud, em São Paulo, quando essa meta foi estabelecida, já tivemos mais 660 mil mudas plantadas no estado, alcançando 10% da meta”, ressaltou.

O Governo de Minas ampliará ainda mais, em 2024, os esforços no âmbito do Tratado da Mata Atlântica, com a mobilização de outros parceiros, como os Comitês de Bacia Hidrográficas (CBHs), as concessionárias de serviço público de saneamento e energia e entidades de classe e seus associados.

Além disso, conforme documento assinado, os governos trabalharão juntos na criação de corredores ecológicos terrestres e costeiro-marinhos entre os sete estados. Outra ação de destaque é a elaboração de um plano integrado para o enfrentamento de eventos extremos, sobretudo relacionados a chuvas e estiagens. Com a preservação do bioma e o reflorestamento, os estados buscam aumentar a reserva florestal, contribuindo para a descarbonização do planeta.

Participação Cosud 2024

A Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, participou, de 29 de fevereiro a 2 de março, em Porto Alegre/RS, da 10ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O evento reuniu governadores e secretários públicos dos sete estados das regiões Sul e Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Na sexta-feira (1/3), a secretária Marília Melo e a chefe de gabinete da Semad, Letícia Capistrano, participaram do Grupo de Trabalho (GT) Meio Ambiente, que discutiu temas que têm sido conduzidos pelo Grupo, como o Tratado da Mata Atlântica. Além desse GT, o encontro contou com outros grupos de 21 áreas elencadas nesta edição como, por exemplo, Segurança Pública, Assistência Social, Cultura, Infraestrutura, Saúde, Esporte, Turismo, Mobilidade, Educação, Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Eficiência na Gestão. Os assuntos envolvem a mobilização dos governadores e gestores dos estados que compõem o consórcio.

No fim do encontro, no sábado (2/3), os governadores acompanharam a apresentação dos resultados dos GTs e assinaram a Carta de Porto Alegre, que detalha as pactuações estabelecidas nesta edição do encontro. No documento desta edição, os estados integrantes do Cosud firmaram a criação do Pacto Regional para Segurança Pública e Enfrentamento ao Crime Organizado, que articula ações de inteligência estratégica, propostas de alterações legislativas e atuação integrada das forças de segurança dos estados, considerando a responsabilidade dos governos estaduais no combate à criminalidade.

Cosud – Criado em março de 2019, em Belo Horizonte (MG), o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) tem objetivo de fortalecer a cooperação entre os governos dos sete estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e impulsionar ações econômicas e ambientais para o Brasil.

Com mais de 114 milhões de habitantes, esses estados respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Representantes da Câmara Setorial de Florestas Plantadas apresentam potencial da cadeia produtiva ao ministro Carlos Fávaro

A presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas, Adriana Maugeri, junto do presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, e do diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Wilson Andrade, se reuniram nesta quarta-feira (6) com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para apresentar o potencial da cadeia produtiva e ampliar os debates acerca das Florestas Plantadas.

Do ponto de vista econômico e social, o setor tem destacado a possibilidade de contribuir com a recuperação das pastagens degradadas junto da produção, além de também oferecer a inclusão social. “Não são as grandes empresas que dominam os plantios florestais, são pequenos e médios produtores”, explica Maugeri.

Na oportunidade Hartung destacou os dados do setor no Brasil. “Hoje temos no país 1.300.000 proprietários que cultivam madeira e são fornecedores dos diversos arranjos produtivos. Nossa área de plantio é de 9.9 milhões de hectares. Além dessa área de plantio, temos em nossas fazendas 6.6 de área conservada”, disse.

O Brasil lidera como o maior exportador de celulose. Em 2023, a cadeia produtiva exportou 18 milhões de toneladas. Já como produtor, o país ocupa a segunda posição, atrás somente dos Estados Unidos.

“Nós temos falado da importância do Ministério da Agricultura assumir o protagonismo dessa cadeia produtiva tão forte no Brasil. E isso mitiga o principal desafio que temos que é o desmatamento”, pontuou a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda.

“Acho que é um setor extremamente promissor, que vive um bom momento e que vamos trabalhar juntos. As câmaras setoriais são uma das coisas mais valiosas que temos aqui no Ministério da Agricultura. São pessoas bem capacitadas que se dedicam e trabalham voluntariamente para que a gente possa dar as diretrizes nas políticas públicas”, destacou o ministro Fávaro.

“Que juntos, a gente consiga promover esse setor”, finalizou Maugeri.

O que são florestas plantadas?

Florestas plantadas são áreas reflorestadas por meio de plantio de mudas cultivadas. A prática tem objetivo de recuperar uma área degradada atendendo a um plano de manejo sustentável.

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Programa Suzano de educação beneficia mais de 23 mil estudantes em Mato Grosso do Sul

Iniciativa é realizada em seis municípios do Estado e contempla estudantes e profissionais das redes municipais de ensino

Mais de 23.680 estudantes da rede pública de ensino foram beneficiados, direta e indiretamente, pelo Programa Suzano de Educação em Mato Grosso do Sul no ano passado. A iniciativa da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio da melhoria na qualidade do ensino público. No Estado, o PSE é desenvolvido em parceria com as secretarias de Educação dos municípios de Água Clara, Brasilândia, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Três Lagoas, totalizando mais de 70 escolas impactadas, direta e indiretamente, 200 participantes diretos e cerca de 25 mil pessoas beneficiadas, levando em consideração gestores, educadores e alunos(as).

Entre os compromissos para renovar a vida da Suzano, está o de aumentar em 40% o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em todos os municípios prioritários para a empresa até 2030. No último ano, o principal foco do PSE foi a articulação, institucionalização e fortalecimento do Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE GRIFE Costa Leste) do Estado. A iniciativa tem como objetivo contribuir para que a gestão pública seja capaz de focar na melhoria das aprendizagens dos(as) estudantes e no uso dos recursos, ao mesmo tempo em que estrutura um projeto territorial de educação construído com e para as pessoas.

“O Programa Suzano de Educação investe no aperfeiçoamento da qualidade do ensino público, por meio da qualificação profissional dos(as) educadores e da participação social em prol da melhoria da qualidade da educação das nossas crianças e adolescentes. A Suzano acredita que toda transformação social começa pela educação. Este tema nos é tão importante que faz parte dos compromissos públicos assumidos pela empresa. Na companhia, seguimos um direcionador que diz que ‘só bom para nós se for bom para o mundo’ e acreditamos que um ensino de qualidade é fundamental para a construção de uma sociedade menos desigual. Os resultados obtidos em 2023, com a parceria estabelecida com os municípios participantes, mostram que estamos no caminho certo”, ressalta Giordano Automare, Gerente Executivo de Sustentabilidade da Suzano.

Além do Arranjo de Desenvolvimento da Educação, o programa trabalhou ainda o fortalecimento da Rede de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, que resultou na entrega de um Guia Orientador de identificação da violação dos direitos de crianças e adolescentes; a Construção da política da primeira infância; o fortalecimento dos espaços de participação na Escola para efetivação da Gestão Democrática; e o programa de incentivo à leitura “A porta para o conhecimento”.

Particularidades

Uma das estratégias do Programa Suzano de Educação é a atuação em Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADE), que têm como base a cooperação intermunicipal, fortalecendo lideranças de municípios próximos e com características sociais semelhantes. O objetivo é que os participantes criem soluções de acordo com os desafios educacionais enfrentados.

Segundo Nizael Flores de Almeida, secretário de Educação de Ribas do Rio Pardo, o PSE avançou de forma significativa em 2023. “Especialmente na articulação e fortalecimento do território da Costa Leste, por meio do ADE Grife Costa Leste. Já no acompanhamento formativo com gestores escolares o PSE trabalhou de forma adaptada a realidade do município, priorizando o trabalho em território, conforme a organização da rede municipal de ensino, com o TEAR – Território Educativos de Apoio de Ribas. São ações que impactam e contribuem para o avanço da educação pública”, declara.

Em Três Lagoas, Angela Brito, secretária municipal de Educação e Cultura (SEMEC), destacou a gestão democrática da educação como um dos pontos fortes do programa. “A parceria com a Suzano contribuiu significativamente na ação de reestruturação dos Projetos Políticos Pedagógicos – PPP, processo que vem fortalecendo a Gestão Democrática nas Unidades de Ensino. Além disso, em 2024, a parceria continuará com o trabalho junto aos nossos gestores que versará acerca do clima escolar como desencadeador da aprendizagem dos estudantes. Com certeza será mais uma ação exitosa”, projeta.

O Programa Suzano de Educação é uma das iniciativas pela qual a companhia reafirma o seu compromisso em contribuir para a diminuição das desigualdades educacionais nos territórios, assegurando a trajetória escolar regular e a ampliação das aprendizagens dos(as) estudantes, com maior participação e engajamento de famílias e comunidades.

Secretário de Educação Nizael em ação com diretores e coordenadores em Ribas do Rio Pardo.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Exclusiva – Setor florestal de Minas Gerais é impactado pelo aumento da entrada de aço chinês no Brasil

Presidente da AMIF comenta sobre impactos diretos e indiretos na economia do estado, causados com a chegada do aço com valor abaixo do mercado nacional; Instituto Aço Brasil diz que “não há no cenário, qualquer sinal que permita prever melhora nos próximos meses”

No último ano, diante da desaceleração da economia de países asiáticos, o Brasil recebeu uma grande oferta de aço produzido principalmente na China com valores abaixo do mercado nacional. A entrada e a comercialização deste grande volume tem impactado significativamente o setor siderúrgico do país, uma vez que ao ser importado com alíquotas vantajosas frente a outros mercados, como europeu e norte americano, o custo final do produto chega com valores bem reduzidos, quando comparados ao aço nacional que possui um cabedal de obrigações e encargos que os concorrentes não possuem. Isso tem levado a uma preocupante redução na produção do aço e do ferro gusa no país, ocasionando consequentemente reduções expressivas no número de empregos no setor, bem como de Minas Gerais – líder nacional – afetando diretamente a economia do estado.

O estado abriga empresas como ArcelorMittal, Aperam, Vallourec, Gerdau e Usiminas, por exemplo, grandes players do segmento. Os impactos atingem principalmente as cadeias produtivas diretamente interligadas a produção do aço, como a de carvão vegetal e florestas cultivadas e seus desdobramentos econômicos e sociais.

Crédito imagem: Instituto Aço Brasil.

É notória a dedicação da indústria nacional em projetos de descarbonização e compliance para entregar um produto final especializado, seguro e com performance garantida, atendendo todas as múltiplas exigências legais e tributárias. Na contramão, uma boa parcela do aço importado está trazendo consigo uma carga “invisível” e preocupante que serve de alerta para os consumidores e governos nacionais: uma forte emissão de carbono em sua produção e transporte até o Brasil, aliado as públicas condições questionáveis de trabalho utilizados no processo produtivo.

Segundo especialistas do tema, para lidar com essa situação, é necessário que o governo adote medidas de proteção à indústria nacional, que controlem com inteligência a importação de aço, bem como medidas já conhecidas e indicadas pela Organização Mundial de Comércio para melhor controle do fluxo de produtos em fronteiras – práticas já adotadas por outros países em situações semelhantes. Além disso, manter investimentos em tecnologia e inovação, agregados à sustentabilidade, são fundamentais para aumentar a competitividade do setor no longo prazo.

Diante de uma grande oferta de produção, é compreensível a movimentação dos países asiáticos para escoamento de seus produtos, porém, será determinante neste jogo a reação dos mercados internos destes para a retomada de um equilíbrio que torne mais saudável a relação e proporção do aço ofertado em nosso país.

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com Adriana Maugeri, presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), sobre como os impactos do aço importado mais barato no mercado, tem afetado socioeconomicamente a região e os segmentos do setor de base florestal do estado, detentor da maior área cultivada de florestas plantadas do Brasil.

Adriana Maugeri. Crédito imagem: AMIF.

O setor siderúrgico está suspendendo investimentos em produção no Brasil por causa da concorrência do aço da China, grandes empresas do setor já anunciaram efeitos sobre empregos. Com isso, produtores de carvão vegetal e de florestas de eucalipto também são afetados?

Sendo Minas Gerais um polo produtivo de plantio e produção de madeira, com a redução da demanda por aço nacional, houve uma queda na produção de carvão vegetal. Esta reação apresenta efeitos em cadeia, inclusive influenciando o preço da madeira em pé, até em outros estados.

Considerando que em MG a produção de carvão vegetal é prioritariamente conduzida por pequenos e médios produtores, a redução da demanda pelo produto, acarreta diretamente uma dificuldade em manutenção de suas estruturas e mão de obra.

Este cenário traz reflexos econômicos diretos nas economias de mais de 800 municípios mineiros que percebem uma redução na circulação de renda, advinda destes produtores que alimentam a dinâmica econômica local. Menos dinheiro circulando, maior déficit nas contas municipais e maiores os pedidos de ajuda destas localidades ao Estado e à União.

Quais medidas poderiam ser tomadas para arrefecer o panorama atual com o aumento da oferta do aço estrangeiro no mercado brasileiro?

A indústria brasileira vem se preparando para a produção de um aço mais sustentável com novos investimentos e expansões, teve a sua atualização de preço que estava defasado há anos, chegando a um valor equilibrado para o produto ofertado. A produção de carvão vegetal para utilização como bioredutor teve um cenário de aquecimentos nos últimos três anos, inclusive. Porém com a desaceleração econômica principalmente chinesa, surgiu uma situação desconfortável – e também perigosa para o mundo inteiro –, onde é preciso escoar sua produção que não é consumida pelo mercado interno.

É como se fosse um delicado jogo de tabuleiro. Não se trata de forma alguma de criar mecanismos que prejudiquem os países que estão exportando sua produção. Por exemplo, a China possui parcerias importantes com nosso país sendo inclusive o maior consumidor de grande parte de nossos produtos, por isso, questões de aumentos de alíquotas de impostos precisam ser bem avaliadas por entidades ligadas ao setor, junto ao Governo, para evitar atitudes “às cegas”. Podem temporariamente reduzir o desequilíbrio, mas podem na sequência apresentar efeitos colaterais mais danosos, inclusive.

Especialistas alertam que não estão disponíveis para o governo brasileiro apenas o aumento de alíquotas de impostos e estímulo de consumo interno, como “remédios” para este caso. O Brasil já vem fazendo esses estímulos de consumo internos nos últimos 50, 60 anos, e funcionam por um período pequeno, mas depois a “conta” do endividamento chega. Existem inúmeras formas de proteger com sabedoria a indústria nacional, não somente de aço que está enfrentando esta dificuldade.

Um dos exemplos do que vem sendo regulamentado na Europa, é a taxação de ajuste de carbono em fronteira, onde, de forma resumida os produtos importados que são maiores emissores de gases de efeito estufa que os produtos do país importador, são submetidos à taxações que promovam o equilíbrio de contas em suas emissões antes de sua entrada e disponibilização.

Em relação à produção de carvão vegetal no estado, qual o cenário atual no segmento, com o aumento da oferta do aço importado no mercado?

O que é necessário hoje não se trata de um protecionismo “seco e frio” da indústria nacional, como já vimos o Brasil fazer em décadas passadas. Entendo que o setor, bem como os outros ligados à siderurgia, fazem um pleito de concorrência leal. Não se compara a composição de custos do aço nacional e do importado, suas exigências e processos produtivos são diferentes. O custo Brasil é nosso cabedal de obrigações, que eles não possuem. É compreensível então, o custo deste ser menor que o aço brasileiro, mas a reflexão necessária, e que poucos têm na hora da decisão de compra, não somente do aço, é: considerando que não existe milagre produtivo, como este produto consegue chegar aqui no Brasil neste valor? O que está em jogo?

Vale ressaltar que produzir o aço verde, ou o aço mais sustentável, custa muito investimento (pesquisa, inovação, escala, especialização, desafios), tudo tem um alto preço, entretanto fico pensativa se a indústria que pleiteia por este aço, busca utilizar em seus produtos um aço com menor emissão de gases de efeito estufa, por exemplo, e com isso ofertar um produto final mais sustentável, se está disposta a pagar por esta conta que não é básica.

A opção pelo carvão vegetal no processo produtivo do aço, por exemplo, não é uma escolha pelo mais barato, longe disto. Hoje, ainda o carvão mineral é mais competitivo na maior parte das decisões, porém o que está em jogo não é mais somente o custo da matéria prima. É o valor agregado ao produto final que ela apresenta. Na sociedade cada vez mais exigente por produtos menos emissores, não é mais uma opção, é a escolha diferencial.

O setor

Segundo o Instituto Aço Brasil – entidade que representa as empresas produtoras de aço no Brasil –, a siderurgia emprega 127 mil brasileiros diretamente, alcançando 3 milhões de vagas se considerada toda a cadeia do setor e os empregos indiretos e induzidos. Ao todo, o país tem 31 fábricas em operação em 9 Estados, espalhados em 4 regiões do país – mais de 20 estão em Minas Gerais. Essa massa de trabalho garante força ao setor na mesa de negociações com o governo.

Cultura agrícola de florestas plantadas x produção de aço

A produção de florestas cultivadas em Minas Gerais tem um papel importante na promoção da sustentabilidade e no desenvolvimento econômico do Brasil. A produção de aço e a preservação das florestas são duas áreas distintas, mas se interligam para a produção do insumo do metal. Por exemplo, o setor siderúrgico pode utilizar madeira proveniente de florestas plantadas de forma sustentável para a produção de carvão vegetal, que é um insumo essencial na fabricação de aço, do ferro gusa e de ferro liga. Dessa forma, a produção florestal contribui para a manutenção e expansão das áreas florestais, ao mesmo tempo em que fornece em larga escala a matéria-prima para a indústria do aço em Minas Gerais.

Setor siderúrgico – Paralisações e demissões

Recentemente por exemplo, a Usiminas abafou o alto-forno 1 da planta de Ipatinga em virtude da crescente importação de aço, sobretudo, do mercado chinês, e em comunicado recente, informou que poderá em breve abafar o alto-forno 2. A Aperam postergou investimentos que faria em Timóteo. Já a ArcelorMittal prolongou a parada técnica programada para três usinas, incluindo a de Juiz de Fora. E a Gerdau realizou demissões e paralisou algumas unidades no País, sendo que, em Minas Gerais, apenas a de Ouro Branco está com produção normalizada.

Produção de carvão – Produção x mão de obra mais barata

Minas Gerais também é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado responde por 87,7% do volume nacional. De acordo com a dirigente Adriana, mais de 80% da produção é consumida no Estado, por causa do relevante parque siderúrgico. O restante do que é produzido vai para outros estados, sendo utilizado tanto como fonte de calor quanto como biorredutor. Se a produção de aço diminui, automaticamente, empregos também, gerando um ciclo de desemprego e redução da circulação de renda nos municípios.

Setor base florestal – Impactos

No que diz respeito ao setor florestal, é preciso considerar a influência e impactos do aumento da oferta do aço chinês mais barato. Minas atualmente é o maior produtor de florestas cultivadas do Brasil, com 2,3 milhões de hectares e 1,3 milhão de reserva florestal de mata nativa conservada. Perante tamanha representatividade, a indústria madeireira é prejudicada em diferentes áreas, principalmente como fornecedora de madeira para produção de carvão vegetal, entre outras (embalagens, paletes, etc) cujas demandas podem diminuir devido à redução da produção no setor siderúrgico, impactando também nos empregos e economia local.

Crédito imagem: AMIF.
Crédito imagem: AMIF.

Exportações chinesas

Nas exportações, em 2023 a China exportou 90 milhões de toneladas de aço acabado – o maior desde 2016 – e o Brasil foi o sétimo principal destino dos embarques. Afetando mercados de CSN, Usiminas, Gerdau e outras produtoras locais, mais de 2,5 milhões de toneladas oriundas do país asiático, de um total de 4,4 milhões. Se somar produtos semiacabados, as usinas chinesas despacharam próximo de 3 milhões de toneladas ao Brasil – 60% do total que entrou no país.

Providências do governo

As medidas tomadas pelos produtores de aço engrossaram o pleito do setor por isonomia. Eles alegam que a concorrência com as fabricantes chinesas é desleal. As produtoras brasileiras, por meio do Instituto Aço Brasil, almejam como um das providências para análise, o aumento da alíquota de importação de aço de 9,6% para 25%, o mesmo percentual adotado por outros países como os Estados Unidos, visando proteger a indústria siderúrgica nacional.

As siderúrgicas e as indústrias que compram o aço travam guerra em torno do pedido de aumento da taxação do produto estrangeiro importado. De um lado, as produtoras afirmam que o aço da China vai “abocanhar” grande parte do mercado com preços predatórios, já as fabricantes de produtos de aço alegam que esse aumento vai prejudicar a cadeia produtiva e pode frear a industrialização do país.

Cinco produtos de aço que tiveram as tarifas de importação reduzidas em 2022 voltarão a pagar as alíquotas originais para entrar no país. O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) aprovou a medida no início de fevereiro, em Brasília, atendendo parcialmente a pedidos dos produtores nacionais, que alegavam concorrência desleal.

Há dois anos, o governo rebaixou unilateralmente em 10% o Imposto de Importação de uma série de insumos industriais. Segundo a Gecex-Camex, a decisão representa uma recomposição. O órgão continua a analisar pedidos para restaurar a alíquota de outros produtos abrangidos pela redução das tarifas.

Os cinco produtos que pagarão mais para entrar no país são:

  • Barras de ferro ou aço não ligado, a quente, dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, ou torcidas após laminagem;
  • Tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos;
  • Tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços;
  • Tubos soldados, de seção circular, de ferro ou aço não ligado;
  • Tubos soldados, de seção quadrada ou retangular.

Segundo a Gecex-Camex, o Imposto de Importação de um desses produtos subirá de 10,8% para 12%. A tarifa sobre dois itens passará de 12,6% para 14%. Para os dois produtos restantes, aumentará de 14,4% para 16%. O órgão não detalhou qual alíquota cabe a cada produto. Apenas ressaltou que as tarifas retornarão para a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.

Ao Mais Floresta, o Instituto Aço Brasil informou que “durante todo esse período, foi demonstrado por que é necessário que se eleve, em caráter emergencial e temporário,  a tarifa de importação de aço de 18 NCMs, de 273 existentes, para 25%, ante os 10,8% praticados atualmente para a maioria dos produtos. Restou comprovado que qualquer patamar inferior a esse é insuficiente para fazer frente ao ataque do aço estrangeiro, uma vez que grandes mercados, como Estados Unidos, 27 países da União Europeia, Reino Unido e México, já impuseram barreiras de 25%. Se o Brasil estabelece patamar menor, vai continuar sendo destino preferencial de exportadores de aço que adotam práticas desleais”.

“Com produção de 31,9 milhões de toneladas em 31 unidades em 2023 (nove das quais em Minas Gerais), a indústria de aço brasileira tem papel prioritário e estratégico no país, garantindo a segurança energética, alimentar e nacional. É constituída de empresas modernas, inovadoras e competitivas. Movimenta 3 milhões de empregos na cadeia, investe R$ 12 bilhões por ano em modernização e inovação, promove desenvolvimento, e paga mais de R$ 30 bilhões em tributos. Se não contida, a importação vai acelerar a transferência dessa geração de riqueza para outros países, mais usinas vão fechar, outros empregos serão eliminados e há grande risco de faltar aço.”

– Instituto Aço Brasil.

Investigação de Dumping

A pedido da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) abriu uma investigação na última sexta-feira (01/03) para apurar a existência de dumping – exportação de um produto a preço inferior ao de fabricação para conquistar fatia expressiva de mercado – de aço da China. A apuração pode durar até 18 meses. Leia a íntegra da circular (PDF – 5MB).

No documento, o governo informa que vai investigar se as exportações de folhas metálicas de aço carbono, ligado ou não ligado, de qualquer largura com espessura inferior a 0,5 mm causam danos à indústria nacional.

Previsões segundo a indústria

Segundo informa o Instituto Aço Brasil, a indústria brasileira do aço busca, desde meados de 2023, sensibilizar o governo sobre a crítica situação criada pela elevação das importações de aço, que têm acelerado devido a práticas comerciais predatórias e desleais por parte dos exportadores. Em 2023, as importações cresceram 50%, para 5 milhões de toneladas, ou 18,6% do consumo de aço do país.

Crédito imagem: Agência Brasil.

Ao longo dos últimos meses, representantes do Instituto participaram de várias reuniões técnicas com representantes do governo, inclusive ministros de Estado, apresentando a realidade do setor e como as importações têm impactado a produção e a venda, levando as siderúrgicas a reduzir, de forma preocupante o uso de sua capacidade instalada para os atuais 60%. E não há, no cenário, qualquer sinal que permita prever melhora nos próximos meses.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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