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ABAF participa da caravana ILPF no Espírito Santo e Bahia

Associação estimula a maior inclusão de pequenos e médios produtores e processadores de madeira – para uso múltiplo – no setor florestal

A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) apoia e acompanhará as atividades da Caravana ILPF que acontece de 4 a 8 de abril no Espírito Santo e Bahia (ver programa abaixo). Entre as ações, o diretor executivo Wilson Andrade participará da mesa redonda “Como fomentar a adoção da ILPF no Espírito Santo?”, no dia 4, às 19h, juntamente com Franco Fioroti (Secretário de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento de Linhares/ES); Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues (Pres. do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF e Pesquisador na Embrapa Solos); e Erich C. de Lima Andrade (Coordenador de Negócios Florestais – Suzano).

A Caravana ILPF é uma realização da Rede ILPF e Embrapa com o objetivo de difundir e ampliar a área ILPF no Brasil e realizar diagnósticos sobre a situação da Integração Lavoura-Pecuária e Floresta (ILPF) em diversas regiões produtoras. É uma expedição técnica, composta por especialistas e que vai percorrer mais de 10 estados brasileiros entre 2022 e 2023. Entre as principais atividades que serão realizadas pela equipe da caravana estão: dias de campo, palestras, visitas institucionais e técnicas aos diversos atores do agronegócio e diagnósticos sobre a situação da ILPF nas regiões.

“Nos interessa eventos como este que contribuem para que o setor florestal se expanda e se desenvolva sobre bases sustentáveis. Trabalhamos por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos florestais. O tema do evento também é interessante porque está em sintonia com os conteúdos trabalhados por nós. A ABAF, em nome das associadas, desenvolve ações de impacto econômico, social e ambiental, a exemplo dos Dias de Campo do Programa Mais Árvores Bahiarealizados em parceria com a CNA e do Programa Ambiente Florestal Sustentável (PAFS). Também por meio do PAFS, buscamos promover a diversificação e sustentabilidade das atividades rurais. O trabalho ainda se dá para a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira no setor – e seu uso múltiplo – para melhor atender a população, além de gerar emprego e renda”, declara o diretor executivo.

PAFS – O diretor executivo representará o setor florestal baiano, juntamente com o coordenador do PAFS, Paulo Andrade. O PAFS é uma ampliação do Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda, lançado pela Agência de Defesa Agropecuária (ADAB) e ABAF em 2015. Atualmente trabalha diversos temas, como Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF); Uso Múltiplo da Floresta Plantada/Programa Mais Árvores Bahia; Regulamentação Ambiental das Propriedades Rurais; Preservação dos Recursos Hídricos; Prevenção e Controle de Incêndios Florestais; Controle de Gado nas Áreas de Preservação; Combate ao Carvão Ilegal; e Programa Fitossanitário de Pragas.

Desde sua criação, as equipes do PAFS já percorreram mais de 380 mil quilômetros, realizaram 278 treinamentos em 234 comunidades, orientaram mais de 12 mil estudantes e produtores rurais de frutas, eucalipto, café, entre outras culturas e visitaram mais de 1.400 propriedades rurais no Sul e Extremo Sul da Bahia. O resultado tem sido positivo graças às parcerias feitas com o Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e ADAB; Sindicatos Rurais da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB/Senar); Associação de Produtores de Café, Frutas, Pecuária; e Prefeituras, através de suas secretarias de agricultura e meio ambiente.

ILPF – Tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, além de uma série de outros benefícios socioambientais e econômicos. Segundo estimativas da Rede ILPF para a safra 2020/2021, a área ocupada com os sistemas ILPF no Brasil corresponde a 17,4 milhões de hectares. A Rede ILPF tem o propósito de ampliar essa área para 35 milhões de hectares até 2030, além de aumentar a representatividade do componente florestal nesses sistemas. Dessa forma, a ILPF irá contribuir para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP-21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP-26.

Associação Rede ILPF é formada e cofinanciada pelas empresas Bradesco, Ceptis, Cocamar, John Deere, Soesp, Syngenta e pela Embrapa e tem como propósito contribuir para o aumento da produtividade de forma sustentável no campo. Atualmente apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas brasileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa. Mais informaçõeswww.redeilpf.org.br ou www.embrapa.br.

Programação:

4/4 – Linhares (ES) – 8h às 11h – Dia de Campo – Fazenda Três Marias (Rod. ES 248 Km 16, Lagoa Nova)

TEMA 1: Quero adotar ILPF, e agora? – Palestrante: Marcelo Dias Muller (Embrapa Gado de Leite).

TEMA 2: Futuro projeto de ILPF – Palestrante: Alzemar Jose Veroneze (Especialista P&D Manejo Florestal – Suzano).

4/4 – Linhares (ES) – 19h às 21h – Mesa Redonda (Av. Prefeito Samuel Batista Cruz, 11286 – Canivete – Loja Lipetral – concessionária John Deere)

TEMA: Como fomentar a adoção da ILPF no Espírito Santo?

Convidados: Franco Fioroti (Secretário de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento de Linhares/ES); Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues (Pres. do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF e Pesquisador na Embrapa Solos); Erich C. de Lima Andrade (Coord. de Negócios Florestais – Suzano) e Wilson Andrade (Diretor Executivo da ABAF).

6/4 – Pedro Canário (ES) – 14h às 17h – Dia de Campo: Fazenda Heringer (Rod. Pedro Canário, Cristal km 12)

Apresentação inicial Grupo Heringer: Nelore Heringer: sustentabilidade eficiência e resultado – Palestrante: Humberto Luiz Wernersbach Filho – Zootecnista MSC – Diretor Q’NUTREM Soluções Nutricionais.

TEMA 1: Modelos de projeto com sistemas de integração – Palestrante: Especialista P&D Manejo Florestal (Suzano)

TEMA 2: Espécies leguminosas em sistemas ILPF. Palestrante: Robert Michael Boddey – Pesquisador Embrapa Agrobiologia

7/4 – Teixeira de Freitas (BA) – 19h às 21h – Mesa Redonda (Rod. BR 101, Km 869 – Bairro Jerusalém – Loja Lipetral – concessionária John Deere)

TEMA: Alternativas locais para implantação da ILPF na Bahia.

Convidados: Pedro Luiz Oliveira de Almeida Machado (Embrapa Arroz e Feijão); Ladislau Araújo Skorupa (Embrapa Meio Ambiente); Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues (Pres. do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF e Pesquisador na Embrapa Solos) e Joabe Jobson de Oliveira Pimentel (Professor e pesquisador do Instituto Federal Baiano com as linhas de pesquisa bovinocultura, forragicultura e pastagem).

8/4 – Eunápolis (BA) – 19h às 21h – Mesa Redonda (Av. David Jonas Fadini, 1016 – 1184 1800 – Juca Rosa – Loja Lipetral – concessionária John Deere)

TEMA: Panorama da ILPF na região e perspectivas futuras (casos de sucessos).

Convidados: Celso Luiz Moretti – Presidente da Embrapa (a confirmar); Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues (Pres. do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF e Pesquisador na Embrapa Solos); Octaciano Gomes de Souza Neto (Sec. de Agricultura do Estado do ES de 2015 a 2018, hoje é Head de Agronegócios e lidera a carteira de clientes da setorial Agro da EloGroup) e João Pontes (Dir. de Experiência e Suporte ao Cliente – John Deer América Latina).

A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. A ABAF fomenta a pesquisa, investe na tabulação de dados, a exemplo do relatório Bahia Florestal. A indústria de base florestal usa a madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, celulose solúvel, papel, ferro liga, madeira tratada, energia, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. A madeira utilizada é plantada e é matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana. Associados: Bracell, Caravelas Florestal, ERB, Ferbasa, Floryl, JSL, Komatsu, Proden, Suzano, Venturoli, Veracel e 2Tree. Coopera com quatro regionais – Aiba, Aspex, Assosil, Sineflor – nos principais polos produtores do estado; as quais vinculam pequenos e médios produtores e processadores de madeira locais. Mais informações:

Relatório Bahia Florestal 2021: https://www.abaf.org.br/wp-content/uploads/2021/09/Bahia-Florestal_2021.pdf

Informativo Especial PAFS: https://www.abaf.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Informativo-ABAF_ESPECIAL-PAFS_2020.pdf

Dias de Campo – Programa Mais Árvores Bahia: https://issuu.com/abaf_2014/docs/abaf_digital_julho__3_

Fonte: ABAF

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Bolsa registra primeira CPR – Cédula de Produto Rural – Verde do Brasil, estruturada pelo Grupo BMV

A B3, a bolsa do Brasil, recebeu no final de fevereiro o registro da primeira Cédula de Produto Rural (CPR) Verde emitida sob as diretrizes do decreto nº 10.828/21. Esse título representa entrega de produtos e permite ao produtor rural e demais agentes que atuam na cadeia do agronegócio captar recursos que serão direcionados ao financiamento da conservação de florestas nativas e seus biomas, estabelecendo os critérios pelos quais essas cédulas possam ser consideradas CPRs Verdes.

O registro e estruturação dessa primeira CPR Verde foi coordenado pelo Grupo BMV, que desenvolveu a Unidade de Crédito de Sustentabilidade (UCS) e sintetiza o valor de 27 serviços ambientais envolvidos em um processo de preservação, possibilitando operações com a segurança da tecnologia blockchain.

O Grupo BMV utiliza o Standard BMV, protocolo de certificação para pagamento de serviços de preservação, que cria condições econômicas para os produtores rurais manterem áreas de reservas legais e proteção permanente em suas propriedades.

“Além dessa contribuição importantíssima para o meio ambiente e a preservação de florestas, o registro da CPR Verde reforça dois compromissos importantes da B3: o de estar ao lado do agronegócio ajudando a desenvolver um setor que é o motor da economia nacional, e o de seguir induzindo as melhores práticas ESG para o mercado”, afirma Fabio Hull, diretor de relacionamento com Bancos Múltiplos e Fintechs da B3.

“Dada a segurança do registro na B3, investidores internacionais e fundos de investimentos podem adquirir a CPR Verde, com aposta na valorização de títulos de preservação de floresta, que atualmente é a maior promessa do mercado como ativo diante da corrida das corporações para o cumprimento das metas de Net-Zero”, afirma Maria Tereza Umbelino, CEO do Grupo BMV.

“O reconhecimento do padrão BMV como originador de CPR Verde é um grande avanço nas políticas de pagamentos por serviços ambientais, bem como na aceitação dentro do país da conservação de floresta como atividade agrícola. Esta validação reafirma o Standard BMV, através das UCS, como um instrumento para o combate às mudanças climáticas e auxilia o país no atingimento de das suas metas no Acordo de Paris,” enfatiza Fabian Gonçalves, Business Manager da SGS Brasil, que certificou a CPR Verde do Grupo BMV.

A CPR Verde é um instrumento de pagamento por serviços ambientais (PSA), mecanismo econômico estabelecido no novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) visando a impulsionar a conservação do meio ambiente, a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis de produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais.

Fonte: B3

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Ferramenta digital permite registro gratuito de máquinas agrícolas

A plataforma foi implementada para adequar as máquinas agrícolas à legislação de trânsito vigente no Brasil

Produtores rurais de todo o Brasil poderão realizar, sem custo, o registro oficial de tratores e equipamentos agrícolas por meio da nova Plataforma Digital de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (ID Agro).

A ferramenta foi lançada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Instituto CNA.

O ID Agro é um sistema que interliga fabricantes, revendedoras autorizadas, proprietários, Sistema CNA/SENAR e o Mapa para o registro de propriedade de tratores e demais equipamentos destinados à execução de atividades agrícolas.

A nova plataforma atende a Lei 13.154/2015, que dispensa o licenciamento e o emplacamento e obriga o registro, sem ônus, junto ao Mapa para aqueles que possam transitar em via pública, diretamente ou mediante convênio.máquinas agrícolas

Fonte: Massey Ferguson/divulgação

A plataforma foi implementada para adequar os equipamentos agrícolas à legislação de trânsito do Brasil. Dessa forma, o registro permitirá o trânsito destes veículos em vias públicas, sem risco de cobrança de multas.

É importante ressaltar que, além do registro via ID Agro, para transitar com trator agrícola em via pública, o veículo deve estar em conformidade com as dimensões estabelecidas pela Resolução 454/2013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ou seja, altura máxima de 4,40 metros, largura de até 2,80 metros e comprimento de até 15 metros, além de o condutor possuir carteira de motorista tipo B, C, D ou E.

Outros benefícios do sistema para o produtor são segurança e facilidade para processos de contratação de seguro, financiamento e acesso a crédito.

Segundo o coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Ribeiro, o ID Agro também será um estímulo à comercialização de tratores usados pela possibilidade do bem ser dado como garantia.

“Em geral, instituições financeiras exigem que o produtor contrate o seguro quando tratores e máquinas agrícolas são adquiridas por meio de financiamento, mas, muitas vezes, o produtor não renova esse seguro por conta dos custos”, esclarece.

Ainda, a ferramenta trará mais segurança em relação a roubos e furtos, uma vez que a própria plataforma conta uma central de mensagens e será integrada com o sistema de segurança pública.

Como funciona o registro

Para obter o registro, o produtor deve fazer o download do aplicativo ID Agro, disponível para iOS e Android, e realizar seu cadastro a partir da inserção de dados pessoais (nome, CPF, endereço, e-mail e telefone).

No caso de veículos usados, o produtor deve informar os dados do bem a ser registrado, como número de chassi ou de série, tipo do veículo e marca. Feito isso, basta procurar uma concessionária autorizada, com os documentos originais do proprietário e nota fiscal em mãos, para análise do veículo. Somente as agências autorizadas poderão fazer o registro. Caso o equipamento seja novo, a própria concessionária faz o registro e o vincula ao produtor que comprou.

Após o registro via aplicativo, o produtor tem acesso ao documento do Registro Nacional de Máquinas Agrícolas (Renagro) – equivalente ao Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) dos demais.

O produtor também recebe um QR Code de uso opcional, que pode ser colado no veículo para facilitar as fiscalizações.

Caso o trator ou outra máquina agrícola esteja transitando em via pública e não tenha o Renagro, estará sujeito às mesmas medidas administrativas aplicadas aos veículos de passeio que transitam sem o CRLV. Além do acesso ao documento, o aplicativo do ID Agro possui algumas funcionalidades, como ficha completa dos veículos registrados (proprietário, características, números identificados, localização e histórico de proprietários), central de mensagens e comunicação de sinistro.

Fonte: Canal Rural

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Como as florestas podem se adaptar às mudanças climáticas e permanecer como sumidouros de carbono a longo prazo

Enfrentando as mudanças nas condições climáticas, os especialistas florestais estão adaptando suas atividades para melhorar o sequestro de carbono das florestas a longo prazo e diminuir as emissões das operações florestais.

Uma parte sumidouro, outra parte emissor, a relação floresta-carbono tem dois sentidos. Entre 2001 e 2019, as florestas do mundo absorveram o dobro da quantidade de dióxido de carbono que liberaram na atmosfera. À medida que o mundo procura reduzir as emissões de gases de efeito estufa, os especialistas florestais estão implementando medidas para melhorar a sustentabilidade florestal e inclinar ainda mais a balança para o sequestro, mas enfrentam novos desafios de um clima em mudança.

Florestas como sumidouros de carbono

As florestas absorvem carbono da atmosfera por meio da fotossíntese, armazenando o carbono em uma ampla variedade de biomassa, incluindo árvores vivas, árvores mortas, solos e até árvores colhidas. Por exemplo, produtos de madeira duráveis, como madeira usada em residências, podem armazenar carbono por mais de 100 anos e até mesmo produtos de papel de curta duração podem reter carbono durante seu ciclo de vida, inclusive por meio de várias rodadas de reciclagem.

É por isso que Petri Heinonen , especialista em meio ambiente da UPM Forest, acredita que “de todos os ecossistemas terrestres, as florestas são as mais importantes no combate às mudanças climáticas”. Embora ele também observe que “as florestas não são absolutamente seguras para o carbono”. Da respiração natural e decomposição às atividades induzidas pelo homem, como o desmatamento, as florestas podem ser emissoras líquidas de carbono. Como essas emissões ocorrem em intervalos de tempo variados – ou seja, a decomposição natural da vegetação florestal leva décadas, enquanto a combustão de um incêndio leva segundos – as ações que os especialistas florestais tomarem agora terão um impacto duradouro no balanço de carbono das florestas a longo prazo.
 

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A madeira usada na construção pode armazenar carbono por mais de 100 anos.
Foto: UPM

A importância das florestas manejadas de forma sustentável

Alcançar um balanço líquido positivo de carbono é uma parte crucial do manejo florestal sustentável e Heinonen sustenta que “o espaçamento da madeira e a fertilidade do solo são os fatores mais importantes. Quando as florestas estão na densidade ideal, elas absorvem mais carbono. Portanto, quanto mais fértil a floresta, maior o volume de madeira, mais carbono sequestrado.”

Como tal, os especialistas florestais empregam táticas de silvicultura para incentivar o crescimento sustentável da floresta. “Nosso objetivo é dar às árvores maiores e mais vigorosas mais espaço para crescer”, diz Heinonen. “Quando têm espaço e menos competição por nutrientes e luz, crescem mais rápido e em maior volume. Portanto, removemos árvores menores, mas que ainda competem, e cortamos os povoamentos quando atingem o ponto culminante do crescimento [de 60 a 100 anos na Finlândia, dependendo da fertilidade do local]”.

Além disso, a UPM mantém florestas em diferentes idades para que haja uma colheita constante e regular e aumente a resiliência com o uso de fertilizantes e mudas geneticamente selecionadas. Por exemplo, Heinonen explica que quanto maior a diversidade, maior a resiliência. “Na Finlândia, aceitamos todas as espécies de árvores que podem crescer no ambiente natural e tomamos a decisão de dobrar o volume de árvores de folha larga para melhorar a resiliência da floresta para lidar com problemas como seca e pragas.”
 

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Na Finlândia, a UPM decidiu dobrar o volume de árvores de folha larga para melhorar a resiliência da floresta.
Foto: UPM

Adaptação às mudanças climáticas

Melhorar a resiliência da floresta é particularmente importante à medida que o clima muda. Na Finlândia, “projeta-se que as temperaturas médias aumentem de 1,5 a 2°C no inverno e de 1 a 1,5°C no verão entre 2020 e 2050”, de acordo com Kimmo Ruosteenoja , especialista em clima do Instituto Meteorológico Finlandês (FMI). “Ao mesmo tempo, a precipitação no inverno aumentará de 0 a 12% e a radiação solar poderá aumentar em 2% no verão.”

“As mudanças climáticas terão efeitos positivos e negativos nas florestas”, diz Marcus Lindner , cientista principal do Programa de Resiliência do Instituto Florestal Europeu (EFI). “Na Finlândia, as temperaturas são atualmente um fator limitante, então as florestas finlandesas provavelmente absorverão mais carbono com temperaturas mais altas, mas distúrbios como incêndios, tempestades e infestações de besouros também se tornarão mais frequentes e intensos, o que pode danificar as florestas e levar a uma perda temporária de carbono. A precipitação e a distribuição das chuvas também serão um fator importante.”

Para Lindner, é imperativo melhorar a resiliência das florestas para se preparar para as mudanças climáticas imprevistas. Ele recomenda “usar florestas mistas em vez de povoamentos puros e plantar espécies que possam viver naquele clima”, além de “usar a madeira para fins adicionais, como construção, para maximizar o potencial de mitigação climática das florestas”.
 

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Em uma cadeia de suprimentos sustentável, nenhuma matéria-prima é desperdiçada.
Foto: UPM

Sustentabilidade além da floresta

A sustentabilidade não para na fronteira florestal e os especialistas florestais também devem procurar maneiras de melhorar a sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos. Na UPM, Heinonen explica como nenhuma matéria-prima é desperdiçada. “Os maiores caules vão para as serrarias e são usados ​​principalmente na construção civil. As árvores de pequeno diâmetro seguem para as fábricas de celulose e papel. Todo o material extra da serraria é levado para a fábrica de celulose e até a casca é utilizada em caldeiras de energia para as fábricas.”

Além disso, Heinonen diz que a UPM tem feito esforços para reduzir as emissões em 30% até 2030, diminuindo as emissões operacionais – ou seja, substituindo combustíveis fósseis por fontes renováveis ​​sempre que possível – e reduzindo as emissões de transporte. “Estamos tentando obter dados de emissão mais direta de empresas de transporte para que possamos começar a gerenciar a redução deles.”

Quando se trata de silvicultura sustentável, não existe uma abordagem de tamanho único, mas reservar um tempo para se adaptar agora terá consequências de longo alcance no futuro.

Fonte: UPM

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Plano promete agilizar implementação do Código Florestal em imóveis rurais

O RegularizAgro vai propor medidas e estratégias para o cumprimento das diretrizes da regularização ambiental nas propriedades rurais

O governo federal anunciou que vai instituir o Plano Nacional de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais (RegularizAgro), com o objetivo de desenvolver um plano de ação governamental entre a União e os estados para avançar na agenda da regularização ambiental em todos os biomas brasileiros, em conformidade com o Código Florestal.

O decreto que institui o RegularizAgro foi assinado nesta terça-feira (29) pelo presidente Jair Bolsonaro e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante a cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural a famílias assentadas do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã (MS).

O RegularizAgro vai propor medidas e estratégias para o cumprimento das diretrizes da regularização ambiental nas propriedades rurais, estabelecendo um ambiente de segurança jurídico-institucional, de governança pública e articulação setorial necessários ao cumprimento efetivo do Código Florestal.

O Plano também prevê a criação de estrutura de governança formal, com a instituição de um Comitê Gestor e de Câmaras Técnicas, que poderão contar com a participação de especialistas no tema, para a definição de instrumentos normativos e técnicos.

“O RegularizAgro vai promover a integração de dados e sistemas para a efetiva regularização ambiental dos imóveis rurais, contribuindo também para o combate ao desmatamento ilegal e o cumprimento dos acordos firmados no âmbito dos Programas de Regularização Ambiental. A estruturação do RegularizAgro vai possibilitar a construção de um planejamento estratégico de governo, visando contribuir com a agenda de regularização ambiental, em conformidade com o Código Florestal”, explica o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Pedro Neto.

Criado em 2012, o Código Florestal Brasileiro dispõe sobre a proteção da vegetação nativa em todo o território nacional e criou o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituindo o Programa de Regularização Ambiental e o Programa de Apoio e Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente.

Atualmente, mais de 6,5 milhões imóveis rurais estão cadastrados, totalizando uma área de 618 milhões de hectares, o que representa 72% do território nacional. No entanto, apenas 18,7 mil cadastros já tiveram a análise da regularidade ambiental concluída.

As Unidades Federativas são as principais responsáveis pela regularização ambiental das propriedades rurais no âmbito do Código Florestal, com a realização de todo o processo de análise e cancelamento do CAR e aprovação dos Programas de Regularização Ambiental. Nos últimos anos, foram desenvolvidas ferramentas de análise dos cadastros, como o Módulo de Análise Dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (AnalisaCAR).

Para dar maior dinamização aos processos de análise dos registros do CAR, o RegularizAgro vai priorizar o aperfeiçoamento do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), garantido a interoperabilidade com outros sistemas correlacionados e com os estados. “Este Plano pode exercer papel central na articulação de esforços entre União e estados, garantindo um caminho de consenso entre os membros para avançar na implementação da legislação”, avalia o diretor do SFB.

Comitê Gestor

O RegularizAgro será elaborado e aprovado por um Comitê Gestor, composto por representantes do Mapa, do Ministério do Meio Ambiente, da Embrapa, do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) e da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). Os membros do Comitê deverão ser indicados em até 30 dias após a publicação do Decreto.

O Plano deverá ser apresentado em um prazo de até 180 dias a partir da publicação do decreto. A proposta é que ao longo deste período os diversos atores sejam ouvidos e envolvidos neste processo garantindo que o Plano gere um amplo entendimento quanto aos próximos passos para implementação da legislação.

Fonte: Canal Rural

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Mariana Lisbôa é a nova presidente da ABAF – Associação Baiana das Empresas de Base Florestal

Líder Global de Relações Corporativas da Suzano S.A., a advogada com longa experiência na área ambiental Mariana Lisbôa acaba de assumir a presidência da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF). Esta é a primeira vez que uma mulher assume a presidência da associação que acaba de completar 18 anos (março de 2022).


“Em nome da Suzano e de todas as empresas associadas que me indicaram, agradeço a honra de presidir a ABAF que representa o setor de florestas plantadas na Bahia. Este setor, entre outras contribuições econômicas, sociais e ambientais, é hoje referência mundial em sequestro de carbono, contribuindo de forma substancial para minorar os impactos das mudanças climáticas, melhorando a qualidade de vida das pessoas – especialmente nas regiões mais distantes dos grandes centros – e do planeta”, declarou.
A nova presidente da ABAF integrou a delegação da Suzano na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) que aconteceu em 2021, em Glasgow, na Escócia.

O encontro reuniu líderes mundiais para discutir as metas climáticas do Acordo de Paris, assinado em 2015, bem como as novas ambições a serem propostas, com o objetivo de zerar as emissões de carbono até 2050. “O objetivo do setor na COP foi engajar os negociadores governamentais brasileiros para que o Brasil apresentasse metas ambiciosas e ações práticas para redução das emissões de gases de efeito estufa a curto e médio prazos. E esse objetivo foi alcançado”, disse Mariana.


Presença feminina – Mariana Lisbôa também celebra sua conquista na presidência da ABAF lembrando que, tanto o setor florestal, quanto a Suzano, vem investindo em projetos de incentivo e ações que contribuem para aumentar a presença das mulheres em todas as áreas e níveis hierárquicos.

O Panorama de Gênero do Setor Florestal 2021, da Rede Mulher Florestal, é um documento com dados de mais de 90 mil pessoas que atuam no setor florestal, com informações sobre diferenciação salarial por gênero, levantamento de práticas voltadas aos pilares de diversidade, entre outros. A pesquisa mostra o aumento da participação feminina no setor, sendo que 89,5% das organizações ouvidas estão comprometidas com assuntos relacionados à diversidade e à inclusão, e 86,1% adotam mecanismos confidenciais e eficazes para denunciar e eliminar casos de assédio sexual e discriminação com base no sexo, estado civil, maternidade/paternidade ou orientação sexual.

A Suzano, referência global em bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, ampliou em mais de 50% número de mulheres atuando na companhia nos últimos dois anos. A companhia passou de 2.131 colaboradoras na empresa em 2019 para 3.206 mulheres em 2022. A empresa entende que há uma trajetória de transformação e evolução a ser percorrida para aumentar a representatividade de mulheres e tem realizado diversas ações para isso.

A ABAF representa as empresas de base florestal do estado e seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos. Por isso, a ABAF fomenta a pesquisa, investe na tabulação de dados, como o relatório Bahia Florestal. A indústria de base florestal usa madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, celulose solúvel, papel, ferro liga, madeira tratada, energia, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. A madeira utilizada é plantada e é matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente. Associados: Bracell, Caravelas Florestal, ERB, Ferbasa, Floryl, JSL, Komatsu, Proden, Suzano, Venturoli, Veracel e 2Tree. Coopera com quatro regionais – Aiba, Aspex, Assosil, Sineflor – as quais vinculam pequenos e médios produtores e processadores de madeira locais.

Fonte: ABAF

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