Maringá vai construir novo quartel do Corpo de Bombeiros em madeira engenheirada
Até o final deste ano deverá estar pronto o projeto técnico do quartel do Corpo de Bombeiro Militar que será construído no novo Centro Cívico de Maringá, na área do antigo aeroporto, em Maringá, segundo informou o comandante do 4º. Comando, coronel Rogério de Lima Araújo, ao participar de uma série de entrevistas promovida nesta segunda-feira, 23, pela Rádio CBN Maringá sobre o Centro Cívico.
Segundo o comandante, com o projeto pronto e aprovado, a Secretaria de Segurança Pública poderá licitar a obra no ano que vem.
Araújo elogiou a localização e adiantou que a Secretaria de Segurança do Paraná já dispõe de um projeto, porém o Comando-Geral dos Bombeiros está fazendo adaptações para atender às necessidades locais.
A construção, que será modular, vai abrigar tanto o 4º. Comando, quanto um posto para atendimento direto à população.
O CRBM tem abrangência sobre 115 municípios do noroeste paranaense, onde atuam os grupamentos de Maringá, Paranavaí, Cianorte e Umuarama.
‘Carbono negativo’
O quartel que será construído inteiramente em madeira engenheirada, sendo a primeira unidade de bombeiros no Brasil a utilizar esta tecnologia que está revolucionando a construção civil na Europa e Estados Unidos.
O comandante Geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, esteve pessoalmente na Suécia e Áustria para conhecer o emprego da madeira engenheirada na construção civil e se diz surpreso com as vantagens deste material sobre a alvenaria. Segundo ele, vigas, lajes, pilares e mesmo paredes em madeira engenheirada superam o concreto, inclusive no quesito segurança.
Inovação & sustentabilidade
O projeto faz parte de um plano mais amplo para reestruturação administrativa. Maringá deve iniciar nos próximos meses a construção de um novo Centro Cívico, com um projeto que promete transformar a dinâmica administrativa da Cidade. De acordo com o prefeito Silvio Barros, o novo Paço Municipal, que será erguido na área do antigo aeroporto, terá até 20 andares e será construído com estrutura de madeira engenheirada. Segundo ele, durante entevista, a proposta é que o prédio seja “carbono negativo”, ou seja, que sequestrará mais carbono do que emitirá ao longo de sua vida útil.
A Prefeitura local está realizando um levantamento detalhado das secretarias que funcionam fora da atual sede e dos setores com potencial para operar remotamente. O objetivo é reduzir a área construída, mas ampliar a oferta e a eficiência dos serviços públicos, incluindo atendimento digital 24 horas por dia. “A ideia é diminuir a área necessária e aumentar a prestação de serviço”, destacou o prefeito.
Araucária de 750 anos derrubada por temporal é clonada e plantada em Curitiba
A muda é fruto de uma pesquisa inédita da Embrapa Florestas
Em homenagem ao Dia Nacional da Araucária, comemorado nesta terça-feira (24), o governador em exercício Darci Piana e o secretário de Desenvolvimento Sustentável Rafael Greca realizaram o plantio simbólico de uma muda clonada de araucária nos jardins do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual em Curitiba.
A muda é fruto de uma pesquisa inédita da Embrapa Florestas, que conseguiu clonar uma Araucaria angustifolia de aproximadamente 750 anos que tombou em Cruz Machado, no Sul do Paraná, durante um forte temporal em 2023. A árvore histórica, com 42 metros de altura e 36 metros de tronco, era considerada a maior do estado e um dos principais pontos turísticos do município.
Araucária era ponto turístico
Com forte valor simbólico e cultural, a árvore atraía visitantes de várias regiões do Brasil. Segundo a prefeitura de Cruz Machado, sua perda foi considerada irreparável, marcando o fim do ciclo de um símbolo da história paranaense. A última postagem sobre a araucária nas redes sociais do município, feita em outubro de 2023, teve um alcance de mais de 67 mil pessoas.
Desafios para gerar clone da Araucária
A clonagem de uma planta tão antiga apresentou grandes desafios, pois a regenerabilidade de tecidos de árvores idosas é reduzida. No entanto, o pesquisador conseguiu produzir quatro mudas de tronco, preservando o DNA da árvore original. “Resgatar uma araucária tão antiga e cloná-la com sucesso é uma conquista científica”, comemora o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling.
Por serem originárias de tecidos adultos, as mudas clonadas irão originar árvores de porte menor mas que começam a produzir pinhão mais cedo do que uma árvore convencional, o que pode beneficiar produtores rurais interessados no uso sustentável da espécie. O pinhão, além de ser um alimento tradicional, tem valor comercial crescente e pode representar uma fonte de renda adicional para agricultores.
Informações: Bem Paraná.
MSGás investe R$ 160 milhões em gasoduto para atender fábrica da Arauco
Contrato de 20 anos prevê fornecimento de gás natural à indústria de celulose em Inocência
A Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás) finalizou o projeto do novo ramal de gás natural que abastecerá a futura fábrica de celulose da Arauco, em Inocência. O contrato com a multinacional chilena, com vigência de 20 anos a partir de 2027, deve gerar R$ 1,2 bilhão em receita. A obra integra o plano de expansão da companhia e marca novo passo na interiorização do gás no Estado.
Com investimento estimado em R$ 160 milhões, o gasoduto terá 125 quilômetros e ligará Três Lagoas a Inocência, passando pelas rodovias MS-320 e MS-377. A licitação para aquisição dos tubos foi lançada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (30) e as propostas podem ser enviadas até 14 de julho. A CEO da MSGás, Cristiane Schmidt, afirmou que a iniciativa consolida a atuação da empresa no “Vale da Celulose” e reforça a aposta no gás veicular para o transporte de cargas.
“Estamos preparados para atender a alta demanda do setor florestal e ampliar o fornecimento de GNV em corredores logísticos. Essa é nossa segunda grande parceria no polo de celulose, após o contrato com a Suzano, em Ribas do Rio Pardo”, disse Schmidt. O diretor Técnico e Comercial da companhia, Fabricio Marti, destacou que o projeto envolve grandes aportes em infraestrutura e fortalece o papel do Estado na inovação industrial.
As obras devem começar em maio de 2026. Além de atender à Arauco, o gasoduto pode beneficiar municípios como Água Clara e Aparecida do Taboado. Atualmente, a MSGás possui uma rede de 530 quilômetros, com mais de 24 mil clientes, fornecendo gás natural aos setores residencial, comercial, industrial, de cogeração e GNV em Campo Grande e Três Lagoas.
Informações: Capital News.
Reflorestar neutraliza contrato com crédito de carbono
A empresa é a primeira do setor florestal a neutralizar contrato de prestação de serviços, reforçando seu compromisso com a descarbonização e com a agenda ESG
A Reflorestar Soluções Florestais é a primeira prestadora de serviços florestais do país, com atuação desde a silvicultura até a logística, a neutralizar integralmente as emissões de carbono de um contrato. A ação é resultado de um inventário completo de Gases de Efeito Estufa (GEE), seguido da aquisição de créditos de carbono certificados e metodologia internacionalmente reconhecida, reforçando o compromisso de operação ambientalmente responsável da empresa.
A neutralização foi realizada com base em um contrato de carregamento de madeira executado no Sul da Bahia em 2022. Para isso, a Reflorestar conduziu um inventário voluntário das emissões, utilizando a metodologia reconhecida internacionalmente do GHG Protocol, com consultoria ambiental registrada e certificação da plataforma Verra.
“Realizamos a nossa primeira compensação de crédito de carbono. Isso representa para nós mais do que um compromisso ambiental, é uma sinalização clara de que a Reflorestar está preparada para atender as demandas de um mercado que valoriza a sustentabilidade. Este é um passo importante para novos negócios e um exemplo do que queremos replicar em outros contratos”, afirma Igor Dutra de Souza, diretor florestal da empresa.
Inventário rigoroso e metodologia reconhecida
O levantamento contabilizou as emissões dos três escopos: emissões diretas (como a queima de combustível na frota própria), emissões indiretas (como o consumo de energia elétrica) e emissões de terceiros (como transporte e descarte de resíduos). O principal fator de emissão foi o consumo de combustível em veículos operacionais. No total, foram neutralizadas 2.268 toneladas de CO₂ equivalente.
“Acreditamos que medir e compensar nossas emissões é um compromisso com o presente e com o futuro. A neutralização desse contrato é resultado de um trabalho técnico criterioso, com base em dados confiáveis e metodologias transparentes. É uma entrega concreta da nossa política de segurança, qualidade e meio ambiente”, destaca André Henrique de Paula, gerente de Segurança e Qualidade da Reflorestar.
Compensação em projeto certificado e alinhado aos ODS
Os créditos de carbono adquiridos pela Reflorestar foram investidos no projeto BAESA, que gera energia limpa e é certificado por sua contribuição efetiva à mitigação das mudanças climáticas. O projeto já é um ativo em operação e está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como o ODS 7 (energia limpa e acessível), 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 13 (ação contra a mudança global do clima) e 15 (vida terrestre).
Desde 2021, a Reflorestar vem investindo em tecnologia e eficiência energética com foco na redução das emissões. Com esse movimento pioneiro, pretende inspirar outras empresas do setor a adotar práticas semelhantes.
“A neutralização de carbono deixa de ser uma tendência e passa a ser um diferencial competitivo. Queremos que esta iniciativa se torne referência. A Reflorestar está comprometida com o desenvolvimento sustentável e com um modelo de operação que gere impacto positivo em todos os sentidos: ambiental, social e econômico”, conclui Igor Souza.
Sobre a Reflorestar
Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.
Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .
Expedição de papelão ondulado totaliza 360.612 toneladas em maio de 2025 – recorde de expedição para o mês
O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO)
subiu 1,6% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 160,6 pontos
(2005=100).
Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou
de 360.612 toneladas no mês. Este é maior volume expedido no setor para o mês de maio desde
o início da série em janeiro de 2005, alcançando pela primeira vez o patamar de 360 mil toneladas.
Por dia útil, o volume de expedição foi de 13.870 toneladas, uma queda de 2,3% na comparação
interanual, em que maio de 2025 registrou um dia útil a mais do que em 2024 (26×25 dias úteis).
Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de maio registrou queda de 0,2% no IBPO,
para 157,6 pontos, equivalentes a 353.125 toneladas. Na mesma métrica, a expedição por dia útil
foi de 13.582, um recuo de 7,9% na comparação com o mês anterior.
Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato com empapel@empapel.org.br.
Elaboração: FGV IBRE / Imagem: divulgação.
Greenplac lança Projeto ‘Greenplac por Águas Mais Limpas’
Projeto contínuo visa conscientizar a população sobre a importância da preservação do Rio Verde, em Água Clara (MS)
Durante a Semana do Meio Ambiente, a Greenplac — fabricante de MDF — lançou a primeira edição do projeto “Greenplac por Águas mais Limpas”, uma iniciativa voltada à preservação do Rio Verde, em Água Clara (MS), município que abriga a planta industrial da empresa.
Cerca de 100 voluntários participaram da ação, incluindo colaboradores da Greenplac, moradores locais e representantes da Associação Unidos pelo Rio Verde (AURV). Aproximadamente 1 tonelada de resíduos das margens do rio foi retirada, contribuindo para a limpeza e preservação do ecossistema local. Foram necessários 13 barcos para auxiliar a equipe.
Além dos resíduos retirados das margens do Rio Verde, a ação busca conscientizar a população para o descarte correto diminuindo os impactos ambientais, causados pela ação humana. O projeto contou com a coordenação de Bianca Lemes e empenho de todo o departamento de Meio Ambiente da Greenplac.
“Mais do que uma ação pontual, este projeto nasce com o propósito de se tornar contínuo, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade e a conscientização ambiental“, afirmou Laís Carelo, Gerente de Marketing da Greenplac, empresa que pertence à holding Colpar Brasil.
A preservação do Rio Verde é essencial não apenas para a biodiversidade local, mas também para a qualidade de vida da comunidade que depende de seus recursos. A Greenplac pretende realizar novas edições do projeto, tornando-o contínuo, de modo a envolver cada vez mais a população na conscientização e por meio de ações para um meio ambiente mais saudável.
A empresa adota, desde a sua fundação, processos de responsabilidades sociais e ambientais, como o Projeto Horta Green, com uma horta desenvolvida para a produção de alimentos orgânicos e frescos para instituições locais e colaboradores, em Água Clara; Projeto Flora MS, com plantações de mudas; o Design Circular, que doa para ONGs e instituições profissionalizantes o material usado após a realização de eventos de revestimentos e demonstração de produtos; e o reflorestamento com a própria floresta de 18 mil hectares de eucalipto, matéria-prima dos MDFs fabricados pela empresa.
Avistamento de onça-parda reforça qualidade ambiental das áreas florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul
Espécie foi registrada durante as primeiras campanhas de monitoramento da fauna silvestre em Ribas do Rio Pardo (MS)
A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, registrou a presença de uma onça-parda (Puma concolor) em uma de suas áreas de manejo no município de Ribas do Rio Pardo (MS), por meio do Programa de Monitoramento da Fauna Silvestre em sua Unidade de Negócio Florestal (UNF) em Mato Grosso do Sul. O avistamento da espécie, considerada um dos maiores felinos das Américas, reforça a qualidade ambiental das áreas florestais da companhia e evidencia a importância das práticas de conservação adotadas pela empresa no estado.
“Além de ser um belo registro, trata-se de um forte indicativo de que nossas áreas florestais oferecem condições adequadas à presença de grandes predadores, evidenciando um ecossistema funcional e equilibrado. Em linha com o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, a ocorrência da onça-parda, que depende de grandes áreas com vegetação nativa e disponibilidade de presas, demonstra a efetividade das nossas práticas de manejo sustentável e nosso compromisso com a conservação da biodiversidade local”, destaca Ana Luiza Reis Rosa Vaz, coordenadora de Sustentabilidade da Suzano.
O monitoramento da fauna foi intensificado em maio na região de Ribas do Rio Pardo com o objetivo de confirmar a ocorrência de espécies de anfíbios, aves, répteis e mamíferos de médio e grande porte nas áreas sob manejo da companhia. Esses grupos são considerados bioindicadores da qualidade ambiental, pois respondem de forma sensível a alterações no habitat.
A atividade está sendo conduzida por consultores da Casa da Floresta Ambiental e contribui para o levantamento da riqueza e da abundância relativa das espécies, além de fornecer dados essenciais para a avaliação dos efeitos do manejo florestal sobre a biodiversidade.
Onça-parda
Também conhecida como suçuarana, a onça-parda é um animal solitário, que só vive em grupo durante o período de acasalamento ou quando a fêmea está com filhotes. É uma espécie extremamente ágil e capaz de realizar saltos impressionantes: até 5,5 metros na vertical e mais de 10 metros na horizontal. Mesmo sendo um grande felino, ela não ruge. Sua comunicação é feita por meio de marcas de cheiro e linguagem corporal, o que a torna uma caçadora silenciosa e discreta.
Os filhotes da onça-parda nascem com manchas pelo corpo, que desaparecem conforme o crescimento. Outro comportamento notável é sua capacidade de armazenar alimento: o animal costuma enterrar presas para consumi-las posteriormente, o que garante sua sobrevivência mesmo em períodos de escassez.
Conservação
Além do programa próprio de monitoramento da fauna, a Suzano também firmou uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) para a conservação do macaco-prego-do-papo-amarelo (Sapajus cay), espécie-chave do Cerrado. A iniciativa está sendo realizada na região de Três Lagoas (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) e envolve um estudo sobre o comportamento e distribuição do primata em fragmentos florestais da empresa. O projeto terá duração de dois anos e é coordenado pelo professor José Rímoli.
Outro exemplo dos esforços da Suzano na conservação da biodiversidade é a parceria com o ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) para monitorar o comportamento do tatu-canastra (Priodontes maximus), o maior tatu do mundo, em áreas da empresa no leste de Mato Grosso do Sul. O projeto “Canastras e Eucaliptos” começou em abril do ano passado e, desde julho, realiza trabalhos de campo com reconhecimento de área, identificação de vestígios e instalação de armadilhas fotográficas. A primeira captura do animal para monitoramento detalhado ocorreu neste ano, marcando um avanço nas estratégias de proteção da espécie.
Corredores de biodiversidade
A iniciativa de conservação da biodiversidade nas Unidades Florestais da Suzano faz parte do Compromisso Suzano de Conservar a Biodiversidade. Este compromisso visa conectar mais de 500 mil hectares de fragmentos de áreas prioritárias para conservação por meio de corredores ecológicos no Brasil, incluindo biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Em Mato Grosso do Sul, a iniciativa prevê ações de restauração ambiental em seis municípios (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas).
Sobre a Suzano
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br
Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da Suzano e empresas parcerias, e segue com inscrições abertas com foco em inclusão social e diversidade
A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em parceria com o SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), tem colaborado para fomentar a qualificação profissional e a geração de emprego em Três Lagoas (MS). A ação integra o Programa Escola de Motoristas, que já formou 57 motoristas profissionais para atuarem no setor. Desse total, 27 motoristas foram contratados pela própria Suzano ou por empresas parceiras para atuarem nas operações florestais na região após a conclusão do curso, o que corresponde a um índice de aproveitamento de 47,37%.
“O Programa Escola de Motoristas é um exemplo prático de como podemos colaborar com a transformação social por meio da qualificação profissional. Os resultados superaram nossas expectativas, com cerca de 50% dos formados contratados, além dos casos em que foram absorvidos por outras áreas da companhia ou pelo mercado. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, ao investir na formação de motoristas, aumentamos a eficiência das operações, reforçamos a segurança da população e contribuímos para a geração de trabalho e renda”, destaca Gustavo Henning, gerente de Logística Florestal da Suzano.
Superação pessoal
Uma das pessoas que tiveram a vida transformada pela formação é Jéssica da Silva Muniz, de 32 anos. Com o programa, ela realizou o sonho de infância: dirigir uma carreta. “Desde os sete anos, quando vi uma carreta pela primeira vez, me apaixonei e, desde então, dediquei minha vida a esse sonho. Antes disso, trabalhei no setor de limpeza por quatro anos, até tirar a habilitação D e começar a dirigir um ônibus escolar. Continuei me qualificando até obter a CNH categoria E, no dia 28 de novembro. Foi então que conheci o programa e me inscrevi. Não foi fácil, enfrentei muitos desafios, mas nunca desisti. Sempre acreditei, no fundo do coração, que chegaria até aqui e hoje estou na Suzano”, recorda.
Jéssica também destaca a importância da formação para ingressar no setor: “É uma qualificação excelente. Fiz simulador, aulas práticas e teóricas. Aprendi muito. Quero dizer a todos que têm o sonho de dirigir uma carreta: não desanimem e sigam em frente. A Escola de Motoristas da Suzano foi a porta de entrada para mim. Por meio do programa, saí qualificada e, mesmo após a contratação, a Suzano continua investindo na minha capacitação, com o apoio de padrinhos e motoristas másters da empresa”. Os motoristas másters citados por Jéssica integram um projeto interno de qualificação da empresa, no qual os recém-contratados recebem orientação e suporte de profissionais mais experientes.
O programa também foi a porta de entrada para Edson dos Santos Pires, 45 anos, ingressar no setor. Com mais de 10 anos como motorista de ônibus, ele enfrentava dificuldades para ingressar no transporte de madeira por falta de experiência na área. “O Programa Escola de Motoristas foi a porta de entrada que eu precisava. Acreditei, fiz a inscrição, fui chamado e abracei a oportunidade. O curso me abriu novos horizontes e me proporcionou o conhecimento que faltava. Hoje, estou realizado por trabalhar na Suzano, uma empresa que sempre admirei e que agora faz parte da minha história”, relata Edson.
Além de realizar um sonho antigo, Edson destaca que o programa pode transformar ainda mais vidas. “O programa não só me preparou para a profissão, como também me mostrou que, quando a gente acredita e se dedica, a oportunidade chega. Espero que outras pessoas aproveitem essa chance como eu aproveitei. Quem tiver um sonho, pode correr atrás, porque a Suzano está abrindo portas para transformar vidas”, completa.
Escola de Motoristas
Lançado em julho de 2024, o Programa Escola de Motoristas Profissionais Suzano e SEST/SENAT tem como meta qualificar 150 profissionais para atuarem na área de logística florestal da região. A primeira turma do projeto foi formada exclusivamente por mulheres. A iniciativa também contemplou, recentemente, uma turma formada exclusivamente por pessoas com deficiência.
Atualmente, está na quinta turma e segue com as inscrições abertas para todas as pessoas interessadas, com foco na promoção da inclusão social e igualdade de gênero. A formação é totalmente gratuita aos participantes, que, ao concluírem a escola, ainda recebem uma bonificação de cerca de R$ 1,4 mil.
Como se inscrever
As pessoas interessadas em ingressar no programa podem encaminhar suas dúvidas ou solicitar mais informações na sede do SEST/SENAT em Três Lagoas, pelo telefone (67) 2105-5300 ou pelo e-mail cursos.b088@sestsenat.org.br.
Sobre a Suzano
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br.
Brasil é reconhecido pelo trabalho de manejo de árvores cultivadas para fins industriais
Embaixador José Carlos da Fonseca Júnior fala sobre a sua atuação na Empapel, associação que representa os fabricantes de papel para embalagem, e na Indústria Brasileira de Árvores (Ibá)
O embaixador José Carlos da Fonseca Júnior (foto) fez longa carreira atuando como diplomata por quase quatro décadas. Na sua trajetória diplomática, ele ocupou diversas posições, no Brasil e no exterior. Foi embaixador do Brasil em Yangon, Myanmar, e ministro conselheiro em Nova Delhi, na Índia, além de ter servido duas vezes em Washington, nos Estados Unidos, em Ottawa, no Canadá, Maputo, em Moçambique, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em Santiago, no Chile, e Manila, nas Filipinas.
Na administração pública e na política, o embaixador Fonseca também foi deputado federal, representando o seu estado natal, o Espírito Santo, onde igualmente foi secretário da Fazenda e secretário chefe da Casa Civil. No Governo Federal, em Brasília, trabalhou no Departamento de Promoção Comercial e na Secretaria Geral do Itamaraty e, por duas vezes, no Ministério da Fazenda: como assessor especial do ministro Marcílio Marques Moreira (1991-1992), e como chefe de gabinete do ministro Pedro Malan (1996-1998).
No setor privado, José Carlos chegou à Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em abril de 2019, para ser seu diretor-executivo. Atualmente ele é diretor de Relações Institucionais da associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Na qualidade de diretor da Ibá, José Carlos também teve assento no Comitê Diretor do The Forests Dialogue (TFD), além de atualmente ser o vice-presidente do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA). Seu trabalho sempre foi muito elogiado pela seriedade e sobretudo pelo profissionalismo.
Entre dezembro de 2021 e dezembro de 2023, foi co-facilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, representando o setor privado na plataforma multissetorial com mais de 300 membros. Em setembro de 2023, tornou-se presidente-executivo da Empapel, associação que representa os fabricantes de papel para embalagem. Em julho de 2024, assumiu como presidente do Advisory Committee on Sustainable Forest-based Industry (ACSFI/FAO).
Como o senhor enxerga o papel da Empapel na transição para uma economia de baixo carbono nos próximos cinco anos, especialmente diante da pressão regulatória contra embalagens não recicláveis?
Vale contextualizar que atualmente tenho atuação direta em duas associações irmãs do setor de base florestal. Sou diretor de Relações Internacionais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação de quase 50 associados que trabalham desde o plantio de árvores com finalidades industriais até os múltiplos usos das fibras. Também sou presidente-executivo da Empapel – Associação Brasileira de Embalagens em Papel, que é uma associação que reúne cerca de 50 associados, entre empresas fabricantes de embalagens em papel/papel para embalagens, assim como cartonagens, que convertem chapas de papel/papelão ondulado em caixas. Então, juntas, ambas as associações possuem uma atuação em toda a cadeia, desde o plantio, até o produto final. As embalagens de papel, especificamente, vêm em um permanente avanço. Em 2024, a produção de papelão ondulado bateu recorde histórico e o papel-cartão avançou 14%. Entre os fatores impulsionadores, como questões conjunturais, não podemos deixar de mencionar o aumento da consciência ambiental da sociedade. Com origem renovável, biodegradáveis e altamente recicláveis, elas são alternativa natural a itens de origem fóssil. Uma embalagem de papel possui 45% de carbono estocado, que foi retirado da atmosfera em forma de gás, por meio da fotossíntese das árvores. Além disso, atualmente 58% do papel no Brasil é reciclado. Importante pontuar que as companhias souberam ler o cenário e antecipar este momento, podendo assim se preparar para atender a demanda crescente dos consumidores por papelão ondulado. Desde 2019 foram R$ 17 bilhões investidos em novas fábricas e modernizações, o que permite atender ao cliente de maneira ágil e sustentável. Assim, uma das missões da Empapel é apoiar as companhias, trabalhando na divulgação dos atributos sustentáveis das embalagens de papel; aproximando ainda mais o setor dos profissionais que decidem por qual embalagem comprar dentro dos brand owners (donos de marca); e estimulando a consciência ambiental no público final.
Agora à frente do ACSFI da FAO, quais prioridades o senhor pretende levar para o debate internacional e de que maneira isso pode abrir portas para as indústrias brasileiras de base florestal?
Importante destacar que o ACSFI (Advisory Committee on Sustainable Forest-based Industry) é um colegiado que representa o setor privado mundial, no âmbito da FAO (Organização da Agricultura e da Alimentação), um órgão especializado da ONU. Sua atuação visa a contribuir com as deliberações da FAO, que são enriquecidas por discussões sobre boas práticas, oportunidades e desafios para o setor privado de base florestal nos diversos países e regiões. Nosso objetivo é mapear potenciais sinergias e também gargalos, para que possamos trabalhar juntos na promoção do setor. Outra missão que tenho é a de mostrar ao mundo as especificidades de nosso modelos de negócios, em especial os sistemas de manejo florestal que desenvolvemos ao longo de décadas, nos chamados mosaicos florestais, que intercalam árvores cultivadas com florestas nativas preservadas. O Brasil, vale mencionar, é benchmark (ponto de referência) global no manejo sustentável de árvores cultivadas. Para cada hectare cultivado para fim industrial, outro 0,7 é conservado. Ou seja, colhemos e replantamos em mais de 10 milhões de hectares, enquanto preservamos praticamente 7 milhões de hectares. Além disso, por meio de muita ciência aplicada, conseguimos tornar nossas árvores mais produtivas. Enquanto o ciclo para colheita do eucalipto em outras regiões pode chegar até a 14 anos, aqui no país fica em torno de 6 ou 7 anos. Além disso, estamos fazendo mais com menos. Para se ter uma ideia do avanço, o eucalipto, na década de 1970, tinha produtividade média na casa dos 10 m³/ha/ano e, atualmente alcança 33,7 m³/ha/ano. Desse modo, um dos objetivos é também consolidar a posição de protagonismo do setor de base florestal brasileiro, atualmente já reconhecido, destacando igualmente os atributos socioambientais de nossas atividades, assim como o impacto positivo que o setor tem na vida das pessoas.
A Ibá projeta investimentos na ordem de R$ 105 bilhões no setor florestal até 2028. Quais tecnologias considera mais transformadoras para garantir retorno sobre esse volume de capital?
Estes são verdadeiros bioinvestimentos, direcionados para implantação de florestas, novas plantas industriais e modernização de unidades já existentes, além de P&D e logística. É um setor muito sólido, cujos investimentos são realizados de maneira perene, em ciclos longos e com muita segurança. Por exemplo, mesmo no período de forte recessão, entre 2016 e 2019, o setor teve investimentos de R$ 18 bilhões. Temos tido em média a abertura de uma nova fábrica a cada ano e meio, na contramão do processo de desindustrialização que, infelizmente, o Brasil vem atravessando. Por outro lado, esses aportes são bastante diversificados, seja do ponto de vista geográfico ou de segmento dentro de nossa indústria. Os dois maiores e mais recentes investimentos são no Mato Grosso do Sul, com Suzano e Arauco investindo em novas unidades fabris para produção de celulose. Vale um olhar especial para o estado que se mostra como a nova fronteira da celulose. O setor está transformando a realidade agroindustrial do MS, especialmente na chamada costa leste, tornando produtivas terras antes degradadas por outras culturas, levando emprego e renda. Há investimentos igualmente importantes no Rio Grande do Sul, por parte da CMPC, na modernização de sua planta que também produz celulose, para torná-la ainda mais sustentável. Em Santa Catarina, a Irani, que produz papelão ondulado e caixas, avança com seu Projeto Gaia, também de olho na modernização sustentável de suas operações. A Klabin, recentemente, inaugurou uma nova fábrica modelo em Piracicaba (SP) também para fabricação de papelão ondulado. No quesito embalagens, a Melhoramentos investiu em Camanducaia (MG), em um novo projeto para produção de embalagens de papel sustentáveis para acondicionar alimentos e com capacidade de ir direto para microondas ou freezer. Já no estado de São Paulo, em Lençóis Paulista, a Bracell fez aporte de olho na produção de papéis para higiene pessoal, mais um mercado em forte crescimento no país.
Também vale dizer que a Unilin está colocando recursos em uma nova fábrica para produção de pisos laminados no Paraná. Enfim, esse rápido panorama não exaustivo de alguns dos investimentos do setor comprova o comprometimento com a sustentabilidade e com o consumidor.
Diante do crescimento expressivo das startups de restauração florestal, como a Ibá e a Empapel pretendem colaborar com esse ecossistema de inovação para acelerar restauração, gerar empregos e qualificar créditos de carbono?
O core business do setor de base florestal é plantar árvores. Com investimento e muita capacitação profissional, nós nos tornamos uma referência em todas as etapas logísticas para cultivo – seleção de clones, melhoramento genético, viveiros, monitoramento e colheira. A Ibá está completando 11 anos em 2025 e todo esse conhecimento pulsa dentro da associação por meio das companhias que são associadas. Isso acabou atraindo a atenção de outras atividades como a silvicultura de espécies nativas. Hoje é possível tornar a restauração um modelo de negócio de diferentes frentes de monetização como mercado de carbono, pagamento por serviços ambientais, manejo para produção de madeiras, entre outros. Atualmente há empresas como a Symbiosis, que há anos desenvolveu seu business sustentado pelo replantio de espécies da Mata Atlântica no Sul da Bahia, com finalidade de produzir madeira de alta qualidade certificada e com rastreabilidade, além de crédito de carbono. Já outras empresas, como Biomas, Re.green, Mombak e Carbon2Nature, foram ao mercado captar e estão se estruturando como players no mercado de crédito de carbono ou serviços ambientais. Esta é uma demanda que tende a crescer e as companhias têm buscado a expertise que existe dentro da Ibá para aplicarem a seus negócios.
Entre as novas aplicações da celulose, como os biocompósitos e a celulose microfibrilada, quais despertam mais interesse do senhor e onde o Brasil pode ter uma posição de destaque?
Consideramos a árvore cultivada para fins industriais uma verdadeira biorrefinaria. Dali são produzidos mais de 5.000 bioprodutos. Nos últimos anos, devido a investimentos de longo prazo em P&D e inovação, os novos usos da madeira, da lignina e das fibras vegetais estão possibilitando vislumbrarmos itens ainda mais sustentáveis. A celulose solúvel já é matéria-prima alternativa às de fonte fóssil em diversos produtos, como pneus de alta performance, armações de óculos de acetato, tintas, entre outros. Destaque especial para as roupas: a viscose, produzida à base de celulose solúvel, já é responsável por mais de 7% da fabricação de tecidos no mundo. Já pelo lado da nanocelulose, temos um enorme campo para avançar. A celulose microfibrilada será responsável pela produção de fios têxteis com a utilização de menos água e menos químicos, em até 90%. A nanocelulose também possibilitará a substituição de camadas de plástico e alumínio em caixas de leite ou de suco, tornando-as ainda mais recicláveis e biodegradáveis. Enfim, há uma enorme avenida de possibilidades sustentáveis a partir da celulose.
Críticas ao setor florestal costumam apontar competição por terra e uso de água. Como o setor pode demonstrar, com dados concretos, que há espaço para produção responsável?
Como comentei, o Brasil é globalmente reconhecido pelo trabalho pioneiro, moderno e sustentável no manejo de árvores cultivadas para fins industriais. Trata-se de um setor que tem como premissa usar a terra de maneira inteligente, respeitar a natureza e cuidar das pessoas. Alguns mitos do passado vêm sendo desmentidos pela ciência. Se o cultivo de eucalipto e pinus fosse danoso para o solo ou o meio ambiente, teríamos que ser uma atividade nômade, o que não se confirma pela realidade de plantios estabelecidos há décadas nas mesmas áreas. O setor de árvores plantadas está em uma área de 10 milhões de hectares, muito menor do que os 88 milhões de hectares de terras degradadas no país (segundo a Universidade Federal de Goiás) ou dos 164 milhões de hectares destinados para a agropecuária no Brasil. Plantamos 1,8 milhão de árvores todos os dias no Brasil. Não há nada mais efetivo para sequestrar CO2 da atmosfera do que a fotossíntese vegetal. Portanto, partimos de uma contribuição muito significativa no combate às mudanças climáticas. Como mencionei, conservamos outros 6,9 milhões de hectares de mata nativa. O manejo em mosaico favorece a biodiversidade, que encontra nos corredores ecológicos local para abrigo, passagem em segurança, procriação ou alimentação. Fato é que no último levantamento da Ibá, as companhias identificaram em suas áreas mais de 3.000 espécies de fauna e flora. Até mesmo animais que estavam ameaçados de extinção encontraram nestes locais uma zona de segurança. Vale destacar que as áreas de plantio e de conservação, juntas, possuem um estoque médio de CO2 na ordem de 4,2 bilhões de toneladas. Além disso, estudo da Embrapa já comprovou que a substituição de outras práticas agrícolas, como pecuária por silvicultura, aumenta o estoque de carbono no solo. Também é possível indicar o compromisso do setor no monitoramento de mais de 50 microbacias espalhadas pelos locais de plantios. Por fim, não posso deixar de mencionar o importante papel social do setor, que gera mais de 2 milhões de oportunidades pelo Brasil, especialmente em locais distantes dos grandes centros e economicamente antes deprimidas.
Que competências serão essenciais nos próximos anos para os quadros técnicos e executivos do setor florestal? Como as entidades que o senhor lidera contribuem para essa formação?
Por tudo que foi comentado, o setor de base florestal demonstra enorme dinamismo e tem horizonte de crescimento. Como se trata de uma agroindústria, as oportunidades que se abrem são de diferentes níveis, tanto para trabalho no campo quanto em plantas fabris, em logística, comércio exterior e etc. Assim serão necessários profissionais para trabalhar em viveiros, com melhoramento genético, em maquinários altamente tecnológicos utilizados em plantio ou para colheita, assim como na indústria, que se mostra cada vez mais moderna e já começa a inserir Inteligência Artificial em seus processos. O papel das associações nesse contexto é apoiar as companhias do setor no diálogo com o governo e instituições capazes de criar soluções para formação de mão de obra qualificada para atender as necessidades atuais e futuras.
Que recado o senhor deixaria para os jovens empreendedores que veem nas florestas plantadas e nas embalagens de papel uma nova fronteira de inovação?
Se tem um setor que é contemporâneo de seu tempo e, ao mesmo tempo, está com os dois pés fincados no futuro, é o setor de base florestal. Os debates sobre sustentabilidade que hoje emergem na sociedade fazem parte do dia a dia das empresas de árvores cultivadas há anos. Este contexto, aliado aos expressivos investimentos anunciados e já em curso, evidencia seu potencial. Volto a utilizar o Mato Grosso do Sul como exemplo. Na região, estão sendo abertas vagas de empregos de diversos níveis. Junto a isso, a chegada de grandes companhias a locais economicamente deprimidos fomenta todos os setores de comércio e serviços do local. Apesar de ser um estado grande, a população não é numerosa. Desse modo, há diversas vagas de trabalho a serem preenchidas, num processo de atração ditado pelas novas oportunidades. Com este avanço da atividade, também há necessidade cada vez maior de mão de obra especializada e qualificada. Portanto, para os jovens que buscam trabalhar em um setor que está do lado certo da equação climática, sólido e com olhar no futuro, certamente a indústria de base florestal é o local certo.
Informações: Jornal de Brasília.
Construção do arranha-céu de madeira maciça ‘mais alto do mundo’ está em andamento
Começou a construção do Neutral Edison (The Edison), uma torre de madeira maciça de 31 andares no centro de Milwaukee, Wisconsin, EUA, que deverá se tornar o edifício “mais alto do mundo” desse tipo quando for concluído em 2026
O edifício atingirá uma altura de 110 m (362 pés) até 2026 e incluirá cerca de 350 unidades residenciais, espaço comercial no térreo e um nível de amenidades na cobertura.
Localizado no antigo local de um estacionamento de superfície na N Edison Street e no Rio Milwaukee, o projeto é liderado pela construtora Neutral, sediada nos EUA (anteriormente The Neutral Project), com a CD Smith Construction, sediada em Wisconsin, atuando como empreiteira geral.
Foi projetado pela Hartshorne Plunkard Architecture (EUA), com engenharia estrutural da Thornton Tomasetti (EUA) e madeira maciça fornecida pela Stora Enso (Finlândia) e Wiehag (Áustria).
O Edison ultrapassará a torre Ascent MKE de Milwaukee, atual detentora do recorde de edifício de madeira maciça mais alto do mundo, com 25 andares e 87 m; foi concluído em 2022. Uma vez concluído, o Edison ficará a menos de 1,6 km do Ascent MKE, o que significa que os dois arranha-céus de madeira maciça mais altos do mundo ficarão em uma área urbana de dez quarteirões.
Nenhum outro projeto de madeira em massa atualmente em construção confirmou planos para exceder a altura proposta por Edison, embora vários conceitos híbridos mais altos — como a torre Atlassian Central em Sydney, Austrália — permaneçam em vários estágios de desenvolvimento ou design.
Tanto a Ascent quanto a Edison contam com sistemas estruturais híbridos que incluem um núcleo de concreto combinado com madeira laminada cruzada (CLT) e elementos de madeira laminada colada para pisos e estrutura.
Assim como o Ascent MKE, o Edison exigiu considerações especiais de licenciamento, principalmente em relação a testes de incêndio e padrões de segurança de vida.
O custo total da construção deverá ser de aproximadamente US$ 200 milhões, com a CD Smith garantindo cerca de US$ 133 milhões em financiamento para iniciar a construção.
A previsão é de que seja aberto aos moradores e ao público em 2027.
O foco da construção sustentável da Neutral Edison
Em um comunicado anunciando a inauguração, a CD Smith e a Neutral posicionaram o empreendimento como um marco na construção sustentável, citando o potencial de armazenamento de carbono da madeira em massa e a redução da pegada ambiental em comparação com materiais convencionais de edifícios altos.
A Neutral está visando a certificação do Passive House Institute US (PHIUS) e a certificação do Living Building Challenge Core, colocando o projeto entre os arranha-céus mais ambiciosos ambientalmente atualmente em construção na América do Norte.
Os desenvolvedores acreditam que o sistema estrutural permitirá uma construção mais rápida, menor emissão de carbono e melhor qualidade do ar interno.
Além do desempenho dos materiais, o edifício contará com sistemas de climatização de alta eficiência, janelas com vidros triplos e um envoltório térmico projetado para superar os padrões de energia básicos. A Neutral afirmou que a abordagem reduzirá o consumo operacional de energia em até 50% em comparação com torres multifamiliares convencionais.
Informações: Construction Briefing.
Eucatex é reconhecida no World Finance Sustainability Awards 2025 como referência em práticas sustentáveis
Premiação destaca companhias ao redor do mundo que demonstram excelência ambiental, social e de governança corporativa
A Eucatex, uma das maiores fabricantes de painéis de MDF, MDP, pisos laminados e tintas do Brasil, e maior produtor mundial de chapas de fibra de madeira, foi reconhecida pela revista inglesa World Finance como uma das empresas líderes em sustentabilidade industrial na edição 2025 do World Finance Sustainability Awards. A premiação destaca, em diferentes categorias, companhias ao redor do mundo que demonstram excelência ambiental, social e de governança (ESG), reforçando o compromisso com práticas responsáveis e de longo prazo.
A seleção da Eucatex, na categoria Indústria Madeireira (Wood Industry), considera a trajetória de mais de 70 anos da companhia alinhada a princípios de economia circular, uso de matérias-primas renováveis — com destaque para os investimentos contínuos em reflorestamento próprio — e a busca por inovação com menor impacto ambiental em toda a cadeia produtiva. A empresa também se diferencia por manter um modelo integrado de produção e logística que prioriza eficiência energética, uso racional da água e redução de resíduos.
O Programa de Reciclagem Eucatex utiliza resíduos de madeira na geração de energia, evitando que toneladas de resíduos sejam despejadas em aterros sanitários, preservando 1 milhão de árvores por ano em suas áreas de reflorestamento e economizando 15 milhões de litros de água. Além disso, 50% da energia elétrica consumida pelas fábricas da Eucatex provêm da usina solar Castilho, a maior do estado de São Paulo, em parceria com a Comerc Energia.
“Receber esse reconhecimento internacional nos enche de orgulho e reforça que estamos no caminho certo. A sustentabilidade é um princípio da Eucatex desde a sua fundação, e seguimos empenhados em gerar valor com responsabilidade ambiental e social, contribuindo com as transformações que a indústria precisa liderar”, afirma José Antonio Goulart de Carvalho, vice-presidente executivo e de relação com investidores da Eucatex.
A World Finance é uma publicação britânica de prestígio internacional voltada à cobertura de negócios e finanças, que realiza anualmente a premiação com base em critérios técnicos, entrevistas e avaliação de especialistas em ESG de diferentes setores. A lista completa dos premiados pode ser acessada nesta página.
Sobre a Eucatex
Empresa genuinamente brasileira, com 73 anos de história e quase 3 mil funcionários, a Eucatex está presente em mais de 40 países, por meio de seus produtos. São seis fábricas, instaladas nos municípios de Salto e Botucatu (SP) e uma delas em Cabo de Santo Agostinho (PE). São mais de 100 famílias de produtos, distribuídas pelos segmentos da Construção Civil, Indústria Moveleira e Revenda Madeireira.
Em sete décadas, a companhia se firmou como uma das únicas no mercado com um portfólio completo de soluções, que inclui painéis MDF e MDP, pisos laminados, pisos Vinílicos/LVT, rodapés, portas, ripados, divisórias, tintas imobiliárias e chapas de fibras de madeira (da qual é a maior fabricante do Brasil e do mundo).
Seus produtos de base madeira (grande parte do portfólio) tem o eucalipto como matéria-prima, proveniente de florestas cultivadas e certificadas. Marcada pelo pioneirismo e habilidade de se adaptar às exigências dos novos tempos, a Eucatex instalou, em 2004, a primeira Linha de Reciclagem de Madeira em escala industrial, até hoje considerada a maior da América Latina. Em 2023, o Grupo assinou um contrato de compra de energia elétrica de longo prazo com o Grupo Comerc Energia, que permite utilizar energia solar para cerca de 50% da demanda da Eucatex, demonstrando o compromisso da Eucatex com a redução de suas emissões e a transição para uma economia mais sustentável.
Ano após ano a Eucatex reforça a sua missão de oferecer produtos práticos e eficientes para o bem-estar das pessoas, com respeito ao meio ambiente e à sociedade.
Informações: Sucesso S/A.
Programa oferece 560 vagas em cursos técnicos gratuitos para setor de celulose em MS
Os cursos são de Automação, Celulose & Papel, Eletrotécnica, Logística, Mecânica e Química
Com foco no desenvolvimento regional e no fortalecimento da cadeia produtiva da celulose, o programa “Abrace este Projeto” está com inscrições abertas para 560 vagas em cursos técnicos gratuitos em três municípios de Mato Grosso do Sul, Inocência, Paranaíba e Três Lagoas. A iniciativa é promovida pela Arauco, por meio do Projeto Sucuriú, em parceria com o Senai, e tem como objetivo preparar mão de obra qualificada para atuar em um dos setores que mais cresce no Estado.
Os cursos abrangem seis áreas estratégicas da indústria: Automação, Celulose & Papel, Eletrotécnica, Logística, Mecânica e Química. As aulas serão oferecidas nos períodos integral e noturno, de acordo com a disponibilidade de cada município. Os participantes também receberão com bolsas mensais de até R$ 1.500, garantindo apoio financeiro durante o período de formação.
De acordo com Arnaldo Milan de Souza, gerente de Pessoas do Projeto Sucuriú, a qualificação profissional é uma das frentes do investimento que a empresa tem feito na região. “Mais do que construir uma nova fábrica, estamos investindo em gente, em educação e em oportunidades que vão transformar vidas”, afirma.
O diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo, ressalta que a parceria entre as instituições visa não apenas a formação, mas a empregabilidade. “Estamos preparando os profissionais com antecedência para garantir que, quando a planta industrial iniciar as operações, não haja falta de mão de obra qualificada”, explica.
O programa está alinhado à estratégia da Arauco de promover o desenvolvimento sustentável, gerando impactos positivos duradouros nas comunidades onde atua. A formação técnica, além de abrir portas para o primeiro emprego ou a reinserção no mercado de trabalho, fortalece a economia local ao conectar educação e empregabilidade.
Como participar
Os interessados devem ter 18 anos ou mais e ensino médio completo. As inscrições vão até o dia 22 de julho e devem ser feitas pelo site: sistemafiems.ms.senai.br/abrace-este-projeto. As aulas começam no dia 18 de agosto.
Informações: RCN67.