OIG3 (5)

Agricultura de Precisão: mais que uma tecnologia, um investimento no agro brasileiro

*Artigo de Henrique Galvani.

Responsável por mais de um quarto do PIB brasileiro, a agricultura desenvolve um papel fundamental na prosperidade econômica, sendo um segmento tático para a incorporação de ferramentas de alta tecnologia. Com foco no aumento da produtividade no campo, o uso de tais recursos é conhecido como Agricultura de Precisão e, por meio do registro e do processamento de dados georreferenciais do cultivo agrícola, promove uma gestão inteligente baseada em informações precisas do território. 

Realizada por máquinas, dispositivos, aplicativos, drones, satélites e outras tecnologias que proporcionam maior controle da produção, a Agricultura de Precisão viabiliza a identificação das variabilidades espaciais e temporais do cultivo, de modo que o produtor consegue sanar, de forma assertiva, as necessidades da produção e evitar possíveis gargalos, executando um plantio eficiente.

Apesar de ser discutida no Brasil há décadas e de proporcionar benefícios como aumento da produtividade, redução de custos, diminuição dos danos ao meio ambiente e tomada de decisão informada, a Agricultura de Precisão tem enfrentado desafios significativos para expandir no país. Entre os principais, é possível citar falta de padronização dos equipamentos, difícil conectividade à internet em áreas rurais e oposição de quem tem receio de ser substituído pela tecnologia.

Neste aspecto, é crucial ressaltar a necessidade da exterminação de tais obstáculos, visto que os benefícios acarretados pela modernização são inúmeras vezes maiores e a tendência é de que cresça a quantidade de profissionais qualificados para trabalhar com as novas técnicas de gerenciamento do agronegócio. Inclusive, aqui é importante destacarmos que, de acordo com o 2° Censo AgTech Startups Brasil, a Agricultura de Precisão é a terceira área de atuação mais comum entre as agtechs brasileiras e, conforme dados da Distrito em parceria com a Crunchbase, é o tipo de solução que mais recebe investimentos no setor de tecnologias para o agronegócio, tendo captado US$ 109,61 milhões de dólares entre 2022 e 2023.

Dentre diversos cases, podemos destacar três agtechs brasileiras que atuam no segmento de Agricultura de Precisão que foram investidas por gigantes do agro recentemente, sendo elas a BemAgro – líder em tecnologia agrícola que une inteligência artificial (IA) e visão computacional para otimizar dados provenientes de tratores, drones e satélites – que  anunciou no mês passado o sucesso na captação de R$ 10,2 milhões em sua rodada pré-série A; a Velos Ag, que contribui com pequenos e médios produtores no gerenciamento de operações agrícolas, e captou no final do mês passado R$ 1,4 milhão; e a Cromai – agtech que usa inteligência artificial para o controle de plantas daninhas em lavouras – que recebeu um aporte adicional e chegou a R$ 30 milhões em sua captação série A. 

Para além dos números promitentes, é preciso enfatizar que a Agricultura de Precisão é uma metodologia que não melhora apenas a produtividade e a eficiência, mas também promove a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, conseguindo resultados que a agricultura tradicional sozinha não pode entregar. Aqui, deixo um conselho para aqueles que ainda resistem contra a tecnologia no campo: o agronegócio é um dos pilares da economia nacional, investir no desenvolvimento do setor é investir no Brasil.  

*Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista, Henrique Galvani é CEO e sócio-fundador da Arara Seed, primeira plataforma de investimentos coletivos do setor do Agronegócio. Com uma atuação de 10 anos nesse segmento, o executivo tem passagens por empresas como Grupo BLB Brasil e BLB Ventures.

Nascente na RPPN Lontra - Fotos - Acervo Bracell

Bracell protege mais de 1.750 nascentes em suas áreas na Bahia

Levantamento feito pela empresa evidencia que o cultivo sustentável de eucalipto contribui para manter os mananciais

As áreas de Planejamento e Meio Ambiente da Bracell Bahia atualizaram as informações sobre a malha hídrica da base florestal da empresa no estado. “A partir de técnicas de georreferenciamento de precisão, identificamos a existência de 1.758 nascentes de rios nestas propriedades”, celebra Joedson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da empresa. “A presença desses mananciais indica que o manejo florestal sustentável vem cumprindo os objetivos de conservação ambiental e de uso consciente dos recursos naturais nas nossas propriedades”, acrescenta. Todas as nascentes recentemente identificadas estão em áreas de Mata Atlântica, no litoral norte da Bahia.

Para o coordenador, os nascedouros são evidências de que o cultivo de eucalipto realizado de modo sustentável contribui para manter os mananciais, o que é essencial também para a sustentação da vida silvestre nestas áreas. “De fato, onde existem cursos d’água, há maior riqueza de fauna e flora que dependem diretamente daquele determinado ecossistema para sobreviver e todos eles estão protegidos rigorosamente, de acordo com a legislação”, destaca. As nascentes identificadas integram as bacias hidrográficas de rios como o Real, Inhambupe, Sauípe, Subaúma, Itapicuru, Joanes e Ipitanga.

A qualidade da água proveniente destas nascentes é um aspecto que chama a atenção. De acordo com Silva, isso se deve ao fato de, nas atividades de silvicultura, não haver descarte de efluentes ou resíduos nos leitos e mananciais. “Além disso, observamos que as matas ciliares estão preservadas, o que evita eventuais interferências de quaisquer usos destas áreas”, observa.

Humberto Amoedo, coordenador de Planejamento e Geoprocessamento da Bracell, explica que a identificação das nascentes é feita, primeiramente, a partir de imagens de satélite que permitem observar as bacias a partir do relevo de cada propriedade, bem como a consulta de diferentes fontes públicas e organismos oficiais. Na identificação das bacias, são usados drones para fazer uma investigação mais detalhada do terreno e confirmar a existência dos nascedouros.

“Então, uma equipe vai até cada local para confirmar a presença da nascente e registrá-la com equipamentos topográficos. Todos os dados apurados são atualizados no cadastro florestal da empresa, onde constam as informações de uso e ocupação das áreas, bem como o manejo dos plantios, e cujas informações são a base para o resto de informações cartográficas que são geradas posteriormente”, explica Amoedo.

As técnicas de uso do solo adotadas pela Bracell, incluindo os mosaicos florestais, são decisivas para a preservação e recuperação de milhares de hectares de matas nativas nas regiões onde a empresa mantém suas unidades de manejo.

Os mosaicos florestais são áreas de plantio de eucalipto alternadas com remanescentes de mata nativa, muitas vezes interligados, que formam corredores biológicos que ajudam a proteger a vegetação, a fauna silvestre e também as nascentes de rios e riachos. Isso porque, além de oferecer ambientes adequados à continuidade do ciclo da vida em suas áreas florestais, a Bracell atua na vigilância das propriedades, reduzindo os riscos de danos ambientais provocados pelos incêndios, desmatamentos, caça e captura de animais.

Mosaico florestal em área da Bracell na Bahia/ Foto: Acervo Bracell 

Programas ambientais

Joedson Silva ressalta que o uso responsável e sustentável dos recursos naturais em todo o processo produtivo de madeira é essencial para a manutenção do negócio. “Por esta razão, a Bracell investe em programas de pesquisa e proteção dos recursos hídricos, do solo, da mata nativa e da fauna silvestre, inclusive em parceria com instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de ações para o meio ambiente”, declara.

São oito programas principais que geram informações usadas para nortear a tomada de decisões sobre o manejo florestal da Bracell, contribuindo para manter a qualidade ambiental e promover a conscientização das comunidades para uma convivência harmoniosa com a natureza.

Dentre estas iniciativas, duas se referem diretamente aos recursos hídricos: o Programa de Monitoramento da Microbacia do Rio Farje, em Alagoinhas, realizado desde 1996, em parceria do Instituto de Pesquisas Florestais (Ipef) por meio do do Programa Cooperativo de Mo­nitoramento e Modelagem em Microbacias Hidrográficas (Promab); e o Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos, realizado em uma área de mais de 11 mil hectares onde há 24 microbacias localizadas em cinco grandes bacias hidrográficas. São elas: as dos rios Itapicuru, Inhambupe, Subaúma, Sauípe e Pojuca. Elas fornecem dados que subsidiam a tomada de decisões sobre o manejo florestal.

Estes monitoramentos, somados a uma série de iniciativas de proteção ambiental, contribuem para dar uma percepção correta da relação entre cultivo de eucalipto e água. “Os dados aferidos mostram que o manejo florestal realizado há mais de 40 anos pela Bracell na região tem um importante papel na conservação do meio ambiente, o que é relevante não apenas para a própria empresa, mas para todas as pessoas”, conclui Silva.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Saiba mais: www.bracell.com

12909542028032024_Rafaela_estagiaria_de_Controladoria._Foto_-_Divulgacao

Última semana de inscrições para o estágio de ensino superior da Bracell

O Programa Estágio Superior é realizado em parceria com a Cia. de Talentos e as inscrições podem ser feitas até o dia 4 de abril, com vagas para Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul, 28 de março de 2024 – As inscrições para o Programa Estágio Superior 2024 da Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, encerram na próxima quinta-feira (4). Em parceria com a Cia. de Talentos, serão disponibilizadas 40 posições para as localidades de atuação da companhia, destas Campo Grande e Água Clara em Mato Grosso do Sul. Os talentos interessados poderão se candidatar no site: https://bit.ly/estagio-superior-bracell.

“O nosso Programa de Estágio Superior é a porta de entrada para o mercado de trabalho, além de ser perfeito para quem quer iniciar a trajetória profissional em uma empresa como a Bracell, que investe em formação e desenvolvimento de talentos. Temos diversos profissionais que iniciaram conosco como estagiários e foram efetivados por terem um ótimo desempenho ao longo de todo o programa. Nós não estabelecemos um limite máximo de idade para participar, uma vez que valorizamos as habilidades comportamentais, técnicas e a força de vontade do estudante em aprender e se desenvolver junto com a empresa”, ressalta Marcela Fagundes Pereira, Gerente de Recrutamento e Seleção da Bracell.  

A carga horária será de 30 horas semanais, com modelo de trabalho presencial. Além disso, é necessário que o estudante esteja cursando o ensino superior com conclusão prevista entre junho de 2025 e junho de 2026. O domínio do idioma inglês é um diferencial para participar do processo seletivo.

Os interessados devem estar cursando as seguintes áreas: Administração, Agronomia, Ambiental, Arquitetura, Biologia, Ciências Sociais, Comunicação, Contabilidade, Direito, Direito E Outras Correlatadas, Economia, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia De Processo Madeireiro, Engenharia de Produção, Engenharia De Segurança Do Trabalho, Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geografia, Gestão Integrada, Logística, Marketing, Meio Ambiente, Pedagogia, Psicologia, Publicidade E Propaganda, Recursos Humanos, Relações Internacionais, Relações Públicas, Sanitária, Serviço Social e Tecnologia da Informação.

Talentos sul-mato-grossenses

Natural de Corumbá e estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, a estagiária de Comunicação, Vitória Martins Gomes, expressa sobre essa primeira oportunidade no corporativo. “Não sabia como funcionava e nem como eu exerceria o Jornalismo dentro de uma multinacional, pois pouco se fala da comunicação corporativa no meu curso. No meu pensamento e de tantos outros colegas, estagiar em grande empresa só é possível nas metrópoles, mas Mato Grosso Sul está crescendo, assim como as oportunidades. Estou aqui a alguns meses e sinto que já aprendi tanto, e principalmente, sinto que meus gestores compram as minhas ideias”, afirma. 

 “Participar do processo seletivo de estágio superior da Bracell foi uma experiência desafiadora e enriquecedora, desde a etapa de testes de habilidades e competências até a entrevista com gestores, a qual demonstrei minha vontade de colocar em prática as teorias que aprendo na faculdade. Meus gestores e mentores têm sido de grande importância para minha evolução e aprendizado, o que tornou a integração leve e incrível. A cada desafio que me é designado, me dá a visão de que estou no caminho certo e Ser Bracell é a melhor maneira de poder iniciar os primeiros passos da minha carreira”, complementa Rafaela Ayumi Ito de Lima, estagiária na área de Controladoria.

Benefícios e mais

Entre os benefícios para os novos talentos estão: bolsa-auxílio, plano de saúde, seguro de vida, gympass, refeitório o local ou vale alimentação (de acordo com a unidade de trabalho) e transporte fretado ou auxílio transporte.

“Os selecionados passarão por uma imersão nos negócios da Bracell para conhecerem todos os nossos processos de produção de celulose, além de desenvolverem de habilidades técnicas e fortalecimento da segurança de valor. Também é importante mencionar que participarão de um bate papo de carreira a cada seis meses para entenderem se a área de atuação está contribuindo com a evolução do estágio, além de terem a oportunidade de desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais focadas no desenvolvimento pessoal e profissional”, explica Marcela.

O processo seletivo para o Programa de Estágio é 100% online e terá entre suas etapas uma apresentação pessoal, a dinâmica de grupo e entrevista individual com o gestor da área. Os selecionados atuarão nas áreas de: Logística, Manutenção Industrial, Engenharia de Processos e Qualidade, Administrativo, Produção, Suprimentos e Laboratório, entre outras.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos.

Elson-Fernandes-de-Lima-FSC-Brasil

FSC® Brasil tem novo Diretor Executivo

Na última segunda-feira (25), Elson Fernandes de Lima assumiu o cargo de Diretor Executivo do FSC® Brasil. Graduado em Ecologia (UNESP) e mestre em Ecologia Aplicada (ESALQ), possui mais de 15 anos de experiência no setor, tendo atuado em sustentabilidade, ecologia, conservação da biodiversidade e sistemas de informações geográficas. Liderança de equipe; gestão de recursos e projetos; prospecção de novos clientes e relações institucionais, também estão entre suas principais competências, além de ser um grande conhecedor do sistema FSC.

Em seu LinkedIn, ao compartilhar uma publicação oficial do FSC sobre o anúncio da nova diretoria, Elson destacou: “É com muita alegria que compartilho que inicio minha trajetória como Diretor Executivo do FSC Brasil. Espero poder contribuir para florestas produtivas mais sustentáveis, para todos e para sempre!”

Entre as principais atribuições do novo diretor FSC® Brasil, estão:

  • A garantia de continuidade do Plano Estratégico 2022-2027, que inclui estratégias para fortalecer a relevância do manejo florestal e da certificação FSC no Brasil;
  • Ampliar o reconhecimento da marca; agregar valor aos produtos certificados;
  • Promover o engajamento dos membros e a participação efetiva e equilibrada entre as câmaras e assegurar o empoderamento do escritório nacional.

O FSC incentiva o desenvolvimento de padrões nacionais ou regionais de manejo florestal que interpretem os Princípios e Critérios internacionais em indicadores que levem em consideração o contexto local.

FSC no Brasil

No Brasil, o FSC foi oficialmente estabelecido em 2002, mas as primeiras florestas certificadas brasileiras são dos anos 1990. As áreas certificadas de manejo comunitário, concessões públicas e empresariais da Amazônia, bem como de plantações florestais no país inteiro, fornecem matéria-prima para diversos setores da economia, como construção civil, papel e celulose, embalagens, alimentos e cosméticos. E seus produtos finais estão muito presentes no nosso dia a dia, em livros, móveis, pisos, roupas, utensílios domésticos e brinquedos, instrumentos musicais, comida e produtos de beleza, por exemplo.

Padrões Nacionais
Imagem: FSC.

Atualmente, existem três padrões brasileiros aprovados pelo FSC para a certificação do manejo florestal responsável, de acordo com cada tipo florestal ou tamanho da área/intensidade do manejo:

Harmonizado Plantações – Esse padrão, derivado dos padrões interinos das certificadoras acreditadas no Brasil, é usado para avaliação do manejo de plantações florestais.

Terra Firme – O padrão foi elaborado para a certificação do manejo de floresta amazônica de terra firme no território brasileiro.

SLIMF – Padrão para avaliação do manejo florestal, de plantadas ou nativas, em pequena escala e/ou de baixa intensidade, usado principalmente para pequenos produtores ou produção comunitária.

Escrito por: Redação Mais Floresta/Com informações FSC.

14b43d2e-b009-4d6e-9ee5-5691a0db2584

brCarbon passa a integrar a maior iniciativa voluntária de sustentabilidade corporativa do mundo

A brCarbon – clima tech climate tech brasileira que atua no mercado de crédito de carbono – acaba de ingressar no Pacto Global da ONU no Brasil, iniciativa da Nações Unidas (ONU) para mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção, em suas práticas de negócios, de Dez Princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Pacto Global também assumiu a missão de engajar o setor privado nesta nova agenda.

A adesão da brCarbon fortalece seus objetivos como uma empresa de alto impacto socioambiental que busca enfrentar e mitigar as mudanças climáticas por meio de soluções baseadas na natureza, proporcionando ao mesmo tempo desenvolvimento sustentável para comunidades e preservação da biodiversidade. “Este ingresso, embora seja um passo natural, contribui muito para a visibilidade do nosso trabalho. E poderemos ajudar muito para o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável firmados pela ONU, como o ODS 13 e outros”, ressalta Marco Tuoto, CEO da brCarbon.

Alinhados aos Dez princípios do Pacto Global, a brCarbon contribuirá em duas frentes, com os Projetos de carbono para conservação florestal (REDD+) e com os Projetos de carbono para restauração florestal (ARR). “Não temos dúvidas que nossas iniciativas irão colaborar de maneira decisiva para o cumprimento da Agenda 2030, em especial ao que se refere a ações contra mudanças climáticas”, complementa Tuoto.

Por meio de suas iniciativas de REDD+, a empresa desenvolve, entre outras ações, soluções para a redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Enquanto nos projetos de ARR, estabelece iniciativas para sequestro de carbono da atmosfera e recuperação de áreas degradadas, especialmente Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.

O trabalho da brCarbon ainda inclui, entre uma série de ações, o reflorestamento com espécies nativas, o treinamento e formação de brigadas de incêndio, recuperação de nascentes e cursos d’água, monitoramento de fauna e flora, e preservação e recuperação de habitats. Além disso, atua para promover melhorias para o bem-estar das populações que residem próximo aos locais onde seu projetos estão instalados, apoiando atividades econômicas sustentáveis e levando para todos treinamento em boas práticas agrícolas e pecuárias, inclusão digital, e acesso à educação, saúde, energia e água, 

Como uma iniciativa especial do Secretário-Geral da ONU, o Pacto Global das Nações Unidas é uma convocação para que as empresas de todo o mundo alinhem suas operações e estratégias a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Lançado em 2000, o Pacto Global orienta e apoia a comunidade empresarial global no avanço das metas e valores da ONU por meio de práticas corporativas responsáveis. Com mais de 21 mil participantes distribuídos em 65 redes locais, reúne 18 mil empresas e 3.800 organizações não-empresariais baseadas em 101 países, sendo a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com abrangência e engajamento em 162 países. Para mais informações, siga @globalcompact nas mídias sociais e visite o website em www.unglobalcompact.org 

Ao integrar o Pacto Global nos comprometemos a reportar anualmente o nosso progresso em relação aos Dez Princípios. Assim, a iniciativa estimula a evolução constante das práticas internas de sustentabilidade. As empresas que quiserem fazer parte, podem encontrar mais informações em  www.pactoglobal.org.br

O Pacto Global da ONU no Brasil foi criado em 2003, e hoje é a segunda maior rede local do mundo, com mais de 1.900 participantes. Os mais de 50 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação. Para mais informações, siga @pactoglobalonubr nas mídias sociais e visite o website em www.pactoglobal.org.br

Floresta-eucalipto

Exporta Mais Brasil: empresas do setor de manejo florestal sustentável podem se inscrever para rodada de negócios em Alta Floresta (MT)

São 30 vagas para o evento, que acontecerá nos dias 19 e 20 de junho. Inscrições estão abertas até 5 de abril

Atenção empresários do ramo de manejo florestal sustentável: a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) está com inscrições abertas para a Rodada de Negócios para o setor no Exporta Mais Brasil, programa desenvolvido pela Agência para facilitar o contato de empresas brasileiras com o mercado internacional sem precisar sair do Brasil. O evento acontecerá nos dias 19 e 20 de junho, em Alta Floresta, no Mato Grosso (MT). As inscrições vão até 5 de abril e devem ser realizadas neste link.

São 30 vagas destinadas a empresas do setor de processados de madeira oriunda de manejo florestal sustentável, de todas as maturidades exportadoras, que terão a oportunidade de se conectar a compradores internacionais e expandir seus negócios. Os importadores selecionados para vir ao Brasil estão em busca de empresas brasileiras produtores de produtos beneficiados para serem comercializados em seus respectivos mercados. Além disso, realizarão visitas técnicas para entender melhor a sustentabilidade da cadeia, o funcionamento do mercado local e todo seu potencial.

As empresas participantes devem possuir uma estratégia para exportação e/ou internacionalização e apresentar documentos que comprovem a origem da matéria prima. Além disso, seguindo as diretrizes e políticas da ApexBrasil, empresas de micro e pequeno porte ou lideradas por mulheres terão vantagem na pontuação. Outros critérios incluem:

  • Exportou diretamente no período de 2022 e/ou 2023, conforme dados da Receita Federal;
  • Obteve atendimento PEIEX ou AgroBR até o final do prazo das inscrições;
  • Possui website ou perfil em rede social em idioma estrangeiro,
  • Possui material promocional (catálogo e/ou folder) em idioma estrangeiro,

Aos participantes selecionados que fizerem adesão ao evento serão oferecidos os seguintes serviços:

  • Reunião online preparatória/webinar (data a confirmar);
  • Espaço e estrutura para realização da Rodada de Negócios;
  • Equipe de apoio para a realização das rodadas de negócios;
  • Serviço especializado de matchmaking com compradores internacionais selecionados;

SERVIÇO

Exporta Mais Brasil – Madeira Serrada e Beneficiada

  • Quando: 19 e 20 de junho
  • Onde: Alta Floresta, MT
  • Vagas: 30
  • Inscrições: até 05/04
  • Link de inscrição: clique aqui
  • Regulamento completo: clique aqui

Sobre o Exporta Mais Brasil

Com o slogan “Rodando o país para as nossas empresas ganharem o mundo”, o Exporta Mais Brasil foi criado pela ApexBrasil para potencializar as exportações do país a partir de uma aproximação ativa com diferentes setores da economia de todas as regiões do Brasil. Por meio do programa, empresas brasileiras têm a oportunidade de se reunir com compradores internacionais que vêm ao país em busca de produtos e serviços ligados a setores específicos.

Em 2023, com investimento de R$ 5 milhões, o Exporta Mais Brasil completou 13 rodadas em 13 estados brasileiros, dedicadas a 13 diferentes setores produtivos. O programa movimentou, ao todo, R$ 275 milhões em negócios e promoveu 3.496 reuniões de negócios entre 143 compradores internacionais de 41 países e 487 empresas brasileiras. Em 2024, o programa visitará os outros 14 estados do país, além de retornar a São Paulo e ao Ceará.

Conheça mais sobre o Programa Exporta Mais Brasil e a participação das empresas brasileiras nas edições anteriores.

Luciana Nantes (4)-

Com mais de mil colaboradoras, Suzano incentiva a igualdade de gênero no mercado de trabalho em MS

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, alcançou o marco de 1.049 mulheres integrando seus quadros de colaboradores em Mato Grosso do Sul. Este crescimento vem ao encontro das ações da companhia para a promoção da igualdade de gênero e equidade de oportunidades no mercado de trabalho, por meio do desenvolvimento de programas de qualificação e processos seletivos que proporcionam oportunidades igualitárias e condições justas para que as mulheres possam assumir oportunidades em áreas historicamente masculinas.

Com essa cultura de inclusão e promoção da diversidade, a empresa registrou um aumento de 150% na quantidade de contratações de mulheres na unidade de Três Lagoas (MS), passando de 251 mulheres em 2019 para 626 mulheres no quadro atual de colaboradoras. Já em Ribas do Rio Pardo, onde está em construção a nova fábrica da companhia, são 423 mulheres contratadas para atuarem nas áreas industrial e florestal, número que deve crescer quando iniciadas as operações da unidade.

“A Suzano tem o compromisso de promover a diversidade em suas unidades. Está no DNA da empresa. Entendemos que a igualdade de oportunidades e de gênero no ambiente de trabalho é essencial para a construção de uma sociedade mais justa. E os resultados mostram que estamos no caminho certo. Em cinco anos, mais que dobramos o número de mulheres em Três Lagoas e, em Ribas do Rio Pardo, já contamos com um número expressivo de mulheres atuando. Com isso, podemos afirmar que temos mulheres em praticamente todas as nossas frentes de atuação”, destaca Angela Aparecida dos Santos, gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano no Mato Grosso do Sul.

Com atuação em todas as frentes de trabalho, tanto nas atividades de silvicultura, colheita, transporte do eucalipto e na linha de produção de celulose, quanto na própria construção e montagem do maior empreendimento privado do país, a presença das mulheres na empresa contribui para um ambiente de trabalho mais igualitário e fortalecido.

Lugar de mulher é onde ela quer

Uma das profissionais que estão na linha de frente da operação florestal, é Ana Beatriz Soares, de 33 anos. Ela mudou-se recentemente para Três Lagoas com um filho de 7 anos para exercer papel de supervisão de colheita na Suzano. A colaboradora define sua atuação na empresa como marcante e gratificante, e enaltece o apoio recebido desde o início. “Todas as pessoas do time da colheita me receberam muito bem. Todo o apoio que recebi foi muito importante porque me impulsionou e também deu coragem. Cheguei com receio, mas fui me estabelecendo, ficando mais leve e confiante e consegui implementar meu trabalho sem problemas”, relata.

Ana Beatriz.

Engenheira florestal de formação, a supervisora de colheita declara que ser mulher em um cargo de liderança na Suzano é mais do que uma questão de representatividade. “É uma oportunidade de mostrar que as mulheres têm um papel fundamental a desempenhar em todos os setores da economia, incluindo aqueles tradicionalmente dominados por homens. Desde o começo, aprendi que o gênero não vai definir os resultados, mas eu fico feliz de estar em uma empresa em que o ambiente está preparado para aceitar essas mudanças que são moldadas dia a dia, e isso é muito importante para todas nós”.

Projeto Cerrado

Em Ribas do Rio Pardo, a companhia já contratou 423 mulheres para compor as atividades nas áreas industriais e florestal da nova fábrica em construção. Com relação à ocupação em cargos de supervisão, gerentes funcionais e acima, a nova unidade já conta com 15% dos cargos de liderança ocupados por mulheres. A empresa já formou 72 mulheres desde o início das obras e conta atualmente com 122 mulheres em turma de formação.  

Luciana Borges Nantes, de 45 anos, tem três filhos e trabalha desde os 13 anos. Recentemente, ela e colegas da equipe da qual faz parte, na área de preparo de cavacos, foram as primeiras mulheres a realizarem uma troca de facas de um picador de madeiras da história do setor de celulose. “Este é o maior picador do mundo. Ele contém 21 facas, cada uma pesando cerca de 15 quilos e tem 4 metros de diâmetro. Para nós, já era um motivo de orgulho ter participado da montagem da estrutura, mas fazer parte da primeira troca das facas foi ainda mais gratificante, porque mostra que estamos aqui para trabalhar de igual para igual. E essa barreira superada mostra que temos recebido todo o apoio necessário”, ressalta.

Luciana Borges.

A operadora assistente da área de preparo de cavacos focou sua formação técnica em um momento de expansão da indústria em Mato Grosso do Sul. Com o início da construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo, ela aproveitou a oportunidade para se especializar e foi uma das mulheres formadas pela Suzano na primeira turma de qualificação em parceria com o Senai. 

A consultora Industrial, Melissa Pimenta, de 43 anos, ressalta a capacidade de se adaptar a diferentes situações e cenários que as mulheres proporcionam no ambiente de trabalho. “Nós conseguimos transitar com muita competência entre a razão e a sensibilidade nas tomadas de decisões, contribuindo com excelentes resultados para as pessoas e para a organização. Com a diversidade e inclusão cada vez mais em evidência no mundo corporativo, eu acredito que para a Suzano a paridade de gêneros se tornou um ativo dentro da organização”, reforça.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

Forwarder

Suzano e Senai abrem inscrições para a 2ª turma do curso de Operador(a) de Máquinas Florestais em Água Clara (MS)

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão abrindo a segunda turma da qualificação profissional gratuita para Operador(a) de Máquinas Florestais no município de Água Clara (MS). Com 38 vagas disponíveis, esta é a sexta turma aberta pela empresa na região, sendo que as inscrições para a formação vão até o dia 7 de abril e devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadordecolheitaaguaclarat6.

O curso visa atender à demanda da empresa em suas operações florestais, especialmente na colheita de eucalipto destinado à nova fábrica de celulose atualmente em construção Ribas do Rio Pardo (MS). As pessoas que se inscreverem e forem selecionadas receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.400,00 durante o período de qualificação, além de alimentação no local e certificado de formação profissional.

Podem participar da iniciativa pessoas de todos os gêneros, sem distinção de idade, etnia, origem, classe social, formação, deficiência e orientação sexual. Para se inscrever no curso, é preciso ter 18 anos completos ou mais, Ensino Fundamental completo e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria B vigente, sendo desejável ter categoria C ou acima. As pessoas interessadas devem ter disponibilidade para participar integralmente do programa e residir em Água Clara.

A primeira etapa do curso será teórica com duração de 30 dias e será ministrada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas, com aulas que ocorrerão presencialmente em Água Clara. A segunda parte será 100% prática em campo, com duração de 90 dias, em sistema de turno rotativo com operação 24 horas que deverá ocorrer acompanhando a operação da colheita florestal nas áreas da Suzano naquele município.

Como se inscrever?

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadordecolheitaaguaclarat6. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas pelos telefones (67) 98465-7734 ou (67) 98412-4490. 

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página https://www.suzano.com.br/

51554528504_d35d087ed3_k-1024x579

Restauração florestal em ação: celebrando compromissos para inspirar a sociedade

Em todo o mundo, estão em curso esforços para proteger, gerir de forma sustentável e restaurar áreas florestais

Os países prometeram restaurar mil milhões de hectares de terra até 2030 como parte dos objetivos internacionais relativos ao clima, à natureza e à terra. Algumas destas iniciativas são famosas, abrangendo dezenas de milhares de hectares e ganhando prêmios, como o projeto Floresta Desa’a na Etiópia, parte do programa da Grande Muralha Verde para restaurar ecossistemas em todo o norte de África. Mas a maioria, especialmente aquelas levadas a cabo por organizações e indivíduos não estatais, não recebe o mesmo alarde e muitas vezes ocorre sem reconhecimento e reconhecimento formal.

O Centro Mundial de Conservação e Monitoramento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-WCMC) trabalha para garantir que as contribuições dos Povos Indígenas, comunidades locais, proprietários de terras privados, organizações não governamentais e administrações locais, como cidades e empresas, sejam registradas e celebradas em sua Natureza . Plataforma de compromissos . O site apresenta mais de 200 compromissos de conservação baseados em áreas, vários dos quais são iniciativas de restauração florestal.

Hoje, a plataforma Nature Commitments está vinculada à plataforma oficial de monitoramento da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas , a Estrutura para Monitoramento da Restauração de Ecossistemas (FERM) . A FERM acompanha o progresso global e divulga as melhores práticas como parte da campanha da Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas. Também apoia os países com relatórios de projetos e ações para cumprir a Meta 2 do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (GBF) : restaurar 30 por cento de todos os ecossistemas degradados até 2030.

Durante um webcast ao vivo, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação lançou o mecanismo de busca FERM de iniciativas de restauração como parte de seu programa de eventos que celebram o Dia Internacional das Florestas. O mecanismo de busca FERM é uma ferramenta inovadora que permitirá que informações ao vivo sobre compromissos não estatais sobre restauração sejam diretamente alimentadas a partir dos Compromissos da Natureza para o FERM.

“A ligação entre FERM e Nature Commitments mostra como a interoperabilidade pode facilitar a troca de dados para apoiar a monitorização e a elaboração de relatórios sobre a restauração. Estamos a liderar um esforço para promover a partilha de dados no movimento de restauração, para que mais esforços de restauração possam ser descobertos, reconhecidos e relatados.”

– Yelena Finegold, Oficial Florestal da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Os projetos apresentados no Nature Commitments serão apresentados ao lado de mais de 1.500 projetos e boas práticas de restauração no mecanismo de busca FERM. Da mesma forma, exemplos de iniciativas de restauração submetidos à FERM agora são automaticamente apresentados nos Compromissos da Natureza.

Aqui, partilhamos três exemplos de compromissos de restauração florestal que irão beneficiar deste maior reconhecimento, ajudar a inspirar outros profissionais de restauração e acompanhar o progresso em direção ao GBF.

350 hectares de Mata Atlântica tropical do Brasil

A Mata Atlântica é uma estreita faixa de floresta tropical que atravessa Brasil, Paraguai e Argentina. Com uma fracção do tamanho da Amazónia, contém uma gama semelhante de diversidade biológica – mas acredita-se que pelo menos 72 por cento da floresta original tenha sido desmatada. Procurando resolver esta questão, um pacto trinacional para restaurar 700.000 hectares de Mata Atlântica está sendo celebrado como projeto emblemático da Restauração Mundial da ONU .

A Nature Commitments conquistou um compromisso de cinco anos entre a empresa de energia renovável AES Brasil e a WeForest, uma organização sem fins lucrativos que trabalha em projetos de reflorestamento em todo o mundo, para restaurar florestas às margens do rio Tietê, no bioma Atlântico.

O Tietê é um dos rios mais poluídos do Brasil. Uma razão para isso são as grandes quantidades de pesticidas e herbicidas que são usados ​​para controlar gramíneas invasoras e acabam fluindo para o rio. Desde 2020, no âmbito do projeto Florestas Tietê , a WeForest e a AES Brasil têm usado uma abordagem reduzida de herbicidas, cortando e aplicando cobertura morta em gramíneas invasoras; replantar a vegetação nativa e promover o seu crescimento com fertilizantes; e usando cobertura morta para evitar o crescimento de gramíneas invasoras

O projeto visa ampliar a recuperação de 2.000 hectares e melhorar a qualidade da água fornecida a 15 municípios para proporcionar benefícios às pessoas e à biodiversidade.  

“Estamos honrados em ter nosso trabalho nas Florestas do Tietê, Brasil, apresentado na plataforma Nature Commitments do UNEP-WCMC. Com nossos parceiros AES Brasil, Ceiba, Coprocam e Nace-Pteca estamos trazendo de volta a Mata Atlântica – que já chegou a 1,5 milhão de quilômetros quadrados (o que representa mais de um quarto do tamanho da floresta amazônica) e ainda é um das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta – restaurando as margens do rio Tietê com espécies de árvores nativas, aumentando corredores de vida selvagem e apoiando comunidades no estabelecimento de sistemas agroflorestais.”

– Marie-Noëlle Keijzer, CEO e cofundadora da WeForest.

50.000 hectares de floresta antiga nas montanhas dos Cárpatos romenos

As montanhas dos Cárpatos são uma das áreas mais selvagens e intocadas da Europa, com grandes áreas de floresta intacta e carnívoros icónicos como o urso pardo, o lobo e o lince euro-asiático. No entanto, a exploração madeireira insustentável e as plantações de monoculturas degradaram áreas de floresta.

A plataforma Nature Commitments registou um compromisso feito em 2017 por um grupo de filantropos privados para restaurar 50.000 hectares de floresta. Nos próximos 40 anos, a Fundação Conservação Carpathia pretende restaurar florestas degradadas e riachos de montanha para criar a Reserva Selvagem dos Cárpatos. Um relatório do PNUMA-WCMC de 2022 destaca os amplos benefícios de tais projetos: o relatório incluiu exemplos de trabalhos de restauração nas montanhas dos Cárpatos e concluiu que eles tiveram amplos benefícios, revertendo a perda de biodiversidade, impulsionando a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e aumentando meios de subsistência e bem-estar humanos.

A Fundação Conservation Carpathia adquiriu concessões de caça para permitir o regresso da vida selvagem e está a ajudar as comunidades locais a iniciarem empresas baseadas na natureza e a protegerem as florestas antigas remanescentes. O objectivo final da fundação é integrar a Reserva Natural dos Cárpatos na maior paisagem de áreas protegidas da Roménia, com a Fundação a aspirar a estimular a criação de um grande parque nacional – o Parque Nacional Fagaras.

“Estamos honrados por estarmos listados na plataforma Nature Commitments do UNEP-WCMC e acreditamos que podemos defender a importância de proteger o património natural dos Cárpatos romenos, que é uma das últimas grandes áreas selvagens da Europa.”

– Christoph Promberger, Diretor Executivo da Fundação Conservation Carpathia.

100 hectares de floresta tropical no sudoeste da China

A floresta tropical de Xishuangbanna, no sudoeste da China, é um hotspot de biodiversidade. Contudo , desde a década de 1950, cerca de meio milhão de hectares de floresta foram perdidos para plantações de borracha.

A organização sem fins lucrativos Good to Nature, com sede em Xangai, está trabalhando para restaurar áreas de floresta tropical e, ao mesmo tempo, ajudar as comunidades locais a prosperar. O compromisso capturado na plataforma Nature Commitments afirma que a Good to Nature pretende restaurar inicialmente cerca de 1.500 mu (100 hectares) e ajudar a aumentar os rendimentos médios em 10 por cento.

“Estamos muito satisfeitos e honrados em compartilhar nosso projeto na plataforma Nature Commitments do UNEP-WCMC. Esta é uma iniciativa piloto de restauração e conservação da floresta tropical em Xishuangbanna. Por um lado, concentramo-nos na restauração científica e na investigação para explorar como diferentes tipos de florestas artificiais podem ser restauradas em florestas tropicais de forma mais rápida e eficaz. Por outro lado, colaboramos ativamente com as comunidades locais, capacitando-as para melhorar a sua qualidade de vida através de esforços de restauração. Através da plataforma Nature Commitments, esperamos partilhar com o mundo as nossas boas práticas de restauração de ecossistemas, contribuindo para a recuperação global da natureza.”

– JoJo Zheng, Fundador da Good to Nature.

O trabalho no terreno começou no primeiro semestre de 2022, com uma equipa de cientistas a trabalhar com uma escola e famílias locais da zona para iniciar uma parcela amostral para testar e monitorizar o método de regeneração natural. Além da reintrodução gradual de algumas introduções de espécies-chave e da remoção de espécies invasoras, um local fica com intervenção mínima – de modo que a reintrodução de pássaros, animais e a dispersão de sementes de áreas próximas de florestas tropicais possam acontecer naturalmente ao longo do tempo e em grande escala.

Espera-se que as famílias beneficiem do ecoturismo, das oportunidades de venda de artesanato tradicional e da melhoria do lazer e da saúde criada pelos trabalhos de restauração.

“Desde que foi lançada, há quase dois anos, a plataforma Nature Commitments permitiu que mais de 200 organizações não estatais apresentassem os seus esforços de conservação e restauração baseados em áreas. O PNUMA-WCMC está satisfeito com o fato de que os compromissos de restauração, como as iniciativas florestais delineadas, ganharão ainda mais reconhecimento através da nossa conexão com a Estrutura para Monitoramento da Restauração de Ecossistemas. Encorajamos todos os profissionais de restauração a explorar estes veículos vitais para fortalecer a ação local para a biodiversidade e a partilhar os seus compromissos para inspirar outros.”

– Anushree Bhattacharjee, Officer do Programa UNEP-WCMC e líder da Plataforma de Compromissos com a Natureza.

Informações: https://unep-wcmc.org/en/forest-restoration-in-action-celebrating-pledges-to-inspire-society

Screenshot_11

Cultivo de seringueira é alternativa para a preservação da água e do solo

A seringueira (Hevea brasiliensis) é a principal fonte de borracha natural do mundo. Além disso, a cultura apresenta uma série de vantagens em diferentes aspectos relacionados ao meio ambiente. Quando se fala em uso eficiente da água, a cultura da seringueira vem proporcionando a conservação do solo e da água de forma similar a uma mata nativa. “A importância dessa cultura vem associada à grande diversidade biológica e sustentável, à regulação do clima, pela eficiência já comprovada no resgate de carbono, bem como, na recuperação de áreas degradadas e conservação de solos. E agora, também comprovado, o reuso da água para fins ambientais”, informa o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) Antônio de Pádua Alvarenga, que desenvolve estudos em heveicultura.

Trabalhos realizados no Campo Experimental Vale Piranga da EPAMIG, localizado no município de Oratórios, avaliaram um seringal, em dois períodos distintos (2011-2012 e 2018-2019),  aos 27 anos e aos 34 anos. Como resultado verificou-se um padrão de distribuição de águas da chuva similar ao fragmento de uma mata nativa. “A cobertura florestal influencia na redistribuição da água da chuva devido ao sistema de amortecimento formado pela copa das árvores e direcionamento das gotas que chegam à superfície. O que afeta a dinâmica do escoamento superficial e o processo de infiltração da água no solo. Isso tem sido estudado para as diversas fases da vegetação da Mata Atlântica, e agora fizemos esse estudo para as seringueiras”, explica Antônio de Pádua.

Os pesquisadores compararam o balanço hídrico de uma floresta e de um seringal e concluíram que o equilíbrio do balanço hídrico do seringal expressou-se pelo maior armazenamento de água e maior drenagem profunda. “Os valores apresentados confirmam que em relação à precipitação total, igual para as duas áreas, a quantidade de chuva (precipitação efetiva) que atinge o piso florestal de seringueiras é maior que na mata. Isso acontece porque a abertura entre as copas no plantio de seringueiras é maior que na mata, cuja tendência é se tornar mais fechada ao longo do tempo”, detalha o pesquisador.

“Um aspecto que diferencia o padrão de distribuição da água da chuva na mata e nas seringueiras é o escoamento da água pelo tronco, que é maior no plantio de seringueiras, que apresentam um padrão mais homogêneo de troncos retilíneos e uma arquitetura dos galhos que facilita o direcionamento da água, interceptada pela copa, ao tronco. Embora o valor, em termos porcentuais, do escoamento da água pelo tronco seja pequeno, é importante porque trata-se de água que chega ao solo de modo mais localizado sendo, portanto, significativo durante o período seco”, prossegue o pesquisador. 

Cultivo da Seringueira

Foto: Erasmo Pereira – EPAMIG

O pesquisador Antônio de Pádua alerta que a implantação de um seringal requer planejamento por parte do produtor. “Recomenda-se, basicamente, que seja plantado somente um número de árvores do qual o produtor consiga cuidar, isso é válido para os pequenos, médios e grandes produtores. O sucesso da atividade está na fase inicial do plantio onde serão feitos os trabalhos de capina, adubação, desbrota e controle de pragas e doenças, se for o caso”.

Também deve-se ter atenção na escolha da área de plantio e à qualidade das mudas. “É primordial a escolha das mudas (clones) de boa qualidade. O material deve ter boa procedência, ser registrado, adaptado à região e resistente às possíveis pragas e doenças. A escolha dos solos, preferencialmente os Latossolos (solos profundos), e a localização são de fundamental importância. Deve-se evitar áreas sujeitas a inundação, fazer a correção dos solos, planejar espaçamento correto, já prevendo cultivos intercalares ou não, adubação correta, manter a cultura sempre no limpo”, recomenda o pesquisador. As pesquisas concluíram que o padrão de distribuição da água em um seringal bem formado é similar ao que ocorre em uma mata em regeneração avançada e que os plantios de seringueiras favorecem a infiltração da água proporcionando a conservação do solo. Relatos de produtores de seringueiras, em diferentes regiões do país, corroboram com estes resultados.

“Um aspecto relevante que torna o plantio de seringueiras um sistema conservador da água é a cobertura do solo. Esta cobertura aliada à manutenção das condições físicas do solo, devido ao pouco revolvimento deste, são fatores que favorecem a infiltração da água. Para aumentar esse potencial é fundamental que técnicas de conservação do solo e da água sejam adotadas, como plantio em nível, manejo adequado do mato, para que o mesmo seja deixado sobre o solo formando uma cobertura e, se necessário, instalação de caixas de captação de água”, finaliza Antônio de Pádua.

Informações: souagro.

Screenshot_10

Gigante da celulose chilena CMPC apresenta fundo de inovação de US$ 100 milhões

Executivos da empresa estiveram presentes, na última semana, no South Summit Brazil, em Porto Alegre, onde a empresa tem uma unidade

A empresa chilena de celulose e papel CMPC aproveitou o South Summit Brazil, evento de empreendedorismo e inovação que aconteceu semana passada em Porto Alegre, para apresentar seu novo fundo de inovação, que totaliza US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões).

Criado em dezembro, o fundo sem nome prevê investir em startups que estejam inovando no setor de sustentabilidade, com foco na redução de plásticos descartáveis, novas tecnologias têxteis e desenvolvimentos tecnológicos na construção em madeira.

“Buscamos empresas disruptivas que nos permitam maximizar o valor da floresta, de novos materiais, para construção de novas fibras têxteis que nos permitam demonstrar que nossa fibra, que já é sustentável, pode ser levada ao próximo nível de sustentabilidade”, disse a gerente da CMPC Ventures, Bernardita Maria Araya. A CMPC Ventures foi fundada em 2020 e investe em construção sustentável, novos produtos bioquímicos e embalagens sustentáveis ​​e inteligentes.

Informações: Época Negócios.

florestas-iagro

Vale da Celulose: protagonismo da indústria agroflorestal de MS repercute e é destaque nacional

Com destaque para a indústria da celulose no Brasil e em Mato Grosso do Sul, reportagem do Valor Econômico – site de jornalismo especializado em economia, finanças e negócios –, publicada nesta segunda-feira (25) com o título “Papel e celulose terão R$ 67 bi em aportes”, destaca os investimentos da indústria de base florestal, em especial no Estado.

O momento econômico favorável do setor em Mato Grosso do Sul foi amplamente detalhado no material, demostrando o comprometimento do Governo do Estado na geração de emprego e renda, com atração de indústrias e qualificação da mão de obra. A reportagem informou sobre a instalação e início das atividades da Arauco e Suzano, em diferentes municípios do Estado.

Um dos destaques do material é a construção da unidade da Arauco em Inocência, em 2028 – último ano do ciclo de investimentos conhecido, o Projeto Sucuriú – quando a indústria planeja colocar em operação a sua primeira fábrica de celulose no País. O grupo chileno, que tem investimento de aproximadamente R$ 3 bi, poderá produzir inicialmente 2,5 milhões de toneladas por ano na unidade localizada no município sul-mato-grossense.

Outro ponto importante é que a reportagem mostra a continuidade dos investimentos após 2028, com previsão de investimentos de R$ 28 bilhões e 5 milhões de toneladas por ano, após o início da operação da segunda linha em Inocência, em 2032.

Já a Suzano, com o projeto Cerrado – maior em andamento atualmente – em construção no município de Ribas do Rio Pardo, também pode receber uma segunda linha. Com previsão de começar a operar em junho e produção inicial prevista em 2,55 milhões de toneladas por ano – de celulose e eucalipto – o projeto é orçado em R$ 22,2 bilhões, um dos maiores investimentos privados realizados no País.

Outro ponto em destaque na reportagem do Valor Econômico é que a Eldorado Brasil tem projeto de expansão, que pode duplicar a capacidade da fábrica já instalada e em funcionamento no município de Três Lagoas.

E por último o material destaca a Bracell, da Ásia, que busca matéria-prima em Mato Grosso do Sul, para atender a megafábrica de celulose de Lençóis Paulista (SP). A empresa é responsável por investir R$ 5 bi – um dos maiores em curso da indústria – em outra fábrica também no município do interior de São Paulo.

A reportagem trouxe uma avaliação do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Estado de meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Invação), sobre o atual momento de Mato Grosso do Sul no cenário de investimentos do setor e como destaque nacional na área. “O jogo da celulose, nos próximos anos, ocorre muito focado em Mato Grosso do Sul”, afirmou Verruck para o Valor Econômico.

“De fato, Mato Grosso do Sul deve se manter como destino dos próximos projetos de celulose, por dispor de recursos hídricos e ao menos 7 milhões de hectares com baixo teor de argila e já degradados, porque foram pastagens, que podem receber mais plantio de eucalipto. A meta é char a 2025 com 2 milhões de hectares plantados de eucalipto, superando Minas Gerais na liderança da área cultivada”, afirma a reportagem.

Além de destacar as qualidades técnicas para atender a indústria da celulose em Mato Grosso do Sul, o Valor Econômico ainda trouxe uma análise sobre as condições gerais que o Estado proporciona para o setor em relação a logística e ainda a relação da proteção ambiental, mesmo diante do crescimento industrial e econômico.

“Há uma década, o Estado entendeu que celulose poderia ser ainda mais interessante que outras commodities agrícolas, por vir acompanhada de vultosos investimentos industriais. Por isso, passou a oferecer licenciamento facilitado para a cultura do eucalipto, sem abrir mão de exigências ambientais. Hoje, 91% da base plantada no Estado tem o selo FSC (Forest Stewardship Council)”, diz a reportagem, pontuando ainda o interesse do Estado em atrair investimentos no ele seguinte da cadeia de valor, o beneficamento da celulose.

A matéria do Valor Econômico está disponível para assinantes em https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/03/25/papel-e-celulose-terao-r-67-bi-em-aportes.ghtml.

Informações: SEMADESC/MS.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S