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Arauco quer investir quase R$ 800 milhões em ferrovia ligando fábrica em Inocência até a Ferronorte

Arauco Celulose solicitou à ANTT autorização para construir ramal ferroviário de 46 quilômetros

A Arauco Celulose solicitou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorização para construir um ramal ferroviário de 46 quilômetros, ligando sua fábrica, em Inocência, até a linha férrea Ferronorte. A empresa pretende investir cerca de R$ 800 milhões no projeto e explorar o serviço por 99 anos, de acordo com publicação no Diário Oficial da União do dia 2. 

Esse é o terceiro pedido de uma empresa de celulose instalada em Mato Grosso do Sul para construir linha férrea com objetivo de escoar sua produção. Alguns já receberam autorização para construção, mas os projetos ainda não foram em frente. 

A primeira solicitação e com estudos mais adiantados foi a da Eldorado Celulose, em 2021, para instalar a EF-A05, localizada entre os municípios de Três Lagoas e Aparecida do Taboado, e explorar a infraestrutura pelo prazo de 99 anos, com extensão de 89 km e investimentos de R$ 890 milhões, calculados em 2021. 
A empresa obteve em julho do ano passado a licença prévia para instalação do governo de Mato Grosso do Sul e comprometeu-se a pagar mais de R$ 7,8 milhões em compensações ambientais ao Estado.

Além da Eldorado, a Suzano, em 2022, que opera uma fábrica de celulose em Três Lagoas com capacidade para 2,55 milhões de toneladas anuais, também solicitou autorização à ANTT para uma ferrovia, com extensão de 111,7 km, até Aparecida do Taboado.

A agência, no entanto, indicou que apenas uma autorização será concedida, o que poderá forçar as empresas a compartilharem o mesmo ramal. A Suzano também solicitou a construção de um ramal em Três Lagoas, com 24,28 km. 

Outro processo em andamento na ANTT é para a autorização de construção de trecho que se conectará com a Ferroeste, a EF-483, entre os municípios de Maracaju e Dourados, com 76 km e permissão para explorar por 99 anos. O pedido foi feito em 2021 e, nesse caso, será para o transporte de grãos.

Agora, a Arauco fez o pedido de sua ferrovia à autarquia, após obter do governo do Estado, em maio do ano passado, a licença de instalação da fábrica. O objetivo é escoar a produção que vai chegar a 3,5 milhões de toneladas de celulose da unidade instalada em Inocência, perto da MS-377, que liga a BR-262 a Paranaíba. 

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, são ramais importantes para o escoamento da produção no Vale da Celulose. 

“A Eldorado Brasil de Celulose apresentou um projeto e já emitimos esse licenciamento para construir uma ferrovia da fábrica até Aparecida do Taboado, para escoar o seu produto diretamente da fábrica ao porto de Santos. E houve um pedido de licenciamento da Suzano, para fazer um terminal da fábrica até Três Lagoas e subindo à Aparecida. Então, esse seria o desenho atual da questão ferroviária”. 

Verruck ainda frisou que os projetos não tiveram nenhuma movimentação no ano passado: “Lembrando que todas as nossas empresas de celulose têm terminal privado no Porto de Santos. A gente tem insistido, mas praticamente ficou paralisada essa proposta ao longo de 2024”. 

RAMAL

O ramal da Arauco vai ter extensão de 46 km, de uso exclusivo da empresa, com investimentos de cerca de R$ 800 milhões, ligando a unidade fabril até a Ferronorte. Depois, a celulose seguirá pela Ferronorte até o porto de Santos, onde a Arauco promete construir um terminal de embarque próprio.

A confirmação de que o processo foi acatado pela ANTT foi publicada no Diário Oficial da União do dia 2. No documento, o superintendente substituto Superintendência de Transportes Ferroviários (Sufer) da ANTT, Jean Mafra dos Reis, afirma que torna público “o conhecimento da ANTT acerca do requerimento, pela empresa Arauco Celulose do Brasil S.A., visando à obtenção de outorga por autorização para construção e exploração de ferrovia localizada no município de Inocência-MS, com extensão estimada de 46 km, pelo prazo de 99 anos”.

O processo de autorização começou a tramitar na ANTT em 17 de outubro do ano passado, na Sufer e na Gerência de Projetos Ferroviários (Gepef) e chegou à Coordenação de Autorizações Ferroviárias (Coauf) em dezembro.

No dia 26 daquele mês, foi remetido aos diretores da ANTT, e desde o início deste mês, retornou para a Sufer, a Gepef e a Coauf, para que esses departamentos deem seus pareceres e façam a análise da proposta da Arauco. A última movimentação foi dia 8. 

O projeto foi batizado de Sucuriú pela Arauco, por estar próximo do rio do mesmo nome e usar sua água no processamento da matéria prima.

FÁBRICA

Conforme adiantou o Correio do Estado, na edição de 26 de setembro, a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deve se tornar a maior fábrica de celulose do mundo. A empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano.

A unidade da Arauco será instalada a 50 km da cidade de Inocência, na margem esquerda do Rio Sucuriú, região onde a Arauco afirma operar desde 2009 com manejo florestal e comercialização de madeira.

A fábrica da Arauco vai gerar mais de 400 megawatts (MW) de eletricidade, dos quais cerca de 200 MW serão destinados ao consumo interno da unidade industrial e o restante será vendido ao sistema.

A energia excedente – que é suficiente para abastecer uma cidade de mais de 800 mil habitantes – será disponibilizada ao sistema nacional. Segundo a Arauco, o governo de MS conta com uma política industrial e florestal “bem estruturada para o setor”, e o Estado tem um clima “muito favorável” ao cultivo de eucalipto.

Informações: Correio do Estado.

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Paraguai agiliza a construção de fábrica de celulose de US$ 4 bilhões

A construção da nova fábrica deve demorar cerca de 28 meses e a estimativa é de que entre em operação no início em 2027

Nesta terça-feira, 14 de janeiro, autoridades do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai anunciaram que se reuniram com o CEO da empresa Paracel, Flavio Deganutti, para coordenar e agilizar a construção de uma fábrica de celulose no departamento de Concepción.

Vale lembrar que o projeto Paracel prevê um investimento de aproximadamente US$ 4 bilhões, o que o torna o maior investimento privado do país.

Segundo as autoridades paraguaias, a construção da nova fábrica deve demorar cerca de 28 meses e a estimativa é de que entre em operação no início de 2027.

“Estamos colocando o MIC a serviço da Paracel, uma obra que é prioritária para o Governo Nacional. São diversas instituições públicas afetadas por esta planta de celulose de grande porte e o MIC está assumindo a liderança na promoção deste empreendimento”, afirmou o vice-ministro do Comércio, Rodrigo Maluff, após a reunião.

“Identificamos em conjunto alguns pontos que devem ser desbloqueados relacionados ao cadastro, zonas francas, estradas para transporte de madeira e aspectos de imigração”, explicou o vice-ministro Maluff.

Formada em 2019 com capital majoritariamente paraguaio, juntamente com parceiros da Suécia e da Áustria, a Paracel tem 100 mil hectares, distribuídos entre os departamentos de Concepción e Amambay, e pretende plantar 22 mil hectares de eucalipto para industrialização.

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Portugal tem mais de 13.000 empresas ligadas à floresta

“Em Portugal existem mais de 13.000 empresas ligadas à floresta, grande parte dedicadas à silvicultura e exploração florestal, mas também à extração de cortiça ou ao fabrico de papel e pasta de papel. As exportações deste setor têm crescido, na última década, quase 5% ao ano. Ultrapassaram em 2023 os 6.400 milhões de euros, sendo o papel, cartão e pastas celulósicas responsáveis por quase metade desse montante (47,4%)”, salienta o presidente da AICEP — Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Ricardo Arroja, no seu editorial da edição 182 da  Revista Portugalglobal, de Janeiro de 2025, dedicada ao tema “A floresta e o papel de Portugal”.

Ricardo Arroja ressalta ainda ser “provável que crescimento económico, indústria ou inovação não sejam os primeiros conceitos a lembrar quando se fala da floresta, porque o contato com a natureza traz vantagens difíceis de quantificar. Os números, no entanto, retratam um setor que cresce, que já representa mais de 5% do PIB nacional e mais de 8% das exportações portuguesas. O setor florestal e bioindústrias associadas tem contribuído para o desenvolvimento da economia nacional e também para uma maior coesão social, ao criar emprego e fixar comunidades em algumas das áreas mais desfavorecidas do país. Ao valor acrescentado junta-se um papel social que só a floresta consegue cumprir”.

A edição de Janeiro de 2025 da Revista Portugalglobal destaca as inovações portuguesas, do papel que processa informação às nanocápsulas para medicamentos, e conta com uma entrevista ao diretor-geral da Biond – Forest Fibers from Portugal, Gonçalo Almeida Simões.

Pode ler a edição 182 da Revista Portugalglobal aqui.

Informações: Agricultura & Mar.

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Exclusiva – Com forte tendência para investimentos em 2025, setor de florestas plantadas contribui para alavancar a economia do Brasil e reforça diretrizes ambientais

O setor cresce a cada ano, moldado por sustentabilidade e inovação, se tornando um dos pilares na economia do país; Diretor da ArborGen Brasil comenta os avanços

Florestas plantadas, definidas pela FAO (Food and Agriculture Organization) como “florestas compostas por árvores nativas ou exóticas, estabelecidas por plantio ou semeadura para fins comerciais”, desempenham um papel essencial na conservação ambiental e no desenvolvimento econômico. Com o avanço contínuo, o setor se posiciona como uma das alternativas de investimento mais promissoras para 2025.

Em 2023, o setor ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 10 milhões de hectares de árvores plantadas – um crescimento de 3% em comparação ao ano anterior. O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia, dando origem a uma ampla gama de produtos de fontes renováveis, como papéis, celulose, embalagens, roupas, pisos laminados e muito mais.

O principal eixo de ampliação de áreas de cultivo no país foi no estado do Mato Grosso do Sul, em terras antropizadas, transformadas em plantações florestais. Atualmente, o estado ocupa a segunda posição em área total plantada, com 1,5 milhão de hectares, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que lidera com 2,2 milhões de hectares.

Adriano Almeida, diretor da ArborGen Brasil, empresa líder mundial em genética avançada e produção de eucalipto e pinus, destaca: A expansão das áreas plantadas é resultado de fatores como a crescente demanda por produtos sustentáveis, políticas de incentivo ao setor e a aplicação de tecnologias que melhoram a produtividade. A ArborGen contribui diretamente com soluções genéticas avançadas que aumentam a eficiência do plantio e a qualidade da produção florestal”.

Na economia, a cadeia produtiva florestal no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 0,9%. Já a produção florestal no PIB agropecuário foi de 4,2% e 4% no PIB da indústria de transformação. O setor também gerou 33,4 mil novos empregos no mesmo ano, totalizando 2,69 milhões de postos diretos e indiretos.

No comércio internacional, a indústria brasileira de árvores cultivadas alcançou um volume de exportações de US$ 12,7 bilhões, e segue liderando o ranking mundial em exportação de celulose, com mais de 18 milhões de toneladas enviadas ao exterior. Esse foi o segundo melhor desempenho de exportação nos últimos dez anos, com um crescimento anual composto (CAGR) de 4,5% no período, segundo o Relatório Ibá 2024.

Segundo Almeida, 2025 tem tudo para seguir o ritmo de crescimento observado nos últimos anos. “O setor continua atraindo investidores, impulsionado por uma demanda crescente por produtos de origem renovável e práticas sustentáveis. Nós, da ArborGen, já estamos alinhados com esse movimento, com projetos de expansão e desenvolvimento de novos produtos, reforçando nosso compromisso em fornecer mudas de alta qualidade.”

Avanços em inovação e genética

O setor também se destaca pelo contínuo avanço em pesquisa e inovação. Adriano Almeida ressalta o papel do melhoramento genético: “A genética avançada tem permitido a criação de árvores mais produtivas e adaptadas, otimizando a produção de celulose, papel, energia e madeira para movelaria. Isso contribui diretamente para a competitividade do Brasil no mercado global.”

Nas últimas duas décadas, os rendimentos médios das florestas comerciais quase dobraram, com destaque para espécies como eucalipto e pinus, amplamente cultivadas no país.

Paralelamente, novas tecnologias têm revolucionado o setor. Ferramentas como drones, GPS integrado a sistemas de coleta de dados e inteligência artificial (IA) estão tornando as operações mais eficientes e seguras, desde o plantio até o monitoramento florestal.

Impulsionado pela demanda crescente por madeira e derivados, como a celulose, o setor florestal brasileiro prevê investimentos de R$ 61,9 bilhões até 2028. Grandes projetos já estão em andamento, com destaque para empresas como Arauco (R$ 25 bilhões), Suzano (R$ 22,2 bilhões), CMPC (R$ 25 bilhões), Bracell (R$ 5 bilhões) e Klabin (R$ 1,6 bilhão). Atualmente, o setor inaugura uma nova fábrica a cada 18 meses, consolidando seu papel como protagonista na economia brasileira.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Com bolsa de R$ 1,4 mil, Suzano e SEST SENAT prorrogam inscrições para a terceira turma da Escola de Motoristas em Três Lagoas (MS)

Pessoas interessadas podem se inscrever no processo seletivo para a qualificação profissional até o dia 31 de janeiro deste ano

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em parceria com o SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), prorrogou até o dia 31 de janeiro o prazo de inscrições para a terceira turma do Programa Escola de Motoristas Profissionais. Com 24 vagas disponíveis e gratificação de R$ 1,4 mil aos aprovados(as) no final do curso, a iniciativa visa qualificar pessoas interessadas em ingressar no setor de logística florestal. A formação tem duração média de um mês e meio, dividida entre aulas teóricas, simuladas e práticas.

Para participar da seleção, candidatos(as) devem atender alguns pré-requisitos, como: ter idade mínima de 21 anos (completos na data de inscrição), possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF); possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação) na categoria “D” ou “E” e que esteja em situação válida; não ter cometido infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias nos últimos 12 meses e residir em Três Lagoas (MS). As inscrições para o processo seletivo seguem abertas até o dia 31 de janeiro ou enquanto houver vagas disponíveis e devem ser feitas presencialmente, na sede do SEST SENAT (Avenida Júlio Ferreira Xavier, 2640 ao lado da Faculdade AEMS – Jardim Alvorada, Três Lagoas – MS, 79610-320), em horário comercial.

Após a inscrição, candidatos(as) passarão por processo de seleção, que inclui análise de documentação apresentada e do histórico no trânsito. Por isso, é importante, no momento da inscrição, estar munido de CNH; CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social (caso seja trabalhador(a) com vínculo empregatício); histórico de pontuação do Detran e comprovante de residência em nome do(a) aluno(a). Os documentos deverão ser entregues pessoalmente, no momento da inscrição. Não serão aceitos documentos enviados por terceiros ou via postal.

Serviço

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas na sede do SEST SENAT de Três Lagoas, pelo telefone (67) 2105-5302 ou pelo link:   https://forms.office.com/r/NyZYZ48C5G.

 Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br.

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A contribuição dos Planos de Desenvolvimento Florestal para a estruturação adequada de políticas públicas no Brasil

*Artigo por Cícero Ramos

O Brasil abriga a maior parte da Floresta Amazônica e outros biomas ricos em biodiversidade. No entanto, enfrenta desafios significativos relacionados ao desmatamento ilegal, exploração ilegal de madeira, degradação ambiental e governança das terras.

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 18/2024, recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), propõe mudanças na classificação dos biomas, gerando intensos debates e manifestações.

Mato Grosso necessita de um Plano de Desenvolvimento Florestal. Um estudo detalhado, realizado por uma empresa especializada com a colaboração da EMBRAPA FLORESTAS, IBGE, IBAMA, SEMA-MT, CREA-MT e universidades, poderia identificar as fitofisionomias do estado em escalas compatíveis. Um exemplo positivo é o Mato Grosso do Sul, que implementou seu Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Florestas e se tornou o maior exportador de celulose do Brasil.

Os Planos de Desenvolvimento Florestal (PDFs) são fundamentais para a construção de políticas públicas, pois oferecem diagnósticos para a gestão sustentável dos recursos florestais. Essas ferramentas contribuem para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, buscando consolidar a cadeia produtiva da política agrícola e florestal, aumentar a produtividade e melhorar a infraestrutura, ao mesmo tempo em que garantem a conservação das florestas naturais. Assim, os PDFs promovem a qualidade de vida e o bem-estar social, estabelecendo conexões entre os setores primário, secundário e terciário da economia.

Importância dos Planos de Desenvolvimento

Os PDFs são essenciais para:

1. Aplicação da Lei Ambiental: Garantir a correta destinação da área para reserva legal em cada bioma.

2. Consolidação de Cadeias Produtivas: Facilitar a integração entre produtores, processadores e consumidores, fortalecendo a política florestal.

3. Aumento da Produtividade: Promover práticas que elevem a eficiência na utilização dos recursos florestais sem comprometer a sustentabilidade.

4. Conservação Ambiental: Proteger florestas naturais, assegurando a sustentabilidade dos ecossistemas.

5. Melhoria da Infraestrutura: Desenvolver condições logísticas adequadas para a cadeia produtiva, beneficiando outros segmentos.

6. Qualidade de Vida: Aumentar o bem-estar das comunidades locais através da inclusão econômica e social.

Objetivos dos Planos de Desenvolvimento Florestal

Os PDFs têm objetivos claros e estratégicos:

•Estabelecer Políticas Públicas: Criar um novo modelo de crescimento que impulsione o setor agrícola e florestal.

•Estimular o Desenvolvimento do Setor Florestal: Incentivar práticas do manejo florestal sustentável e florestas plantadas.

•Inclusão de Produtores: Ampliar a participação de pequenos e médios agricultores na cadeia produtiva, garantindo que esses produtores possam acessar recursos, técnicas e mercados, promovendo uma economia mais justa e inclusiva.

•Atrair Investimentos: Buscar recursos que fortaleçam a indústria madeireira e produtos derivados e criar um ambiente favorável para investidores, como exemplo indústria celulose, com políticas que incentivem a sustentabilidade e a inovação.

•Uso Múltiplo da Floresta: Ampliar a utilização de recursos florestais para diversas finalidades, através do manejo florestal sustentável, em diferentes escalas, incluindo a produção de madeira e produtos florestais não madeireiros, especialmente por pequenos produtores e comunidades.

O Papel dos Planos como Instrumentos de Política Pública

Os Planos de Desenvolvimento Florestal contribuem para:

1. Uso Adequado do Solo: Promover práticas que maximizem a produtividade sem comprometer o meio ambiente.

2. Melhoria da Logística: Facilitar o transporte e a comercialização de produtos florestais.

3. Recuperação de Florestas Nativas: Implementar ações de restauração e conservação.

4. Incremento de Novos Negócios: Apoiar o surgimento de iniciativas econômicas sustentáveis.

5. Equilíbrio de Oferta e Demanda: Garantir que a produção florestal atenda às necessidades do mercado.

6. Atração de População Rural: Incentivar a migração para áreas rurais, aliviando a pressão nas cidades.

Em resumo, os Planos de Desenvolvimento Florestal são essenciais para a implementação de políticas públicas eficazes no Brasil. Eles não apenas promovem o desenvolvimento sustentável, mas também integram diferentes setores da economia, beneficiando a sociedade como um todo. Com a execução desses planos, o país pode avançar rumo a um futuro mais equilibrado e sustentável, utilizando a riqueza das florestas de maneira responsável e justa. No caso de Mato Grosso, o fortalecimento das atividades florestais pode promover o desenvolvimento em harmonia com a conservação dos recursos naturais.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Mercado de drones ruma para US$ 17,5 bilhões no agro

Como a versatilidade de tecnologias que podem ser acopladas ao equipamento atrai de grandes fazendas a povos indígenas no país, em um movimento crescente no campo

Até 2028, o mercado de drones destinados à agricultura e à pecuária em todo o mundo deve movimentar no ano US$ 17,5 bilhões (R$ 96 bilhões na cotação da moeda no fim de agosto), ante US$ 4,5 bilhões (R$ 25 bilhões) em 2023, crescimento de 35% no período, prevê a consultoria indiana MarketsandMarkets Research. É um mundo em evolução, em áreas de agricultura de precisão, pecuária e outras produções de proteína animal, como a piscicultura, mais silvicultura, horticultura, proteção florestal e produções indoor.

O crescimento da utilização de drones no campo faz parte de um movimento maior do uso global desse tipo de equipamento em diversos setores da economia, mercado estimado em US$ 67 bilhões (cerca de R$ 360 bilhões) daqui a cinco anos. O Brasil não está fora disso, inclusive no agro, não somente no uso – que vai de grandes fazendas a povos indígenas no interior de Mato Grosso –, porque também há gente interessada em desenvolver tecnologia local.

Nessa corrida, a Psyche Aerospace, startup brasileira criada em 2022 por Gabriel Leal, de 26 anos, tem atraído olhares pela ousadia de construir e agora querer escalar a produção do maior drone agrícola do mundo. A companhia, de São José dos Campos (SP), está no “vale aeroespacial” do país, liderado por dois grandes organismos, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Embraer, empresa nacional que no ano passado faturou R$ 26,1 bilhões e que disputa mercado com nomes como a norte-americana Boeing e a europeia Airbus.

“Era um sonho fazer exploração espacial, um setor altamente regulado pelas Forças Armadas”, diz Leal. “E aí nasceu a Psyche, uma empresa de tecnologia que vai fazer o casamento de duas joias brasileiras – a tecnologia aeroespacial com o agro –, tirando a ideia de que uma empresa aeroespacial precisa ter contratos militares e trabalhar para as Forças Armadas.”

Gabriel Leal, que queria explorar o espaço, tem olhos para o agro. Imagem: divulgação

Leal é filho e neto de pequenos produtores rurais do norte de Minas, onde a família produz leite e cultivava manga. Ele seguiu no empreendedorismo. “Eu não tinha dinheiro. Comecei a empresa sozinho, criei o modelo de negócio e apliquei para o Parque Tecnológico de São José”, diz ele, que se juntou a dois engenheiros que acreditaram na proposta: João Barbosa e Matheus Petrosa, que se tornaram cofundadores. “De 2022 para cá, levantamos R$ 15 milhões.” Foram duas rodadas, e Leal se prepara para uma terceira, de valor não revelado.

A startup, que começou em uma sala com dois computadores, hoje tem cerca de cem funcionários para uma fábrica de 6 mil metros quadrados e planeja escalar a estrutura para construir drones no país. “Nosso drone tem capacidade de 400 litros por tanque, mas o objetivo é escalar até 800 litros.”

Um drone para 100 litros de agroquímicos já é considerado grande. Leal mira investimentos da ordem de até R$ 300 milhões, incluindo a industrialização das baterias de lítio usadas nos equipamentos. O drone desenvolvido pela Psyche não é só uma ferramenta de pulverização. Ele representa uma mudança de paradigma no setor, propondo substituir tratores e aviões agrícolas tradicionais em grandes áreas.

O sistema é composto por estações de abastecimento, chamadas “belugas”. Essas estações são capazes de reabastecer os 400 litros em cada braço, em um total de 2.400 litros em apenas 10 segundos, o que é cinco vezes mais rápido que um pit stop de Fórmula 1. “Cada beluga poderá pulverizar até 5 mil hectares por dia, o que é uma capacidade impressionante para o agronegócio”, afirma Leal. “Hoje, a coisa mais tecnológica que o produtor tem é o GPS na colheitadeira. Quando mostrarmos nosso sistema, a única pergunta que o cliente vai me fazer é: ‘Isso funciona?’. E a resposta é sim.”

Gilson Pinesso, que com a família possui cerca de 140 mil hectares em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí, onde a maior parte das terras é destinada à produção de grãos, é um dos produtores que estão apostando no projeto de Leal. “Utilizamos drones na fazenda, e isso já é comum para nós”, diz Pinesso. Em meados de setembro, uma de suas propriedades, a Fazenda Floresta, em Campo Verde (MT), sediará a Prova de Conceito (POC) da Psyche.

Primeiro voo do drone da Psyche Aerospace. Imagem: divulgação

Esse será o primeiro teste em campo para validação do equipamento antes de seu lançamento comercial. “Vamos trabalhar como se fosse um dia normal de aplicação de agroquímico”, afirma Leal. Na fila para novos testes, estão empresas como a Tereos,  Nardini e Atvos, produtoras de cana-de-açúcar e bioenergias. A startup vem trabalhando em sistema de LOI (Letter of Intent), que são pré-contratos de compra. No caso de Pinesso, a LOI é de R$ 20 milhões: “Ele assinou a LOI em cinco minutos.” Em março, a Psyche estava avaliada em R$ 75 milhões.

Indígenas e a Agricultura Familiar

Em Mato Grosso, há também um projeto com drones que está na outra ponta: os povos indígenas e a agricultura familiar. Na Bunge Alimentos, subsidiária da norte-americana Bunge Limited no Brasil, empresa que fatura na casa de R$ 80 bilhões anuais, a fundação é a “responsável pelo S dentro da agenda ESG”, diz a presidente da Fundação Bunge, Claudia Buzzette Calais. “E está tudo integrado com as áreas de negócio.”

Em 2023, a entidade revisou sua estratégia de atuação, focando em duas áreas: inclusão produtiva e fomento à economia de baixo carbono. Claudia explica que o objetivo é aumentar o número de pessoas com acesso a emprego e renda, mirando a integração do agronegócio de larga escala no Brasil, que também beneficie a agricultura familiar e os povos tradicionais. “Trabalhar com produção de larga escala e agricultura familiar, uma puxando a outra, era algo que precisava ser testado. Felizmente funcionou, e estamos prontos para ampliar essa integração”, diz ela.

O projeto dos drones começou em 2022 com as etnias Xavante e Boé-Bororó, abrangendo três terras indígenas. São cerca de 2 mil hectares e 15 mil indígenas em Mato Grosso. A fundação também atua no Mato Grosso do Sul, com seis etnias e 7.900 indígenas, que ocupam uma área de 590 hectares.

O que esses indígenas fazem com drones? Além do monitoramento dos recursos naturais e proteção de terras, por exemplo contra o garimpo ilegal – que vem sendo ampliado em parceria com órgãos governamentais, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) –, o uso dos drones atende áreas de cultivo e extração de castanhas.

A fundação doa os drones, notebooks e outros equipamentos, além de fazer a formação técnica dos indígenas. “Os drones são usados para monitorar focos de incêndio, ocupações indevidas e áreas de desmatamento”, diz Claudia.

“Além disso, ajudam a acompanhar projetos de reflorestamento de áreas degradadas, como no caso dos Xavantes, onde estamos trabalhando no adensamento de pequi e baru, espécies nativas utilizadas para alimentação e venda. Este ano, estamos gerando cerca de R$ 1 milhão em renda para povos tradicionais por meio da coleta e venda de sementes utilizadas em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.”

O projeto está em fase de expansão para outras regiões, incluindo Tocantins, Pará, Maranhão, Bahia, Goiás, São Paulo e Paraná. Até 2030, a meta é implementar a iniciativa em 43 terras indígenas, abrangendo cerca de 14,5 milhões de hectares e beneficiando 68 mil indígenas, de 65 etnias.

A Fundação Bunge também está investindo na criação de “salas de situação” equipadas com computadores e tecnologia de satélite (onde as imagens capturadas pelos drones são analisadas), e na instalação de antenas da Starlink para conectividade. “Essas salas são essenciais para a eficácia do monitoramento, pois permitem uma resposta rápida a situações de emergência, como incêndios ou invasões de terra”, explica Claudia. “E não adianta doar drones e montar salas de situação se dentro das terras indígenas não há internet.”

Informações: Forbes.

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Exclusiva – Grupo Comelli agora é Grupo Comber: mudança une todas as operações da empresa em um único ecossistema; saiba mais

Com a reestruturação interna e identidade visual de marca, o novo nome representa todas as empresas do Grupo, simbolizando união, inovação e o início de uma nova era

Presente no mercado desde 1986, o Grupo Comelli viveu um marco histórico em sua trajetória no dia 08 de novembro de 2024, passando a ser Grupo Comber. A mudança não foi apenas visual e de identidade, mas também estrutural. A partir dessa data, as operações começaram a ser centralizadas em um único ecossistema, um movimento estratégico que representa uma nova fase para a empresa, que visa transformar o futuro da energia renovável no Brasil. O Grupo, antes mais conhecido pelo ramo logístico, possui ampla atuação nos segmentos florestais, caminhões seminovos, indústria, locações, e a mais recente: processamento de biomassa. Visando expandir seus negócios para a região Norte do país, adquiriu uma nova área no Tocantins, com expectativas de aumento em até 15% de seu faturamento anual em 2025.

Mosaico florestal de nova fazenda adquirida pelo grupo, no Estado de Tocantins.

A decisão de rebranding nasceu de uma situação interna: o antigo nome da empresa estava diretamente vinculado ao transporte, um braço importante no negócio, porém, não o principal, o que gerava a percepção de que atuava apenas neste ramo e não nos outros segmentos. A empresa também visava ampliar no mercado a visão para o seu know-how que une tecnologia, sustentabilidade e inovação.

Contudo, esse processo de mudança não foi rápido, levando cerca de dois anos para amadurecer e ser colocado em prática. Então, a decisão para o novo nome surgiu, sendo indicado: Comber — Companhia Brasileira de Energia Renovável, ao qual já fazia parte do histórico da empresa. Inicialmente, houve resistência, pois o nome carregava uma narrativa específica: ComBer era a junção dos sobrenomes Comelli e Bernardini, sendo este último um antigo sócio da indústria. O Grupo Comelli adquiriu a parte de Bernardini em 2015, tornando a ComBer 100% pertencente ao Grupo.

Com o tempo, o nome Comber foi ressignificado, adquirindo um novo propósito e identidade visual. Ele passou a representar não apenas a história, mas também o futuro do Grupo. Assim, em novembro de 2024, o nome foi oficializado para toda a organização, marcando uma virada de chave, que antes era restrito à indústria, e agora se tornou o nome de todas as empresas do Grupo, simbolizando união, inovação e o início de uma nova era.

Nova unidade em Tocantins

As novas operações do Grupo Comber na fazenda adquirida em Goiatins (TO) começaram na última sexta-feira (10), com a chegada das máquinas no local. A propriedade abrange uma área de 39,2 mil hectares, destinada ao manejo e exploração florestal, com foco nas seguintes atividades:

  • corte de eucalipto;
  • arraste e movimentação da madeira;
  • picagem para produção de cavacos; e
  • venda de cavacos de eucalipto.
Chegada de maquinários na nova fazenda adquirida, no Tocantins.

Atualmente, o Grupo Comber possui cerca de 700 funcionários em seu time, distribuídos nas unidades das seguintes localidades no Brasil:

  • Uberlândia (MG);
  • Rondonópolis (MT);
  • Alto Araguaia (MT);
  • Itiquira (MT);
  • Primavera do Leste (MT);
  • Três Lagoas (MS);
  • Catanduva (SP);
  • Chapadão do Céu (GO);
  • Rio do Sul (SC);
  • Goiatins (TO); e
  • matriz, Rio Verde (GO).

Principais atividades do Grupo

  • Comber Logística:
    Prestação de serviços florestais e cadeia logística completa. A empresa possui alta performance e expertise na prestação de serviços florestais, garantindo a colheita, picagem e transporte eficiente e integrado.
  • Comber Biomassa:
    Uma das principais referências nacionais na produção de cavacos de eucalipto, a empresa oferece soluções energéticas eficientes e sustentáveis.
  • Comber Florestal:
    Especialista no plantio de ativos biológicos com foco em florestas de eucalipto, promovendo sustentabilidade e qualidade.
  • Comber Seminovos e Veículos:
    Oferece caminhões revisados e confiáveis, fruto da constante renovação de frota.
  • Comber Indústria:
    Pioneira em soluções tecnológicas para secadores de grãos com uso de biomassa de cavaco.
  • Comber Locações:
    Foco em locações de equipamentos para sinergia estratégica nos mercados em que atua. O mais novo empreendimento complementa as operações do Grupo, trazendo inovação e ampliando o seu portfólio com locações de equipamentos alinhadas aos mercados em que atua.

O Grupo Comber nasce com a missão de oferecer soluções em geração de energia renovável, processamento de biomassa e transporte especializado, através da tecnologia e inovação aplicada ao agronegócio brasileiro. E tem como visão ser referência nos mercados em que atua, por meio de seu amplo know-how, tecnologia aplicada, excelência em produtos, serviços e compromisso com meio ambiente.

Felipe Comelli, CEO do Grupo Comber, falou com exclusividade à redação do Mais Floresta, sobre os detalhes desse novo momento da empresa, relevância, expectativas e novos projetos. Na noite desta terça (14), ele também participou de live ao vivo no Instagram do portal, onde narrou um breve histórico da empresa, que impressiona devido ao case de crescimento e sucesso adquirido, até chegar aos seguimentos que hoje atende no mercado, com relevante posicionamento.

Paulo Cardoso, CEO do portal Mais Floresta, e Felipe Comelli, em live desta terça (14).

Mais Floresta – O que significa para o Grupo, a aquisição de nova área no Estado do Tocantins?

Felipe – Aumento da capilaridade, abrindo uma nova filial da empresa numa região agrícola em plena expansão permitindo a nossa empresa atender mercados no Tocantins, Maranhão, Piauí e Sul do Pará.

Mais Floresta – Quais foram os fatores motivadores para a aquisição da nova unidade, e a escolha da região para tal?

Felipe – A escolha foi motivada por aumentarmos nossa parceria com um importante cliente do nosso Grupo, além de ampliarmos nossas operações nessa importante fronteira agrícola brasileira, a qual nossa empresa atende o mercado de grãos fornecendo biomassa para processos industriais e secagem de grãos.

Mais Floresta – Com a nova unidade, o que se espera em resultados nesse segmento em 2025?

Felipe – Com essa aquisição, temos potencial de aumentarmos nosso faturamento anual entre 10 a 15%, gerando diversas oportunidades na região, visto os desafios que temos em nosso país. 

Mais Floresta – Quantos veículos e maquinários próprios a empresa possui em sua frota atualmente, e quais tecnologias se destacam?

Felipe – Atualmente contamos com mais de 70 máquinas de colheita florestal operando na modalidade Full-Tree, substituindo o traçamento pela picagem do cavaco no campo diretamente no caminhão. Tecnologia que permite maior aproveitamento da matéria-prima (eucalipto), e gera mais eficiência aos clientes que atendemos, além de contarmos com uma frota de mais de 300 conjuntos entre carretas e rodotrens, equipados com piso móvel, além de tecnologia Euro 5 e Euro 6, reafirmando nosso compromisso com um transporte mais sustentável e responsável, para atendermos todas as necessidades dos nossos contratos.

Mais Floresta – Para 2025, quais as expectativas para o mercado de biomassa no Brasil?

Felipe – Em 2025 teremos um ano desafiador visto as oscilações cambiais, das quais teremos impactos nos equipamentos florestais, na aquisição e manutenção. E o principal insumo da operação que é o diesel, também atrelado ao câmbio. Mas independente das dificuldades, operamos em um segmento de energia renovável, ao qual ano após ano tem oportunidades de crescimento e manutenção dessas oportunidades, segmento que tem muita admiração do mercado, e com isso, seguimos otimistas de vencer todos os obstáculos.

Sobre negócios em família, e sucessão com sucesso, Felipe Comelli destacou em live realizada na noite desta terça (14), no Instagram do Mais Floresta, que: “É preciso preparar de berço, não pode apenas pensar no dinheiro, mas gostar do segmento”.

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Grupo Comber

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Quem são as maiores produtoras de papel e celulose no Brasil?

Sozinhas, elas representaram 2,7% do PIB brasileiro em 2023 e tiveram receita bruta de R$ 260 bilhões

A indústria de  papel e celulose no Brasil está vivenciando um período de expansão sem precedentes, com expectativas de crescimento contínuo até o final desta década. Empresas nacionais e internacionais, incluindo gigantes como Suzano, Klabin, Arauco, CMPC e Bracell, estão investindo pesadamente em novos projetos e programas de expansão, sinalizando um futuro promissor para o setor.

Em 2023, a receita bruta alcançou R$ 260 bilhões, representando 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com uma produção de celulose de 24,3 milhões de toneladas e exportações que somaram US$ 12,7 bilhões.

Veja as maiores:

  • Suzano
  • Klabin
  • CMPC
  • Arauco
  • Bracell
  • Eldorado
  • Cenibra
  • LD Celulose
  • Sylvamo
  • Veracel

Entenda

O Brasil se destaca globalmente na indústria de papel e celulose devido às suas condições climáticas favoráveis, solo fértil e abundância de água, permitindo o rápido desenvolvimento de florestas de eucalipto em menos de sete anos. Essas vantagens, combinadas com a disponibilidade de terras, geralmente pastagens ou áreas degradadas, tornam o país altamente competitivo e atraente para investimentos de grandes grupos internacionais.

Informações: Terra.

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Setor de Base Florestal de MT enfrenta novo regramento para gestão de florestas

Mudanças no processo de documentação e validade de autorizações impactam o setor e promovem maior segurança jurídica

O setor de base florestal de Mato Grosso deverá se adequar a um novo regramento estabelecido por decreto estadual, que redefine os requisitos documentais e prazos de validade para autorizações de desmatamento e exploração vegetal. As medidas impactam diretamente os procedimentos de supressão da vegetação nativa, sob a gestão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

De acordo com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), uma das principais novidades é a obrigatoriedade de apresentar documentos que comprovem a titularidade ou o domínio das áreas para as quais se solicita a supressão vegetal. Contratos de compra e venda, licenças de ocupação e autorizações anteriores deixam de ser aceitos como base para essas solicitações. Apenas áreas com documentação completa e regularizada serão elegíveis para análise e eventual aprovação dos pedidos.

Outra alteração significativa diz respeito à validade das autorizações. Antes vinculadas à duração da licença ambiental do empreendimento, que geralmente alcançava até cinco anos, as Autorizações de Exploração Florestal (AEF), de Desmate e de Queima agora terão validade máxima de três anos, podendo ser prorrogadas por mais um ano em situações específicas.

Os artigos 66, 75 e 77 do regulamento foram reformulados. O artigo 66 detalha os documentos obrigatórios para o licenciamento, enquanto os artigos 75 e 77 foram ajustados para refletir as novas limitações de prazo.

Conforme a Fiemt, o objetivo do decreto é aprimorar os procedimentos administrativos, promover maior segurança jurídica nos processos de supressão vegetal e fortalecer o controle e a fiscalização das atividades do setor. Já a Sema esclarece que o decreto não impõe novas proibições, mas busca especificar e padronizar requisitos e prazos, otimizando a gestão florestal no estado.

Atualmente, o setor de base florestal é responsável por gerar 13.878 empregos diretos e 38.960 indiretos em Mato Grosso. São 5 milhões de hectares de vegetação nativa conservada em áreas de manejo sustentável, sustentando as atividades de 1.188 empresas em 66 municípios.

Informações: Nativa News.

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