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10 previsões para o setor florestal em 2025

*Artigo por Marcelo Schmid

Tenho bola de cristal? Não, mas no Grupo Index estamos em contato diário com muitas empresas, dados e tomadores de decisões, o que nos credencia a “arriscar” alguns palpites sobre a economia, ambiente de negócios e tendências de mercado. 

Se iremos acertar? Não sei, pois a economia e o mundo dos negócios são dinâmicos, tudo muda dia após dia, por isso mesmo em dezembro de 2025 irei revisitar esse artigo e avaliar as bolas dentro e fora! 

Quero muito ler os seus comentários sobre os itens a seguir! Será que vamos acertar na mosca, ou passaremos longe?

Boa leitura!  

  1. A economia vai ajudar ou atrapalhar?

Segundo a Fundação Dom Cabral, a inflação continua a impactar o crescimento de diversas economias globais, especialmente as mais avançadas. A previsão é que o crescimento mundial seja de 3,0% ao ano em 2025. 

No Brasil o cenário não é diferente: o ano de 2025 deve ser um ano de desaceleração, quando provavelmente teremos inflação maior que 2024 (acima dos 5%), o que levará ao aumento da taxa básica de juros e redução de produção e consumo. O Copom já sinalizou a possibilidade de dois aumentos consecutivos, com isso, a taxa Selic deve estar situada entre 14% e 15% já no início de abril.

Diante desse cenário, espera-se um crescimento econômico modesto para este ano: O Boletim Focus, do Banco Central, projeta um crescimento do PIB de cerca de 2%.

O dólar tende a permanecer acima dos seis reais, com perspectiva de aumento diante de possíveis  políticas de fortalecimento da moeda americana a serem adotadas no governo de Donald Trump. A taxa de câmbio (R$/US$) afetará o preço dos insumos (e da atividade florestal) porém, favorecerá o valor das commodities brasileiras no comércio exterior, com destaque à menina dos olhos da cadeia produtiva de base florestal, a celulose.

  1. Diante desse cenário econômico, como ficará o ambiente de negócios no setor florestal?

No Brasil, a desaceleração da economia aliada à desconfiança do mercado investidor quanto às medidas políticas adotadas (sobretudo na área fiscal) deverá piorar o ambiente de negócios. O aumento da taxa Selic irá impactar no custo de capital das empresas, ao tornar o crédito mais caro. Com isso, as empresas alavancadas ou aquelas que planejavam realizar novos investimentos terão que buscar alternativas para financiar seus novos projetos.

O investimento em florestas deverá ser afetado? Com os juros mais altos, o investimento em renda fixa torna-se competitivo frente ao retorno prometido pela floresta. Os fundos de investimento, naturalmente, manterão sua atividade, pois a madeira é parte da estratégia do portfólio, mas deverão procurar ativos florestais que prometam maior rentabilidade

Porém, o cenário é prejudicial para os pequenos produtores. Devido à baixa escala, tais produtores têm custo marginal maior e retornos menores, logo, o investimento em renda fixa se torna uma opção mais atrativa. Não esperamos que em 2025 essa categoria de investidor se empolgue com florestas, pelo contrário, o processo de conversão de áreas florestais em outros usos deverá continuar. 

As empresas de base florestal, por fim, precisam de matéria-prima e, à medida que pequenos e médios produtores se afastam do mercado e reduzem a disponibilidade de madeira spot, precisam investir em florestas, gerando mais verticalização e concentração da produção de madeira no Brasil, ou ainda, buscar parcerias com fundos de investimento (se conseguirem oferecer rentabilidade atraente…).

  1. Diante da situação econômica global, como será o mercado de madeira?

Não temos dúvida que o consumo de fibra de madeira continuará a crescer em longo prazo. Segundo a FAO, a demanda por produtos de madeira sólida e fibra celulósica, em substituição a materiais não renováveis, pode aumentar para 272 milhões de m³ até 2050. Já o uso de madeira para energia deverá aumentar dos atuais 1,9 bilhões de m³ para 2,7 bilhões de m³.

Porém, avaliando o comportamento de mercado dos principais players mundiais (e daqueles que afetam as exportações brasileiras), concluímos que 2025 será um ano de cautela e preparação, onde a grande tônica será entender os efeitos que os Estados Unidos poderá causar no comércio internacional de madeira, considerando as ameaças de taxação feitas pelo presidente Donald Trump, ainda em campanha.

A implementação da EUDR (legislação anti-desmatamento da Europa), a partir de dezembro deste ano, deverá afetar os países exportadores de madeira, pois o continente europeu é um dos grandes players deste mercado.

  1. E então como ficam as exportações dos produtos de base florestal?

Sem sombra de dúvidas, uma das maiores preocupações da indústria brasileira de produtos florestais voltados à exportação é a política de comércio exterior a ser adotada pela gestão de Donald Trump à frente dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que novas taxas de importação deverão ser criadas (cumprindo a promessa de campanha do presidente), espera-se uma melhoria no mercado de construção civil do país. Especialistas apontam que o número de housing starts deverá ter um crescimento de 11% e isso é bom para o mercado nacional de madeira sólida e compensados de pinus.

No caso da Europa, conforme já destacado, a adequação à norma antidesmatamento (EUDR) será a tônica. Entendemos que para o Brasil isso pode ser uma vantagem competitiva, uma vez que grande parte dos produtos de origem florestal exportados são oriundos de florestas plantadas. 

E a celulose? No segundo semestre de 2024, o preço da commodity sofreu queda tanto na Europa quanto na China, porém, especialistas apontam que em 2025 haverá aumento de preço a partir da metade do ano. Considerando que a taxa de câmbio será extremamente benéfica às exportações, o cenário de 2025 é favorável para as empresas brasileiras.

  1. A importância do uso da madeira para energia crescerá

Nos últimos anos, o Grupo Index tem trabalhado intensamente em projetos voltados ao abastecimento de operações industriais com biomassa florestal. O mais interessante é que temos sido demandados por muitas empresas de fora do setor de base florestal: agronegócios, indústrias de alimentos, energia, cimento e indústrias químicas.

Mesmo com o grande desafio da disponibilidade de matéria-prima e dificuldade em competir com os grandes players, em 2025 esse negócio continuará a crescer. Existe forte demanda por biomassa na região centro-oeste, por conta das empresas do agronegócio, e no sudeste e sul, regiões bastante industrializadas, se observa um movimento forte de conversão de uso de fontes de energia fósseis para fontes renováveis em diversas fábricas.

Ainda sobre o uso energético da madeira, o Grupo Index tem desenvolvido uma série de estudos em Minas Gerais e observado uma retomada gradual do mercado de carvão vegetal, a qual acreditamos que se manterá ao longo de 2025, incentivada por fatores interno e externos, entre eles o imposto de importação criado para produtos de aço no Brasil.

  1. Teremos novidades vindas da indústria de celulose (“o urso”) ?

Como todos os anos, as novidades do segmento de celulose sempre são as mais esperadas, afinal, nenhuma outra indústria no setor é capaz de movimentar cifras tão expressivas! 

Quando se fala em produção de celulose no Brasil é difícil de não criar uma associação imediata com seu principal estado produtor, Mato Grosso do Sul, que em 2024 esteve muito movimentado: startup da nova fábrica da Suzano, em Ribas, anúncio da nova fábrica da Bracell, em Água Clara e continuidade das obras da nova fábrica da Arauco, em Inocência.

Como o consumo mundial de celulose continua a crescer linearmente, o interesse da indústria em expandir no Brasil permanecerá. Mas onde? Será que MS ainda tem espaço para novos projetos?

Grupo Index acredita que em 2025 teremos novidades na indústria de celulose sim, porém em outros estados. Temos alguns candidatos com características interessantes, porém severas limitações. Analisando o “pacote” completo de vantagens e desvantagens de cada um, Minas Gerais surge como candidato à “bola da vez”.

  1. Mas se teremos expansão, haverá madeira para todos?

Mesmo com um crescimento econômico mais moderado, a demanda mundial e nacional por madeira continuará a crescer e a questão que tanto nos incomoda há muitos anos se mantém: de onde virá a madeira? Citamos aqui as palavras de um dos grandes gurus de nosso setor, Nelson Barboza Leite: “o tempo não espera e os estoques de salvamento já se esgotaram. (…) em 2025 os gritos de alerta voltarão com mais veemência!”.

Fala-se da expansão do setor de base florestal para novas fronteiras, estados sem tradição florestal. Será? Talvez, mas para atender a demandas específicas regionais, como o agronegócio na região centro-oeste, sobretudo Mato Grosso e Goiás

E no resto do país, como plantaremos mais florestas considerando o elevado custo da terra e o esperado aumento dos custos de silvicultura? Acreditamos fortemente que a melhor forma de expansão é em cima daquele hectare que já está pago, ou seja, aumentando a produtividade média das florestas, e isso ganhará força entre as empresas em 2025.

Não podemos aceitar que o incremento médio anual das florestas brasileiras permaneça estagnado ou até mesmo em declínio. Aumentar a produtividade será uma tônica do setor a partir deste ano!

  1. Veremos a mecanização se tornar cada vez mais acessível e necessária

A tecnologia continuará sendo uma tendência em 2025. Tendências surgem a partir de drivers, acontecimentos que geram um novo comportamento no mercado. Em nosso setor florestal, temos dois drivers recentes que fomentam a tendência tecnológica: o aumento de custos e a escassez da mão de obra.

mão de obra se tornou peça chave no setor, pois é um recurso cada vez mais escasso (em todos os níveis) e é um item de custo significativo na silvicultura. Portanto, em 2025 veremos as empresas buscarem mais mecanização, criando oportunidade para empresas de maquinário e tecnologia florestal.  

mecanização da silvicultura, antes restrita a grandes empresas, se tornará mais acessível, com a expectativa de maior concorrência entre os fornecedores de máquinas com novas soluções tecnológicas, a exemplo do que ocorreu com a mecanização da colheita.

  1. O Brasil se consolidará como o grande produtor mundial de carbono florestal de alta qualidade

Com o crescente interesse global em soluções baseadas na natureza e a busca por compensações de emissões, aliado ao fato de que a próxima Conferência das Partes (COP) será realizada no Brasil, 2025 será um ano crucial para os projetos florestais voltados à geração de créditos de carbono de alta qualidade.

Se fomos capazes de criar conhecimento silvicultural e uma cadeia produtiva voltada à produção de fibra de pinus e eucalipto, somos plenamente capazes de criar uma cadeia produtiva voltada à produção de carbono em florestas nativas. Em 2025 veremos, portanto, as empresas se especializarem na “silvicultura do carbono”. 

Naturalmente, temos que resolver alguns desafios, como a questão da credibilidade dos projetos, maculada por empresas mal intencionadas ou aventureiras. A busca por tecnologias como blockchainpara garantir a transparência e a rastreabilidade dos créditos será uma tendência crescente em 2025.

Por fim, neste ano veremos o início da regulamentação do mercado de carbono no Brasil (Lei 15.042/24), outro movimento crucial para consolidar o país como líder nesse setor.

  1. Em 2025 o Grupo Index continuará a trabalhar para ser a empresa mais desejada do mercado

Em 2025 o Grupo Index completa 54 anos de uma história que acompanha o desenvolvimento do próprio setor florestal. Em seu início, na década de 70, não falava-se em grandes indústrias de celulose, em sustentabilidade, carbono e tecnologia, mas ao longo dessas décadas o Grupo Index soube crescer organicamente para se adaptar às tendências e demandas de seus clientes. Criamos diferentes negócios e empresas especificamente voltadas para cada dor do mercado de base florestal e de outros mercados.

Estamos cada vez mais organizados em termos estruturais, com clientes satisfatoriamente atendidos em várias regiões do Brasil e em diferentes países da América Latina e Europa.

Observando o fluxo de negócios ao longo dos últimos anos, independente do vai e vem da economia, o Grupo Index acredita que em 2025 teremos a continuidade de duas importantes tendências no ambiente de negócios de nosso setor: tecnologia e sustentabilidade

Continuaremos trabalhando fortemente para nos adaptar às tendências e manter o propósito de nossa visão institucional: “Ser a organização mais desejada pelo mercado no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras”.


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index, engenheiro florestal, advogado e mestre em economia e política florestal, atua como diretor de negócios para a América Latina da Forest2Market do Brasil, que desenvolve análises de mercado florestal baseadas em dados de transações reais de madeira.

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Exclusivo – A biorrefinaria e o fim do pornô florestal

Artigo de Sebastião Renato Valverde[i], Marcelo Moreira da Costa[ii] e Ricardo de Carvalho Bittencourt[iii]

Recentes visitas em algumas fábricas de celulose, tanto em suas áreas florestais quanto industriais, ficamos perplexos com situações-problemas surreais que, antecipamos, não são privilégios de uma ou de outra, já que são comuns em quase 111,11% delas, variando apenas a intensidade. Primeira perplexidade se deu no campo com relação a quantidade de toretes, com e sem cascas, de tamanho abaixo do padrão que permanecem na área como resíduos florestais. A segunda, no pátio das indústrias, a quantidade de cascas desprendidas e também impregnadas nos toretes e, a terceira, a ociosidade das caldeiras movida àquelas cascas desprendidas, pois as impregnadas seguem contaminando e encarecendo o processo industrial ao exigir quantidade maior de reagentes para a polpação.

No tocante a questão financeira, faz jus detalhar sobre os resíduos no campo, embora reconheçamos a importância ambiental deles conforme abaixo, e sobre a ociosidade da caldeira, haja vista se tratar de indústrias que tem a escala de produção como principal característica – as novas plantas nascem grandes com capacidade de 2,5 milhões de toneladas seca ano (Tsa) se projetando dobrar -.

Especificamente há de se assombrar com o volume de toretes descascados residuais, algo em torno de 3 a 7% do total, diante os custos operacionais incorridos no seu corte como desgalhamento, descascamento e traçamento e também os da sua formação. A título de exemplo, dado que o custo para formação de um m3 da madeira em pé aos sete anos é em torno de US$25,00/m3 e que o operacional (cortar, desgalhar e descascar e traçar) é de US$9,00/m3, somando US$34,00/m3 e que para cada Tsa gasta-se, em média, 4,0m3 de madeira, então: para uma produção de 2,5 mi de Tsa, IMA (Incremento Médio Anual) de 40m3/ha.ano, rotação florestal de 7 anos, compreendendo um volume residual de 14m3/ha e uma área colhida anual de 35.710 ha, resulta num volume total de resíduo de 500.000m3/ano a um valor perdido no campo de US$17.000.000,00/ano. Para nós reles mortais descapitalizados, para não dizer depauperados, vem logo aquele bordão “eu ficaria feliz só com 1% deste prejuízo por ano” que daria US$170k.

Com relação a ociosidade da caldeira de força, ao se considerar que as cascas representam de 10 a 12% do volume da madeira, mas que deste total apenas 1,5% é aproveitado na caldeira, significa que ela poderia gerar, no mínimo, de 6 a 7 vezes mais energia do que tem gerado com as cascas desprendidas. Ou seja, as cascas que sobram no campo faltam nas caldeiras. Como estas são projetadas para uma produção de MWh acima deste volume de 1,5% das cascas, pois se leva em conta possíveis fontes de biomassa das florestas eventualmente sinistradas (queimadas, quebradas por ventos, atacadas por pragas e doenças, etc), acaba que parte do ano sem estas sinistradas ela cogera abaixo do seu potencial obrigando a empresa, para honrar compromissos contratuais, a comprar, quando deveria disponibilizar no grid, energia mais cara no mercado spot a preços do PLD  que varia ao sabor do vento (eólica), do sol (solar) e das chuvas. Logo nos períodos críticos do ano em que o valor do MWh, apesar do Sistema Integrado Nacional (SIN), eleva-se com a estação seca e de menor volume de água nas hidroelétricas. 

Ainda que no cenário atual o preço do MWh (em torno de R$200,00/MWh) esteja abaixo do break even point de R$300,00/MWh quando a partir deste justifica complementar com a compra de resíduos florestais e, ou, de agroindustriais regionais, não procede essa ociosidade, haja vista que necessitam de se manterem operando e que tal ócio poderia ser contornado caso as fábricas fossem abastecidas com madeira com casca (10 a 12%) em vez de sem (1,5%).  Se considerar o valor do MWh nos períodos secos e as tendências de alta neste valor dado possível colapso (blackout) na oferta futura torna-se indefensável tal ociosidade, pelo menos para nós pregadores do tal bordão.

Se isso é histórico e generalizado nas indústrias de celulose o que explica a persistência desta ineficiência e o que tem sido ou deveria ser feito para contornar, ou seja, para aproveitar todas as cascas e resíduos lenhosos sem comprometer a sustentabilidade do processo florestal?

A causa maior disso oriunda do sistema de colheita florestal adotado por este segmento que prioriza o recebimento da madeira sem casca, haja vista o histórico de defeitos que os descascadores industriais apresentavam – coisa do passado – e o mau desgalhamento no campo, sobretudo quando a colheita era semi-mecanizada com motosserra. Diferentemente do segmento consumidor de carvão vegetal (siderúrgico/metalúrgico) que convive pacificamente com as cascas, embora para as metalúrgicas o ideal seria de madeira descascada, zerando a contaminação das ligas e alcançando significativos plus nos preços. Outra hipótese é com relação ao valor do MWh que, há quase três décadas, não valorizava a caldeira de biomassa como se valoriza na caldeira de recuperação dos reagentes químicos.

Assim, no cotidiano das celulósicas generalizou a adoção do sistema mecanizados de colheita da madeira por toretes (Cut-to-Length, CTL), enquanto no das de carvão vegetal, o de fuste inteiro (Full tree, FT), onde são empregadas para o CTL o harvester para corte, desgalhamento, descascamento e traçamento e o forwarder para extração. Já para o FT, o feller-buncher que apenas corta as árvores, as acumulas no seu cabeçote e enfeixa para serem arrastadas pelo skidder.

Dado ao número de operações do harvester em relação ao do feller-buncher e considerando quem ambas apresentam valores de aquisição próximos de US$550.000,00, é óbvio e esperado que o custo operacional do CTL seja maior que o do FT.  Estudos tem afirmado que tal diferença chega à casa de 50%.

Outro ponto a favor da adoção do CTL está relacionado com a instrumentação eletrônica das máquinas já que o harvester e o forwarder possuem uma gama de tecnologias embarcadas a mais que o feller-buncher e o skidder, possibilitando melhor condução, manutenção e controle operacional.

Além disso tem os aspectos ambientais que conferem sustentabilidade do site, sobretudo nas propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos proporcionadas pelos resíduos da colheita do CTL, haja vista as cascas representarem de 10 a 12% da árvore e 25% dos resíduos, enquanto os demais, serapilheira e folhas e galhos, 75%. Embora ela seja importante fonte de nutrientes, no entanto a maior parte deles se concentra nos resíduos mais lábeis (folhas e serapilheira) que se decompõem e mineralizam mais rapidamente para a reposição no solo e reciclagem para a planta.

Uma vez ciente da vital função ambiental das cascas, entende-se que é factível de ser contornado com o volume de serapilheira, folhas e galhos no campo e, se necessário, um trade-off com fertilizantes. Ainda assim, perante a vibe da descarbonização, há razões de sobra para alterar tal cenário (marasmo das caldeiras) mesmo com o preço vil do MWh, quer seja pela substituição energética diante da quantidade maior de biomassa das cascas, sobretudo a custo quase 0800 de colheita e frete, quer pela quantidade a mais de madeira para o processo industrial e quer pelo futuro das indústrias de celulose que se projetam mais como biorrefinarias do que tradicionais fábricas de insumos para a produção de papel.

Em que pese as atuais fábricas terem evoluído bastante – https://www.maisfloresta.com.br/eu-sou-florestal-mais-que-universal/ -, o futuro próximo reserva para elas um céu de brigadeiro, pois se a gaseificação e a fast-pirolise, sonhos de criança há 10 anos, hoje são realidades, então a biorrefinaria está a um passo do paraíso onde, além da celulose e de energias renováveis (bio-óleos e syngás), produzirá produtos químicos tais como furfural, HMF, ácidos, etc, materiais como adesivos, biopolímeros, bioplásticos, fibra de C, hidrogênio verde (H2) e cia Ltda. Da mesma forma que estas indústrias evoluíram quanto aos aspectos ambientais como a redução do consumo de água por tsa e das emissões de efluentes líquidos e gasosos, tudo leva a crer que em breve tais indústrias estarão produzindo biodiesel para abastecerem sua frota de caminhões, tratores e máquinas florestais, garantindo Zero de emissões e 100% de sustentabilidade.

Se o Capex entre as máquinas dos sistemas CTL e FT é igual, próximos de US$550k, e se o Opex (US$13,50 e US$9,00/m3 posto fábrica numa distância média de 150 km, respectivamente), é 50% menor para o FT, nítido a vantagem deste e daí, diante do exposto, crê-se que isso porá em risco a sobrevivência do CTL e com ele a dos harvesters e forwarders e indaga-se de como convencer os CEOs das indústrias pela substituição das máquinas e de qual o futuro dos harvesters e forwardes sendo destronados pelos feller-bunchers e skidders? Eis o mistério da fé florestal dado que para cada tsa de celulose se economiza em torno de US$25,00 por se empregar o FT em vez do CTL.

Enfim, pela lógica da eficiência e eficácia do capitalismo, é provável que o futuro reserve pudor para a madeira e que ela não mais sofrerá a injúria da nudez pública graças à biorrefinaria.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br.

[ii] Professor efetivo do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mmd@ufv.br.

[iii] Mestre e doutorando em Celulose e Papel no Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), ricardo.bittencourt@ufv.br

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Na Amazônia, Mombak aposta em maior projeto de reflorestamento do mundo para remover carbono

A startup de créditos de carbono captou US$ 120 milhões de investimento visando escalar o plantio de mudas nativas e adquiriu uma área de 20 mil hectares no Pará

“Para chegar a emissões zero, não basta reduzir: empresas precisam investir em iniciativas de remoção de carbono” disse em entrevista exclusiva à EXAME, Gabriel Silva, um dos fundadores da Mombak, junto com Peter Fernandez. 

Isto porque, em um planeta que emite 50 bilhões de toneladas de gases estufa por ano, a empresa acredita que pelo menos 10 bilhões será com soluções naturais de retirada de CO2 da atmosfera — seja pela restauração de florestas, manguezais ou conservação de solos saudáveis.

Fundada em 2021, a startup especializada em gerar créditos de carbono a partir do reflorestamento nasceu do sonho da dupla em deixar um legado de impacto e criar uma nova indústria voltada a solucionar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Ambos vinham de uma jornada em gigantes de tecnologia: Gabriel, ex-CFO do Nubank, e Peter, ex-CEO do 99.

“Na época, eu me vi numa posição muito privilegiada de desenvolver algo relevante. Pelo meu histórico, eu tinha acesso a capital, talento, e já tinha uma experiência em empresas com crescimento exponencial”, contou Gabriel. 

Após um ano de dedicação e estudos de mercado, os empreendedores entenderam que havia uma forte demanda por projetos capazes de remover gases estufa para ajudar outras corporações a atingirem suas metas ambientais. “Nós unimos duas teses: o reflorestamento é a maior oportunidade de captura de carbono, e o Brasil é o melhor lugar para fazer isto”, destacou. 

A prática, que visa restaurar áreas desmatadas por meio do plantio de mudas nativas, tem o potencial de capturar de 2 a 3 bilhões de toneladas de CO2 por ano da atmosfera.

No Pará, já foram 3,4 milhões de árvores plantadas na área de 20 mil hectares (Divulgação)Após captar 120 milhões de dólares de investimento, a Mombak adquiriu 20 mil hectares de áreas no Pará — e agora quer atingir a escala global. Até então, o projeto na Amazônia promete ser o maior do mundo e já plantou mais de 3,4 milhões de árvores

Entre seus investidores, estão AXA, CPP (Canada Pension Plan Investment Partners), Bain Capital Partnership Strategies e Fundação Rockefeller. Além disso, R$ 1.25 bilhão foi levantado em recursos do Banco Mundial, BNDES e DFC – Development Finance Institution, e a startup fechou contratos pioneiros de carbono com gigantes como Google, Microsoft e McLaren Racing.

O mais recente, de dezembro de 2023, foi com a Microsoft e envolve 1,5 milhão de toneladas de carbono a serem removidas até 2032 — um dos maiores em compra e venda baseados na natureza do mundo. 

Atualmente, a parceria entre a startup e seus clientes (empresas) funciona no mercado voluntário de carbono, mas com a regulação no Brasil conquistada no final de 2024, isto pode mudar e ser “muito positivo”, acredita Gabriel.

“A criação do mercado regulado é muito importante, porque dá essa racionalização e obrigação das empresas atingirem a neutralidade. Ainda não temos os detalhes e as regras de como isto se dará, mas acreditamos que vamos poder vender os nossos créditos nele também”, ressaltou. 

Na prática, o que acontece hoje é que empresas de diferentes setores fazem um planejamento de redução de emissão até o ‘net zero‘: começam olhando para as suas operações e analisam oportunidades de eficiência. Depois, identificam aquelas em que não é possível reduzir, e aí vão ao mercado procurar os melhores produtos e créditos de remoção de carbono para comprarem e compensarem sua pegada ambiental.

É aí que entra a Mombak: a parceria também envolve a assinatura de acordos com proprietários de terras, financiamento dos custos de reflorestamento, compartilhamento dos lucros obtidos com produtores rurais e contratação de pessoas locais, visando girar a economia da floresta. 

Sem metas de hectares ou toneladas de carbono no longo prazo, o que a Mombak quer é continuar nessa trajetória de crescimento exponencial. “Já conseguimos provar que existe o mercado: atraindo investidores, clientes e executando os projetos verdes“, concluiu Gabriel. 

Informações: Exame.

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Mercado de celulose com previsão de crescimento de 39,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2029

O mercado global de celulose deverá crescer 39,7 mil milhões de euros no período entre 2024 e 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3,8%, segundo o mais recente relatório de análise do setor.

O aumento, diz a technavio, é impulsionado pela crescente procura de materiais de embalagem de papel e pela adoção de práticas sustentáveis em várias indústrias.

Tendências e fatores de crescimento

A produção de celulose a partir de materiais florestais, como madeira, bambu, casca de arroz e palha de trigo, continua a dominar o mercado. O setor tem vindo a adotar tecnologias que utilizam energia renovável para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A procura por papel de embalagem, papel de escrita e outros produtos derivados tem registado um aumento significativo, em linha com as preferências dos consumidores por materiais biodegradáveis e recicláveis. No entanto, o setor enfrenta desafios relacionados com os custos elevados de produção e preocupações ambientais, sobretudo no que diz respeito à celulose química.

Estima-se que a região da América do Norte contribua com 32% para o crescimento global do mercado durante o período analisado. A crescente procura por embalagens sustentáveis nos setores de alimentos e bebidas, bem como de cuidados pessoais, tem sido um fator determinante.

O fortalecimento da infraestrutura de reciclagem na região, aliado à crescente utilização de matérias-primas alternativas, como bambu e palha de trigo, tem reduzido a dependência de recursos florestais tradicionais, promovendo práticas mais ecológicas e sustentáveis.

A segmentação do mercado de celulose apresenta três principais aplicações. O papel de impressão e escrita continua a ser um dos segmentos mais relevantes, impulsionado pela procura crescente em países como a China, a Índia e a Indonésia. O papel de embalagem destaca-se pela transição acelerada para soluções ecológicas, especialmente no comércio eletrónico e no setor alimentar. Já os produtos tissue e papéis de uso especial, como papel higiénico e toalhas de papel, registam um crescimento constante devido à elevada procura por soluções higiénicas e descartáveis.

Em termos de distribuição regional, a América do Norte apresenta uma forte presença no mercado de papel de embalagem e produtos higiénicos. Na Europa, o foco está nas práticas sustentáveis e no desenvolvimento de alternativas à celulose química. Na região Ásia-Pacífico, países como a China e a Índia lideram o crescimento, impulsionados pela expansão populacional e pela urbanização.

Desafios e inovações

O custo elevado da produção de celulose continua a ser uma preocupação para os produtores, que enfrentam também pressões crescentes para reduzir o impacto ambiental. A inovação no uso de matérias-primas alternativas, como a palha de trigo e o bambu, surge como uma resposta a estes desafios.

A tendência para a utilização de embalagens ecológicas e recicláveis deverá continuar a impulsionar o setor, tornando o mercado de celulose um dos pilares na transição para uma economia mais verde.

Informações: Do Papel.

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Arauco abre 105 vagas de emprego para operação florestal em MS

Oportunidades são para atuação nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

Para contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde está inserida, a Arauco abriu processo para preencher 105 vagas em Mato Grosso do Sul. As oportunidades são para atuar na operação florestal da empresa, nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

O processo seletivo será realizado com o apoio de agências especializadas, como o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) e a Casa do Trabalhador, nos dias 21 e 23 de janeiro. As seleções ocorrerão em Paranaíba (MS), Selvíria (MS) e Ilha Solteira (SP).

As vagas disponíveis são para as funções de líder florestal (5 vagas), auxiliar florestal (50 vagas) e operador florestal I (50 vagas).

Além das oportunidades de emprego, a Arauco oferece um benefícios aos colaboradores, que incluem plano de saúde (Unimed) e odontológico, vale-alimentação ou refeitório interno, transporte fretado ou alojamento, seguro de vida em grupo, previdência privada, acesso ao Gympass, prêmios de produtividade e assiduidade (mensal e semestral), cestas de Natal e brinquedos, além de material escolar.

Os interessados devem comparecer na data, horário e local informados para o processo seletivo, levando documentos pessoais (RG e CPF ou CNH, no caso de vagas para motoristas) e currículo atualizado.

DATA E LOCAL DA SELEÇÃO:

●       Ilha Solteira/SP

Data: 21/01 (terça-feira), às 9h

Local: PAT- Shopping – Av. Atlântica, 1659 – Bom 3 e 4 – Ilha Solteira/SP

●       Selvíria/MS

Data: 21/01 (terça-feira), às 13h

Local:  Balcão de Empregos – Av. Prof Mariluce Rosa Torres Lallucci, 900 – Selvíria/MS

●       Paranaíba/MS

Data: 23/01 (quinta-feira), às 8h

Local: Escritório Arauco – R. Orlando Colli, 342 – Pq Industrial – Paranaíba/MS

Arauco em MS

Presente em Mato Grosso do Sul desde 2009, a Arauco prioriza a contratação de colaboradores em cidades próximas à sua operação. Primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como Carbono Neutro, a empresa está comprometida com o desenvolvimento sustentável da região.

Localizado a 50 km do centro urbano de Inocência, o Projeto Sucuriú trata da construção da primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil, a maior em etapa única no mundo. Em fase de terraplanagem, o projeto prevê o início das obras no segundo semestre de 2025 e operação em 2027. O investimento industrial previsto é de US$ 4,6 bilhões, com capacidade para produzir 3,5 bilhões de toneladas ao ano.

Quando for concluída a obra, o Projeto Sucuriú empregará um contingente permanente de 6 mil trabalhadores (florestal, industrial e logística).

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Parceiros da Educação e Bracell capacitaram 24 mil professores da rede pública paulista em 2024

Iniciativa fortaleceu a formação de professores de Língua Portuguesa e Matemática, promovendo qualidade no ensino público

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, e a organização sem fins lucrativos Parceiros da Educação uniram esforços em 2024 para capacitar 24 mil professores da Rede Pública Paulista. A iniciativa teve como foco a formação continuada de educadores dos Anos Finais do Ensino Fundamental, com ênfase nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.

O programa, fruto de um investimento social robusto, teve como objetivo capacitar educadores para aprimorar o aprendizado dos alunos das escolas públicas. “Capacitar os educadores da rede é fundamental para melhorar a aprendizagem dos estudantes de escolas públicas. As formações trabalham conteúdos para recuperar, consolidar e reforçar conhecimentos que não foram totalmente compreendidos ou aprendidos de forma eficaz”, afirma Rafael Machiaverni, diretor-geral da Parceiros da Educação. A organização atua em conjunto com as secretarias estadual e municipais de educação em São Paulo.

Combinando metodologias presenciais e à distância, o programa resultou em 196 gravações, totalizando 98 horas de videoaulas. O conteúdo foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (EFAPE). No formato presencial, mais de 60 horas de capacitação foram ministradas por formadores da Parceiros da Educação. Esses profissionais capacitaram 267 Professores Especialistas em Currículo (PECs), responsáveis por replicar os treinamentos junto aos docentes que atuam diretamente em sala de aula.

Manoel Browne, Diretor de Relações Institucionais da Bracell em São Paulo, reforça que a capacitação de professores é um pilar fundamental da agenda Bracell 2030, iniciativa estratégica da companhia que estabelece metas ambiciosas para ampliar os impactos positivos de suas operações. A agenda está estruturada em quatro pilares: ações pelo clima, preservação de paisagens sustentáveis e biodiversidade, promoção do crescimento sustentável e empoderamento de vidas. Entre os objetivos, destaca-se o aumento de 30% na proficiência dos alunos em língua portuguesa e matemática.

“Nosso propósito é promover uma educação pública de qualidade, aumentando a proficiência dos estudantes em português e matemática. Investir na valorização dos professores é essencial para construir uma sociedade mais justa, próspera e repleta de oportunidades”, enfatizou Browne.

Sobre a Parceiros da Educação

A Parceiros da Educação é uma Organização da Sociedade Civil fundada em 2004, que apoia a formação de professores, diretores e gestores públicos da área da educação para fortalecer a aprendizagem dos alunos. Para isso ser possível, estabelece parcerias entre a sociedade civil, escolas e secretarias de educação com o intuito de melhorar a qualidade do ensino e contribuir diretamente nas políticas públicas educacionais.

Sobre a Bracell

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com

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Reflorestar aposta em tecnologia para liderar o setor no Brasil

Combinando avanços tecnológicos e sustentabilidade, empresa mineira lidera transformação na cadeia florestal

Fundada em 2004 em Turmalina, no Vale do Jequitinhonha (MG), a Reflorestar Soluções Florestais se consolidou como uma das principais empresas do mercado florestal no Brasil. Reconhecida como a única prestadora de serviços no país a oferecer uma cadeia florestal totalmente mecanizada – do plantio à colheita e carregamento de madeira –, a empresa investiu mais de R$ 40 milhões, desde 2021, em modernização e tecnologia para expandir sua atuação.

A silvicultura, que se refere ao plantio e manejo sustentável de florestas, foi a última solução a entrar no portfólio da empresa. Com isso, a Reflorestar passou a oferecer uma solução completa para os clientes, reforçando sua liderança no setor. “Já tínhamos uma atuação consolidada na colheita mecanizada e no carregamento de madeira. Ao incluir a silvicultura, nos tornamos uma empresa que cobre todas as etapas do processo florestal, agregando ainda mais valor aos nossos serviços”, afirma o sócio-diretor Humberto Godinho.

Tecnologia

Nos últimos meses, a Reflorestar intensificou seus esforços para acompanhar o que há de mais avançado em tecnologia no setor florestal. Equipes da empresa visitaram países como China, Alemanha, Canadá, Áustria e Itália para negociar e adquirir equipamentos que prometem transformar a operação florestal no Brasil. O objetivo é claro: combinar produtividade, eficiência e menor impacto ambiental.

“Temos mantido um diálogo constante com os principais fabricantes de maquinários do mundo. Nosso foco é trazer para o Brasil soluções que garantam performance, segurança e confiabilidade operacional, somado a um manejo florestal mais sustentável”, explica Godinho.

Sustentabilidade

Além dos avanços tecnológicos, a Reflorestar vem apostando em práticas que conciliam crescimento econômico e responsabilidade ambiental. A substituição de máquinas antigas por equipamentos mais eficientes em termos de consumo de combustível, por exemplo, gerou resultados expressivos.

De acordo com a empresa, a modernização permitiu uma economia de 330 mil litros de diesel ao longo do último ano, reduzindo a emissão de mais de 850 toneladas de CO2. “Essas ações mostram que é possível equilibrar produtividade, conforto e cuidado com o meio ambiente. Isso faz parte do nosso compromisso com o futuro”, reforça o sócio-diretor.

Inovação

Ao longo de duas décadas, a Reflorestar saiu de uma operação pequena, focada no plantio manual e colheita de eucaliptos, para se tornar uma referência no setor florestal. Hoje, a empresa opera em estados como Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, empregando mais de 230 pessoas e levando inovação para todos os processos da cadeia florestal.

“Crescemos ao lado dos nossos clientes, buscando transformar desafios em oportunidades. Esse espírito inovador nos acompanha desde o início e continuará a nos guiar nos próximos anos”, conclui Humberto Godinho.

Com esse histórico de expansão e investimentos, a Reflorestar segue comprometida com a modernização do setor florestal, unindo tecnologia, sustentabilidade e excelência operacional para moldar o futuro das atividades florestais no Brasil.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Bracell adota tecnologia para aumentar eficiência na detecção e controle de incêndios florestais

Tecnologia é uma aliada da empresa no programa Amigos da Floresta, que visa à proteção ambiental

A tecnologia vem sendo usada pela Bracell para aumentar a eficiência na detecção e controle de incêndios florestais nas áreas de influência da companhia na Bahia e em outros estados. Para isso, a empresa adota o fotomonitoramento com drones e câmeras termais que detectam focos de calor, auxiliando na estratégia de combate a incêndios, inclusive na fase inicial.

“Com essas tecnologias, temos maior efetividade no combate a incêndios florestais, atuando de forma rápida e com baixo custo, mesmo nas condições mais difíceis”, diz Douglas Pithon, gerente sênior de Segurança Patrimonial da Bracell.

“As câmeras termais identificam mesmo pequenos focos de calor. Por isso, são tão eficientes para evitar que as chamas se alastrem. Além disso, auxiliam no combate à caça predatória e ao corte ilegal de árvores, uma vez que são capazes de identificar pessoas e objetos em locais de baixa visibilidade, inclusive debaixo de árvores e à noite”, acrescenta.

Josemar de Jesus Santos, supervisor da Brigada de Incêndio da Bracell na Bahia, destaca que os equipamentos permitem ações mais rápidas de contenção dos incêndios florestais. “As câmeras termais e os drones ajudam a mensurar a quantidade de calor produzida pelo material que está queimando. A partir destas informações, podemos avaliar a possibilidade de esse fogo se propagar por irradiação para outras áreas e definir a estratégia de controle, seja resfriando a borda ou fazendo uma manta de espuma para barrar o avanço do foco de incêndio”, explica.

Ele salienta ainda que “o aparato ajuda na proteção dos plantios de eucalipto e das áreas de mata nativa, inclusive nas propriedades de vizinhos da empresa. Então, o benefício ambiental vai além dos limites das áreas da Bracell, ajudando a evitar ocorrências que ameacem as residências próximas, o que colocaria em risco a saúde e a vida das pessoas”.

Os drones são homologados e operados por profissionais qualificados da brigada de incêndio e todos os planos de voo são autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O sistema integrado de registros de ocorrências conta ainda com o auxílio de dispositivos móveis que repassam as informações para um servidor, indicando a localização exata dos focos de incêndio.

Programa Amigos da Floresta

O uso de tecnologia no combate a incêndio florestais na Bracel integra as iniciativas do Amigos da Floresta, implantado em 2016. O programa abrange também prevenção de roubo de madeira, de desmatamentos ilegais, bem como caça e captura de animais silvestres. Para isso, a iniciativa é realizada em parcerias com a sociedade civil e o poder público, como o Corpo de Bombeiros e o Programa Bahia Sem Fogo, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Governo do Estado da Bahia.

Josemar destaca que o programa Amigos da Floresta tem forte atuação junto às comunidades, promovendo a conscientização dos moradores quanto aos riscos dos incêndios florestais. De acordo com as estatísticas da própria brigada, 99% das ocorrências têm como causa a ação humana. “Isso ocorre, muitas vezes, de incêndios criminosos ou originados de queimadas descontroladas para limpar a terra, o que faz com que o fogo se alastre para áreas de preservação e de plantio”, afirma.

Para evitar o problema, as equipes da Bracell mantêm contato permanente com comunidades, orientando sobre como fazer a limpeza dos terrenos sem colocar em risco as florestas e alertando para os riscos dos incêndios florestais. De modo voluntário, eles também distribuem cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. Outra ação sistemática é a divulgação do número 0800 284 4747, que pode ser acionado a qualquer momento para denúncias e relatos de incêndios ou delitos ambientais.

Foto: Acervo Bracell 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Suzano está com 13 processos seletivos abertos para Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, está com 13 oportunidades de emprego em diferentes áreas para atender suas operações nos municípios de Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo, são 11 processos seletivos em andamento: Analista CSC Jr. (Temporário), Analista Manutenção Jr., Analista PCP Florestal, Analista Qualidade Vida Ergonomia Jr., Controlador(a) Recebimento CSC II, Mecânico(a) Silvicultura I, Mecânico(a) Silvicultura II (Efetivo), Técnico(a) Logística Florestal – Malha Viária, Técnico(a) Logística Florestal – Transporte, Técnico(a) Operações Florestais II, Técnico(a) Viveiro Florestal III. Para Três Lagoas, os dois processos seletivos abertos são para Analista Silvicultura Sr. (Qualidade), Técnico(a) Manutenção Florestal II.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo (MS)

Analista CSC Jr. (Temporário), inscrições até 19/01/2025: Página da vaga | Analista CSC Jr (Temporário)

Analista Manutenção Jr., inscrições até 19/01/2025: Página da vaga | Analista Manutenção Jr

Analista PCP Florestal, inscrições até 20/01/2025: Página da vaga| Analista PCP Florestal

Analista Qualidade Vida Ergonomia Jr., inscrições até 19/01/2025: Página da vaga| Analista Qualidade Vida Ergonomia Jr

Controlador(a) Recebimento CSC II, Inscrições até 19/01/2025: Página da vaga| Controlador(a) Recebimento CSC II

Mecânico(a) Silvicultura I, inscrições até 26/01/2025: Página da vaga| Mecânico(a) Silvicultura I

Mecânico(a) Silvicultura II (Efetivo), inscrições até 19/01/2025: Página da vaga| Mecânico(a) Silvicultura II (Efetivo)

Técnico(a) Logística Florestal – Malha Viária, inscrições até 22/01/2025: Página da vaga| Técnico(a) Logística Florestal – Malha Viária

Técnico(a) Logística Florestal – Transporte, inscrições até 22/01/2025: Página da vaga| Técnico(a) Logística Florestal – Transporte

Técnico(a) Operações Florestais II, inscrições até 26/01/2025: Página da vaga| Técnico(a) Operações Florestais II

Técnico(a) Viveiro Florestal III, inscrições até 26/01/2025: Página da vaga| Técnico(a) Viveiro Florestal III

Três Lagoas (MS)

Analista Silvicultura Sr. (Qualidade), inscrições até 22/01/2025: Página da vaga |Analista Silvicultura Sr (Qualidade)

Técnico(a) Manutenção Florestal II, inscrições até 22/01/2025: Página da vaga | Técnico(a) Manutenção Florestal II

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Coleção histórica de eucaliptos de Navarro de Andrade será revitalizada

A revitalização no antigo horto começa na segunda-feira (20) após várias etapas de estudos. Haverá também plantio de mudas e outras ações

O projeto de revitalização da Coleção de Eucaliptos será colocado em prática a partir de segunda-feira (20) na floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade (antigo horto florestal), em Rio Claro. Confira a seguir as informações enviadas pela Fundação Florestal, responsável pela administração da floresta.

 Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), localizada em Rio Claro, está investindo em um projeto de revitalização da histórica Coleção de Eucaliptos, com o objetivo de preservar o patrimônio científico e ambiental que a torna única.

Criada há mais de 100 anos, essa coleção desempenhou um papel fundamental no estudo e desenvolvimento de diferentes espécies de eucaliptos, especialmente no que se refere à adaptação de suas variedades ao solo e clima da região. Com o tempo, a área sofreu deteriorações, e a gestão da Feena identificou a necessidade de ações para garantir sua integridade e segurança.

Com mais de um século de existência, a Coleção Histórica da Feena perdeu muitas das suas características originais. O envelhecimento das árvores e o risco de queda de exemplares, além da presença de vegetação invasora nos sub-bosques, exigem ações urgentes para garantir a saúde da floresta e a segurança dos visitantes.Em resposta a esse desafio, foi elaborado um Projeto de Revitalização, que inclui um manejo adequado das árvores mortas ou em risco de queda, além de ações de plantio, manutenção e reestruturação da trilha de visitação.

O Projeto de Revitalização começou com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), em 2019, que detalhou as condições da área e as intervenções necessárias. A partir desse diagnóstico, a equipe da Feena e o IPEF realizaram um novo levantamento em campo para atualizar as informações sobre as árvores que precisariam ser removidas, priorizando aquelas que representavam maiores riscos à segurança. As intervenções incluem o corte das árvores mortas ou em risco de queda, a supressão de vegetação nos sub-bosques e o plantio de novas mudas de eucalipto, respeitando a diversidade de espécies que compõem a coleção original.

Perguntas mais frequentes sobre o manejo:

Quantas árvores serão removidas?

Cerca de 421 árvores serão removidas ao longo da Coleção Histórica da Feena, com foco na segurança e preservação da área.

Serão removidas árvores nativas?

Não. A maior parte das árvores na Coleção Histórica são espécies exóticas, e o Projeto de Revitalização irá remover apenas os eucaliptos que estão em risco de queda iminente ou que estão mortos em pé.

Como foi avaliada a necessidade de remoção das árvores?

A avaliação de risco das árvores foi realizada com uma metodologia desenvolvida pela Fundação Florestal, com base na ABNT NBR 16246-3 (Florestas urbanas – Manejo de árvores). Essa metodologia inclui uma análise visual do estado de senescência das árvores, inclinação, fitossanidade, lesões mecânicas, presença de formigueiros e a exposição das raízes.

Quem avaliou a necessidade de remoção das árvores?

O trabalho foi realizado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) em parceria com a equipe de Manejo Florestal da Fundação Florestal.

O que será feito com a madeira proveniente dessas árvores?

A madeira das árvores removidas será comercializada por meio de licitações públicas, conforme as normas estabelecidas.

O que será feito com os recursos adquiridos com a venda desse material?

Os recursos obtidos com a venda da madeira serão depositados em uma conta específica da Fundação Florestal e serão usados, integralmente, para melhorias na Feena, conforme acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, através do Gaema PCJ-Piracicaba.

Haverá reposição de árvores na coleção?

Sim. Está previsto o plantio de novas mudas de eucalipto como parte do Projeto de Revitalização. O plantio será realizado pelo IPEF, com foco em restaurar e manter as características históricas da coleção.

A Feena vai fechar para esse trabalho?

Não. A Feena não será fechada. Apenas a área da Coleção Histórica será interditada durante o processo de remoção das árvores. Como o trabalho envolve o uso de máquinas pesadas e a presença de árvores em risco de queda, interdições temporárias podem ocorrer nas trilhas, especialmente na Trilha dos 9 km, dependendo do cronograma da obra.

Informações: Jornal da Cidade | Imagens: portal Mais Floresta.

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