Se o final de ano nos traz a oportunidade de fazer o balanço entre os pontos positivos e negativos, o ano novo, por outro lado, nos oferece a magia de traçar novas metas e objetivos. Seja na vida pessoal ou profissional, é hora de começar a planejar. Bom, então, para você que trabalha no setor florestal, que tal algumas dicas para o planejamento dos projetos ambientais?!

Primeiro passo

Resultados diferentes exigem estratégias, por vezes, diferentes. O que deu certo, pode permanecer, mas, também, ser aprimorado. No entanto, o que deu errado precisa de uma revisão, isto é, precisa-se recalcular a rota. As metas foram traçadas. Mas, são estas claras e alcançáveis? Consigo mensurá-las? O que posso fazer para atingir essas metas?

Para obter êxito, um passo importante, atrelado ao objetivo, é criar um plano de ação. Para alcançar as minhas metas com os projetos ambientais que hão de vir, preciso desenvolver novas habilidades? Quão necessário é buscar por novas parcerias, mentorias, ferramentas e conhecimento?

Em suma, o planejamento de um projeto ambiental envolve uma abordagem cuidadosa para garantir a sustentabilidade e a minimização dos impactos negativos no meio ambiente. Assim, cada etapa deve ser minuciosamente elaborada e trabalhada.

O que deve constar no planejamento

Antes de tudo, faz-se necessário esclarecer os objetivos do projeto ambiental. Assim, perguntas-chave incluem: Qual é o propósito principal? Quais são os resultados esperados? Quais áreas geográficas serão afetadas? Para o objetivo do projeto, preciso realizar uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)? Quais são as leis e regulamentações que preciso ter conhecimento? Como deve ser o inventário florestal? Estes e muitos outros questionamentos devem estar presente na hora de planejar as ações.

Pontos cruciais

A transparência do planejamento, execução e entrega dos resultados é crucial para o êxito de um projeto. Assim, vale ressaltar que, as avaliações periódicas do progresso do projeto em relação aos objetivos ambientais se fazem de suma importância. Em síntese, este acompanhamento permite ajustes, conforme necessário, para garantir o sucesso do projeto. No tocante à transparência, busque garantir o repasse de informações claras, precisas e objetivas ao fornecer relatórios regulares sobre o desempenho ambiental do projeto para as partes interessadas.

Por fim, certifique-se de que o planejamento do projeto seja adaptável e flexível para lidar com mudanças nas condições ambientais e nos requisitos regulatórios ao longo do tempo. Um projeto bem-planejado e ambientalmente consciente contribuirá para um impacto positivo no meio ambiente.

O planejamento do inventário florestal

O inventário florestal consiste na quantificação e qualificação dos recursos presentes em uma determinada floresta. Contudo, para isso, muitas são as etapas e processos até chegar ao objetivo final. Em síntese, um inventário florestal de qualidade requer um planejamento adequado e estratégico. Em outras palavras, pode-se afirmar que o planejamento de um inventário florestal é um processo fundamental para a gestão sustentável de recursos florestais.

Etapas do inventário florestal

Na hora de planejar a execução do inventário florestal, cada detalhe é importante. Quanto será investido? Qual o custo? Quais instrumentos utilizar? Quais variáveis mensurar? Como definir o orçamento? Qual a mão de obra necessária? Em síntese, é preciso desenvolver um cronograma detalhado, considerando, até mesmo, os fatores sazonais que possam afetar a coleta de dados.

Os procedimentos a serem adotados vão depender do objetivo específico do inventário florestal, como a avaliação da biodiversidade, a estimativa de volume de madeira, a monitorização de ecossistemas, etc. A exemplo, tem-se a metodologia de amostragem, que pode ser aleatória, sistemática ou estratificada, dependendo dos objetivos e das características da floresta.

A definição e seleção das variáveis a serem medidas é vital. Dentre tais, pode-se estabelecer a quantificação de variáveis como altura das árvores, diâmetro do tronco, espécies presentes, idade, saúde das árvores, etc. Mas, como mensurar estas variáveis? Aqui, entra a definição dos equipamentos e tecnologia. O profissional deve se atentar para a escolha dos equipamentos necessários, como GPS, fitas, dendrômetros, clinômetros, dentre outros. Além disso, pode-se considerar a utilização de tecnologias modernas, como drones, que permitem a coleta de dados de forma eficiente.

Coleta, processamento e interpretação dos dados

Com o intuito de garantir a consistência e precisão nas medições, faz-se de fundamental importância treinar a equipe responsável pela coleta de dados. Em campo, certifique-se de implementar o plano coletando os dados conforme a metodologia definida. Posteriormente, no escritório, atente-se para uma análise cuidadosa das informações, gerando assim resultados precisos e confiáveis. A saber, para auxiliar na interpretação dos dados, o profissional pode incluir a elaboração de mapas, estimativas de volume de madeira, diversidade de espécies, entre outros.

Como realizar estes procedimentos de forma precisa

Muitas são as etapas do inventário florestal, como supracitado. Mas, há de se destacar que, apesar de todas possuírem influência direta nos resultados, estas também são passíveis a erros. Assim, a busca por ferramentas que auxiliem na coleta e processamento dos dados é cada dia mais crescente. A saber, com o avanço da tecnologia e inovação, o setor florestal tem se beneficiado com múltiplas ferramentas para a coleta e processamento de dados. A exemplo, tem-se o Mata Nativa (saiba mais em https://matanativa.com.br/).

E aí, vamos começar a planejar? Avalie o processo e os resultados obtidos ao longo do tempo. Use as lições aprendidas para aprimorar futuras iniciativas nos projetos de inventário florestal.

Informações: matanativa / Foto: Paulo Cardoso.