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Investidores reconhecem Mato Grosso do Sul como grande destino global de empreendimentos

“Mato Grosso do Sul mostrou seriedade e profissionalismo que contrasta com a burocracia de outros lugares do mundo onde nós atuamos. Aqui encontramos um ambiente profissional sem burocracia e que criou o cenário favorável de negócios que prometeu. Quando nós juntamos competência e excelência com certeza nesse Estado pode ser desenvolvido qualquer negócio global”.

A afirmação acima é do CEO global da Arauco, Cristián Infante, no lançamento da pedra fundamental da quinta fábrica de celulose em solo sul-mato-grossense, no município de Inocência. O evento aconteceu nesta semana e foi onde ele fez esse reconhecimento ao protagonismo do Estado como um destino global de grandes investimentos.

A capacidade de aliar segurança jurídica, oferta de matéria-prima e políticas públicas confiáveis reforça a imagem do Mato Grosso do Sul como polo de investimentos. Celulose, cana-de-açúcar, avicultura, suinocultura, amendoim e a citricultura são apenas algumas das atividades que mudaram o perfil do Estado, antes inserido no binômio soja e boi.

Esta explosão de investimentos mais precisamente no setor de celulose foi abordada pelo secretário de Estado, Jaime Verruck, durante a palestra do Fórum Agro Lide, na Expogrande, na quinta-feira passada (10). Ele citou a fala do CEO da Arauco para ilustrar o momento favorável que o Estado vem passando.

“Muitos de vocês já viram, a gente se autodesignou Vale da Celulose, no Mato Grosso do Sul. Isso já pegou no mundo. As pessoas perguntam: por que Vale da Celulose? E a gente explica: temos o Estado da arte da tecnologia em celulose, da clonagem de eucalipto, da produtividade e da sanidade florestal. Estamos avançando agora na logística, com investimentos em ferrovias para ampliar a competitividade. Quando se fala em celulose no mundo, se fala em Mato Grosso do Sul”, comentou Verruck.

Já o governador Eduardo Riedel, que participou da abertura do Fórum, destaca o processo de desenvolvimento do Estado a partir da premissa de que o Estado possui potenciais que devem ser explorados, sendo eles o fator de competitividade local no mercado.

“Uma fortaleza gigante e global que temos aqui é a transição energética, a produção de alimentos e a sustentabilidade. Essas são nossas fortalezas. o Governo do Estado apostou alto na atração, diversificação e na completude da cadeia produtiva de todas essas áreas”, frisa.

Riedel continua ainda afirmando que a Arauco já está com 3,8 mil funcionários ativos trabalhando na construção de sua fábrica em Inocência, um impacto que que gera oportunidades para os produtores da região, e para a população como um todo, com emprego e qualificação.

“Isso faz girar a nossa economia, e por tudo isso que vem acontecendo é que a gente tem expectativa de ser o estado que mais vai crescer”, destaca, lembrando ainda do trabalho de captação de empresas para o Estado, em áreas diversas como piscicultura, suinocultura, entre outros.

“O capital privado vem sendo bem alocado no Estado. Para isso a gente tem que ter esse bom ambiente de negócios que criamos, infraestrutura, atratividade tributária, e segurança jurídica. Não aceitamos desordem, invasão, confusão, estrago. Não tem como um ambiente produtivo ser fértil, onde a gente fica negociando algumas coisas que não cabem mais nos dias de hoje. Tem uma ou outra demanda que a gente pode tratar de outra forma, mas não dessas que citei”, conclui o governador.

Para reforçar esta vocação para a celulose, Verruck apresentou durante sua palestra dados sobre o setor. O secretário salientou que Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor nacional de madeira em tora para papel e celulose, responsável por 24% da produção brasileira do setor, com mais de 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas e 30 indústrias de base florestal instaladas.

“Temos o maior parque industrial do Brasil nesse segmento e mais de 26 mil empregos gerados direta e indiretamente pela cadeia florestal”, reforçou.

Durante sua fala, o titular da Semadesc também ressaltou que Mato Grosso do Sul já realizou sua transição energética e hoje possui a matriz mais limpa do Brasil, destacando-se como um estado agroambiental que alia desenvolvimento econômico com responsabilidade climática.

“Nós escolhemos três setores: o florestal, a proteína animal — bovinos, aves, suínos e peixes — e, por fim, o setor da biodiversidade. Confirmamos a estratégia de posicionar o Estado como referência em sustentabilidade. Somos um Estado que contribui para a segurança ambiental do mundo”, afirmou.

A apresentação trouxe ainda dados que colocam Mato Grosso do Sul entre os líderes nacionais em crescimento do PIB (com projeção de 4,2% para 2025), investimentos públicos (15,3% do orçamento) e geração de empregos com alta qualificação técnica, além da terceira menor taxa de pobreza extrema do país.

Suinocultura de eficiência

Outro setor que destaca Mato Grosso do Sul como polo de empreendimentos é a suinocultura. Isso foi destacado durante o evento 3° Encontro de Lideranças da Suinocultura da ASUMAS, realizado na Expogrande. Para 2025 a projeção é de um crescimento de 49% no plantel de matrizes, alcançando 152 mil fêmeas e fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva.

Esse avanço se dá graças a programas de incentivos como o Leitão Vida, além da eficiência e a biosseguridade da atividade no Estado, que atraiu inúmeros investimentos na indústria de suínos de grandes empresas como a Seara, em Dourados, e a Aurora, em São Gabriel do Oeste.

De acordo com o gerente regional de agropecuária da Seara em Dourados, Márcio Polazzo, que participou de mesa redonda no evento junto com secretário Jaime Verruck, o compromisso do Estado em fomentar o setor acabou por atrair o interesse da empresa.

“A posição de mercado, a nossa estratégia de mercado da JBS, é uma estratégia pensando sempre no longo prazo. A consciência que a gente tem de qualquer crescimento econômico é pensando nos momentos de mercado que tem agora e nas projeções que a gente pode ter no futuro. Em Mato Grosso do Sul nós ‘startamos’ tendo um projeto ambicioso de ampliar a nossa unidade de Dourados. Elevando a uma produção que estava em cerca de 4 mil suinos dia para 10 mil suinos por dia”, explicou o gerente, completando.

“Nós traçamos esse plano lá em meados de 2019, 2020. De lá para cá, muita coisa aconteceu. Tivemos a covid e uma crise terrível na suinocultura. Mas acreditamos que esses são ciclos e a gente precisa muito aprender com eles. Isso nos tornou convictos e crentes na continuidade desse crescimento, de tal modo que ao final desse ano ou do ano que vem, talvez a gente já conclua essa nossa planta de abate em Dourados, que é um dos nossos principais polos, o maior polo de suínos do nosso grupo no Brasil”.

Para finalizar, Polazzo ainda afirmou que o crescimento da empresa no Estado precisa ser sustentável e pautado na performance produtiva, “trabalhando cada vez mais com qualidade dentro dos nossos produtos, com custos competitivos”.

O secretário Verruck reforçou que Mato Grosso do Sul deve crescer este ano cerca de 3,4% neste ano, sendo o estado que mais avança na economia do país em 2025. “Essa força do crescimento vem do equilíbrio fiscal, do domínio constitucional adequado, do investimento privado, da tecnologia, e da modernização”, disse, complementando em seguida.

“Eu acho que a gente pode apresentar isso aqui. A gente apresentou tantas cadeias produtivas novas: soja, florestas, citrus. Já somos os líderes do país na produção de amendoim. Mais uma indústria na área de florestas foi anunciada na semana passada. Então, essa composição faz realmente com que o Mato Grosso do Sul consiga mostrar ao país um modelo que vai do equilíbrio fiscal à parceria público-privada, ao desenvolvimento das pessoas”,

Antes do término da palestra, Verruck ainda ressaltou que o governador tem uma visão estratégica muito clara de onde quer levar o Mato Grosso do Sul, desenvolvendo sua economia a um patamar nunca antes alcançado.

“Queremos levar este Estado adiante, assumindo uma visão estratégica, uma missão de cumprir toda a questão da produção, da sustentabilidade ambiental, da agricultura familiar, da ciência, da tecnologia e da inovação. Isso tudo está muito interligado, e a gente realmente encara isso como uma missão”, concluiu.

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Vale da Celulose ganha prestígio e Três Lagoas é a cidade pioneira e desbravadora do setor em MS

O Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, aprovou a criação do “Vale da Celulose” no Estado. A região com maior destaque econômico e logístico é oficialmente reconhecida pela Casa de Leis do MS e Três Lagoas tem grande parcela de prestígio no acontecimento histórico.

A proposta, do deputado estadual, Pedro Caravina (PSDB), reconhece como “Vale da Celulose” o conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, tendo como base os investimentos estratégicos no setor de celulose, infraestrutura e geração de empregos. O projeto agora segue ao expediente da Casa de Leis.

MUNICÍPIOS ELENCADOS

Entre os municípios estão cidades como Três Lagoas, Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

A celulose se tornou o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul. A região, já conhecida mundialmente como ‘Vale da Celulose’ se tornou uma potência econômica para o Estado e Três Lagoas é o município ‘desbravador’ do setor em MS.

INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS

Hoje em dia, muitos megaempreendimentos estão sendo instalados no Mato Grosso do Sul. Além da Eldorado e a Suzano, ambas instaladas em Três Lagoas, o Estado também recebeu outra Suzano em Ribas do Rio Pardo, uma Arauco está sendo construída em Inocência e uma Bracell, que provavelmente em breve será anunciada oficialmente a instalação na cidade de Bataguassu.

Até algumas décadas atrás, a região, que hoje em dia é uma potência econômica era bem diferente. Três Lagoas, a ‘professora’ das outras cidades que abrigam fábricas no Estado precisou ‘aprender’ os impactos positivos e os negativos quando o assunto é a instalação de uma fábrica de celulose.

COMO SURGIU A CELULOSE EM TRÊS LAGOAS

Há aproximadamente 20 anos, foi preciso que a então prefeita Simone Tebet, junto com o governador Zeca do PT e mais uma comitiva de autoridade e empresários fossem aos Estados Unidos, à sede da International Paper (atual Sylvamo), onde após uma exaustiva reunião conseguiu sensibilizar a diretoria da empresa para investir em uma fábrica de celulose em Três Lagoas. Naquela época já havia muita plantação de eucalipto no município que foi implementado pela empresa Chanflora, subsidiária da IP. Esse foi um dos principais motivos, além da logística e incentivos que atraiu o investimento.

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA IP/VCP

Após várias reuniões para concretizar o empreendimento, no dia 19 de novembro de 2006, uma ensolarada terça-feira, foi a lançada a pedra fundamental da fábrica de papel e celulose da IP/VCP, realizada no Horto Barra do Moeda, situado a cerca de 30 km do centro da cidade.

Naquela ocasião, várias autoridades marcaram presença, dos quais, o então ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos e do ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Luiz Fernando Furlan, diretores da IP e VCP e autoridades políticas de Três Lagoas e de Estado.

A partir da construção da fábrica, denominada Projeto Horizonte a cidade de Três Lagoas sofreu os impactos do empreendimento que na época era o maior investimento privado do Estado. Durante a obra a cidade recebeu cerca de 10 mil trabalhadores que vieram de várias regiões do país.

NOVO PERFIL ECONÔMICO

Naquela ocasião a então prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet não apenas levou a cidade a um enriquecimento notável, que se reverteu em emprego e renda para a população: mudou o perfil econômico do município, promoveu uma transformação que permanece como legado para a região.

Até então a cidade estagnada, sem perspectivas além da pecuária, tradição local de décadas, emergiu rapidamente como uma potência industrial, a ponto de ser tratada como a nova capital mundial da celulose.

LIDERANÇA INDUSTRIAL

A população empregada em Três Lagoas mais que dobrou durante os mandatos de Simone. Em 2009, primeiro ano da segunda gestão da prefeita, o município assumiu a liderança em exportação de produtos industrializados no Mato Grosso do Sul, fruto da política de atrair empreendedores para a exploração de eucalipto na produção de celulose e papel.

Gigantes do setor, como a Votorantim Celulose e Papel e a International Paper, estabeleceram-se na cidade; nasceu um parque industrial; novos empregos surgiram, na construção e na operação das fábricas; os salários aumentaram. O perfil de consumo da população mudou e aqueceu o comércio três-lagoense.

VISÃO ESTRATÉGICA

Todo esse desenvolvimento foi possível porque Simone teve a visão estratégica de perceber o potencial do município para destacar-se na produção de papel e celulose e a capacidade de trazer investidores.

As terras disponíveis e adequadas às plantações de eucalipto e uma localização privilegiada, com vantagens logísticas no escoamento da produção, já estavam lá. Os vagões da ALL – América Latina Logística, carregados de produtos passaram a circular na ferrovia que liga Três Lagoas ao Porto de Santos. Embarcações lotadas de carga começaram a navegar pelos rios Tietê e Paraná, em direção a São Paulo e ao Sul. Carretas cheias pegaram as estradas federais de leste a oeste, de norte a sul, fazendo entregas dentro e fora do Estado.

DEMANDAS

Hoje em dia Três Lagoas e região ‘tem outra cara’ e só ‘não trabalha quem não quer’. Além dos empregos gerados pelas indústrias, muitos setores precisam expandir para atender as demandas das fábricas. Grandes empresas também buscaram e seguem buscando a região, gerando emprego e fazendo a economia girar.

Hoje, o Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul. Pioneiro no setor, o município é espelho e responsável para o desenvolvimento que a Costa Leste está cada vez mais adquirindo o status do Vale da Celulose.

Informações: Perfil News.

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TEMOS VAGAS: ‘Boom’ de empregos e falta de mão de obra desafia setores produtivos no Mato Grosso do Sul

Expansão industrial aumenta demanda por trabalhadores qualificados que supera a oferta local e atrai profissionais de outros estados e países vizinhos, como o Paraguai; somente o setor da celulose gerou mais de 32 mil empregos em MS

Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem passado por um paradoxo intrigante que desafia os setores produtivos no Estado: a grande oferta de vagas de trabalho disponíveis, mas uma escassa mão de obra de profissionais para preencher essas oportunidades. Nesta reportagem, o Perfil News trouxe entrevistas exclusivas com a superintendência do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), Semadesc (Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), além das indústrias de celulose em MS, Eldorado Celulose, Suzano e a Arauco, que trouxeram o panorama da situação da oferta e procura de emprego em MS.

Em entrevista especial ao jornal, o superintendente do MTE em Mato Grosso do Sul, Alexandre Moraes Cantero, destacou um dos maiores desafios enfrentados pelo estado: a falta de mão de obra qualificada em diversos setores da economia. O cenário se potencializou, principalmente, com a chegada das indústrias de celulose, que gerou mais trabalho do que força de trabalho em MS. 

O fator tem levado os setores a fazerem buscas ativas por pessoal, parcerias por qualificação e até “importação” de colaboradores.

Ele explica que, no ano passado, aproximadamente 24.280 vagas de trabalho deixaram de ser preenchidas em Mato Grosso do Sul. Os setores mais afetados incluem agropecuário, indústria, serviços, construção civil, comércio, comunicação e financeiro.

“Temos uma dificuldade para contratar funcionários qualificados, especialmente no setor florestal, na piscicultura e no processamento de celulose. A previsão é de que até 2032 sejam gerados aproximadamente 90 mil empregos nesses segmentos. No entanto, a falta de trabalhadores qualificados compromete esse crescimento”, explicou o superintendente.

Superintendente do MTE-MS, Alexandre Morais Cantero. Foto: reprodução/redes sociais.

Cantero explica ao Perfil News que a indústria também enfrenta desafios semelhantes. Usinas sucroalcooleiras e a produção de grãos sofrem com a escassez de mão de obra qualificada nas áreas de manutenção industrial e eletrônica. O setor de bioenergia, impulsionado pela produção de etanol e biocombustíveis, também carece de profissionais capacitados para operação e manutenção industrial. Na mineração e na logística, a realidade é a mesma: há vagas disponíveis, mas poucos profissionais capacitados para ocupá-las.

 REDUZIR DÉFICIT DE TRABALHADORES E ‘IMPORTANDO’ MÃO DE OBRA

Para enfrentar essa deficiência, o governo estadual, com apoio do MTE, criou o programa MS Qualifica, que visa capacitar profissionais para suprir a demanda do mercado de trabalho. O superintendente do MTE explica que a parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e outras entidades busca oferecer formação profissional aos trabalhadores. 

Em fevereiro, as entidades anunciaram acordo para atrair trabalhadores paraguaios para MS. Cantero explica que programa não visa tirar trabalho de sul-mato-grossenses, mas sim veio para combater o tráfico de pessoas e o trabalho em situação análoga à escravidão.

“Outro aspecto relevante é a regularização migratória de trabalhadores estrangeiros, especialmente paraguaios, que passam pelo estado. Isso evita que caiam na informalidade, no trabalho escravo ou sejam vítimas de tráfico de pessoas. Eles recebem documentação adequada, incluindo CPF e visto de trabalho”, explicou o superintendente. 

50 cursos gratuitos em vários municípios do MS são oferecidos pelo MS Qualifica. Foto: divulgação.

Uma das iniciativas desenvolvidas pelo MTE é a criação de salas de aula em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), dentro do Programa Acolhida. “Nessas salas, imigrantes recebem aulas gratuitas de português e qualificação profissional para se integrarem ao mercado de trabalho”, destacou Cantero.

E OS TRABALHADORES BRASILEIROS?

Diante da preocupação com a inserção dos brasileiros no mercado, Cantero reforçou que o programa MS Qualifica é voltado prioritariamente para os trabalhadores nacionais. Além disso, outras iniciativas como os cursos oferecidos pelo IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), SENAI, SENAC e SENAR têm ajudado na formação profissional.

O programa MS Qualifica leva formação profissional de graça para quem busca oportunidade, principalmente às pessoas de baixa renda. Foto: divulgação.

O superintendente também sugeriu que o governo avalie a possibilidade de manter temporariamente os benefícios sociais para trabalhadores de baixa renda que ingressam no mercado formal. “É importante garantir que essas famílias não percam sua segurança financeira imediatamente ao conseguirem um emprego formal, permitindo uma transição mais estável”, argumentou.

Cantero concluiu ressaltando a importância da capacitação e da integração entre os setores público e privado para suprir a demanda por mão de obra no estado. “Precisamos de um somatório de esforços para garantir que tanto brasileiros quanto migrantes tenham acesso ao trabalho digno e que a economia do estado continue crescendo de forma sustentável”, finalizou.

EXPANSÃO INDUSTRIAL IMPULSIONA CAPACITAÇÃO 

Nos últimos anos, MS tem experimentado um crescimento significativo no setor industrial, especialmente com a expansão das indústrias de celulose. Esse avanço tem gerado um grande volume de empregos, criando uma demanda por trabalhadores qualificados que supera a oferta local e atrai profissionais de outros estados e países vizinhos, como o Paraguai, como mencionado anteriormente.

Diante desse cenário, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, tem investido fortemente na capacitação da mão de obra local. Ao Perfil News, o secretário executivo Esau Aguiar destacou os principais avanços e desafios desse processo.

Secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho na Semadesc, Esau Aguiar. Foto: Mairinco de Paula.

Para atender à crescente demanda por trabalhadores qualificados, a secretaria coordena o MS Qualifica, o Plano Estadual de Qualificação Profissional. O programa foi estruturado para oferecer cursos gratuitos alinhados às necessidades do mercado, garantindo que os sul-mato-grossenses estejam preparados para ocupar as vagas geradas pelo crescimento industrial.

“Nosso foco é capacitar a população e garantir que as oportunidades de trabalho fiquem aqui. Trabalhamos em parceria com o Sistema S, universidades e empresas do setor para oferecer cursos que atendam às necessidades reais das indústrias em expansão”, afirmou Esau Aguiar.

A qualificação profissional é um dos principais pilares da gestão do governador Eduardo Riedel, que colocou o tema como prioridade em seu Plano de Governo. Foto: divulgação.

Segundo ele, o plano abrange áreas estratégicas, como operação de máquinas industriais, manutenção industrial, eletrônica, logística e tecnologia da informação. “A qualificação profissional é a chave para garantir que a população local tenha acesso a empregos de qualidade e possa crescer junto com a economia do estado”, destacou.

Outra iniciativa importante coordenada pela secretaria é a intermediação de mão de obra, realizada em conjunto com a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). A entidade é responsável pelo encaminhamento de trabalhadores às vagas disponíveis, garantindo que a mão de obra qualificada encontre colocação no mercado.

“A Funtrab desempenha um papel essencial na conexão entre empresas e trabalhadores. Nosso objetivo é facilitar esse encontro, tornando o processo mais eficiente e acessível para todos”, explicou Aguiar.

Para Esau Aguiar, a qualificação profissional não é apenas uma resposta às demandas da indústria, mas também um meio de promover inclusão social e gerar renda para a população. “Nosso compromisso é garantir que o crescimento econômico do estado se traduza em melhoria de vida para os sul-mato-grossenses. A capacitação profissional é um dos caminhos mais eficientes para isso”, concluiu.

ELDORADO FORTALECE EMPREGABILIDADE E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 

A Eldorado Brasil tem se consolidado como uma das principais empregadoras de Mato Grosso do Sul, priorizando a contratação de trabalhadores locais. Em 2024, a empresa contratou 1.288 profissionais, sendo 820 residentes no estado e 468 em São Paulo.

Em entrevista ao Perfil News, o diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil, Elcio Trajano Jr., explicou que a prioridade da empresa é sempre buscar profissionais no estado.

Diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil, Elcio Trajano Jr. Foto: divulgação.

“Nosso primeiro foco sempre é Mato Grosso do Sul. Apenas quando não há procura suficiente, expandimos a busca. Toda a minha equipe de busca de novos talentos está praticamente 100% no estado, trabalhando localmente. Quando surge qualquer oportunidade, buscamos primeiro na região. Só vamos para outros locais quando não encontramos pessoas inscritas ou interessadas para determinada posição”, disse.

A empresa investe continuamente na capacitação de seus colaboradores por meio de treinamentos técnicos, legais e comportamentais oferecidos por fornecedores locais, além de parcerias educacionais que incentivam o aprendizado contínuo. Atualmente, sua plataforma de aprendizagem conta com mais de 850 cursos, permitindo o desenvolvimento profissional em diversas áreas. Além disso, programas corporativos internos preparam os trabalhadores para novos desafios e oportunidades dentro da companhia.

A Eldorado Brasil é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. Foto: divulgação Eldorado Brasil.

Com um compromisso contínuo com o desenvolvimento da região, a Eldorado gera, em média, 1.200 empregos por ano no estado. Nos últimos quatro anos, foram criadas mais de 5.000 oportunidades, reforçando sua contribuição para a economia local.

Apesar do aquecimento do mercado de trabalho no Centro-Oeste, a empresa ainda não precisou recorrer a contratações em nível nacional. “Investimos muito em capacitação. Temos um centro de treinamento florestal de altíssimo padrão, onde conseguimos formar profissionais desde o início, ensinando-os a operar equipamentos e a atuar com alta performance dentro da empresa. Além disso, contamos com parcerias com universidades e instituições como o Senai, que nos ajudam a garantir mão de obra qualificada.”

FOCO

Com a meta de preencher a maior parte de suas vagas com trabalhadores locais, a empresa mantém parcerias com instituições de ensino e oferece treinamentos internos.

A Eldorado Brasil investe na qualificação de seus colaboradores para que possam crescer na empresa. Foto: divulgação Eldorado Brasil.

“Todos que entram na Eldorado passam por um processo de formação muito forte, seja internamente ou externamente“, afirma Élcio Trajano, diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da companhia. “Temos programas de desenvolvimento para liderança, uma academia de liderança, programas de mentoria e um case muito bacana que é o programa Acelera, que ajuda nossos profissionais a se qualificarem educacionalmente. Estamos constantemente investindo na capacitação dos nossos colaboradores para que possam crescer na empresa.”

Além da qualificação interna, a presença da Eldorado no estado tem um impacto significativo na economia local. A demanda por serviços e infraestrutura cresce conforme a empresa expande suas operações. “A Eldorado não gera apenas empregos diretos. Quando uma indústria desse porte se instala em uma cidade como Três Lagoas, o impacto vai muito além. Precisamos de fornecedores, escolas, hospitais, infraestrutura, estradas. O efeito multiplicador é enorme”, destaca Trajano.

A necessidade de mão de obra qualificada faz com que a empresa também busque profissionais fora do estado para posições específicas. “Buscamos sempre na região, mas, se não encontramos profissionais qualificados para determinadas posições, precisamos contratar de outros estados”, explica o executivo. “Algumas funções exigem conhecimentos muito específicos e, nesse caso, buscamos profissionais onde for necessário. No entanto, nossa operação industrial e florestal, que representa a maior parte das vagas, é ocupada majoritariamente por trabalhadores de Mato Grosso do Sul.”

PROGRAMA ACELERA

Um dos destaques nos programas de capacitação da Eldorado é o Programa Acelera, que incentiva os colaboradores a completarem sua formação educacional. A partir de 2025, o projeto será ampliado para beneficiar também familiares dos funcionários. “O Acelera é um dos nossos maiores projetos de desenvolvimento humano. Ele permite que nossos colaboradores façam o Encceja, terminem os estudos e tenham acesso a novas oportunidades dentro da empresa”, conta Trajano. 

“Em 2025, vamos expandir esse programa para os familiares dos nossos funcionários, incluindo esposas, maridos e filhos, reforçando nosso compromisso com a educação e o crescimento da comunidade.”

Com ações voltadas tanto para o aprimoramento profissional quanto para o bem-estar dos funcionários, a Eldorado segue consolidando sua presença no estado e fortalecendo a mão de obra local.

Atualmente, há cerca de 579 vagas abertas na empresa. A Eldorado mantém um fluxo contínuo de contratações para acompanhar a alta demanda de produção, que opera 20% acima da capacidade nominal da fábrica. Além disso, a empresa incentiva o crescimento interno, promovendo 713 colaboradores somente em 2024. Essa estratégia reforça o compromisso da companhia com a valorização dos trabalhadores e o desenvolvimento de carreiras dentro da organização. 

SUZANO JÁ GEROU 13 MIL POSTOS DE EMPREGO

A Suzano investiu cerca de R$ 60 milhões em novos caminhões, maquinários e tecnologia embarcada, além da geração de mais de 140 empregos, incluindo 132 vagas para motoristas, das quais 26 foram ocupadas por mulheres. Foto: divulgação Suzano.

A Suzano reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e a valorização da mão de obra local em Mato Grosso do Sul. A maioria dos colaboradores da companhia, incluindo cargos de liderança, é composta por trabalhadores do estado. Esse resultado é fruto de investimentos contínuos em capacitação interna e parcerias para formação profissional, uma iniciativa que começou com a implantação da primeira fábrica em Três Lagoas e foi ampliada com a construção da nova unidade em Ribas do Rio Pardo.

A empresa investe na qualificação de trabalhadores por meio de parcerias com instituições como Senai, SEST SENAT, governos estadual e municipais, entre outros. Para atender à nova unidade, já foram formados, em parceria com o Senai, mais de 200 profissionais para a silvicultura, com 40% de contratação, e mais de 300 pessoas para a colheita, com alto índice de aproveitamento. 

Em 2023, foram oferecidas 552 vagas de formação e, em 2024, o número subiu para 666. Além disso, na operação industrial, 198 pessoas foram qualificadas com cursos técnicos e pós-técnico, das quais 66,6% foram contratadas, sendo 83% originários de Ribas do Rio Pardo e região.

A companhia também mantém iniciativas como o Programa Escola de Motoristas Profissionais, em parceria com o SEST SENAT, que visa formar 150 condutores para a logística florestal até o segundo semestre de 2024. Outros projetos incluem cursos de Ensino Médio Profissionalizante, lançados recentemente em parceria com o Governo do Estado, além do curso EJA Qualifica, destinado à formação de viveiristas florestais. 

PARCERIA

A parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) também resultou no curso técnico em Tecnologia de Silvicultura, cuja primeira turma está prestes a iniciar.

Conforme informado ao Perfil News, a unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo já gerou mais de 13 mil postos de trabalho diretos no estado, sendo 10 mil na fase de implantação e 3 mil na fase operacional. Atualmente, a empresa emprega cerca de 9 mil trabalhadores diretos em Mato Grosso do Sul, distribuídos entre as unidades de Ribas do Rio Pardo, com 3 mil funcionários, e Três Lagoas, com 6 mil. Somente em 2024, foram feitas 1.103 contratações, sendo 133 na indústria e 970 no setor florestal. Em 2023, na unidade de Três Lagoas e municípios vizinhos, foram realizadas 1,2 mil admissões, com destaque para a ocupação de mais de 33% dessas oportunidades por mulheres.

PLANTANDO O FUTURO

O projeto Plantando o Futuro é uma iniciativa de dois anos que visa capacitar 2.390 pessoas e tirar pelo menos 1.434 da linha de pobreza em 10 municípios de atuação da Suzano em Mato Grosso do Sul. Além da capital, Água Clara, Brasilândia, Bataguassu, Três Lagoas, Selvíria, Aparecida do Taboado, Inocência, Santa Rita do Pardo e Ribas do Rio Pardo devem receber cursos de qualificação profissional.

SETOR FLORESTAL

Viveiro da Suzano em Ribas do Rio Pardo gera cerca de 240 empregos. Foto: divulgação Suzano.

Apesar do mercado aquecido no setor florestal e de celulose, a Suzano prioriza a formação de mão de obra local para suprir a demanda crescente. A empresa mantém iniciativas como o Programa Cultivar, o Programa Escola de Motoristas e o Programa Somar, além de portas de entrada como programas de estágio técnico, aprendizagem e o Formare. A grande maioria dos postos de trabalho gerados no estado tem sido ocupada por profissionais de Mato Grosso do Sul.

A Suzano mantém um fluxo contínuo de contratações, e novas vagas são divulgadas regularmente na Plataforma de Oportunidades da empresa, acessível pelo link https://suzano.gupy.io/. Além disso, as oportunidades em Mato Grosso do Sul são compartilhadas semanalmente com a imprensa, facilitando o acesso de todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual.

ARAUCO AMPLIA OPORTUNIDADES EM MATO GROSSO DO SUL

O Projeto Sucuriú, desenvolvido pela Arauco no Mato Grosso do Sul, tem gerado milhares de oportunidades de emprego e incentivado a qualificação profissional na região de Inocência. 

A empresa explicou ao Perfil News que realiza buscas ativas em todo o estado para preencher suas vagas, além de abrir oportunidades para profissionais de outras localidades. As contratações acontecem online, por meio do perfil oficial da Arauco Brasil no LinkedIn.

Atualmente, o Projeto Sucuriú conta com mais de 2.400 trabalhadores, entre funcionários terceirizados e próprios, atuando na construção da nova fábrica. Durante essa etapa, a contratação de profissionais fica a cargo das empresas parceiras, que são orientadas a priorizar a mão de obra local. Desde 2009, a Arauco mantém operações florestais no estado, com um quadro de 1.428 colaboradores, sendo 990 residentes no Mato Grosso do Sul.

Para garantir a qualificação da mão de obra local, a Arauco tem firmado parcerias estratégicas com o Poder Público e entidades como Sistema S (Sebrae, SESI, Senac, Senai e Senar) e FIEMS. Algumas das iniciativas já realizadas incluem:

  • Encceja (2023) – em parceria com o Sesi, para auxiliar jovens e adultos na conclusão dos estudos;
  • Programa de Qualificação de Fornecedores (2023) – em parceria com o IEL, preparando empresas para atender às demandas da indústria;
  • Conexão Arauco (2024, maio) – programa voltado ao desenvolvimento de fornecedores locais;
  • Parceria com o Senai/MS (2024, maio) – para formação e capacitação de mão de obra, especialmente na fase de preparo de área (terraplanagem).

14 MIL EMPREGOS

Registro do início da terraplanagem do Projeto Sucuriú, da Arauco, em junho de 2024. Foto: Marcio K. Shimamoto.

O Projeto Sucuriú prevê a geração de mais de 14 mil empregos durante a fase de construção da fábrica. Após sua conclusão, serão mantidos 6 mil postos permanentes de trabalho nas áreas florestal, industrial e logística, com qualificação assegurada pela Arauco.

Com essas iniciativas, a empresa reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso do Sul, garantindo capacitação profissional e oportunidades de emprego para a população local.

INDÚSTRIAS DE CELULOSE IMPULSIONAM DEMANDA POR ENGENHEIROS FLORESTAIS E UFMS ABRE NOVAS VAGAS NO SETOR 

A falta de mão de obra para o grande número de vagas de emprego em Mato Grosso do Sul tem levado as universidades a abrirem novas oportunidades de curso. Impulsionadas pelo crescimento das indústrias de celulose, há demandas por engenheiros florestais. Para atender essa necessidade crescente, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) anunciou a abertura de 35 vagas no curso de Engenharia Florestal em Chapadão do Sul. O Perfil News mostrou a seleção em reportagem anterior. 

POLO FLORESTAL

A chegada de grandes empresas do setor, como Suzano e Eldorado, transformou o estado em um dos principais polos de produção florestal do país. O Mato Grosso do Sul já conta com mais de 1,45 milhão de hectares de eucalipto cultivados em 72 municípios, sendo que cinco dos dez municípios brasileiros com as maiores áreas de florestas plantadas estão no estado, com destaque para Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas e Água Clara. Com a expansão das operações, a necessidade de mão de obra qualificada se tornou um desafio, o que reforça a importância de iniciativas como a ampliação da oferta de cursos na UFMS.

As indústrias têm investido fortemente na qualificação de trabalhadores, tanto por meio de parcerias com instituições como Senai e SEST SENAT quanto pela criação de programas internos de formação. No entanto, a alta demanda por profissionais especializados ainda exige novas estratégias. O setor de celulose e papel, que opera em um mercado altamente tecnológico e competitivo, precisa cada vez mais de engenheiros florestais para gerenciar as florestas plantadas, otimizar a produtividade e garantir práticas sustentáveis.

PROCESSO SELETIVO

Para os estudantes interessados em ingressar na área, o processo seletivo Quero Ser UFMS 2025 representa uma oportunidade estratégica. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de março de 2025. O curso de Engenharia Florestal pode ser uma excelente escolha para quem busca uma carreira promissora, já que o estado possui um dos maiores crescimentos no setor florestal no Brasil.

Em 2024, alunos do curso de engenharia florestal, da UFMS, participaram da II Jornada Florestal, da Reflore. Foto: divulgação.

A seleção deste ano traz uma novidade: além das formas tradicionais de ingresso, candidatos que não participaram de processos seletivos anteriores poderão concorrer utilizando apenas o histórico escolar do ensino médio e uma carta de intenção. A primeira convocação para matrícula será divulgada em 21 de março de 2025, e as aulas terão início logo após a efetivação da matrícula.

Diante da expansão das indústrias de celulose e do crescimento das áreas de florestas plantadas, a formação de novos engenheiros florestais será fundamental para garantir a continuidade do desenvolvimento sustentável e a competitividade do setor no estado.

INDÚSTRIA DE MS REGISTROU 1.536 NOVAS VAGAS DE EMPREGO

O setor industrial em Mato Grosso do Sul apresentou um bom desempenho em 2024, com um crescimento de 3,5% na produção e na geração de empregos. Foto: divulgação FIEMS.

A atividade industrial, que engloba os setores de transformação, construção, serviços industriais de utilidade pública e extração mineral, gerou 1.536 novas vagas em janeiro, resultado de 8.801 admissões e 7.265 desligamentos. Os dados são do Observatório da Indústria da Fiems divulgados neste mês de março.

Entre os segmentos que mais contrataram, destacam-se a construção de edifícios (+316), obras de terraplanagem (+160), abate de bovinos (+125), obras de montagem industrial (+122) e coleta de resíduos (+100). Outras áreas com crescimento significativo foram a fabricação de celulose (+98), curtimento de couro (+78), montagem de estruturas metálicas (+62), instalação e manutenção elétrica (+61), fabricação de álcool (+56), obras de acabamento (+56), manutenção de máquinas e equipamentos (+45) e fabricação de pré-moldados de concreto armado (+40). Juntas, essas atividades foram responsáveis por 1.319 das novas vagas abertas no mês, segundo o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.

SALDOS DE EMPREGOS

No recorte por municípios, os maiores saldos de empregos foram registrados em Campo Grande (+299), Três Lagoas (+190), Inocência (+182), Nova Andradina (+182), Paranaíba (+112), Santa Rita do Pardo (+102), São Gabriel do Oeste (+94), Sidrolândia (+87), Água Clara (+48) e Batayporã (+46).

Com esse desempenho, o setor industrial encerrou janeiro com um total de 159.127 trabalhadores formais. Desse contingente, 117.019 atuam na Indústria de Transformação, 29.226 na Construção, 8.362 nos Serviços Industriais e 4.520 na Indústria Extrativa Mineral. “O saldo positivo reforça a relevância da indústria na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do estado”, destacou Resende.

Informações: Perfil News.

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MS lidera projeção de crescimento econômico no Brasil em 2025

MS lidera projeção de crescimento econômico no Brasil em 2025O PIB de Mato Grosso do Sul deve crescer 4,2% em 2025, quase o dobro da média nacional, estimada em 2,2%

Mato Grosso do Sul é o estado com maior projeção de crescimento econômico no Brasil em 2025, segundo o Banco do Brasil. O PIB (Produto Interno Bruto) estadual deve crescer 4,2%, quase o dobro da média nacional, estimada em 2,2%.

Os dados fazem parte da Resenha Econômica Regional do Banco do Brasil, que analisa cenários para o próximo ano, tanto em nível nacional, regional e estadual. A informação foi destacada pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, em suas redes sociais neste domingo (5).

Ele atribui o desempenho a políticas de equilíbrio fiscal e desenvolvimento sustentável. “Mato Grosso do Sul destaca-se não apenas pelos números, mas também por sua política de desenvolvimento fortemente planejada, baseada no equilíbrio fiscal, na sustentabilidade no agronegócio e alinhada às diretrizes da nova indústria brasileira. Esses pilares têm consolidado o estado como uma referência no cenário econômico nacional”, disse Verruck.

Projeção econômica para todos os estados brasileiros; MS aparece com projeção de 4,2% (Imagem: Brasil em Mapas).

Importante mencionar que Mato Grosso do Sul tem atraído cada vez mais indústrias internacionais. Em dezembro do ano passado, foi inaugurada oficialmente em Ribas do Rio Pardo, a 98 km de Campo Grande, a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, construída pela Suzano.

Além da expansão da celulose e biocombustíveis prevista para 2025, a produção de laranja e fábricas de suco devem reforçar a economia regional. Conforme noticiado anteriormente, Verruck destacou que, desde 2015, Mato Grosso do Sul atraiu R$ 84 bilhões em investimentos, com quase R$ 44 bilhões projetados somente em 2024.

Cenário nacional – Além de Mato Grosso do Sul, o Rio Grande do Sul também se destaca, com projeção de crescimento de 4,0% para 2025. No Centro-Oeste, Goiás (3,7%) e Mato Grosso (3,3%) aparecem entre os estados com maior crescimento, impulsionados pelo agronegócio e atividades industriais.

Por outro lado, estados como Pernambuco (1,4%) e Sergipe (1,4%) apresentam projeções mais modestas. Das 27 unidades federativas, 19 superam ou igualam a média nacional, enquanto sete ficam abaixo.

Entre os componentes do PIB, o destaque é para a Agropecuária, com crescimento previsto de 5,3%. A Indústria e os Serviços devem crescer 1,7% cada.

Informações: Campo Grande News.

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PIB de MS deve crescer 6,8% e superar R$ 227 bilhões em 2025

Segundo relatório, a previsão é que neste ano o PIB feche em R$ 190,4 bilhões, aumento de 4,65%

O Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul, deve crescer 6,86% no próximo ano, chegando a R$ 227,8 bilhões. A estimativa é da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base nos dados históricos de crescimento e nas projeções futuras, levando em conta as tendências observadas nos anos anteriores e as expectativas de variação do IPCA. 

Segundo o relatório, a previsão é que neste ano o PIB feche em R$ 190,4 bilhões, aumento de 4,65%. Nos últimos seis anos, o PIB dobrou no Estado puxado pela revolução do agronegócio, agroindustrialização e pela chegada de grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose.

“O Mato Grosso do Sul vive um ambiente de desenvolvimento e prosperidade, fruto de um trabalho feito com afinco para criação de todo um arcabouço jurídico, fiscal, econômico, ambiental, social, etc, que nos permite experimentar de um crescimento muito acima da média nacional”, destacou o governador Eduardo Riedel.

De acordo com o secretário de Estado Jaime Verruck, o Estado tem consolidado sua posição como um polo estratégico de desenvolvimento econômico, atraindo investimentos em setores fundamentais da economia. Desde 2015, Mato Grosso do Sul prospectou R$ 84 bilhões em investimentos, quase R$ 44 bilhões projetados apenas para 2024. Esses aportes reforçam a posição do Estado como um dos mais dinâmicos no cenário nacional, alavancando sua competitividade econômica e impulsionando a geração de empregos.

Além disso o aumento de 6,8% na área plantada de soja em MS, que supera os 4,5 milhões de hectares cultivados nesta safra e o bom andamento das lavouras colaboram com a projeção otimista de melhoria da riqueza no próximo ano. Se o tempo ajudar, a produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare. Com isso a expectativa é de produção de 13,9 milhões de toneladas.

“Isso é apenas um reflexo daquilo que está acontecendo no Estado todo. Diversificação da base produtiva, expansão de área cultivada, novas indústrias sendo montadas, processo de qualificação profissional muito acentuado para ser reconhecido pela secretaria de educação, a agricultura familiar, a gente também fez um recorde de captação de recursos no Pronaf programa de financiamento para a agricultura familiar, 100% do FCO alocado para o Estado, mais de 2,4 bilhões”, avaliou o secretário.

Ele destaca que a diversificação econômica emerge como um dos principais trunfos do Mato Grosso do Sul para mitigar riscos e garantir um crescimento sustentável. “A agroindustrialização fortalece setores relevantes, como a pecuária e a produção de celulose, ao mesmo tempo que abre espaço para novas oportunidades em áreas como bioenergia e citricultura. Essa ação está alinhada com o objetivo estratégico de diversificar a economia e aumentar a competitividade estadual”, salientou lembrando que em 2025 começam as obras da Arauco em Inocência e serão inauguradas mais três usinas de bioenergia: sendo 2 de cana uma em Paranaíba e outra em Anaurilândia e a usina de etanol de milho em Sidrolândia.

Referência nacional – Mato Grosso do Sul destaca-se como referência em gestão fiscal responsável no Brasil. Com uma taxa de investimento público equivalente a 15,30% da receita corrente líquida, o Estado lidera o ranking nacional, consolidando-se como um exemplo de eficiência e compromisso com o uso dos recursos públicos. Esse desempenho resulta de um equilíbrio nas contas públicas que viabiliza investimentos constantes em infraestrutura, saúde, educação e inovação, pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável. 

A solidez fiscal é uma base indispensável para o crescimento econômico de longo prazo, pois evita déficits recorrentes, reduz o endividamento e preserva a capacidade do estado de oferecer serviços públicos de qualidade. Além disso, a gestão fiscal aumenta a credibilidade do Estado perante investidores nacionais e internacionais, criando um ambiente propício à atração de capital privado.

O índice PIMPF (Produção Industrial Mensal – Produção Física) acompanha a produção industrial em Mato Grosso do Sul desde 2022. Entre fevereiro de 2022 e outubro de 2024, a Indústria Geral cresceu 62,3%, saindo de 70,8 para 114,9. O destaque foi para as Indústrias de Transformação, impulsionadas por investimentos na agroindústria e bioenergia. O PIMPF confirma a expansão do setor industrial sul-mato-grossense, refletindo o dinamismo econômico e a crescente participação da indústria no desenvolvimento regional.

População Ocupada e Efeito Renda – De acordo com a coordenadora de Estatística e Economia da Semadesc, Bruna Dias, o ciclo de investimentos e a expansão da agroindústria têm gerado impactos significativos no mercado de trabalho, aumentando a ocupação e promovendo o crescimento da renda média da população.

“O rendimento médio mensal real da população residente passou de R$ 2.561 em 2015 para R$ 3.035 em 2023, demonstrando aumento consistente da renda. Na indústria, a remuneração real média também acompanhou essa evolução, crescendo de R$ 3.025,64 em 2015 para R$ 3.547,95 em 2023. Esse avanço da renda média amplia a base de consumo de produtos mais elaborados e serviços de maior valor agregado, incentivando a industrialização e a diversificação econômica. Como vetor importante de desenvolvimento econômico e social, esse processo gera impactos positivos em diversas áreas, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo em crescimento”, enfatizou.

Todos estes indicadores, na avaliação do titular da Semadesc apontam os caminhos que o Governo deve tomar em 2025. “Os indicadores mostram que devemos comemorar. O desemprego é de 3,4% no Estado, taxa de pobreza em 2%. Investimento em produtos de escala de estado com mais 20% de investimento público. Então, os indicadores são extremamente favoráveis para a economia do Estado e para a sociedade do estado. Então, a nossa Secretaria está comemorando esse final de ano pelos indicadores positivos “, concluiu.

Informações: Diário Digital.

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Mato Grosso do Sul se destaca como referência nacional em crescimento econômico

Esse desempenho tem sido fundamental para manter o equilíbrio nas contas públicas

Mato Grosso do Sul tem se destacado como um exemplo de boa gestão fiscal no Brasil, consolidando sua posição como um dos estados mais eficientes na administração dos recursos públicos. Com uma taxa de investimento público de 15,30% da receita corrente líquida, o estado lidera o ranking nacional, o que reflete um compromisso contínuo com o uso responsável e estratégico dos recursos disponíveis. Esse desempenho tem sido fundamental para manter o equilíbrio nas contas públicas e garantir a realização de investimentos essenciais para o crescimento econômico, como em infraestrutura, saúde, educação e inovação.

Essa sólida gestão fiscal permite que o governo estadual continue atraindo investimentos e criando um ambiente propício para o desenvolvimento sustentável. O controle rigoroso das finanças públicas não só evita déficits recorrentes, mas também reduz o endividamento, permitindo uma maior capacidade de implementar políticas públicas de qualidade. A credibilidade financeira de Mato Grosso do Sul perante investidores nacionais e internacionais é reforçada pela boa saúde fiscal, tornando o estado uma referência em boas práticas de gestão pública.

Projeto Cerrado: Nova fábrica de celulose da Suzano inaugurada em Ribas do Rio Pardo (MS). Ricardo Stuckert/PR.

Além de garantir um ambiente favorável à atração de capital privado, o bom desempenho fiscal possibilita ao estado investir continuamente em áreas estratégicas que fomentam a competitividade econômica. A criação de um arcabouço jurídico e fiscal robusto, aliado a políticas públicas eficazes, tem sido um dos principais pilares que sustentam a ascensão econômica de Mato Grosso do Sul. Isso tem permitido ao estado crescer acima da média nacional, destacando-se no cenário nacional como um exemplo de sucesso em governança fiscal.

Outro fator que contribui para o destaque de Mato Grosso do Sul é o foco na diversificação econômica, o que tem gerado um ciclo positivo de crescimento. A expansão do setor agroindustrial, com destaque para a produção de celulose e bioenergia, além da diversificação para áreas como citricultura e bioenergia, tem fortalecido a economia e ampliado as oportunidades de emprego e renda para a população. O governo estadual tem incentivado essas mudanças estruturais com o objetivo de reduzir riscos e garantir um desenvolvimento sustentável no longo prazo.

Perspectiva de uma safra de soja 6,8% superior em área ajuda a projetar PIB maior para 2025 em Mato Grosso do Sul. Saul Schramm/Governo MS.

O secretário de Estado da Semadesc Jaime Verruck, afirma que o Estado tem consolidado sua posição como um polo estratégico de desenvolvimento econômico, atraindo investimentos em setores fundamentais da economia. Esses aportes reforçam a posição do Estado como um dos mais dinâmicos no cenário nacional, alavancando sua competitividade econômica e impulsionando a geração de empregos.

Além disso o aumento de 6,8% na área plantada de soja em MS, que supera os 4,5 milhões de hectares cultivados nesta safra e o bom andamento das lavouras colaboram com a projeção otimista de melhoria da riqueza no próximo ano. Se o tempo ajudar, a produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare. Com isso a expectativa é de produção de 13,9 milhões de toneladas. “Isso é apenas um reflexo daquilo que está acontecendo no Estado todo. Diversificação da base produtiva, expansão de área cultivada, novas indústrias sendo montadas”, finaliza Secretário Verruck.

Com todos esses esforços, Mato Grosso do Sul não apenas tem alcançado índices positivos em diversas áreas econômicas, mas também se consolidou como uma referência nacional em gestão fiscal. A combinação de uma economia diversificada, investimentos estratégicos e uma administração fiscal eficiente tem garantido o crescimento contínuo do estado, mantendo-o na vanguarda do desenvolvimento econômico no Brasil.

Informações: Capital News.

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MS volta a sonhar com a 5ª fábrica de celulose; a 4ª na região do Bolsão

Segundo comentários nos bastidores do segmento, a fábrica de celulose pode ser instalada entre os municípios de Santa Rita do Pardo e Bataguassu (MS)

Mato Grosso do Sul pode ‘ganhar’ a quinta fábrica de celulose segundo especulações recentes sobre o assunto. Conversas nos bastidores do segmento, apontam negociações da multinacional Portucel implantar a terceira indústria de papel na região do Bolsão. Se caso confirmar, o Estado pode totalizar cinco indústrias, e nos próximos anos deve se tornar a maior potência do setor no mundo.

A fábrica celulose pode ser instalada entre os municípios de Santa Rita do Pardo e Bataguassu (MS). Sendo assim, a região do Bolsão pode somar 4 indústrias, já que Três Lagoas conta com duas: a Suzano (com duas linhas) e a Eldorado, com uma linha, porém com projeto de expansão.

Mato Grosso do Sul é exemplo mundial quando o assunto é celulose. Três Lagoas, pioneira no setor no Estado, abriga duas indústrias e acabou se tornando ‘a professora’ de Ribas do Rio Pardo e Inocência que, em breve, também terão fábricas operando.

Ainda neste semestre, entra em operação mais uma indústria da Suzano em MS, a conhecida como ‘Projeto Cerrado’ que começa produzir em junho deste ano. Inocência também terá uma fábrica de celulose, do grupo chileno Arauco. As obras da unidade terão início em 2025.

Potência no setor

Ao todo, em 2028, Mato Grosso do Sul, estará operando com quatro fábricas de celulose e com a possibilidade de receber a quinta indústria, o Estado tem de tudo para se tornar a maior potência do setor no mundo. Com as indústrias, também vemos o crescimento do plantio de eucalipto que é a matéria-prima do setor e um negócio que está em alta no Brasil.

Ao todo, somando as plantações de eucalipto e de pinus, também utilizado para a produção de celulose no Brasil, são 9,9 milhões de hectares de área plantada no país. Temos hoje em média 1,8 milhão de árvores plantadas para fins industriais por dia.

Importante ressaltar que as áreas de cultivo acontecem principalmente em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, manejadas com as mais modernas técnicas e amplamente apoiadas pela ciência.

O setor vem se consolidando há décadas como um modelo de bioeconomia em larga escala, se submetendo voluntariamente a rigorosas certificações internacionais. Atua ao lado da sociedade para gerar valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e preservar.

Balança e Exportação

Em 2023, foram produzidas 24,2 milhões de toneladas de celulose, das quais 18,1 milhões foram exportadas. Desse montante, 49% foram destinados à China, 24% à Europa, e 15% à América do Norte. O setor foi o quinto item da balança de exportação do agro.

De acordo com o IBA (Instituto Brasileiro de Atuária) os plantios de eucalipto estão localizados, principalmente, nas regiões sudeste e centro-oeste do país, com destaque para Minas Gerais (29%), Mato Grosso do Sul (15%) e São Paulo (13%).

A região sul do Brasil se destaca como principal fornecedor de madeira pinus, representando 89% do total. O Paraná lidera com a maior área plantada, uma extensão de 713 mil hectares, seguido por Santa Catarina, com 701 mil hectares.

O setor da celulose gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos em 2022 nos mais de mil municípios presentes, segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

As exportações de celulose em 2023 geraram divisas no valor de US$ 7,9 bilhões. Os investimentos previstos somam R$ 67,4 bilhões até 2028.

Os recursos investidos do setor já são destinados para novas plantas, expansão das áreas cultivadas, pesquisa, desenvolvimento e inovação. Hoje, é aberta em média uma fábrica a cada ano e meio.

É o caso do Projeto Cerrado, que dará origem à nova unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo. A fábrica terá capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano. No total, a empresa está investindo R$ 22,2 bilhões no projeto, um dos maiores aportes da história da Suzano, que está em plena celebração de seu centenário.

Para além das novas fábricas, o setor investe consistentemente na modernização das plantas existentes, além de ampliação de áreas plantadas e ciência e tecnologia.

Informações: Perfil News / Imagem: divulgação.

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Desenvolvimento: Ribas do Rio Pardo (MS) ganha recursos estaduais para mais casas e obras viárias 

Com novas habitações no topo da lista de pedidos, representantes de Ribas do Rio (MS) Pardo foram recebidos pelo governador Eduardo Riedel, durante encontro nesta sexta-feira (8) em Campo Grande. Diante da demanda causada pelo crescimento da cidade em pleno processo de industrialização, o Governo de Mato Grosso do Sul se comprometeu a fazer novos investimentos para ajudar a prefeitura construir casas e ainda garantiu outros recursos na área de estrutura viária.

“Estamos olhando com atenção, cuidado e carinho para ajudar diante da grande transformação que vem ocorrendo em Ribas”, disse Riedel. Com a construção da fábrica de celulose da Suzano, que vai dispor de R$ 19 bilhões de investimento, Ribas passou a viver um “boom” imobiliário e apesar de recursos que já direcionados para novas unidades habitacionais ainda é preciso aumentar os investimentos.

Serão destinados R$ 10 milhões ao Bônus Moradia, programa criado para ajudar a população do Estado a conquistar a casa própria por meio de financiamento. Uma forma de aumentar a oferta no setor.

“Casas que eram locadas a R$ 600 reais passaram a ser locadas a R$ 3 mil reais e tinha quem pagasse. Então aquele morador que pagava aluguel se viu na obrigação de deixar sua casa e passar a ocupar áreas públicas. Agora temos que reestabelecer isso. Porque é inadmissível termos uma cidade com investimento tão significativo e gente morando em barraco de lona. Isso sensibilizou o governador. Temos a certeza de que esse municipalismo pregado por ele é real”, disse o prefeito João Alfredo Daniese.

Prefeito João Alfredo - Ribas do Rio Pardo/MS. Projetos e parcerias com o município no ano de 2024 Foto Saul Schramm

Outro investimento com recursos dos cofres estaduais vai para obras na MS-340, que dá acesso a dois grandes distritos industriais e por onde é escoada a produção agrícola. Trata-se de um total de R$ 24 milhões que inclui desde a duplicação de um trecho até novas rotatórias.

“A cidade é cortada ao meio pela BR-262, temos cidade alta e baixa. A MS-340 está na parte alta. E todas as chuvas fluviais intensas acabam com a cidade baixa. E a MS-340 é o refugo de drenagem dos bairros altos, daí a necessidade de ser drenada e pavimentada”, complementou o prefeito.

Em fevereiro deste ano, o Governo do Estado anunciou um investimento de R$ 13,6 milhões em obras destinadas ao abastecimento de água tratada no município. Pelo contrato, o prazo para execução das obras de implantação de quatro reservatórios na cidade de 23.150 habitantes é de 18 meses, contados a partir da emissão da ordem de serviço. 

Também participaram nesta tarde do anúncio de novos investimentos, vereadores de Ribas, os secretários Hélio Peluffo (Seilog), Eduardo Rocha (Casa Civil), João César Mattogrosso (adjunto da Casa Civil), além dos deputados estaduais Pedro Caravina e Márcio Fernandes.

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