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Celulose em Mato Grosso do Sul: protagonista na produção e aliada contra as mudanças climáticas

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revela que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂

Mato Grosso do Sul assume em 2024 um papel de liderança na produção de celulose no Brasil. Já consagrado como o maior exportador brasileiro, o estado agora se destaca como o maior produtor do país com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Esse crescimento impressionante é relativamente recente, com a primeira indústria instalada em 2009, mas já demonstra um compromisso firme com os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance), priorizando sustentabilidade e ações contra as mudanças climáticas.

Um dos maiores trunfos do setor de celulose para a preservação ambiental está nas florestas plantadas, principalmente de eucalipto, que desempenham um papel crucial na captura de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa.

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂. Com uma área cultivada de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, estima-se que Mato Grosso do Sul tenha cerca de 1,011 bilhão de toneladas de CO₂ equivalentes estocados em suas florestas, um valor próximo às emissões anuais do Japão, um dos maiores emissores globais de carbono.

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

Especialistas destacam o papel do eucalipto no sequestro de carbono

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, enfatiza a eficácia das florestas plantadas, especialmente do eucalipto, na captura de CO₂ por meio da fotossíntese e no armazenamento de carbono na biomassa e no solo.

“O cultivo de florestas é considerado um meio eficiente na retirada do CO₂ da atmosfera, e o eucalipto, devido ao seu rápido crescimento, é uma das árvores mais eficazes para estocar carbono e mitigar gases de efeito estufa”, explica Pulrolnik.

Ela ressalta que esse cultivo deve ocorrer em áreas degradadas ou já utilizadas para atividades agropecuárias, evitando a substituição de florestas nativas.

Adriano Scarpa, gerente de Mudança do Clima da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca a importância do manejo florestal sustentável.

“As empresas mantêm reservas de florestas para garantir a continuidade da produção e, ao mesmo tempo, estocar carbono. Esse ciclo de plantio e colheita garante que o carbono retirado da atmosfera fique retido na biomassa das árvores, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas”.

Contribuição para a biodiversidade e sustentabilidade

Além de mitigar as mudanças climáticas, as plantações de eucalipto em Mato Grosso do Sul também têm um impacto positivo na preservação da biodiversidade.

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

A Suzano, uma das principais empresas do setor, adota práticas de manejo que incluem a criação de corredores ecológicos que permitem a circulação de animais e a conexão entre áreas de conservação. Em suas propriedades, já foram catalogadas mais de 1.500 espécies de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas como a águia-cinzenta e o cachorro-vinagre, indicando a alta qualidade ambiental das suas áreas de cultivo.

“Nas nossas florestas, encontramos ambientes seguros para espécies ameaçadas se reproduzirem, como o tatu-canastra e a onça-pintada, que dependem de uma grande diversidade de presas para sobreviver”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em MS.

A Eldorado também adota diversas técnicas de manejo florestal que trazem benefícios ambientais. Historicamente, já foram observadas nas áreas da companhia 460 espécies de fauna, muitas das quais são bioindicadores da saúde dos ecossistemas e estão incluídas em listas de espécies ameaçadas de extinção, incluindo espécies raras e endêmicas como a raposinha.

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Benefícios adicionais: uso de biocombustíveis e redução do uso de fósseis

Outro benefício do setor de celulose está no uso de biocombustíveis derivados do processamento da madeira, como o licor preto, que é utilizado como fonte de energia renovável, substituindo combustíveis fósseis. Isso contribui para que aproximadamente 87% da energia consumida no setor de celulose provenha de fontes limpas e sustentáveis, ampliando ainda mais os benefícios ambientais.

“Ao utilizar biocombustíveis de origem renovável, estamos evitando o uso de combustíveis fósseis e prolongando os efeitos positivos da redução de gases de efeito estufa”, explica Scarpa, reforçando que essa prática é essencial para a sustentabilidade do setor.

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul não só lidera a produção de celulose no Brasil como também se posiciona como um exemplo de sustentabilidade e preservação ambiental. Com práticas de manejo florestal que equilibram a produção econômica e a proteção da biodiversidade, o estado contribui significativamente para a captura de carbono e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mostrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos.

Crescimento robusto do setor de celulose em Mato Grosso do Sul

O crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul tem sido um dos motores mais significativos do desenvolvimento econômico do estado. Atualmente, com três plantas industriais em operação — duas da Suzano e uma da Eldorado em Três Lagoas — o estado processa cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2024, esse número foi ampliado com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que adicionou 2,55 milhões de toneladas à capacidade anual.

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

Além das plantas em funcionamento, novos investimentos estão a caminho, como a instalação de uma unidade da Arauco em Inocência, prevista para 2028, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas, uma nova linha de produção da Eldorado em Três Lagoas e uma linha de produção da Bracell, em Água Clara. Esses projetos consolidarão ainda mais a posição de Mato Grosso do Sul como líder nacional na produção de celulose.

Fatores como a aptidão para o cultivo do eucalipto, a localização estratégica, condições climáticas favoráveis, grandes áreas de terras disponíveis e um ambiente institucional propício foram fundamentais para impulsionar essa expansão.

Desde 2009, o volume de produção no estado cresceu 523,6%, saltando de 806,2 mil toneladas para 5 milhões de toneladas, e o Valor Bruto de Produção (VBP) aumentou 1.250%, de R$ 958 milhões para R$ 12,9 bilhões.

Além disso, o setor de celulose é intensivo em mão de obra, registrando um crescimento de 279,3% no número de colaboradores, que passou de 2.731 para 10.361 entre 2009 e 2021. O aumento na geração de empregos reflete a importância do setor tanto na área industrial quanto na agrícola, contribuindo significativamente para a economia local e a melhoria salarial dos trabalhadores.

Informações: G1/MS.

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Exportações de celulose crescem 62,7% em MS

Crescimento do setor está alinhado à consolidação de novas fábricas; Estado tem potencial para receber a oitava planta

A consolidação do Vale da Celulose em Mato Grosso do Sul já pode ser percebida pela expansão de 62,75% nas exportações neste ano. O segmento movimentou US$ 1,765 bilhão de janeiro a setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o Estado negociou US$ 1,085 bilhão – diferença de US$ 680,8 milhões.

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e apontam ainda que o volume de comercialização também registrou aumento na comparação do período, uma vez que em 2023 foram enviadas 3,061 milhões de toneladas ao exterior, contra 3,135 milhões até setembro deste ano.

A celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja (34,48%). Os números que comprovam o potencial do segmento evidenciam ainda a importância do núcleo produtivo localizado em Mato Grosso do Sul.

“Quando olhamos para a celulose, realmente o Estado hoje é um destaque mundial”, analisa o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Ao Correio do Estado, o secretário destaca que Mato Grosso do Sul ainda dispõe de capacidade para expandir o setor. 

“Com a quinta planta industrial sendo construída em Inocência, da Arauco, e o anúncio da sexta planta industrial, no município de Água Clara, tenho certeza de que nós temos espaço para a sétima e para a oitava, consolidando realmente o Vale da Celulose e um estado, obviamente, de uma maneira significativa, exportador”, afirma Verruck.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que, com a chegada da indústria de celulose, Mato Grosso do Sul obteve enormes ganhos financeiros.

“Com a exportação do produto e os investimentos maciços em florestas plantadas e recebendo até investimentos estrangeiros, por meio de fundos de pensões estrangeiros. Hoje, temos a indústria chilena Arauco se instalando no Estado, com possibilidades de maior crescimento do PIB até 2030”, detalha.

Atualmente, MS ocupa a segunda maior área de florestas plantadas do Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), a área total atingiu 1,48 milhão de hectares neste ano, área que deverá chegar a 2,5 milhões de hectares nos próximos anos. 

Desse total, 98% são dedicados ao cultivo de eucalipto, que é predominantemente utilizado pela indústria de papel e celulose, amplamente presente no Estado.

Investimentos

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 2 de outubro, dados divulgados pelo presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apontam que mais de 70% dos R$ 105 bilhões de investimentos previstos no setor de celulose para o País serão realizados em Mato Grosso do Sul. 

Paulo Hartung informou, durante um evento, que quase R$ 75 bilhões serão investidos em território sul-mato-grossense nos próximos três anos.

“Estivemos com o presidente da República, Lula, e nós levamos para ele o número de investimento do setor nos próximos três anos. A carteira de investimento do setor é uma das maiores carteiras de investimento do setor privado brasileiro. São R$ 105 bilhões contratados para serem investidos no nosso País, dos quais mais de R$ 70 bilhões serão em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente da Ibá.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reiterou que o setor tem ajudado a transformar MS.

“Da nossa parte, vamos criar um ambiente de negócios que fique cada vez mais atrativo para setores em que somos competitivos, e a celulose é, sem dúvida, uma das estrelas deste processo. O setor investe R$ 75 bilhões no Estado”.

Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, produzidas em três linhas operacionais no município de Três Lagoas, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado. 

A capacidade foi ampliada em mais 2,55 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, elevando o total para 7,4 milhões de toneladas anuais.

A reportagem também adiantou que a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deverá se tornar a maior fábrica de celulose do mundo.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 25,1 bilhões), a empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano. 

Outro investimento que pode chegar a MS é da Bracell. O grupo indonésio é um dos principais produtores de celulose solúvel do mundo e anunciou o interesse de construir uma nova fábrica em Água Clara, com investimentos previstos de R$ 25 bilhões. 

Também estão planejadas as segundas linhas de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (com uma capacidade prevista de 2,3 milhões de toneladas por ano), e da Arauco, em Inocência (2,5 milhões de toneladas anuais).

A reportagem também informou, na edição do dia 4 de maio de 2024, que os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis locais para a instalação de uma unidade que seria resultado de negociações com a multinacional Portucel Moçambique.

US$ 7,7 bi

De janeiro a setembro de deste ano, as exportações de MS alcançaram US$ 7,79 bilhões, impulsionadas por soja, celulose, carne e açúcares.

Informações: Correio do Estado.

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Exportações de celulose impulsionam balança comercial do setor

Crescem vendas externas de celulose, papel, painéis de madeira e compensados

A balança comercial do setor florestal brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2024 com um saldo positivo de US$ 7 bilhões, representando um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, detalhado no boletim Mosaico Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), reflete o crescimento expressivo das exportações de produtos florestais, que aumentaram 13,8%, enquanto as importações tiveram uma elevação de 3%.

A celulose, principal produto de exportação do setor, registrou um crescimento considerável no segundo trimestre, após um início de ano estável. As vendas externas de celulose totalizaram US$ 4,95 bilhões, um aumento de 19% em comparação aos primeiros seis meses de 2023. As exportações de papel também mostraram avanço, com um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 1,27 bilhão. Os painéis de madeira, por sua vez, destacaram-se com um aumento robusto de 50,8% nas vendas, atingindo US$ 218,3 milhões.

A produção do setor também apresentou resultados positivos. No primeiro semestre de 2024, foram produzidas 12,7 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de papel alcançou 5,7 milhões de toneladas, com destaque para o segmento de papel para embalagem, que teve um crescimento de 10,3%, chegando a 3,2 milhões de toneladas.

O setor de árvores cultivadas reafirma sua importância na economia brasileira, sendo responsável por 4% da balança comercial do país no primeiro semestre de 2024 e ocupando o quarto lugar na pauta de exportações do agronegócio. No mesmo período, o setor representou 8,1% das exportações do agronegócio brasileiro.

A China permanece como o principal destino das exportações florestais brasileiras, com compras que totalizaram US$ 2,1 bilhões, dos quais 95% foram de celulose. A demanda chinesa por celulose, papel e painéis de madeira aumentou, com crescimentos de 11,7%, 140,2% e 104,8%, respectivamente. A Europa e a América do Norte também aumentaram suas importações, com crescimentos de 27,1% e 14,9%, totalizando US$ 1,84 bilhão e US$ 1,76 bilhão, respectivamente.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, destacou a importância do setor para o mercado global, especialmente em um cenário de transição para uma economia de baixo carbono. “O Boletim Mosaico mostra como o setor nacional de árvores cultivadas é importante fornecedor planetário desse insumo. A pauta da transição ecológica rumo à economia de baixo carbono está cada vez mais presente e mais urgente. O Brasil se destaca com a oferta de produtos que são renováveis, recicláveis e biodegradáveis, e com o compromisso histórico com a sustentabilidade do nosso setor”, afirmou Hartung.

Com informações da assessoria*

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De olho na celulose: como MS se tornou o epicentro de uma nova corrida verde

No Florestas 360º, evento realizado em Campo Grande, a Arauco debateu a expansão da celulose no Brasil, com foco no desenvolvimento sustentável e nos desafios logísticos em Mato Grosso do Sul

Na semana passada, no dias 20 e 21 de agosto, enquanto os jacarés do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), descansavam ao sol, um debate aquecido acontecia nas salas do complexo. A indústria florestal, que há tempos encontrou um lar fértil no Mato Grosso do Sul, discutia seu futuro durante o evento Florestas 360º – Centro – Oeste. A estrela da vez? A celulose, aquele material que pode parecer apenas um pedaço de papel, mas que carrega consigo uma complexa cadeia produtiva.

Mato Grosso do Sul e a ascensão da celulose – O governador Eduardo Riedel subiu ao palco e deixou claro: o estado vive um momento especial na produção de celulose. Segundo ele, o crescimento não veio por acaso, mas foi pavimentado por uma combinação de menos burocracia, mais segurança jurídica e um diálogo constante entre governo e empresas. “O que estamos vendo é fruto de muito trabalho, tanto do governo quanto das empresas que decidiram apostar no nosso estado,” afirmou Riedel, com a confiança de quem vê um futuro promissor.

Realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), o evento reuniu especialistas e líderes do setor florestal para discutir o futuro da celulose e outras questões estratégicas

A Arauco e o grande plano para o futuro – Entre as gigantes do setor, a Arauco, uma empresa chilena com presença global, marcou presença e trouxe uma novidade que promete sacudir o mercado: o Projeto Sucuriú. Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, sentou-se para discutir os desafios de um setor que cresce rápido, mas enfrenta barreiras, especialmente na logística. O Projeto Sucuriú, que será construído a 50 km de Inocência (MS), é ambicioso. Com um investimento de US$ 3 bilhões, a nova planta de celulose branqueada promete produzir 2,5 milhões de toneladas de fibra curta por ano. Tudo isso deve começar a funcionar em 2028.

Mas por que tanto interesse em Mato Grosso do Sul? – Pagano foi direto ao ponto: “O potencial de crescimento aqui é imenso, mas precisamos garantir que a infraestrutura acompanhe esse ritmo.” E não se trata apenas de crescer. A Arauco quer deixar um legado. O discurso é claro: a expansão tem que ser sustentável, respeitando o meio ambiente e trazendo benefícios reais para as comunidades locais.

Com o auditório do Bioparque Pantanal lotado, a Arauco destacou-se como uma das principais empresas presentes, trazendo sua expertise global para os debates

Uma gigante verde – A Arauco não é uma novata no jogo da sustentabilidade. Com operações em cinco continentes, a empresa foi a primeira do setor florestal a ser certificada como Carbono Neutro. No Brasil, a Arauco está presente desde 2002, com fábricas que produzem painéis de madeira e resinas químicas. Mas o Projeto Sucuriú é diferente. É uma aposta que pode redefinir o papel da empresa no país.

A importância da sustentabilidade no futuro da celulose – Os debates no Florestas 360º mostraram que não dá mais para separar o crescimento do setor de celulose das questões ambientais. O consenso é que o sucesso a longo prazo só será possível se as empresas conseguirem equilibrar a expansão econômica com a responsabilidade ambiental. E é exatamente nisso que a Arauco está apostando.

Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, representou a empresa na mesa-redonda onde foram discutidos os desafios e oportunidades do setor em MS

O que vem por aí? – Se o que foi discutido no Bioparque Pantanal é uma indicação do futuro, o setor de celulose no Brasil – e especialmente em Mato Grosso do Sul – tem um longo caminho pela frente. Com projetos gigantescos como o Sucuriú e um compromisso renovado com a sustentabilidade, o estado parece estar no centro de uma transformação que promete impactos econômicos e ambientais de grande escala.

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Breaking news exclusiva – Bracell protocola Termo de Referência no Imasul para nova fábrica de celulose em Água Clara (MS)

Inicialmente, o empreendimento terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose

Mato Grosso do Sul segue nos holofotes para as grandes indústrias do setor florestal. Nesta sexta-feira (23), a redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) obteve a informação em primeira mão de mais um projeto que visa o estado como berço para instalação de uma nova fábrica de celulose. A Bracell protocolou no Imasul, um Termo de Referência para fazer o Estudo de Impacto Ambiental para instalação para do megaempreendimento em Água Clara (MS), com capacidade estimada de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose.

Nos bastidores do segmento, o assunto já circulava, e nesta data, foi formalizado, conforme informou com exclusividade ao Mais Floresta, Jaime Verruck, Secretário de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc/MS): “Tivemos nas duas últimas semanas reuniões com a diretoria do Bracell, inclusive juntamente com o Governador Eduardo Riedel, e na data de hoje a Bracell protocolou no Imasul, o Termo de Referência para fazer o estudo EIA/RIMA para instalação de fábrica, à 15km de Água Clara, com capacidade estimada de 2,8 milhões de toneladas de celulose.”

Secretário de Estado – Jaime Verruck

“Havíamos já há um tempo conversado com a diretoria da Bracell, mas foi nesta sexta, que nos foi permitido que fizessémos a comunicação, e, inclusive que ela protocolou. Agora a gente entra no processo de EIA/RIMA. Então esse processo tem a duração de no mínimo 12 meses, até um pouquinho mais, para a autorização da licença ambiental. Então o foco nesse momento é o licenciamento ambiental. Já fizemos a primeira reunião hoje cedo com a equipe, para emitir o Temo de Referência, e a partir dessa primeira etapa,  a empresa poder proceder com todos outros estudos necessários para instalação no município de Água Clara, no Mato Grosso do Sul”, finalizou Verruck.  

Secretário Jaime Verruck – SEMADESC, faz anúncio oficial sobre a nova fábrica, em Água Clara.

Investimentos recentes

A multinacional asiática é uma das gigantes do mercado global de papel e celulose e investiu R$ 2,5 bilhões em uma nova planta em Lençóis Paulista (SP), empregando mais de 2 mil pessoas durante as obras, e gerando mais de 500 vagas permanentes ao longo da operação. A fábrica entrou em operação no início deste ano.

A Bracell tem ainda outros investimentos anunciados, como a construção de uma fábrica de Clorato de Sódio e Peroxido de Hidrogênio, componentes químicos utilizados no processo produtivo de celulose, uma fábrica de óleo de palma e a linha férrea até Pederneiras.

Nova fábrica opera com energia 100% renovável por meio de painéis fotovoltaicos.

Vale da Celulose

Em 2024, o Mato Grosso do Sul (MS) deve atingir uma produção de quase 6 milhões de toneladas de celulose. A nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação em 21 de julho de 2024, deve produzir cerca de 900 mil toneladas até o final do ano. A fábrica tem a maior linha única de produção de celulose do mundo e foi construída com um investimento de R$ 22,2 bilhões. Com o início das operações, a capacidade instalada de produção da empresa saltou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia.

O MS também está a construir outras fábricas de celulose, como o Projeto Sucuriú, que terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano. O investimento industrial previsto para o projeto, que estará localizado a 50km do centro urbano de Inocência, é de aproximadamente R$ 15 bilhões.

O novo investimento da Bracell vem de encontro para elevar ainda mais as potencialidades do setor florestal do Mato Grosso do Sul, prospectando-o como um pólo em destaque a nível internacional, colaborando diretamente para o desenvolvimento do estado, e geração de renda.

Setor de base florestal no Brasil

Recentemente a Ibá – Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, divulgou o dinamismo e a potencialidade da indústria de árvores cultivadas brasileira, apontando ser a mais sustentável do mundo. O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia. Confira no quadro abaixo, os investimentos previstos e anunciados para os próximos anos:

Fonte: Ibá.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Com nova fábrica de celulose, MS deve atingir em 2024 produção de quase 6 milhões de toneladas

Até o fim do ano, nova unidade deve processar 900 mil toneladas, segundo a empresa

A fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação no domingo (21), deve produzir, até o fim do ano, cerca de 900 mil toneladas. Com esse volume, o estado, que já conta com outras três linhas em operação em Três Lagoas – duas da mesma empresa – deve atingir o volume de 5,9 milhões de toneladas ainda em 2024.

Segundo o diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda, após a partida, se iniciou a curva de aprendizado da planta que deve durar cerca de 9 meses. Após esse período, a fábrica deve atingir sua capacidade nominal de produção, 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a maior em linha única do mundo.

Miranda explicou que já está ocorrendo um processo de desmobilização dos trabalhadores que construíram a fábrica. Disse que, no pico da obra, o empreendimento chegou a contar com 10 mil operários e que, nesta etapa, tinha cerca de 5 mil. Uma parte desse efetivo, cerca de 300, deverá ainda continuar a executar serviços complementares, principalmente de urbanização da fábrica.

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena.

Na operação da planta, o diretor comenta que estão trabalhando cerca de 3 mil pessoas, sendo 2 mil na área florestal e mil na industrial. Mesmo operando com quadro completo, ele revela que a empresa vai manter a parceria com o Sistema S para manter a capacitação de mão de obra, visando suprir demandas com eventuais movimentações de trabalhadores.

Construída com o chamado “estado da arte” do setor, Miranda aponta que a nova planta apresenta várias novidades tecnológicas da indústria 4.0, como dispositivos inteligentes, monitoramento de ativos, uso de modelos matemáticos em processos e inteligência artificial.

Ele ressalta que um dos aspectos mais importantes da nova planta é a sustentabilidade do empreendimento. A partir da gaseificação da biomassa, vai produzir singás, que alimentará os fornos de cal da indústria. Será a primeira planta da empresa a utilizar esse insumo.

Miranda comenta que, com a biomassa sólida e líquida, a planta vai cogerar energia. A bioeletricidade produzida tornará a planta autossuficiente e o excedente, 180 MW, será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse volume, conforme ele, é suficiente para abastecer uma cidade com 2,5 milhões de habitantes.

O diretor falou ainda da continuidade das ações sociais da empresa em Ribas do Rio Pardo, assegurando a continuidade do trabalho e destacando a implementação de projetos de longo prazo focados na busca por alternativas de geração de renda e na melhoria das condições de vida e de educação da população.

Em relação à produção da unidade, ele ressaltou que pelo menos 98% será destinada ao mercado externo e que a celulose será escoada inicialmente pelo modal rodoviário até um terminal ferroviário da companhia em Inocência, no leste do estado, de onde seguirá pela ferrovia Malha Norte até os dois terminais que a empresa mantém no Porto de Santos, em São Paulo.

Inauguração da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS). Créditos: Canal YouTube Suzano.

Informações: G1/MS.

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Fase de estudos para concessão da ‘rota da celulose’ em Mato Grosso do Sul é concluída

O estudo do projeto de concessão de rodovias da região Leste de Mato Grosso do Sul, foi aprovado pelo Governo do Estado e teve a ata da 30ª Reunião do Conselho Gestor de Parcerias publicada no Diário Oficial, nesta última quarta-feira (24).

O encontro referendou o projeto de concessão, que para ser concretizado deve passar por diferentes etapas como a abertura de consulta pública, realização de audiência pública, apresentação da proposta aos investidores, publicação do edital de licitação e realização do leilão na Bolsa de Valores (B3).

O sistema rodoviário a ser concedido inclui os principais corredores que ligam Campo Grande à região sudeste do país, passando por nove municípios sul-mato-grossenses. O estudo considerou a instalação das atuais e de novas indústrias de celulose e o aumento de fluxo de veículos projetado para os próximos anos pela expansão da região. 

O projeto se destina à adequação de capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação das rodovias MS-040, MS-338, MS-395 e trechos das BR-262 e BR-267.

MS-040
MS-338
MS-395

A estruturação do projeto envolve modelagem técnica como estudos do sistema rodoviário, características das rodovias, condição atual do pavimento, volume de tráfego, principais investimentos, sistema de cobrança de pedágio e política tarifária, projeção de tráfego e receita e composição de investimentos.

Na modelagem econômico-financeira os estudos realizados tratam dos principais dados financeiros do projeto, condições de financiamento, diretrizes financeiras, taxa interna de retorno (TIR) e tempo de retorno (Payback) e fluxo da conta centralizadora.

Já a modelagem jurídico-institucional trata sobre o arranjo, modalidade da concessão e da licitação, condições de participação, exigência de garantia de proposta e condições para assinatura do contrato. Foram destacados também fiscalização e contratação de Verificador Independente (VI), garantia de execução do contrato e governança contratual.

O projeto atende ainda às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre.

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Estudo prevê novas fábricas de celulose com 100 mil empregos na Costa Leste

Projeção de mais 4 indústrias foi apresentada ao Governo de MS por empresas do setor e a perspectiva é de funcionamento até 2032

A possibilidade de quatro novas indústrias de celulose na região Costa de Leste, poderá consolidar Mato Grosso do Sul como o maior produtor e exportor desse segmento no país. Atualmente, o estado já ocupa a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose e responde por 24% da produção brasileira da commodity. Um novo estudo feito por empresas do setor e apresentado ao Governo do Estado, nesta semana, prevê os novos empreendimentos até o ano de 2032, sendo uma expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos, aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.

O volume de vagas previsto leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas. Em entrevista ao Jornal do Povo, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, explicou que o novo estudo tem por objetivo fazer uma projeção para verificar demandas, como geração de emprego, impactos de moradias e número de leitos hospitalares.

Ele faz essa projeção até 2032, considerando, dentro de um planejamento, o potencial de instalação dessas indústrias adicionais. Elas [indústrias] não foram nominadas, mas foram analisadas a partir de um padrão, como a fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Essa réplica padrão é que geraria 100 mil empregos. Só que, por outro lado, isso demandaria também uma melhoria da infraestrutura social”, considerou o secretário. 

Municípios 

Verruck destacou também que o estudo abrange Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Inocência, Selvíria, Paranaíba e Aparecida do Taboado. Até 2032, conforme o secretário, seria necessário instalar 80 mil moradias adicionais, ampliar os leitos em cada cidade que será impactada. “Nós englobamos esse conjunto de municípios e o planejamento dos novos empreendimentos está todo vinculado à região Costa Leste”, disse ao apontar que Mato Grosso do Sul tem 1,4 milhão de hectares plantados e deverá chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos. Dessa forma, o estado vai superar Minas Gerais na liderança da área cultivada no país.

O estudo e as perspectivas foram apresentados ao governador do Estado, Eduardo Riedel, por representantes de empresas de alcance mundial e pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais. Representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.

Informações: JP News.

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Vale da Celulose: expansão em MS pode ter mais fábricas e quase 100 mil novos empregos

Já ocupando a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose, Mato Grosso do Sul – que atualmente responde por 24% da produção brasileira da commodity  – pode se isolar ainda mais e consolidar sua referência no setor, com as perspectivas apresentadas nesta segunda-feira (8) ao governador Eduardo Riedel por representantes de empresas de alcance mundial e pela direção da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais.

Dados apresentados pelo setor mostram que o Mato Grosso do Sul pode ser o destino de ao menos quatro novos empreendimentos do setor de celulose até o ano de 2032, expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos no setor, sendo aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.

O volume de vagas prevista leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas.

Além dos pedidos relacionados à qualificação de mão de obra, representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador e aos secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.

“O Mato Grosso do Sul batalhou muito para alcançar esse patamar de competividade e esse ambiente extremamente favorável de negócios e crescimento econômico”, afirma o governador Eduardo Riedel, destacando que graças a uma gestão fiscal austera e equilibrada, o Estado é hoje destaque nacional e está no topo do ranking de competividade, investindo mais de 18% de sua receita corrente líquida, indicador de investimento público ligado à solidez fiscal.

O presidente da Ibá, Paulo Hartung, foi quem apresentou o estudo ao governador e sua equipe, destacando a importância de estabelecer uma agenda de trabalho, haja vista os planos de expansão da celulose no Estado.

“O setor é forte no Brasil, mas olhar para a expansão do setor é olhar para o Mato Grosso do Sul. Há desafios e um dos maiores reside na necessidade de criar capacidade para dar conta da crescente demanda por mão de obra e infraestrutura social e econômica. Mas temos em mãos uma enorme oportunidade e esse polo pode virar uma referência no mundo”, frisa.

Verruck pontuou que durante o encontro o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma série de ações já implementadas, como o Voucher Transportador e a abertura de vagas de educação infantil, além de anunciar que a expansão do setor permite a geração de novas e melhores oportunidades de emprego aos sul-mato-grossenses.

“Já estamos na fase final da nova industria da Suzano em Ribas de Rio Pardo, e a Arauco já iniciou a terraplanagem [da nova fábrica] em Inocência. Com isso, o Mato Grosso do Sul vai liderar a exportação e a produção de celulose no país. Hoje já temos 1,4 milhão de hectares plantados e devemos chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos, beneficiando todos os municípios da Costa Leste”, destaca Jaime Verruck.

Pelo setor, compareceram além de Paulo Hartung o embaixador José Carlos da Fonseca Jr, diretor da Ibá; Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP; Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano; Germano Vieira, da Eldorado; Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell; Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore.

Informações: Comunicação Governo de MS.

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MS se torna líder mundial! Nova fábrica de celulose impulsiona produção para mais de 10 milhões de toneladas anuais

Nova fábrica no Mato Grosso do Sul promete alavancar a produção de celulose do estado, gerando milhões de toneladas por ano e criando milhares de empregos no Vale da Celulose

A capacidade de produção de celulose em Mato Grosso do Sul está projetada para dobrar nos próximos anos, consolidando a região como o “Vale da Celulose“. O fator chave será a construção de uma nova fábrica localizada em Inocência, que recebeu autorização para operação pelo governo estadual na última sexta-feira, dia 10.

Produção de celulose no Mato Grosso do Sul deve chegar a 10 milhões de toneladas

A empresa chilena Arauco anunciou que a capacidade produtiva da nova fábrica em Inocência será de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, com previsão de início das operações para 2028. Antes mesmo da autorização oficial, Mato Grosso do Sul já se preparava para assumir a liderança nacional no setor, impulsionado pelo início das operações da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, além das já existentes em Três Lagoas, pertencentes à Suzano e Eldorado.

A produção combinada destas empresas em Mato Grosso do Sul deverá superar 10 milhões de toneladas anuais de celulose, ultrapassando os 5,5 milhões produzidos atualmente pela Bahia, líder nacional até então. Esse aumento na produção está posicionando o estado como o novo Vale da Celulose.

Adicionalmente, a Bracell, reconhecida globalmente pela produção de celulose solúvel especial, também tem investido no estado. Desde o final de 2021, a empresa desenvolve áreas de cultivo florestal em duas cidades de Mato Grosso do Sul para suprir suas fábricas em outras regiões do país. A formação deste cluster de celulose, que inclui algumas das maiores e mais eficientes empresas do setor, está transformando a base econômica do estado, consolidando-o como um centro vital para a indústria de celulose.

Nova fábrica no Mato Grosso do Sul deve gerar milhares de empregos

Com a expansão industrial, Mato Grosso do Sul fortalece sua vocação agrícola ao explorar a silvicultura, essencial para abastecer as indústrias de celulose, agregando valor à matéria-prima local, que se transforma em um insumo crucial para diversos produtos. O governador Eduardo Riedel (PSDB) enfatiza que a transformação econômica do estado demandará uma colaboração intensa entre entidades públicas e privadas, mas prevê a criação de inúmeros empregos para a população local.

Riedel ressalta que o estado tem procurado desenvolver projetos em parceria com o setor privado para investir em infraestrutura, como rodovias e ferrovias, com o objetivo de oferecer condições competitivas para esses empreendimentos e gerar mais oportunidades de emprego. Ele acredita que, apesar dos desafios que surgirão nos próximos quatro anos, as oportunidades criadas beneficiarão consideravelmente o estado.

Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, informou que as obras de terraplanagem para a nova fábrica em Inocência estão programadas para começar neste mês de julho. Segundo ele, a construção, quando atingir seu pico, deve gerar até 12 mil empregos, representando um desafio para a empresa chilena em termos de contratação de mão de obra.

Brasil é líder na produção e exploração de celulose

Em 2022, o Brasil consolidou sua posição como maior produtor e exportador mundial de celulose, alcançando marcas históricas na atividade florestal e fortalecendo sua liderança no mercado global. O país registrou uma receita anual impressionante de R$ 250 bilhões.

De acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção nacional de celulose em 2022 foi de 25 milhões de toneladas, representando um aumento de 10,9% em relação ao ano anterior. As exportações também cresceram, com um aumento de 22%, totalizando 19,1 milhões de toneladas.

Atualmente, o Brasil mantém quase 10 milhões de hectares de áreas cultivadas com florestas destinadas à produção e 6 milhões de hectares dedicados à conservação de florestas nativas, demonstrando o compromisso do país com a sustentabilidade em suas práticas industriais.

Informações: Click Petróleo e Gás / Imagem: divulgação.

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