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MS deve produzir quase metade da celulose do Brasil nos próximos 10 anos

Com novas megafábricas, Estado deve concentrar mais de 70% da expansão nacional do setor da celulose até 2035

Mato Grosso do Sul deve se tornar, em um prazo de 10 anos, o maior produtor de celulose do Brasil. O Estado, que atualmente responde por quase um terço da celulose produzida no País, responderá por quase metade da produção nacional quando as três megafábricas que já foram anunciadas estiverem em plena capacidade.

Relatório publicado neste mês pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) – o sindicato patronal das indústrias de celulose, papel e derivados de madeira de floresta plantada – mostra que, em 2024, o Brasil produziu 25,5 milhões de toneladas de celulose.

Em Mato Grosso do Sul, as quatro linhas de produção em operação – três da Suzano e uma da Eldorado – transformaram em torno de 7,5 milhões de toneladas de madeira de eucalipto em celulose, aproximadamente um terço da produção nacional.

Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de celulose do planeta. No ano passado, superou a China, e só está atrás dos Estados Unidos, que produz em torno de 48 milhões de toneladas de celulose. Sozinho, Mato Grosso do Sul produz mais celulose que o Japão, o nono maior produtor mundial, com 7,4 milhões de toneladas por ano.

A maioria da celulose produzida em Mato Grosso do Sul tem como destino países da Ásia, como a China, e países europeus, como os Países Baixos (Holanda) e a Itália. No ano passado, as exportações de celulose representaram para Mato Grosso do Sul uma receita de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,4 bilhões na cotação de ontem). Todo o Brasil, em 2024, exportou US$ 10,6 bilhões, segundo o relatório da IBÁ.

Próximos anos

A perspectiva para Mato Grosso do Sul nos próximos anos é positiva, já que o Estado receberá mais de 70% do total que deve ser adicionado à produção de celulose de fibra curta no Brasil. Dos quatro grandes projetos anunciados recentemente, três estão em Mato Grosso do Sul.

O Estado receberá a planta da Arauco, multinacional chilena que está em construção em Inocência. Os investimentos na unidade totalizam US$ 4,6 bilhões, e a capacidade da linha processadora de celulose será de 3,5 milhões de toneladas anuais quando estiver em pleno funcionamento.

Também neste ano, a Bracell – empresa com sede global em Cingapura – anunciou outros US$ 4,6 bilhões em investimentos para sua planta processadora de celulose em Bataguassu, às margens do Rio Paraná, na divisa com o estado de São Paulo.

Na semana passada, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, disse ao Correio do Estado que a expectativa é de que a licença de instalação da Bracell seja concedida até fevereiro de 2026. A partir daí, a empresa deve mobilizar as equipes para a construção da fábrica, em um período de aproximadamente três anos.

A fábrica da Bracell projetada para Bataguassu terá capacidade de processar 2,4 milhões de toneladas de celulose, sendo metade na forma convencional, a kraft (placas), e a outra metade em celulose solúvel – usada nas indústrias têxtil, farmacêutica e alimentícia.

Por fim, há um projeto que já tem licença de instalação e estava pausado desde o fim da década passada. Trata-se da segunda linha da Eldorado, que também demandaria investimentos de aproximadamente US$ 4,5 bilhões, com capacidade para 2,5 milhões de toneladas por ano.

O Correio do Estado apurou que, tão logo o grupo J&F pague os US$ 2,4 bilhões pela aquisição dos 49% das ações que pertenciam à Paper Excellence, o projeto da segunda linha será iniciado.

A única megafábrica de celulose em construção ou projetada que não está localizada em Mato Grosso do Sul é a da CMPC, empresa de capital chileno, que vai levantar em Barra do Ribeiro (RS), a 60 quilômetros da capital, Porto Alegre, um projeto de R$ 24 bilhões para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

Informações: Correio do Estado.

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Embrapa Florestas sedia etapa paranaense da Expedição Silvicultura

A Embrapa Florestas sediou, nesta segunda-feira (27), o evento presencial da Expedição Silvicultura, que reuniu especialistas, empresários e produtores para discutir o futuro das florestas plantadas. O encontro integra a maior iniciativa de levantamento de produtividade florestal do país e destacou o papel do Paraná no cenário nacional. A iniciativa que está sendo promovida pela empresa Canopy, em parceria com a Embrapa Florestas e associações estaduais como a Apre, visa percorrer o país para levantar dados atualizados sobre a atividade florestal. Já está completo 80% do trajeto, que cobre 14 estados e mais de 40 mil quilômetros.

O levantamento apresentado pela Apre mostrou que o Paraná avançou 24% no faturamento da produção florestal e mantém a segunda melhor posição no Brasil. O estado possui 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas, sendo 713 mil hectares de pinus e 442 mil hectares de eucalipto. As empresas associadas à entidade representam cerca de 50% dessas áreas e mantêm 79% das plantações certificadas, o que demonstra o compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Além disso, o Paraná registra índices de produtividade 11% superiores à média nacional para pinus e 27% acima para eucalipto, resultados que refletem o investimento contínuo em pesquisa, melhoramento genético e inovação tecnológica. O setor florestal paranaense gera mais de 100 mil empregos diretos, fortalecendo economias locais e promovendo o desenvolvimento regional.

A inovação tecnológica foi um dos pilares do evento. Fábio Gonçalves, CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, apresentou o mapeamento inédito que vem sendo realizado com a Expedição pelo País, em que se combina imagens de satélite com inventários de campo. Gonçalves ressaltou uma riqueza de detalhes obtidos, que permite uma caracterização precisa da estrutura e da saúde das florestas, informações necessárias para o planejamento estratégico do setor. “O Paraná se destaca não apenas pelo volume de produção, mas pela qualidade técnica e ambiental dos plantios. É um estado de referência para o setor florestal”, afirma.

Dados coletados

Durante a expedição, pesquisadores e técnicos coletaram informações em campo sobre estoque de madeira, produtividade, sanidade, manejo e percepção dos produtores. A utiliza iniciativa de tecnologia de ponta para cruzar dados de inventário e imagens de satélite. “A expedição é uma grande campanha nacional de coleta de dados que vai ajudar a entender os desafios e as potencialidades da silvicultura brasileira”, informa Gonçalves.

O evento seguiu com um bloco de apresentações técnicas de empresas líderes. Luiz Fernando Bona (John Deere) mostrou soluções em maquinário, Rafael Malinovski (TreeX) abordou o manejo em solos tropicais, e Vitor Werneck (Treevia) discutiu o manejo baseado em dados. Na sequência, Thiago Duarte (Mogai) falou sobre o inventário florestal aprimorado, e Cleberson Porath (Katam) explorou os desafios e oportunidades da Inteligência Artificial no setor, ilustrando um ecossistema em rápida transformação digital.

O encerramento foi marcado pela palestra da pesquisadora Josileia Zanatta, da Embrapa Florestas, que conectou os dados da Expedição Silvicultura às mudanças climáticas. “Já falamos de um grau de aumento (de temperatura) e a perspectiva é de 1,8°C até o final deste século”, alertou. Josileia apresentou projeções que mostram impactos na produtividade de espécies como o eucalipto, com perdas potenciais de até 10% em algumas regiões já para 2040, exigindo ações imediatas de adaptação, como melhoramento genético e ajustes no manejo.

Além da adaptação, um pesquisador destacou o papel crucial das florestas na mitigação das mudanças climáticas, especialmente no armazenamento de carbono. “A Floresta plantada tem um papel preponderante no Plano ABC e deve contribuir com metade da meta setorial, o que significa 510 milhões de toneladas de CO2 equivalente”, explicou. A pesquisadora enfatizou que os dados regionais coletados pela Expedição são fundamentais para refinar os cálculos nacionais de estoque de carbono, tornando-os mais precisos e representativos da diversidade brasileira.

O evento consolidou a Expedição Silvicultura como uma iniciativa estratégica para o setor, gerando dados robustos que orientarão desde a tomada de decisão no campo até a formulação de políticas públicas. Os resultados consolidados do levantamento serão apresentados em um evento online na segunda quinzena de dezembro, mantendo o setor florestal na vanguarda da inovação e da sustentabilidade.

Ao longo das próximas semanas, a Expedição Silvicultura segue sua rota pelo Sul do Brasil. “A Expedição Silvicultura vai orientar ainda mais a tomada de decisão baseada em dados, que é a contribuição dessa iniciativa para o setor florestal. Com informações mais planejadas, é possível ter um planejamento mais assertivo e prever ações de longo prazo que caracterizam a nossa atividade”, conclui Ailson Loper.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações. Com o patrocínio de John Deere, Klabin, Suzano, FS, Treevia, Amif, Bionow, Cenibra, Dama Consultoria, Fototerra, APBMA, Geplant, Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Katam, Mogai, Terrus Floresta-Treex e Veracel. Recebe ainda o apoio mestre da Sedec-Governo do Estado de Mato Grosso, Pro Desenvolve-MT, Semadesc-MS, Emater-MG, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MG, Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca-ES, Arefloresta e Sebrae.

A Expedição tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor florestal brasileiro. Os interessados ​​em participar do próximo evento podem ser cadastrados gratuitamente no site oficial  www.expedicaosilvicultura.com.br .

Informações: APRE Florestas.

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Produção florestal brasileira atinge R$ 44,3 bilhões e bate recorde histórico

Estimativa é de que 33% dos brasileiros participem de comemorações

setor florestal brasileiro encerrou 2024 em ritmo acelerado, movimentando R$ 44,3 bilhões — um crescimento de 16,7% em relação a 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reflete a força de uma cadeia produtiva que vai da silvicultura industrial à extração sustentável, com destaque para a celulose, responsável pela maior fatia da produção e das exportações do segmento.

O avanço confirma a consolidação do Brasil como um dos grandes players globais da economia verde, atraindo investimentos e impulsionando empregos em regiões antes pouco industrializadas. Em uma década, a produção florestal brasileira mais do que dobrou, sustentada por ganhos de produtividade, expansão de áreas plantadas e aumento da demanda internacional por produtos de base renovável.

Celulose puxa o crescimento florestal

A celulose segue como carro-chefe do setor, representando quase dois terços do valor total da produção florestal. Em 2024, o produto gerou R$ 28,8 bilhões, com alta de 20,5% sobre o ano anterior.

A expansão foi puxada pela retomada das exportações para a China e os Estados Unidos, além da entrada em operação de novas linhas industriais no Mato Grosso do Sul, estado que hoje concentra alguns dos maiores projetos de eucalipto e celulose do mundo. O setor florestal emprega cerca de 1,2 milhão de pessoas, entre empregos diretos e indiretos, e deve abrir novas vagas nos próximos dois anos.

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Produção florestal de Eucalipto cobre 77% da área plantada. Foto: Divulgação

Destaques regionais: Minas, Mato Grosso do Sul e Paraná

Entre os estados, Minas Gerais mantém a liderança na produção florestal nacional, com R$ 9,1 bilhões em 2024 — alta de 11% em relação ao ano anterior. O estado é referência na produção de carvão vegetal e lenha, impulsionada pela siderurgia e pelo mercado de energia.

O Mato Grosso do Sul teve o maior crescimento proporcional do país, com aumento de 25% no valor da produção, reflexo da expansão da silvicultura de eucalipto e da modernização do parque industrial.

No Paraná e no Espírito Santo, o destaque foi a diversificação: além da madeira para papel e móveis, cresceram as áreas destinadas ao manejo de pinus e espécies voltadas para o mercado de biomassa. Já Goiás registrou crescimento moderado, mas vem atraindo empresas interessadas em integrar madeira e biotecnologia.

Florestas nativas ganham espaço na bioeconomia

Apesar do domínio das florestas plantadas, o extrativismo vegetal proveniente de florestas nativas teve papel importante na composição do valor total. Em 2024, esse segmento movimentou R$ 3,8 bilhões, um avanço de 4,2%. Produtos como açaí, castanha-do-pará, erva-mate, piaçava e látex se destacam pela relevância econômica e social, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Essas atividades geram renda a comunidades tradicionais e cooperativas locais, reforçando o papel do setor na bioeconomia. O Pará, líder nacional em produtos extrativos, respondeu por quase metade da produção do país, seguido por Amazonas e Acre. Para especialistas, a valorização do extrativismo sustentável representa uma oportunidade de aliar conservação ambiental e inclusão produtiva.

Exportações fortalecem balança comercial

Os produtos florestais tiveram papel decisivo na balança comercial brasileira em 2024. As exportações de celulose, papel e madeira processada somaram US$ 18,2 bilhões, alta de 18% em valor. O desempenho foi favorecido pela desvalorização cambial e pelo aumento dos preços internacionais da celulose.

A China permanece como principal destino, absorvendo quase 40% da produção nacional, seguida por Estados Unidos e União Europeia. O crescimento das exportações também reflete o avanço dos selos de sustentabilidade, que ampliaram o acesso do Brasil a mercados mais exigentes.

Sustentabilidade e novos investimentos

Com a crescente pressão global por práticas ambientais responsáveis, a silvicultura brasileira vem se destacando por adotar modelos de manejo com baixa emissão de carbono e alta produtividade. As empresas do setor investem cada vez mais em reflorestamento, tecnologias digitais e aproveitamento de resíduos industriais.
Segundo projeções da Ibá, o país deve receber mais de R$ 60 bilhões em novos investimentos até 2030, voltados à expansão de áreas plantadas e à inovação em bioeconomia.

Os desafios, no entanto, permanecem. A escassez hídrica em algumas regiões, a necessidade de diversificação das espécies e o combate à informalidade na extração de madeira exigem políticas públicas mais consistentes. Ainda assim, analistas avaliam que o Brasil reúne as condições ideais para liderar a transição global para uma economia florestal sustentável, combinando ganhos econômicos, ambientais e sociais.

Informações: O HOJE.com.

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Eldorado Brasil vence categoria Papel e Celulose em prêmio da Veja Negócios

Premiação avaliou o desempenho financeiro dos últimos três anos e reconheceu companhias em 30 diferentes setores

São Paulo, 31 de outubro de 2025 – A Eldorado Brasil Celulose foi reconhecida como a melhor empresa na categoria Papel e Celulose do ranking “TOP 30 empresas do Brasil – 2025”, prêmio da Veja Negócios em parceria com a Austin Rating. A premiação avaliou o desempenho financeiro das principais empresas do país em 30 setores diferentes da economia. A Eldorado foi reconhecida por ter um modelo de negócios que integra tecnologia, sustentabilidade e uma gestão orientada para o longo prazo. A cerimônia de premiação ocorreu nesta quinta-feira, 30, no Palácio Tangará, em São Paulo.

O ranking “TOP 30 empresas do Brasil” é resultado de um estudo da Austin Rating, que conta com uma base de dados de mais de 10 mil empresas, com informações obtidas a partir de balanços financeiros e demonstração de resultados. Na edição de 2025, a avaliação teve como base o desempenho das companhias em 2022, 2023 e 2024, buscando enaltecer a consistência da atividade empresarial. O ranking é resultado da pontuação conquistada pelas empresas elegíveis nos indicadores analisados em porte e desempenho financeiro.

Desde 2010, quando a empresa foi fundada, a Eldorado foca em eficiência e retorno sustentável, tendo disciplina financeira, eficiência operacional, forte investimento em pessoas e em tecnologia como pilares estratégicos para a companhia.

Atualmente, a companhia tem mais de 300 mil hectares de florestas plantadas e 100 mil hectares destinados à conservação, produzindo anualmente 1,8 milhão de toneladas de celulose, 20% a mais do que o projetado. Isso é resultado dos investimentos contínuos realizados em capacitação e desenvolvimento de pessoas, tecnologia, manejo de precisão, biotecnologia, melhoramento genético de clones e modelagem preditiva.

Investimento em tecnologia e sustentabilidade

Entre os principais investimentos em tecnologia, a companhia conta com o ELDTECH, Centro de Tecnologia Florestal, inaugurado em 2024 e que funciona como um hub de pesquisa e desenvolvimento. O conhecimento gerado e a base de dados científicos do centro são convertidos em ganhos concretos de produtividade, sustentabilidade e eficiência operacional.

Além disso, a circularidade é um dos pilares que sustentam as operações. Um exemplo desse compromisso é a Usina Termelétrica Onça Pintada, inaugurada em 2021, que utiliza biomassa de eucalipto para a geração de 50 mil MWh de energia renovável, volume suficiente para atender uma cidade de até 700 mil habitantes. O projeto reforça a capacidade da companhia em agregar valor aos subprodutos florestais, convertendo-os em novas oportunidades de receita e ganhos em eficiência energética.

Na agenda ESG, a Eldorado Brasil já capturou 44 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, volume 12 vezes superior às suas próprias emissões.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose, empresa do Grupo J&F, é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera o EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A Companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Organizações da sociedade civil, setor privado e poder público pedem urgência na implementação em escala do Código Florestal

Acelerar a regularização ambiental e a análise do CAR são algumas das medidas reforçadas por entidades multissetoriais para garantir a efetividade da lei

Coletivos multissetoriais se reuniram para convocar um “Pacto pelo Código Florestal”, um chamado à ação para que organizações do setor privado, da sociedade civil e das diferentes esferas do poder público assumam suas responsabilidades para acelerar a implementação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa, sancionada em 2012.

Fundamental para conciliar a produção agropecuária e o desenvolvimento sustentável, proteger a biodiversidade e garantir segurança jurídica aos pequenos produtores rurais, além de abrir novas oportunidades de financiamento, o Código Florestal também é uma ferramenta crucial no enfrentamento da crise climática. Seu papel é decisivo para o alcance das metas de desmatamento zero e de recuperação de áreas degradadas — agendas centrais para a redução das emissões de gases de efeito estufa, assunto que terá destaque nas discussões da COP 30, em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Em evento realizado em Brasília, no último dia 23, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), lideranças do setor privado, sociedade civil e governamental, compartilharam o seu apoio ao Pacto.

Para Beto Mesquita, diretor de Paisagens Sustentáveis da Conservação Internacional (CI-Brasil), o objetivo do Pacto é “unir forças na compreensão da Lei de Proteção da Vegetação Nativa” — o que, segundo ele, trará benefícios ambientais, econômicos, sociais e climáticos, além de segurança jurídica, comercial e prosperidade. “Todos somos protagonistas, cada um com suas responsabilidades para a implementação do Código Florestal”, assinala.

Carolle Alarcon, gerente-executiva da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, ressalta que é preciso transformar a lei em prática efetiva, com escala e urgência. “Nossa intenção é mais do que um compromisso simbólico: é um chamado para a construção de um compromisso concreto, com responsabilidade do setor produtivo, dos agentes financeiros e da sociedade”, enfatiza. “Temos tecnologia, capacidade técnica e uma sociedade que demanda por resultados.”

Caminhos e avanços para a implementação do Código Florestal

De acordo com Mesquita, a plena implementação do Código Florestal é uma das agendas mais estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Brasil. “A lei, sancionada há 13 anos, amadureceu como instrumento político, mas ainda enfrenta grandes desafios de efetividade, entre eles a demanda por integração de dados e tecnologias para acelerar e automatizar a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR)”.

Diretora de Pesquisa do Climate Policy Initiative (CPI/PUC-Rio), Joana Chiavari destaca que, no último ano, a conclusão das análises do CAR chegou a 485 mil cadastros validados, o que representa pouco mais de 6% da base nacional. “Ainda é pouco, diante do desafio que temos, mas demonstra que é possível avançar”, ressaltou a pesquisadora, que compilou dados da iniciativa Planaflor, do Observatório do Código Florestal e do próprio CPI. “O uso da automação permitirá que as análises dos cadastros ganhem volume e consistência técnica.”

Roberta del Giudice, diretora de Florestas e Políticas Públicas da BVRio, destaca o enorme valor resultante da conservação e restauração de florestas. “A implementação do Código Florestal pode gerar até R$ 6,2 trilhões, sendo R$ 4 trilhões somente em serviços ecossistêmicos em áreas excedentes de Reserva Legal. Conversar compensa.”

O que é o Código Florestal

A Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, também chamada de novo Código Florestal, trata da proteção da vegetação nativa e tem como direcionamento promover o manejo florestal sustentável, a restauração de áreas degradadas, o desenvolvimento de uma agricultura de baixo carbono, a segurança alimentar e a adoção de soluções baseadas na natureza (SbN), pilares fundamentais para o alcance das metas climáticas e para uma economia sustentável. Ele prevê, ainda, a preservação de até 80% de cobertura nativa nas propriedades situadas em áreas de florestas na Amazônia Legal, 20 a 35% em áreas do Cerrado e 20% nas demais regiões do país.

Informações: Jornal do Brás.

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A nova fronteira da celulose em MS

O potencial já é grande; o desafio, agora, é transformar essa projeção em um modelo de desenvolvimento duradouro e inclusivo. O futuro é promissor e podemos ser protagonistas

Nesta edição mostramos que, em um período de 10 anos, Mato Grosso do Sul se tornará o maior produtor de celulose do Brasil. Trata-se de uma excelente notícia no médio e longo prazo, que enche todos nós, que vivemos o presente, de esperança. É a confirmação de que o Estado ocupa, de forma definitiva, um lugar de destaque na indústria de base florestal e de que a economia sul-mato-grossense caminha para se tornar ainda mais diversificada e sustentável.

Mas, até que esse cenário se concretize, há muito por ser feito. As grandes transformações econômicas não se sustentam apenas em anúncios de investimentos bilionários, por mais expressivos que sejam. Elas dependem, sobretudo, de preparo, planejamento e capacitação das pessoas que vão transformar as promessas em realidade.

Em primeiro lugar, é preciso investir de forma sistemática na qualificação da mão de obra. As fábricas que estão sendo erguidas e aquelas que entrarão em operação na próxima década exigem trabalhadores preparados, tanto para a construção quanto para a operação dos complexos industriais. Que elas gerarão empregos, disso não há dúvida. Mas a questão é: para quem serão esses empregos? Para os que já estão aqui ou para os que migrarão de outros estados para ocupar as vagas abertas? É hora de garantir que os sul-mato-grossenses tenham prioridade, e isso só será possível com investimento em educação técnica, Ensino Superior e formação continuada.

Ao mesmo tempo, o Estado precisa ir além. É necessário colocar universidades e centros de pesquisa a serviço do setor e chamar o empresariado local para participar de projetos de inovação. Se temos o parque industrial, por que não desenvolver também os produtos que saem dele?
É urgente fortalecer laboratórios e programas de pesquisa para desenvolver novos compostos a partir da celulose, que já é matéria-prima para segmentos tão diversos quanto o têxtil, o farmacêutico e o alimentício.

Da mesma forma, é essencial investir em produtividade: o eucalipto sul-mato-grossense é um dos mais produtivos do mundo, mas ainda há espaço para aprimorar o manejo, reduzir impactos ambientais e agregar valor às florestas plantadas.

Além disso, há um efeito transformador que já pode ser sentido. O chamado Vale da Celulose vem mudando a paisagem do nordeste do Estado, onde milhões de hectares de pastagens degradadas foram convertidos em florestas plantadas. Essa reconversão de uso da terra, feita de forma planejada e tecnicamente orientada, é um exemplo de como o desenvolvimento industrial pode andar junto com a recuperação ambiental e com a revalorização de regiões que antes estavam esquecidas.

Com esses passos, Mato Grosso do Sul tem a chance de consolidar não apenas uma liderança produtiva, mas também tecnológica, ambiental e social. O potencial já é grande; o desafio, agora, é transformar essa projeção em um modelo de desenvolvimento duradouro e inclusivo. O futuro da celulose é promissor, e o Estado tem todas as condições de ser o protagonista nessa nova fronteira.


Publicação original do artigo em Correio do Estado: https://correiodoestado.com.br/cidades/artigos-e-opiniao/a-nova-fronteira-da-celulose-em-ms/456721/

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Bioenergia das árvores cultivadas corresponde a 12% da matriz energética nacional

Publicação inédita do Ibá mostra a contribuição do setor para a transição energética e a construção de um futuro mais verde e sustentável

A bioenergia florestal, uma fonte limpa e renovável, já responde por 12,09% do consumo energético brasileiro. Quando consideramos apenas o uso de energia elétrica, os produtos florestais representam 2,69%, uma quantidade suficiente para suprir a demanda de todas as residências do estado do Rio de Janeiro por um ano.

É o que mostra a publicação “Bioenergia das árvores cultivadas: energia verde para um futuro sustentável”, produzida pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) em parceria com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel).

A bioenergia florestal, derivada de produtos como o licor preto, carvão vegetal e biomassa lenhosa, é usada tanto pelo setor de árvores cultivadas como também para abastecer a indústria do país. Trata-se de uma alternativa estratégica para setores que tradicionalmente dependem de combustíveis fósseis, como siderurgia e mineração, além de segmentos como o de biocombustíveis para transporte terrestre e aéreo.

O Brasil é líder mundial na produção de carvão vegetal, utilizado como fonte de calor para gerar ferro-gusa e ferroligas, por exemplo. Atua também como agente redutor do minério de ferro na cadeia produtiva do aço verde, tornando a siderurgia e metalurgia mais sustentáveis. A construção de um viaduto com aço verde, por exemplo, pode poupar a emissão de 4 toneladas de CO2eq em relação a um viaduto similar, usando coque. Da mesma forma, a bioenergia florestal se mostra cada vez mais presente na diversificação da matriz de indústrias como a de cimento, de plástico, alimentícia e cervejeira.

Mas o papel da biomassa florestal vai além: há uma ampla gama de produtos energéticos, desde os já consolidados, como carvão vegetal, licor preto, cavacos, pellets e briquetes, até novas soluções, como o gás de síntese para hidrogênio de baixo carbono, o biometano e os biocombustíveis líquidos, incluindo etanol 2G e SAFs. Em termos ilustrativos, há uma biorrefinaria energética baseada em árvores cultivadas, com capacidade de escalar e de abrir oportunidades para a transição de baixo carbono.

“O setor de árvores cultivadas há décadas demonstra uma gestão inteligente dos recursos naturais. São hoje 10,5 milhões de hectares destinados à produção de árvores, além de outros 7,01 milhões de hectares de mata nativa conservada por essa indústria. Somos exemplos de como é possível produzir e preservar, promovendo o desenvolvimento econômico sustentável, ao mesmo tempo que zelando pelo futuro de nosso planeta”, diz Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O infográfico é assim um passo importante para ampliar o entendimento sobre a bioenergia do setor florestal para os stakeholders. O documento traduz de forma simples e acessível a relevância desse ativo no Brasil, mostrando que as árvores cultivadas, além de originarem produtos consolidados como papel, celulose, móveis e painéis, também são fonte de energia limpa, competitiva e sustentável para o futuro do país.

Informações: emóbile.

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Exclusiva – Expedição Silvicultura chega na região Sul e entra na reta final do maior mapeamento florestal do país

A Expedição Silvicultura entra em sua fase de conclusão. O roteiro seguiu para a região Sul do Brasil, onde a equipe cumpre mais um passo crucial em seu cronograma. O mais recente evento presencial, o sétimo de um total de nove, aconteceu nesta segunda-feira (27/10), em Colombo, Paraná, na sede da Embrapa Florestas, abrangendo a região da Grande Curitiba.

Através dos encontros, são apresentadas palestras técnicas com dados inéditos do setor, painéis sobre políticas públicas e inovações em manejo florestal, além de sessões estratégicas de networking.

O encontro no Paraná foi estratégico para a iniciativa, uma vez que o estado é uma referência nacional em inovação e manejo sustentável, com um papel de destaque na produção florestal brasileira. No evento, foi apresentado o resultado do Valor Bruto da Produção Silvicultural (VBP) do Paraná, que avançou 24% no faturamento e mantém a segunda melhor posição no país, reforçando a importância do mapeamento em andamento para o setor.

A voz do setor sobre a Expedição

A importância da Expedição Silvicultura para a geração de dados de alta qualidade e para o desenvolvimento do setor é destacada pelas principais instituições e empresas parceiras do projeto, que veem na iniciativa uma forma de impulsionar a produtividade e a tomada de decisão estratégica.

“Para a Embrapa Florestas, a Expedição representa uma oportunidade estratégica para compartilhar seu conhecimento e expertise. O foco está na exploração e análise aprofundada dos dados gerados pelas inúmeras coletas realizadas em diversas vertentes durante o projeto. Esperamos fortalecer nossa presença junto ao silvicultor e ao produtor florestal, estabelecendo novas parcerias e desenvolvendo formas inovadoras de utilizar esses dados. Nosso objetivo final é maximizar a produtividade e aprimorar a tomada de decisão no setor.”

– Edina Regina Moresco, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia na Embrapa Florestas


“A Expedição vai trazer bastante informação e eu vejo que isso vai nos ajudar a enxergar melhor a produtividade e como são os arranjos produtivos no Brasil, trazendo informações com muita qualidade para o futuro da silvicultura. E a nossa ideia é cruzar a mineralogia, ou seja, a tipologia de argila, com os dados de produtividade da Expedição Silvicultura, das parcelas, e começar a traçar os perfis de produtividade por clone e por tipologia de argila.”

– Rafael Malinowski, diretor da Treex


“A gente costuma dizer, que quanto maior a qualidade da informação que temos para decidir, mais assertivas tendem a ser nossas escolhas. O primeiro grande passo foi dado: estabelecemos um efeito de demonstração vital para o setor. Mas a jornada não para. A partir de agora, o desafio é buscar constantemente novos dados e insights para enriquecer a mesa e capacitar ainda mais nossos tomadores de decisão.”

– Ailson Loper, diretor executivo da APRE

Confira mais mais detalhes do evento no vídeo:

Últimos encontros acontecem no Sul

O foco em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional leva a Expedição aos seus dois compromissos finais na região Sul do país. As duas cidades a receberem os eventos presenciais da Expedição, a partir das 13h, são:

  • Lages/SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre/RS: 6 de novembro

Conhecimento, tecnologia & inovação para o setor

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa inédita que está realizando o maior e mais detalhado levantamento de dados sobre a produtividade do setor florestal no Brasil. O projeto percorre entre setembro e novembro, 14 estados – responsáveis por 98% da área total plantada no país – e inclui uma série de 9 eventos presenciais. Esses encontros combinam palestras técnicas e sessões de networking nas principais regiões produtoras.

A Expedição se destaca por sua abordagem inovadora, combinando uma série de tecnologias de ponta e amplo know-how da Canopy Remote Sensing Solutions e parcerias  estratégicas para a coleta de dados e a geração de conhecimento. A jornada conta com o uso de sistemas avançados que digitalizam e otimizam o inventário florestal.

Últimas chamadas – Inscrição gratuitas (e limitadas)

Estão abertas as inscrições gratuitas para os dois encontros presenciais finais da Expedição Silvicultura. Esta é a oportunidade final para interagir diretamente com líderes de mercado, acessar dados inéditos do setor e fortalecer seu networking.

Garanta sua participação, pois as vagas são limitadas: www.expedicaosilvicultura.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Disputa bilionária pela concessão a Rota da Celulose será julgada pelo TJMS

Empresa K Infra pede anulação do resultado da licitação e Justiça manda incluir secretário em ação

O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Campo Grande, determinou que a empresa K Infra Concessões e Participações Ltda. inclua o secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, como autoridade responsável no mandado de segurança que contesta o resultado da licitação da Rota da Celulose.

A mudança foi determinada porque coube ao secretário, e não à servidora que presidiu a comissão de licitação, homologar o resultado final do certame. Depois dessa correção, o juiz determinou que o caso seja remetido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), instância competente para julgar ações contra secretários de Estado, onde será analisado por uma das Seções Cíveis.

A K Infra faz parte do Consórcio K&G Rota da Celulose, junto com a Galápagos Participações Ltda. O grupo chegou a ser declarado vencedor da licitação, mas acabou desclassificado porque a K Infra perdeu a concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, o que, segundo a comissão, deixou o consórcio sem comprovação de qualificação técnica.

A decisão do juiz foi motivada por um recurso apresentado pela XP Infra V, fundo de investimentos que integra o Consórcio Caminhos da Celulose. Esse consórcio é formado pelas empresas CLD Construtora, Laços Detentores e Eletrônica Ltda., Construtora Caiapó Ltda., Ética Construtora Ltda., Distribuidora Brasileira de Asfalto Ltda., Conter Construções e Comércio S.A. e Conster Construções e Terraplanagem Ltda.

O grupo era o segundo colocado e acabou homologado como vencedor por Guilherme Alcântara, assumindo o direito de administrar o conjunto de rodovias.

A Rota da Celulose abrange as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além de trechos das federais BR-262 e BR-267. Na decisão, o magistrado afirmou que há “flagrante ilegitimidade passiva” no processo, porque o ato que a empresa contesta, a homologação e adjudicação da licitação, foi praticado pelo secretário e não pela presidente da comissão. Ele também determinou que o consórcio vencedor seja incluído na ação, já que tem interesse direto no resultado.

O prazo para que a K Infra corrija a ação judicial ainda está em andamento. Na petição, a empresa afirma que seus argumentos foram rejeitados sem análise completa e que o resultado foi homologado antes de encerrar a discussão administrativa. A K Infra apresentou pedido de reconsideração e alega que a questão envolvendo a Rodovia do Aço ainda está em julgamento na Justiça Federal.

A empresa sustenta que, embora pertença ao mesmo grupo econômico, a concessionária da Rodovia do Aço não é a mesma empresa que participou do consórcio da Rota da Celulose. Diz ainda que a existência de um processo de caducidade contra a empresa que detém o atestado técnico não impede a participação do consórcio e que, portanto, não houve descumprimento da Lei 14.133/2021, a nova Lei de Licitações, nem do edital.

Com o pedido de tutela antecipada, a K Infra tenta fazer com que a Justiça anule os atos da licitação e declare o Consórcio K&G Rota da Celulose vencedor, com direito de administrar as rodovias por 30 anos.

O governo estadual ainda não se manifestou oficialmente no processo, mas divulgou nota no início do mês rebatendo as alegações da empresa. O resultado da licitação foi publicado em 26 de setembro, dando início ao prazo de 60 dias para que o consórcio vencedor adotasse as providências exigidas, com assinatura do contrato prevista para o início de dezembro.

Entre essas exigências estão a abertura de conta bancária, o aporte de 50% do valor oferecido na proposta, a criação de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) com capital mínimo de R$ 119,2 milhões, a oferta de garantia financeira de R$ 150 milhões, o pagamento de R$ 7.868.185,15 pelos estudos técnicos do edital, o custeio de R$ 571,9 mil referentes às despesas da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), onde ocorreu o leilão, e a contratação dos seguros obrigatórios previstos no contrato.

Detalhes da concessão

O contrato prevê 30 anos de gestão de 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões em custos operacionais. As obras incluem 146 quilômetros de duplicações, 457 quilômetros de acostamentos, 245 quilômetros de terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e 38 quilômetros de contornos urbanos.

Também estão previstas 62 interseções em nível, 4 em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 metros quadrados em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha terá acostamentos. As praças de pedágio serão instaladas em pontos estratégicos, nos municípios de Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

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AMIF elege novo Conselho Deliberativo para os próximos quatro anos

A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) elegeu, na noite de segunda-feira (27), em Belo Horizonte, o novo Conselho Deliberativo que conduzirá a instituição no período de 2026 a 2030.

O encontro contou com a presença de lideranças das principais empresas mineiras e nacionais do setor agroindustrial florestal, associadas à AMIF. Segundo a Presidente Executiva da entidade, Adriana Maugeri, a eleição reforça o compromisso da Associação com a continuidade, a governança e o fortalecimento do setor florestal como motor estratégico da economia verde em Minas Gerais e no Brasil.

O novo Conselho será presidido pelo CEO da Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), Júlio Ribeiro, e reúne lideranças de empresas associadas à AMIF com representatividade dos diversos segmentos da cadeia produtiva florestal mineira.

Além da eleição, o encontro foi marcado pela apresentação do balanço anual da AMIF e dos principais resultados da gestão 2021–2025, liderada pelo então presidente do Conselho e Diretor Industrial da Aperam Bioenergia, Edimar Cardoso, que encerra seu ciclo à frente do colegiado ao final deste ano.

Renovação com continuidade

Durante a Assembleia de eleição, Adriana Maugeri destacou o caráter de continuidade e fortalecimento institucional que marcará a nova gestão da AMIF.

“A palavra mestra é continuidade. A AMIF vem, nos últimos anos, com uma alavancagem muito interessante de resultados, de comunicação, de representatividade, trazendo o setor florestal mineiro para lugares de aceitação, admiração e conhecimento, especialmente nas pautas que mostram ser possível produzir muito e com muita conservação ambiental. Seguimos trazendo desenvolvimento sustentável”, afirmou Adriana.

Adriana Maugeri

O novo presidente do Conselho, Júlio Ribeiro, reforçou o propósito da Associação e a relevância do setor no contexto global.

“O que a gente vê no mundo é uma demanda muito grande por bioprodutos. Nós, na AMIF, estamos na vanguarda e temos grandes possibilidades de estender nossa área de atuação, não só em Minas Gerais, mas também no Brasil e, justamente, no mundo todo”, destacou.

Júlio Ribeiro

Ao comentar o novo cargo, Júlio ressaltou a importância da trajetória já consolidada pela AMIF:

“Para mim é uma grande honra. A AMIF tem sido uma Associação muito atuante em todo o Brasil. Em todos os locais que eu vou, é unânime o reconhecimento pela seriedade, avidez e conquistas da AMIF. Um dos pontos mais importantes é o planejamento estratégico delineado há tempos e que vem sendo seguido com consistência. Agora, é revisar o que for preciso e dar continuidade ao processo de internacionalização da instituição”, completou.

Homenagens

A cerimônia também foi marcada por momentos de emoção e reconhecimento.
A AMIF concedeu a Comenda Protagonismo Florestal Mineiro ao ex-presidente do Conselho Deliberativo, Edimar Cardoso, em homenagem à sua liderança à frente da entidade entre 2021 e 2025.

“Estou saindo da gestão do Conselho da AMIF com um saldo bastante positivo. O propósito de estar na agroindústria florestal é levar prosperidade à sociedade. Minha mensagem é continuar acreditando no nosso setor, pois temos muita coisa boa para contribuir com o desenvolvimento do nosso país e do mundo”, afirmou Edimar Cardoso.

Outra homenagem foi prestada ao Vice-presidente de Renováveis, BioFlorestas e Mineração da ArcelorMittal, Wagner Barbosa, que se aposentará em breve, após uma trajetória de mais de quatro décadas de trabalho.

O executivo foi reconhecido pela contribuição à agroindústria florestal mineira e por sua parceria com a AMIF ao longo dos anos. “O setor florestal estará sempre na minha vida. É interessante, porque não é a minha origem. Entrei no setor há cerca de oito anos e me apaixonei. Estou muito feliz. É uma emoção e um privilégio fazer uma aposentadoria planejada e receber essa homenagem tão especial da AMIF, uma associação cada vez mais forte”, declarou Wagner.

Novo Conselho Deliberativo da AMIF (2026–2030)

Presidente:

  • Júlio César Tôrres Ribeiro, Diretor-Presidente Executivo (CEO) da Cenibra.

Conselheiros titulares:

  • Carlos Alberto Guerreiro, Diretor-Presidente da TTG Brasil.
  • Bernardo Rosenthal, Diretor de Metálicos da ArcelorMittal Bioflorestas.
  • Ricardo Moura, Diretor Comercial da Plantar.
  • Henrique Zica, Diretor-Presidente da Minasligas.
  • Daniel Kaukal, Diretor Florestal da Rima Industrial.
  • André Dezanet, Gerente Geral da Vallourec Florestal.
  • Sílvio Costa, CEO da LD Celulose.
  • Ézio Santos, Diretor de Operações da Aperam Bioenergia.

Conselheiros suplentes:

  • Ivan Fadel, CEO da Bionow.
  • Arthur Santos, Diretor Executivo da SDS Siderúrgica.
  • Leonardo Fernandes, Gerente Geral da Gerdau.

Informações: AMIF.

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