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Artesãos mantêm madeira como herança viva nas Montanhas Capixabas

Na Espírito Madeira-Design de Origem, as peças de artesãos locais contam não só o que são, mas de onde vieram — e por que continuam tão relevantes

Na terceira edição da feira Espírito Madeira – Design de Origem, que acontecerá de 11 a 13 de setembro em Venda Nova do Imigrante (ES), o artesanato em madeira volta a ocupar lugar de destaque entre os atrativos do evento. Na cidade considerada a “Capital Nacional do Agroturismo”, a relação com a madeira é antiga e enraizada na cultura dos imigrantes italianos, presentes desde a estrutura das casas até os móveis e objetos do cotidiano. Em meio a essa tradição, três artesãos se destacam não apenas pela habilidade, mas também pela forma como suas histórias se entrelaçam com o fazer manual em madeira.

Mesmo com o preconceito de gênero que marcou sua infância — “esse tipo de trabalho era visto como ‘coisa de homem'” —, o gosto pela madeira permaneceu latente até que floresceu com força. Hoje, Inês traduz esse amor em peças decorativas e utilitárias feitas com um olhar sensível e cheio de memória. “O que eu mais carrego comigo é a observação. Meu pai não me ensinava diretamente, mas eu prestava atenção em tudo.” Seu processo criativo é profundamente intuitivo, respeitando o tempo e a natureza do material.

Inês Carnielli é um dos nomes que traz consigo uma forte ligação afetiva com a carpintaria tradicional. Ela cresceu em uma casa de fazenda onde funcionava uma pequena marcenaria, um cenário comum para famílias do interior em tempos nos quais “não tinha muito acesso a fábricas, tudo era feito ali mesmo”. A lembrança do pai fabricando portas, janelas e até coadores de café a marcou profundamente. “Eu cresci admirando isso. Desde pequena já fazia meus carrinhos com rodinha de sabugo de milho”, relembra com carinho.

A vendanovense também fala sobre a importância de se manter fiel ao que acredita, mesmo em um mercado exigente. “Já tive uma fase em que tentava atender pedido específico de cliente, mas isso me deixava muito estressada… Hoje eu crio peças que têm mais a ver comigo.” E sobre a Espírito Madeira, ela é categórica. “Mais do que vender uma peça, a gente conta uma história. Esses eventos também incentivam novas gerações.”

José Camata, por sua vez, revela uma trajetória distinta. Diferente de Inês, ele não teve contato próximo com a tradição italiana da carpintaria. Ainda assim, encontrou no trabalho artesanal um caminho fértil de expressão e sustento. Conhecido como “Beppe Camata“, aos 80 anos, mantém uma oficina e uma lojinha às margens da BR-262, no distrito de São João de Viçosa, onde também criou seu próprio torno para confeccionar as peças. Com foco em brinquedos e utensílios, busca adaptar a produção às demandas do público atual. “Vejo as tendências e procuro atender à preferência do cliente”, afirma de forma prática. O legado também inspirou a filha Silvana, pedagoga, que após um problema de saúde que a afastou do trabalho por um ano, passou a criar peças com a técnica da pirografia, explorando principalmente temas religiosos católicos como forma de pagar uma promessa feita durante o tratamento. Camata reconhece o valor de eventos como a Espírito Madeira. “Não só para mim, como acho que para todos do ramo, é a melhor feira.”

Com uma vivência mais enraizada na história familiar, Tiago Altoé traz uma narrativa rica em referências. Filho da artesã Penha Alásia e descendente da tradicional família Altoé, sempre esteve cercado por ferramentas e práticas manuais. Ele se diz encantado desde cedo pelas estruturas das casas antigas. “Sempre fui apaixonado pelo sistema de encaixe das casas. Os imigrantes italianos faziam tudo com ferramentas simples e rudimentares.” Esse fascínio pelas formas de construção influenciou diretamente seu trabalho como artesão.

Tiago reaproveita madeiras de demolição, portas e estruturas antigas de casarões da região. “São madeiras muito nobres, que podem ser aproveitadas. Muitas delas acho jogadas aos cantos, nas tulhas”, conta. Seu processo é artesanal e detalhado, utilizando técnicas como pirografia e transferência de imagens por colagem manual, sempre sem o uso de máquinas modernas. “O principal segredo que aprendi é ter paixão por aquilo que faz e se conectar com aquilo.”

Além da técnica, o artesão compartilha também o espírito colaborativo que move eventos como a Espírito Madeira. “A madeira é possibilidade de renda e oportunidades. Na feira, as pessoas podem adquirir conhecimento, trocar experiências e, além de tudo, realizar comercialização e networking.” Participante das edições anteriores, ele valoriza o que aprendeu e o espaço que o evento proporciona para os artesãos.

A Feira- A Espírito Madeira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, tendo como patrocinador Master a Placas do Brasil, patrocínio do Sicoob, Laguna e Far East Máquinas e Ferramentas e apoio institucional da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Governo do Estado do Espírito Santo, Sebrae, Findes, Senai, Sesi, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Núcleo de Pesquisa em Qualidade da Madeira (Nuqmad Ufes), Sistema Faes/Senar/Sindicatos, VP Madeiras, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Associação dos Engenheiros e Engenheiras Florestais Egressos da UFV (Aseflor), Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura (Sbag), Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabi) e Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

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Governo investe R$ 24 milhões na restauração da MS-377 e fortalece o Vale da Celulose

Obra de 48,2 km entre Três Lagoas e Inocência vai melhorar logística, segurança e competitividade da região

O Governo de Mato Grosso do Sul vai restaurar 48,2 quilômetros da rodovia MS-377, no trecho que liga Três Lagoas a Inocência, com investimento de quase R$ 24 milhões.

A obra, contratada pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) via Concorrência Eletrônica, atende ao expressivo crescimento econômico do chamado Vale da Celulose, impulsionado por empresas como Suzano e Arauco.

O trecho é fundamental para o transporte de madeira e celulose e, nos últimos anos, sofreu desgaste intenso devido ao tráfego pesado de caminhões. A restauração vai ampliar a segurança dos motoristas, reduzir custos logísticos e beneficiar comunidades rurais ao longo da rota.

O contrato foi assinado em 30 de julho de 2025 e o prazo para execução é de 450 dias, com início das obras já assegurado. “A logística é fator chave para a competitividade de MS”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara, ao destacar a importância da intervenção para o setor produtivo.

Antes considerada rota secundária, a MS-377 agora se consolida como corredor estratégico no novo ciclo de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, ligando áreas produtivas a centros industriais e ampliando o potencial de escoamento da produção do Vale da Celulose.

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Celulose lidera exportações e China mantém-se maior compradora de MS

País asiático absorve quase metade das vendas externas, seguido pelos Estados Unidos, Itália e Argentina

Mato Grosso do Sul exportou US$ 6,33 bilhões de janeiro a julho de 2025, segundo a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O resultado, divulgado na sexta-feira (8), mostra aumento de 3,8% no valor e de 21,18% no volume em relação ao mesmo período do ano passado.

O avanço, segundo o Governo do Estado, foi impulsionado por vendas de celulose, carne bovina fresca e minério de ferro, o que garantiu saldo positivo de US$ 4,83 bilhões na balança comercial, alta de 7,93%.

Entre os produtos, a celulose liderou a pauta de exportações com crescimento de 53,3% no valor e 70,23% no volume. A carne bovina fresca registrou alta de 40% e 23,5%, respectivamente. O minério de ferro teve aumento de 29,1% no valor e de 90,4% no volume, com embarques passando de 2,7 para mais de 5,1 milhões de toneladas. A soja, segundo produto mais exportado, caiu 20,8% em valor e 12,4% em volume. O ferro-gusa recuou 11,2% em valor e 10% em volume.

A China manteve-se como principal destino, absorvendo 47,68% das exportações. Em seguida estão Estados Unidos (5,88%), Itália (3,81%) e Argentina (3,62%). O Porto de Santos respondeu por 40,28% do escoamento, seguido por Paranaguá (31,7%) e São Francisco do Sul (11,32%).

Três Lagoas liderou entre os municípios exportadores, com 16,46% do total, à frente de Ribas do Rio Pardo (9,79%), que registrou alta de mais de 4.200% nas vendas externas. Dourados teve 7% de participação, Campo Grande 6,68% e Corumbá 6,27%.

Nos portos de Corumbá e Ladário, o valor exportado cresceu 50,52%, passando de US$ 202,6 milhões para US$ 305 milhões. O volume aumentou de 2,55 milhões para 5,31 milhões de toneladas. Em Porto Murtinho, as exportações subiram 162,55% em valor e 180,4% em volume.

As importações somaram US$ 1,49 bilhão no período, queda de 7,63%. O gás natural respondeu por 32,66% do total importado, seguido por caldeiras de geradores a vapor (8,4%) e cobre (7,63%). A cotação média do dólar em julho foi de R$ 5,54, estável em relação a junho e ao mesmo mês de 2024.

Por fim,  relatório mostra ainda que a Indústria de Transformação teve alta de 22,16% no valor exportado e 29,65% no volume. A Indústria Extrativa cresceu 28,89% e 87,42%, enquanto a Agropecuária recuou 23,82% e 18,33%. A categoria “Outros produtos”, que inclui resíduos vegetais, sucata metálica e papel reciclado, subiu 806,55% em valor e 1.247,61% em volume.

Informações: Campo Grande News.

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Sistema ILPF amplia renda e sustentabilidade no campo e pode ocupar até 150 milhões de hectares no Brasil

Com 17,4 milhões de hectares já integrados, modelo alia lavoura, pecuária e floresta para gerar ganhos econômicos, ambientais e sociais; programa de expansão chega a novos estados

O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) já ocupa cerca de 17,4 milhões de hectares no Brasil e tem potencial para se expandir para mais de 150 milhões de hectares, aproveitando áreas de pastagens já existentes, sem necessidade de abrir novas terras. Os dados são da Rede ILPF, cuja presidência executiva é liderada por Francisco Matturro.

Atualmente, o Brasil possui 159 milhões de hectares de pastagens passíveis de conversão para o sistema ILPF, o que permitiria ampliar significativamente a produção agropecuária nacional de forma sustentável.

“A ILPF representa a emancipação do produtor rural, oferecendo renda em três horizontes de tempo: no curto prazo, por meio das lavouras; no médio, com a pecuária; e no longo prazo, com o componente florestal”, destaca Matturro.

Benefícios econômicos, sociais e ambientais da ILPF

A ILPF integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área, que podem ser aplicadas de forma consorciada, em rotação ou sucessão. O sistema intensifica o uso da terra de maneira sustentável, aumenta a produtividade, reduz custos com insumos e diversifica as fontes de renda.

Além disso, a prática traz benefícios ambientais importantes, como:

  • Proteção e fertilização natural do solo
  • Baixa emissão de gases de efeito estufa
  • Capacidade de sequestro de carbono
  • Maior resiliência às mudanças climáticas

A ILPF pode ser aplicada com culturas como soja, milho e algodão, combinadas à bovinocultura de corte ou leite, além da silvicultura, com destaque para o eucalipto. O sistema é adaptável a propriedades de todos os tamanhos e biomas brasileiros, contrariando o senso comum de que seria voltado apenas para grandes áreas.

Casos de sucesso na adoção do sistema

Duas propriedades se destacam como exemplos bem-sucedidos de adoção da ILPF:

  • Fazenda Santa Brígida (Ipameri/GO):
  • Ao integrar lavouras de grãos com a pecuária, a produtividade da soja aumentou de 2,7 t/ha para 4,4 t/ha em cerca de 20 anos.
  • No caso do milho, o salto foi de 5 t/ha para 11 t/ha no mesmo período.
  • Fazenda Campina – Grupo Nelore Mocho CV (Caiuá/SP):
  • Após 11 anos de uso do sistema, a propriedade passou a contar com cinco safras por ano: soja, milho, forrageiras, bezerro e palhada (resíduo vegetal para o ciclo seguinte). Isso sem contar a produção florestal.
Expansão da ILPF com o programa Integra

Diante dos resultados positivos, o programa Integra, desenvolvido pela Rede ILPF, está em expansão. Em 2024, além de São Paulo, o programa passou a ser implementado em mais quatro estados:

  • Goiás
  • Paraná
  • Rio Grande do Sul
  • Rio de Janeiro

A iniciativa tem apoio das secretarias estaduais de Agricultura, da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e de outras entidades. O foco é difundir conhecimento e tecnologia sobre o sistema, por meio de:

  • Dias de campo
  • Palestras e encontros técnicos
  • Treinamentos e mentorias

Além disso, o programa articula com instituições financeiras para facilitar o acesso dos produtores a linhas de crédito sustentáveis, com condições mais atrativas, e estimular o ingresso em mercados diferenciados, como o de carne de baixo carbono.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Exclusiva – Já garantiu o seu ingresso? Desvende o futuro do mercado de carbono florestal no Forest Carbon Brasil 2025

Sua jornada no mercado de carbono florestal começa aqui. Inscreva-se agora para o evento que vai moldar o futuro do setor

O mercado de carbono florestal é um setor em crescimento exponencial que combina conservação ambiental com oportunidades financeiras estratégicas, e o Forest Carbon Brasil se estabelece como uma das principais plataforma para quem deseja explorar esse universo. O evento promove e garante debates, conhecimento e conexões provenientes de projetos florestais. Para 2025, a sua segunda edição, que será totalmente online, está com as inscrições abertas para levar aos interessados a vanguarda do setor. Inscrições aqui.

O 2º Congresso Internacional sobre Mercado de Carbono acontece com transmissão ao vivo no dia 27/08, com início às 08h. O link da transmissão será enviado aos participantes cadastrados no dia do evento. Com programação robusta, alinhada com os principais temas do setor, em um cenário global onde a urgência climática exige ações concretas, o evento reúne especialistas, investidores e tomadores de decisão para moldar o futuro.

O Forest Carbon Brasil é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações, conta com a organização técnica de Marcelo Schmid, sócio diretor do Grupo Index, e mídia oficial Mais Floresta.

“O Forest Carbon se consolida com pioneirismo, como uma principais plataformas para construirmos juntos o futuro da sustentabilidade financeira, unindo florestas e prosperidade em um mercado de impacto global. E nesta edição, com a modalidade online, iremos promover e garantir conhecimento e conexões com mais comodidade e praticidade para nosso público . Imperdível”, destaca Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações, e do Mais Floresta.

Por que o mercado de carbono florestal é o futuro da sustentabilidade financeira?

  • Impacto ambiental genuíno: Proteger e restaurar florestas não apenas sequestra carbono da atmosfera, mas também preserva a biodiversidade, regula o ciclo da água e fortalece comunidades locais.
  • Oportunidade econômica: Os créditos de carbono são uma forma de compensação para empresas que buscam neutralizar suas emissões, criando um mercado dinâmico e lucrativo.
  • Segurança e integridade: O Forest Carbon garante que os projetos discutidos e promovidos seguem os mais altos padrões de certificação e transparência, assegurando que cada crédito de carbono represente uma ação real e verificável.

O que os inscritos ganham ao participar do evento?

Ao se juntar à comunidade e se inscrever no congresso online, os participantes terão acesso a uma rede exclusiva de conhecimento e oportunidades:

  • Análises de mercado: Recebem as últimas tendências, notícias e análises sobre o cenário global e brasileiro do mercado de carbono.
  • Conexão com especialistas: Participam de eventos com profissionais de destaque, tendo a chance de aprender com os melhores e fazer networking de alto nível, tudo no conforto de suas casas ou escritórios.
  • Conteúdo exclusivo: Acessam debates aprofundados sobre aspectos técnicos, legais e tecnológicos do setor, que podem impactar diretamente as estratégias de sustentabilidade de suas empresas.

O mercado de carbono florestal não é apenas uma tendência, é o caminho para um futuro mais sustentável e próspero. O Forest Carbon convida os interessados a se juntarem à sua comunidade e começarem a transformar sua visão de sustentabilidade em resultados reais.

Seja um patrocinador Forest Carbon Brasil!

Esteja entre as principais empresas e instituições do setor apoiadoras do evento que pauta as principais tendências sobre o mercado de carbono florestal.

Para mais informações acesse https://forestcarbon.com.br/,  envie e-mail para paulo@paulocardosocom.com.br, ou envie mensagem para o Whatsapp (67) 9227-8719.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Na Índia, Jaime Verruck destaca potencial de MS para ampliar mercado da celulose e de grãos

Dentre as potencialidades de Mato Grosso do Sul, apresentadas pela missão sul-mato-grossense na Índia entre quarta-feira (6) e sexta-feira (8), o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) destacou a abertura de oportunidades no mercado indiano para celulose solúvel, grãos e outros produtos regionais.

Jaime Verruck integra a missão internacional sul-mato-grossense na Ásia, composta pelo governador Eduardo Riedel; o presidente da Fiems, Sérgio Longen; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro; o diretor de Relações Internacionais da Fiems, Aurélio Rolim; o diretor superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça e o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e vice-presidente da Famasul, Maurício Saito.

A comitiva estadual encerrou a primeira etapa da agenda internacional com resultados positivos para a economia e a inovação no Estado. Destaque para o interesse do grupo Mahindra e da Tata Group em investir e levar tecnologia para Mato Grosso do Sul. Em sete reuniões realizadas com empresas e autoridades na Índia, foram discutidas parcerias estratégicas nas áreas de agronegócio, ciência, tecnologia e educação, além da ampliação do comércio exterior.

“Discutimos de forma aprofundada o mercado de celulose, com Mato Grosso do Sul iniciando a produção de celulose solúvel, produto no qual a Índia é um grande importador. Também avaliamos o potencial para grãos, diante da clara necessidade de importação demonstrada pelo país. Este é um primeiro passo para ampliar mercados e aumentar a participação da economia sul-mato-grossense nas exportações, evidenciando como a integração entre ciência, tecnologia, agronegócio e inovação pode contribuir para o desenvolvimento do Estado”, comentou o secretário.

Após as reuniões na Índia, a missão internacional segue para o Japão e Singapura, com prioridade, no caso japonês, para a abertura do mercado de carne bovina e suína produzida no Estado. “Identificamos aqui na Índia oportunidades para ampliar a exportação de produtos do nosso agro. Já em Singapura e Japão, o foco continua na bovinocultura e suinocultura”, afirmou o titular da Semadesc.

Segundo o secretário, o Japão mantém restrições à compra de produtos de estados recentemente reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação. Por isso, o governador Eduardo Riedel tratará diretamente com o governo japonês para que Mato Grosso do Sul seja enquadrado nas mesmas condições de Santa Catarina e Paraná, que já possuem esse reconhecimento há mais tempo. “É uma pauta essencial para conquistarmos novos mercados e fortalecermos a presença da nossa produção no cenário internacional”, ressaltou Verruck.

Relações comerciais de MS com a Índia

Em 2024, a Índia ocupou a 10ª posição entre os destinos de exportação de Mato Grosso do Sul, sendo o terceiro maior mercado do Estado na Ásia. As vendas somaram US$ 81,36 milhões, com destaque para açúcares e melaços (59% do total), gorduras e óleos vegetais “soft” e celulose.

No primeiro semestre de 2025, embora tenha havido redução na participação do açúcar, o Estado ampliou embarques de óleos vegetais e celulose, consolidando oportunidades em setores estratégicos como o agronegócio e a bioindústria. Do lado das importações, a Índia comercializou US$ 22,09 milhões com o Estado em 2024, fornecendo produtos como fios têxteis, fibras sintéticas e revestimentos de piso.

Informações: Semadesc.

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A Geometria das Florestas

*Artigo de Cícero Ramos.

À primeira vista, uma floresta aparenta ser apenas um emaranhado de árvores, com copas entrelaçadas formando um dossel. Mas sua estrutura é muito mais complexa. A geometria das florestas reflete um princípio fundamental: cada árvore, galho e até mesmo folha se posiciona de forma estratégica para otimizar a captação de luz e a distribuição de recursos. Trata-se de uma organização moldada por milhões de anos de evolução, que tem muito a nos ensinar.

A proposta aqui não é assustar o leitor com fórmulas ou abstrações, mas sim mostrar como a floresta inspira conceitos matemáticos e geométricos. Ao longo de sua história, a natureza revelou que cada elemento existe por um motivo específico. Sua posição, dimensões e arranjos seguem princípios geométricos que podem ser estudados, compreendidos e aplicados.

Na base dessa estrutura, a disposição das árvores obedece a uma lógica que busca maximizar o acesso à luz solar. Florestas tropicais, por exemplo, apresentam uma estratificação: as árvores mais altas formam o dossel superior, recebendo maior incidência de luz, enquanto as inferiores se adaptam à sombra e à luz filtrada. Cada espécie ocupa seu espaço e se adapta à posição que ocupa na hierarquia, evitando competição direta com os vizinhos.

A geometria fractal é um padrão recorrente nas florestas. Os galhos principais se subdividem em ramificações menores que repetem a forma original, reproduzida em diferentes escalas. Essa lógica não é apenas estética, mas funcional: permite melhor distribuição de água e nutrientes, além de maximizar a área de exposição à luz solar. A natureza, de forma silenciosa, desenvolveu esses algoritmos muito antes da computação.

Formas como as espirais dos pinheiros ou a complexidade das samambaias não são aleatórias. Elas favorecem tanto a captação de luz quanto a dispersão da água, essenciais à sobrevivência da planta.

Abaixo do solo, outro espetáculo geométrico acontece. As raízes formam uma rede interconectada que, além de absorver água e nutrientes, viabiliza a troca de informações químicas entre as árvores. Essa “internet subterrânea” contribui para o equilíbrio do ecossistema. A estrutura radial ou ramificada das raízes é uma estratégia eficiente, que maximiza a área de absorção em um volume limitado de solo.

Embora pareça caótica à primeira vista, a floresta esconde um equilíbrio sutil. Cada folhas, ramos e raízes desempenha uma função vital. A floresta é, na verdade, uma obra-prima viva, resultado de milhões de anos de adaptação e de um sistema natural que combina complexidade, cooperação e resiliência.

Nas cidades, as florestas urbanas cumprem um papel igualmente essencial. Áreas verdes suavizam a rigidez do ambiente construído, introduzindo curvas e fluxos naturais que tornam os espaços mais acolhedores. Elas influenciam não apenas a estética urbana, mas também o microclima, a mobilidade e a qualidade de vida.

A expansão de áreas verdes nas cidades, seja por meio da arborização, de parques naturais ou da implantação de “jardins de chuva”, representa uma medida preventiva eficaz para a redução de enchentes. Essas estruturas funcionam como “esponjas” no ambiente, absorvendo e retendo a água da chuva, regulando o escoamento e reduzindo o risco de alagamentos. Ao mesmo tempo, promovem bem-estar, biodiversidade e sustentabilidade.

As florestas, portanto, são muito mais do que um simples agrupamento de árvores. São sistemas vivos que ensinam, em silêncio, lições profundas sobre cooperação, adaptação e equilíbrio. Devemos aprender com as florestas: quando trabalhamos juntos, somos mais fortes.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Após um ano da fusão, Smurfit Westrock fortalece operação e impacto sustentável no Brasil

No total, companhia já destinou US$ 150 milhões em investimentos que impulsionam tecnologia industrial, energia limpa e impacto social nas regiões onde atua

Um ano após a fusão global entre a irlandesa Smurfit Kappa e a americana Westrock, que deu origem à Smurfit Westrock, a maior empresa listada do mundo no setor de embalagens sustentáveis, com receita global combinada de US$ 31 bilhões em 2024, os benefícios no Brasil já são comprovados. A companhia já direcionou US$ 150 milhões no país, investimentos que reforçam o compromisso com a modernização industrial e o avanço tecnológico, alinhando crescimento a práticas sustentáveis.  

Parte significativa desse montante, US$ 31 milhões, foi destinada à modernização da planta de Três Barras (SC), uma das mais estratégicas da operação latino-americana, produtora de papel kraftliner. Dentre os projetos previstos está a ampliação da planta de caustificação, responsável pela recuperação dos produtos usados no cozimento da madeira, o que deve resultar em um crescimento de 6% a 10% na produção da fábrica até 2027.  

“A fusão fortaleceu nossa capacidade de entregar valor em toda a cadeia, com foco em inovação, sustentabilidade e eficiência. No Brasil, estamos aplicando tecnologia, digitalização e inteligência artificial para tornar nossa produção ainda mais orientada por valor e propósito, com soluções que geram impacto real para os nossos clientes e para o planeta”, afirma Manuel Alcalá, CEO da Smurfit Westrock Brasil. 

“Nossa ambição é acelerar iniciativas de descarbonização, ampliar a digitalização e contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde estamos presentes. Somos uma empresa que combina escala global com atuação local responsável”, complementou Alcalá.   

A atuação da Smurfit Westrock no país é orientada por práticas que valorizam o reaproveitamento de materiais, o uso responsável de recursos naturais e a redução do impacto ambiental ao longo de todo o ciclo produtivo. O Brasil concentra 9 unidades de conversão, 6 máquinas de papel e mais de 54 mil hectares de florestas próprias, sendo 43% destinadas à preservação ambiental. Integrando recursos florestais e logísticos, o parque fabril brasileiro desempenha papel central na produção de soluções de embalagem com fibras virgens e recicladas, contribuindo diretamente para a economia circular.  

A operação brasileira conta com cerca de 4 mil colaboradores e um time de designers especializados, conectados com as plataformas globais de inovação da companhia. Esses profissionais atuam em cocriação com clientes para atender suas necessidades, trazendo para o Brasil as tendências mais avançadas em design de embalagens e contribuindo para o desenvolvimento ágil de soluções inteligentes, sustentáveis e alinhadas às exigências dos mercados internacionais. 

A empresa destinou, neste primeiro ano de fusão, R$ 6 milhões para iniciativas de impacto social e recebeu também um aporte de mais R$ 1,7 milhão por meio da Fundação Smurfit Westrock. Dentre os destaques, está o aporte ao PEC – Pirapetinga Esporte Clube, de inclusão social de crianças por meio do esporte.  Além disso, houve a realização de uma campanha do agasalho que, por meio de um processo de logística reversa de mais de 3 toneladas de uniformes antigos encaminhadas para beneficiamento de resíduos têxteis junto a um parceiro, transformando o material em 1.000 cobertores distribuídos em nove comunidades de várias regiões do país.  

Panorama regional e estratégia de crescimento global 

Na América Latina, a empresa opera em 13 países com 40 unidades produtivas e duas operações florestais, abrangendo mais de 120 mil hectares de plantações comerciais e florestas naturais. O foco regional está na entrega de soluções sustentáveis e de alta performance para setores como alimentos, bebidas, farmacêutico, cuidados pessoais e bens de consumo. 

Com a fusão, a Smurfit Westrock se tornou líder global de embalagens sustentáveis, registrando um lucro líquido de US$ 382 milhões e EBITDA Ajustado de US$ 1,252 bilhão no primeiro trimestre de 2025. Investiu cerca de US$ 8,8 milhões em 180 projetos comunitários em 29 países, com mais de 12.400 colaboradores envolvidos. Além disso, emitiu US$ 2 bilhões em green bonds, com base em novo Green Finance Framework da empresa. 

Sobre a Smurfit Westrock  

A Smurfit Westrock é um líder global de embalagens sustentáveis, com presença em mais de 40 países e 100.000 funcionários. Possui mais de 500 operações de conversão e 63 fábricas de papel que oferecem soluções sob medida para clientes, com qualidade e confiabilidade. No Brasil, conta com 4.000 colaboradores e está presente em seis estados brasileiros, com seis unidades de produção de papel, 9 unidades fábricas de conversão e 54 mil hectares de floresta.  

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Suzano abre cinco processos seletivos para atender suas operações em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com cinco processos seletivos abertos em diferentes áreas para atender suas operações em Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há uma vaga para Retificador(a) Corrente em Água Clara. Em Brasilândia, as pessoas interessadas podem concorrer à oportunidade para Operador(a) de Máquinas Florestais. Em Ribas do Rio Pardo, está aberto o processo seletivo para Técnico(a) de Manutenção Elétrica I – Estação de Inspeção e Abastecimento. Já em Três Lagoas, as oportunidades são para Consultor(a) de Qualidade e Analista de Logística Pleno.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Água Clara

Retificador(a) Corrente – inscrições até 12/08/2025: Página da vaga | Retificador(a) Corrente

Brasilândia

Operador(a) de Máquinas Florestais – inscrições até 08/08/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquinas Florestais

Ribas do Rio Pardo

Técnico(a) de Manutenção Elétrica I – Estação de Inspeção e Abastecimento – inscrições até 10/08/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Elétrica I – Estação de Inspeção e Abastecimento

Três Lagoas

Consultor(a) de Qualidade – inscrições até 10/08/2025: Página da vaga | Consultor(a) de Qualidade

Analista de Logística Pleno – inscrições até 17/08/2025: Página da vaga | Analista de Logística Pleno

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

Informações: Infomuts.

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Parceria entre Senai MS e Komatsu Forest impulsiona capacitação na área florestal

Com essa parceria estratégica, Senai e Komatsu Forest com o seu programa Komatsu School, reafirmam seu compromisso com a inovação, a qualificação profissional e o fortalecimento do setor florestal, impulsionando o desenvolvimento econômico e social do estado


Com o Estado se consolidando como um dos principais polos produtores de celulose do Brasil, a demanda por mão de obra qualificada cresce em ritmo acelerado.

O desenvolvimento do setor florestal em Mato Grosso do Sul ganha um importante reforço com a parceria firmada entre o Senai e a Komatsu Forest. A iniciativa une experiência educacional e tecnologia de ponta para formar e aperfeiçoar mecânicos e operadores de máquinas florestais, contribuindo diretamente para a sustentabilidade e crescimento do setor na região de Três Lagoas.

Com o Estado se consolidando como um dos principais polos produtores de celulose do Brasil, a demanda por mão de obra qualificada cresce em ritmo acelerado. “O Senai tem sido parceiro de primeira ordem na formação desses profissionais, disponibilizando toda sua estrutura tecnológica, por meio das unidades físicas e móveis preparadas para atender todo Estado. Além disso, temos os melhores e mais capacitados docentes e nos mantemos sempre firmes na inovação de nossos colaboradores, acompanhando constantemente o crescimento industrial”, explicou o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo.

Para atender a esse novo cenário, o programa de capacitação prevê a formação de novos profissionais e a atualização técnica de trabalhadores já atuantes no campo, preparando-os para operar e dar manutenção aos equipamentos de última geração da Komatsu Forest, que estão sendo introduzidos no mercado nacional.

Para o diretor-presidente da Komatsu Forest Brasil, Eduardo Nicz, a capacitação técnica é peça-chave para garantir a sustentabilidade do negócio florestal em todas as suas etapas. “Desde a formação das equipes até a operação dos equipamentos, a preparação adequada dos profissionais reflete diretamente em maior produtividade, redução de falhas operacionais e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis”.

Responsável pelo projeto, o gerente da Komatsu, Marcelo Narciso, afirma que as atividades de formação contam com o suporte de simuladores de operação, além de componentes reais (como motores, cilindros hidráulicos e outras peças) que aproximam o aluno do ambiente prático encontrado no dia a dia da floresta. “Essa abordagem permite que os profissionais desenvolvam habilidades técnicas com mais precisão, segurança e eficiência”.

Com essa parceria estratégica, Senai e Komatsu Forest com o seu programa Komatsu School, reafirmam seu compromisso com a inovação, a qualificação profissional e o fortalecimento do setor florestal, impulsionando o desenvolvimento econômico e social do estado.

“A Komatsu Forest investe no MS desde outubro de 2008, quando abriu a sua primeira filial no Estado. Hoje são duas unidades que atuam diretamente para o setor florestal. São mais de 30 colaboradores, com 6 dedicados à formação de pessoas em manutenção e operação. A parceria com o Senai Três Lagoas fortalece mais ainda esse vínculo com a região e reforça o compromisso da Companhia em desenvolver as pessoas para atuar no setor florestal”, explica o gerente de marketing e vendas da Komatsu, Carlos Borba.


Informações: Fiems.

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