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Eldorado Brasil teve lucro líquido de R$ 1,096 bilhão em 2024

EBITDA ajustado cresceu 24% e Margem EBITDA foi 5,4 p.p. acima do ano anterior

São Paulo, 25 de fevereiro de 2025. A Eldorado Brasil Celulose encerrou 2024 com um lucro líquido de R$ 1,096 bilhão. No cálculo de 12 meses, o EBITDA ajustado cresceu 24%, de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,2 bilhões. A margem EBITDA foi de 51,4%, superando os 46% realizados em 2023. A companhia também encerrou o ano com R$ 1,091 bilhão em fluxo de caixa livre.

A produção de celulose ficou em 1,786 milhão de toneladas, um novo recorde para anos com parada geral para manutenção. As vendas foram de 1,758 milhão de toneladas no ano.

“O ano de 2024 foi marcado por um desempenho sólido da Eldorado com números de produtividade positivos em todas as áreas, que contribuíram para que terminássemos o ano com lucro”, diz Fernando Storchi, CFO da Eldorado.

Redução de 20,6% na dívida

A Eldorado também reduziu sua dívida líquida, que encerrou o ano em R$ 966 milhões, uma queda de 20,6% na comparação com o fechamento de 2023. Em dólares, a dívida líquida encerrou o ano em US$ 156 milhões, redução de 37,8%.

Como reflexo, a alavancagem da companhia recuou para 0,29 vez no ano, frente a 0,46 vez no fechamento do ano anterior.

Confira aqui a íntegra do Relatório de Resultados do 4T24.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Arauco anuncia investimento por meio do Plano Estratégico Socioambiental (PES) em Inocência (MS)

Iniciativa contribui para impulsionar o desenvolvimento da cidade e para as ações previstas pelos governos do estado e do município

Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, a Arauco anunciou investimento de R$85 milhões a serem destinados ao Plano Estratégico Socioambiental (PES), modelo de governança compartilhada que reúne representantes da companhia, sociedade civil e autoridades estaduais e municipais.

Organizado em nove eixos estratégicos – Saúde; Segurança Pública; Assistência Social; Educação, Economia, Trabalho e Renda; Transporte; Saneamento; Habitação; Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental – o PES tem como principal objetivo promover o desenvolvimento da cidade, com inclusão e geração de oportunidades que impactem positivamente a vida da comunidade de Inocência, de forma planejada e transparente.

Dentro de cada uma dessas nove áreas, as demandas serão atendidas por um conjunto de ações. Para cada ação, cabem responsabilidades compartilhadas entre a iniciativa privada, os governos do Município e do Estado. O investimento social acontece sob a vista de todos, ou seja, por meio de uma governança compartilhada com transparência e acompanhamento técnico.

O PES foi elaborado com embasamento técnico e científico, a partir de estudos realizados pela Arauco e da escuta ativa da comunidade e do poder público. O investimento pode acontecer de maneira voluntária ou dentro das ações relativas ao Plano Básico Ambiental (PBA), que integra o processo de licenciamento ambiental de grandes empreendimentos no Brasil, e que estão contidas no PES.

“É uma construção coletiva que vem acontecendo desde 2022, quando a Arauco assinou o termo de compromisso e iniciou um diálogo com os poderes públicos e a comunidade local. Um projeto grandioso como o Sucuriú, tem o potencial de deixar, com igual grandeza, um legado importante para a região. Valorizamos a origem e o respeito à história de Inocência e das pessoas daqui, e reafirmamos nosso compromisso de longo prazo com o desenvolvimento local. É um projeto que vai além da fábrica, abraça a comunidade e todo seu entorno”, diz Theófilo Militão, diretor de ESG e Relações Institucionais da Arauco.

Para Lúcio Lagemann, representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc), “Projeto Sucuriú contribui para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e para sua consolidação como o Vale da Celulose. Por isso, estivemos sempre próximos, dialogando e estruturando diversas ações com as demais Secretarias do Estado para que resultem em mais progresso para Inocência”.  

“Estamos construindo juntos a Inocência do futuro, que agora terá um crescimento ordenado e sustentável. O diálogo e o apoio de todos os envolvidos – tanto da iniciativa privada quanto do Governo e dos representantes do Município – foram fundamentais para que realmente se tenha um olhar voltado para a comunidade”, ressalta Antônio Ângelo, prefeito de Inocência.

  1. Saúde

No âmbito desta iniciativa, a Arauco fará a contratação de consultoria especializada em prol da Gestão do Sistema Municipal de Saúde e da Gestão Hospitalar, implantação da Área Vermelha destinada ao atendimento emergencial no Hospital Municipal,  capacitação para os profissionais de emergência e construção de uma nova unidade de saúde – Hospital Municipal de Inocência com capacidade inicial de ocupação de 20 leitos, com área construída de 2.450 m2.

  1. Segurança Pública

No âmbito da segurança, a Arauco construirá a sede da Polícia Militar, a sede do Corpo de Bombeiros e comprará viaturas para a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Inocência.

  1. Assistência Social

Na área de Assistência Social, a Arauco investirá na modernização e ampliação do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, no antigo prédio do equipamento do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social de Inocência. Também construirá uma nova instalação para o CRAS e vai inaugurar uma Casa de Passagem para acolhimento temporário de pessoas, além de promover e financiar campanhas de conscientização contra a violação de direitos de grupos vulneráveis na cidade.

  1. Educação

No plano da Educação, a Arauco doará 100 bolsas de estudo para alunos do Ensino Fundamental e Médio em novas vagas que serão abertas no setor privado. Vai ofertar estágios práticos no campo para estudantes de cursos técnicos do Ensino Médio das escolas públicas da cidade, e financiar cursos para formação continuada de profissionais da educação. A companhia também vai fazer a reforma e ampliação da Escola Olivalto Elias da Silva, além de financiar o investimento em laboratórios. Além disso, vai comprar um micro-ônibus escolar e vai capacitar os motoristas da educação municipal de Inocência.

  1. Economia, Trabalho e Renda

Neste eixo, a Arauco fará 100% do aporte na continuidade dos trabalhos de estruturação do sistema de capacitação e de desenvolvimento das pessoas da cidade, que poderão ser colaboradoras e trabalhadoras tanto das unidades produtivas da Arauco, como em empresas parceiras do Projeto Sucuriú. Essa capacitação vai contribuir para que as pessoas de Inocência possam se colocar em vagas de trabalho durante o desenvolvimento e depois das obras finalizadas na cidade.

Um desses instrumentos de educação já está instalado e funcionando: o SENAI, que já formou cerca de 100 pessoas em cursos de sinalização de vias, motorista de caminhão basculante, e como operador de trator, retroescavadeira e motoniveladora. O resultado dessa parceria faz parte do sistema de educação profissionalizante e é um legado deixado para o município.

Também por meio do aporte dado pela companhia, o Sebrae/MS desenvolve a iniciativa “Conexão Arauco”, que capacita empreendedores locais para atender às demandas promovidas pelo Projeto Sucuriú. Com essa parceria, a Arauco fortalece a cadeia produtiva e expande mercados.

As ações de agricultura familiar são outro pilar de desenvolvimento já planejado, e que terá foco na geração de renda e diversificação da produção junto às associações e cooperativas locais. O objetivo é impulsionar a produção de alimentos de maneira sustentável, em processos de manejo alinhados simultaneamente à conservação e recuperação do meio ambiente.

5 – Transporte

À Arauco não cabem atribuições ou aporte direto neste eixo.

7- Saneamento

Neste eixo, a Arauco vai financiar um Estudo da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos com uma consultoria especializada e um Estudo de Identificação das Melhorias no Tratamento da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto – além de ampliar a capacidade de tratamento de esgotamento sanitário na ETE na sede municipal para a nova demanda projetada com a instalação de sua fábrica de celulose.

8- Habitação

As ações previstas incluem a construção de unidades habitacionais aos colaboradores da Arauco. A companhia também intermediou junto aos Governos Estadual e Federal a extensão de Programas Habitacionais ao município de Inocência, além de fomentar que a iniciativa privada também invista na região.

9- Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental

Para o planejamento urbano, a Arauco apoia a Prefeitura Municipal no desenvolvimento de seu Plano Diretor, que inclui mecanismos que orientam a ordenação territorial de forma a promover um crescimento sustentável da cidade. Nesse eixo, a companhia vai revitalizar o Espaço de Lazer e Cultura (Parque do Povo), além de instalar no município uma Estação Meteorológica e de Qualidade do Ar.

Sobre o Projeto Sucuriú

O Projeto Sucuriú marca a entrada da divisão de celulose da Arauco no Brasil. O investimento de US$4.6 bilhões inclui a construção de uma planta com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de fibra curta de celulose/ano. Está localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência (MS) e ao lado do Rio Sucuriú. A etapa de terraplanagem começou em 2024 e a previsão de entrada em operação é no final de 2027.

Em todas as fases desenvolvimento do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas unidades florestal, fábrica e operações de logística. O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.

Grandioso em cada aspecto, o Projeto Sucuriú vai operar produzindo eletricidade em larga escala e em um ciclo fechado (completo), com capacidade de geração superior a 400 megawatts (MW) e aproximadamente 200 MW destinados à demanda de consumo interno. O excedente, suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes, será fornecido ao sistema de comercialização de energia elétrica nacional.

Sobre a Arauco Brasil

No país desde 2002, a Arauco atua nos segmentos Florestal e de Madeiras com o propósito de, a partir da natureza e de fontes renováveis, contribuir com as pessoas e o planeta. Emprega 3500 colaboradores e conta com 5 unidades industriais brasileiras.

As plantas estão distribuídas entre a produção de paineis, em três fábricas localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); paineis e molduras, na planta localizada em Piên (PR); resinas e químicos, na unidade de Araucária (PR) e, em 2027, prepara-se para inaugurar sua primeira fábrica de celulose branqueada em Inocência (MS). 

Todas as florestas de eucalipto plantadas no Brasil são certificadas pelo FSC® (Forest Stewardship Council®), que reconhece o manejo florestal ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável. Foi a primeira companhia florestal do mundo a receber a certificação Carbono Neutro, em 2020, emitida pela Deloitte e auditada pela Price Waterhouse.

Globalmente e no país, a Arauco opera primando pela gestão responsável da água, a conservação da biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera. Até 2030, a companhia assumiu o compromisso de reduzir as emissões de escopo 1 e 2 em 40,6% e diminuir em 35,1% as emissões de escopo 3, com relação à linha de base de 2019.

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Exclusiva – Forte Mudas Florestais se consolida no mercado com inovação em genética avançada no cultivo de mudas de eucalipto e pioneirismo

A empresa pertencente ao Grupo Trevo Florestal está com projeto em andamento para expansão de viveiro de mudas, e ainda neste ano apresentará inovação pioneira para clone de eucalipto; saiba mais

Para 2025, especialistas apontam projeções de crescimento e tendências como o impulsionamento do uso da tecnologia florestal, mais incentivo para os créditos de carbono, sustentabilidade, ações voltadas para a economia verde e inovações genéticas. Perante o promissor cenário, a Forte Mudas Florestais, referência na produção de clones de eucalipto de alta qualidade, agrega para o setor com um histórico carregado de inovação e pioneirismo, impulsionando a indústria de madeira, energia e celulose no Brasil.

Atualmente a Forte Mudas Florestais possui dois viveiros, localizados em Buritizeiro e em Montes Claros, Minas Gerais, Estado com logística estratégica e o maior em área de floresta plantada no país (mais de 2,2 milhões de hectares). Constantemente, a empresa realiza aprimoramentos internos de seu time, busca por novas técnicas e tecnologias, visando proporcionar melhores experiências e resultados para seus clientes. A unidade em Montes Claros está em passando por obras de expansão e aplicação de novas técnicas pioneiras no Brasil, e novidades no mercado devem ser anunciadas ainda neste ano, segundo a empresa.

A Forte Mudas Florestais foi fundada dentro do Grupo Trevo Florestal, que atua no mercado desde 2003, com o objetivo de fornecer mudas florestais de qualidade, fortalecendo parcerias e garantindo produção, com foco na sustentabilidade e inovação. Referência no setor, o Grupo Trevo Florestal oferece um amplo portfolio de soluções na manutenção e manejo florestal, incluindo:

•             Viveiro de mudas de eucalipto;

•             Transporte de madeira;

•             Produção de carvão e cavaco;

•             Manutenção florestal;

•             Locação de máquinas.

Os principais segmentos atendidos são empresas do setor florestal, madeireiro, de celulose, siderurgia e energia.

Expansão

A empresa cresce e se consolida cada vez mais no mercado. Em 2024 a Forte Mudas Florestais produziu cerca de 6 milhões de mudas, e para este ano de 2025, a empresa anuncia o projeto de expansão em seu viveiro em Montes Claros, que passará a ser maior do que a unidade em Buritizeiro (MG). Com a conclusão da obra, a Forte Mudas Florestais ampliará a sua capacidade de produção para 15 milhões de mudas ao ano, visando atender a crescente demanda do setor.

Viveiro em Buritizeiro (MG).
Viveiro em Montes Claros (MG), em obras de expansão.

Pioneirismo

Além de expansão de área, o projeto em Montes Claros está carregado de inovação. A empresa será pioneira na produção de clones com técnicas e tecnologias inéditas no Brasil, e fará um novo lançamento no mercado ainda neste ano. O clone 2361 promete revolucionar o setor, com multibenefícios já atestados, sendo a opção n.º 1 para o segmento de madeira tratada, sendo também muito indicado para a produção de celulose, por apresentar uma madeira mais maciça e densa – não racha –, bem como, por proporcionar maior adaptabilidade a seca e resistência a pragas.

Novidade no mercado com qualidade atestada para os segmentos de madeira tratada e celulose: clone 2361.

Diferenciais Forte Mudas

  • Tecnologia no cultivo das mudas, garantindo padrões rigorosos de qualidade;
  • Compromisso com a sustentabilidade, cumprindo todas as licenças ambientais e legislações trabalhistas;
  • Equipe altamente capacitada e assistência técnica especializada;
  • Localização estratégica em Buritizeiro/MG, facilitando a logística e a distribuição nacional;
  • Produção escalável, com previsão de crescimento para 15 milhões de mudas/ano.

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com Fabiana Borges, gerente administrativa na Forte Mudas Florestais, que contou com exclusividade mais detalhes sobre o projeto de expansão da empresa, clones em destaque e expectativas para o mercado. 

Mais Floresta – Quais os clones em destaque na Forte Mudas Florestais e seus diferenciais?

Fabiana – Entre nossos clones, destacamos as seguintes variações e diferenciais que fazem a diferença no mercado:

  • ACE144: indicado para Madeira Serrada, Celulose e Energia, apresenta alta produtividade;
  • 975: alta adaptação a diferentes solos, com crescimento acelerado e maior resistência a pragas, indicado para Celulose, Serraria e Energia;
  • 2361: nossa novidade no mercado. Clone com excelentes resultados já atestados, indicado para os segmentos de madeira tratada e celulose. Madeira maciça e densa – não racha –, resistente a seca e a pragas.

Mais Floresta – Quais tecnologias e inovações se destacam na produção dos clones de eucalipto?

Fabiana – Destacamos principalmente:

  • Substrato firme e padronizado para melhor enraizamento.
  • Monitoramento e controle de qualidade rigoroso em todas as etapas.
  • Técnicas avançadas de propagação clonal para garantir uniformidade e alto desempenho.
  • Uso de tecnologias sustentáveis para otimizar o crescimento das mudas.

Mais Floresta – Como funciona o monitoramento avançado nos viveiros Forte Mudas Florestais? O que esse sistema garante?

Fabiana – Nossos viveiros contam com um engenheiro florestal responsável, garantindo que todas as mudas passem por um processo rigoroso de controle de qualidade. O monitoramento inclui:

  • Padrão de qualidade (altura entre 25 e 45 cm, raízes ativas, diâmetro adequado do coleto).
  • Ambiente controlado para manter a uniformidade e minimizar perdas.
  • Uso de tecnologia para rastreamento das mudas e controle do desenvolvimento.

Mais Floresta – Há lançamentos previstos para 2025?

Fabiana – Estamos com um projeto de expansão do viveiro de Montes Claros, aumentando a capacidade produtiva total da empresa para 15 milhões de mudas/ano, o que pode indicar novas variedades de clones ou melhorias no processo produtivo. Entre as novidades, também lançaremos um novo clone já atestado, e que oferece excelentes resultados, principalmente no segmento de madeira tratada. Também teremos a utilização de novos produtos em nossas operações, garantindo melhor muda para o campo e mercado, resistente a pragas e a seca.

Mais Floresta – Quais são as expectativas para o mercado de mudas florestais em 2025?

Fabiana – A empresa prevê crescimento e fortalecimento da demanda no setor, impulsionados pelo aumento da procura por madeira para diferentes aplicações, como celulose, serraria e energia renovável. Além disso, a tendência de sustentabilidade e reflorestamento devem ampliar o mercado para mudas de qualidade e produtividade.

Contato:

Para mais informações acesse www.fortemudasdeeucalipto.com.br, ou entre em contato através do e-mail trevoflorestal.mg@uol.com.br ou telefone (38) 99999-8415 – Fabiana Borges.

Siga no Instagram:

@fortemudasflorestais

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Oregon Tool mira crescimento acima do mercado em 2025, com expansão na América Latina e novos produtos

Mudanças na base de distribuidores foram iniciadas no segundo semestre do ano passado e garantem melhor cobertura no continente. Companhia está presente em 23 países da região

Iniciado no segundo semestre de 2024, o reposicionamento estratégico da Oregon Tool projeta um crescimento de 15% de faturamento na América Latina em 2025. A fabricante de equipamentos e produtos voltados ao segmento florestal e de jardinagem fez uma série de mudanças em sua rede de distribuição para ampliar a cobertura comercial na região. Esse incremento também deve vir do lançamento de produtos ao longo do ano.

“O plano que nós temos para o crescimento da América Latina é agressivo, mas está muito bem estruturado e com ações bem definidas”, explica o vice-presidente de vendas e marketing para a América Latina, Fábio Nardelli. “Ainda temos muito trabalho para que isso aconteça, mas já estamos no momento de começar a colher alguns frutos”, completa.

O crescimento esperado é maior do que o do setor, que fica em torno de 2% a 3% ao ano. Isso porque, segundo Nardelli, o mercado já é muito maduro e estável, sem espaço para aumento de demanda. Ao mesmo tempo, é bastante resiliente a eventuais crises políticas e econômicas, como a que se viu pouco tempo atrás na Argentina, por exemplo. Por isso, a opção foi pela busca de maior market share e incorporação de novos itens no portfólio.

Nova rede de distribuição

Além do Brasil, a Oregon Tool está presente em outros 22 países da América Latina. Com a revisão estratégica dos distribuidores, visando a melhoria de performance, avalia o vice-presidente para a região, a empresa consegue uma maior cobertura nestes mercados já existentes. Os movimentos aconteceram, em especial, em países como o próprio Brasil, além do Peru, Equador e Uruguai. 

“Com os estudos que realizamos, percebemos que embora estivéssemos em todos estes locais, havia regiões em que ainda não havíamos chegado, efetivamente. Fizemos um movimento bem importante no Brasil, que representa 50% do faturamento da empresa na América Latina, e na região hispânica”, relata. Ainda estão previstos alguns outros movimentos semelhantes com o objetivo de otimizar ainda mais essa rede de distribuição. 

Basicamente, foram feitas trocas de distribuidores. Players que não atendiam a algumas exigências da corporação e não estavam tão preparados para os planos de crescimento da empresa foram substituídos por outros com maior potencial. “Esse incremento vem muito da atuação deles ganhando market share”, comenta.

Cronograma de lançamentos

A empresa já deu início, também, ao seu cronograma de lançamento de produtos – outro braço da estratégia de crescimento. Entre os destaques, avalia Nardelli, está a linha de correntes EXL, voltadas para o mercado profissional. “É um produto que agrega muita tecnologia e inovação, e que vem com esse viés de ser o melhor produto para o segmento de corte de árvores do mercado, tornando o trabalho mais eficiente e seguro”, adianta.

Mais novidades ainda devem ser divulgadas ao longo do ano, sempre com o foco em prover soluções para o mercado consumidor, seja ele profissional, semiprofissional ou hobby. “Não somos uma empresa que vende para um público profissional ou específico, nosso negócio é prover soluções cada vez mais completas para o usuário, essa é a nossa missão aqui”, finaliza.

Líder mundial na produção de correntes e sabres para motosserras, a Oregon Tool está presente no Brasil desde o final da década de 1970, com a única fábrica de correntes instalada no Hemisfério Sul, localizada em Curitiba (PR). 

Sobre a Oregon Tool

Líder mundial na produção de correntes e guias para motosserras, a Oregon Tool está presente no Brasil desde o final da década de 1970 com a única fábrica da empresa instalada no Hemisfério Sul, localizada em Curitiba (PR).  Com sede em Portland, Oregon, e uma presença multinacional de fabricação e distribuição, a Oregon Tool vende seus produtos em mais de 110 países sob as marcas Oregon®, Woods®, ICS®, Pentruder®, Merit® e Carlton®. A empresa é a fabricante número 1 do mundo de correntes de serra e barras-guia para motosserras e correntes de diamante para tubos de aço, uma fabricante líder de acessórios para tratores agrícolas e a principal fornecedora de OEM de peças de primeira instalação e de reposição. Saiba mais em www.oregontool.com.

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Arauco destina ‘dois prêmios da Mega-Sena’ para alojamentos de megafábrica

Empresa chilena prevê investimentos de R$ 242 milhões para edificar os abrigos dos trabalhadores, o que equivale a duas vezes o valor do prêmio do Mega que deve ser sorteado neste sábado, estimado em R$ 120 milhões

Publicação desta sexta-feira (21) no diário oficial do Governo do Estado revela que a empresa chilena Arauco prevê investimento de R$ 242 milhões para a construção dos alojamentos dos trabalhadores que vão atuar na instalação da maior fábrica de celulose do mundo, no município de Inocência, na região leste do Estado. 

O valor equivale a dois prêmios da Mega-Sena previsto para ser sorteado neste sábado (22), estimado em R$ 120 milhões, o décimo quarto maior prêmio de sorteio regular da loteria. No sorteio desta quinta-feira foi o décimo primeiro sorteio seguido sem vencedor, o que fez com que o prêmio chegasse ao atual patamar.  

O valor do investimento nos alojamentos supera qualquer obra pública que esteja em andamento hoje em Mato Grosso do Sul, mas representa menos de 1% do empreendimento, da ordem de R$ 25 bilhões, cujas obras de terraplanagem começaram em junho do ano passado e que está prestes a entrar na fase de instalação da fábrica propriamente dita, o que deve acontecer em abril.

Além do investimento nos alojamentos, a empresa chilena terá de destinar ainda R$ 1.173.700,00 a título de compensação ambiental, valor que corresponde a 22.623,36 UFERMS. O dinheiro será repassado ao Governo do Estado. 

A previsão é de que estes alojamentos, com capacidade superior a 1,5 mil vagas, seja construído a cerca de dez quilômetros da área urbana de Inocência e a 40 quilômetros do local onde será instalada a fábrica, às marges da MS-377 e do Rio Sucuriú. 

Atualmente já existe uma série de alojamentos para os trabalhadores, mas próximo da área urbana. É nestes locais que está a maior parte dos cerca de 2,4 mil operários envolvidos nos trabalhos de terraplanagem daquela que será a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas por ano. 

No pico das obras, conforme a previsão da multinacional, serão até 14 mil pessoas trabalhando na região e por conta disso estes serão uma pequena cidade que será erguida no meio da área rural, que terá de ser equipada inclusive com redes de água e energia.

Além disso, a previsão é de que na área do alojamento sejam construídos espaços para lazer e  cada ala de alojamentos contará com um pronto atendimento médico. Os casos graves de saúde serão encaminhados para um hospital que está previsto para ser construído no canteiro de obras.

Além disso, a direção da Arauco informou que os trabalhadores terão acesso a planos de saúde suplementar e transporte de emergência, com ambulâncias da própria empresa, para hospitais particulares fora da região, se necessário.

MUDANÇA DE PLANOS

Desde o início dos estudos para implantação do projeto já ficou definido que os operários não ficariam alojados na área urbana de Inocência, segundo informou em maio do ano passado o prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, mais conhecido como Toninho da Cofap. À época, porém, ele informou que este alojamento seria próximo ao canteiro de obras. 

Quando da entrega da licença de instalação, tanto o governador Eduardo Riedel, quanto o CEO da Arauco no Brasil, Carlos Altimiris, e o prefeito de Inocência foram  unânimes em afirmar que durante o período de construção a cidade enfrentaria uma série de contratempos nas áreas de saúde, educação, segurança pública, lazer e até habitação. Porém, deixaram claro, não tem como “fazer omelete sem quebrar os ovos”. 

E para tentar reduzir estes transtornos, a Arauco se baseou no caso de Ribas do Rio Pardo e justamente por isso optou em abrigar os trabalhadores fora da cidade.

Mas, o prefeito foi cuidadoso com o uso das palavras para evitar a terceirização das responsabilidades para os trabalhadores e isentar o poder público e a própria multinacional destes encargos.

“Os trabalhadores não vão trazer problemas para a cidade. Eles vão ter lá suas demandas. Nós vamos fazer um trabalho conjunto com a Arauco para que não venham a ter qualquer tipo de problema. Mas esse pessoal ficando na fábrica, é muito melhor para cidade”, afirmou Toninho da Cofap.

Porém, se a cidade de Inocência quer distância dos trabalhadores temporários, faz questão de abrigar os funcionários fixos da futura fábrica, em torno de três mil.

O município criou até mecanismos legais para obrigar os cerca de três mil funcionários da Arauco a morarem na área urbana do município. Uma lei municipal proíbe construção de moradias próximo da fábrica. 

E para tentar reduzir a especulação imobiliária que normalmente acompanha projetos desta magnitude, a Arauco promete construir em torno de 700 casas para abrigar boa parcela de seus futuros funcionários. Terreno para isso já foi cedido pelo poder público. A Suzano construiu 954 casas em Ribas do Rio Pardo.

Sendo assim, os funcionários da futura indústria terão de percorrer em torno de cem quilômetros diariamente para ir e voltar do trabalho. Segundo o prefeito Toninho da Cofap, Inocência criou esta norma temendo ser “engolida” por uma nova cidade que poderia surgir no entorno da fábrica. 

De acordo com o presidente da FETRICOM-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Mato Grosso do Sul), José Abelha Neto, normalmente os alojamentos são para abrigar os trabalhadores são feitos por empresas terceirizadas. 

Em Inocência, porém, a própria Arauco firmou acordo com a Federação e assumiu o compromisso de providenciar as instalações. Com isso, acredita Abelha, o conforto e a estrutura serão de maior qualidade do que em outros grandes empreendimentos. 

MEGAFÁBRICA

A previsão é de que a fábrica, que demandará investimentos de US$ 4,6 bilhões, entre em operação no segundo semestre de 2027. Para ter matéria-prima, cerca de 400 mil hectares de eucaliptos já foram ou serão plantados no entorno. 

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, que ficará às margens do rio como mesmo nome, gere 400 megavats de energia. A metade será consumida pela própria fábrica e o restante será vendido, sendo suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes. 

VALE DA CELULOSE

Em Mato Grosso do Sul já estão em funcionamento outras três grandes fábricas de Celulose, sendo duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo. A primeira, da Suzano, funciona desde 2009. A segunda, controlada pelo grupo J&F, entrou em operação em 2012. A terceira funciona desde julho de 2024, em Ribas do Rio Pardo. 

E, além da unidade de Inocência, existe previsão para construção de uma quinta fábrica, em Água Clara, num projeto da Bracell  que prevê investimentos da ordem de R$ 25 bilhões.

Informações: Correio do Estado.

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Suzano abre seis processos seletivos para atuação nas suas unidades em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, está com seis oportunidades de emprego em diferentes áreas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo (MS), há quatro processos seletivos em andamento: Consultor(a) de Segurança da Informação I; Consultor(a) Manutenção I; Mecânico(a) Silvicultura I e Técnico(a) Operações Florestais – Colheita. Para Três Lagoas, são duas vagas abertas: Consultor(a) Excelência Operacional I – Aprendizagem e Técnico(a) Operações Florestais II.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Consultor(a) de Segurança da Informação I, inscrições até 21/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) de Segurança da Informação I

Consultor(a) Manutenção I, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) Manutenção I

Mecânico(a) Silvicultura I, inscrições até 26/02/2025: Página da vaga | Mecânico(a) Silvicultura I

Técnico(a) Operações Florestais – Colheita, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Técnico(a) Operações Florestais – Colheita

Três Lagoas

Consultor(a) Excelência Operacional I – Aprendizagem, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) Excelência Operacional I- Aprendizagem

Técnico(a) Operações Florestais II, inscrições até 20/03/2025: Página da vaga | Técnico(a) Operações Florestais II

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Obra lançada com a fábrica da Suzano em MS ainda não saiu do papel

Maior fábrica de celulose do mundo e avenida que a ligaria ao polo industrial de Ribas do Rio Pardo foram lançadas em maio de 2021; só a Suzano concluiu a obra

Após sete meses do início das operações da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a maior do mundo atualmente, obras de infraestrutura prometidas para o município seguem travadas.

Lançada em maio de 2021, com investimento programado de R$ 10 milhões, a obra de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais no acesso ao polo industrial de Ribas, localizado na MS-340, está paralisada e sem previsão de retomada. O Projeto Cerrado, da Suzano, que originou a fábrica na cidade do interior de MS, também foi lançado em maio de 2021. 

O compromisso de pavimentar 2,6 quilômetros da MS-340, do Córrego Barrinha até o trevo localizado na BR-262, rodovia esta que dá acesso à fábrica de celulose da Suzano, foi formalizado com a Suzano e o governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), em maio de 2021.

A iniciativa melhoraria de forma substancial o acesso urbano interno da cidade, especialmente durante períodos chuvosos, quando as condições adversas neste trecho tornam a área praticamente intransitável. 

O projeto representava um marco na cidade na busca por uma mobilidade mais eficiente e acessível para os moradores de Ribas do Rio Pardo.

Porém, em função da demora na execução da obra pela empresa contratada, parte da drenagem feita foi levada pelas chuvas, trazendo prejuízos para o poder público.

Sem a realização dos serviços prestados e alegando negligência do governo do Estado na fiscalização da obra, o ex-prefeito de Ribas do Rio Pardo João Alfredo Danieze (PT) denunciou a situação, encaminhando um ofício para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) iniciar investigação sobre os motivos que levaram ao não cumprimento das obras.

De acordo com o ofício encaminhado para o MPMS, o fato de a área continuar sem drenagem e sem pavimentação comprometeu a drenagem do Parque Estoril, na região urbana de Ribas do Rio Pardo, o que vem causando prejuízos às pessoas que ali residem.

Ao Correio do Estado, a Agesul informou que as obras na MS-340 previam um projeto mais focado em atender a população local, porém, foi necessário revisar o que foi planejado. Além disso, o lançamento do Projeto Cerrado, em maio de 2021 (a fábrica da Suzano em Ribas) coincidiu com o anúncio da obra. 

“O projeto inicial apresentado pela prefeitura previa a pavimentação urbana para atender a população local e algumas ruas dos bairros vizinhos. No entanto, com a chegada da fábrica da Suzano, a Agesul e o governo do Estado identificaram a necessidade de ampliar a obra para suportar um fluxo maior de veículos, especialmente caminhões”, disse a Agesul.

Por conta desta análise feita pelo governo do Estado, as obras de pavimentação não sairão do papel, pelo menos por ora.

“Diante disso, foi preciso rescindir o contrato original, revisar o projeto e lançar uma nova licitação, que já está em andamento na Agesul”, complementou a agência estadual em nota.

OBRAS EM RODOVIAS
Para garantir a melhoria do acesso, Ribas do Rio Pardo vem recebendo, desde o ano passado, obras em rodovias estaduais, que vão integrar a região e reduzir o trajeto entre as cidades.

Esses investimentos, de acordo com o governo do Estado, chegam a quase R$ 300 milhões, e as obras têm como objetivo qualificar a infraestrutura, melhorar o escoamento e dar segurança ao tráfego local.

Saindo do perímetro urbano de Ribas rumo a Camapuã, o governo do Estado está promovendo a pavimentação de 12,18 km da MS-357, no valor de R$ 32,5 milhões.

O foco principal da parceria estratégica entre o governo do Estado e a Suzano se concentrava na pavimentação asfáltica da MS-340, notadamente no acesso ao Mimoso, em Ribas do Rio Pardo. 

Com a iniciativa, as estradas estaduais não pavimentadas serão recuperadas com arenito e brita graduada, dando melhores condições de tráfego aos veículos.

A obra na MS-338 prevê a pavimentação de 111,5 km, em dois lotes, que, somados, chegam a mais de R$ 250 milhões de investimento.

O primeiro lote sai do entroncamento da BR-060, em Camapuã, e desce pela MS-338, com uma extensão de 45,30 km. Esse trecho, conforme informou o governo do Estado, está com 88% dos trabalhos concluídos, chegando na fase final das atividades. 

O segundo lote é composto por mais 66,26 km de pavimentação, do entroncamento com a MS-245 até a MS-357. Uma parte do percurso já está asfaltada, e o governo realiza obras de terraplanagem.

Informações: Correio do Estado.

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MS Florestal abre vagas para operação no campo e oportunidades para todos os níveis de experiência

Mutirão em Itapura (SP) recruta candidatos interessados no próximo sábado, dia 22

Mato Grosso do Sul, 20 de fevereiro de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área de florestas, está com vagas abertas para auxiliar de serviços gerais, operador(a) de trator, motorista de caminhão pipa e técnico de operações florestais, todas para atuação em Bataguassu (MS). 

Os benefícios para quem trabalha na empresa engloba: plano de saúde, plano odontológico, auxílio farmácia, seguro de vida, transporte fretado, vale alimentação, refeição fornecida pela empresa e alojamento na cidade de Bataguassu. 

Para preencher todas as vagas disponíveis, a MS Florestal realiza no dia 22 de fevereiro um mutirão de recrutamento no município de Itapura. Interessados podem comparecer no Centro da Juventude, localizado na rua Getúlio Vargas, S/N. No local serão realizados todos os testes e exames necessários. Representantes da MS Florestal atenderão os candidatos das 9h até às 13h.

Confira a descrição das vagas a seguir

Auxiliar Serviços Gerais de Campo – Atuar na operação realizando o plantio e irrigação das mudas de eucalipto no interior dos talhões, dentro do padrão de qualidade e segurança. Quando necessário, realizar alguns ajustes na cova de plantio para garantir melhor desenvolvimento das mudas e realizar atividades de desentubetamento e manuseio de caixas de mudas em campo.

Operador Equipamentos e Maquinas I – Operação de tratores e implementos agrícolas, realizando atividades pertinentes ao processo de produção de mudas e formação de florestas, garantindo que as operações sejam executadas seguindo padrões de segurança, qualidade, eficiência e produtividade, atendendo o planejamento operacional.

Motorista de Caminhão Pipa – Transportar cargas diversas, dirigindo veículos leves e caminhões não articulados com segurança, respeitando as leis de trânsito e procedimentos para esta operação, assim como zelar pelas condições gerais do veículo, visando atender as demandas dos processos operacionais.

Técnico de Operações Florestais – Contribuir com as atividades de silvicultura, dando suporte aos supervisores, através do acompanhamento e controle das atividades desenvolvidas no campo, atuando de forma autônoma, visando controle e melhoria contínua dos processos.

Serviço

Mutirão de recrutamento MS Florestal
Data: 22 de fevereiro – sábado
Local: Centro da Juventude, localizado na rua Getúlio Vargas, S/N, Itapura (SP). 
Horário: 9h às 13h. 

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com.br

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Escassez de mão de obra qualificada é risco para o Brasil

O setor privado deve atuar em sintonia com o poder público para apontar tendências e atender às novas demandas

*Artigo de Beto Abreu

O debate econômico em torno de juros básicos, agenda fiscal e PIB busca resolver um déficit relevante, além de lidar com um Orçamento público engessado e um crescimento em boa direção, porém limitado. É uma discussão importante. Contudo outros fatores igualmente decisivos para o futuro do Brasil não recebem a devida atenção: a educação e a capacitação da mão de obra.

A qualidade e a disponibilidade da nossa mão de obra não sustentarão um crescimento robusto e continuado. Novos investimentos enfrentam dificuldades para contratar profissionais habilitados. Algumas especialidades técnicas essenciais chegam a ser mais bem remuneradas que carreiras de nível superior, não pela complexidade, mas pela falta de profissionais capacitados.

A produtividade é outro desafio. Segundo o ranking da Organização Internacional do Trabalho de 2023, o Brasil ocupa a 95ª posição entre 189 países em PIB por hora trabalhada. O profissional brasileiro gera, em média, US$ 17 por hora, menos que Argentina (US$ 27), México (US$ 20) e Chile (US$ 29), países em estágio de desenvolvimento semelhante.

Felizmente há esforços para mudar esse cenário. O Sistema S, entidades de classe, ONGs, iniciativa privada e governos específicos têm atuado na capacitação profissional. Em Mato Grosso do Sul, Sesi e Senai se juntaram à Suzano para treinar trabalhadores em Ribas do Rio Pardo, onde investimos mais de R$ 20 bilhões na maior linha única de produção de celulose do mundo.

No mesmo município, com pouco mais de 20 mil habitantes e localizado a cerca de 100 quilômetros de Campo Grande, está em construção um Centro Integrado Sesi Senai. Com previsão de estar pronto neste ano, atenderá a mais de 2,1 mil alunos(as), da educação básica ao ensino profissionalizante, formando talentos para o futuro da região.

Capacitar brasileiros e brasileiras para a nova realidade profissional torna-se ainda mais desafiador diante da crescente demanda por qualificações avançadas. Inteligência artificial, automação e digitalização são competências que se expandem em todos os setores. A disponibilidade de mão de obra capacitada será fator cada vez mais determinante para a competitividade.

Países que buscam ser referência em mão de obra qualificada têm mitigado a escassez investindo na formação e atração de talentos estrangeiros. O Brasil, com uma população numerosa, pode e deve aprimorar sua formação.

Embora o desemprego esteja baixo, a informalidade segue alta: são mais de 40 milhões de pessoas nessas condições, segundo o IBGE. Além disso, há 54 milhões de beneficiários do Bolsa Família, muitos sem emprego formal. É um número expressivo, que deve ser olhado com atenção, pois, no curto prazo, é possível requalificar e recolocar parcela dessa mão de obra, reduzindo a informalidade e tornando os programas sociais um trampolim para novas oportunidades.

Aprimorar a educação básica, introduzindo habilidades necessárias à nova realidade tecnológica, também é crucial. O setor privado deve atuar em sintonia com o poder público para apontar tendências e atender às novas demandas.

Apesar dos avanços pontuais, o Brasil segue estagnado na formação de jovens. No Pisa, aparecemos nas últimas posições entre 81 países, com avanços mínimos entre 2018 e 2022. Em matemática, passamos da 71ª para a 65ª posição; em leitura, da 57ª para a 52ª; e em ciências, da 64ª para a 62ª.

Estamos há anos nessa condição, sem tração no ritmo necessário e correndo o risco de ficarmos para trás na corrida tecnológica e econômica. Acelerar novas diretrizes, políticas e investimentos voltados à educação e à capacitação é condição indispensável para que o Brasil seja mais inclusivo e menos desigual. O avanço tecnológico, diante da escassez de profissionais qualificados, é um alerta crítico para o crescimento do país.


*Beto Abreu é presidente da Suzano.

Artigo publicado em O Globo em 04/02/2025.

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MS – “Vale da Celulose”: uma história de sucesso econômico e alguns alertas preocupantes

*Artigo de Celso Foelkel

Produção resultante do diálogo construtivo via WhatsApp entre: Ari da Silva Medeiros; Celso Foelkel; Clóvis Zimmer; Hans-Jurgen Kleine; José Artêmio Totti & Victório Menegotto.

Capítulo 1: Brasil – Um plano econômico setorial que deu muito certo

No início dos anos 1970’s, a produção total e anual de celulose pelas fábricas brasileiras atingia pouco mais de um milhão de toneladas, enquanto as importações desse item pelo país eram mínimas (0,1 milhão/ano). A produção de papel também era discretíssima (1,2 milhão toneladas/ano e importação de 0,2). Na época, o governo federal do Brasil entendeu que os estímulos oferecidos para a produção de florestas plantadas através de seu PIFR – Programa de Incentivos Fiscais ao Reflorestamento (lançado em 1966) precisavam encontrar setores de sucesso garantido para absorção das madeiras que já estavam começando a surgir para consumo. Com muita criatividade e avaliações de potencialidades, o setor de celulose e papel foi um dos setores industriais contemplados para um programa nacional de expansão através do 1º PNPC – Programa Nacional de Papel e Celulose, que surgiu em 1974 como parte do 1º PND – Plano Nacional de Desenvolvimento. O PNPC buscou integrar e estimular investimentos de empresas nacionais e internacionais (Suécia, Japão, Estados Unidos etc.) para alavancar o desenvolvimento do setor brasileiro de celulose e papel, tendo importante apoio do BNDE (atual BNDES) com financiamentos favorecidos. Os focos principais foram dois: conquistar a autossuficiência para que o País não mais necessitasse importar esses produtos e gerar um ambicioso excedente para exportação de celulose (e mesmo de papéis), que no final do século XX pudesse representar 20 milhões de toneladas anuais desses produtos. Mesmo com a criação de um programa nacional para se estimular a produção, consumo interno e exportações, tanto de celulose como de papel, as realidades foram diferentes para esses dois tipos de produtos. O setor de celulose acabou conquistando um desenvolvimento admirado no mundo todo, enquanto o setor de papel cresceu em menor escala, com orientação maior aos mercados domésticos. No ano 2000, a produção brasileira de papéis atingia 7 milhões de toneladas, com forte participação de fibras recicladas para fabricação de papéis de embalagens, impressão e sanitários. Já 1 no ano 2022, a produção de todos os tipos de papéis no País chegou a 11 milhões de toneladas, sendo que desse total, 2,5 milhões foram exportadas. As diferenças de comportamento entre as produções de papel e celulose se devem a fatores mercadológicos e logísticos, burocracias tributárias, dimensão de mercados, legislações, incentivos, licenciamentos e taxa de câmbio. Apesar do sucesso do programa e dos desdobramentos que surgiram ao longo de cinco décadas, a ambiciosa meta inicial não foi atingida, mas o Brasil cresceu e muito, tendo se tornado o segundo maior produtor mundial de celulose, alcançando já em 2022 uma produção de 25 milhões de toneladas de celulose, tanto para produção de papéis como para produtos derivados de celulose (polpas para dissolução). Cresceu em menor escala a produção de papéis, mas ainda assim se atingiram níveis de exportações competitivas e significativas de alguns de seus tipos (impressão e embalagens). Agora, é mais do que certo admitir que a produção anual de celulose do País atingirá em curtíssimo tempo mais de 30 milhões de toneladas, sendo que as florestas plantadas de eucalipto continuarão sendo a principal fonte de matéria-prima fibrosa. Já as expectativas para a produção de papel se concentram atualmente no rápido crescimento da produção, do consumo interno e da exportação de papéis sanitários, uma vez que as projeções para os papéis de impressão são menos estimulantes.

Capítulo 2: Mato Grosso do Sul – A nova fronteira celulósica brasileira

A partir de 2005, com a escassez de madeira em estados como São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Minas Gerais, o setor de celulose e papel se lembrou das florestas plantadas de eucalipto no estado do Mato Grosso do Sul pela antiga empresa denominada Chamflora (subsidiária da Champion em Três Lagoas), que acontecera durante os anos 1980’s e principalmente 1990’s. O empresa norteamericana International Paper, que recém adquirira a Champion International e consequentemente a Chamflora, tomou a decisão de construir uma planta industrial de papel e celulose justamente no município de Três Lagoas/MS, iniciando assim um novo ciclo econômico e de novas fronteiras geográficas para a produção de C&P no Brasil. Entre negociações envolvendo fábricas e investidores, essa fábrica acabou sendo inicialmente construída pela VCP (Votorantim Celulose e Papel, atualmente Suzano). Surgia assim no Mato Grosso do Sul, poucos anos mais tarde (2009), a primeira linha de fabricação de celulose branqueada de eucalipto para mercado, integrando parte de sua produção para fabricação de papel por uma fábrica interligada da International Paper do Brasil (atualmente Sylvamo). Essa história de crescimento se deve muito à empresa Fibria, que sucedeu a VCP/Aracruz em 2009. A linha de produção de celulose da Fibria em Três Lagoas se demonstrou como uma das mais competitivas da empresa em custos unitários e isso alavancou a ampliação da fábrica (2017) e despertou o interesse de outros atores para atuar na região. A empresa Suzano, que sucedeu a 2 Fibria com a fusão/aquisição em 2018, tem mantido interesse e foco para o crescimento de sua atuação no MS. A oportunidade encontrada pelo setor de produção de celulose em Três Lagoas iniciou todo um processo de expansão desse segmento industrial na região nordeste do estado do Mato Grosso do Sul. Graças aos favorecimentos oferecidos pelos governos municipais e estadual no MS, a partir de 2010, o crescimento de produção de celulose subiu exponencialmente, sendo que em pouco mais de 15 anos a produção aumentou praticamente 8 vezes desde a fábrica original da Fibria em 2009. E as perspectivas são de aumentos ainda maiores em curto espaço de tempo. Em 2028, o estado do MS deterá quase 40% de toda a produção brasileira de celulose, sendo que ao final da década essa participação poderá ser ainda maior em função de dois potenciais novos projetos sendo estudados e anunciados.

Capítulo 3: “Vale da Celulose” – Um sucesso empresarial e uma preocupação inquietante

O MS é um estado brasileiro jovem e dinâmico, cujos governantes (atual e predecessores) apostaram na simplicidade administrativa e na busca de investimentos para a fortaleza maior do estado: o agronegócio. Em termos de culturas anuais e produtos derivados da zootecnia, a área ocupada pelo agronegócio com soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, trigo e carnes chega a atingir quase 8 milhões de hectares. Esse crescimento tem sido conseguido em um ritmo até certo ponto alucinante, difícil de ser encontrado em outros estados brasileiros. Outro setor com crescimento muito rápido tem sido o da silvicultura, com quase 1,5 milhões de hectares de florestas plantadas, principalmente com eucaliptos. O estímulo a todo esse crescimento tem sido conseguido com menos burocracia, mais dinamismo e garantias de credibilidade aos investidores. O estado encontrou em treze municípios de sua região nordeste um local ideal para que a silvicultura ocupasse terras de baixos preços, topografias que permitem intensa mecanização e escoamento da produção via ferroviária, fluvial e rodoviária. Os municípios que vêm sendo alvo dos investimentos em plantações florestais e construção concomitante de fábricas de celulose/papel ficam próximos à capital do estado (Campo Grande) e possuem uma área total de aproximadamente 8 milhões de hectares. Como vantagem adicional, fazem parte da bacia hidrográfica do grande e majestoso Rio Paraná, sendo que diversas dessas municipalidades margeiam esse rio. Em função do crescimento rápido e das potencialidades da região, ela foi denominada de “Vale da Celulose”, abrangendo os seguintes municípios: Três Lagoas, Selvíria, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Inocência, Bataguassu, Paranaíba, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Cassilândia, Aparecida do Taboado e Anaurilândia. Admitindo o potencial de crescimento na produção de celulose para os próximos anos, a região vai necessitar de aproximadamente 2 milhões de hectares (ou ainda mais) de plantações de eucaliptos para abastecer todas as atuais e possivelmente 3 novas unidades produtivas. Isso corresponderá a 20% de toda a área geográfica do “Vale da Celulose” sendo ocupada pelas efetivas plantações florestais de eucalipto, lembrando ainda que as fábricas de celulose devem também destinar áreas para garantir a qualidade ambiental das plantações em formato de mosaicos sustentáveis. Muito possivelmente, as áreas geográficas de algumas dessas cidades terão acima de 50 a 60% com ocupações pela silvicultura. Ou seja, uma concentração geográfica inusitada e preocupante para uma concentração genética igualmente inquietante em função de ser matéria-prima florestal de um único gênero de árvores e adicionalmente, de clones. Além disso, essa mesma região continuará a ter áreas ocupadas por outras atividades produtivas dos atuais produtos do agronegócio. Apesar do regime de chuvas e da qualidade dos solos representarem deficiências a serem gerenciadas e enfrentadas, o setor brasileiro de C&P tem aceitado esses desafios em função da rapidez decisória para liberação dos empreendimentos florestais e industriais, bem como por incentivos atrativos oferecidos pelo estado e municípios. Em resumo: além de uma produção já elevada no momento (cerca de 8 milhões de toneladas de celulose e papel), diversos megaprojetos de novas empresas ou duplicações de linhas existentes estão em construção e outros, em processos de avaliação e estudos de liberação.

Capítulo 4: Algumas verdades inconvenientes

Não existem dúvidas de que as empresas que estão hoje atuando ou interessadas em atuar no “Vale da Celulose” do MS são empresas responsáveis e dotadas de excelentes qualidades e desempenhos florestais e industriais, bem como de comprovadas responsabilidades socioambientais. Todas possuem certificações de manejo florestal sustentável e de adequação dos seus sistemas de gestão ambiental de acordo com os mais rígidos critérios disponíveis. Também temos certeza de que as fábricas de celulose e/ou papel serão construídas no estado-da-arte tecnológico. Ainda que isso tudo seja verdadeiro e que se somem a isso, todos os esforços que as empresas colocarão para o sucesso de seus negócios e de suas operações florestais e industriais, existem algumas verdades inquestionáveis que nos levam, a colocar alguns sinais de alerta para que essas operações possam se consolidar dentro de requisitos de segurança socioambiental e de sucesso empresarial. O objetivo desse artigo de opinião é o de oferecer alguns pontos para reflexão (e ações subsequentes) por parte de todos os atores envolvidos nesse processo de crescimento da base florestal plantada e da produção de celulose no “Vale da Celulose” do estado do Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo é o de estimular a que tanto as empresas produtoras de florestas e de celulose/papel, como comunidades e governos se estruturem e tomem ações de monitoramento e de prevenção para algumas fragilidades trazidas por esse modelo de 4 crescimento rápido e concentrado. Tudo isso acontecendo em uma região de dimensões restritas em relação à velocidade desse crescimento.

Alertas a serem gerenciados com muita dedicação e de forma integrada e transparente: “O problema de um pode subitamente virar o problema de todos”

1. Excessiva concentração geográfica de uma base genética restrita de mesmo tipo de vegetal clonado, oferecendo como consequência um aumento de riscos de ataques de pragas e doenças. É inquestionável que a base genética dos clones de eucalipto é muito restrita e necessita tanto de atenção, de adequado manejo e distribuição espacial, bem como de uma diversificação maior com a utilização de outras espécies ou gêneros, seja para produção de celulose ou geração de energia (Corymbia, Acacia, Mimosa, Bambusa, por exemplo). Não existem estudos claros e tampouco legislação pertinente em relação a concentrações geográficas e genéticas de um mesmo gênero florestal e de seus clones com genomas iguais ou muito próximos. Como recomendação adicional, sugere-se ênfase em estudos científicos para melhorar as distribuições de florestas clonais de eucaliptos dentro de cada e entre as empresas atuando na mesma área geográfica.

2. Conflitos pelo uso da água, resultantes de: chuvas escassas, alterações climáticas, outros tipos de usuários do agronegócio e comunidades etc.

3. Riscos de surgimento e com propagação de difícil controle de mega incêndios florestais em função das proximidades das florestas.

4. Crescimento populacional desequilibrado ou fora de controle nas comunidades (e suas consequências).

5. Enorme crescimento na utilização das malhas viárias (estradas, rios, e etc).

6. Escassez na oferta de recursos humanos em termos de qualificação profissional para as empresas. Em resumo, já está mais do que na hora de se iniciarem as ações mitigadoras e os planejamentos proativos para um futuro imediato.

“Boa sorte e sucessos nas medidas que vierem a adotar graças a projetos integrados, compartilhados e com muita transparência entre os atores envolvidos e nas comunicações com as partes interessadas da sociedade.”


*Prof. Celso Foelkel é gerador e compartilhador de conhecimentos sobre aspectos tecnológicos do setor de celulose e papel e florestas plantadas. Websites: https://www.eucalyptus.com.br/ e https://www.celso-foelkel.com.br/.

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