PÁGINA BLOG
Featured Image

CADE aprova compra da fatia da Paper Excellence na Eldorado pela J&F

A J&F realizou o pagamento à vista de R$ 15 bilhões para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou sem restrições a compra pela J&F da participação antes detida pela Paper Excellence na Eldorado Celulose. O acordo, que colocou fim a uma briga entre as partes que se estendia desde 2018, foi firmado no mês passado.

A J&F realizou o pagamento à vista de R$ 15 bilhões para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence.

A medida encerrou todas as ações judiciais e arbitrais em curso referentes ao caso, no Brasil e no exterior.

O negócio de venda da Eldorado Brasil Celulose começou em 2017 com uma transação amigável entre o grupo brasileiro J&F e o indonésio Paper Excellence, mas no ano seguinte se tornou uma bilionária disputa corporativa que só terminou em 15 de maio.

O cerne da disputa envolveu a validade do contrato de compra e venda e a transferência do controle acionário da Eldorado.

Várias decisões judiciais e arbitrais foram proferidas ao longo dos anos, com resultados diferentes.

A Paper Excellence buscou judicialmente a concretização da compra, enquanto a J&F tentou anular o acordo.

Informações: InfoMoney.

Featured Image

MS Florestal realiza mutirão de contratações em Nova Alvorada do Sul

Empresa especializada em silvicultura busca profissionais para diversas funções e atendimentos acontecem ainda nesta semana

Mato Grosso do Sul, junho de 2025 – Em um movimento que promete aquecer o mercado de trabalho local, a MS Florestal promove nesta semana um mutirão de contratações em Nova Alvorada do Sul. A iniciativa visa preencher diversas vagas abertas na empresa, que está em plena expansão de suas operações na região e busca reforçar seu quadro de colaboradores com profissionais de diferentes perfis e qualificações.

As entrevistas acontecem na Rua Antônio Carlos Barbosa, nº 1195, Anexo da Assistência Social, durante as manhãs de quarta-feira, dia 4, e quinta-feira, dia 5 de junho, com distribuição de senhas das 7h às 10h, no horário local. Já na sexta-feira, dia 6, o espaço será destinado exclusivamente à realização dos exames admissionais dos candidatos aprovados.

As oportunidades são para quem deseja atuar como auxiliar de campo, executando atividades operacionais essenciais para o plantio e a manutenção das florestas; motorista, responsável pelo transporte de materiais, mas especificamente de água em caminhão pipa; operador de máquinas, com atuação direta na condução de maquinário pesado e manejo do solo; técnico de operações, para execução e monitoramento de atividades técnicas nas áreas florestais; e mecânico, responsável pela manutenção preventiva e corretiva dos veículos e equipamentos da companhia.

Os contratados contarão com uma série de benefícios, como plano de saúde, plano odontológico, acesso ao Wellhub — plataforma de bem-estar e atividades físicas —, auxílio farmácia, seguro de vida, transporte fretado, vale-alimentação e refeição fornecida pela empresa.

Serviço

O quê? Ação de Recrutamento e Seleção da MS Florestal em Nova Alvorada do Sul

Quando? 04 e 05 de junho (quarta e quinta-feira), 7h às 10h, no horário local.

Onde? Rua Antônio Carlos Barbosa, 1195, anexo da Secretaria de Assistência Social.

Como? Levar currículo para contratação de auxiliar de campo, motorista, operador ou operadora de máquinas, técnico de operações florestais e mecânico.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

Featured Image

Expedição de papelão ondulado totaliza 340.025 toneladas em abril de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO)caiu 3,6% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 151,4 pontos(2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançoude 340.025 toneladas no mês. Apesar da queda, esse é o segundo maior volume expedido, entreos meses de abril, ficando atrás apenas de 2024 (352.862 ton.).

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.168 toneladas, uma alta de 4,4% na comparaçãointeranual, em que abril de 2025 registrou dois dias úteis a menos do que em 2024 (24×26 diasúteis).

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de abril registrou alta de 0,6% no IBPO,
para 158,0 pontos, equivalentes a 353.976 toneladas. Na mesma métrica, a expedição por dia útil
foi de 14.749, uma alta de 4,7% na comparação com o mês anterior.


Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato
com empapel@empapel.org.br.

Elaboração FGV IBRE.

Featured Image

Um novo ciclo de inovações, a rota para o Brasil liderar as mudanças do Sistema Alimentar Global

Acordo Banco Mundial e Instituto Fórum do Futura sela esta meta

São Paulo – O Brasil já domina avançadas tecnologias de produção que oferecem um alimento mais nutritivo, mais saudável, produzido com menos insumos químicos, com maior resistência às mudanças climáticas, impacto mínimo sobre a natureza e custo de produção inferiores aos de métodos convencionais – o que pode significar um preço menor para o consumidor. Esta constatação motivou o Banco Mundial e o Fórum do Futuro a organizarem, em 25 de junho, em Washington, o Workshop “A Liderança do Brasil nas Transformações do Sistema Alimentar Global”.

Para encaminhar este debate, as duas instituições criaram um grupo de reflexão e proposição envolvendo perto de 200 colaboradores, cujos principais representantes estarão reunidos, a partir de amanhã, em São Paulo, para estruturar o Planejamento Estratégico dessa missão. Serão discutidas quatro temáticas principais. Na FIESP, amanhã, a conceituação, a institucionalização e o reconhecimento pela cidadania urbana do papel revolucionário da Agricultura Tropical Regenerativa. Na sexta-feira, no auditório do Banco do Brasil da Avenida Paulista, os temas: Inteligência Artificial e Soberania, Autodeterminação e Gestão segura de dados do Agro Tropical; Comunicação Estratégica, a conversão de Ciência e Tecnologia em causa do interesse da humanidade; e Inclusão Social, Digital e Tecnológica de produtores rurais tropicais.

UM NOVO CICLO DE INOVAÇÕES

Os eventos foram inspirados pelo Professor Roberto Rodrigues, Presidente do Conselho Consultivo do Fórum do Futuro. Para o Presidente da Instituição, Paulo Afonso Romano, “trata-se de um marco na proposta do criador do Agro Tropical e do Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli, que preconizava a necessidade de iniciarmos um novo ciclo de transformações na cadeia produtiva do alimento”. Cesar Borges de Sousa, CEO do Fórum do Futuro e liderança empresarial em inovações tecnológicas para o setor, afirma: “o Brasil é capaz de mais do que dobrar a produção de alimentos sem derrubar uma única árvore, mas o mundo não sabe disso”.

Nos eventos de São Paulo, será apresentada também a nova Diretora Administrativa e Financeira do Fórum do Futuro, Nathalia Borges Pires, também sócia da Falconi Consultoria, substituindo Rodrigo Rodrigues, um dos mais reputados consultores do Agro brasileiro. Nathalia chega ao Fórum com a missão de organizar as bases da gestão de um Think Tank que tem o propósito de representar o Agro sustentável do Brasil em escala global. E, claro, de rejuvenescer os quadros do Instituto e de ampliar a participação feminina.

SERVIÇO

Seminário “Brasil, Muito Além da Porteira”

Acesso eletrônico – https://www.forumdofuturo.org/evento

EVENTO FIESP/ Agricultura Tropical Regenerativa

Quinta-feira, 05 de junho, das 9.00h às 18.00h

EVENTO BANCO DO BRASIL

Sexta-Feira, 06 de junho, das 8.30h às 12.30h

Featured Image

Exclusiva – Salvar as florestas começa nos viveiros: setor de sementes e mudas nativas pede atenção para atender demanda gigante

Bilhões em investimentos e metas ambiciosas contrastam com a crise do setor produtor de sementes e mudas nativas, que pode inviabilizar o futuro da restauração florestal brasileira

O Brasil se encontra em um paradoxo quando o assunto é restauração florestal. Enquanto grandes empresas anunciam vultosos investimentos privados para a recuperação de milhões de hectares de florestas nativas nas próximas décadas, e o país se compromete com ambiciosas metas no Acordo de Paris, o setor produtor de sementes e mudas nativas enfrenta um período de baixa demanda preocupante, ameaçando a viabilidade de um pilar essencial para o cumprimento desses objetivos.

Os anúncios de investimentos privados em restauração já somam a impressionante marca de 6 milhões de hectares. Esse volume, aliado à meta brasileira de 12 milhões de hectares a serem restaurados até 2030, conforme o Acordo de Paris, projeta uma demanda por mudas nativas na casa dos bilhões de unidades e milhões de toneladas de sementes. Um cenário que, à primeira vista, indicaria um boom para o setor.

Nativas Brasil alerta para o descompasso

A Nativas Brasil – Associação Brasileira dos Produtores de Sementes e Mudas Nativas, que em apenas quatro anos já congrega mais de uma centena de produtores de todos os biomas do país, tem atuado para fortalecer seus associados, buscando aprimorar a qualidade e a capacidade de entrega de mudas e sementes. No entanto, o esforço da associação esbarra na falta de compreensão, valorização e apoio ao setor. “É fundamental que os compradores de sementes e mudas entendam as particularidades dessa atividade produtiva – cada espécie tem sua época de frutificação, seu tempo de germinação e de produção – reconheçam os riscos enfrentados pelos produtores e planejem suas compras com a antecedência necessária”, afirma Rodrigo Ciriello presidente da Nativas Brasil, e sócio-diretor da Futuro Florestal.

A urgência é real: para atender a apenas 30% da meta brasileira de 12 milhões de hectares, a produção atual dos viveiros precisaria ser multiplicada por quatro. Isso demonstra o abismo entre a capacidade de oferta existente e a demanda projetada para as metas públicas e privadas de restauração.

Crise no campo: produtores consideram mudar de ramo

De forma alarmante, o primeiro trimestre de 2025 tem sido marcado por uma baixíssima demanda por sementes e mudas nativas. A situação é tão crítica que associados da Nativas Brasil estão ponderando deixar a atividade para se dedicar à produção de mudas de espécies exóticas, como eucalipto, cuja demanda é garantida pela indústria de celulose e outras finalidades, e alguns fechando definitivamente sua atividade produtiva no setor, alguns associados da Nativas Brasil se desligaram da entidade entre 2023 e 2025 justamente por este motivo.

Essa tendência, caso se consolide, representaria um golpe duro para a restauração florestal no Brasil. “O país não pode abrir mão de um único produtor”, ressalta Ciriello. Pelo contrário, o número de produtores precisa crescer. Contudo, a realidade dos últimos dez anos aponta para o encolhimento da base de produção de mudas nativas, com o fechamento de diversos viveiros que não conseguiram suportar a falta de apoio financeiro e a pressão econômica.

O futuro da restauração florestal no Brasil, apesar dos ambiciosos planos, depende intrinsecamente da capacidade de o país valorizar, apoiar e sustentar o setor produtor de sementes e mudas nativas. Sem ele, os bilhões de investimentos e as metas de reflorestamento podem se tornar apenas números em papel.

Inovação e sustentabilidade impulsionam produção de mudas nativas

A restauração florestal no Brasil está ganhando um novo impulso com a adoção de tecnologias inovadoras. O uso de recipientes biodegradáveis de papel é uma das principais inovações, facilitando a produção, transporte e plantio de mudas, além de eliminar a necessidade de logística reversa de plásticos e reduzir o impacto ambiental.

Embora tecnologias como automação e sistemas de gestão sejam mais comuns na indústria de eucalipto, o setor de mudas nativas está buscando adaptações para atender à sua diversidade biológica. A Nativas Brasil, por exemplo, está em contato com fornecedores de software para adequar essas soluções às necessidades das espécies nativas. Além disso, o uso de microrganismos, bioinsumos e fertilizantes de liberação lenta também contribui para o desenvolvimento e resistência das mudas.

Tubetes em papel biodegradável.

Para que essas inovações atinjam todo o seu potencial, é crucial que o setor de produção de sementes e mudas nativas receba mais reconhecimento e investimento em pesquisa. “Esta realidade vai mudar à medida em que o setor for sendo reconhecido e valorizado. Quanto investimento há para pesquisa e inovação no setor de produção de sementes e mudas nativas?”, questiona Ciriello.

Sementes do Amanhã: biodiversidade e diversidade genética para a restauração

Um novo projeto, “Sementes do Amanhã”, surge para elevar a qualidade das restaurações florestais no Brasil. A iniciativa focará no plantio de matrizes de diversas espécies nativas de cada bioma onde se localizam seus associados para melhorar os bancos de produção de sementes nativas, garantindo maior oferta, rastreabilidade e, principalmente, enriquecendo a diversidade genética do material produzido com o foco em gerar “florestas viáveis”.

Atualmente, a falta de regulação e o alto custo levam ao uso de poucas espécies e baixa diversidade genética, o que é um risco para as futuras florestas restauradas. O projeto busca viabilizar o trabalho dos produtores, oferecendo mudas nativas de alta qualidade sem elevar custos, e propõe a abertura de novos mercados para espécies nativas (paisagismo, arborização urbana, silvicultura de nativas, agroflorestas etc).

A Nativas Brasil, à frente da iniciativa, pretende melhorar a qualidade genética das sementes e mudas e reduzir os custos de produção, especialmente na coleta, que hoje é um gargalo. “O projeto está em fase de desenvolvimento. Em breve a Nativas Brasil vai começar a captar recursos para o Sementes do Amanhã”, informa Ciriello.

Em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), a Nativas Brasil realizará uma aula aberta do Curso de Capacitação para Produtores de Sementes e Mudas Nativas. O tema central será o Projeto Sementes do Amanhã, apresentado pelo Prof. Antonio Higa, especialista e consultor do projeto. A aula também contará com falas sobre biodiversidade e produção sustentável com a viveirista Marina Figueira de Mello, além de estudos de caso sobre pomares nativos, como o Programa Arboretum (com Viviane Barazetti) e o projeto ProMudasRio, apresentado pela vice-presidente Bárbara Pellegrini. Para participar é só inscrever-se aqui.

Sobre a Nativas Brasil

Nativas Brasil é uma organização que reúne e representa os produtores de sementes e mudas de espécies vegetais nativas dos biomas brasileiros e que se dedica à ampliação dessa rede – a base da cadeia da restauração ecológica e produtiva, como a silvicultura de nativas. Criada em 2021, tem como objetivo organizar o setor fortalecê-lo, ampliar a oferta de espécies nativas de alta qualidade e diversidade. Objetiva, também, promover o diálogo e dar voz às necessidades e aos posicionamentos desse coletivo nos fóruns de representação existentes nas três esferas de governo, assim como perante a iniciativa privada nacional e internacional. Tem como meta, valorizar as florestas brasileiras, com toda a diversidade que encerram, não só preservando, mas criando meios para restaurar áreas degradadas com espécies nativas, seja com viés ecológico, econômico, ou até com o misto entre esses dois formatos, possamos regenerar as paisagens degradadas pelo homem, trazendo de volta a beleza cênica e a recuperação dos ecossistemas. Com as florestas que ajudamos a restaurar aprendemos que a colaboração é a chave do negócio.

Associados Nativas Brasil, no 1º Encontro Nacional da Nativas Brasil, no Legado das Águas, reserva privada de Mata Atlântica mantida pela Reservas Votorantim.

Para mais informações acesse www.nativasbrasil.org.br ou envie e-mail para contato@nativasbrasil.org.br.

Siga nas redes sociais:

Instagram – @assoc_nativasbrasil

LinkedIn – Nativas Brasil

Facebook – Nativas Brasil

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Vespa-da-madeira ameaça florestas de pinus e movimentaação conjunta de pesquisadores e produtores

Praga silenciosa, que pode causar prejuízos de até 53 milhões de dólares por ano, será tema de curso promovido pela APRE Florestas e Embrapa Florestas no dia 6 de junho

A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é considerada uma das principais pragas em plantios de pinus no Brasil. Capaz de provocar prejuízos severos,  estimados em até 53 milhões de dólares anuais, a praga compromete a qualidade da madeira e afeta diretamente a produtividade.

Com o objetivo de ampliar o conhecimento técnico e prático sobre a vespa-da-madeira, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) e Embrapa Florestas promovem, no dia 6 de junho, um curso de controle da vespa-da-madeira,  aberto para associados e público em geral. Os pesquisadores Susete Penteado e Paulo Pereira, da Embrapa Florestas, vão ministrar o curso, abordando estratégias de prevenção, monitoramento e controle biológico.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, destaca a importância do curso: “Sabemos que a vespa-da-madeira representa uma ameaça significativa para os plantios de pinus. Por isso, reunir conhecimento técnico, trocar experiências e disseminar boas práticas é fundamental”, aponta.

O objetivo do curso é capacitar os profissionais do setor e promover as estratégias mais eficazes no combate à praga. Realizado de forma presencial, o encontro trará assuntos como prevenção, monitoramento e controle. Além disso, os participantes também vão aprender a diferenciar a a Sirex noctilio da nova praga, Sirex obesus, detectada pela primeira no Brasil em 2023, no Estado de São Paulo.. O encontro também prevê a parte prática, em campo, para reconhecimento dos sintomas de ataque e aplicação do nematoide, que é a estratégia de controle biológico.

Controle biológico é principal aliado

Segundo especialistas, árvores estressadas são as mais suscetíveis aos ataques. Entre os principais sintomas, estão os respingos de resina causados pelas perfurações para a postura de ovos, o amarelamento das copas, orifícios visíveis na casca, manchas azuladas no interior da madeira e galerias provocadas pelas larvas.

Para prevenir o ataque, o manejo adequado é indispensável. Isso inclui desde a retirada de árvores mortas ou danificadas até o uso de árvores-armadilha. Além da prevenção, o uso do Nematec (nematoide Deladenus siricidicola), desenvolvido pela Embrapa Florestas, tem se destacado como a estratégia mais eficaz de controle.

A pesquisadora da Embrapa Florestas, Susete Penteado, explica que “esse nematoide possui uma fase de vida parasitária. Quando entra em contato com a larva da vespa, ele se multiplica dentro do corpo do inseto, penetra nos ovos e esteriliza as fêmeas. Dessa forma, além de reduzir diretamente a população, também impede a proliferação da praga”, detalha.

Produzidos pela Embrapa e distribuído pelo Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), o Nematec está  disponível aos produtores no período de março a agosto, época recomendada para o controle da praga. No Paraná, a APRE Florestas, entidade que representa as empresas do setor florestal no Paraná, é responsável por receber os pedidos dos produtores e enviá-los à Embrapa Florestas

De acordo com a Embrapa, o uso correto das estratégias de controle pode reduzir em até 70% os prejuízos causados pela praga. Isso reforça a urgência de ações coordenadas entre pesquisa, setor produtivo e políticas públicas para mitigar os danos e proteger as florestas plantadas — um dos pilares da economia florestal brasileira.

Para fazer a inscrição, basta preencher o formulário: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


SERVIÇO
Curso Vespa-da-madeira
Data: 6 de junho
Local: Berneck (Fazenda dos Álamos – Lapa PR)
Valores: R$ 150,00 (associados) e R$ 250,00 (não-associados)
Inscrições: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


Sobre a APRE Florestas
A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

Informações à Imprensa:
Talk Comunicação

Ana Carvalho
(48) 99109-7072
anacarvalho@talkcomunicacao.com.br

Featured Image

Saiba como é a norma da União Europeia sobre preservação e floresta

Regulamentação estabelece que nenhum produto comercializado no bloco venha de áreas desmatadas; Itamaraty diz ser “discriminatória”

A Comissão Europeia divulgou na 5ª feira (22.mai.2025) a lista de países conforme o risco que apresentam para o desmatamento e à produção agrícola global. Tal catálogo classifica todos os países em 3 grupos: baixo risco, risco padrão e alto risco. O Brasil consta como “risco padrão”.

O documento da UE (União Europeia) possui como base a EUDR (European Union Deforestation Regulation ou regulamentação de produtos livres de desmatamento, na tradução livre do inglês), que estabelece regras para que nenhum produto comercializado no continente venha de áreas desmatadas.

A norma, que entrou em vigor em 29 de junho de 2023, se aplica a 7 produtos que a UE considera como principais impulsionadores do desmatamento. Apesar da EUDR constar em vigor desde 2023, a aplicação obrigatória será a partir de 30 de dezembro de 2025 –para grandes empresas– e 30 de junho de 2026 –para micro e pequenos empreendimentos. As commodities visadas são:

  • Gado (Carne, couro e produtos derivados);
  • Cacau (Grão bruto, manteiga de cacau, chocolate);
  • Café (Grãos ou torrado, exclui bebidas prontas ou instantâneas);
  • Dendê (Óleo de Palma, biodiesel, sabão e cosméticos que utilizam o recurso);
  • Borracha (Inclui qualquer produto derivado, como pneus e mangueiras);
  • Soja (Grãos, margarinas, óleos e farinhas);
  • Madeira (Material bruto ou trabalhado, carvão vegetal e móveis).

A regulação da UE seleciona cada um desses produtos e estabelece 3 critérios principais que cada deve cumprir para comercialização no bloco:

  • Livre de desmatamento – o material não deve ser proveniente de nenhuma região florestal convertida para uso agrícola; medida vale para áreas degradadas depois de 31 de dezembro de 2020;
  • Conformidade legal – cada item exportado deve atender à legislação do país de origem, como leis ambientais e de proteção aos nativos indígenas;
  • Declaração de “due diligence” – termo se refere ao documento exigido pelo sistema da EUDR em que constam todas as informações de cada produto, como descrição e provas de que o item não provém de desmatamento.

Caso uma das 7 commodities não cumpra todos os requisitos da EUDR , a empresa que exporta o produto não poderá vender ao bloco e pode ser penalizado com multas proporcionais ao impacto do determinado item no desmatamento.

A lista dos países que representam risco para o desmatamento orienta a UE nos tipos de exigências que serão feitas para cada uma das 3 classificações. Os critérios são:

  • Baixo risco – possuem obrigações simplificadas, não possuem necessidade de realizar avaliação de risco;
  • Risco padrão – precisam enviar a documentação completa quanto às informações do produto e avaliação de riscos;
  • Alto risco – as autoridades europeias realizam inspeções mais rigorosas, como avaliar 9% dos operadores de tais países que exportam à UE.

O Brasil criticou a sua classificação como risco padrão, alegando que a regulação do bloco europeu é “unilateral” e “discriminatória”.

A alegação brasileira leva em consideração a localização dos países de baixo risco, que são, em sua maioria, áreas de florestas temperadas. Estão neste grupo todos os países da União Europeia, Estados Unidos, Canadá, China, Filipinas, Quênia e outros.

A lista, no entanto, considera grande parte dos países de florestas tropicais como risco padrão. O Itamaraty mencionou “estranheza” em tal classificação.

Segundo a EUDR , a classificação dos países considera critérios quantitativos, tais como as taxas de desmatamento da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), e qualitativos, avaliações de governança sobre corrupção e índices sobre níveis político e democrático.

Eis a íntegra da nota do Itamaraty:

“O governo brasileiro recebeu, com preocupação, a publicação pela Comissão Europeia, em 22 de maio, da classificação de risco (“benchmarking”) de países no âmbito da lei antidesmatamento. O Brasil foi classificado na categoria de “risco padrão”, associado a desmatamento.

O governo brasileiro reitera seu posicionamento crítico a respeito da lei antidesmatamento europeia. A legislação, com entrada em vigor prevista para 30 de dezembro de 2025, constitui medida unilateral e discriminatória e desconsidera os esforços nacionais e multilaterais para a preservação de áreas florestais e enfrentamento da mudança do clima. A medida acarreta ônus significativo e desproporcional aos países que praticam a agricultura tropical de maneira responsável e sustentável como Brasil, com impactos ainda maiores para produtores de menor escala.

No que tange especificamente ao processo de classificação de risco conforme figura na lei europeia, prevaleceu a discricionariedade de critérios tanto para avaliação quantitativa quanto qualitativa dos países, com base em período específico (2015-2020). Em especial, é motivo de estranheza que a grande maioria dos países que ainda detêm e preservam as maiores áreas de floresta tropical nativa do planeta tenham sido classificados em categoria de risco superior à de países que praticam agricultura de clima temperado.

A lista publicada, a metodologia e as fontes de dados utilizadas serão examinadas de forma detalhada pelo governo brasileiro. O Brasil continuará insistindo com as autoridades comunitárias a respeito da importância de que seja privilegiado o diálogo e a cooperação, por meio da coordenação e da consulta aos países sobre a especificidade de seus sistemas produtivos, para buscar reduzir as consequências negativas da implementação da lei antidesmatamento e diminuir seu impacto atual e futuro para produtores e exportadores brasileiros.

Brasília, 23 de maio de 2025″.

Informações: Poder360.

Featured Image

Eucalipto se mostra mais rentável que soja em áreas específicas

Eucalipto se mostra mais rentável que soja em áreas específicas

O avanço do setor de celulose em Mato Grosso do Sul está valorizando as terras destinadas ao plantio de eucalipto. Com o arrendamento, o produtor rural pode receber até R$ 1.600 por hectare ao ano, valor que se aproxima do rendimento com soja, mas com exigência menor quanto à fertilidade do solo. Enquanto isso, terras férteis para a soja podem custar até R$ 125 mil por hectare, já as destinadas ao eucalipto variam entre R$ 25 mil e R$ 35 mil.

De acordo com especialistas do setor, empresas como Suzano e Bracell firmam contratos de arrendamento por períodos de sete anos, renováveis por mais sete, com valores que variam conforme a localização e a logística da propriedade. Nas regiões de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, por exemplo, o preço das terras teve forte valorização nos últimos anos, impulsionado pelos novos empreendimentos industriais.

O produtor Francisco Maia, um dos primeiros a apostar na silvicultura em MS, destacou a vantagem de poder adiar a venda do eucalipto até que o mercado ofereça um preço mais atrativo, o que não acontece com culturas como soja ou gado. Já para o diretor da Reflore-MS, Dito Mário, a rentabilidade depende de diversos fatores, como a proximidade com as fábricas, qualidade do solo e área disponível.

Atualmente, o Estado conta com três fábricas de celulose e pode chegar a seis nos próximos anos. Entre os novos investimentos está a fábrica da Arauco, em Inocência, com aporte de US$ 4,6 bilhões, e o projeto da Bracell em Bataguassu, com R$ 16 bilhões em investimento. Para o produtor rural, o cenário é promissor e oferece alternativas rentáveis além das culturas tradicionais.

Informações: Capital News.

Featured Image

Cassilândia recebe representantes da Reflore MS em evento sobre expansão florestal e oportunidades para pequenos produtores

A discussão também abordou o avanço da chamada “Rota da Celulose”, com grandes investimentos já confirmados nos municípios de Inocência, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

A Prefeitura de Cassilândia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, promoveu na noite desta segunda-feira (27) o Happy Hour Empresarial com o tema “Expansão Florestal e Celulose na Costa Leste”.

O evento contou com a presença de representantes da Reflore MS, associação que lidera a articulação do setor florestal em Mato Grosso do Sul, e proporcionou um espaço de diálogo direto entre especialistas e empresários locais, mediado por Diógenes Marques (consultor da Agência de Desenvolvimento da Costa Leste).

Durante o talk show, Júnior Ramires, presidente da Reflore MS, e o vice presidente Moacir Reis esclareceram dúvidas do público e desmistificaram pontos relacionados ao uso do solo para a silvicultura, como o impacto ambiental, a compatibilidade com outras atividades e as possibilidades de arrendamento sustentável. Ambos reforçaram que é possível organizar pequenos produtores em grupos (considerando aspectos geográficos e logísticos) para negociar diretamente com grandes empresas de celulose, ampliando as chances de inserção no mercado florestal.

A discussão também abordou o avanço da chamada “Rota da Celulose”, com grandes investimentos já confirmados nos municípios de Inocência, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que têm ampliado a presença do setor na região e gerado novas oportunidades em toda a cadeia produtiva — do arrendamento de terras à prestação de serviços logísticos, alimentação e manutenção.

Além de promover o desenvolvimento econômico, os palestrantes destacaram que é fundamental garantir que a população local seja beneficiada, por meio da melhoria na qualificação profissional e do fortalecimento do comércio local, incentivando iniciativas que preparem empreendedores, fornecedores e trabalhadores para atender a essa nova demanda.

A mediação do encontro favoreceu perguntas diretas do público, fortalecendo o vínculo entre os produtores, empresários e as lideranças do setor florestal. A Prefeitura de Cassilândia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, buscando caminhos para que grandes investimentos também gerem oportunidades reais para a população local.

Além de representantes de entidades e empresários locais, o evento também recebeu representantes comerciais de empresas de Campo Grande e Paranaíba.

Happy Hour Empresarial e o Desenvolvimento de Cassilândia – Inspirado em eventos do Sebrae com proposta de troca de experiências e fomento a oportunidades regionais como “Café com Negócio”, “Sebrae Conecta” e “Sebrae Talks”, o Happy Hour Empresarial será promovido periodicamente pela SEDEMA (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Cassilândia), sempre convidando especialistas em negócios com foco em apresentar oportunidades de investimentos para empresários que queiram investir em Cassilândia.

Informações: Notícias do Cerrado.

Featured Image

Câmara da Indústria de Base Florestal discute desafios ambientais e regulatórios

FIEMG debate políticas ambientais, o programa 360 e a certificação da madeira tratada

A Câmara da Indústria de Base Florestal da FIEMG se reuniu, no dia 28 de maio, na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, para debater questões fundamentais para o setor florestal e o meio ambiente. O evento contou com a participação de empresários, especialistas e representantes do setor público, com o objetivo de discutir soluções para os desafios enfrentados pela indústria florestal em Minas Gerais.

O Fausto Varela Cançado, presidente da Câmara da Indústria de Base Florestal e do SINDIFER, iniciou os debates destacando a relevância do diálogo entre o setor empresarial e o poder público para promover políticas favoráveis ao desenvolvimento da indústria florestal. Ele também abordou as dificuldades enfrentadas pelas empresas devido a algumas políticas públicas que, segundo ele, podem impactar negativamente a competitividade do setor. “Estamos atravessando uma situação difícil e que continua a se agravar. O setor empresarial tem sido submetido a desafios constantes. A redução da jornada de trabalho, por exemplo, poderia afetar gravemente as empresas, especialmente aquelas que necessitam de maior tempo de operação ou que funcionam em regime de 24 horas”, afirmou Cançado.

O primeiro tema da reunião foi a Conferência Nacional de Meio Ambiente, tema abordado por Nathalia Martins, analista ambientalista da GMA FIEMG. Ela apresentou os avanços das discussões e os desafios das políticas ambientais, ressaltando a importância da conferência para o futuro das regulamentações que afetam o setor florestal. “Na conferência, discutimos mais de 100 propostas, algumas dessas propostas foram priorizadas pelos delegados, e muitas delas foram levadas para análise e priorização pelo governo federal na COP 30. Apesar do caráter predominantemente ambientalista da conferência, a FIEMG trabalhou para equilibrar as propostas, representando os interesses do setor produtivo, e buscando garantir que as propostas que afetam o setor florestal sejam mais equilibradas”, explicou Martins.

Em sequência, a analista destacou a importância do programa 360 da FIEMG, que visa garantir a representatividade da indústria nas audiências públicas, especialmente em questões ambientais. “O programa 360 foi criado para garantir que a voz da indústria fosse ouvida nas audiências públicas, onde historicamente o viés ambientalista dominava as discussões. O programa é voluntário e conta com cerca de 900 participantes, que defendem projetos da indústria, buscando equilibrar as discussões e fortalecer a posição do setor”, explicou Martins.

Ela também ressaltou a relevância da participação da FIEMG nas audiências, como a que discutiu o projeto de alteamento de barragem da Anglo American, fundamental para a continuidade das operações da mineradora e para o desenvolvimento econômico da região.

Seguindo, foi apresentado a Minuta de Deliberação Normativa CERH-MG foi apresentada, discutindo a suspensão e cassação das outorgas de direito de uso de recursos hídricos devido ao não-pagamento da cobrança pela utilização desses recursos. O debate gerou reflexões sobre os impactos dessa medida para a sustentabilidade da indústria florestal e alternativas para garantir o uso responsável da água no setor.

A reunião também abordou a certificação para madeira tratada, com a apresentação do PROMAT, que explicou o processo de certificação desenvolvido em parceria com a ABNT, visando padronizar e garantir a qualidade do produto final.

Informações: Imprensa FIEMG

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S