PÁGINA BLOG
Featured Image

Na potencial aquisição da International Paper pela Suzano, o Itaú BBA é comprador

Banco vê sinergias superando despesas financeiras e calcula que operação pode adicionar R$ 15 por ação da companhia

O interesse da Suzano em comprar a International Paper tomou boa parte dos investidores de surpresa, que reagiram com ceticismo e levaram o papel a perdas de mais de 20% no último mês. Mas a equipe de research do Itaú BBA acredita que o mercado pode estar sendo rigoroso demais com a potencial operação, mesmo que ainda haja pouca informação sobre o negócio. 

“Achamos que a assimetria de risco é positiva, e seríamos compradores ao preço atual”, escreveram o time comandando por Daniel Sasson em relatório distribuído na quinta-feira, 6, a clientes. No pregão anterior, a ação fechou a R$ 48,13. Em maio, quando a oferta da Suzano pela IP foi noticiada, o banco já havia sinalizado que via a operação como positiva. Agora os analistas calculam que, a um múltiplo de 6,5 vezes, a operação poderia adicionar cerca de R$ 15 por ação ao valor de mercado da Suzano. Além da recomendação de compra, o banco tem como preço-alvo R$ 75,  um prêmio de 54% sobre o valor atual. 

A IP opera 23 fábricas de celulose e embalagens e 222 instalações de conversão em todo o mundo, com uma presença significativa na América do Norte, Canadá, Europa, Norte da África, América Latina e Ásia. Em abril, firmou um acordo para comprar a britânica DS Smith, uma operação que tem sido reafirmada pelos porta-vozes da companhia e que poderia melar as negociações com a Suzano. 

No entanto, caso a aquisição da IP vingue, a americana traz à Suzano a segurança de estar mais presente em mercados maduros e depender menos da demanda chinesa, o que também pode proteger a brasileira contra um processo de verticalização que vem sendo observado no setor de celulose na Ásia.   

Também deve aumentar a diversificação de portfólio. Na nova companhia, a divisão de papel e embalagens responderia por 45% do negócio, contra o patamar atual de 15%. A IP está bem posicionada no mercado de fluff, cuja demanda é crescente: detém 30% de market share do mercado global, que deve crescer 4% ao ano até 2027. Essa movimentação estratégica poderia também reavaliar os múltiplos de mercado aplicados à Suzano, refletindo uma maior estabilidade e previsibilidade nos ganhos, ajudando a justificar a projeção do banco para ganho por ação. 

A condição atual dos ativos da International Paper e a falta de experiência da Suzano no negócio de embalagens fora do Brasil são pontos de atenção. A integração de diferentes modelos de negócios e geografias operacionais também apresenta desafios que exigem uma gestão cuidadosa. 

O principal temor de parte do mercado, no entanto, está em torno do negócio está na capacidade financeira da fabricante brasileira de absorver a gigante americana. À Bloomberg, nesta sexta-feira, 7, pessoas próximas à Suzano afirmaram que a empresa poderia levantar até US$ 19 bilhões e ainda manter a alavancagem em até cinco vezes o Ebitda. Embora mais alto do que a alavancagem de 4 a 4,5 vezes prevista para uma oferta de US$ 15 bilhões, o patamar de 5 vezes ainda é inferior ao de 6 vezes que a companhia registrou logo após a compra da Fibria e começo da pandemia, em 2020. 

Nos cálculos iniciais do Itaú, se a Suzano levantasse US$ 17,5 bilhões com um custo de 7% para pagar pela IP (algo em torno de US$ 50 por ação), bastariam US$ 180 milhões em ganhos de sinergia anualmente para compensar os US$ 1,22 bilhão em despesas financeiras adicionais resultantes da aquisição, fazendo com que o negócio não tenha impacto negativo para o lucro por ação. Além disso, o consenso de mercado é de que a IP deve gerar um pouco mais de US$1 bilhão em fluxo de caixa livre em 2025, e, portanto, seria capaz de financiar 85% do custo financeiro adicional. 

E o negócio poderia ser financeiramente positivo mesmo em um cenário mais conservador. Assumindo um custo de dívida de 8% e a Suzano pagando US$19 bilhões pelo patrimônio da IP, menos de US$ 500 milhões em sinergias anuais seriam necessárias para que o negócio atingisse o ponto de equilíbrio em termos de lucro por ação.  

“O que acreditamos ser alcançável considerando outras fontes de sinergias (despesas gerais, de vendas e financeiras) e o impacto secundário que a substituição fiber-to-fiber poderia ter no mercado de celulose.” A equipe aponta a substituição fiber-to-fiber como uma das fontes mais significativas de sinergias.  

Se a participação de hardwood (polpas compostas por fibras menores) na composição de fibras virgens no negócio de embalagens da IP em 15 pontos percentuais, a Suzano poderia gerar cerca de US$ 200 milhões em sinergias, calculam. 

Informações: Exame.

Featured Image

Entenda como ‘floresta invertida’ do Cerrado armazena carbono no subsolo e mantém equilíbrio hídrico

Com raízes de até 15 metros de profundidade, maior parte da biomassa da região é subterrânea

Quem observa do alto uma paisagem típica do Cerrado brasileiro nota que a sua vegetação não é tão exuberante quanto, por exemplo, a da Floresta Amazônica. Mas não se pode julgar a região pela sua superfície. Uma das grandes riquezas do bioma que se espalha por quase 25% do território nacional não é visível acima do solo, está, justamente, na porção subterrânea.

As raízes da vegetação no Cerrado podem alcançar até 15 metros de profundidade. São como “braços” que se esticam para chegar aos lençóis freáticos debaixo da terra, o que garante a vida durante o período de seca. Devido a essa característica, o bioma guarda, no subsolo, até cinco vezes mais carbono do que a sua biomassa “aérea”. É o inverso do conceito de floresta, onde troncos e galhos guardam mais carbono que as raízes.

O Cerrado sempre recebeu menos atenção do que a Amazônia, principalmente quando o assunto é emissão de CO₂, que, na atmosfera, contribui para o aquecimento global. A preocupação com a floresta no Norte do país tem sua razão de ser, já que a região concentra de 250 a 300 toneladas de carbono por hectare. Mas o bioma savânico no Centro-Oeste não fica muito atrás. Um estudo recente realizado por centros de pesquisa em 21 pontos diferentes do Brasil revelou que o Cerrado estoca, em média, 143 toneladas de carbono por hectare, incluído aquele abaixo do solo.

Como esse volume de biomassa está longe de ser desprezível, e o cenário de uso da terra no país está mudando, a balança da preocupação começa a pender para o Cerrado. Pela primeira vez nas últimas décadas, o bioma teve, em 2023, uma área desmatada superior à da Amazônia. Para completar, a atividade econômica que se instala onde as árvores são derrubadas é em sua maioria uma agricultura de monocultura ou a pastagem extensiva, que emite mais CO₂.

Até a explosão de desmatamento observada no ano passado, as emissões de CO2 no Cerrado vinham diminuindo na média, apesar da sua grande oscilação ao longo das últimas três décadas. Mas redução do CO₂ proporcionada por esse recuo de longo prazo no desmate foi praticamente cancelada pelo aumento das emissões da crescente produção rural.

Segundo o projeto Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (Seeg), as atividades humanas no bioma emitem hoje entre 400 milhões e 500 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera por ano. O valor é essencialmente o mesmo de três décadas atrás. A diferença é que, nos últimos anos, a produção agrícola tem gerado mais gases de efeito estufa do que o desmatamento em si.

De todo modo, essas duas fontes de CO₂ andam juntas, porque mais de 97% do desmate no país nos últimos cinco anos ocorreu para instalação de pastos e lavouras. Recentemente, a emissão de CO₂ para produção de energia também tem aumentado na região do Cerrado, com o acionamento de usinas térmicas, mas esse cenário não tem ligação direta com o corte de vegetação.

Informações: Um Só Planeta.

Featured Image

Grupo propõe ‘agroflorestas’ para reconstrução do RS após tragédia

Carta já conta com o endosso de mais de 1.000 entidades

Coletivo com a participação de movimentos e instituições do Rio Grande do Sul lançou um documento, intitulado “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza”, que propõe medidas para a reconstrução do estado após a tragédia climática que causou quase 200 mortes. O grupo conta com o endosso de mais de 1.000 entidades.

Uma das principais medidas apontadas é a criação de agroflorestas, que permite conciliar a produção com a preservação da natureza. Esse sistema imita o que a natureza faz normalmente, com diversos tipos de plantação juntos, com o solo sempre coberto. O sistema mistura culturas de importância agronômica com plantas nativas.

“Isso vai ajudar a infiltrar a água no solo para que chegue nos lençóis freáticos. Isso permite uma camada de matéria orgânica, o que retém água e isso pode ser usado para o próprio ecossistema, mas também provoca um ‘efeito esponja’”, explica Gabriela Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS.

“Só é possível a gente avançar através da reestruturação dos solos, que fazem a água infiltrar, não ganhar muita velocidade”, completa o produtor rural Vicente Guindani.

A ideia das agroflorestas, inclusive, já consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), como aponta Nilton Tavares, advogado, socioambientalista e mestrando em Desenvolvimento Rural. “A agrofloresta vem dentro da agroecologia como uma das soluções que presta um serviço ecossistêmico. A gente já tem no próprio plano nacional de adaptação como estratégia esse tipo de solução”.

Impacto das chuvas no RS poderia ter sido menor com preservação ambiental, diz coletivo

Muitas das medidas apontadas pelo coletivo já poderiam ter sido implementadas como forma de mitigar os impactos das mudanças climáticas no estado do Rio Grande do Sul e em outros lugares.

Ao contrário disso, no entanto, o que se viu no Rio Grande do Sul foi o afrouxamento da legislação ambiental em muitos sentidos, como explica a bióloga Kátia Zanini. “Cada vez mais a gente sabe que a legislação tem sido flexibilizada e isso é um dos problemas. Isso, no mínimo, agravou o problema das enchentes”.

“Um dos elementos essenciais é restaurar tanto as áreas de encosta, que são áreas de riscos, quanto as áreas de mata ciliar. Já se tem um conhecimento amplo de restauração ambiental que possibilita inclusive práticas produtivas. Às vezes, se coloca que preservação seria uma visão apenas conservacionista, mas hoje se tem possibilidade de se restaurar uma área de APP (Área de Preservação Permanente) e ter atividades produtivas junto dessa área”, completa.

Grupo propõe medidas para povos tradicionais

Um outro eixo das propostas contidas na “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza” foca nos povos tradicionais do Rio Grande do Sul, como a população ribeirinha, quilombolas, comunidades pesqueiras, entre outros. De acordo com o coletivo, esses grupos já possuem a expertise das agroflorestas.

“O programa proposto é que essas comunidades possam ter um olhar adequado das políticas públicas. Que se olhe para esses grupos, essas populações, que foram muito impactadas, mas que já têm expertises na construção de agroflorestas”, resume Gabriela Coelho.

“A ideia é a construção de moradias que possam ajudar na questão do fluxo das águas, além da ampliação das áreas para que sejam mais seguras para moradia e conviver com esses fluxos de água”, completa.

Informações: ICL Notícias.

Featured Image

Bracell e Fundação Florestal de SP atuam juntos na proteção de Unidades de Conservação regionais

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, reforça seu compromisso com a preservação ambiental por meio de uma série de ações durante os meses de maio e junho, destinadas à prevenção e combate a incêndios florestais em diversas Unidades de Conservação no estado de São Paulo. Ao todo, nove UC’s serão beneficiadas.

Foram entregues oito bombas flutuantes que beneficiam as UC’s dos municípios de Avaré, Paranapanema, Angatuba, Anhembi (EE Barreiro Rico), Santa Bárbara (EE Águas de Santa Bárbara), Gália (EE Caetetus) e Bauru (EE Sebastião Aleixo e Gleba Jardim Botânico). O Parque Estadual Carlos Botelho também está sendo contemplado com equipamentos básicos para combate a incêndios, fortalecendo ainda mais as medidas preventivas nessas áreas vitais para a biodiversidade.

Além das doações de equipamentos, a Bracell iniciou a manutenção de aceiros, uma prática que consiste em faixas de terreno sem vegetação que impedem a propagação do fogo. A conclusão dos trabalhos na Estação Ecológica (EE) Barreiro Rico já foi realizada, enquanto a manutenção na EE Caetetus está em andamento.

Essas ações fazem parte da parceria de 10 anos entre Bracell e Fundação Florestal da SEMIL/SP e que integra o Compromisso Um-Para-Um, iniciativa inédita no setor, no qual a Bracell assumiu apoiar a conservação das áreas de vegetação nativa em tamanho igual às áreas de plantio, ou seja, para cada um hectare plantado de eucalipto, a companhia se compromete com a conservação de um hectare de área nativa.

Para João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell em SP, essas iniciativas fortalecem o compromisso da empresa com a sustentabilidade. “A parceria contribuirá com ações de proteção de matas nativas, que incluem áreas relevantes da Mata Atlântica e do Cerrado Paulista. Essa colaboração de proteção das Unidades de Conservação reflete nosso comprometimento contínuo com o meio ambiente e com as comunidades. O Compromisso Um-Para-Um é um passo importante em nossa estratégia de sustentabilidade e está totalmente alinhado aos nossos valores. Acreditamos que tudo o que fazemos deve ser bom para o país, o clima, as comunidades e os clientes, pois só assim será bom também para a Bracell”, ressaltou.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

Featured Image

John Deere anuncia nova liderança florestal para Brasil e América Latina

Roberto Marques reassume operação florestal da John Deere

A John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores florestal, de construção e agrícola, acaba de anunciar Roberto Marques como o novo líder da Divisão Florestal para o Brasil e América Latina. O executivo passará a liderar a equipe Florestal na implementação e gestão da estratégia para a região.

Roberto Marques é graduado em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), e tem MBA em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ingressou na John Deere em 1997, trazendo consigo uma vasta experiência adquirida em empresas de renome nos setores de equipamentos de construção e florestal.

Na John Deere, Roberto ocupou várias posições de crescente importância na área florestal, incluindo Vendas, Marketing e Logística. Em 2012, assumiu o cargo de diretor de Vendas da divisão de Construção no Brasil, liderando o desenvolvimento deste negócio no País. Posteriormente, assumiu a área comercial para a América Latina, desempenhando papel fundamental na estratégia e execução de vendas da Divisão de Construção.

“A John Deere é uma empresa que valoriza a inovação e a excelência. Estou extremamente feliz e comprometido em reassumir a liderança da Divisão Florestal no Brasil e América Latina e em colaborar com a equipe talentosa que temos. Espero me reconectar rapidamente com o setor florestal que está no meu DNA desde o início da minha carreira. Queremos impulsionar o crescimento deste setor tão importante para o nosso País e o mundo”, comenta o executivo.

Sobre a John Deere

Deere & Company é líder mundial no fornecimento de equipamentos para agricultura, construção e silvicultura. Ajudamos nossos clientes a superar os limites do possível de maneiras mais produtivas e sustentáveis para permitir que a vida possa avançar. Os produtos tecnológicos, incluindo o Trator Autônomo 8R, o sistema de pulverização See & Spray™ e a Retroescavadeira elétrica são algumas das soluções para atender à crescente necessidade mundial por comida, abrigo e infraestrutura. A Deere & Company também oferece serviços financeiros por meio do Banco John Deere.

Featured Image

Parceria Brasil-EUA: Seminário aborda manejo integrado, prevenção de Incêndios florestais e destaca ações do CBMMS

Na última quarta-feira (05/06), aconteceu em Campo Grande no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) o 2º Seminário presencial em Mato Grosso do Sul, intitulado “Resiliência da População Frente aos Incêndios Florestais”. O evento, organizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, em conjunto com a Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, teve como propósito conscientizar e informar a sociedade sobre as medidas governamentais de redução, monitoramento, fiscalização e conscientização frente aos incêndios florestais. Assim como, a solenidade contou com a presença de 9 representantes do Corpo de Bombeiros Militar dos estados de Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Amapá, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins e Sergipe.

Acompanhe abaixo o vídeo do presidente do Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Leonardo Rodrigues Congro, sobre a importância desse evento para a sociedade:

Estiveram presentes autoridades brasileiras e americanas, com tradução simultânea. Brenda, palestrante inicial, destacou a importância da comunicação na construção da confiança pública para auxiliar na mitigação e controle dos incêndios.

O Promotor de Justiça Luciano Furtado Loubet ressaltou o trabalho preventivo e de responsabilização dos incêndios criminosos realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

A Tenente-coronel Tatiane de Oliveira Inoue, diretora da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA), salientou a relevância da comunicação para a redução das queimadas causadas por atividades humanas.

Além disso, a tenente-coronel expôs as ações, monitoramento e planejamento estratégico do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) diante dos incêndios, bem como o trabalho de conscientização realizado junto à comunidade local.

O coronel Adriano Rampazo Noleto, subcomandante-geral do CBMMS, expressou a preocupação do órgão e do Estado em monitorar e responder aos incêndios de forma eficiente. Destacou-se a logística, organização e planejamento do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) para integrar as forças de resposta.

O subcomandante-geral do CBMMS pontuou a instalação de bases avançadas em locais remotos de difícil acesso no Pantanal, visando melhorar o tempo de resposta, monitoramento e fiscalização dos incêndios, além de orientar a população local. O evento contou com sistema de tradução simultânea do inglês para o português e vice-versa.

O Serviço Florestal dos Estados Unidos, em parceria com o Governo do Brasil, tem trabalhado com diversas instituições para fortalecer o manejo integrado, prevenção e resposta aos incêndios, além da gestão florestal e socioeconômica. Além dos palestrantes do Estado de Mato Grosso do Sul, esteve presente Brenda Bowen, especialista em Recursos e oficial de informação pública do Serviço Florestal dos Estados Unidos, com vasta experiência em gerenciamento de incidentes relacionados a incêndios florestais.

Brenda Bowen é bacharel em Ciências dos Recursos da Recreação e Turismo pela Universidade de Idaho, com experiência em áreas como o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, Brasil.

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul tem atuado proativamente na redução dos impactos ambientais dos incêndios florestais, em ações que visam tanto a prevenção quanto a resposta eficiente a esses eventos.

Featured Image

Atuação em rede fortalece o manejo florestal comunitário na Amazônia

Para encerrar a Semana do Meio Ambiente, a Embrapa e o ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais) apresentam o vídeo “Manejo Florestal Comunitário e Familiar – Uma Ação Coletiva”. O produto marca a finalização do projeto Bom Manejo Fase 2 e chama atenção para a importância da atuação em rede e do fortalecimento das comunidades locais para o uso e conservação das florestas na Amazônia.

O projeto Bom Manejo 2 é coordenado e executado pela Embrapa com apoio financeiro da Agência Brasileira de Cooperação (Ministério das Relações Exteriores), Fundação Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Fidesa), Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO) e do Governo Japonês.

O vídeo reflete um dos prinicipais resultados do projeto, que é o trabalho articulado entre diversas instituições na direção de uma agenda positiva para o manejo florestal comunitário, segundo o pesquisador Milton Kanashiro, da Embrapa Amazônia Oriental, coordenador do Bom Manejo 2. “A participação do projeto na construção do Observatório do Manejo Florestal Comunitário e o envolvimento no Fórum Florestal da Amazônia, que reúne empresas e comunidades, trazem um legado muito importante para o momento no qual vivemos”, aponta.

Com depoimentos de comunitários da Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre, localizada em Porto de Moz (PA) e de representantes de instituições locais, estaduais e federais, o vídeo destaca a atuação coletiva e coordenada de diferentes atores como estratégia fundamental frente aos vetores que ameaçam a manutenção das florestas.

A Resex Verde para Sempre é a maior Unidade de Conservação de uso sustentável do Brasil com 1,2 milhão de hectare e que este ano completa 20 anos de sua criação. Nela vivem em torno de 3 mil famílias organizadas em mais de 100 comunidades que manejam a floresta para a extração de produtos madeireiros e não-madeireiros.

Projeto em duas fases 

Na primeira fase do projeto do Bom Manejo foram desenvolvidas ferramentas para apoiar e facilitar a execução das práticas de manejo florestal e o monitoramento da floresta. São quatro softwares que focam em aspectos diferentes, porém complementares da atividade: planejamento da exploração madeireira (BOManejo); monitoramento do crescimento e da dinâmica da floresta (MFT); monitoramento financeiro das operações florestais (MEOF); e monitoramento da sustentabilidade e performance geral do manejo (MOP).

Em sua segunda fase, essas ferramentas foram aperfeiçoadas e adaptadas para outras linguagens computacionais. O projeto realizou inúmeras capacitações junto a empresas madeireiras, profissionais da área florestal e em comunidades da Resex Verde para Sempre para a disseminação de boas práticas de manejo, coletas de dados e uso das ferramentas.

Foto: Jaime Souzza

Fortalecimento do manejo comunitário

Um dos passos em direção ao fortalecimento do manejo florestal comunitário, segundo Milton Kanashiro, da Embrapa, foi a instituição, em março deste ano, de um Grupo de Trabalho (Portaria GM/MMA nº 1.019, de 21/3.2024) para coordenar a elaboração do Programa Federal de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, a ser estabelecido no âmbito do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Serviço Florestal Brasileiro – SFB. “A portaria representa a retomada em nível federal do programa e certamente dará um grande impulso na atividade junto as comunidades”, avalia o pesquisador.

“O manejo florestal veio para organizar nossa atividade, o nosso planejamento dentro da floresta, considerando nossa economia, o nosso bem-viver e o meio que a gente vive”, afirma Margarida Ribeiro, moradora da Resex.

“Quando todos se coordenam, é possível articular melhor as ações, programas e políticas públicas em prol do uso e conservação da floresta. Manter a floresta viva e em pé é um compromisso do Brasil com o planeta e com as populações da Amazônia”, finaliza Luciana Valadares, da Secretaria de Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA).

Informações: Embrapa Amazônia Oriental.

Featured Image

Em MS, projeto pretende reflorestar 2 mil hectares de vegetação no Alto Taquari

Meta é realizar o reflorestamento da área em cinco anos, aponta presidente do Instituto Espinhaço

O Projeto Pró-Águas Rio Taquari pretende reflorestar 2 mil hectares de vegetação nativa no Alto do Rio Taquari, na região de Mato Grosso do Sul, com apoio técnico do Governo Estadual. A meta é realizar o reflorestamento da área em cinco anos.

O lançamento do projeto ocorreu nesta quinta-feira (6), no auditório da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), na Capital. Também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e o Instituto Espinhaço, que liderará o projeto.

Considerado por muitos especialistas como o maior desastre ambiental do Pantanal, o assoreamento do rio, que nasce em Mato Grosso e atravessa o Pantanal de Mato Grosso do Sul, começou a ser registrado nos anos 60 e já foi considerado irreversível. Essa visão, no entanto, tem mudado nos últimos anos.

Em entrevista recente, o ambientalista e doutor em Ecologia e Conservação pela UFMS, José Milton Longo, apontou que a ação humana é um dos fatores que acelerou o processo de assoreamento do rio. “Há uma substituição do uso do solo na região da Bacia do Taquari por pastagem para agropecuária, o que aumenta o nível de desmatamento. O rio naturalmente leva sedimento, mas a ação humana acelerou isso a níveis muito mais graves”.

Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, assina Acordo de Cooperação Técnica junto a representantes do Imasul (Foto: Mylena Fraiha).

Para tentar reverter parte do problema, o Instituto Espinhaço, junto ao Imasul, realizará a recomposição da vegetação nativa e a conservação de solo e água, que abrange um total de 2 mil hectares e perpassa por oito municípios de MS.

O foco inicial do projeto será a recuperação da mata na região da Bacia do Alto Taquari, cujo desmatamento e pastagens degradadas contribuíram para o processo de assoreamento do Rio Taquari.

“Estamos começando pela área do planalto, na cabeceira do rio, para, em um momento subsequente, chegar ao médio e baixo Taquari. O que propomos na parte alta do Taquari é a recuperação de vegetação nativa e ações de conservação de solo e água. Nosso objetivo é produzir água de qualidade para o Taquari”, explica Luiz Oliveira, presidente do Instituto Espinhaço.

Luiz explica que 2 mil hectares serão reflorestados no Alto Taquari, em Mato Grosso do Sul (Foto: Mylena Fraiha).

Segundo Luiz, a previsão é de que em cinco anos seja feita a recuperação dos 2 mil hectares de vegetação nativa. Ele também destacou que a recuperação completa do rio é uma tarefa de longo prazo, exigindo recursos substanciais e um esforço contínuo. “A recuperação do Rio Taquari é um esforço hercúleo, com muito recurso e tempo. É impossível resolver o tamanho do problema do Rio Taquari em pouco tempo.

Oliveira também chamou a atenção para a importância da participação do agronegócio no processo de recuperação. “O agronegócio deve ser convocado como parte da solução. Não acredito que o setor agro, na posição de contraditório, resolverá esse problema. É essencial harmonizar as relações entre as pessoas e a natureza.”

Financiamento – Conforme apontado pelo diretor-presidente do Imasul, André Borges, o Projeto Pró-Águas Rio Taquari funcionará exclusivamente com recursos da iniciativa privada, que serão captados pelo Instituto Espinhaço a partir deste mês.

O Governo de MS atuará na delimitação das áreas que serão reflorestadas. “O Estado é parceiro no projeto, mas não haverá transferência de recursos públicos. O recurso será da iniciativa privada. No entanto, o Estado será parceiro, auxiliando na cooperação técnica e na seleção das áreas. Como temos o conhecimento do campo, faremos a delimitação da área”, explica André.

Informações: Campo Grande News.

Featured Image

Suzano vê espaço para assumir dívidas substanciais ao avaliar nova oferta pela International Paper

A gigante do setor de papel e celulose, Suzano, vê espaço para assumir dívidas substanciais ao avaliar uma nova oferta pela International Paper, de acordo com pessoas com conhecimento direto sobre assunto.

A Suzano (BOV:SUZB3) pode tomar emprestado até US$ 19 bilhões e ainda manter a dívida líquida da empresa combinada perto de cinco vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Esse é um nível de alavancagem que a Suzano, maior produtora de celulose do mundo, alcançou algumas vezes desde que a obteve sua classificação de grau de investimento em 2018.

Não fica claro se a Suzano está disposta a ir tão longe pela International Paper. Ainda assim, a matemática mostra quanta margem de manobra a empresa controlada pela bilionária família Feffer tem para aumentar sua oferta. A Suzano vê uma combinação com a International Paper de Memphis, no Tennessee, como a criação de uma potência global capaz de gerar dinheiro suficiente para desalavancar rapidamente um balanço patrimonial endividado.

A empresa se recusou a comentar na sexta-feira. As ações da International Paper subiram até 4,3%, para US$ 46,34, com a notícia. As ações da Suzano reverteram um ganho anterior e negociam pouco alteradas.

A Suzano, que tem cerca de US$ 12 bilhões em dívida líquida, garantiu aos investidores que não fará nenhuma oferta que possa comprometer sua classificação de grau de investimento, segundo fontes. A International Paper rejeitou uma oferta inicial de US$ 42 por ação, que teria avaliado a empresa em quase US$ 15 bilhões. A fabricante de embalagens provavelmente rejeitará qualquer oferta abaixo da marca de US$ 50 por ação, ou um total de US$ 17,3 bilhões, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Além da dívida, a Suzano está cogitando usar ações e parte de seus US$ 3,7 bilhões em dinheiro para ajudar a financiar uma oferta, segundo fontes.

A Suzano e a International Paper gerariam lucros combinados de US$ 7,2 bilhões no próximo ano, excluindo quaisquer economias e ganhos de receita de uma combinação, de acordo com estimativas atuais de analistas compiladas pela Bloomberg. A Suzano está se aproximando da conclusão de um projeto de US$ 4,2 bilhões que aumentará sua capacidade de produção de celulose de fibra curta em 20%, aumentando sua capacidade de geração de caixa.

O plano de aquisição da Suzano enfrenta obstáculos significativos, incluindo elevados custos de financiamento. O rendimento exigido pelos investidores para manter os US$ 1,75 bilhão em notas da empresa com vencimento em 2029 saltou para 6,2%, ante 5,1% em dezembro. Suas ações também estão perdendo valor rapidamente. A capitalização de mercado da Suzano despencou mais de 20% desde 6 de maio, antes de a Reuters informar pela primeira vez que a empresa brasileira havia abordado a International Paper, para US$ 12 bilhões. Enquanto isso, a International Paper saltou mais de 20%, para quase US$ 16 bilhões.

Informações: ADVFN.

Featured Image

Faltam poucos dias para o ‘start’ da maior fábrica de celulose do mundo; economia de Ribas dispara

O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, ampliando a capacidade instalada da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, além de 1,5 milhão de toneladas de capacidade instalada de papel e outros produtos

Faltam poucos dias para Ribas do Rio Pardo (MS) se tornar referência mundial, a data, de extrema importância para o setor da celulose, está se aproximando. A maior fábrica do planeta entra em operadção no final este mês de junho na cidade. Um megaempreendimento será startado, após três anos de obras e milhares de empregos gerados.

Prédio administrativo da nova fábrica. Imagem: divulgação.

Referência global na fabricação de produtos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, particularmente na produção de celulose, a nova fábrica de celulose erguida em Ribas do Rio Pardo exigiu R$ 22,2 bilhões de investimentos e ampliará em cerca de 20% a capacidade instalada da companhia.

Projeto em fase de finalização das obras. Imagem: divulgação.

O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, ampliando a capacidade instalada da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, além de 1,5 milhão de toneladas de capacidade instalada de papel e outros produtos.

Esteiras de última geração para transportar cavacos de eucalipto. Imagem: divulgação.

Desafios

Com a maior fábrica de celulose do mundo prestes a entrar em operação, a Suzano, também conhecida como Projeto Cerrado, levou um enorme desenvolvimento para Ribas do Rio Pardo. O megaempreendimento levou emprego de sobra para o município, que continua crescendo e ocupando o segundo lugar em Mato Grosso do Sul na criação de empregos.

Ribas do Rio Pardo (MS). Imagem: divulgação.

Como nem tudo são flores, Ribas do Rio Pardo também enfrentou e enfrenta problemas. Uma equipe da prefeitura chegou a ir até Três Lagoas (MS) para realizar estudos sobre o impacto da instalação de uma fábrica de celulose.

Com duas fábricas de celulose, Três Lagoas tem sido um espelho não só para Ribas, mas também para Inocência, que em breve será contemplada com a Arauco. As indústrias levam milhares de pessoas para uma cidade, sendo assim, problemas com educação e moradia são inevitáveis.

O Chefe do Executivo de Ribas está correndo contra o tempo para tentar colocar tudo em ordem antes de deixar o mandato. Ele explica que escolas, creches e moradias estão nos planos. Em entrevista ao Perfil News, ele também adiantou que tem negociado com os governos do Estado e Federal sobre a duplicação da BR-262, rodovia conhecida por colecionar acidentes.

Vivendo um momento de euforia, Ribas aguarda a fábrica entrar em operação. O prazo, de acordo com a Suzano, é até junho de 2024 e a indústria vai começar com 3 mil trabalhadores. Durante o pico da obra, foram quase 12 mil empregos gerados.

“A cidade está pujante. Temos ajuda da iniciativa privada, mas hoje, só em obras, temos mais de R$ 100 milhões de recursos próprios investidos. Ribas vive um momento de euforia. O pico da obra já passou, o número de trabalhadores diminuiu e tendência é que a cidade receba novos moradores fixos.”

Com os moradores fixos, o aumento de escolas e de moradia também aumentam. Com aumento do aluguel em 200% o prefeito explica que sem ter como pagarem aluguel que teve grande aumento, muitas famílias ficaram sem ter um imóvel para morarem.

“Com os novos moradores, tudo muda. São novas culturas e a cidade está se moldando para recebê-los. São detalhes que já aconteceram em Três Lagoas. Temos um desafio que envolve escolas. Estamos construindo duas creches para 360 alunos e estamos trabalhando com o Ministério Público Estadual. Também temos o gargalho da moradia”.

Além disso, o prefeito adianta que tem se reunido com o Governo do Estado e Governo Federal para tentar resolver o problema da BR-262. A rodovia corta várias cidades de MS e com as fábricas de celulose, o número de acidentes aumentou muito.

“Estamos tentando agilizar o problema da BR-262 com o Governador do Estado e com o Governo Federal. Em relação à moradia devemos ir para Brasília e trazer o projeto minha Casa Minha Vida para construir residências em um terreno que já foi desapropriado. Também tive uma conversa com a Ministra Simone Tebet que entendeu a nossa demanda. Estamos preocupados com as pessoas, queremos dar casa a quem precisa de casa”, disse.

Informações: Perfil News.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S