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Vespa-da-madeira ameaça florestas de pinus e movimentaação conjunta de pesquisadores e produtores

Praga silenciosa, que pode causar prejuízos de até 53 milhões de dólares por ano, será tema de curso promovido pela APRE Florestas e Embrapa Florestas no dia 6 de junho

A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é considerada uma das principais pragas em plantios de pinus no Brasil. Capaz de provocar prejuízos severos,  estimados em até 53 milhões de dólares anuais, a praga compromete a qualidade da madeira e afeta diretamente a produtividade.

Com o objetivo de ampliar o conhecimento técnico e prático sobre a vespa-da-madeira, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) e Embrapa Florestas promovem, no dia 6 de junho, um curso de controle da vespa-da-madeira,  aberto para associados e público em geral. Os pesquisadores Susete Penteado e Paulo Pereira, da Embrapa Florestas, vão ministrar o curso, abordando estratégias de prevenção, monitoramento e controle biológico.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, destaca a importância do curso: “Sabemos que a vespa-da-madeira representa uma ameaça significativa para os plantios de pinus. Por isso, reunir conhecimento técnico, trocar experiências e disseminar boas práticas é fundamental”, aponta.

O objetivo do curso é capacitar os profissionais do setor e promover as estratégias mais eficazes no combate à praga. Realizado de forma presencial, o encontro trará assuntos como prevenção, monitoramento e controle. Além disso, os participantes também vão aprender a diferenciar a a Sirex noctilio da nova praga, Sirex obesus, detectada pela primeira no Brasil em 2023, no Estado de São Paulo.. O encontro também prevê a parte prática, em campo, para reconhecimento dos sintomas de ataque e aplicação do nematoide, que é a estratégia de controle biológico.

Controle biológico é principal aliado

Segundo especialistas, árvores estressadas são as mais suscetíveis aos ataques. Entre os principais sintomas, estão os respingos de resina causados pelas perfurações para a postura de ovos, o amarelamento das copas, orifícios visíveis na casca, manchas azuladas no interior da madeira e galerias provocadas pelas larvas.

Para prevenir o ataque, o manejo adequado é indispensável. Isso inclui desde a retirada de árvores mortas ou danificadas até o uso de árvores-armadilha. Além da prevenção, o uso do Nematec (nematoide Deladenus siricidicola), desenvolvido pela Embrapa Florestas, tem se destacado como a estratégia mais eficaz de controle.

A pesquisadora da Embrapa Florestas, Susete Penteado, explica que “esse nematoide possui uma fase de vida parasitária. Quando entra em contato com a larva da vespa, ele se multiplica dentro do corpo do inseto, penetra nos ovos e esteriliza as fêmeas. Dessa forma, além de reduzir diretamente a população, também impede a proliferação da praga”, detalha.

Produzidos pela Embrapa e distribuído pelo Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), o Nematec está  disponível aos produtores no período de março a agosto, época recomendada para o controle da praga. No Paraná, a APRE Florestas, entidade que representa as empresas do setor florestal no Paraná, é responsável por receber os pedidos dos produtores e enviá-los à Embrapa Florestas

De acordo com a Embrapa, o uso correto das estratégias de controle pode reduzir em até 70% os prejuízos causados pela praga. Isso reforça a urgência de ações coordenadas entre pesquisa, setor produtivo e políticas públicas para mitigar os danos e proteger as florestas plantadas — um dos pilares da economia florestal brasileira.

Para fazer a inscrição, basta preencher o formulário: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


SERVIÇO
Curso Vespa-da-madeira
Data: 6 de junho
Local: Berneck (Fazenda dos Álamos – Lapa PR)
Valores: R$ 150,00 (associados) e R$ 250,00 (não-associados)
Inscrições: https://forms.gle/3ZEj4CT9GRBfU2E77


Sobre a APRE Florestas
A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

Informações à Imprensa:
Talk Comunicação

Ana Carvalho
(48) 99109-7072
anacarvalho@talkcomunicacao.com.br

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Saiba como é a norma da União Europeia sobre preservação e floresta

Regulamentação estabelece que nenhum produto comercializado no bloco venha de áreas desmatadas; Itamaraty diz ser “discriminatória”

A Comissão Europeia divulgou na 5ª feira (22.mai.2025) a lista de países conforme o risco que apresentam para o desmatamento e à produção agrícola global. Tal catálogo classifica todos os países em 3 grupos: baixo risco, risco padrão e alto risco. O Brasil consta como “risco padrão”.

O documento da UE (União Europeia) possui como base a EUDR (European Union Deforestation Regulation ou regulamentação de produtos livres de desmatamento, na tradução livre do inglês), que estabelece regras para que nenhum produto comercializado no continente venha de áreas desmatadas.

A norma, que entrou em vigor em 29 de junho de 2023, se aplica a 7 produtos que a UE considera como principais impulsionadores do desmatamento. Apesar da EUDR constar em vigor desde 2023, a aplicação obrigatória será a partir de 30 de dezembro de 2025 –para grandes empresas– e 30 de junho de 2026 –para micro e pequenos empreendimentos. As commodities visadas são:

  • Gado (Carne, couro e produtos derivados);
  • Cacau (Grão bruto, manteiga de cacau, chocolate);
  • Café (Grãos ou torrado, exclui bebidas prontas ou instantâneas);
  • Dendê (Óleo de Palma, biodiesel, sabão e cosméticos que utilizam o recurso);
  • Borracha (Inclui qualquer produto derivado, como pneus e mangueiras);
  • Soja (Grãos, margarinas, óleos e farinhas);
  • Madeira (Material bruto ou trabalhado, carvão vegetal e móveis).

A regulação da UE seleciona cada um desses produtos e estabelece 3 critérios principais que cada deve cumprir para comercialização no bloco:

  • Livre de desmatamento – o material não deve ser proveniente de nenhuma região florestal convertida para uso agrícola; medida vale para áreas degradadas depois de 31 de dezembro de 2020;
  • Conformidade legal – cada item exportado deve atender à legislação do país de origem, como leis ambientais e de proteção aos nativos indígenas;
  • Declaração de “due diligence” – termo se refere ao documento exigido pelo sistema da EUDR em que constam todas as informações de cada produto, como descrição e provas de que o item não provém de desmatamento.

Caso uma das 7 commodities não cumpra todos os requisitos da EUDR , a empresa que exporta o produto não poderá vender ao bloco e pode ser penalizado com multas proporcionais ao impacto do determinado item no desmatamento.

A lista dos países que representam risco para o desmatamento orienta a UE nos tipos de exigências que serão feitas para cada uma das 3 classificações. Os critérios são:

  • Baixo risco – possuem obrigações simplificadas, não possuem necessidade de realizar avaliação de risco;
  • Risco padrão – precisam enviar a documentação completa quanto às informações do produto e avaliação de riscos;
  • Alto risco – as autoridades europeias realizam inspeções mais rigorosas, como avaliar 9% dos operadores de tais países que exportam à UE.

O Brasil criticou a sua classificação como risco padrão, alegando que a regulação do bloco europeu é “unilateral” e “discriminatória”.

A alegação brasileira leva em consideração a localização dos países de baixo risco, que são, em sua maioria, áreas de florestas temperadas. Estão neste grupo todos os países da União Europeia, Estados Unidos, Canadá, China, Filipinas, Quênia e outros.

A lista, no entanto, considera grande parte dos países de florestas tropicais como risco padrão. O Itamaraty mencionou “estranheza” em tal classificação.

Segundo a EUDR , a classificação dos países considera critérios quantitativos, tais como as taxas de desmatamento da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), e qualitativos, avaliações de governança sobre corrupção e índices sobre níveis político e democrático.

Eis a íntegra da nota do Itamaraty:

“O governo brasileiro recebeu, com preocupação, a publicação pela Comissão Europeia, em 22 de maio, da classificação de risco (“benchmarking”) de países no âmbito da lei antidesmatamento. O Brasil foi classificado na categoria de “risco padrão”, associado a desmatamento.

O governo brasileiro reitera seu posicionamento crítico a respeito da lei antidesmatamento europeia. A legislação, com entrada em vigor prevista para 30 de dezembro de 2025, constitui medida unilateral e discriminatória e desconsidera os esforços nacionais e multilaterais para a preservação de áreas florestais e enfrentamento da mudança do clima. A medida acarreta ônus significativo e desproporcional aos países que praticam a agricultura tropical de maneira responsável e sustentável como Brasil, com impactos ainda maiores para produtores de menor escala.

No que tange especificamente ao processo de classificação de risco conforme figura na lei europeia, prevaleceu a discricionariedade de critérios tanto para avaliação quantitativa quanto qualitativa dos países, com base em período específico (2015-2020). Em especial, é motivo de estranheza que a grande maioria dos países que ainda detêm e preservam as maiores áreas de floresta tropical nativa do planeta tenham sido classificados em categoria de risco superior à de países que praticam agricultura de clima temperado.

A lista publicada, a metodologia e as fontes de dados utilizadas serão examinadas de forma detalhada pelo governo brasileiro. O Brasil continuará insistindo com as autoridades comunitárias a respeito da importância de que seja privilegiado o diálogo e a cooperação, por meio da coordenação e da consulta aos países sobre a especificidade de seus sistemas produtivos, para buscar reduzir as consequências negativas da implementação da lei antidesmatamento e diminuir seu impacto atual e futuro para produtores e exportadores brasileiros.

Brasília, 23 de maio de 2025″.

Informações: Poder360.

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Eucalipto se mostra mais rentável que soja em áreas específicas

Eucalipto se mostra mais rentável que soja em áreas específicas

O avanço do setor de celulose em Mato Grosso do Sul está valorizando as terras destinadas ao plantio de eucalipto. Com o arrendamento, o produtor rural pode receber até R$ 1.600 por hectare ao ano, valor que se aproxima do rendimento com soja, mas com exigência menor quanto à fertilidade do solo. Enquanto isso, terras férteis para a soja podem custar até R$ 125 mil por hectare, já as destinadas ao eucalipto variam entre R$ 25 mil e R$ 35 mil.

De acordo com especialistas do setor, empresas como Suzano e Bracell firmam contratos de arrendamento por períodos de sete anos, renováveis por mais sete, com valores que variam conforme a localização e a logística da propriedade. Nas regiões de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, por exemplo, o preço das terras teve forte valorização nos últimos anos, impulsionado pelos novos empreendimentos industriais.

O produtor Francisco Maia, um dos primeiros a apostar na silvicultura em MS, destacou a vantagem de poder adiar a venda do eucalipto até que o mercado ofereça um preço mais atrativo, o que não acontece com culturas como soja ou gado. Já para o diretor da Reflore-MS, Dito Mário, a rentabilidade depende de diversos fatores, como a proximidade com as fábricas, qualidade do solo e área disponível.

Atualmente, o Estado conta com três fábricas de celulose e pode chegar a seis nos próximos anos. Entre os novos investimentos está a fábrica da Arauco, em Inocência, com aporte de US$ 4,6 bilhões, e o projeto da Bracell em Bataguassu, com R$ 16 bilhões em investimento. Para o produtor rural, o cenário é promissor e oferece alternativas rentáveis além das culturas tradicionais.

Informações: Capital News.

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Cassilândia recebe representantes da Reflore MS em evento sobre expansão florestal e oportunidades para pequenos produtores

A discussão também abordou o avanço da chamada “Rota da Celulose”, com grandes investimentos já confirmados nos municípios de Inocência, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo

A Prefeitura de Cassilândia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, promoveu na noite desta segunda-feira (27) o Happy Hour Empresarial com o tema “Expansão Florestal e Celulose na Costa Leste”.

O evento contou com a presença de representantes da Reflore MS, associação que lidera a articulação do setor florestal em Mato Grosso do Sul, e proporcionou um espaço de diálogo direto entre especialistas e empresários locais, mediado por Diógenes Marques (consultor da Agência de Desenvolvimento da Costa Leste).

Durante o talk show, Júnior Ramires, presidente da Reflore MS, e o vice presidente Moacir Reis esclareceram dúvidas do público e desmistificaram pontos relacionados ao uso do solo para a silvicultura, como o impacto ambiental, a compatibilidade com outras atividades e as possibilidades de arrendamento sustentável. Ambos reforçaram que é possível organizar pequenos produtores em grupos (considerando aspectos geográficos e logísticos) para negociar diretamente com grandes empresas de celulose, ampliando as chances de inserção no mercado florestal.

A discussão também abordou o avanço da chamada “Rota da Celulose”, com grandes investimentos já confirmados nos municípios de Inocência, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que têm ampliado a presença do setor na região e gerado novas oportunidades em toda a cadeia produtiva — do arrendamento de terras à prestação de serviços logísticos, alimentação e manutenção.

Além de promover o desenvolvimento econômico, os palestrantes destacaram que é fundamental garantir que a população local seja beneficiada, por meio da melhoria na qualificação profissional e do fortalecimento do comércio local, incentivando iniciativas que preparem empreendedores, fornecedores e trabalhadores para atender a essa nova demanda.

A mediação do encontro favoreceu perguntas diretas do público, fortalecendo o vínculo entre os produtores, empresários e as lideranças do setor florestal. A Prefeitura de Cassilândia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, buscando caminhos para que grandes investimentos também gerem oportunidades reais para a população local.

Além de representantes de entidades e empresários locais, o evento também recebeu representantes comerciais de empresas de Campo Grande e Paranaíba.

Happy Hour Empresarial e o Desenvolvimento de Cassilândia – Inspirado em eventos do Sebrae com proposta de troca de experiências e fomento a oportunidades regionais como “Café com Negócio”, “Sebrae Conecta” e “Sebrae Talks”, o Happy Hour Empresarial será promovido periodicamente pela SEDEMA (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Cassilândia), sempre convidando especialistas em negócios com foco em apresentar oportunidades de investimentos para empresários que queiram investir em Cassilândia.

Informações: Notícias do Cerrado.

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Câmara da Indústria de Base Florestal discute desafios ambientais e regulatórios

FIEMG debate políticas ambientais, o programa 360 e a certificação da madeira tratada

A Câmara da Indústria de Base Florestal da FIEMG se reuniu, no dia 28 de maio, na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, para debater questões fundamentais para o setor florestal e o meio ambiente. O evento contou com a participação de empresários, especialistas e representantes do setor público, com o objetivo de discutir soluções para os desafios enfrentados pela indústria florestal em Minas Gerais.

O Fausto Varela Cançado, presidente da Câmara da Indústria de Base Florestal e do SINDIFER, iniciou os debates destacando a relevância do diálogo entre o setor empresarial e o poder público para promover políticas favoráveis ao desenvolvimento da indústria florestal. Ele também abordou as dificuldades enfrentadas pelas empresas devido a algumas políticas públicas que, segundo ele, podem impactar negativamente a competitividade do setor. “Estamos atravessando uma situação difícil e que continua a se agravar. O setor empresarial tem sido submetido a desafios constantes. A redução da jornada de trabalho, por exemplo, poderia afetar gravemente as empresas, especialmente aquelas que necessitam de maior tempo de operação ou que funcionam em regime de 24 horas”, afirmou Cançado.

O primeiro tema da reunião foi a Conferência Nacional de Meio Ambiente, tema abordado por Nathalia Martins, analista ambientalista da GMA FIEMG. Ela apresentou os avanços das discussões e os desafios das políticas ambientais, ressaltando a importância da conferência para o futuro das regulamentações que afetam o setor florestal. “Na conferência, discutimos mais de 100 propostas, algumas dessas propostas foram priorizadas pelos delegados, e muitas delas foram levadas para análise e priorização pelo governo federal na COP 30. Apesar do caráter predominantemente ambientalista da conferência, a FIEMG trabalhou para equilibrar as propostas, representando os interesses do setor produtivo, e buscando garantir que as propostas que afetam o setor florestal sejam mais equilibradas”, explicou Martins.

Em sequência, a analista destacou a importância do programa 360 da FIEMG, que visa garantir a representatividade da indústria nas audiências públicas, especialmente em questões ambientais. “O programa 360 foi criado para garantir que a voz da indústria fosse ouvida nas audiências públicas, onde historicamente o viés ambientalista dominava as discussões. O programa é voluntário e conta com cerca de 900 participantes, que defendem projetos da indústria, buscando equilibrar as discussões e fortalecer a posição do setor”, explicou Martins.

Ela também ressaltou a relevância da participação da FIEMG nas audiências, como a que discutiu o projeto de alteamento de barragem da Anglo American, fundamental para a continuidade das operações da mineradora e para o desenvolvimento econômico da região.

Seguindo, foi apresentado a Minuta de Deliberação Normativa CERH-MG foi apresentada, discutindo a suspensão e cassação das outorgas de direito de uso de recursos hídricos devido ao não-pagamento da cobrança pela utilização desses recursos. O debate gerou reflexões sobre os impactos dessa medida para a sustentabilidade da indústria florestal e alternativas para garantir o uso responsável da água no setor.

A reunião também abordou a certificação para madeira tratada, com a apresentação do PROMAT, que explicou o processo de certificação desenvolvido em parceria com a ABNT, visando padronizar e garantir a qualidade do produto final.

Informações: Imprensa FIEMG

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