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PL que permite uso de créditos de carbono para abater impostos é aprovado na Comissão de Agricultura

Processo de avaliação da conformidade é essencial para garantir a integridade dos créditos de carbono e a confiança de investidores no setor agropecuário, defende Associação

Nesse mês, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1436/24, que permite o uso de créditos de carbono como forma de compensação tributária nas atividades agropecuárias. Com potencial para impulsionar a sustentabilidade no campo, a proposta acende um alerta sobre a importância de garantir confiança e transparência no mercado de carbono brasileiro e instrumentos técnicos sólidos para que ele funcione com segurança.

A Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) destaca que a confiabilidade dos créditos depende da implementação de sistemas robustos de avaliação da conformidade, realizados por organismos acreditados e alinhados a padrões nacionais e internacionais. “A proposta do PL é positiva e representa um avanço importante. No entanto, para que funcione de forma íntegra e segura, é indispensável que os créditos sejam fundamentados em avaliações competentes, realizadas por instituições isentas”, afirma Alexandre Xavier, vice-presidente de ESG da Abrac.

O texto aprovado autoriza produtores rurais a utilizarem créditos certificados, originados da preservação de florestas nativas ou reflorestadas, para quitar tributos relacionados à produção agropecuária. Além disso, incorpora o PL 3769/24, que reconhece a geração de créditos de carbono como atividade rural, permitindo deduções no Imposto de Renda para produtores que investirem na geração desses ativos. Visando incentivar o reflorestamento, o PL também considera que áreas recuperadas sejam utilizadas na compensação tributária. O texto partirá agora para a análise das Comissões de Meio Ambiente, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça da Câmara.

Segundo Xavier, esse movimento legislativo está alinhado ao crescente interesse do Brasil em liderar o mercado global de carbono. “O país tem vocação para protagonizar esse mercado, especialmente no setor agropecuário. Mas para isso, é preciso garantir que os dados apresentados pelos projetos sejam confiáveis, auditáveis e livres de conflitos de interesse — e isso só é possível com a aplicação efetiva da avaliação da conformidade”, destaca.

A avaliação da conformidade é um processo técnico que atesta se produtos, processos, sistemas ou serviços estão em conformidade com requisitos previamente estabelecidos. No contexto do mercado de carbono, ela é fundamental para evitar fraudes, como a dupla contagem de créditos, e garantir a rastreabilidade das ações ambientais.

Para a Abrac, esse é o momento de garantir que o crescimento do setor venha acompanhado de credibilidade, integridade técnica e alinhamento com as boas práticas internacionais. “Não basta crescer — é preciso crescer com confiança. A avaliação da conformidade será um dos pilares para estruturar um mercado de carbono sólido, com impacto real para o meio ambiente, segurança jurídica para os produtores e atratividade para investidores”, conclui Alexandre Xavier.

Sobre a Abrac

Fundada em 2009, a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) reúne os principais laboratórios e certificadoras acreditadas ao Inmetro e que são responsáveis pela avaliação da conformidade de produtos, sistemas que são oferecidos aos cidadãos. A avaliação da conformidade, operada pelos entes acima citados, tem por objetivo informar e proteger o consumidor, em particular quanto à saúde, segurança e meio ambiente; propiciar a concorrência justa; estimular a melhoria contínua da qualidade; facilitar o comércio internacional; e fortalecer o mercado interno, atuando em conjunto com os órgãos reguladores das atividades em âmbito nacional.

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Valmet avança na construção de fábrica em Vespasiano (MG)

Conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre de 2025. Nova unidade fabril irá produzir 1,5 milhões de metros quadrados de elementos filtrantes, com planos de expansão para até 2,5 milhões, para as indústrias de mineração, química, papel e celulose, entre outras

A Valmet, fabricante de filtros de tecidos técnicos, utilizados pelos setores de mineração, papel e celulose, entre outros, está em ritmo acelerado na construção de sua nova fábrica em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Com metade da obra já concluída e novos equipamentos na etapa final de aquisição, a nova unidade de produção segue o cronograma previsto e deve entrar em operação no segundo semestre deste ano. A empresa irá transferir suas atividades do bairro Olhos D’Água, na região Oeste da capital mineira, para o novo endereço. 

Com 12 mil metros quadrados, a nova unidade pretende aumentar a capacidade produtiva em 34% já no primeiro ano de operação e terá infraestrutura para triplicar a capacidade produtiva da empresa no país ao longo dos anos seguintes, que representa um avanço significativo para a operação da multinacional finlandesa. “Com a nova infraestrutura e novos equipamentos teremos maior capacidade e maior controle dos processos produtivos, com o objetivo de aprimorar o nível de atendimento aos clientes em termos de capacidade e agilidade nas entregas, qualidade e desenvolvimento de novos produtos. Tudo isso com máxima confiabilidade e desempenho otimizado nos processos de filtração. Vamos incorporar todo o ciclo produtivo dos elementos filtrantes na nova unidade, desde a matéria-prima até a entrega do produto acabado”, explica o gerente de operações da Valmet, José Luiz Rodrigues. 

A linha de produtos da Valmet voltada à filtração inclui tecidos e feltros para as indústrias de mineração, química, papel e celulose, lavanderias e diversas aplicações de aplicações de filtração a seco. A empresa é reconhecida como uma das principais fornecedoras globais do segmento.

A filtração de concentrado na mineração exige tecidos de alta precisão, com desempenho consistente e garantia de repetibilidade — atributos que apenas um fabricante especializado pode assegurar ao longo de todo o fornecimento. “É nesse contexto que a Valmet se destaca, oferecendo soluções sob medida que atendem aos mais rigorosos padrões de qualidade e eficiência. Hoje, somos reconhecidos como um dos principais fornecedores do mercado, atuando junto aos maiores players dos setores de mineração, fertilizantes, cervejarias, indústrias químicas, além do segmento de papel e celulose, o qual lideramos, com ampla vantagem, no fornecimento de telas filtrantes para o processo de caustificação na América do Sul”, complementa Cleber Mattar, gerente de vendas da Valmet.

A construção da nova fábrica representa um marco estratégico para a Valmet. Com instalações mais amplas, modernas e tecnologicamente avançadas, reforçamos nosso compromisso com a inovação e a excelência operacional. Essa expansão não apenas fortalece nossa capacidade produtiva, como também garante que nossos clientes continuem recebendo soluções de ponta, com agilidade, confiabilidade e o suporte técnico que sempre foi nossa marca registrada.

Compromisso com sustentabilidade: um futuro mais verde

A nova unidade fabril será equipada com maquinários modernos e terá foco em melhorias na eficiência energética das operações, além da redução das emissões no meio ambiente. Um dos destaques é o sistema de aquecimento da calandra, máquina utilizada no acabamento dos tecidos, que terá o sistema de aquecimento por meio da queima de gás – fonte geradora de CO₂ – substituído por sistema de aquecimento elétrico. A fábrica em Vespasiano também foi projetada para aproveitar melhor a iluminação natural, reduzindo o consumo de energia. Além disso, sua localização estratégica contribuirá para a diminuição do transporte rodoviário, o que implica em menor emissão de gases poluentes. 

Geração de empregos

Hoje, a unidade da Valmet em Minas Gerais gera em torno de 145 empregos diretos, dos quais 25 foram contratados recentemente como parte do projeto de expansão. “No momento, temos 14 vagas abertas para contratação nos setores de Produção e Logística. Em alguns anos o número de empregos diretos deve saltar para aproximadamente 250 postos de trabalho diretos”, explica o gerente. 

Infraestrutura

Do ponto de vista construtivo, o prédio industrial já conta com toda a estrutura metálica, cobertura, piso e fechamentos laterais concluídos. Atualmente, os trabalhos estão concentrados na infraestrutura interna, incluindo as instalações elétricas e o sistema de iluminação. Nas áreas externas, a obra encontra-se na etapa final de terraplanagem, drenagem e compactação do solo, preparando o terreno para o asfaltamento.   

Sobre a Valmet: 
A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e controle de fluxo, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 225 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2024 foram de aproximadamente 5,4 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia.

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Dia da Mata Atlântica: restauração já avança em 118 mil hectares, mas ainda é pouco diante da urgência climática

Município com projeto de Sebastião Salgado é líder na atividade no país; coalizão de ONGs e empresas destaca a importância de recuperar áreas degradadas

A Mata Atlântica é o bioma mais degradado no Brasil, com apenas 24% da cobertura vegetal original. Segundo dados do MapBiomas, o ecossistema perdeu aproximadamente 3,7 milhões de hectares de cobertura vegetal entre 1985 e 2023. As iniciativas para sua restauração já estão em curso, mas ainda precisam ganhar escala. O bioma conta com 118 mil hectares em processo de recuperação, segundo o Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR), administrado pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Celebrado em 27 de maio, o Dia da Mata Atlântica é uma oportunidade para reforçar a urgência de ampliar ações de restauração ecológica. Essa atividade é crucial para regular a temperatura, promover ecossistemas saudáveis e garantir a manutenção de serviços ecossistêmicos, como a conservação de nascentes e rios que abastecem grandes centros urbanos. Na Mata Atlântica, que abriga cerca de 70% da população brasileira e responde por 80% do PIB nacional, a atividade é ainda mais estratégica e rodeada de desafios.

De acordo com Rubens Benini, colíder da Força-Tarefa Restauração da Coalizão Brasil, o desmatamento na Mata Atlântica está relacionado à conversão do solo para atividades ligadas à especulação imobiliária (principalmente nas regiões próximas a grandes centros urbanos) e à agricultura. 

“O mais agravante é que temos perdido muita floresta madura, que estava em estágio avançado de regeneração”, destaca. “Para aumentar a conservação da Mata Atlântica, é preciso restaurar as áreas degradadas, que são muitas: mais de 2 milhões de hectares estão em áreas de APP (Área de Preservação Permanente) e Reserva Legal.”

Secretária-executiva do ORR, Tainah Godoy destaca que a Mata Atlântica abriga os esforços mais antigos de restauração da vegetação nativa no Brasil. Um dos exemplos é o Instituto Terra, fundado pelo fotógrafo Sebastião Salgado — falecido na semana passada — e sediado em Aimorés (MG), município que lidera o ranking nacional em área dedicada à recuperação florestal, com 4,8 mil hectares.

“Para avançar na restauração, é preciso gerar conhecimento — e há muitos centros de pesquisa engajados em estudos sobre as espécies nativas da Mata Atlântica”, explica Godoy. “O bioma conta também com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, o mais antigo coletivo dedicado a essa atividade no país, que reúne organizações multissetoriais, lidera iniciativas no território e estabelece diálogos com os governos.”

No documento “Brasil sem desmatamento“, lançado em março, a Coalizão Brasil defendeu o fortalecimento do setor de restauração de paisagens e florestas como medida essencial para erradicar a devastação dos ecossistemas. A rede reivindica investimentos da União e dos estados, além de parcerias público-privadas para concessões, restauração e manejo florestal. Estas iniciativas, segundo a publicação, funcionariam como “uma barreira ao avanço do desmatamento e viabilização econômica para manutenção da floresta em pé.”

Sobre a CoalizãoCoalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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Empapel lança portal Embalagem Consciente

Site tem o intuito de fornecer informações atualizadas, curiosidades, dados técnicos e demonstrar a sustentabilidade das embalagens de papel

Marcando o novo momento em sua área de Comunicação&Marketing, a Empapel acaba de lançar o portal que dá vida ao movimento Embalagem Consciente: www.embalagemconsciente.com.br. A página nasce dedicada a demonstrar a versatilidade e sustentabilidade do produto por meio de informações técnicas, tendências e inovações.

O portal foi desenvolvido com layout arrojado e pensado para facilitar o acesso a informações sobre as embalagens de papel. Infográficos, blog, cases e artes especialmente desenvolvidas para estimularem a navegação.

“Trata-se de uma ferramenta de suma importância não só para o setor, mas para a sociedade. São dois grandes objetivos que temos a cumprir com o Embalagem Consciente: garantir uma base sólida de informações para empreendedores que precisam tomar de decisão sobre qual material escolher em suas embalagens; prover conhecimento para o consumidor final que, no momento de sua opção terá massa crítica para decidir pela embalagem que julgar ambientalmente mais correta”, afirma o presidente-executivo da Empapel, Embaixador José Carlos da Fonseca Jr.

O portal estará em constante atualização, levando ao público dados mais recentes do mercado de embalagens de papel, ao mesmo tempo em que reforça a versatilidade do produto, que é utilizado em mais de 20 segmentos, os quais fazem uso de embalagens de papel para resistir a umidade, gordura, peso, entre outras necessidades.

“Fizemos um trabalho de meses para reunir o material e organizá-lo de modo coerente. Para isso, contamos com colaboração das nossas associadas, do assessor técnico Paulo Fornazari, e de nossa agência especializada em marketing, chamada Aldeia. É mais um passo importante em nosso planejamento que prevê mais produtos de comunicação, como podcast, eventos proprietários e aproximação com outras associações”, comenta Thiago Santiago, gerente de Comunicação da Empapel. 

Para conferir as novidades e mais informações, basta acessar o endereço www.embalagemconsciente.com.br

Sobre a Empapel

A Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel, surge em 2020 no lugar da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) – que desde 1974 representou aquele segmento. Com a ambição de ir além do papel ondulado, a entidade tem como missão ser reconhecida como uma associação que transforma o diferencial ambiental das embalagens de papel.

A Empapel quer promover uma ampliação de mercados e de oportunidades de negócios para seus associados, além de alcançar protagonismo em soluções para embalagens.

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Manual de Boas Práticas na Arborização Urbana é lançado pelo Confea

Na manhã da última quinta-feira (22), durante a reunião da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF), foi lançado oficialmente o Manual de Boas Práticas na Arborização Urbana nos Municípios Brasileiros. A publicação propõe princípios e diretrizes técnicas para a arborização de praças, parques e vias públicas, com foco na promoção da qualidade de vida nas cidades e no enfrentamento às mudanças climáticas.

Eleandro Brun

De acordo com o coordenador da CCEEF, engenheiro florestal Eleandro Brun, o lançamento marca um momento de retomada do protagonismo da Engenharia Florestal frente aos grandes desafios urbanos. “Vocês já se perguntaram qual o legado que vão deixar para a Engenharia Florestal? O que fizemos para que a nossa profissão mostrasse o seu valor à sociedade? Este manual é uma resposta concreta, construída a várias mãos, com respaldo técnico e engajamento do Sistema Confea/Crea”, destacou.

O documento ressalta a importância da arborização urbana como ferramenta de mitigação das ilhas de calor, melhoria da qualidade do ar e conforto térmico, além dos impactos positivos na saúde física e mental da população. Diante do agravamento dos eventos climáticos extremos, como alertam o IPCC e a Organização Meteorológica Mundial, o manual convida gestores públicos a repensarem o planejamento urbano com base em evidências científicas e técnicas.

Nielsen Christianni

Presente no evento, o vice-presidente do Confea, engenheiro florestal Nielsen Christianni, reforçou o compromisso da engenharia com políticas públicas responsáveis e embasadas na ciência. “Se não tivermos conhecimento técnico nas decisões que moldam nossas cidades, ficaremos depois tentando nos adaptar a algo que não condiz com a realidade. Essa cartilha é mais do que um manual: é um instrumento de política pública nacional para arborização urbana”, afirmou.

A publicação é destinada especialmente aos gestores municipais e profissionais do Sistema Confea/Crea, como engenheiros agrônomos e florestais, que atuam no planejamento e execução de projetos de arborização urbana. O material propõe uma abordagem integrada entre urbanismo, sustentabilidade e justiça climática, ressaltando o papel estratégico das cidades na resposta à emergência climática global.

Confira a publicação na íntegra:

Informações: CONFEA.

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