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Bracell confirma investimento de US$ 4 bilhões em fábrica de celulose em MS

Unidade em Água Clara (MS) terá capacidade de produzir 2,8 milhões de toneladas e gerar até 13 mil empregos

A Bracell, empresa do grupo indonésio RGE, confirmou o investimento de US$ 4 bilhões para a construção de uma nova fábrica de celulose no município de Água Clara, em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito durante o Fórum Empresarial Brasil-Indonésia, realizado no Rio de Janeiro no último domingo (17).

A unidade, que terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano, está localizada a 15 quilômetros do centro urbano de Água Clara e promete gerar até 13 mil empregos, sendo 10 mil durante a construção e 3 mil na operação.

O processo de licenciamento ambiental já foi iniciado, com previsão de conclusão do estudo até fevereiro de 2025. Esse é mais um grande investimento no setor de celulose em Mato Grosso do Sul, que se consolidou como um dos principais polos desse segmento no Brasil.

O governador do Estado, Eduardo Riedel, destacou a importância da parceria com a Bracell e enfatizou os benefícios econômicos para a população local. “Estes novos investimentos vão gerar empregos e melhorar a renda dos cidadãos de Mato Grosso do Sul”, afirmou Riedel.

Mato Grosso do Sul: o “Vale da Celulose”

Mato Grosso do Sul já é reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, respondendo por 24% da produção nacional do setor. O Estado possui a segunda maior área cultivada de eucalipto do Brasil e ocupa o primeiro lugar na produção de madeira em tora para a fabricação de papel e celulose. Além disso, é vice-líder em área plantada com árvores, atrás apenas de Minas Gerais.

A cadeia produtiva florestal em MS é responsável por mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. O Estado conta com quatro fábricas de celulose em operação e já anunciou a construção de outras duas unidades, incluindo a da Bracell, que será a sexta planta no Estado.

Ambiente favorável aos negócios

Esse crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul é resultado de um ambiente positivo de negócios criado pelo Governo Estadual. A combinação de incentivos fiscais, infraestrutura de logística e o apoio a novos empreendimentos contribuem para atrair grandes investimentos como o da Bracell, que se junta a outras multinacionais que apostam na região como polo industrial.

Informações: MS TODO DIA.

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“Conciliação na Eldorado pode trazer investimento considerável em celulose e ferrovias”, diz governador Eduardo Riedel

Grupo J&F pretende adquirir participação da Paper na Eldorado e realizar investimento de R$ 25 bilhões que vinha sendo travado pela empresa sino-indonésia

Na segunda-feira (18), uma audiência de conciliação realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe avanços nas negociações entre a J&F Investimentos e a Paper Excellence, envolvendo a Eldorado Brasil Celulose, embora um acordo definitivo ainda não tenha sido alcançado. Sob condução do ministro Kassio Nunes Marques, o encontro marcou um novo capítulo no litígio que se estende há sete anos e que tem travado um plano de expansão da Eldorado estimado em R$ 25 bilhões. A J&F propôs adquirir a participação da Paper, medida que poderia desbloquear esse investimento substancial.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), destacou a relevância desse possível acordo para o estado e para o país. “O Estado de Mato Grosso do Sul é hoje uma nova fronteira de desenvolvimento e crescimento econômico do país. A gente acompanha essa possibilidade de conciliação com a expectativa de que o resultado seja positivo para o Mato Grosso do Sul e o Brasil, uma vez que há possibilidade de um investimento considerável na expansão da planta de celulose da Eldorado, bem como no modal ferroviário para escoamento da produção”, afirmou Riedel à reportagem do Brasil 247.

A proposta da J&F para adquirir a participação da Paper Excellence foi confirmada em nota oficial. A empresa declarou estar “pronta e com recursos disponíveis para fazer uma proposta pela totalidade das ações detidas pela Paper Excellence na Eldorado por um valor de mercado, que garanta alta rentabilidade para seu investimento e liberte a Eldorado do litígio promovido há sete anos pela empresa estrangeira, possibilitando a retomada dos investimentos e da geração de empregos”.

Histórico do Litígio e Intervenções

O conflito começou em 2017, quando a Paper adquiriu 49,41% da Eldorado, enquanto a J&F manteve 50,59%. No entanto, a Paper não obteve as autorizações necessárias do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Congresso Nacional, resultando na anulação do contrato pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), decisão mantida pelo STF. A situação foi agravada pelas acusações de má-fé processual, levantadas por Nunes Marques.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também interveio, suspendendo os direitos de voto da Paper na Eldorado por considerar que a empresa agia de forma anticompetitiva, o que dificultava a expansão da companhia e ameaçava a concorrência no setor de celulose.

Impactos Potenciais e Benefícios Econômicos

Segundo Wesley Batista, acionista da J&F, a expansão da Eldorado, que incluiria a construção de uma nova linha de produção, poderia aumentar a capacidade da empresa de 1,8 milhão para 4,4 milhões de toneladas anuais, gerando cerca de 10 mil empregos durante a fase de construção e 2 mil na operação. O projeto também prevê uma ferrovia de 90 quilômetros, ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado, fortalecendo a infraestrutura regional, como também destacou o governador Eduardo Riedel.

O prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro, também destacou o potencial de desenvolvimento que o acordo poderia trazer. “O impacto será totalmente positivo tanto para o município quanto para o estado. Serão novas vagas de emprego para a população e desenvolvimento humano e financeiro para todos”, disse Guerreiro à reportagem do Brasil 247, apontando a importância de um desfecho que beneficie o crescimento sustentável da cidade e da região.

Expectativas para o Futuro

A continuidade das negociações no STF pode sinalizar uma solução iminente que destrave os investimentos, consolidando a posição do Brasil como um dos principais exportadores de celulose no mercado global. Para Riedel, além de fomentar a economia, um acordo trará novos empregos e uma infraestrutura ampliada que atrai outros investimentos. “E novos investimentos consequentemente geram novos empregos, novas oportunidades, melhoram a renda, e aportam na ampliação da capacidade de escoamento, na atração de outros players, novas moradias, enfim, uma gama de serviços que vem atrelada ao desenvolvimento”, concluiu o governador.

Informações: Correio de Corumbá.

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Pode outra profissão substituir o engenheiro florestal no manejo florestal sem prejuízo ao meio ambiente?

*Artigo de Cícero Ramos

Mais de 250 anos de ciência florestal se passaram desde que o saxão Hans Carl von Carlowitz criou o tema “sustentabilidade” para a produção perpétua das florestas. No Brasil, há 64 anos foi criado o curso de Engenharia Florestal. Esse curso é uma invenção nacional? Ele pode ser substituído por outra formação?

Respondendo a primeira pergunta, não, o curso já existe há vários anos nos principais países do mundo, como principalmente a Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França, Suécia, dentre outros. Quase uma década antes do Brasil, a Colômbia, o Chile e a Argentina, já tinham, na América Latina, criado também seus cursos de engenharia florestal que surgiram por meio interferência da Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isso ocorreu devido à importância ambiental e econômica das florestas nativas no pós-guerra, buscando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

Por que criaram um curso com especialização tão focada, tão específica, outros cursos não cobririam estas necessidades? Já agora respondendo a uma segunda questão, recursos abundantes e ecossistemas florestais diferenciados, recomposição de florestas, técnicas de regeneração e plantio, manutenção de habitas, alternativas de uso do solo, previsões de produção em floresta, produtos não madeireiros oriundos da floresta, manutenção de florestas, necessidades econômicas, dentre outras variáveis heterogenias, clamavam, como clamaram antes na Europa, por alternativas técnicas e ciências que pudessem responder de forma organizada há estas questões que variavam de ambiental a econômica.

A engenharia florestal contribuiu para os avanços no Código Florestal de 1965, que aperfeiçoou o Código de 1934, incluindo a proibição da exploração empírica das florestas primitivas da região amazônica, que só poderiam ser exploradas mediante planos técnicos de condução e manejo.

Em que pese a legislação, de forma bem intencionada, tentar simplificar as normas para o manejo de florestas naturais (esse é o tema que abordaremos aqui), e isso é compreensível, continuam subjacentes as necessidades de conhecimentos técnico-científicos para elaboração e execução dos planos de manejo.

Por exemplo: O engenheiro florestal precisa saber o ambiente ideal para a regeneração natural de determinada espécies, e também se algum tratamento silvicultural adicional será necessário. 

O engenheiro florestal precisa saber planejar e calcular a rede ideal   de estradas, pátios e trilhas de arraste visando menor dano ambiental e com menor custo. Precisa conhecimentos de exploração de impacto reduzido. Precisa entender e combinar rede de estradas e arraste com menor dano as áreas de preservação permanente (APP).

Precisa conhecimento sólidos de estratificação das diferentes tipologias e sub-tipologias, e sua combinação de espécies florestais para um melhor lançamento amostral estatístico, o qual não comprometa a regeneração da floresta quando explorada.

Além disso, precisa saber identificar a qualidade, sanidade e potencial dos fustes a serem manejados e quais devem ficar como árvores matrizes ideais.

O engenheiro florestal precisa estudar a capacidade suporte da floresta a ser manejada e qual a intensidade de exploração que deve ser utilizada de maneira a que não ponha em risco a sustentabilidade da mesma. A floresta, e dentro dela, todas a suas espécies, possuem uma “faixa de variação ótima” na sua curva de desenvolvimento e formação. Retiradas que perturbem esta faixa de variação, implicarão no “ponto de não retorno” mencionado por especialistas e seguidamente mencionado na mídia.

O engenheiro florestal precisa saber monitorar a floresta em exploração. Para isso não são suficientes a correta instalação de parcelas permanentes, mas saber calcular sua intensidade ideal, e mais que isso, interpretar seus resultados a luz das informações das fases sucessionais da floresta.

Quais classes diametricas merecem abertura para luminosidade? E para qual espécie? E em que intensidade? Como está a estrutura da floresta? Os ciclos de corte estarão adequados? Quando ela estará produtiva de novo? Já pode haver uma reentrada no talhão? Como pleitear isto junto aos órgãos ambientais? Quais medidas mitigadoras devem ser utilizadas no caso de impactos imprevistos?

Com o advento da preocupação ambiental, várias profissões passaram a opinar sobre o meio ambiente de forma caótica. Sem uma direção clara. Isso foi tomando proporções maiores sem a ação corretiva das instituições responsáveis. A questão, é que já havia uma formação que permitia trabalhar com as florestas naturais de formas produtiva, quando necessário. Afinal, o manejo florestal, é bom lembrar, é o único uso do solo que mantém a cobertura florestal. Grandes cientistas do passado, como Carlowitz,  Hartig, Cotta, Liocourt, Brandis, Odum, Osmaston, Whitmore, Dawkins, mais recentemente, Natalino Silva, dentre vários,  já tinham pensado o uso das florestas naturais de forma sustentável e estes conhecimentos encontram-se TODOS dentro do Curso de Engenharia Florestal.

O manejo de florestas naturais está alinhado com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente nos objetivos 8, 12, 13, 15 e 17. Esses objetivos buscam aumentar a produtividade e preservar a cobertura florestal, ao mesmo tempo que promovem a conservação dos ecossistemas, a biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e geram emprego e renda nos estados amazônicos, oferecendo uma alternativa viável ao desmatamento ilegal.

Em função do exposto, o engenheiro florestal precisa saber identificar as áreas de ocorrência principal das espécies e diferenciar das ocasionais e identificar o risco local de determinada espécie, se esse for o caso. Ele também precisa entender de modelos matemáticos de crescimento e volume de madeira, ajustar equações hipsométricas.  Combinar variáveis dendrométricas com ambientais.

Por outro lado sabemos, que todas estas preocupações não utilizam talvez até o momento, 20 ou 30% do aporte e estoque cientifico que a Engenharia Florestal possui. Mas ela possui!!! E só ela está qualificada a enfrentar os novos desafios que surgirão quando das necessidades já em discussão sobre o aperfeiçoamento do manejo se tornarem mais fortes. Manejo de precisão, manejo por espécie são novos desafios! A ciência não para! Embrapa, INPA, faculdades, continuam apresentando sugestões de modernização do manejo. Mais e mais especialistas com sólida formação e Ciência Florestal serão necessários. Novos protocolos de manejo estão sendo desenvolvidos.

Para compor a Ciência Florestal são necessárias várias disciplinas, entre as principais, resumiríamos: Ecologia Florestal, Botânica florestal, Dendrologia, Entomologia Florestal, Dendrometria, Colheita florestal, Inventário Florestal, Economia Florestal, Estradas Florestais, Silvicultura e tratamentos silviculturais, Tecnologia da madeira, Melhoramento Florestal, Estatística florestal, e muitas outras as quais fecham numa disciplina que une todos estes pontos: o Manejo de Florestas Naturais.

Transferir a responsabilidade técnica e científica para profissionais sem a devida qualificação seria irresponsável. O conhecimento das normas de uma operação médica não torna o indivíduo capacitado a operar em nome do cirurgião que estudou para isso e conhece os meandros do corpo humano.  Repetimos, subjacente a norma, existe a necessidade do conhecimento da ciência. 

Quem se responsabiliza por autorizar a outrem o direito a manejar os recursos florestais se responsabilizará por previsíveis danos ambientais e econômicos que ocorrerem no futuro? Fica a pergunta.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Exclusiva – Genética avançada ArborGen garante ganhos e multibenefícios no cultivo de pinus e eucalipto  

Empresa se consolida como líder na comercialização de mudas desenvolvidas por meio de estudos avançados e ciência de ponta, e expande operações no Brasil; há novidades para serem lançadas no mercado já em 2025; saiba mais

Atendendo aos principais players do setor florestal, a ArborGen (www.arborgen.com.br) está presente no Brasil há 20 anos semeando inovação genética, e há 10 anos atuando na comercialização de mudas de pinus e eucalipto por meio de ciência de ponta, se consolidando como líder mundial em genética avançada no segmento. Presente em sete estados do país, a empresa expandiu recentemente suas operações na região Nordeste, com a aquisição de um novo viveiro em Teresina, no Piauí, aumentando sua capacidade interna de produção para aproximadamente 94 milhões de mudas por ano. 

Desde o início de suas operações comerciais em 2014, mais de 700 milhões de mudas foram expedidas. Os últimos três anos destacam-se como os mais expressivos, representando mais de 70% do total comercializado, refletindo o crescimento acelerado e os investimentos estratégicos da empresa no setor. Em termos de comparação, considerando um espaçamento padrão de 3×3 metros, esse número de mudas seria suficiente para cobrir uma área de 630 mil hectares, demonstrando o impacto significativo da ArborGen no mercado florestal.

E não para por aí: para o próximo ano, a empresa planeja o lançamento de novos materiais genéticos, que estão em fase final de estudos, e também a validação de materiais já antes explorados, que serão disponibilizados em escala comercial.

Com DNA de inovação e atenta às necessidades do mercado, a ArboGen Brasil agrega com sua expertise e inovação no cultivo de mudas e no atendimento de seus clientes, visando qualidade e diferenciais inigualáveis que contribuem significativamente para o desenvolvimento do setor florestal no país.

Diferenciais & Ganhos

Com uma silvicultura adequada, o produtor pode agregar ganhos diretos no produto final. Algumas características que a ArborGen busca em seus materiais genéticos:

  • Celulose e papel: maior produção em toneladas de celulose/ha;
  • Produção de carvão: maior produção de carvão em toneladas/ha;
  • Geração de energia: maior poder calorífico/ha;
  • Serraria: desbastes precoces, maior volume de toras/ha, melhor aproveitamento das toras na serraria;
  • Redução do teor e alteração do tipo de lignina;
  • Aumento de crescimento;
  • Alteração da qualidade da madeira (maior densidade básica e tolerância à seca).

Prospecção 

O mercado florestal cresce e aponta alta demanda por mudas nos próximos anos. Novos megaempreendimentos no ramo de papel e celulose estão sendo construídos, enquanto outros se alinham para despontar, gerando investimentos na ordem de bilhões e elevando o país a se tornar um polo mundial nos segmentos. E para atender essa demanda, a ArborGen vem se preparando a cada ano, investindo em inovação, tecnologia, parcerias para os cultivos, bem como novas aquisições, como foi o caso do novo viveiro da empresa, adquirido recentemente no Piauí, expandindo sua presença na região.

O novo viveiro possui uma capacidade de produção anual de aproximadamente 15 milhões de mudas de eucalipto, com a possibilidade de expansão para 18 milhões com um investimento mínimo. Com essa aquisição, a capacidade interna de produção da ArborGen Brasil será ampliada para aproximadamente 94 milhões de mudas por ano, sendo 77 milhões de mudas de eucalipto e 17 milhões de mudas de pinus.

Novo viveiro em Teresina (PI).

O Mais Floresta (www.maisfloresta) falou com Murici Carlos Candelaria, Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ArborGen Brasil, que explicou um pouco mais sobre os processos inovadores em genética avançada da empresa dos quais a torna líder no segmento.

Mais Floresta – Quais os três principais materiais de eucalipto e pinus que têm garantido os melhores resultados para clientes ArborGen, e quais os seus diferenciais? 

Murici Carlos – Como atendemos todo o Brasil, os materiais de destaque para a ArborGen são aqueles que apresentam uma alta plasticidade em termos de produtividade, adaptação climática, resistência a pragas e destino de uso.   Nessa linha, temos destaque para três materiais de eucalipto o GG2808, GG2673, GG1923, IPB58 e IPB62. Enquanto no pinus podemos destacar as Famílias de pinus taeda de polinização controlada como AGM22 e AGM37 e de polinização aberta como AGOP88 e AGOP89além do material originário da Argentina o HSCC.

  • GG2808, GG2673 e GG1923 – Esses materiais têm se destacado pela sua alta plasticidade, sendo recomendado em diversas regiões. Em todos os nossos experimentos, apresentam desempenho superior em comparação com materiais de referência. Em especial o GG2808 tem uma característica de rápido fechamento de copa proporciona um excelente controle de mato-competição, impactando no manejo. Ambos os materiais apresentam densidade básica acima de 500 kg/m³, são opções robustas e versáteis, ideal tanto para a produção de celulose quanto para o uso em biomassa.
  • IPB62 e IPB58 – Também se destacam pela alta plasticidade e adaptabilidade, sendo escolhas confiáveis para diversas regiões produtivas. Já em uso comercial, continuam em validação em regiões ainda não explorados, e assim como o GG2808, GG2673 e GG1923, tem demonstrado excelente performance, superando consistentemente os materiais de referência. Uma característica marcante do IPB62 é o rápido desenvolvimento em diâmetro (DAP), aliado a uma alta eficiência no uso de água. É uma opção versátil para a produção de biomassa e celulose.
  • AGM22 – O AGM22 provém de um nível elevado de melhoramento, pois é um cruzamento controlado, com pais altamente produtivos. Esse material, possui como característica principal a produtividade alta e copa estreita com galhos finos. Para explorar todo potencial genético dessa família, é crucial plantar em solos profundos com alta capacidade nutricional.
  • AGM37 – Outro material elite, também é obtido através de polinização controlada, o AGM37 possui produtividade similar ao anterior, ideal para quem possui manejo com desbastes. Esse material, necessita também de solos ricos em nutrientes, mas é considerado mais plástico do que a família anterior.
  • AGOP88 e AGOP89 – Materiais de polinização aberta possibilitando uma maior variabilidade. Essas famílias são amplamente vendidas em todas as regiões do Sul do Brasil. Possuem características excelentes para quem necessita trabalhar a floresta para um ciclo acima de 14 anos, em função da retidão de fuste, galhos mais finos e copa mais estreita.
  • HSCC – Esse material é proveniente de um mix de famílias de polinização aberta e foi desenvolvido pela Bosques Del Plata. Vem se destacando pela alta capacidade produtiva e arranque inicial da floresta. Solos profundos proporcionam o um sítio ideal para desenvolvimento. Também é recomendado para quem realiza manejo com desbastes ao longo de todo o ciclo.   

Mais Floresta – Há algum novo projeto/clone que a empresa está desenvolvendo e que esteja prestes a ser lançado no mercado? Se sim, qual seria, e o que diferencia esta espécie das outras?

Murici Carlos – Sim, com a reestruturação do setor de pesquisa, estamos planejando novos projetos visando atender e beneficiar nossos clientes, além da comercialização de materiais genéticos. Com nosso programa de melhoramento ativo, estamos em fase final de seleção para o lançamento de novos materiais genéticos em 2025, entre as novidades temos o GG3362, material de destaque em nossos experimentos em diversas regiões, além disso, trabalhamos com a validação de materiais já antes explorados, como o caso do IPB22, que será disponibilizado em escala comercial em 2025.

Mais Floresta – O que se espera em alcance de resultados com este novo projeto?

Murici Carlos – Com este novo projeto, esperamos alcançar resultados significativos em termos de otimização e eficiência para nossos clientes. O sistema tecnológico desenvolvido visa proporcionar um suporte completo ao longo de todo o ciclo de produção florestal, desde a alocação clonal até a colheita final. Com isso, esperamos não apenas melhorar a produtividade e a qualidade das florestas plantadas, mas também aumentar a previsibilidade e a consistência dos resultados, permitindo um manejo mais eficiente, com redução de custos e maior rentabilidade. Além disso, o projeto reforça nosso compromisso em oferecer soluções inovadoras e de longo prazo, estreitando ainda mais a parceria com nossos clientes.

Murici Carlos – Quais processos são envolvidos para criar um novo clone de eucalipto na ArborGen?

Murici Carlos – Seguimos os passos de um programa de melhoramento genético clássico, com definição da estratégia, implementação de teste de progênie, teste clonal e teste clonal ampliado. Ao contrário de muitas empresas do setor que utilizam seu material genético apenas para plantios internos, a ArborGen comercializa seus clones para clientes em diversas regiões. Isso aumenta nossa responsabilidade no processo de validação, pois precisamos garantir que cada novo clone ofereça resultados consistentes e superiores nas mais variadas condições de cultivo. Nosso compromisso com qualidade e desempenho inclui rigorosos testes em diferentes ambientes e a aplicação de técnicas avançadas de avaliação e controle de qualidade, assegurando que apenas os melhores materiais sejam lançados no mercado.

Mais Floresta – O que contribui para os diferenciais em genética avançada ArborGen?

Murici Carlos – Os diferenciais em genética avançada da ArborGen são impulsionados por nossa abordagem integrada, que combina tecnologias de ponta com um programa de melhoramento genético robusto e contínuo. Investimos em pesquisa e inovação, utilizando ferramentas modernas, que nos permite identificar e selecionar os melhores materiais genéticos com precisão. Além disso, contamos com uma ampla rede experimental em mais de 20 estados brasileiros, o que nos permite validar e testar nossos materiais em diferentes regiões e condições ambientais. Esse extenso programa de validação em campo garante que nossos materiais sejam altamente produtivos, resistentes e adaptáveis. A combinação desses avanços tecnológicos e a forte presença no território nacional nos permitem oferecer materiais de eucalipto e pinus que atendem às necessidades específicas de nossos clientes, garantindo soluções eficientes e de alto desempenho.

Mais Floresta – Quais as expectativas do mercado florestal de mudas para os próximos anos? E o que representa este momento para a empresa, com a aquisição do novo viveiro no Piauí?

Murici Carlos – Estamos com uma ótima expectativa para os próximos anos pensando que cada vez mais os materiais ArborGen vem se consolidando no mercado florestal. Nosso objetivo é aumentar nossa participação no mercado com fornecimento de árvores com desempenho superiores que beneficiam a indústria florestal. Hoje já temos um portfólio amplo com Materiais Genéticos comerciais de excelente performance no campo, e com o programa de melhoramento genético em um futuro próximo iremos aumentar ainda mais a diversidade de Materiais Genéticos espalhados em todo o Brasil para atender particularidades de cada região.

Uma nova etapa para a ArborGen foi a aquisição e conquista do novo viveiro no Piauí, isso representa um avanço muito grande em expansão no fornecimento de materiais Genéticos superiores no Nordeste e Norte, uma região com enorme potencial florestal e pronto para receber inovações que impulsionem o aumento da produtividade florestal na região, e nós da ArborGen estamos prontos para contribuir com esses resultados. 

Mais Floresta – Atualmente, quais as linhas de clones que comercializam em maior escala, e que têm dado mais resultados para a ArborGen nos últimos anos, e por quê?

Murici Carlos – Os clones das linhas GG e IPB são os grandes destaques do nosso portfólio, com excelente aceitação no mercado devido à sua alta produtividade, qualidade da madeira e ampla adaptabilidade em diferentes regiões de plantio. A diversidade e robustez desses materiais permitem atender diversas demandas dos clientes, garantindo sempre opções de alto desempenho e resultados consistentes no campo.

Para obter mais informações visite www.arborgen.com.br, e siga a ArborGen Brasil nas redes sociais:

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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