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Oportunidades e desafios do crédito de carbono no agronegócio brasileiro

O mercado de crédito de carbono no Brasil cresce com potencial global. O agronegócio e tecnologias como blockchain impulsionam a geração de créditos, mas desafios como regularização fundiária e padronização ainda precisam ser superados

O mercado de crédito de carbono está em forte expansão no Brasil, com destaque para o agronegócio, setor que reúne grande potencial de mitigação de emissões. Estudos indicam que o país pode atender até 37,5% da demanda global, consolidando-se como um dos principais atores desse mercado. A adoção de práticas sustentáveis não apenas reduz impactos ambientais, mas também gera novas oportunidades econômicas para os produtores rurais.

Expansão e Potencial do Brasil

Os projetos brasileiros voltados para créditos de carbono incluem iniciativas como reflorestamento, manejo sustentável e integração lavoura-pecuária-floresta. Segundo o Banco Mundial, o mercado global de créditos de carbono ultrapassou US$ 850 bilhões em 2023 e deve crescer 15% ao ano até 2030. O Brasil, com vasta cobertura florestal e diversidade de biomas, está bem posicionado para capturar uma fatia significativa desse crescimento.

No entanto, desafios como regularização fundiária e padronização metodológica ainda dificultam o avanço pleno do setor. Sem uma regulamentação clara, produtores e investidores enfrentam insegurança jurídica e operacional.

Regulamentação e Segurança Jurídica

O governo brasileiro busca estruturar o setor por meio do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, que alinha o país a mercados regulados internacionais, como o da União Europeia. Empresas que emitem mais de 25 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano precisarão cumprir metas de compensação, gerando uma demanda interna expressiva por créditos de carbono.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPAM) aponta que o Brasil pode gerar mais de 1 bilhão de toneladas de créditos de carbono até 2030, com protagonismo do agronegócio. A regulação garante maior previsibilidade para investidores e produtores, favorecendo a participação de novos agentes no setor.

Inovação: Blockchain e Tokenização de Créditos de Carbono

A incorporação de tecnologias emergentes, como blockchain, vem revolucionando o mercado de créditos de carbono. A tokenização de ativos ambientais permite digitalizar e fragmentar créditos em tokens negociáveis, facilitando operações e conferindo maior transparência às transações.

Com essa Tecnologia, os créditos de carbono podem conter dados detalhados sobre origem, geolocalização e certificação, permitindo que produtores rurais acessem o mercado de forma simplificada. Além disso, a tokenização reduz fraudes e amplia a rastreabilidade dos ativos ambientais.

Impacto da Regularização Fundiária

A segurança jurídica dos projetos passa diretamente pela regularização fundiária. Somente propriedades com documentação regularizada podem ser incluídas em iniciativas de crédito de carbono, garantindo a integridade e a transparência do processo.

Com o uso de contratos inteligentes, a tokenização pode assegurar que apenas áreas legalmente regularizadas sejam utilizadas, minimizando riscos administrativos e litigiosos.

Sustentabilidade Contratual e Projetos de Longo Prazo

O crédito de carbono exige contratos de longa duração, muitas vezes superiores a 30 anos. A adoção da blockchain pode simplificar essa gestão, permitindo a automação de cláusulas contratuais e reduzindo litígios. Essa inovação dá maior segurança aos proprietários rurais e investidores, tornando o mercado mais acessível e confiável.

A tecnologia também facilita a inserção do Brasil no comércio internacional de créditos de carbono, permitindo negociações mais ágeis e transparentes. Empresas brasileiras já começam a adotar soluções digitais para atrair investimentos e fortalecer a governança ambiental.

Oportunidades para Pequenos Produtores

A expansão do mercado de crédito de carbono também representa uma nova fonte de renda para pequenos e médios produtores. Estudos apontam que a comercialização de créditos pode representar até 20% do faturamento anual de propriedades rurais, principalmente em regiões como o Cerrado e o Pantanal, onde a preservação dos biomas é essencial.

Esse incentivo financeiro pode ser decisivo para que produtores adotem práticas mais sustentáveis, promovendo ganhos ambientais e econômicos simultaneamente.

Perspectivas para o Mercado Brasileiro

Para que o Brasil consolide sua posição como líder global no mercado de crédito de carbono, alguns desafios precisam ser superados. Regularização fundiária, padronização de metodologias e incentivos fiscais são medidas essenciais para viabilizar a participação de mais produtores e empresas nesse setor.

Além disso, é fundamental garantir que projetos desenvolvidos em diferentes biomas, como Amazônia, Cerrado e Caatinga, sejam reconhecidos e valorizados conforme suas especificidades ambientais.

Com planejamento estratégico e colaboração entre governos, setor privado e instituições internacionais, o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, contribuindo diretamente para o combate às mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável.

Informações: Capital Econômico.

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Suzano registra recorde de vendas em 2024 com nova fábrica no MS e aquisição nos Estados Unidos

Empresa comercializou 12,3 milhões de toneladas de celulose e papéis, alta de 7% sobre 2023

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, divulga hoje o balanço referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24) e ao fechamento de ano, com um novo recorde de vendas. Foram comercializadas 12,3 milhões de toneladas de celulose e papéis, alta de 7% em relação a 2023 impulsionada principalmente pelo início das operações da unidade de celulose construída em Ribas do Rio Pardo (MS). A aquisição de fábricas de papelcartão nos Estados Unidos também contribuiu para o recorde anual.

O maior volume de vendas e o câmbio favorável às exportações resultaram na receita líquida de R$ 47,4 bilhões em 2024, alta de 19% em relação ao ano anterior. O Ebitda ajustado cresceu 31%, para R$ 23,8 bilhões, e a geração de caixa operacional aumentou 40%, atingindo R$ 16,2 bilhões. Na última linha do balanço, o resultado negativo de R$ 6,7 bilhões foi ocasionado pelo impacto apenas contábil da variação cambial na dívida e nas operações de hedge em moeda estrangeira, com eventual efeito caixa somente nos vencimentos futuros dos mesmos.

A Suzano investiu R$ 17,1 bilhões em 2024, dos quais R$ 4,5 bilhões destinados à nova fábrica de celulose. Maior linha única de produção de celulose do mundo, a unidade entrou em operação em 21 de julho e concluiu o processo de estabilização da produção em menos de seis meses, um recorde na história do setor e alcançado antes do previsto inicialmente. A nova fábrica também já contribuiu para a redução do custo caixa de produção de celulose da Suzano, que ficou em R$ 828 por tonelada no ano, uma queda de 6% sobre 2023.

“Concluímos com êxito a construção do Projeto Cerrado e demos importantes passos em nossa estratégia com a aquisição de ativos nos Estados Unidos e de participação na austríaca Lenzing, do setor de têxteis. A despeito desses investimentos, chegamos ao final de 2024 com um nível de alavancagem financeira inferior àquele registrado um ano antes, o que reflete a disciplina na alocação de capital, a competitividade operacional e a robustez financeira da companhia”, afirma o presidente da Suzano, Beto Abreu.

Em dólares, a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado caiu de 3,1 vezes em dezembro de 2023 para 2,9 vezes no encerramento de 2024, em linha com o compromisso da companhia de construir o maior projeto de sua história com a alavancagem dentro dos limites estabelecidos em sua política. No período, além de manter em curso um robusto plano de investimentos, a Suzano destinou R$ 2,8 bilhões a programas de recompra de ações e R$ 1,5 bilhão em distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) para seus acionistas.

No ano em que comemorou o Centenário, a Suzano alcançou a marca de 56 mil colaboradores diretos e indiretos, e deu início ao seu ambicioso compromisso de investir até US$ 100 milhões em dez anos em iniciativas de pesquisa, geração de conhecimento e educação para a sustentabilidade, ao lado de renomadas instituições internacionais como a Universidade de Cambridge e a organização não-governamental IUCN, entre outras.

O objetivo central é impulsionar os esforços globais para proteger e restaurar a natureza, por meio da formação de especialistas e líderes em sustentabilidade, além de acelerar pesquisas e a educação em conservação, mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Produtores de fibra curta podem se beneficiar de tarifas, diz Suzano

Segundo dados da companhia, o Canadá exporta por ano para os EUA cerca de 4,5 milhões de toneladas de celulose de fibra longa

Produtores de celulose de fibra curta, produzida a partir de eucaliptos, podem se beneficiar de uma eventual manutenção na promessa do presidente norte-americano, Donald Trump, de sobretaxar os produtos de exportação do Canadá em 25%, afirmaram executivos da Suzano, a maior produtora mundial da commodity, nesta quinta-feira (13).

“Boa parte da fibra longa que entra nos EUA vem do Canadá e quando os EUA decidem tarifar o Canadá, isso vai fazer com que a diferença de preço fique ainda maior”, disse o presidente-executivo da Suzano, Beto Abreu, em conferência com jornalistas.

Segundo dados da companhia, o Canadá exporta por ano para os EUA cerca de 4,5 milhões de toneladas de celulose de fibra longa, produzida a partir de árvores como pinheiros.

“Se tiver alguma taxação específica para a celulose vinda do Canadá, isso favorece ainda mais nossa competitividade na fibra curta”, afirmou Abreu, citando que pode haver “incentivo para movimentos (aumentos) de preço no futuro”.

Em janeiro, a Suzano elevou os preços da tonelada de celulose vendida aos EUA em US$100, mesmo reajuste aplicado para clientes na Europa. A empresa anunciou no mês passado a clientes das duas regiões outro aumento, de US$60, para fevereiro.Play Video

O executivo avaliou que como o governo Trump adiou em 30 dias a aplicação generalizada da sobretaxa aos produtos canadenses para aguardar o resultado de discussões entre os dois países, “provavelmente essa negociação de 30 dias signifique discutir caso a caso”.

No caso da fibra curta, como a que é vendida pela Suzano, Abreu afirmou que não haveria lógica econômica os EUA aplicarem sobretaxa, uma vez que 90% da commodity consumida no país é importada.

“Taxar esse tipo de importação significa taxar de forma imediata o consumidor norte-americano e consequentemente a inflação”, disse o presidente da Suzano. “Vemos pouco sentido o governo dos EUA taxar um produto que não concorre com produto local e tem impacto gigantesco em inflação, principalmente após os dados de inflação de janeiro”, acrescentou, se referindo aos preços ao consumidor do país divulgados na véspera, que vieram acima do esperado.

Segundo dados da Suzano, a companhia tem praticamente 30% do mercado de celulose de fibra curta do mundo e a América do Sul tem praticamente 60% desse mercado.

Sobre o mercado nos EUA, Abreu afirmou que metade é atendido por fibras recicladas. Da parcela atendida por fibra virgem, 60%corresponde a fibra curta e 40% por longa, disse o executivo.

Informações: CNN.

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Inocência (MS) ganhará 5 hotéis após a chegada de fábrica da Arauco

Hotéis que já existem estão sendo ocupados por funcionários, dificultando reservas para visitantes

O município de Inocência, localizado a 331 km de Campo Grande, tem tido como um dos principais desafios a superlotação na rede hoteleira. Isso porque os funcionários da nova fábrica de celulose, Arauco, estão ocupando os espaços.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Inocência, Valmes José de Carvalho, Dedé, até julho, a expectativa é de receber cinco novos hotéis, sendo que um já está pronto e outros quatro ainda em construção.

“O problema aqui em Inocência é que os hotéis estão sendo alugados para a empresa. Nós precisamos de moradia urgente, estamos com falta de casa. Os hotéis estão sendo ocupados pelos funcionários, a maioria dos contêineres fecharam para funcionários da empresa. Acredito que até meio do ano, teremos cinco hotéis”, pontuou.

A Arauco terá em torno de 14 mil empregos no pico da obra. Quando for concluída, a operação empregará um contingente de cerca de 6 mil trabalhadores, entre as áreas florestal, operacional e de logística.

Em uma pesquisa rápida, o Campo Grande News entrou em contato com sete hotéis no município, mas nenhum tinha vaga e nem data prevista para iniciar a reserva.

“Estamos lotados, a empresa ainda não deu previsão de sair para iniciarmos as reservas”, disse o atendente de um dos hotéis, que preferiu não se identificar.

Hotel em construção na Rua Pará, em Inocência (Foto: Valmes Carvalho).

Conforme dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Inocência era de 8.424 naquele ano, mas Valmes acredita que, nos últimos 8 meses, deve ter aumentado para 13 mil.

“Tem moradores, pessoas que nasceram aqui indo embora, porque não têm casa e as casas que têm, o aluguel subiu. Aluguel que era R$ 800, hoje está R$ 2,5 mil, R$ 3 mil. A nossa população não é de classe média alta, é uma cidade pequena”, completou.

Em relação ao turismo por lá, existe a cachoeira Toco Preto, que segundo a Câmara Municipal, será revitalizado pela Arauco.

O vereador também apela para a construção de escola e hospital. “Precisamos de moradia, de um hospital para que a gente possa fazer cirurgias, raio-x, atendimento de qualidade, precisamos de creche, escola, e mais policiamento para dar conta”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a Arauco, que já está apurando sobre a situação e irá se posicionar. O Sindha MS (Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação) também foi contactado, mas não retornou até a publicação desta matéria.

Projeto – O investimento da empresa chilena Arauco, na ordem de US$ 4,6 bilhões, receberá o nome de Projeto Sucuriú. A operação terá capacidade anual de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada.

Ano passado, a empresa recebeu um estudo sobre Inocência e os impactos que a chegada da fábrica de celulose deve causar na cidade, para discutir ações mitigatórias com o poder público e a comunidade.

O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade, Theófilo Militão, informou que o Governo do Estado destinou uma área para a empresa construir um conjunto habitacional com cerca de 700 casas.

O empreendimento fica a 50 quilômetros do município. Uma das condições foi a criação de alojamento para os trabalhadores da obra fora do perímetro urbano, com estrutura própria de serviços de saúde, para evitar impacto muito grande.

Informações: Campo Grande News.

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Projeto oficializa denominação “Vale da Celulose” a conjunto de municípios de MS

Os municípios sul-mato-grossenses, caracterizados pela forte presença da cadeia produtiva da celulose, poderão ser chamados de “Vale da Celulose”. Essa denominação é prevista no Projeto de Lei 12/2025, apresentado pelo deputado Caravina (PSDB), na sessão plenária desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

Deputado Caravina.

Afirma a proposta que a denominação “Vale da Celulose” corresponde ao “conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, impulsionados pela cadeia produtiva da celulose e por investimentos estratégicos em infraestrutura e geração de empregos”.

De acordo com o projeto, comporão o Vale da Celulose 11 municípios, que são Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas.

“A oficialização da nomenclatura contribui para consolidar uma identidade, permitindo que tanto o Estado quanto os municípios utilizem o termo ‘Vale da Celulose’ em documentos oficiais, sinalizações e comunicações, promovendo o reconhecimento da importância estratégica da região no cenário nacional e internacional”, afirma o parlamentar na justificativa da proposta.

Encerrado o período de pauta para eventual recebimento de emendas, o projeto será encaminhado para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável, continua tramitando na Casa de Leis, com votações nas comissões de mérito e em sessões plenárias.

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Esalq/USP sedia evento sobre Qualidade da madeira, polpação e energia

Inscrições abertas para o Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy: intercâmbio de conhecimento entre academia e a indústria de base florestal

Nos dias 18 e 19 de março de 2025, o Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) recebe o 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy em Piracicaba-SP. O evento reúne especialistas e professores da USP para debater inovações e perspectivas no setor de celulose, papel, bioprodutos e biorrefinaria. Além disso, será uma oportunidade para destacar os avanços do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), realizador do evento e referência nacional em qualidade da madeira e polpação química.

Com foco no intercâmbio de conhecimento entre academia e mercado, o simpósio aborda temas como qualidade da madeira, energia renovável e tecnologias de ponta em polpação. Na sua primeira edição, o simpósio conta com o apoio das empresas Valmet, Suzano e Siderquímica. Tem ainda o reconhecimento da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel.

A correalização do simpósio é do Primatera, fundo patrimonial dedicado ao setor florestal e biomateriais.  Todo o saldo remanescente do evento será aplicado no Primatera, reafirmando o compromisso dos idealizadores do evento (Prof. Humberto Eufrade e Prof. Francides Gomes – USP) no fomento da pesquisa e formação das futuras gerações de profissionais do setor.

Programação reúne especialistas de destaque internacional. As vagas são limitadas!

Entre os palestrantes confirmados, estão renomados especialistas que são referências no setor. O Prof. Luiz E.G. Barrichelo, um dos grandes nomes na história do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), apresentará uma retrospectiva do laboratório e suas contribuições à indústria.  Já o Prof. Celso E. B. Foelkel aborda os avanços e desafios na qualidade da madeira, explorando o passado, presente e futuro dessa área.

A programação inclui ainda a participação do Prof. José Otávio Brito, especialista em energia da madeira, e do Prof. Francides Gomes, com os avanços em catalisadores de polpação. Destacam-se também mesas-redondas sobre desafios na formação de profissionais e as novas fábricas Kraft na América do Sul, bem como sessões voltadas para soluções industriais inovadoras com diretores e gerentes das empresas Valmet, Bracell, CMPC, Paracel e Suzano.

Inscrições e submissão de trabalhos

As inscrições para o simpósio já estão abertas e podem ser realizadas no site oficial do evento. Interessados em apresentar seus trabalhos têm até o dia 21 de fevereiro de 2025 para submeter resumos. Mais informações podem ser encontradas no site oficial ou pelo e-mail swqpe2025@gmail.com

Informações:

  • Evento: 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy
  • Data: 18 e 19 de março de 2025
  • Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais – ESALQ/USP, Piracicaba/SP
  • Inscrições: Disponíveis no site oficial da FEALQ
  • Contato: swqpe2025@gmail.com

Créditos da reportagem: texto adaptado do site do Primatera – Fundo patrimonial criado para fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais.

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Eldorado Brasil incentiva o desenvolvimento educacional dos colaboradores com o Programa Acelera Florestal

Em 2024, 21 trabalhadores concluíram os estudos com o apoio do programa, que conta com aulas ministradas por colaboradores voluntários

A Eldorado Brasil Celulose, uma das empresas mais inovadoras do setor, comemora os resultados de aprovação de seus colaboradores que concluíram os estudos em 2024, por meio do Acelera Florestal. Esse programa oferece aulas ministradas por colaboradores voluntários, para aqueles que desejam retomar os estudos e concluir o ensino fundamental ou médio. Em 2024, graças a essa iniciativa, 21 participantes foram aprovados no ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos – e obtiveram os certificados de conclusão.

Entre os aprovados está o ajudante florestal, Henrique Santos de Souza, de 32 anos, que em 2023 concluiu o ensino fundamental e no ano passado o ensino médio, ambos com o apoio do Acelera Florestal.

“Eu decidi voltar a estudar porque, hoje em dia, o estudo vale muito e várias oportunidades só se têm quem possui os estudos completos. Nem todos conseguiram estudar na infância e muitos de nós queriam voltar para ter mais capacidade de evoluir dentro e fora da empresa, além de ter mais sabedoria para entender melhor os propósitos, projetos e se tornar uma pessoa melhor”, afirma o colaborador que, com 2 anos na empresa, já passou pela área de plantio, atualmente está na brigada de incêndio e pretende trilhar um caminho ainda mais longo e promissor na Eldorado.

Henrique Santos de Souza.

O Acelera Florestal faz parte de diversas ações e iniciativas dentro do programa Nossa Gente Florestal, da Eldorado Brasil Celulose que tem o compromisso com o bem-estar e com o desenvolvimento dos colaboradores que desempenham funções essenciais no campo. O propósito é incentivar o crescimento profissional e o desenvolvimento das carreiras dos colaboradores.

O programa iniciou em 2023, com aulas e simulados para que os colaboradores possam concluir os estudos dos Ensinos Fundamental e Médio pelo Encceja. Todas as aulas são on-line e gravadas com as disciplinas de Matemática, Biologia, Geografia, Filosofia, Redação, História, Química, Física e Português. O simulado é presencial e realizado em parceria com o SESI/MS. Quem participa das aulas recebe kits com canetas, caderno e camiseta, além de poderem ser premiados de acordo com a dedicação. Para os dias de simulados e provas, é oferecido transporte e alimentação aos participantes.

Novos sonhos

O mecânico Amarildo Aparecido Moreira Junior, de 35 anos, está há dez anos na Eldorado Brasil e em 2024, com o incentivo de um amigo do setor, decidiu se inscrever no Acelera Florestal. Com o progresso nas aulas e bom desempenho nos simulados, sentiu-se cada vez mais confiante e motivado a concluir o ensino médio e a traçar novos planos para o futuro.

“Não quero parar de estudar. O Acelera me fez perceber que eu posso sonhar e realizar. Eu pretendo fazer uma faculdade de engenharia mecânica e depois ser um dos professores voluntários do programa para ajudar outras pessoas, assim como me ajudaram agora”, idealiza Amarildo, que algumas vezes tentou retomar os estudos em escolas regulares, mas não encontrava as condições ideais para conciliar a jornada de trabalho com as aulas que sempre eram semipresenciais.

“Na nossa área, a gente sempre está alojado, os horários não coincidiam. Eu me senti acolhido pela empresa porque ela entendeu as nossas dificuldades e necessidades. Com o Acelera Florestal, eu acompanhava as aulas gravadas e podia tirar as dúvidas com as gravações a qualquer hora que eu tinha disponível. Inclusive com o conteúdo do Acelera eu pude me preparar para uma prova de um curso técnico e assim, eu começo 2025 com o meu ensino médio completo e ainda com um diploma de curso técnico. Ou seja, os sonhos não são mais distantes para mim!”, comemora Amarildo.

Amarildo Junior.

Aprovações no exame

Em 2024, o Acelera Florestal ofereceu um total de 92 horas de aulas com 10 professores voluntários de diferentes setores da empresa e com 21 participantes aprovados.

“A Eldorado Brasil investe e continuará investindo no crescimento e desenvolvimento pessoal de seus colaboradores, reafirmando seu compromisso com a educação e o bem-estar de sua equipe. Nossa cultura está direcionada à valorização das pessoas e o Acelera Florestal é mais um exemplo de como o incentivo à educação pode transformar vidas e preparar colaboradores para um futuro promissor. Além disso, conquistamos um valioso engajamento dos colaboradores que se tornam voluntários nessa empreitada pró-ensino”, ressalta Maria Cecília Felipe, Business Partner da Eldorado Brasil.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Suzano tem sete vagas abertas para as áreas industrial e florestal em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, está com sete oportunidades de emprego em diferentes áreas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo (MS), há três processos seletivos em andamento: Consultor(a) Operacional PCP (Planejamento e Controle da Produção) Florestal I; Supervisor(a) de Operações Florestais – Excelência Operacional e Supervisor(a) de Operações Florestais – Viveiro. Para Três Lagoas, são quatro vagas abertas: Analista de Excelência Operacional Pleno; Analista de Excelência Operacional Sênior – Vaga afirmativa para pessoa com deficiência; Coordenador(a) de Manutenção Florestal e Coordenador(a) de Recebimento.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Supervisor(a) de Operações Florestais – Excelência Operacional, inscrições até 14/02/2025: Página da vaga | Supervisor(a) Operações Florestais – Excelência Operacional

Consultor(a) Operacional PCP Florestal I, inscrições até 17/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) Operacional PCP Florestal I

Supervisor(a) de Operações Florestais – Viveiro, inscrições até 18/02/2025: Página da vaga | Supervisor(a) Operações Florestais – Viveiro

Três Lagoas

Analista de Excelência Operacional Pleno, inscrições até 20/02/2025: Página da vaga | Analista Excelência Operacional PL

Analista de Excelência Operacional Sênior – Vaga afirmativa para pessoa com deficiência, inscrições até 28/02/2025: Analista Excelência Operacional Sênior – Vaga afirmativa para pessoas com deficiência

Coordenador(a) de Manutenção Florestal, inscrições até 20/02/2025: Página da vaga | Coordenador(a) Manutenção Florestal

Coordenador(a) de Recebimento, inscrições até 16/02/2025: Página da vaga | Coordenador(a) Recebimento

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Silvicultura sustentável: novas metodologias tornam o processo cada vez melhor

Cada vez mais, aumenta o uso de produtos que aprimoram a retenção de água e favorecem o desenvolvimento de mudas florestais

A silvicultura, atividade voltada ao manejo e cultivo de florestas plantadas, vai além de uma prática econômica. Ela é fundamental para a produção de matérias-primas indispensáveis como papel, celulose e madeira, além de inovações como bioplásticos e alternativas aos derivados de petróleo.  As florestas desempenham um papel ambiental fundamental, contribuindo para a captura de carbono, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a preservação da biodiversidade.

O Brasil é destaque na produtividade florestal mundial, resultado da combinação de clima propício, práticas de manejo eficazes e investimentos em novas tecnologias que buscam tornar esse cultivo mais eficiente e ambientalmente responsável, principalmente em relação aos recursos hídricos.

A retenção de água no solo é um dos fatores críticos para o crescimento saudável das mudas, especialmente em solos degradados ou com baixa capacidade de retenção. Métodos inovadores que estabilizam o solo e evitam a lixiviação de nutrientes têm se tornado fundamentais para melhorar a eficiência no manejo florestal.

Um dos destaques nesse cenário é o HB10 PLUS, produto exclusivo lançado pela empresa Hydroplan-EB, único gel agrícola do mercado que além de potencializar a retenção de água no solo otimiza o uso de fertilizantes fundamentais para o desenvolvimento das árvores. O produto se diferencia por sua fórmula enriquecida com aminoácidos essenciais e alta carga nutricional, que favorece o desenvolvimento do sistema radicular reduzindo o estresse hídrico das plantas.

Esses componentes extras são responsáveis por proporcionar equilíbrio osmótico, trazendo um crescimento mais vigoroso e equilibrado. Diferente os polímeros tradicionais que atuam apenas na retenção de água, o HB10 PLUS, garante mais nutrição e fortalecimento das mudas.

“Utilizando o produto é possível reduzir significativamente o consumo de água e melhorar a produtividade das áreas de plantio. Sendo uma solução prática e sustentável para desafios enfrentados na silvicultura, especialmente em regiões de solo arenoso ou em declive”, explica João Quirino, Coordenador Técnico de Silvicultura e gel agrícola da Hydroplan-EB.

Os benefícios comprovados em sua utilização incluem a redução de até 50% no consumo de água na irrigação, a manutenção da estrutura do solo, melhora na absorção de nutrientes pelas mudas, além de proporcionar um manejo florestal mais sustentável.

Ao contrário das soluções convencionais, novas tecnologias, como o HB10 PLUS não só promovem o desenvolvimento de mudas de forma mais eficiente, como também reduz os custos operacionais e o impacto ambiental do setor. Ao diminuir a necessidade de irrigação e fertilizantes, ele contribui para uma silvicultura mais verde e alinhada às práticas de ESG. 

Sobre a Hydroplan-EB:

Com 25 anos de atuação, a Hydroplan-EB tem como propósito tornar o agronegócio mais sustentável, oferecendo produtos que garantem uma safra mais eficiente e menor impacto ambiental. Reconhecida internacionalmente por ser referência na aplicação do gel na agricultura, a empresa se destaca também no desenvolvimento e uso de produtos de origem natural, como óleos essenciais e fertilizantes especiais, no mercado agrícola.

Mais informações em: http://hydroplan-eb.com/

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Aumento da tarifa sobre as exportações de aço e alumínio para os EUA – Eles realmente não precisam de nós?

*Artigo por Marcelo Schmid

Nesta última segunda-feira (10/02), o presidente dos EUA Donald Trump começou a colocar em prática as suas promessas de campanha, voltadas à proteção da indústria americana, ao anunciar que irá impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA.

A medida, se efetivamente levada em prática, afeta o Brasil, que junto da China é o terceiro maior exportador de aço para o país e é relevante para o setor de base florestal, uma vez que a indústria siderúrgica é um grande consumidor de matéria-prima florestal, no formato de carvão vegetal. O Brasil possui grandes indústrias deste segmento, com destaque ao estado de Minas Gerais, que concentra boa parte das indústrias do setor, muitas delas clientes do Grupo Index.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Aço Brasil – Brazil Steel Institute destaca que a inquietude com esta notícia soma-se à preocupação com o aumento de importações de aço oriundo de países que praticam concorrência predatória, especialmente a China. O mesmo problema foi destacado no posicionamento da Associação Brasileira do Alumínio – ABAL: produtos de outras origens que perderem acesso ao mercado americano buscarão novos destinos, incluindo o Brasil, podendo gerar uma saturação do mercado interno de produtos a preços desleais.

Muito embora a notícia vinda dos Estados Unidos tenha causado inquietação do mercado, o Instituto Aço Brasil destaca também em sua carta um outro ponto de vista: os Estados Unidos e o Brasil mantêm uma parceria comercial de longa data. Considerando especificamente o comércio dos principais itens da cadeia do aço – carvão, aço e máquinas e equipamentos – Estados Unidos e Brasil formam uma corrente de comércio de US$ 7,6 bilhões, sendo os Estados Unidos superavitários em US$ 3 bilhões. Ou seja, a parceria comercial tem sido favorável para os Estados Unidos.

Com base nessa constatação, o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, afirmou ao jornal Valor Econômico nesta terça (11/02), que a medida também impacta a indústria americana, pois os EUA não produzem aço o suficiente para atender sua demanda interna e precisa importar do Brasil.

Tudo leva a crer que Trump (mais uma vez) pretende usar as tarifas como barganha em negociações que vão se arrastar nas próximas semanas. Esse foi um dos aspectos debatidos no evento Forest Leaders Forum, promovido pela AMIF – Associação Mineira da Indústria Florestal na semana passada. Tenho repetido aos nossos clientes: é preciso cautela e paciência diante das galhofas do presidente dos EUA, afinal, ele traz de volta à Casa Branca o instinto negociador agressivo que o tornou grande empresário.

Nem todo que truca tem o gato em mãos. Ao longo dos próximos meses, à medida que a retórica da mesa de negociação vier para os acordos comerciais, talvez percebamos que os Estados Unidos precisam muito mais de nós do que imaginam…


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index, engenheiro florestal e advogado, e mestre em economia e política florestal.

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