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Suzano retira mais de 51 mil pessoas da linha de pobreza em três anos

Somente em 2023, a companhia investiu R$ 49,3 milhões em iniciativas sociais, como mostra o Relatório de Sustentabilidade anual

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, avançou em sua estratégia social ao retirar mais de 51 mil pessoas da linha da pobreza desde 2020. Somente em 2023, contribuímos para que 22.250 pessoas deixassem a pobreza – de acordo com a referência global de pobreza monetária adotada pelo Banco Mundial e ratificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, o que representa um aumento de 21,3% em relação a 2022. Esses dados estão apresentados no Relatório de Sustentabilidade 2023 da Suzano, divulgado hoje, e que reúne de forma transparente e objetiva os principais destaques financeiros, sociais, ambientais e de governança corporativa da companhia no último ano, além dos resultados nos Compromissos para Renovar a Vida, como são chamadas as metas de longo prazo da Suzano.

Ainda de acordo com o Relatório de Sustentabilidade 2023, o investimento da Suzano em projetos sociais aumentou 36% de 2021 para 2023, atingindo seu maior volume histórico. Somente no ano passado, a companhia destinou R$ 49,3 milhões a iniciativas sociais estruturadas nas frentes de relacionamento, geração de renda e educação. Ao todo, mais de 347 mil pessoas foram beneficiadas por essas ações em 2023.

Apenas em iniciativas conectadas ao combate à pobreza, a Suzano investiu, no último ano, R$ 22,1 milhões em 73 projetos junto a Organizações da Sociedade Civil, beneficiando mais de 114 mil pessoas em cerca de 120 municípios. Esses projetos abrangem diferentes frentes, como extrativismo sustentável, reciclagem inclusiva, empreendedorismo, redes de abastecimento territorial, acesso a emprego e cadeia de valor Suzano. Todas as iniciativas estão conectadas aos Compromissos para Renovar a Vida estabelecidos pela companhia, incluindo a meta de retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza nas suas áreas de atuação até 2030.

Além das iniciativas próprias, a Suzano busca engajar parceiros na agenda de desenvolvimento social. No último ano, foram firmados acordos com instituições como Sofidel, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB), SEBRAE SP e BNDES. Como resultado das parcerias, serão investidos em coparticipação mais de R$ 40 milhões até 2025.

O desenvolvimento social, com foco nas próximas gerações, passa necessariamente pelo avanço da educação. Em 2023, por meio do Programa Suzano de Educação, por exemplo, a companhia impactou cerca de 137 mil pessoas, entre estudantes, educadores e equipes intersetoriais de 646 escolas das redes municipais de educação pública nos estados da Bahia, do Espírito Santo, do Maranhão e do Mato Grosso do Sul.

Além do avanço nas iniciativas sociais, o Relatório de Sustentabilidade 2023 também apresenta a liderança da companhia no mercado após a aquisição dos ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil, a inauguração do Innovability Hub na China, o início da produção da Woodspin na Finlândia, o primeiro investimento da Suzano Ventures em uma startup do Reino Unido e o progresso dos Compromissos para Renovar a Vida, como a conexão de 55,6 mil hectares por meio de corredores ecológicos, em linha com a sua meta de conservação da biodiversidade.

O Relatório de Sustentabilidade 2023 da Suzano segue as Normas da Global Reporting Initiative (GRI) e leva em consideração princípios do International Integrated Reporting Council (IIRC), a Resolução nº 59 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas.  Este ano, além do documento, a Suzano apresenta também um Resumo Estratégico.

O Relatório de Sustentabilidade 2023 foi assegurado pela PwC (PricewaterhouseCoopers) e pode ser acessado aqui. Para acessar o Resumo Estratégico, clique aqui.   Também está disponível para consulta a Central de Sustentabilidade da Suzano, um hub de conteúdo exclusivo e atualizado sobre aspectos de sustentabilidade da companhia.

Sobre a Suzano

Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Compromisso: curso de tecnólogo em Silvicultura será criado em Água Clara para atender demanda de qualificação no setor florestal

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) assinou com a MS Florestal, empresa na área de florestas, o convênio que formaliza a criação do curso de Tecnólogo em Silvicultura em Água Clara. A criação do curso é uma parceria entre a empresa, a Prefeitura do município e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

A assinatura foi realizada nesta última sexta-feira (15), pelo governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck durante o lançamento da PantanalTECHMS, uma feira voltada à sustentabilidade e tecnologia, que acontecerá em junho na cidade Aquidauana. A solenidade de lançamento do evento aconteceu em Campo Grande, no Bioparque Pantanal, e contou com autoridades locais, além de representantes da MS Florestal.

O título de tecnólogo é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como uma qualificação de nível superior, com diferença de ser um curso de menor duração e focado na prática profissional. O início das aulas está previsto já para o segundo semestre de 2024. O curso terá duração de dois anos e meio. Toda população poderá participar do processo seletivo, assim como colaboradores da empresa que buscam capacitação superior na área.

Em agosto do ano passado, o curso foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEMS (CEPE). Demais detalhes, como processo seletivo dos alunos e data de início das aulas, serão posteriormente definidos conforme cronograma da Universidade.

O titular da Semadesc Jaime Verruck destaca que o curso de tecnólogo em silvicultura é de extrema importância diante da forte participação do setor florestal no Estado. “Em um trabalho feito com o setor, identificamos a grande demanda por mão de obra especializada e criamos a rede de excelência de serviços florestais. Dentro da rede, nós detectamos qual o conjunto de lacunas que temos na formação profissional e um deles era a de técnicos de silvicultura. Então a UEMS juntamente com o Governo de MS criou o curso na região de Água Clara que entendemos que é a mais central, propiciando atendimento a todos Estados e caso necessário outros serão feitos”, adiantou Verruck.

Parceria

“Este curso não atende só as necessidades práticas do setor florestal, ele representa nosso compromisso tangível com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. Estamos orgulhosos de construir, por meio desta parceria, uma oportunidade tão valiosa quanto este ensino superior para nossa comunidade”, expressa Marisa Coutinho, Gerente de Relações Institucionais, Governamentais e com Comunidades da MS Florestal.

“Ao fornecer acesso a uma educação de qualidade nesta área crucial, estamos capacitando indivíduos a se tornarem líderes no manejo sustentável de nossas florestas. Além disso, estamos contribuindo para a diversificação de habilidades e o enriquecimento do mercado de trabalho local”, acrescenta Amanda Barrera, Gerente de Recursos Humanos da MS Florestal.

MS Florestal, empresa da área de florestas. que tem o maior viveiro de mudas do Estado no município de Água Clara é parceira no curso que será criado pela UEMS

“Na UEMS é onde está acontecendo o desenvolvimento. Com este curso por meio dessa parceria com a MS Florestal vamos qualificar 40 profissionais diretamente para atender esse setor. A UEMS entra diretamente na rota da celulose”, ainda comentou o reitor da universidade, Laércio Alves de Carvalho.

O governador Eduardo Riedel destacou que o curso atende a demanda de desenvolvimento da economia e do setor da celulose. “Essa é mais uma ação focada no desenvolvimento da nossa economia, são R$ 1,3 milhões para o curso de silvicultura em Água Clara, atendendo a demanda pela qualificação da mão de obra do setor florestal. Este é um Estado que está dando muito orgulho e fruto de trabalho de muita gente, com diferentes visões do mundo”, pontuou.

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Temperatura do solo como indicador de manejo

A temperatura do solo é um importante parâmetro para avaliar o manejo do solo e das plantas. É o parâmetro que mede o desempenho do manejo no controle das condições hidrotérmicas do solo. É um fator crítico no controle de grande número de atividades físico-químicas, biológicas e microbiológicas, bem como todo movimento de água no interior do solo é governado grande parte pela amplitude térmica. Compreender como a temperatura do solo varia no tempo e no espaço ajuda na tomada de decisões de manejo, lembrando que qualquer grande flutuação pode resultar em sérios problemas e causar diversos danos às espécies cultivadas.

Na agricultura de sequeiro, a temperatura tem influência preponderante na ecologia do solo, interferindo significativamente nas relações de fatores abióticos (físicos ou químicos) e bióticos (organismos vivos). Na agricultura irrigada, o regime térmico condiciona a taxa de respiração no perfil, fator fundamental para a qualidade da produção agrícola e para uma melhor gestão do conteúdo de água do solo.

O monitoramento do regime térmico do solo pode ser realizado a partir de medições diretas (uso de termômetros no campo) ou usando métodos indiretos, como modelagem matemática associada ao sensoriamento remoto. O regime térmico de um solo é determinado pelo aquecimento e resfriamento da superfície. Durante o dia, a superfície se aquece, gerando um fluxo de calor para o interior. Durante a noite ocorre um fluxo inverso com o resfriamento da superfície, por emissão de radiação terrestre.

O manejo da temperatura está intimamente relacionado com o tipo de solo, com a textura, estrutura e teor de matéria orgânica. Os solos arenosos tendem a apresentar maiores amplitudes térmicas diárias nas camadas superficiais e menores em profundidade. Os solos argilosos, por sua vez, apresentam maior eficiência na condução de calor, tendo menor amplitude térmica diária.

Em ambientes tropicais, a qualidade da cobertura vegetal (morta ou viva) condiciona a capacidade produtiva em função da estabilidade térmica da lavoura. Solos sem cobertura ficam sujeitos a grandes variações térmicas diárias nas camadas superficiais, prejudicando o desempenho fisiológico das plantas. Mesmo em solos cobertos, quando ocorre falta de uniformidade e regularidade da “manta protetora”, a grande variabilidade térmica interfere negativamente na otimização tecnológica, podendo comprometer a rentabilidade da lavoura.

Informações: Plantio Direto.

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Registros de incêndios ambientais crescem 255% no Paraná

Os registros de incêndios ambientais crescem 255% no Paraná neste ano. Foram 1.801 casos de janeiro a março, contra 507 no mesmo período de 2023.

Conforme o Corpo de Bombeiros, grande parte dos incêndios são causados pela ação humana, como descarte irregular de bitucas de cigarro, limpeza de áreas, descuido com fogueiras de acampamentos, fogo no lixo.

Além de destruir a vegetação nativa e matar muitos animais selvagens, um incêndio florestal também pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos.

Informações: Giro de Notícias/Aerp. Foto: CBMPR.

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Incêndio florestal obriga à retirada de 3.400 pessoas no centro da China

A China ativou um mecanismo de emergência para tentar controlar um incêndio florestal que obrigou à retirada de quase 3.400 pessoas, disseram hoje as autoridades da província de Sichuan, no centro do país.

O departamento de gestão de emergências de Sichuan disse que as chamas foram detetadas na tarde de sábado na aldeia de Baizi, condado de Yajiang, na prefeitura tibetana de Garze.

Até ao momento, não há registo de qualquer vítima e os bombeiros continuam a trabalhar para tentar extinguir o incêndio, que provocou o encerramento de várias estradas locais.

Um total de 3.396 pessoas foram retiradas de 11 povoações, disseram as autoridades, porque os ventos fortes ajudaram as chamas a espalharem-se rapidamente por várias cadeias montanhosas da região.

De acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, cerca de mil operacionais e sete helicópteros foram mobilizados hoje para combater o incêndio.

A província vizinha de Yunnan enviou ainda 750 soldados para fornecer apoio adicional.

Vários moradores da zona garantiram à Xinhua que o incêndio não era visível a partir do centro administrativo do condado de Yajiang e que os serviços de água, eletricidade e telecomunicações não foram afetados.

A Comissão Nacional de Prevenção de Desastres e o Ministério de Gestão de Emergências tinham alertado há algumas semanas que a China poderia enfrentar este mês catástrofes naturais com possíveis inundações, descidas de temperatura, tempestades de areia e incêndios florestais.

Informações: RTP Notícias.

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Governo do Chile ordena evacuação de oito áreas devido a incêndios florestais

O governo do Chile ordenou na quarta-feira (13) a evacuação de oito setores em risco devido aos incêndios florestais que afetam duas colinas da região de Valparaíso.

Além disso, o Ministério do Interior anunciou que, às 23h, no horário local, foi convocada uma reunião de emergência do Comitê de Gestão de Riscos de Desastres (Cogrid) para discutir os incêndios.

Até agora, as autoridades chilenas não informaram se pessoas ficaram feridas ou morreram.

A situação ocorre pouco mais de um mês depois que os incêndios florestais em Valparaíso e outras regiões do país causaram a morte de 134 pessoas e devastaram milhares de hectares e casas, segundo relatório que o Serviço Médico Legal publicou no dia 8 de março.

Os setores que devem ser evacuados são:

  • Chaparro;
  • Chaparro Alto;
  • Santa María;
  • Guillermo Bravo e Calle Cantera, no Cerro Cordillera;
  • Calle Campanilla, Alfredo Vargas Stoller e La Cantera, no Cerro Alegre.

O anúncio da medida foi informada pelo Serviço Nacional de Prevenção e Resposta Contra Desastres (Senapred) em sua conta na rede social X, antigo Twitter.

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Semadesc e Comitê do Fogo/MS promovem Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais nos dias 9 e 10 de abril

Nos dias 9 e 10 de abril, no auditório do Sebrae/MS, será realizado o 1° Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais em 2024, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) e o Comitê do Fogo de MS (Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul. A participação é aberta às instituições parceiras e sociedade em geral. As inscrições podem ser feitas neste link.

O Workshop tem por objetivo apresentar as boas práticas adotadas no monitoramento dos incêndios florestais com renomados especialistas da área de incêndios florestais no país e em Mato Grosso do Sul. Também será ofertado um minicurso prático para instrução dos interessados no uso das plataformas online disponíveis e gratuitas frente às questões afetadas aos incêndios florestais.

Confira abaixo a programação do Workshop.

PROGRAMAÇÃO

Dia 9 de abril de 2024 – Terça-Feira

8h – Abertura do evento com o Lançamento da Campanha Anual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul
9h – Palestra de Boas Vindas – Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação Jaime Verruck (SEMADESC)
9h30 – Intervalo
10h – Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – Dr. Fabiano Morelli (INPE)
10h20 – Monitoramento da previsão da probabilidade do fogo para áreas protegidas – Dra. Liana Anderson (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais- CEMADEN)
10h40 – Alertas de área queimada por satélite: o sistema ALARMES e a Plataforma SIFAU – Dra. Renata Libonati (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
11h – Análise das condições meteorológicas observadas e Previsão Climática Sazonal – Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC/SEMA/SEMADESC
11h20 – Efeitos do fogo nas áreas inundáveis do Pantanal – Dr. Geraldo Alves Damasceno Junior (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS)

Minicurso – Turno: TARDE
13h30 – Parte teórica dos produtos do CEMADEN – Dr Liana Anderson (CEMADEN)
14h30 – Intervalo
15h – Parte teórica dos produtos da LASA – Dra Renata Libonati (UFRJ)

Dia 10 de abril – Quarta-Feira

8h – Plano de queima prescrita e controlada: Aplicação prática da política pública – Secretário Executivo de Meio Ambiente (SEMA/SEMADESC) – Artur Falcette
8h30 – Corredores Ecológicos da Lei do Pantanal – Julia Boock (WWF Brasil)
8h50 – Intervalo
9h20 – Atuação do Comitê do Fogo – ASBOM da SEMADESC – Tenente Coronel QOBM Leonardo Rodrigues Congro (Presidente do Comitê do Fogo de MS)
9h40 – Ações de prevenção, preparação e resposta aos Incêndios Florestais: Queimas prescritas e controladas e suas autorizações – Bruna Oliveira (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL) e Tenente Coronel QOBM Tatiane Dias de Oliveira Inoue (Diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul – CBMMS)
10h – Ações de prevenção para período dos Incêndios Florestais na costa leste do estado – Fábio Duarte (Reflore/MS)
10h20 – Inteligência Artificial para a predição de fogo no Pantanal – GianLucca Lodron Zuin (Empresa Kunumi)
10h40 – Implicações legais dos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul – Promotor de Justiça Luciano Loubet (Ministério Público de Mato Grosso do Sul – MPMS) e Tenente Coronel QOPM Cleiton da Silva (Polícia Militar Ambiental da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul)
11h – Plano de Contingência da Energisa e o impacto das queimadas em Mato Grosso do Sul – Coordenador do Centro de Operação Integrado (COI) – Marcelo Santana (ENERGISA)
11h20 Disponibilização de recursos e ações para combate aos incêndios – Defesa Civil do estado de Mato Grosso do Sul (CEPDEC)

Minicurso – Turno: TARDE
13h30 – Parte prática dos produtos do CEMADEN – Dr Liana Anderson (CEMADEN)
14h30 – Intervalo
15h – Parte prática dos produtos da LASA – Dra Renata Libonati (UFRJ)

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Apicultora quilombola se torna a 1ª mulher apta a fazer inseminação instrumental de abelhas na Bahia

Janete Neves, da comunidade de Piaçava, em Esplanada, lidera associação com forte presença de mulheres locais

Pequena no tamanho, mas gigante na importância para a polinização de frutas, legumes e grãos, as abelhas entraram na vida de Janete Neves em 2021, com a criação de espécies com ferrão na comunidade quilombola de Piaçava, no município de Esplanada, no Litoral Norte da Bahia, onde preside, atualmente, a Associação dos Jovens Remanescentes Quilombolas da Bahia (Ajarquiba). Na época, afirma ela, “não tinha os conhecimentos necessários” para desempenhar a atividade como desejava.

Para sanar essa lacuna, buscou se qualificar para adquirir as técnicas e melhorar a produção das colmeias. Um dos treinamentos foi o de inseminação instrumental de abelhas-rainhas, que pode ser usada em abelhas com ferrão, oferecido pela DVM Consultoria Apícola, parceira técnica da Bracell no projeto Polinizadores. Realizado em Ilhéus, o curso teve a participação de oito produtores, apenas Janete era baiana, o que fez com que ela se tornasse a primeira mulher no estado apta para a atividade.

Segundo o professor Ediney Magalhães, que ministrou o curso, a inseminação instrumental de abelhas é um procedimento demorado, muito delicado e difícil de ser realizado, porque depende de equipamentos modernos e de alto custo. A técnica consiste em depositar a abelha-princesa em uma lâmina, anestesiá-la com dióxido de carbono (CO2), abrir sua vulva com pinças e injetar cinco microlitros de sêmen para fecundá-la antes de devolver à colmeia. A técnica permite ao apicultor obter matrizes de alta qualidade para o desenvolvimento de colmeias mais produtivas e com crias livres de doenças. As abelhas utilizadas para a inseminação, tanto fêmeas quanto machos, são selecionadas considerando sua origem e qualidade das colmeias.

Para Janete, o aprendizado “abriu um grande leque para a atividade, porque dá maior autonomia no desenvolvimento das abelhas, uma vez que podemos ter colmeias monitoradas e de boa genética. Sem contar que, com a inseminação, podemos ter a certeza de ter a rainha dentro da colmeia, sem os riscos de ela ser predada durante o voo nupcial”.

Geração de renda e oportunidades para as mulheres

A criação de abelhas tem sido uma fonte de renda para os membros da Ajarquiba. No local, eles vêm desenvolvendo produtos à base de mel e seus derivados, como hidromel, biscoitos, pimenta com mel, licuri caramelizado, cerveja, própolis, pólen e cera. Além disso, segundo a presidente da associação, a atividade tem despertado um interesse cada vez maior em mulheres empreendedoras da comunidade, que estão se especializando na apicultura (abelhas com ferrão), na meliponicultura (abelhas sem ferrão) e na comercialização de seus derivados.

A atividade de apicultura da entidade conta com 25 apicultores, sendo 14 mulheres. Dessas, 10 atuam também na meliponicultura, inclusive a própria Janete, a partir da cultura da espécie uruçu nordestina. As atividades contam com o apoio técnico da Bracell, por meio das ações do projeto Polinizadores e do Programa Fomento a Negócio de Impacto, desenvolvidos pela empresa em comunidades situadas em sua área de influência.

Juntas, as iniciativas contribuem com o aprimoramento da produção e a geração de renda em comunidades como a de Piaçava, a partir de distribuição de abelhas-rainhas, fornecimento de capacitações, assistência técnica, além de suporte para o aprimoramento, regularização de produtos, prospecção de oportunidades de escoamento e comercialização, atuando também na interlocução com o Governo da Bahia e outras instituições.

De acordo com Janete, a parceria com a Bracell e seus projetos têm contribuído para a qualidade de vida da comunidade e aguçado a atenção com a preservação ambiental. “Essa qualificação ajuda a melhorar a atividade e beneficia especialmente as mulheres da comunidade. Muitas delas têm uma vida difícil e, com o trabalho coletivo, elas se sentem mais acolhidas”, destaca ela, anunciando que, “para ampliar a ação na comunidade, iniciaremos trabalhos nas escolas para mostrar a importância das abelhas e orientar sobre a importância de preservar a natureza”.

Mulheres da comunidade de Piaçava durante formação/ Foto: Arquivo pessoal.
Alguns dos produtos comercializados pela Ajarquiba/ Foto: Arquivo pessoal.

Projeto Polinizadores

Milena Oliveira, especialista em Responsabilidade Social da Bracell Bahia, pontua que a contribuição para a geração de renda e autonomia de mulheres, incluindo o fomento ao desenvolvimento de lideranças femininas, é uma das estratégias prioritárias do pilar de “Empoderamento” do Bracell Social, programa de investimento social da empresa. Este ano, o projeto iniciou uma atividade de destaque, direcionada exclusivamente à meliponicultura, em parceria técnica com Ediney Magalhães.

Trata-se do curso “Criação de Abelhas Sem Ferrão”, realizado em Alagoinhas, que já capacitou mais de 50 pessoas. Ao final, 30 mulheres receberam caixas com enxames produtivos da espécie uruçu nordestina, que terão acompanhamento técnico durante todo o ciclo do projeto para multiplicação e aumento de produtividade das colmeias.

O projeto Polinizadores é também desenvolvido no estado de São Paulo, dando suporte para os apicultores na área de influência da empresa na região.

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Oito espécies de abelhas-sem-ferrão são identificadas em refúgio biológico no Paraná

Um levantamento conjunto entre a Embrapa Florestas (PR), a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) identificou oito espécies de abelhas-sem-ferrão no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu Binacional, sendo uma delas inédita no Brasil (veja quadro abaixo). Elas são nativas do Paraná, de outras regiões do Brasil e de países da América do Sul. Também conhecidas como meliponíneos e abelhas nativas, possuem papel fundamental na manutenção dos ecossistemas, pois fazem a polinização das plantas. Esses dados contribuem para a conservação da biodiversidade local, uma vez que apontam as espécies mais adaptadas à região, além de apoiar políticas públicas para a criação de abelhas nativas no estado.

O levantamento foi desenvolvido entre 2021 e 2023, dentro do projeto Diagnóstico e conservação da fauna de Hymenoptera em áreas naturais da Itaipu Binacional, com ênfase em espécies da tribo Meliponini”.  O supervisor da iniciativa pela Itaipu, Edson Zanlorensi, explica que as equipes estabeleceram protocolos de avaliação, identificação e registro de todas as espécies de abelhas inventariadas em campo na área do Refúgio. “Amostras de todas as espécies encontradas nos ninhos naturais, nas colônias capturadas, nas iscas artificiais e nas colônias instaladas em caixas térmicas foram coletadas, organizadas e identificadas conforme a taxonomia”, diz.

Segundo Guilherme Schühli, pesquisador da Embrapa Florestas, responsável pelo projeto e sua composição, esse estudo pode permitir também que sejam feitas considerações sobre a área, e como repercutem as iniciativas de conservação para a região. “Além disso, o Paraná tem iniciativas pioneiras de políticas públicas para a criação de abelhas nativas e esse diagnóstico contribui com o direcionamento adequado dos esforços de conservação, em especial para o oeste do estado”, ressalta. 

A analista ambiental do PTI Flavia Rodriguez destaca a sinergia entre as instituições envolvidas e lembra que esse tipo de iniciativa contribui com a consolidação da missão do Parque, que busca “transformar conhecimento e inovação em bem-estar social e, nesse caso, contribuir com o entendimento das espécies que compõem uma parte do território e seus serviços ecossistêmicos”.

Levantamento

Para dar início ao levantamento, conforme explica o pesquisador da Embrapa Florestas, foi necessário, primeiramente, realizar um diagnóstico das espécies de abelhas-sem-ferrão presentes. A área estudada compreende cerca de 2 hectares, e é onde se encontra a Itaipu Binacional e o Refúgio Biológico Bela Vista. Essa região, localizada no oeste do Paraná, apresenta vegetações naturais e áreas de intervenção humana, como, por exemplo, de reflorestamento implantadas pela Embrapa Florestas, há 30 anos, onde também foram amostrados meliponíneos.

“Para a amostragem, foram desenhadas linhas, chamadas de transectos, onde coletamos insetos, em todas as estações do ano, buscando compreender todas as formações vegetais presentes na área de Itaipu e do RBV. Para garantir que estávamos abrangendo toda a diversidade de abelhas, houve coletas também fora dos transectos, quando se verificavam movimentos dos insetos, plantas em floração ou até mesmo relatos de funcionários sobre a presença delas”, conta Schühli. Redes de mão e iscas-ninho contendo uma mistura de cera de abelhas como atrativo foram usadas para atrair e capturar as abelhas na área desenhada da amostragem.

Além das coletas, os pesquisadores buscaram registros sobre abelhas-sem-ferrão em fontes bibliográficas internacionais e em coleções de insetos. “Fizemos um levantamento do histórico das abelhas que já foram coletadas na região, em outras iniciativas. No geral, coleções biológicas fazem o tombamento (registro de exemplares) de informações, o que possibilita verificar o que foi coletado de fato e que foi identificado por um especialista”, explica. “O cuidado no desenho do protocolo levou a um levantamento amplo das espécies de abelhas na região oeste do Paraná, ainda pouco estudada, diferentemente da região metropolitana de Curitiba, que é referência no estudo das abelhas-sem-ferrão”, complementa.

Resultados

Com esse trabalho de pesquisa, duas coleções de abelhas-sem-ferrão foram formadas. A coleção viva, com os insetos criados em caixas racionais, está localizada no Refúgio Biológico Bela Vista. Já a coleção de referência, com amostras do que foi coletado e identificado, contendo as abelhas conservadas, está armazenada na coleção entomológica Danúncia Urban (foto à esquerda), da Unila, situada dentro do Parque Tecnológico de Itaipu. O professor pesquisador da Unila Fernando Zanella ressalta que a pesquisa viabiliza o inventário da diversidade de abelhas-sem-ferrão e sua distribuição no espaço do RBV, possibilitando reconhecer o valor da área como abrigo para essas abelhas. “O esforço de amostragem, especialmente de ninhos, permitiu ampliar o plantel do meliponário de Itaipu, que tem por finalidade a educação ambiental e o turismo, e serve de referência para a amostragem em outras áreas da região”, comenta Zanella.

Outro aspecto importante destacado pelo pesquisador da Embrapa Florestas é a possibilidade de estudos moleculares futuros. “Essa pesquisa é uma fotografia muito boa, para depois verificarmos a progressão das abelhas-sem-ferrão na região. Além disso, as abelhas depositadas na coleção contêm outras informações biológicas importantes, como os grãos de pólen que carregam no corpo quando capturadas. Isso fica registrado, possibilitando o levantamento de quais árvores oferecem esse alimento, e de onde se pode estimar o número de indivíduos naquele período”, explica Schühli. Isso é possível porque parte dos animais fica conservada em coleção úmida, em álcool 70%, o que permite a realização de futuras análises moleculares, com extração de DNA das abelhas.

Produção e conservação da biodiversidade

Atualmente, mais de 100 colônias de abelhas estão instaladas na área do Refúgio Biológico Bela Vista. Esse acervo é fruto da aquisição de abelhas por parte da Itaipu e da divisão de colônias feita com a supervisão da Embrapa Florestas e pela equipe do projeto. “A divisão é uma técnica de ampliação, e é feita a partir de uma colônia-matriz que, com o manejo correto, permite produzir outras colônias. Cada espécie tem seu protocolo de divisão, que deve ser acompanhado pelos técnicos para garantir que as colmeias estejam saudáveis”, observa Schühli.Diferente da apicultura, as caixas de abelha-sem-ferrão se mantêm ao longo de muitos anos, se bem manejadas. E a cada ciclo de produção, elas cedem colônias para o ambiente. “Por isso foi fundamental sabermos quais espécies eram pertinentes para aquele espaço, evitando trazer de fora, que podem contaminar a área.

O Projeto sugere que uma das alternativas de encaminhamento para o excedente de caixas pode ser a cessão para uma associação de meliponicultores local, podendo também ser direcionado, por exemplo, como subsídio para ações de programas como o Poliniza Paraná, que instala abelhas-sem-ferrão em praças e escolas. Tivemos um grande número de capturas dentro dos nossos ninhos-iscas, como, por exemplo, das abelhas Borá. Insetos dessa espécie podem contribuir muito com esse tipo de programa, uma vez que têm um interesse produtivo para o mel, um produto que chega a alcançar um preço de venda de cinco a dez vezes maior que o do mel tradicional das abelhas Apis”, conta o pesquisador da Embrapa Florestas.

Manejo e proteção

Além disso, a iniciativa estabeleceu protocolos de manejo dos meliponíneos e desenvolveu um módulo protetor de caixas, para permitir a instalação de colônias em áreas abertas. Esses módulos protegem as abelhas da ação de predadores, como macacos, quatis, gambás e teiús, entre outros.  De acordo com Schühli, essa iniciativa também beneficia as comunidades próximas, uma vez que contribui para a manutenção dessas espécies na área de entorno. “Existe grande interesse na criação das abelhas e o Refúgio Biológico tem um grande potencial para ser um espaço de referência e difusão não apenas de técnica, como também de material vivo, sendo mantido no ambiente da Itaipu”, acrescenta o pesquisador.

Espécies de abelhas identificadas

  • Borá (Tetragona clavipes)
  • Jataí (Tetragonisca fiebrigi)
  • Guiruçu (Schwarziana quadripunctata)
  • Canudo (Scaptotrigona depilis)
  • Arapuá (Trigona spinipes)
  • Mirim Droryana (Plebia droryana)
  • Mirim Nigriceps  (Plebeia nigriceps)
  • Abelha Limão (Lestrimelitta chacoana), registrada pela primeira vez no Brasil.

Educação Ambiental: Abelhas contribuem para saúde de ave gigante

Entre os resultados do trabalho, destaca-se a educação ambiental sobre o tema “Abelhas-sem-ferrão”, entregue ao Refúgio Biológico. Dentro da linha de trabalho realizada no RVB, a Embrapa buscou encontrar algumas associações de abelhas com a manutenção de outras espécies.

No levantamento bibliográfico, foi observada uma curiosa relação entre a harpia e as abelhas-sem-ferrão. “Notamos que as abelhas são capazes de limpar as narinas da harpia, fato que promove melhora da infecção nasal. Existem abelhas-sem-ferrão que vão buscar o muco dentro da narina da águia e ela permite essa limpeza. Isso é interessante porque mostra as interações tão complexas da floresta, onde as espécies são necessárias como um conjunto. E a abelha nativa mostra-se relevante até na manutenção da saúde da águia. Ainda não conhecemos totalmente o mecanismo, mas sabemos que as propriedades antimicrobianas e mesmo a limpeza mecânica que a abelha promove garantem a saúde da harpia”, relata Schühli.

Os indícios do pólen

Além de gerar mel, própolis e cera, a caixa de abelhas permite registrar uma linha cronológica das espécies vegetais e florestais do entorno. “Isso porque o inseto carrega para dentro da caixa, néctar das flores e materiais como o pólen, terra e água. Ao trazer esses materiais, oferece um retrato do ambiente naquele momento, favorecendo um panorama amplo da contaminação em diferentes períodos. É possível verificar, por exemplo, a presença de traços de inseticidas como os organofosforados dentro da caixa. O pólen coletado mostra ainda a quantidade e as espécies de árvores presentes no local. Ou seja, pela análise de pólen, vários aspectos podem ser explicitados, o que embasa até mesmo uma vertente forense, documentando a derrubada de áreas florestais”, conclui Schuhli. 

Informações: Embrapa.

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Indústria de celulose no MS vivencia as ‘dores do crescimento’

Por: Carlos Ornellas*

O estado do Mato Grosso do Sul está ganhando a atenção do mundo. Reforçando a sua forte vocação para o agronegócio, a região vem se sobressaindo na produção de celulose. O estado já se destaca como um grande produtor, com três unidades em operação em Três Lagoas, duas da Suzano e uma da Eldorado, totalizando 5 milhões de toneladas anuais. Em 2024, a nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas, elevará a produção da região para 7,5 milhões, superando a Bahia (atual líder nacional) e consolidando o MS como o maior produtor do país.

Estamos assistindo essa evolução a olho nu nos últimos anos, com a chegada de novos investimentos de empresas gigantes que integram a cadeia do setor, como as já citadas Suzano e Eldorado, além da chilena Arauco, que construirá a sua primeira fábrica de celulose no Brasil no município de Inocência. A Arauco prevê um investimento de cerca de R$15 bilhões para uma fábrica com capacidade produtiva de 2,5 milhões de toneladas. Em 2028, ano que a unidade fabril da Arauco entrará em operação, o estado do Mato Grosso do Sul começará a produzir mais de 10 milhões de toneladas do insumo por ano.

A silvicultura também é destaque no estado. A área destinada para eucaliptos já ultrapassa 1,18 milhão de hectares e o cultivo serve de matéria prima para abastecer as fábricas da região. Quatro dos cinco maiores municípios no Brasil que cultivam eucalipto estão na chamada Costa Leste Florestal do MS. Até 2030, as florestas plantadas deverão superar 2 milhões de hectares na região.

A explosão do setor de celulose no Mato Grosso do Sul traz uma série de benefícios para as localidades, sob a ótica do desenvolvimento econômico e social, mas também vários desafios quando o assunto é a mão de obra especializada e executiva. Esse problema é histórico – acompanho esse mercado há anos e já participei, em outros momentos, ao longo da minha carreira, da busca de talentos para diversas empresas do segmento.

A dificuldade de encontrar profissionais capacitados se estende para todas as áreas. Isso ocorre porque a mão de obra, em sua grande parte, é extremamente técnica. A formação profissional ainda é limitada fora dos grandes centros, e a alta concorrência no mercado intensifica o problema de oferta – demanda. As empresas disputam os talentos gerando a “dança das cadeiras” e uma alta rotatividade nas empresas.

Os desafios abrangem desde profissionais na área florestal capazes de lidar com o modelo da silvicultura 4.0 até a busca por especialistas e executivos capazes de liderar projetos de engenharia complexos, envolvendo investimentos bilionários. Além disso, há a necessidade de gestores habilidosos para conduzir diversas áreas fabris, incluindo produção, processos, manutenção, recuperação, caustificação, utilidades e qualidade.

Outra área sensível é a cadeia de supply chain. A carteira de compras, usualmente, possui negociações na ordem de alguns milhares de dólares. A estrutura de demand planning e supply planning precisam estar em completo alinhamento e sinergia com a área comercial. A complexa operação logística, muitas vezes multimodal, demanda profissionais que compreendam essa dinâmica e façam a ligação entre os diferentes tipos de transporte – rodoviário, ferroviário, hidroviário e marítimo. Diante disso, é crucial contar com executivos experientes à frente de cada uma dessas áreas.

Por todas essas especificidades – e muitas mais – é difícil encontrar pessoas que atendam as demandas e exigências existentes no setor. O processo de entendimento do segmento e das suas particularidades é trabalhoso e a adaptação técnica e cultural nem sempre é fácil. Para nós, enquanto profissionais que trabalham na contratação de executivos e lideranças, isso traz uma série de dificuldades. Na fase de prospecção de candidatos, por exemplo, precisamos pensar fora da caixa, porém, nem sempre dá para inovar nessa busca de talentos. Muitas vezes, ficamos restritos ao setor de celulose ou segmentos correlatos e que estejam dentro de um contexto agroindustrial.

Com isso, o mercado de celulose se tornou extremamente inflacionado em termos de salários e remunerações. As empresas ainda enfrentam um déficit de mão de obra especializada e executiva, pois os profissionais em formação – em parte, resultado da parceria entre as companhias do setor e instituições educacionais – ainda não estão prontos para ingressar em grande escala no mercado nos próximos cinco ou dez anos.

Acredito que, com a dificuldade de encontrar mão de obra especializada e executiva no segmento de celulose – cenário que deve persistir nos próximos anos – terei muitos desafios, junto com toda equipe da EXEC no Mato Grosso do Sul. Nosso trabalho irá além da busca, atração, retenção e engajamento de profissionais experientes. Também auxiliaremos as empresas na preparação de novas lideranças, capazes de fazer a diferença nesse momento de crescimento.

*Carlos Ornellas é sócio da EXEC, empresa de seleção e desenvolvimento de altos executivos e conselheiros.

Informações: AgroRevenda.

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