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Fumaça de incêndios no Canadá atinge Europa após evacuação de mais de 25 mil pessoas

Monitoramento do serviço Copernicus mostra que nuvens de fumaça de incêndios florestais atravessaram o Atlântico e chegaram ao continente europeu; autoridades canadenses já retiraram milhares de moradores das áreas afetadas

À medida que o verão se aproxima no hemisfério norte, o Canadá enfrenta uma temporada de incêndios florestais particularmente severa. De acordo com o Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS), a fumaça gerada pelos incêndios nas províncias de Manitoba, Saskatchewan e Ontario cruzou o Oceano Atlântico e atingiu partes da Europa no início de junho. A previsão é de que novas plumas de fumaça cheguem ao continente europeu nos próximos dias.

Os incêndios, que já forçaram a evacuação de mais de 25 mil pessoas no Canadá, estão concentrados principalmente nas províncias de Manitoba — que declarou estado de emergência —, Alberta e Saskatchewan. Só em Manitoba, mais de 17 mil moradores foram retirados de suas casas. Em Alberta, cerca de 1.300 pessoas precisaram ser deslocadas, enquanto outras 8 mil foram evacuadas em Saskatchewan.

Segundo o CAMS, a fumaça que chegou à Europa se mantém em altitudes elevadas e não deve causar impactos significativos na qualidade do ar ao nível do solo, embora possa tornar o céu mais turvo e provocar pores do sol em tons avermelhados. Uma primeira pluma cruzou a região do Mediterrâneo entre os dias 18 e 19 de maio, alcançando até mesmo a Grécia. Já uma segunda e mais extensa nuvem de fumaça atravessou o Atlântico na última semana de maio, alcançando o noroeste da Europa em 1º de junho.

“Até o início de junho, nossos dados mostram que o centro do Canadá viveu semanas muito intensas em termos de emissões de incêndios florestais. O fato de conseguirmos observar essa fumaça na Europa revela a escala dos incêndios em Manitoba e Saskatchewan”, afirmou Mark Parrington, cientista sênior do CAMS. “Monitoramos esses eventos para entender como afetam a atmosfera e a qualidade do ar regional e globalmente.”

Nos Estados Unidos, a fumaça canadense também causou impactos. No domingo, 1º de junho, a qualidade do ar chegou a níveis “prejudiciais à saúde” em partes de Dakota do Norte, Montana, Minnesota e Dakota do Sul, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). O Serviço Florestal do Departamento de Agricultura norte-americano enviou uma aeronave-tanque para auxiliar no combate aos incêndios em Alberta e deve enviar também 150 bombeiros e equipamentos ao Canadá.

As autoridades locais alertam para os riscos à saúde, já que os níveis de fumaça podem variar rapidamente. “A qualidade do ar e a visibilidade devido à fumaça de incêndios florestais podem mudar em distâncias curtas e ao longo das horas”, alertou a Agência de Segurança Pública de Saskatchewan.

Além do Canadá, grandes incêndios também foram registrados na região oriental da Rússia desde abril, com destaque para as repúblicas de Buriácia e Zabaikalsky, ao leste do lago Baikal. Estima-se que as emissões de carbono da região tenham atingido 35 megatoneladas — o maior nível desde 2018 para esse período. Algumas plumas chegaram ao Ártico e impactaram a qualidade do ar no nordeste da China e no norte do Japão.

Informações: Um Só Planeta.

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Milhares de pessoas são evacuadas devido a violentos incêndios florestais no Oeste do Canadá

Fogo já cobre área de 4 mil hectares e ameaça atingir residências nesta última segunda-feira (13)

Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no oeste do Canadá, região atingida por centenas de incêndios florestais neste último domingo (12), em meio à uma temporada de incêndios, que começou mais cedo, se mostrar desafiadora, segundo as autoridades.

— Os incêndios nos cercam por toda parte, de oeste a nordeste. E estamos preocupados, porque não há umidade à vista nesta região — disse o prefeito de Fort Nelson, Rob Fraser, implorando aos cem moradores que abandonassem a cidade.

Depois de quase dobrar a área durante o dia, o incêndio, agora de quase 4 mil hectares, pode atingir algumas residências na manhã de segunda-feira, anunciou o Corpo de Bombeiros da província da Colúmbia Britânica (BCWS). Cerca de 3,5 mil pessoas tiveram que ser realocadas 400 km mais ao sul na noite de sexta-feira.

— As próximas 48 horas serão difíceis devido à previsão de ventos procedentes do oeste — afirmou Ben Boghean, do BCWS. Ele destacou que os 70 bombeiros que combatem o incêndio também podem estar em perigo.

Incêndio florestal ameaça Fort Nelson, na Colúmbia Britânica, Canadá — Foto: Andrei AXENOV / BC Emergency Health Services / AFP
Incêndio florestal ameaça Fort Nelson, na Colúmbia Britânica, Canadá — Foto: Andrei AXENOV / BC Emergency Health Services / AFP

Na província vizinha de Alberta, 44 incêndios estão causando estragos, incluindo um localizado a cerca de 15 quilômetros de Fort McMurray, o que obrigou os residentes a se prepararem para uma possível evacuação.

Essa cidade no noroeste da província, situada no coração da floresta, já foi devastada pelo fogo em maio de 2016, quando seus 90 mil habitantes foram removidos e mais de 2,5 mil edifícios foram destruídos, no maior desastre da história do Canadá.

— Estamos em um nível 5 de seca (o mais alto), o que torna muito difícil (…) controlar esses incêndios florestais, mas faremos o possível para conter este — disse o prefeito Fraser.

Neste fim de semana, também foram emitidas ordens de evacuação em pequenas cidades de Alberta e Manitoba, enquanto ventos violentos têm espalhado a fumaça por todo o oeste do país. Segundo o governo federal, a qualidade do ar nessas áreas apresenta riscos “muito elevados”.

Em 2023, o Canadá viveu a pior temporada de incêndios da sua História. As chamas, que varreram o país de Leste a Oeste, queimaram mais de 15 milhões de hectares, custaram a vida de oito bombeiros e obrigaram as autoridades a evacuar 230 mil pessoas.

Informações: O Globo.

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