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Área de florestas plantadas em MS é a que mais cresce no país

De acordo com levantamento do IBGE, Mato Grosso do Sul abriga os quatro maiores municípios produtores de eucalipto do país: Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Brasilândia e Água Clara; o Estado alcança 1,5 milhão de hectares de florestas plantadas

Mato Grosso do Sul está crescendo economicamente em vários ramos. Antigamente quando se comentavam do Estado todos pensavam exclusivamente em agropecuária e agricultura, mas com a chegada das gigantes da celulose o cenário mudou e MS já é conhecido mundialmente por ser um grande exportador do setor e ocupando o segundo lugar nacional no ranking quando o assunto é floresta plantada. Atualmente o Estado possui uma área de 1,5 milhão de florestas plantadas, com previsão de considerável expansão para os próximos anos para atender novos megaempreendimentos do setor.

MUNICÍPIO PIONEIRO

No estado, Três Lagoas foi a pioneira em floresta plantada de eucalipto a empresa, Chamflora Três Lagoas Agroflorestal Ltda, subsidiária da IP chegou ao município em 1988, onde investiu em vastas extensões de área para plantio de eucalipto. Decorridos alguns anos a empresa tornou-se referência em tecnologia, modelo de gestão, inovadora em desenvolvimento operacional, qualidade de florestas e mão-de-obra especializada

Em 2006, a Chanflora já possuía cerca de 100 mil hectares, sendo aproximadamente 75 mil hectares plantáveis e 25 mil hectares destinados às áreas de reserva legal e de preservação permanente. Em 2005, a empresa plantou mais de 20 mil hectares na região, sendo 7 mil hectares em parcerias com proprietários rurais. Para atender essa demanda, a empresa tinha um quadro de 1.288 colaboradores diretos, entre próprios e terceirizados, que trabalham nas florestas e escritórios da subsidiária da International Paper.

INSTALAÇÃO DA VCP

Foi esse ativo florestal, a matéria prima da celulose, além das isenções de impostos e a logística que atraíram os diretores do grupo Votorantim que em fevereiro de 2007 investiram na construção da VCP (Votorantim Celulose e Papel).  Decorridos alguns anos, a VCP comprou a empresa Aracruz Celulose e nessa negociação foi criada a Fibria Celulose e em janeiro de 2019, foi anunciada e fusão da Fibria com a Suzano que construiu a segunda linha da fábrica.

Diante da boa logística, estrutura e incentivos fiscais que Três Lagoas e o Estado ofereciam, em 15 de junho de 2010, foi lançada a pedra fundamental da Eldorado Brasil e em 12 de dezembro de 2012, a fábrica foi inaugurada com uma linha e existindo a possibilidade de ter a segunda linha.

REFERÊNCIA MUNDIAL

Devido a esses investimentos o Mato Grosso do Sul tornou-se exemplo mundial quando o assunto é celulose. Com já dito acima, Três Lagoas, pioneira no setor no Estado, abriga duas indústrias e acabou se tornando ‘a professora’ de Ribas do Rio Pardo e Inocência que, em breve, também terão fábricas operando. Agora, mais uma fábrica vai se instalar na região já conhecida como ‘Vale da Celulose’. Uma da Bracell também será construída em Água Clara aumentando ainda mais a economia do Estado.

RANKING

A produção de celulose representa 1,3% do PIB Nacional e 6,9% do PIB Industrial. Com receitas acima de US$ 100 bilhões, é uma das maiores fontes de exportação do Brasil, o qual é o maior exportador global de celulose e tem a sua produção baseada em áreas de florestas plantadas.

Embora o Brasil seja o maior exportador de celulose do mundo, ele ocupa a segunda posição em termos de produção global, ficando atrás dos Estados Unidos. Nessa jornada, a indústria de árvores cultivadas, que se pauta em um modelo de bioeconomia em larga escala, atua em uma lógica integradora, sistêmica e circular, da árvore ao pós-uso do produto, gerando uma gama de benefícios climáticos.

Este setor inaugura uma fábrica a cada ano e meio, na contramão da precoce e acelerada desindustrialização nacional. Com isso, amplia consistentemente a oferta de empregos diretos e indiretos em diversas localidades no Brasil, a maioria delas com baixo dinamismo econômico antes da chegada das empresas desse segmento.

POSTOS DE TRABALHO

Em 2023, foram criados 33,4 mil novos postos de trabalho, somando um total de 2,69 milhões empregos diretos e indiretos gerados pelo setor. Já em 2024, ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 10 milhões de hectares de árvores cultivadas, um crescimento de 3% em comparação ao ano anterior.

O principal eixo de ampliação de áreas de cultivo foi no estado do Mato Grosso do Sul, em terras já antropizadas, transformadas em plantações florestais. Com isso, o setor recupera pastos de baixa produtividade com uma nova ocupação, que remove carbono da atmosfera e é manejada de forma sustentável, entregando benefícios para o ambiente e valor compartilhado para a sociedade.

MS EM SEGUNDO LUGAR

De acordo com o IBA (Instituto Brasileiro de Atuária) os plantios de eucalipto estão localizados, principalmente, nas regiões sudeste e centro-oeste do país, com destaque para Minas Gerais (29%), Mato Grosso do Sul (15%) e São Paulo (13%). A indústria de árvores cultivadas brasileira tem um comércio internacional de US$ 12,7 bilhões e segue como a maior exportadora de celulose do mundo, ficando no patamar acima de 18 milhões de toneladas enviadas ao exterior.

O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia, dando origem a uma crescente gama de produtos de fonte renovável, como livros, cadernos, roupas, celulose, papéis, embalagens, papel higiênico, fraldas, painéis de madeira, pisos laminados, entre muitos outros. Esses produtos estão presentes na rotina de todos os brasileiros e substituem, com muitas vantagens, aqueles feitos a partir de fontes fósseis.

IMPACTO POSITIVO

A sustentação e continuidade dos negócios no setor de árvores cultivadas são fortemente influenciadas pelas partes interessadas e comunidades impactadas por suas operações.

O setor trabalha em conjunto com a comunidade em prol de um impacto positivo e da geração de valor compartilhado, repercutindo em desenvolvimento para os cidadãos. Para isso, estabelece relacionamentos, dialoga para escutar demandas e percepções, mapeia oportunidades de melhoria; e investe em projetos de desenvolvimento socioeconômico.

Em 2023, 88% das empresas pesquisadas pela Ibá indicaram possuir projetos ou programas voltados para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Os investimentos nesses projetos totalizaram aproximadamente R$ 39,5 milhões e impactaram diretamente 918 mil pessoas, englobando diversas áreas, como educação, ecoturismo, cultura, apicultura, qualidade de vida e bem-estar, saúde, preservação e recuperação ambiental, empreendedorismo, diversidade e inclusão, reciclagem e esportes.

Com informações: Perfil News | Imagem: divulgação.

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Presidente da Reflore/MS participa de Comitiva Sul-Mato-Grossense em Bruxelas

Grupo discute implicações das novas leis da União Europeia sobre exportações do agronegócio em Bruxelas

Uma delegação representando o estado de Mato Grosso do Sul desembarcou em Bruxelas, na Bélgica, para tratar das implicações das recentes leis da União Europeia (UE) sobre exportações do agronegócio. A comitiva, composta por membros do governo brasileiro e do setor produtivo, concentrou seus esforços em discutir o European Union Deforestation-Free Regulation (EUDR), conhecido como Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento, que visa proibir a importação e o comércio de produtos derivados de commodities provenientes de áreas de floresta desmatadas após 31 de dezembro de 2020.

Liderada pelo secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) de Mato Grosso do Sul, e pelo secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette, a comitiva foi composta também por executivos locais do Estado, como o presidente da Reflore/MS, Junior Ramires,que destacou os diferenciais das florestas plantadas do estado e seu papel crucial no setor produtivo brasileiro durante as reuniões em Bruxelas.

Verruck expressou preocupação com o curto prazo estabelecido para a implementação do EUDR, enfatizando a necessidade de estabelecer uma cadeia de custódia e rastreabilidade adequada para as commodities afetadas pela nova legislação. Ele ressaltou que, segundo levantamento feito pela IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), apenas uma pequena parcela das florestas plantadas brasileiras sofreu desmatamento após 2020, indicando um impacto relativamente baixo no setor. No entanto, a implementação da norma permanece como uma questão crucial em discussão.

Além disso, a comitiva abordou a importância do reconhecimento dos dados gerados no Brasil, particularmente em relação à rastreabilidade, e a preocupação com a segurança dos dados comerciais a serem compartilhados com as autoridades europeias. Verruck enfatizou a necessidade de um sistema de implementação da lei que não gere impactos nem custos adicionais para o setor de floresta e a indústria de base florestal brasileira.

A missão sul-mato-grossense em Bruxelas continuará até 8 de março, buscando garantir que os interesses do estado e do país sejam adequadamente representados e protegidos diante das novas regulamentações da UE sobre o agronegócio.

Informações: Reflore.

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