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Como o Canopy Insight apoia o Suprimento sustentável de biomassa para o etanol de milho no Brasil

Integração da biomassa florestal no etanol de milho

A integração da biomassa florestal, especialmente do eucalipto, na produção de etanol de milho tem avançado rapidamente no Brasil. Usinas estão utilizando essa fonte renovável tanto para cogeração de energia quanto para o próprio processo produtivo do etanol, abrindo novas frentes para o setor florestal e exigindo maior inteligência no planejamento de suprimento.

Com a rápida expansão da produção de etanol de milho, a demanda por biomassa proveniente de florestas plantadas aumentou significativamente. Isso tornou o planejamento do abastecimento um desafio logístico e estratégico. Nesse contexto, informações precisas sobre a disponibilidade de plantios florestais próximos às usinas se tornaram fundamentais.

Avaliação da base florestal no entorno das usinas

Para apoiar esse desafio, a Canopy avaliou a área plantada e a disponibilidade de biomassa florestal no entorno de 47 usinas de etanol de milho no Brasil — incluindo unidades em operação, construção e planejamento. A análise foi baseada nos dados do Canopy Insight, nosso levantamento detalhado e continuamente atualizado das florestas plantadas, que hoje é referência no setor florestal.

Os resultados mostram que 28,8% da área total de florestas plantadas no Brasil em 2023 — cerca de 3 milhões de hectares dos 10,3 milhões mapeados — está localizada a até 150 km das usinas de etanol de milho. No entanto, ao considerar apenas os plantios não verticalizados e localizados em pequenas (≤ 4 módulos fiscais) e médias (4–15 módulos fiscais) propriedades rurais — que possuem maior potencial de comercialização para fins energéticos — essa proporção cai para 8% (823 mil hectares). Dentro desse universo, o eucalipto responde pela maior parte (59,8%), seguido de pinus (34,8%) e outros gêneros florestais (5,4%). A maior concentração dessa oferta está nas regiões Sul (68,4%) e Centro-Oeste (15,0%), totalizando cerca de 686 mil hectares.

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Demanda e oferta atual e projetada

Em 2024, as usinas da região Centro-Oeste — principal polo de produção de etanol de milho no país — produziram aproximadamente 5,9 bilhões de litros. Considerando um consumo médio de 800 kg de biomassa para cada 1.000 litros de etanol, a demanda estimada foi de 4,7 milhões de toneladas de biomassa. Por outro lado, avaliando somente os plantios de eucalipto com 6 anos ou mais no entorno dessas usinas, dentro do mesmo recorte de pequenas e médias propriedades não verticalizadas (30,8 mil hectares), as estimativas da Canopy apontam uma disponibilidade de 6,6 milhões de toneladas de biomassa florestal, o que indica um cenário de oferta suficiente, ainda que temporário.

A oferta futura de biomassa já dá sinais de pressão. Em 2025, os plantios de eucalipto com 6 anos, idade mínima considerada comercial para fins energéticos, somaram apenas 4,1 mil hectares, com um estoque estimado de 0,8 Mt. Mesmo considerando volumes remanescentes, a disponibilidade total não deve ultrapassar 1,9 Mt. Com uma produção estimada de 6,94 bilhões de litros de etanol de milho no Centro-Oeste, a demanda total por biomassa em 2025 pode chegar a 5,6 Mt. Embora o setor utilize uma combinação de fontes de biomassa, o exercício com base apenas no eucalipto revela um gap expressivo de 3,7 Mt. Esse cenário reforça a importância de se antecipar à escassez por meio de planejamento territorial e da expansão de plantios florestais, principalmente diante do ritmo de crescimento do setor e da perspectiva de aumento contínuo da demanda por biomassa.

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A solução Canopy Insight

Além da análise apresentada, o Canopy Insight oferece uma base robusta de dados geoespaciais que apoia empresas na prospecção de madeira, em estudos de mercado e no planejamento estratégico de suprimento. A plataforma cobre com alto grau de precisão as áreas de florestas plantadas no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, permitindo avaliar a oferta de biomassa para atender às demandas das indústrias de etanol, cogeração de energia e outras aplicações energéticas.

O Canopy Insight também permite realizar análises de aptidão de terras para expansão florestal, integrando camadas de informação como uso e cobertura da terra, relevo, clima, solos, infraestrutura logística, além de dados sobre desmatamento e embargos ambientais. Essa inteligência territorial é essencial para otimizar o suprimento, reduzir custos logísticos e garantir o abastecimento contínuo das empresas do setor de bioenergia.

Entre em contato

Quer entender como o Canopy Insight pode apoiar a sua estratégia de suprimento de biomassa e expansão florestal? Entre em contato com o time da empresa e agende uma conversa: comercial@canopyrss.tech.

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O uso da biomassa florestal como fonte energética no Brasil

Artigo de Marcelo Schmid, CSO do Grupo Index.

A energia de biomassa representa atualmente menos de 10% da capacidade instalada de energia elétrica no país, apesar de ser a terceira forma de energia mais competitiva no Brasil perdendo apenas para a energia eólica e para as centrais geradoras hidrelétricas.

Entre as fontes de biomassa utilizadas, destaca-se o bagaço da cana-de-açúcar como a principal delas, seguida do licor negro (bastante utilizado pelas fábricas de celulose) e, em terceiro lugar, os resíduos de origem florestal.

Muito embora o setor florestal tenha se agitado por anos diante da oportunidade de fazer do mercado de energia um novo e importante nicho para produtos de base florestal, até então nosso setor se depara sempre com os mesmos gargalos: baixa viabilidade (ou inviabilidade) de projetos florestais dedicados, falta de suprimento diante da demanda crescente por madeira, que leva à competição com mercados muito maiores, que não estão dispostos a perder suprimento para os rivais, como a celulose. 

Por outro lado, mesmo com todos os desafios na mesa, sabemos que a demanda energética do Brasil é constante e que a matriz energética precisa de diversificação, para que não tenhamos que enfrentar novamente o perigo de um apagão. Soma-se à demanda nacional, a pressão mundial pela redução das emissões de gases de efeito estufa, tornando a energia de biomassa florestal uma opção interessante.

Mas se há demanda de mercado e anseio da sociedade, como superar as barreiras que impedem o desenvolvimento da energia de biomassa florestal? Será que não está na hora de se pensar mais criativamente e parar de fazer mais do mesmo? Um sistema adequado e criativo de gestão de suprimentos pode certamente resolver ou minimizar as dificuldades, mesmo nos mercados mais competitivos! 

Ao invés de depender somente de plantios dedicados, que tal combinar um volume menor de plantios com aquisição de biomassa de outras fontes disponíveis no mercado, tirando vantagem da sazonalidade (e preço) de cada produto? A tecnologia das caldeiras permite tirar vantagem do uso diversificado de biomassa, então porque não explorá-la?

Ao invés de competir com grandes players pela floresta, que tal deixar os troncos das árvores para eles e explorar energeticamente resíduos, casca, tocos, e galhadas? Temos exemplos de países que estão utilizando resíduos florestais com excelência, alguns desses, países com muito menos tradição florestal que o Brasil!

A biomassa está em uma região de grande competição por madeira, altamente industrializada? Melhor ainda, pois nesse ambiente diversificado há grande volume de geração de resíduos, pequenos e médios produtores, negócios paralelos, vantagens logística, ou seja, diversas oportunidades que permitirão criar uma rede de fornecimento sustentável. 

A gestão adequada e dinâmica é a solução que empresas modernas estão utilizando para sobrepor os desafios do mercado de energia de biomassa. Para que colocar todos os ovos na mesma cesta? A resposta para tornar a energia de biomassa florestal viável, pode estar justamente não na floresta, mas em volta dela!

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