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O caminho da madeira: da floresta às paredes de casas rurais

Empresa adota tecnologia para produção de painéis de CLT com madeira que iria para as caldeiras

A movimentação de máquinas em meio à floresta de pinus indica que o corte das árvores está em andamento. Esse é o primeiro passo da transformação da madeira dos troncos em painéis para a construção de casas. Em uma das áreas de plantio da Águia Florestal – empresa do setor madeireiro -, em Ponta Grossa (PR), a Globo Rural acompanhou o processo, que termina na área fabril.

O diretor da Águia Florestal, Alvaro Luiz Scheffer Junior, explicou que o ciclo produtivo do pinus chega a 28 anos. No local, estava sendo feito o desbaste de árvores de 17 anos. A colheita é 100% mecanizada, com equipamentos de última geração que cortam as toras em tamanhos definidos conforme o diâmetro de cada árvore. O procedimento é programado e operado por profissionais qualificados, e atingiu em torno de 50% da plantação.

“Com isso, abrimos espaço para as árvores que ficaram crescerem mais e terem um incremento. Elas vão formar copa novamente, absorver mais carbono da atmosfera e consequentemente gerar mais madeira, tanto em altura como em diâmetro”, comentou.

Scheffer Junior ainda destacou as etapas que antecedem a colheita, da muda até o plantio, passando pelo manejo durante o ano e o combate a pragas para garantir um produto final de qualidade. Uma das práticas de manejo adotadas é o plantio em mosaico, que intercala áreas de conservação com áreas de árvores cultivadas para fins industriais.

Colheita das toras de pinus é 100% mecanizada — Foto: Divulgação
Colheita das toras de pinus é 100% mecanizada — Foto: Divulgação

Painéis de CLT

Da floresta, o carregamento de toras segue para a área fabril da Águia. Parte da madeira será beneficiada com soluções trazidas da Europa para a construção de painéis feitos com CLT (Cross Laminated Timber). De acordo com o diretor, o processo garante a transformação de madeira que seria queimada como combustível em caldeiras industriais – ou mesmo descartada – em painéis altamente resistentes para uso na construção civil.

A tecnologia adotada pela Águia Florestal resulta em módulos de madeira serrada. As etapas do processo de fabricação incluem a seleção e a preparação da madeira, laminação e prensagem, corte, usinagem e acabamento. Por fim, um robô realiza a marcação de pontos hidráulicos e elétricos, entregando os painéis prontos para instalação desses itens.

Parte da madeira será beneficiada para a construção de painéis feitos com CLT (Cross Laminated Timber) — Foto: Carolina Mainardes/Globo Rural
Parte da madeira será beneficiada para a construção de painéis feitos com CLT (Cross Laminated Timber) — Foto: Carolina Mainardes/Globo Rural

Conforme o CEO da empresa, Alvaro Luiz Scheffer, os módulos equivalentes a uma casa de 60 metros quadrados ficam prontos em sete dias úteis. Além disso, ele aponta como vantagens do material propriedades retardantes de chamas, isolamentos térmico e acústico, solidez e resistência a cupins. “O processo é sustentável, a madeira de pinus usada no CLT é renovável e o aproveitamento é total, não há sobra”, ressalta Scheffer.

Os primeiros kits com CLT desenvolvidos pela empresa serão destinados à construção de 100 casas rurais sustentáveis. O material será enviado ao Rio Grande do Sul, por meio de edital aberto pelo governo do Paraná com o intuito de beneficiar famílias de áreas agrícolas vítimas das enchentes ocorridas no Estado. As casas têm dois quartos, sala e cozinha conjugadas e banheiro.

Lançado pela Águia em fevereiro deste ano, o produto com a nova tecnologia promete ainda baixo custo. Scheffer informou que o valor de um imóvel construído com o kit de madeira com CLT gira em torno de R$ 160 mil – sem o piso e as partes em cerâmica, aplicados por empresas parceiras -, no caso da venda comercial.

O produto se junta ao portfólio da empresa, que produz madeira serrada e subprodutos de origem florestal. O grupo possui 24 mil hectares de floresta em áreas próprias, sendo 10 mil hectares de área plantada de pinus e o restante de área nativa preservada.

Os primeiros kits com CLT serão destinados à construção de 100 casas para atingidos pelas enchentes do Rio Grande do Sul — Foto: Divulgação
Os primeiros kits com CLT serão destinados à construção de 100 casas para atingidos pelas enchentes do Rio Grande do Sul — Foto: Divulgação

Cenário

No Brasil, o plantio de pinus cobre 1,9 milhão de hectares, ou seja, 19% do total do setor. Dentre as espécies cultivadas no país, o eucalipto se destaca, totalizando 7,8 milhões de hectares, o que corresponde a 76% da área total plantada. Outras espécies ocupam cerca de 500 mil hectares, incluindo acácia, teca, seringueira e araucária.

De acordo com a Associação Paranaense de Base Florestal (Apre), no Paraná essa proporção se inverte, pois o Estado tem mais pinus plantados que eucalipto. O Paraná ocupa o 4º lugar entre os produtores nacionais, com cerca de 1,17 milhão de hectares plantados, sendo 710.836,77 hectares de pinus, 438.721,37 hectares de eucalipto e 6.486,96 ha de araucária, o que corresponde a 11,84% dos plantios do país.

Com isso, o Paraná desponta no cenário nacional com a segunda maior área de pinus e General Carneiro, município localizado na região Sul do Paraná, mantém a liderança como município com maior VBP da produção florestal primária do Brasil, com movimentação de R$ 627,5 milhões em 2023.

Aílton Augusto Loper, diretor Florestal da Apre, destaca que a área de floresta plantada no Paraná vem se mantendo há alguns anos. “Isso é um pouco preocupante, porque a tendência é ter aumento de demanda de madeira tendo em vista o crescimento do setor”, adverte. Segundo ele, a indústria florestal está atenta e mantém investimentos em tecnologia e ciência, a fim de buscar, entre outros avanços, maior produtividade por hectare. “Essa busca pela eficiência resulta na produção com mais qualidade em menos espaço”, completa.

Em 2023, entre as empresas associadas à Apre, o Incremento Médio Anual (IMA) médio para pinus foi de 31,75 m³ de hectares ao.ano, enquanto para eucalipto ficou em 39,12 m³/ha.ano, produtividades um pouco acima da média nacional.

Informações: Globo Rural.

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Procurando estágio? Bracell oferece 13 vagas para universitários de várias áreas em MS

Destinado a estudantes, estágio é para as áreas como Administração, Engenharias, Psicologia, Direito, RH, entre outras

Até o dia 18 de agosto estudantes universitários podem se inscrever no processo seletivo para estágio na empresa de celulose Bracell. Ao todo, são 13 vagas distribuídas nos municípios de Bataguassu (12 vagas) e Água Clara (uma vaga).

A seleção é feita pelo Programa de Estágio Superior 2025, com vagas nas áreas de Recursos Humanos, Jurídico, Facilities, Relações Institucionais, Controladoria, Desenvolvimento Operacional, Manutenção Automotiva e Pesquisa & Desenvolvimento.

Inscrições e requisitos

As inscrições devem ser feitas pelo site da empresa. Para participar, o interessado deve estar cursando ensino superior (bacharelado ou licenciatura), com previsão de formatura entre dezembro de 2026 e dezembro de 2027. Inglês é um diferencial, mas não é obrigatório.

As vagas estão abertas a estudantes de diferentes áreas do conhecimento, como Administração, Engenharias, Psicologia, Direito, Recursos Humanos, entre outras.

O estágio é 100% presencial, com carga horária de 30 horas semanais.

Auxílio financeiro

A Bracell oferece bolsa-auxílio de R$ 2,2 mil para estágio de nível superior, plano de saúde e odontológico, seguro de vida, Wellhub, vale-refeição ou refeitório no local, além de transporte fretado ou vale-transporte, dependendo da localidade.

Informações: MídiaMax.

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Governador de MS se reunirá com a Bracell em Singapura para discutir 7ª fábrica de celulose no Estado

Bracell já confirmou a instalação de uma fábrica em Bataguassu e pode construir uma nova planta de celulose

A comitiva do Governo de Mato Grosso do Sul se reúne com executivos da fábrica de celulose da Bracell, em Singapura, durante a Missão Ásia, nos próximos dias, para discutir uma nova planta no Estado.

Conforme o secretário da Casa Civil de MS, Eduardo Rocha, a gigante asiática pode construir uma nova planta em MS. A expectativa é de que Água Clara abrigue a nova fábrica, já que a Bracell também a considerou para a primeira construção da marca no Estado — que acabou ficando para Bataguassu.

Entretanto, antes da escolha do município, a empresa precisa entregar os estudos dos impactos ambientais da construção de um empreendimento de grande porte, assim como no processo de implantação da outra planta.

Vale da Celulose

Se confirmada, esta será a 7ª fábrica de celulose instalada no Estado. A cadeia produtiva florestal já conta com quatro fábricas de celulose em operação, tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmado a sexta (Bracell).

MS já tem reconhecimento nacional como o “Vale da Celulose”, tendo 24% da produção nacional. Assim, o Estado já dispõe da segunda maior área cultivada de eucalipto e é o primeiro na produção de madeira em tora para papel e celulose. Mato Grosso do Sul também aparece como vice-líder em área plantada com árvores, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

bataguassu fábrica celulose
Bataguassu. (Edemir Rodrigues, Subcom-MS, Divulgação)

Missão Ásia

Missão Ásia do Governo de MS passará em três países, sendo: Singapura, Japão e Índia. Entretanto, terá uma comitiva enxuta, com um secretário e apenas um servidor do Estado.

O governo estadual foca na Ásia, devido à Rota Bioceânica, e objetiva tornar o Estado atrativo para novos investimentos. De 6 a 8 de agosto, a primeira parada é em Mumbai, na Índia. Já no Japão, de 9 a 12 de agosto, as agendas são em Tókio e Osaka. Em Singapura, ficam de 13 a 15 de agosto.

Assim, durante coletiva de imprensa para falar sobre a Missão Ásia, Riedel afirmou que o grande empresário também precisa de recurso do mercado.

“A escolha desses três mercados, Índia, Japão e Singapura, ela é absolutamente direcionada dentro daquilo que a gente tem percebido no mercado, pelo interesse em relação a Mato Grosso do Sul. Nós estamos falando muito de Rota Bioceânica, nós estamos falando muito do mercado de carnes e queremos expandir o mercado de exportação“, diz.

Informações: MídiaMax.

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APRE e entidades parceiras vão apresentar pleitos ao Governo do Estado para mitigar os danos do ‘Tarifaço Trump’

A sobretaxa tem caráter contraditório, pois é aplicada em um momento em que o mundo valoriza cada vez mais as florestas plantadas como alternativa sustentável para combater as mudanças climáticas. A madeira proveniente dessas áreas é um recurso renovável e contribui para a fixação de carbono da atmosfera.

“O setor de base florestal plantado é hoje um dos pilares da sustentabilidade global. É difícil entender por que estamos sendo penalizados dessa forma, em um movimento que não tem base técnica, comercial ou regulatória como estamos habituados, mas sim política”, avalia nosso presidente.

Pleito de medidas junto ao Governo do Estado

A ausência de uma ação diplomática eficaz por parte do governo brasileiro preocupa o setor. “Faltou uma condução à altura dessa crise. Agora, precisamos agir rápido para buscar alternativas e minimizar os danos. O risco é de retrocessos econômicos e sociais profundos”, aponta Brun.

Para mitigar os danos, a APRE apresentará, juntamente com instituições parceiras, nos próximos dias ao Governo do Estado do Paraná pleitos do setor que incluem:

1. Liberação de uma linha de financiamento subsidiado, via Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), para pagamento da folha

2. Antecipação dos créditos de ICMS para os exportadores de madeira

3. Sugestões de programas para incentivo ao uso da madeira para os seus diversos fins.

Juntos, somos mais fortes e vamos superar esses momentos de adversidades. 

Informações: APRE Florestas.

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Raios e florestas: conheça o impacto global de uma ameaça silenciosa para milhões de árvores

Investigadores da Universidade Técnica de Munique (TUM) desenvolveram pela primeira vez um modelo matemático global que estima quantas árvores morrem a cada ano como consequência direta dos raios.

A conclusão é contundente: o efeito das descargas elétricas nos ecossistemas florestais foi subestimado.

320 milhões de árvores morrem a cada ano por raios

O estudo, publicado na revista científica Global Change Biology, revela que aproximadamente 320 milhões de árvores morrem anualmente devido ao impacto direto de raios. Sem contar aquelas que perecem em incêndios florestais iniciados por tempestades elétricas.

Essa mortalidade representa entre 2,1% e 2,9% da biomassa vegetal anual, o que equivale à liberação de 770 a 1.090 milhões de toneladas de CO₂.

Um agente perturbador ignorado nos modelos climáticos

Segundo o autor principal, Andreas Krause, o modelo não só permite estimar a mortalidade arbórea induzida por raios, mas também identificar as regiões mais afetadas e avaliar suas consequências sobre o ciclo global do carbono.

“Os raios são um fator de perturbação importante, embora pouco considerado nos estudos sobre dinâmica florestal”, adverte Krause.

Impacto geográfico: os trópicos, os mais afetados

Atualmente, a mortalidade por raios é mais elevada nas florestas tropicais da África. Estudos recentes — como os realizados no Panamá — indicam que as descargas elétricas são uma das principais causas de morte de árvores grandes.

No entanto, os modelos climáticos projetam um aumento de raios em latitudes médias e altas, o que poderia ampliar seu impacto ecológico no futuro.

Emissões de carbono comparáveis aos incêndios florestais

As emissões de CO₂ provocadas pela mortalidade direta de árvores por raios se aproximam das geradas pela queima de plantas vivas em incêndios florestais (aproximadamente 1.260 milhões de toneladas anuais).

Embora o total de emissões por incêndios seja maior — devido à combustão de madeira morta e matéria orgânica do solo, que totaliza cerca de 5.850 milhões de toneladas de CO₂ —, os raios representam uma fonte significativa de carbono atmosférico que até agora foi pouco considerada.

Rumo a modelos mais precisos do ciclo do carbono

Os autores do estudo destacam a necessidade de coletar mais dados sobre a mortalidade induzida por raios em diferentes tipos de floresta.

Incorporar essa variável nos modelos de ecossistemas terrestres permitiria calibrar melhor as projeções sobre a dinâmica da vegetação e o ciclo do carbono. Um processo essencial que regula a troca de carbono entre a atmosfera, os oceanos e a biosfera terrestre.

Informações: Noticias Ambientales.

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Terminal EBLog da Eldorado Brasil celebra 2 anos com reconhecimentos internacionais que fortalecem excelência logística portuária

Certificações ISO 9001, 14001 e 45001 foram obtidas com oito meses de antecedência e reforçam compromisso da empresa com qualidade, sustentabilidade e segurança

O Terminal EBLog da Eldorado Brasil, empresa controlada pelo Grupo J&F, celebra seu segundo ano de operação com a conquista de certificações internacionais importantes para o negócio: ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão Ambiental) e ISO 45001 (Saúde e Segurança Ocupacional). Os documentos atestam que o terminal opera dentro dos mais altos padrões internacionais de qualidade, segurança e responsabilidade ambiental. Além disso, reforçam a posição da empresa como referência em logística portuária e no mercado global de celulose, cada vez mais exigente com os critérios ESG.

Embora o EBLog esteja comemorando dois anos de operação, a presença da Eldorado Brasil no Porto de Santos é anterior. Desde 2015, a empresa atua na região portuária por meio do antigo Terminal Rishis, implantado para atender a necessidade de exportação de celulose da companhia. “O EBLog foi um marco nessa trajetória e integra o planejamento estratégico consolidado da companhia, com foco no futuro da logística portuária e do negócio”, afirma o diretor de Logística do EBLog da Eldorado Brasil Celulose, Flávio da Rocha Costa.

Localizado no cluster de celulose da região portuária santista, o EBLog atualmente é um dos terminais mais modernos do mundo. As certificações, previstas contratualmente pelo arrendamento da área portuária para ocorrer até fevereiro de 2026, foram antecipadas em oito meses.

“Diante dos esforços do nosso time, realizamos um trabalho rigoroso com ajustes, treinamentos e padronização de rotinas, sempre tendo como referência o mesmo compromisso que a Eldorado tem em toda a sua cadeia produtiva”, afirma o gerente de Logística do EBLog da Eldorado Brasil Celulose, Marcelo Falcão. “O atendimento a essas certificações ISO nos coloca em um elevado patamar de competitividade global, o que é muito significativo considerando que a Eldorado exporta cerca de 90% da celulose que produz para mais de 40 países”, completa Falcão.

Cada uma das certificações possui um papel fundamental para o negócio. A ISO 9001 garante a padronização de processos, melhoria contínua e foco na satisfação do cliente. Já a ISO 14001 estabelece práticas de controle e redução de impactos ambientais, incentivando a sustentabilidade. E, por fim, a ISO 45001 direciona a estruturação de sistemas de prevenção a riscos na execução de tarefas, reforçando a segurança e o bem-estar de todos os colaboradores.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose, empresa do Grupo J&F, é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera o EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A Companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Tarifaço de 50% ameaça nossos negócios, empregos e investimentos

A decisão do governo dos Estados Unidos, publicada no dia 30 de julho, afeta todo o setor de base florestal, especialmente o Paraná.

Os Estados Unidos são o principal destino para molduras (98%), portas de madeira (96%), compensado de pinus (34%), serrado de pinus (33%).

A aplicação da tarifa de 50% sobre a importação de produtos florestais brasileiros  influencia diretamente a comercialização de  madeira serrada, painéis, portas, móveis e molduras – itens cuja matéria-prima é madeira de  pinus e eucalipto. 

“É uma notícia muito ruim. Justamente no que o Paraná é bom, onde se destaca, vamos ser taxados de forma muito forte e veemente”, afirma nosso presidente Fabio Brun. Segundo ele, o impacto pode ser significativo para as operações e o emprego em todo o Sul do Brasil.

Celulose está na lista de exceções

Na lista de exceções do decreto norte-americano e importantes para o setor, estão: celulose química (solúvel, soda, sulfato, sulfito), celulose semiquímica, e celulose de papel reciclado ou bambu.

Esses são produtos que os Estados Unidos não produzem, assim como  a celulose de fibra curta à base de eucalipto – utilizada para fabricação de papel higiênico, guardanapo, toalha de papel.

Outro produto do setor de florestas plantadas que está na lista de exceções é o ferro-gusa, que no Brasil é produzido em parte com carvão vegetal para substituir outros insumos de origem fóssil.

Impacto imediato: férias coletivas e retração nas exportações

Antes mesmo do anúncio oficial da nova tarifa, empresas do setor já haviam iniciado movimentos de contenção: suspenderam envios aos EUA, reduziram estoques e adotaram férias coletivas para preservar empregos. Agora, com a medida oficializada, o cenário se torna ainda mais delicado.

“Antes da efetivação da tarifa, as empresas estavam em compasso de espera, revendo investimentos e estratégias. A exportação para os Estados Unidos, nosso principal mercado, representa volumes que não podem ser redirecionados de forma rápida a outro mercado. Buscar novos compradores é um trabalho lento, de médio prazo, e muitas vezes exige redução de preços”, explica o presidente da APRE, Fabio Brun.

Setor florestal é o maior exportador do agronegócio brasileiro

Os produtos florestais lideram as exportações para os EUA, somando US$ 3,7 bilhões em receita. Desses, cerca de US$ 1,7 bilhão vêm dos estados da região Sul.

Dados de janeiro a junho de 2025 apontam que as exportações de molduras do Paraná para o mundo equivalem a US$ 104 milhões. Desse total, US$ 102 milhões são exportações destinadas aos EUA (98%). Em relação a portas de madeira, o valor das exportações é de US$ 35 milhões para o mundo todo, enquanto para os EUA chega a US$ 34 milhões (96%).

A dependência é menor quando se trata de compensados de pinus, cuja exportação geral é de US$ 300 milhões, sendo US$ 100 milhões destinados aos EUA (34%). O mesmo acontece com serrado de pinus, destinando US$ 79 milhões para o mundo todo e, desse montante, US$ 26 milhões vão para os EUA (33%).


“Estamos falando de uma cadeia produtiva bem diversificada, com forte presença no interior do estado. Além da atividade econômica, essas indústrias mantêm projetos sociais e de saúde, ou seja, a área social também poderá ser bastante afetada com essa retração”, lamenta o presidente.

Informações: APRE Florestas.

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Superbahia 2025: Bracell Papéis celebra avanço da marca Supra e expansão do portfólio da marca Fofura

Com portfólio completo e lançamentos estratégicos, empresa amplia presença de suas marcas em novos segmentos no mercado do Nordeste

Única produtora brasileira de papel tissue entre as cinco maiores do mundo, a Bracell Papéis participará, pelo segundo ano consecutivo, da SuperBahia 2025 – Feira e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados e Distribuidores, promovida pela Associação Baiana de Supermercados (Abase) em parceria com o Sindicato dos Supermercados e Atacados de Autosserviço do Estado da Bahia (Sindsuper). O evento, considerado o maior do segmento do Norte e Nordeste, será de 6 a 8 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador, e deve reunir 200 expositores nacionais e internacionais. A expectativa é de que a feira movimente R$ 650 milhões em negócios, 20% a mais do que em 2024.

Para a edição deste ano, a Bracell Papéis reforçará a diversidade do portfólio da companhia, com linhas completas de papel higiênico, papel-toalha e fraldas descartáveis para diferentes perfis de consumo. Uma das novidades é a chegada do papel higiênico Supra ao mercado nordestino como uma das principais apostas no segmento premium. Disponível nas versões folha dupla e tripla, o Supra é produzido com a exclusiva tecnologia AirTouch, que oferece alta maciez, absorção e conforto no uso diário, resultado de cápsulas de ar entre as camadas do papel, que proporcionam uma textura acolchoada e sofisticada.

Ainda durante a feira, a empresa mostrará ao público a expansão do portfólio da marca Fofura – que lidera as vendas no segmento de fraldas abertas no Nordeste, com 13,7% de participação em volume na região – com a estreia no segmento de fralda pants, com seu novo produto: Fofura Shortinho.

Além disso, a Bracell Papéis apresentará outras novidades em duas marcas de papel higiênico também já consolidadas na preferência do público nordestino: Velud, que conta agora com uma nova embalagem, e Familiar, que passa a ter uma nova versão de rolo com 30 metros para o mercado do Nordeste. Ambos os produtos são produzidos nas fábricas da Bracell Papéis nos municípios de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos, na Bahia, e Pombos, em Pernambuco, reforçando a presença dessas marcas no Nordeste.

“Estamos contentes em estar na SuperBahia e poder apresentar os investimentos em inovação, estrutura produtiva e ampliação de portfólio para atender às demandas do varejo e de nossos consumidores no nordeste, onde lideramos as vendas dos papéis higiênicos e das fraldas descartáveis, com Velud e Familiar e a fralda Fofura Baby. Para este ano, teremos uma novidade para o mercado nordestino, que é a estreia do papel higiênico Supra, que chegou para revolucionar o mercado premium e tem cumprido muito bem esse papel. E nossa entrada na categoria de fraldas pants, com a nova fralda Fofura Shortinho”, afirma Eduardo M. Aron, diretor-geral da Bracell Papéis.

Ricardo Cunha, diretor comercial da Bracell Papéis Nordeste, informa que a marca Fofura vem se consolidando como um dos principais motores de crescimento da Bracell Papéis. “A chegada da companhia à categoria de fraldas pants complementa essa trajetória de liderança, ampliando a presença da Bracell em um segmento que cresce de forma acelerada e demanda soluções cada vez mais práticas e eficientes para as famílias brasileiras”, reforça.

Com uma trajetória marcada por crescimento acelerado, inovação e uma atuação cada vez mais próxima do varejo, a Bracell Papéis vem fortalecendo a parceria com os clientes e elevando o nível de serviço, tornando-se uma referência no setor.  Levantamento feito pela NielsenIQ, uma das principais consultorias globais de inteligência de mercado e consumo, evidencia isso ao mostrar que a empresa foi a fabricante com maior crescimento acumulado do setor no Brasil em 2024, em relação a todo o ano de 2023.

Portfólio robusto

Com atuação nacional e um portfólio que abrange diferentes perfis de consumo, a Bracell Papéis apresenta na Superbahia marcas que vêm se destacando por sua performance nas gôndolas e seu alinhamento às demandas do varejo. Além de das marcas Fofura e Supra, protagonistas da estratégia institucional neste ano, a companhia leva à feira nomes como Familiar, marca mais vendida no Nordeste e a que mais cresceu em share de volume no Brasil em 2024 na comparação com 2023, segundo dados da Nielsen; Absoluto, papel-toalha reconhecido por sua eficiência em absorção e resistência; e a marca Velud, uma grande potência no mercado do Nordeste.

Sobre a Bracell Papéis

A Bracell Papéis é o segmento de negócios de papéis tissue da Bracell no Brasil e uma das maiores fabricantes do setor na região Nordeste do país, com fábricas nos municípios de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE). Com mais de 1.500 colaboradores, a empresa está em expansão também para o mercado do Centro-oeste e Sudeste do Brasil, a multinacional conta com uma unidade do segmento em Lençóis Paulista (SP). Entre as linhas comercializadas no mercado local, a empresa está presente nas categorias de papel toalha, guardanapo, papel higiênico e fraldas infantis, com um amplo portfólio no setor tissue professional. Para mais informações, acesse: https://www.bracell.com/nossos-negocios/bracellpapeis/

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Exclusiva – Nova Ordem Executiva dos EUA: Abimci alerta para impacto de tarifa de 40% sobre setor de madeira

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) atualiza seu posicionamento sobre a nova Ordem Executiva dos EUA: a maioria dos produtos de madeira processada não foi isenta, resultando em uma tarifa adicional de 40% sobre as taxas já existentes de 10%. A entidade ressalta que o texto da medida é ambíguo e defende que o governo brasileiro intensifique as negociações diplomáticas para proteger o setor.

O setor de madeira tem se posicionado de forma bastante preocupada e ativamente. A Abimci e outras entidades como a Abimóvel (móveis) têm sido as principais vozes na resposta às tarifas impostas pelos EUA.

Pontos-chave do posicionamento do setor:

  • Impacto direto e imediato: As entidades ressaltam que a tarifa adicional de 40% sobre a alíquota já existente de 10% afeta diretamente a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, que é um dos principais destinos das exportações do setor.
  • Ambiguidade na medida: O setor aponta que o texto da Ordem Executiva é dúbio e que há incerteza sobre a aplicação das tarifas em alguns produtos. A Abimci aguarda o guia de implementação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) para esclarecimentos definitivos.
  • Perda de empregos: As associações já preveem demissões e férias coletivas em empresas do setor, citando a perda de milhares de postos de trabalho como uma consequência direta da medida. A Abimóvel, por exemplo, estima a perda de 9 mil empregos na cadeia moveleira.
  • Ação do governo brasileiro: O setor tem solicitado que o governo federal intensifique as negociações com os EUA. O apelo é para que o diálogo seja baseado em argumentos técnicos e comerciais, evitando medidas de retaliação que possam piorar o cenário e agravar as perdas para a indústria nacional.

Confira a nota divulgada nesta sexta-feira (01):

Posicionamento atualizado da Abimci sobre Ordem Executiva de taxação dos EUA

Em relação à Ordem Executiva do Governo dos Estado Unidos, publicada na quarta-feira (30), que estabelece as taxações sobre os produtos brasileiros exportados para aquele país, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) informa que, conforme análise preliminar, a maioria dos produtos do setor, em especial os provenientes de florestas plantadas, não foram incluídos na lista de exceções divulgada no Anexo I da medida. Dessa forma, entendemos que a tarifa adicional de 40% incidirá sobre as alíquotas recíprocas já vigentes de 10% (implementadas em 2 de abril).

Destacamos alguns pontos de atenção que ainda carecem de análises mais criteriosas:
Os produtos sob investigação em curso da Seção 232, do Trade Expansion Act, listados no anexo II dessa Ordem Executiva publicada em 2 de abril, são citados como isentos na medida anunciada em 30 de julho. No entanto, o texto do documento publicado é dúbio e não deixa totalmente claro se esses produtos realmente não serão tarifadosNo nosso entendimento, existem possibilidades desses produtos também receberem o acréscimo dos 40% anunciados.

Quanto aos itens isentos, apenas os produtos discriminados no Anexo I da Ordem Executiva deste dia 30 de julho (a partir da página 6) estão excluídos da nova taxação. Exemplo: NCM 44.07.29.02 (madeira serrada tropical).

As interpretações aqui apresentadas são preliminares, uma vez que ainda aguardamos a publicação do guia de implementação pela Customs and Border Protection (CBP), órgão responsável pela aplicação das regras aduaneiras nos EUA, que deverá trazer esclarecimentos definitivos sobre os procedimentos tributários.

A Abimci segue monitorando os desdobramentos da Ordem Executiva e seus impactos. Reforçamos a necessidade de que o governo federal brasileiro intensifique as negociações com o governo norte-americano, com base em argumentos técnicos e comerciais, com diplomacia, evitando medidas de reciprocidade tarifária que possam gerar mais impactos negativos na nossa indústria, piorando o cenário atual.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Expedição de papelão ondulado totaliza 338.545 toneladas em junho de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) caiu 1,6% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 150,8 pontos (2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 338.545 toneladas no mês. Apesar da queda, esse é o quinto ano consecutivo com expedição acima das 330 mil toneladas no mês de junho.

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.106 toneladas, um aumento de 2,5% na comparação interanual, visto que junho de 2025 registrou um dia útil a menos do que 2024 (24×25 dias úteis).

Por trimestre, o volume de expedição de papelão ondulado no segundo trimestre de 2025 foi de
1.039.183 toneladas, 1,2% inferior ao de 2024.

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de junho registrou queda de 0,5% no
IBPO, para 156,7 pontos, equivalentes a 351.085 toneladas. Na mesma óptica, a expedição por dia
útil foi de 14.629, representando um avanço de 7,8% na comparação com o mês anterior.

Ainda analisando dados sazonalmente ajustados, com o fim do segundo trimestre, o volume de
expedição de papelão ondulado foi 1,3% superior ao trimestre anterior (1º tri 2025).

Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato com empapel@empapel.org.br.

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