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Como megafábricas têm virado pequenas cidades do avesso em MS

A Suzano, empresa paulista de celulose, se instalou em Ribas do Rio Pardo em 2021. Desde então, a economia local mudou de forma acelerada. O crescimento trouxe impactos também na infraestrutura. A cidade precisa se adaptar para oferecer serviços básicos à população.

O orçamento municipal saltou de R$ 116 milhões em 2020 para R$ 340 milhões em 2025. Mais da metade da arrecadação vem do eucalipto.

Crescimento desenfreado impacta na estrutura

Segundo autoridades, o maior desafio é controlar o crescimento. Em cinco anos, a população subiu de 22 mil para 30 mil habitantes, segundo a prefeitura.

Parte dos moradores vive em ocupações irregulares. Tatiane Mendes de Souza, trabalhadora de serviços gerais, mora em um barraco porque não conseguiu pagar aluguel.

“É muito difícil pagar aluguel, é muito caro. E aqui foi melhor pra mim. É difícil morar no barraco. Quando chove, molha”.

A prefeitura estima que 420 famílias vivem em condições precárias. O diretor de habitação, Wilson Aparecido dos Santos, afirma que mesmo com a entrega de 100 casas, a demanda continua alta.

“A demanda é maior que 400 casas, para que as pessoas possam sair dessas zonas de risco”.

Nem todos conseguiram se manter no emprego. Márcio Antônio de Farias, pedreiro, machucou o joelho e buscou outra renda. Com ajuda de um colega cuteleiro, aprendeu a fabricar ferramentas para garantir o sustento.

“Eu não consigo exercer minha função. Um colega meu é cuteleiro, aí ele me deu umas dicas e agora tô tirando pelo menos o do arroz e feijão”.

Educação pressionada pela superlotação

O número de matrículas em Ribas do Rio Pardo subiu de 4,3 mil para 5,2 mil neste ano. A prefeitura afirma que busca soluções diárias para atender a demanda.

“Essa é uma dificuldade que realmente o município enfrenta. Decisões judiciais praticamente todos os dias obrigam a abrir vagas para crianças que estão chegando”, disse o prefeito Roberson Luiz Moureira (PSDB).

A Escola Estadual Maria Augusta Costa Ramos da Silva, a maior da cidade, atende mais de mil alunos. O prédio foi ampliado no ano passado e ganhou uma estrutura em contêiner para receber estudantes da educação especial.

Segundo a diretora, Edervânia dos Santos Malta, a capacidade triplicou.

“Nós tínhamos uma sala pequena onde atendíamos 20 alunos. Hoje estamos atendendo 60 da educação especial.”

Uma nova escola estadual deve ser inaugurada em 2026, com capacidade para 2 mil estudantes.

Parceria entre governo e empresas

Segundo Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o poder público e as empresas trabalham juntos para reduzir os impactos do crescimento.

“No momento do licenciamento, criamos o Plano Básico Ambiental (PBA). Avaliamos o que precisa ser ampliado em escolas e hospitais, e as empresas são obrigadas a investir”, explicou.

A Suzano aplicou R$ 22 bilhões no plantio de florestas e na fábrica que produz 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

Durante as obras, em 2024, cerca de 10 mil trabalhadores de várias regiões do país atuaram na cidade. Hoje, a operação mantém 3 mil empregos diretos e terceirizados. Para reduzir os impactos, a empresa investiu R$ 300 milhões em Ribas do Rio Pardo.

Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de operações industriais da Suzano, afirma que um comitê foi criado em 2021 para definir prioridades de investimento.

“Entre elas estava a ampliação do Hospital Municipal, já que prevíamos aumento da população e da demanda por saúde”, disse.

O Hospital Municipal registrou 56,5 mil atendimentos em 2023. Em 2025, o número subiu para 58,3 mil. O senador Nelsinho Trad (PSD) alerta para o risco de epidemias em cidades em rápido crescimento.

“É preciso prevenção e orientação em saúde pública, especialmente contra doenças sexualmente transmissíveis”, afirmou.

A Suzano também ergueu uma delegacia, um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e moradias para trabalhadores. Mesmo assim, os desafios continuam. O prefeito defende que o Plano Básico Ambiental (PBA) precisa priorizar a fase de operação da indústria.

“Em Ribas, o PBA foi voltado para a construção, mas a operação não ficou contemplada”, disse Roberson.

Impactos regionais

Além de Ribas do Rio Pardo, outras 11 cidades de Mato Grosso do Sul também sofrem efeitos diretos e indiretos da expansão da celulose. Em novembro, prefeitos e representantes se reuniram em Brasília para discutir soluções conjuntas.

O senador Nelsinho Trad (PSD) defende planejamento de longo prazo e investimentos eficazes.

“O Governo Federal não pode tratar essas 12 cidades da mesma forma que outras que não recebem investimentos desse porte. É preciso recursos da União para infraestrutura, habitação e saúde”, afirmou.

Inocência enfrenta pressão por moradia

Em Inocência, a população saltou de 8,4 mil para cerca de 15 mil habitantes com a chegada de trabalhadores da indústria e das florestas.

O prefeito Toninho da Cofapi (PP) afirma que a maior demanda continua sendo por moradias. “Os preços dos aluguéis subiram bastante por conta da demanda. Isso dificulta para quem já mora aqui”, disse.

Saúde é pressionada com megafábrica

Os impactos começaram em 2023, com a instalação da empresa chilena Arauco. O hospital público viu a média de atendimentos diários subir de 30 para 70 em pouco tempo.

Em novembro deste ano, foram 2,9 mil procedimentos. A rede particular também ampliou o atendimento.

“Temos três postos de saúde e estamos melhorando para acompanhar o crescimento. Se não, somos atropelados como outras cidades”, disse o prefeito.

O Plano Básico Ambiental (PBA) de Inocência prevê investimento de R$ 85 milhões pela Arauco. O recurso será usado para construir um novo hospital, dois postos de saúde, sede da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e 620 casas.

O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore), Júnior Ramires, alerta que o poder público precisa acompanhar o ritmo do setor.

“A infraestrutura é essencial para o crescimento. Sem ela, os investimentos podem parar”, disse.

Informações: G1

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Pesquisa vai avaliar impactos do macaco-prego no setor florestal

Danos causados pelo animal têm impacto direto na produtividade, na qualidade da madeira e na economia do setor.

Na manhã de terça-feira (16), a Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) realizou a apresentação oficial da pesquisa “Impactos florestais e econômicos do macaco-prego nas florestas comerciais de Pinus taeda”, que será desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Sociedade (PPGDS). O evento reuniu autoridades, pesquisadores, representantes do setor florestal, docentes, acadêmicos e convidados.

A pesquisa, que será conduzida pela professora Dra. Eluize Vayne Maziero e pelo mestrando Guilherme Fortkamp, integra uma agenda estratégica voltada à inovação e à sustentabilidade. O estudo buscará compreender os danos causados pelo macaco-prego (Sapajus nigritus) nas plantações de Pinus taeda, espécie amplamente cultivada em Santa Catarina, que hoje soma mais de 714 mil hectares plantados. Esses danos têm impacto direto na produtividade, na qualidade da madeira e na economia do setor, considerado um dos pilares da região de Caçador.

O projeto terá início ainda em 2025, com desenvolvimento ao longo de 2026 e apresentação dos resultados finais no primeiro semestre de 2027. Empresas do setor de base florestal interessadas podem entrar em contato com a UNIARP para o compartilhamento de informações. Essa integração é considerada essencial para o sucesso da pesquisa e para a construção de soluções efetivas.

A abertura teve a presença de Moacir José Salamoni, presidente da FUNIARP; Neoberto Geraldo Balestrin, reitor da UNIARP; Joel Haroldo Baade, vice-reitor acadêmico; Rosana Claudio Silva Ogoshi, coordenadora de Pós-Graduação, Pesquisa e Internacionalização; Talize Foppa, coordenadora geral de Graduação; Claudriana Locatelli, coordenadora do PPGDS; e Aurélio De Bortolo, presidente do Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador (Simca).

Em sua fala, Moacir Salamoni, presidente da FUNIARP, ressaltou o papel estratégico da pesquisa. “Este projeto reforça a missão comunitária da UNIARP e da Fundação UNIARP, que é devolver à sociedade soluções concretas para seus desafios. Estamos investindo em ciência aplicada para apoiar um setor que é vital para a economia regional e para a geração de empregos. É um passo importante para unir conhecimento acadêmico e desenvolvimento econômico sustentável.”

O reitor Dr. Neoberto Balestrin destacou a relevância de iniciar pesquisas aplicadas que aproximem a academia do setor produtivo, fortalecendo a conexão entre conhecimento científico e as demandas econômicas da região.

Dra. Rosana Ogoshi destacou que a pesquisa marca um novo momento para a UNIARP. “Agora temos estrutura de laboratório, equipe de pesquisadores e estrutura de apoio. Por isso a pesquisa está sendo realizada neste momento. O Paraná já possui estudos mais aprofundados, mas a nossa região é diferente, com clima, relevo e características próprias. Este é o início de um trabalho de pesquisa que vai gerar conhecimento aplicado para Caçador e região.”

Já Aurélio De Bortolo, presidente do Simca, agradeceu à universidade pela iniciativa. “Esta pesquisa é de fundamental importância para a economia e para auxiliar o setor de base florestal, que garante emprego e renda. Estamos falando de problemas que afetam diretamente a economia da região e que precisam de solução.”

A pesquisa

O trabalho marca o início de um programa de pesquisas voltado à interação entre biodiversidade e produção florestal, com potencial para subsidiar políticas públicas e estratégias empresariais.

A professora Eluize Maziero, doutora em Engenharia Química pela UFSM, possui ampla experiência em pesquisa e desenvolvimento, com foco em inovação e sustentabilidade. Já o mestrando Guilherme Fortkamp, graduado em Engenharia Florestal pela UDESC e bolsista FAPESC, será responsável pela execução do projeto.

Informações: Portal RBV

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Suzano bate a marca de 5,5 milhões de toneladas de celulose exportadas nos seus terminais de Santos

Modernização e ampliação dos terminais portuários T32 e DP World possibilitaram um aumento de 75% da movimentação em relação ao ano anterior.

Um ano após concluir a ampliação e modernização de seus terminais no Porto de Santos, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, celebra a marca de 5,525 milhões de toneladas de celulose escoadas para o mercado externo, um crescimento de 75% em relação ao período anterior às obras. O resultado também reflete o acréscimo da produção oriunda da Unidade Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação em julho de 2024.

“Os resultados das nossas operações nos terminais em Santos refletem o comprometimento da Suzano e de toda a equipe envolvida em garantir operações cada vez mais eficientes e sustentáveis. Atualmente, nossa operação logística foi estruturada para que toda a produção destinada ao Porto de Santos seja transportada por ferrovia, representando um avanço importante na estratégia de redução do uso de combustíveis fósseis e das emissões associadas”, destaca Renan Volpatto, gerente executivo de Logística da Suzano.

De acordo com Patricia Lascosque, superintendente institucional de Logística da Suzano, unir essa eficiência e proteção do meio ambiente é crucial para a companhia: “Essa aliança entre resultados operacionais e ambientais vem ao encontro de um dos nossos principais direcionadores, que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo”.

Investimentos

Do total de investimentos da companhia em novas tecnologias e modernização da logística para o escoamento da produção, R$ 443 milhões foram destinados aos dois terminais portuários em Santos.

No terminal T32, as obras contemplaram a ampliação do armazém de celulose de 21.000 m² para 28.000 m² de área construída, bem como e a modernização em todos os processos, incluindo a implantação de dois Pórticos Rolantes, equipamentos de elevação instalados sobre trilhos que permitem a movimentação de até 48 toneladas cada um. Além deles, foram instalados quatro novos ramais ferroviários de 300 metros de comprimento cada linha.

Os novos equipamentos possibilitam o descarregamento ferroviário de até 44 vagões simultaneamente. O terminal é operado em parceria com a Portocel desde o início do ano.

Já no terminal DP World, construído pela Suzano e operado pela empresa DP World Santos, a companhia investiu na ampliação do armazém de 36.000 m² para 51.000 m² de área construída, ampliando em quase 40% a capacidade estática de armazenamento, que pode chegar a 160 mil toneladas. A capacidade de movimentação de carga anual aumentou de 3,6 milhões para 5 milhões de toneladas.

As obras ainda contemplaram a instalação de mais duas pontes rolantes, com capacidade de 40 toneladas cada uma.

Informações: Notícias do Cerrado

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A Domtar e o legado da Paper Excellence

A Paper Excellence Group virou uma das páginas mais importantes da sua história recente.

Em outubro de 2024, o conglomerado do setor de papel e celulose unificou todas as suas operações globais sob a marca Domtar. A decisão veio após uma série de aquisições nos últimos anos, que ampliaram a sua presença internacional.

Há quatro anos, a Paper Excellence comprou a própria Domtar, um dos nomes mais tradicionais do segmento na indústria norte-americana. Em 2022, adquiriu a canadense Resolute Forest Products, adicionando ainda mais escala em celulose, papéis de impressa, tissue e madeira.

Por isso, segundo Claudio Cotrim, membro do Conselho de Gestão da Domtar e diretor-presidente da companhia no Brasil, o novo nome sela a integração de três legados centenários e reposiciona a companhia no mapa global do setor.

“A unificação sob a marca Domtar marca o fechamento desse ciclo: agora, todas as unidades falam a mesma língua, operam sob um mesmo propósito e se apresentam ao mercado com uma identidade global,” disse Cotrim.

O executivo explica que a escolha da Domtar foi uma decisão de negócios e não só um gesto de reverência à tradição.

Como Domtar é um nome curto, fácil de pronunciar em qualquer idioma e já bem reconhecido pelos clientes, foi a escolha mais óbvia.

“O nome carrega uma reputação sólida na América do Norte e oferece a força simbólica necessária para unificar operações espalhadas por mais de 60 localidades,” disse.

A empresa também adotou um novo logo com uma muda de árvore em destaque. Segundo o executivo, essa pequena árvore representa a trajetória de crescimento do grupo, mas principalmente o compromisso com a sustentabilidade, uma das principais bandeiras do grupo desde o início.

A história da Domtar começa há mais de 200 anos: suas raízes remetem a William Price Company, fundada em 1820 no Canadá para exportar madeira ao Reino Unido.

Ao longo do século XIX, essas operações cresceram, se modernizaram e deram origem a uma série de empresas que formariam a Dominion Tar and Chemical Company – o embrião da Domtar moderna.

Do início do século XX até os anos 80, a companhia diversificou sua atuação no setor químico, em produtos industriais e posteriormente em papel e celulose, tornando-se um dos maiores produtores do Canadá. Nos anos 2000, adotou uma estratégia focada em papéis finos e celulose de mercado – e tornou-se o maior produtor de papel não revestido da América do Norte.

A aquisição pela Paper Excellence em 2021, seguida da compra da Resolute, ampliou esse legado para uma escala global.

A nova Domtar reúne 14 mil funcionários espalhados por 60 localidades na América do Norte e capacidade de produção anual de 9,1 milhões de toneladas de celulose, papel, embalagens e tissue, além de aproximadamente 3 bilhões de metros cúbicos de produtos de madeira, como a madeira serrada.

“Não se trata apenas de uma mudança de nome, mas uma afirmação de propósito: somos a fibra para o futuro,” disse o executivo. “Uma empresa que honra suas origens históricas, abraça a sustentabilidade como base da sua operação e se projeta globalmente com confiança, agilidade e credibilidade.”

Informações: Brazil Journal / Domtar / Papel Excellence

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Avistamento de lobo-guará em fazenda da Eldorado Brasil mostra integração entre florestas plantadas e fauna silvestre

Espécie quase ameaçada confirma a eficácia das ações de conservação e monitoramento da companhia.

A Eldorado Brasil Celulose registrou o avistamento de um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) em uma de suas áreas de manejo florestal, na Fazenda Barra Mansa, em Água Clara (MS). O animal foi visto por um colaborador durante uma atividade de manutenção e apresentava comportamento calmo. Seguindo as orientações internas, a equipe manteve distância e não interagiu com a espécie, garantindo sua segurança e bem-estar.

Segundo João Wellington Borges, biólogo da companhia, o lobo-guará é uma espécie relativamente comum nas regiões de atuação da Eldorado, especialmente por se tratar de áreas inseridas no bioma Cerrado. O profissional explica que o animal possui comportamento tímido, solitário e predominantemente noturno, evitando o contato direto com seres humanos. Também destaca que se trata de uma espécie onívora, cuja dieta inclui frutos, como a lobeira, da qual é o principal dispersor de sementes, além de pequenos mamíferos, aves, insetos e répteis.

“Animais adultos raramente representam risco, priorizando a evasão em situações de encontro. Por isso, manter distância e não interagir é essencial para evitar qualquer estresse ao animal” – explica o biólogo.

O lobo-guará é classificado como quase ameaçado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e sua presença é considerada um bioindicador da qualidade ambiental, mostrando que a área reúne habitats preservados para que a fauna se desloque, se alimente e se reproduza de forma segura.

Monitoramento ambiental e biodiversidade nas áreas da empresa

A Eldorado Brasil mantém cerca de 300 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul e 101 mil hectares destinados à conservação ambiental, onde realiza monitoramento contínuo da fauna e da flora, utilizando armadilhas fotográficas e avaliações ambientais regulares. Graças a esse acompanhamento, outras espécies relevantes já foram registradas nas áreas da empresa, como onça-parda, tatu-canastra, cachorro-vinagre e um raro veado-campeiro parcialmente albino, entre diversos outros animais.

Além disso, a empresa desenvolve iniciativas que ampliam a proteção ambiental, como o Programa de Restauração Ambiental, responsável por recuperar áreas degradadas; o Estudo de Conectividade dos Fragmentos Florestais, que orienta estratégias para manter ambientes naturais interligados; e o Programa Você e o Bicho, que incentiva colaboradores a registrarem avistamentos de fauna silvestre, contribuindo para o conhecimento científico e para a educação ambiental.

Até o final de 2024, os programas de monitoramento da Eldorado já haviam registrado 45 indivíduos de lobo-guará em suas áreas florestais, reforçando a relevância das práticas adotadas para a conservação da espécie e para o equilíbrio dos ecossistemas regionais.

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Suzano inicia operação de nova linha de produção que quadriplica capacidade de celulose fluff

Investimento de R$ 490 milhões amplia oferta de matéria-prima usada na fabricação de itens absorventes.

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, inicia nesta semana as atividades de sua nova linha de produção de celulose fluff, na Unidade Limeira. O investimento, de R$ 490 milhões, quadruplica a capacidade total de produção de celulose fluff da empresa, que passa de 100 mil para 440 mil toneladas por ano.

O projeto resultou na conversão da linha de celulose da unidade em uma máquina flexível para produção de Eucafluff e celulose de mercado. A Eucafluff é usada na confecção de produtos absorventes e de higiene pessoal, como fraldas infantis e adultas, absorventes femininos e tapetes para pets. A celulose de mercado, por sua vez, é destinada à fabricação de papel higiênico, papéis gráficos e papéis para embalagens, entre outros.

Lançada em 2015, a Eucafluff é a primeira celulose fluff do mundo produzida a partir de eucalipto, oferecendo benefícios únicos como maior maciez e flexibilidade, que resultam em produtos mais finos, discretos e confortáveis. Seu alto poder de compactação permite reduzir o tamanho das embalagens, diminuindo o consumo de filme plástico, bem como custos da indústria com transporte e armazenagem.

Produtos feitos com 100% Eucafluff também apresentam desempenho significativamente superior em rewet (retorno do líquido) e retenção de líquidos, garantindo maior conforto ao consumidor. Além disso, um estudo de Análise de Ciclo de Vida realizado em 2024 indica ganhos ambientais relevantes quando comparado ao fluff de pinheiro produzido no sudeste dos Estados Unidos.

“Em dez anos, a Eucafluff evoluiu de uma ideia pioneira para uma realidade global. Agora, com a expansão da nossa capacidade produtiva, estamos mais preparados para atender à crescente demanda e apoiar nossos clientes globalmente na criação de produtos inovadores e sustentáveis”, afirma Guilherme Melhado Miranda, diretor global de Fluff e Soluções de Fibras da Suzano.

Essa expansão reforça o compromisso da Suzano com excelência operacional, sustentabilidade e inovação, alinhado à estratégia da companhia de oferecer soluções renováveis para substituir materiais de origem fóssil.

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Do chão de fábrica à liderança global: a indústria de celulose 4.0

Por Fernando Scucuglia – diretor de Celulose, Energia e Circularidade da Valmet na América Latina

Depois de anos acompanhando de perto a evolução da indústria de base florestal, posso afirmar com convicção: estamos vivendo um dos momentos mais marcantes da história. A produção de celulose na América Latina entre 2012 e 2027 apresentou um crescimento de 139% no período, capitaneado pelos chamados mega investimentos dos principais players: Suzano, Klabin, Bracell, CMPC, Eldorado e Arauco.

Durante esse período, testemunhei a profunda transformação da cadeia produtiva: de fábricas com equipamentos de baixa tecnologia e operação quase artesanal para modernos complexos industriais com sistemas automatizados e digitalizados. Nesse percurso, a busca por eficiência energética, menor uso de recursos naturais e aumento da produtividade nos conduziu até onde estamos. 

Porém, neste mundo globalizado, conectado e dinâmico em que vivemos, considerar que o ponto atual é uma “linha de chegada” é um erro grave — e fatal. Permanecer parado é ficar para trás.

Observamos o mundo dos negócios e outros segmentos e percebemos que a integração entre sustentabilidade, digitalização e excelência operacional deixou de ser uma tendência para se tornar exigência de mercado e uma oportunidade estratégica. 

Empresas têm investido fortemente na digitalização de processos, automação inteligente e soluções integradas para clientes. O Brasil terá o maior projeto de celulose implementado em etapa única do mundo com o que há de mais moderno em tecnologia, equipamentos e sistemas digitais. Trata-se de um marco para o setor — não apenas pela escala de produção e logística, mas também pela performance, em todos os aspectos.

No entanto, ao projetarmos um futuro mais distante, é preciso reconhecer que recursos tecnológicos, por si só, não transformam um setor ou a sociedade. O verdadeiro agente de mudança são as pessoas e sua capacidade de conduzir com propósito.

É nesse ponto que, a meu ver, reside o maior desafio — e, ao mesmo tempo, a maior oportunidade não só para quem atua no setor de celulose: formar profissionais que compreendam tanto o chão de fábrica quanto a lógica estratégica;, que falem a linguagem do dia a dia fabril, dos dados e das ferramentas de inteligência artificial; e que tenham coragem de, respeitando o legado deixado pelas gerações anteriores, repensar  processos, estruturas organizacionais e mecanismos decisórios, rompendo paradigmas que ainda nos impedem de avançar.

Não se trata apenas de gerar dados, mas de gerar decisões melhores. Não se trata apenas de buscar eficiência, mas de regenerar valor. Não se trata apenas de competir para ser o maior e o melhor, mas de criar um futuro novo e promissor para a nossa área.

O Brasil tem todos os elementos para se tornar uma referência global: fábricas com alto nível de automação e escala, know-how técnico, uma base florestal única em eficiência e competitividade, além de profissionais altamente qualificados.

Nossa responsabilidade como lideranças, é conectar esses “ativos”, assim como os papeleiros pioneiros “colaram” as fibras de celulose para produzir papel. Neste caso, a “cola” precisa ser uma nova mentalidade: mais colaborativa, mais aberta ao diálogo, mais receptiva à inovação, mais corajosa para desafiar o status quo e mais alinhada aos compromissos globais de sustentabilidade.

A nova era da celulose não será movida apenas por máquinas ou algoritmos. Será impulsionada por pessoas com propósito, soluções inteligentes e uma gestão comprometida em gerar impacto positivo e real na vida das pessoas.

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Na economia verde, família Lorentzen busca uma nova Aracruz

A liderança brasileira no mercado global de celulose deve muito a um norueguês que começou a plantar eucalipto no Espírito Santo em 1967. Nas décadas seguintes, Erling Lorentzen transformaria a Aracruz Celulose em símbolo do setor e numa pioneira na exportação para a China, com foco na celulose de fibra curta como commodity

Agora, a família quer encontrar uma nova Aracruz na economia verde. A Lorinvest, gestora de investimentos dos Lorentzen, aportou R$ 2 bilhões em 14 empresas entre 2009 e 2024.

Peter Boot (foto), diretor-executivo, nota uma característica comum entre as companhias do portfólio: a pesquisa tecnológica de alto nível e de potencial disruptivo. “E a sustentabilidade é um critério prioritário. Se não for sustentável, não vamos investir”, diz.

É o caso da Sileto, que desenvolve materiais que não usam água para a substituição do cimento e do concreto, bases de um dos setores mais poluentes do mundo, a construção civil. A empresa tem uma fábrica no Estado americano da Flórida — de olho no fato de que a costa leste americana sofre com a falta do calcário, matéria-prima do cimento. 

A New Wave, também no portfólio, quer usar uma espécie de micro-ondas para transformar resíduos de bauxita em ferro de baixo carbono. Uma planta experimental de R$ 250 milhões deve entrar em operação ano que vem, no Pará.

“É esse tipo de alma que buscamos nas empresas”, diz Boot. 

Em nome do rei

Erling Lorentzen morreu aos 98 anos, em 2021, dois anos após a venda da Fibria, surgida da fusão entre Aracruz e Votorantim Celulose e Papel, para a Suzano, dando origem à maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. 

Na Lorinvest, o filho Haakon Lorentzen preside o conselho de administração, enquanto o neto Christian Lorentzen é o vice-diretor executivo. Mas, dada a discrição da família, o rosto da gestora é Peter Boot. 

Ele chegou à empresa após ter sido o diretor financeiro da New Steel, investida do portfólio vendida para a Vale em 2018 por US$ 500 milhões – e que foi fundada pelo mesmo criador da New Wave.

O diretor-executivo explica que a gestora não capta dinheiro de terceiros. Todos os recursos são da família Lorentzen. Boot não é fã do termo family office

“Estamos investindo em ideias sustentáveis do setor produtivo, gerando empregos. Family office parece que é uma família que há cinco gerações só investe em papéis líquidos para gerar dividendos. Não é o nosso caso.”

Sem divulgar porcentagens, Boot afirma que a Lorinvest realiza investimentos relevantes, mas que não costumam ser controladores das investidas. E ele não acredita em nenhuma “tecnologia limpa” que se cria em cima de subsídio governamental. Para receber um aporte da Lorinvest, um negócio precisa ter potencial para escalar com preço competitivo, mesmo que a longo prazo. “O que chamam de impossível são, na verdade, apenas coisas que demoram mais tempo.”

Passado e presente

Não há como descolar a história de Erling Lorentzen do portfólio da Lorinvest. O norueguês chegou ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial, na qual desempenhou diversas funções na resistência aos nazistas. Veio a negócios, pois sua família estava no ramo do transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP). O produto era vendido para a Esso Gás, à época com 90 mil clientes. Quando a Esso decidiu vender sua parte para Erling, a empresa escalou para mais de 2 milhões de clientes.

Mais tarde, a companhia foi vendida para a Supergasbras – e foi com esse dinheiro que a empreitada da Aracruz Celulose teve início. O espírito navegador da família, porém, persistiu. Hoje, uma das estrelas do portfólio é a Norsul, de navegação logística. A empresa faturou R$ 1,4 bilhão no ano passado e, recentemente, comprou a operação de cabotagem da Hidrovias do Brasil por R$ 715 milhões.

É um bom exemplo de como as atividades do portfólio estão estrategicamente conectadas: a compra desta fatia da Hidrovias do Brasil garante à Norsul um contrato até 2034 para transportar bauxita da mina de Porto Trombetas, no oeste do Pará, até Barcarena, no nordeste paraense, onde está a refinaria Alunorte, da mineradora norueguesa Hydro. 

E onde também estará a planta da New Wave, que receberá resíduos da Hydro para iniciar seus experimentos.

A transação acrescentou 4 milhões de toneladas ao volume da operação da Norsul, que transportou 14,2 milhões de toneladas em 2024. 

No mesmo ramo, a Lorinvest tem ainda a Norcoast, que transporta contêineres via navegação costeira, e a Bioren, que lida com o impacto socioambiental por um ângulo bem fora do óbvio: a empresa usa campos eletromagnéticos para evitar acúmulo indesejado de bactérias, algas e plantas em cascos de navios. 

É um método que evita a liberação de substâncias tóxicas no ambiente marinho, substituindo tintas com biocidas de origem química, como cobre e tributilestanho, que contaminam os mares e representam riscos para a vida marinha.

E o gás? Bem, ele segue presente nos negócios da família por meio da GNLink, distribuidora multimodal de gás natural com foco no interior do Brasil, e da GBS Storage, que trabalha com infraestrutura para estocagem de gás natural. 

O plano é usar o campo de Manati, na Bahia, para a estocagem do gás natural proveniente do pré-sal e, com isso, ajudar na estabilização do sistema energético do país, explica Peter Boot. 

A empresa detém 20% de participação no campo, em sociedade com a Petrobras (35%) e a Brava Energia (45%). 

A expectativa é que a vida útil econômica do campo se encerre até 2028, prazo considerado suficiente para que, caso a decisão de conversão seja tomada agora, o consórcio consiga encomendar os equipamentos necessários e obter a autorização regulatória para operar o serviço de armazenamento.

Uma vez aprovado o investimento, a adaptação deve durar entre 12 e 18 meses e a capacidade inicial de armazenamento é de cerca de 300 milhões de m³ de gás.

O futuro

A gestora também tem investimentos que não requerem tanto capital nem são baseados em ativos físicos. A Dharma, investida mais recente do grupo, desenvolve modelos de inteligência artificial do tipo small language models (SLMs), tidos como mais sustentáveis do que os de large language models (LLMs), como o ChatGPT, por usar menos energia para treinamento e operação.

Assim como a GBS, New Wave e Siletto, a Dharma está na corrida para ser uma nova Aracruz, na opinião de Boot.

São todas empresas operacionais, mas que, em sua maioria, não têm nem cinco anos de vida, sendo classificadas por Boot como startups.

“Temos algumas joias aqui, que lapidamos, proporcionalmente, com investimentos muito pequenos perto do que elas podem se tornar”.

Informações: Capital Reset / UOL

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Vale lança campanha de fim de ano propondo proteção da floresta como pauta permanente

Criada em parceria com a Africa Creative, a ação resgata o ciclo de crescimento das espécies nativas para defender que o cuidado com a Amazônia deve ser permanente.

Em um ano marcado pela realização da COP30 no Brasil, onde as atenções do mundo se voltaram para a Amazônia, a Vale encerra 2025 com uma mensagem que olha para o futuro. Sua nova campanha de fim de ano, criada pela agência Africa Creative, foge das celebrações tradicionais da época para resgatar o “Tempo da Floresta”, conceito institucional trabalhado neste ano. A nova comunicação convida a sociedade a entender que, embora 2025 tenha sido o ano da floresta, o tempo da natureza exige que ela seja prioridade também em 2026 e nos anos seguintes.

“Há mais de 40 anos, a Vale atua na Amazônia com o compromisso de proteger e valorizar a floresta. Essa campanha é um convite para que todos entendam que o cuidado com a natureza não pode ser sazonal: ele precisa atravessar gerações. Preservar a biodiversidade é essencial para garantir um futuro sustentável, e isso só acontece com a participação de toda a sociedade. Nosso papel é unir desenvolvimento e responsabilidade ambiental, apoiando comunidades, fomentando a bioeconomia e ajudando a manter vivo o ritmo da floresta”, afirma Leandro Modé, Diretor de Comunicação e Marca da Vale.

O filme parte de uma narrativa sensível baseada nos ciclos biológicos reais: enquanto um cacaueiro leva cerca de cinco anos para crescer e dar frutos, uma seringueira exige pelo menos sete anos, e uma castanheira pode levar até um século para atingir sua plenitude. O roteiro utiliza essa cronologia para destacar que o tempo de preservação precisa ser contínuo, dialogando com a trajetória da própria Vale, que atua na região há mais de 40 anos e ajuda a proteger uma área equivalente a 800 mil campos de futebol. Assista aqui.

Com o objetivo de evidenciar que a proteção da biodiversidade não pode ser uma pauta datada, o conteúdo reforça o esforço institucional da empresa em ampliar a consciência socioambiental, mostrando cenas reais da vida cotidiana nas áreas onde a Vale atua: o cultivo de frutos nativos, as atividades produtivas sustentáveis e a relação respeitosa das comunidades com a floresta.

A campanha tem alcance nacional, com uma estratégia de mídia diversificada que inclui TV aberta, ativações em cinema, plataformas de streaming, mídia digital programática e redes sociais. A produção de áudio é assinada pela S de Samba, produtora dos sócios Jair Oliveira e Simoninha.

“Essa campanha de fim de ano propõe uma reflexão poderosa sobre a singularidade do nosso planeta e o ritmo da natureza. Queríamos criar um filme que fosse mais do que uma mensagem emocional de fim de ano, mas sim um convite para pensar no futuro e no cuidado com a Terra como um exercício constante, que não termina na virada do ano”, finaliza Aaron Sutton, ECD da agência Africa Creative.

Informações: Portal da Propaganda

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Pneus direto da floresta: Michelin investe em borracha nativa

Multinacional fortalece práticas de manejo sustentável do látex em áreas protegidas, gerando mais de R$ 3 milhões em renda para comunidades locais.

A origem da matéria-prima deve ser a primeira preocupação de qualquer empresa que pretende descarbonizar suas operações. 

E quando esta matéria-prima é a borracha, produto que vem do látex, aquele líquido branco que sai dos troncos das enormes seringueiras amazônicas?

Este é o caso da Michelin, multinacional francesa tradicionalmente associada à produção de pneus

A empresa, que já trabalhava na extração sustentável da borracha na região amazônica havia cinco anos no programa Juntos pela Amazônia, com a WWF e o Memorial Chico Mendes, agora ampliou este trabalho em uma parceria com a organização comunitária ASPAC por meio da rede Origens. A ideia é fortalecer ainda mais toda a cadeia de produção da borracha. O Juntos pela Amazônia, que hoje beneficia 13 associações, já comprou mais de 350 toneladas de borracha nativa. Com a ampliação, foram compradas mais de 27 toneladas, impactando diretamente outros 91 produtores extrativistas e suas famílias, fortalecendo práticas de manejo sustentável do látex nas áreas protegidas Resex de Canutama e FES Canutama, que juntas somam 348.558,73 hectares de floresta.

“Não se trata de crédito de carbono. Entendemos que existe um valor em descarbonizar nossa cadeia produtiva. A cadeia da borracha tem muitos atravessadores e foi muito explorada durante muito tempo. Então nosso papel é estruturar esta cadeia e também um modelo para manter a floresta em pé enquanto se produz borracha”, diz Bruno Temer, gerente de Sustentabilidade da Michelin para a América do Sul.

Temer comenta que, atualmente, 31% da matéria-prima comprada pela Michelin é reciclada ou renovada. Como o pneu é um produto totalmente reciclável, é possível fazer com que sua cadeia seja circular. O Brasil, segundo o executivo, é o único país em que esta circularidade é possível desde o início, com a produção da borracha, o pneu, e depois no fim da vida, a reciclagem. “Um pneu que nunca é descartado e sempre volta a ser pneu”.

Pneu que economiza combustível

A Michelin teve uma participação relevante nas discussões sobre transportes durante a COP-30.

Na ocasião, a empresa apresentou, entre outras inovações, os pneus da linha Energy, que são capazes de reduzir em até 5% o consumo de combustíveis. Projetados para rodar as estradas brasileiras, esta tecnologia reduz também a resistência ao rolamento. Em uma frota de 50 ônibus rodoviários que roda 10 mil quilômetros por mês, por exemplo, com consumo de 3,5 litros por km, a economia seria de cerca de 75 mil litros de diesel no período.

“A sustentabilidade passa por toda a estratégia de negócios. A gente entende que falar de descarbonização do transporte não é só chegar na ponta, seja na transportadora, seja no nosso cliente. Também tem que falar com quem contrata a transportadora, quem é a rodovia. Então é uma visão maior”, finaliza.

Informações: IG

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