PÁGINA BLOG
Featured Image

Projeto brasileiro é primeiro do mundo a unir créditos de carbono de alta qualidade e impacto social

Iniciativa da Future Climate no Mato Grosso foi aprovada pela metodologia mais rigorosa da Verra e destinará 10% da receita de R$ 5 milhões para comunidades locais

“O Brasil tem um duplo desafio. É conservar o que ainda está de pé e remunerar por este serviço e também restaurar o passivo do desmatamento“, destacou Fábio Galindo, CEO da Future Climate, em entrevista recente.

Às vésperas da COP30, a empresa celebra um feito grandioso: a aprovação do primeiro projeto de conservação florestal com impacto social dentro do mercado de carbono. 

Se trata de uma fazenda de 7 mil hectares em Rio Preto, no Mato Grosso, com 4 mil hectares de floresta amazônica preservada, e que irá gerar 70 mil toneladas de CO2 equivalente referentes ao período de 2021 a 2025.

Com valor estimado entre US$ 20 e 25 por tonelada de carbono, gera aproximadamente um valor de US$ 1,4 milhão (cerca de R$ 5 milhões) ao proprietário do negócio que adota práticas de agricultura regenerativa para a conservação da área. 

O pioneirismo é a aprovação pela metodologia “VM0048” da certificadora internacional Verra, considerada a de mais alta qualidade do setor.

Um dos diferenciais é que o projeto destina obrigatoriamente 10% para as comunidades do entorno, o que o CEO chama de “repartição de benefícios”. 

Na primeira etapa, os recursos financiam três iniciativas: a cadeia do mel comunitário (100% doado para asilos e escolas públicas da região), hortas lideradas por cooperativas locais, e o fortalecimento do viveiro municipal para recuperação de nascentes.

Segundo o CEO, dá sinais claros de que iniciativas brasileiras estão à frente em soluções de alta integridade e que o Brasil está na vanguarda em créditos de carbono com indicadores claros de impacto social e climático.

“Queremos ser modelo global, demonstrando como a alta integridade e a inclusão social podem ser motores de financiamento para a natureza“, disse.

Novo padrão de qualidade muda o jogo

metodologia traz um diferencial técnico: enquanto a anterior (VM0015) permitia que o próprio desenvolvedor do projeto definisse quanto carbono havia estocado na área — criando o que Fábio denomina como “incentivo perverso” — a nova estabelece uma linha de base dinâmica e definida pela própria Verra através de tecnologia em satélites. 

O projeto foi aprovado em julho de 2025 e agora passa pelo processo de inventário de biomassa florestal e auditoria. Os primeiros 70 mil créditos de carbono, referentes ao período de 2021 a 2025, devem ser emitidos em dezembro.

A abordagem se reflete diretamente no preço. Enquanto o preço médio do carbono no mercado é de US$ 4,50, a Future negocia a US$ 13,40 — quase 200% acima.

“O comprador prefere pagar mais caro pois está escolhendo reputação, impacto e qualidade”, destacou Fábio.

‘Além do carbono’

A iniciativa está alinhada com o conceito da Future Climate de “Beyond Carbon” (Além do Carbono), que considera um crédito de carbono muito mais do que apenas uma tonelada evitada ou removida da atmosfera e defende a inclusão de integridade, biodiversidade e desenvolvimento social

Na prática, o projeto protege mais de 2 milhões de árvores, mais de 100 espécies de flora e mais de 500 espécies de fauna. São 12 quilômetros de rio — parte da formação da Bacia do Pantanal — e mais de 70 nascentes preservadas.

No solo e nas árvores da área florestal, estão estocadas mais de 3 milhões de toneladas de carbono.

“O mercado é uma ferramenta de oportunidade de diminuição da injustiça econômica, social e ambiental do Brasil”, afirmou o CEO. “Os projetos que vão ter melhor preço são os que têm repartição de benefícios“, defendeu.

O modelo da fazenda sustentável

O projeto está inserido no conceito de “fazenda sustentável” da Future Climate — uma propriedade que combina agricultura regenerativa, integração lavoura-pecuária e preservação ambiental acima do exigido por lei.

O proprietário tem três fontes de receita: “a safra do boi, a safra dos grãos e a safra do carbono”, exemplificou Fábio.

Com aprovação por 40 anos, passa por uma auditoria anual. A cada verificação de conservação, novos créditos são gerados, em um modelo que remunera a preservação de forma contínua. 

O timing é estratégico: o Brasil aprovou o mercado regulado de carbono regulado no final de 2024, inspirada nas melhores práticas internacionais. Para o executivo, isso coloca o país em posição privilegiada e o coloca em potencial para ser o maior fornecedor global de créditos de carbono. 

Portfólio em expansão

Future Climate gerencia atualmente 78 projetos de geração de créditos de carbono, totalizando 200 milhões de créditos sob gestão.

O portfólio inclui 10 de conservação florestal, 8 de restauração (40 mil hectares), duas concessões de unidades de conservação no Amazonas (6,5 milhões de hectares), além de iniciativas de energias renováveis.

Recentemente, a empresa também firmou uma parceria público-privada com o Maranhão para desenvolver o que pode ser o primeiro projeto de carbono azul do Brasil, focado no estoque dos manguezais.

Informações: Exame.

Featured Image

Nativas Brasil realiza 2º Encontro Nacional e reforça papel estratégico de viveiristas na agenda de restauração

Nos dias 27 e 28 de setembro de 2025, a Nativas Brasil promoveu, em Joanópolis e Bragança Paulista (SP), o 2º Encontro Nacional da Associação, que também marcou o encerramento do curso inédito de capacitação em sementes e mudas nativas realizado ao longo do ano.

O curso, exclusivo para associados, foi dividido em módulos virtuais de março a setembro e trouxe conteúdos técnicos sobre produção, gestão e mercado, sempre combinando teoria, prática e troca de experiências entre viveiristas. A iniciativa representou um marco de fortalecimento da base da restauração ecológica, oferecendo ferramentas para melhorar a qualidade das mudas, ampliar a diversidade genética e preparar o setor para atender às metas climáticas e de biodiversidade do país.

O encontro nacional, por sua vez, reuniu viveiristas e produtores de sementes e mudas nativas de diferentes biomas em dois dias de integração, aprendizado prático e construção coletiva.

A programação foi intensa e combinou visitas técnicas, palestras, dinâmicas e momentos de convivência. O primeiro dia aconteceu no Viveiro Da Serra Ambiental, com atividades que incluíram visitas guiadas, demonstrações técnicas e discussões estratégicas sobre os rumos do setor, como a dinâmica que envolveu a discussão da Instrução Normativa 17 que regula a produção de sementes e mudas nativas no país.

Entre as palestras de destaque, o professor Antônio Higa, da Universidade Federal do Paraná, apresentou reflexões sobre o Projeto Sementes do Amanhã, que ele elaborou para ser conduzido pela Nativas Brasil, que visa ampliar a diversidade de espécies nativas utilizadas na restauração, assim como enriquecer a base genética de tais espécies para estruturar a cadeia da restauração ecológica. Já o botânico Harri Lorenzi, referência nacional em espécies nativas, compartilhou sua experiência e destacou a importância da valorização da flora brasileira como base para projetos de restauração em larga escala.

O dia foi encerrado com uma roda de conversa ao redor da fogueira, confraternização e um show exclusivo para os associados, reforçando o espírito de união e celebração da rede.

No segundo dia, os participantes seguiram para Bragança Paulista (SP), onde realizaram visitas técnicas a dois viveiros associados da Nativas Brasil: o Viveiro Verde Nativo e o Viveiro Fábrica de Árvores. A imersão prática permitiu aprofundar a troca de experiências sobre produção, manejo e desafios da atividade, consolidando a importância da rede de viveiristas como elo essencial para viabilizar a restauração ecológica em escala no país.

Para a diretoria da entidade, o 2º Encontro Nacional da Nativas Brasil demonstrou a força coletiva da associação e reafirmou o papel central dos viveiristas e produtores na agenda de restauração do país:

“Reunir os associados em um mesmo espaço, em torno de um viveiro, é fundamental para discutir a restauração e fortalecer esse grupo que assume a enorme responsabilidade de viabilizar, em conjunto, uma ambição inédita de restaurar áreas em uma escala jamais vista no país. A Nativas Brasil atua como uma ponte entre quem está no chão, plantando e cuidando da vida, e o mundo institucional, empresas e governos, que buscam resultados concretos e dependem diretamente desse trabalho para que a restauração aconteça de fato.”  – Renato Ximenes, Diretor Institucional da Nativas Brasil.

Mais informações: https://nativasbrasil.org.br/.

Informações: Nativas Brasil.

Featured Image

Minas Gerais lidera na produção e em área plantada de florestas

Minas, que enfrenta concorrência do Mato Grosso do Sul, tem potencial para expansão da silvicultura, com 7 milhões de hectares para projetos de aquisição

Maior produtor de aço do país, com cerca de 30% do volume, Minas apresenta também o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 8,5 bilhões em 2024. Um crescimento nominal de 2,7%.

O estado responde por 22,8% do valor apurado pelo setor no país, que atingiu o recorde de R$ 44,3 bilhões. Minas lidera ainda na produção de carvão vegetal, insumo siderúrgico, com 83,3% do volume produzido no Brasil.

Minas Gerais é líder no segmento mesmo com queda de 6,8% na quantidade e 0,5% em valor da produção a preços correntes. Para garantir recordes de produção e liderar o setor no país, Minas tem a maior área coberta com espécies florestadas plantadas no país, com 2,2 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 3,6% em relação a 2023.

Informações: Estado de Minas.

Featured Image

Silvicultura de eucalipto avança e consolida produção florestal no NE

A produção florestal nordestina cresceu 38,7% em seis anos, somando R$ 4,3 bilhões em 2024, puxada pelo eucalipto e pelo extrativismo tradicional

Em seis anos, o Nordeste ampliou sua participação na produção florestal brasileira. O setor cresceu 38,7% entre 2019 e 2024, superando a média do país, de 32,5%. O resultado levou o valor regional a R$ 4,3 bilhõesde acordo com a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2024, do IBGE, consolidando municípios como Mucuri (BA)Granja (CE) e Penalva (MA) como polos estratégicos da atividade. Os dados mostram um Nordeste dividido em dois modelos: de um lado, a silvicultura industrial da Bahia, integrada à celulose e ao comércio internacional; de outro, o extrativismo tradicional, centrado no babaçu maranhense, na carnaúba cearense e no carvão pernambucano.

A hegemonia baiana ficou evidente em 2024. O estado movimentou R$ 2,09 bilhões, mais da metade do valor florestal nordestino, sustentado por extensos plantios de eucalipto no Extremo Sul. Municípios como Mucuri (R$ 637,2 milhões)Alcobaça (R$ 579,2 milhões) e Caravelas (R$ 452,2 milhões) formam um corredor produtivo de celulose, que sozinho representou 35% de toda a produção da região. Essa concentração consolidou a Bahia como um dos principais polos florestais do Brasil, ao lado de Minas Gerais e Espírito Santo.

No campo do extrativismo, o Maranhão manteve o protagonismo com R$ 425,4 milhões em 2024. O município de Penalva destacou-se com 1,3 mil toneladas de babaçu processadas, equivalentes a R$ 77,6 milhões. A produção, que aproveita integralmente o fruto — da amêndoa usada em óleo e farinha à casca transformada em carvão — sustenta milhares de famílias em comunidades extrativistas e reforça a importância econômica e social do babaçu.

Série histórica da produção florestal no Nordeste (2019–2024)

  • 2019 – R$ 3,1 bilhões (8,9% do total nacional)
  • 2020 – R$ 2,8 bilhões (8,5% do total nacional)
  • 2021 – R$ 3,4 bilhões (9,1% do total nacional)
  • 2022 – R$ 3,6 bilhões (9,3% do total nacional)
  • 2023 – R$ 3,8 bilhões (9,5% do total nacional)
  • 2024 – R$ 4,3 bilhões (9,7% do total nacional)

Ceará também reafirmou sua vocação na carnaúba, cuja produção somou R$ 295,3 milhões. O município de Granja liderou com R$ 220,3 milhões em pó cerífero, produto de exportação para as indústrias de cosméticos, farmacêutica e alimentícia. A “árvore da vida” garante ao estado uma cadeia produtiva tradicional e resiliente, mesmo em períodos de estiagem.

Em Pernambuco, o polo do Araripe concentrou a maior parte dos R$ 93,7 milhões registrados pelo estado. Araripina respondeu por R$ 25,4 milhões, seguida de Ouricuri (R$ 6,8 milhões) e Exu (R$ 5,8 milhões). A economia florestal pernambucana está ligada principalmente ao carvão vegetal, que domina a produção no Sertão, enquanto a castanha de caju aparece em menor escala, com relevância mais local do que regional. Essa combinação garante renda a milhares de famílias, mas confirma que Pernambuco ocupa posição secundária frente a estados como Maranhão, Ceará e Piauí.

Produção florestal no Nordeste em 2024

EstadoValor Total (R$ milhões)
Bahia2.090,0
Maranhão425,4
Ceará295,3
Piauí286,5
Pernambuco93,7
Alagoas63,6
Rio Grande do Norte58,6
Paraíba29,8
Sergipe2,9

Produção florestal de outros estados nordestinos

Outros estados tiveram participações menores, mas relevantes. O Piauí registrou R$ 223,5 milhões em extração e R$ 63 milhões em silvicultura, com destaque também para a carnaúba. Alagoas somou R$ 56,4 milhões em silvicultura e R$ 7,3 milhões em extrativismo. Já Rio Grande do Norte (R$ 58,6 milhões)Paraíba (R$ 29,8 milhões) e Sergipe (R$ 2,9 milhões) completaram o quadro regional.

No ranking geral, o Nordeste teve como campeões Mucuri (BA)Alcobaça (BA)Caravelas (BA)Granja (CE) e Penalva (MA), seguidos por municípios do Araripe pernambucano. Esses polos confirmam a característica da produção florestal regional: altamente concentrada e marcada por modelos distintos de exploração.

O avanço acima da média nacional entre 2019 e 2024 reforça a resiliência do setor no Nordeste, mas também evidencia desafios. De um lado, a silvicultura baiana seguirá integrada ao mercado global de celulose; de outro, o extrativismo tradicional de babaçu, carnaúba e carvão dependerá de políticas de valorização e sustentabilidade. O futuro da região está em conciliar esses dois modelos, ampliando o valor agregado e transformando a diversidade produtiva em vantagem competitiva na bioeconomia.

Featured Image

Planetário de Pinhais no Paraná será construído em madeira engenheirada

O Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), vai receber equipamentos de ponta para projeções astronômicas importados da Alemanha. O investimento, estimado em 6 milhões de euros (cerca de R$ 37,2 milhões), contempla um sistema híbrido de projeção Zeiss, capaz de reproduzir até 9 mil estrelas visíveis a olho nu.

A tecnologia permitirá projeções em resolução 6K, animações científicas, conteúdos culturais e artísticos, além de simulações complexas. O sistema ainda contará com recursos de tradução simultânea em Libras e outros idiomas. A estrutura do planetário será construída em madeira engenheirada, técnica que utiliza camadas de madeira coladas sob alta pressão, garantindo resistência, estabilidade e maior liberdade para o design arquitetônico das áreas internas.

De acordo com o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, será o primeiro planetário do mundo com esse modelo construtivo. Quando concluído, o espaço terá condições de simular o céu e seus movimentos em altíssima definição, além de abrigar apresentações artísticas e educativas em um ambiente imersivos.

O planetário terá uma cúpula de 18 metros de diâmetro, auditório para 300 pessoas, salas multiuso, áreas de exposição e observatórios equipados com telescópios. A área construída será de aproximadamente 5,5 mil metros quadrados. A estimativa é de que o espaço receba 140 mil visitantes por ano, consolidando-se como o mais moderno da América Latina.

No último sábado (27/09), o governador Ratinho Júnior visitou o Planetário de Wolfsburg, na Alemanha, para conhecer a tecnologia desenvolvida pela fabricante Carl Zeiss. A assinatura do contrato para aquisição do sistema está marcada para esta segunda-feira (29). O investimento será coordenado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com a Seti e a Fundação Araucária.

Planetário será espaço multiuso

O projeto prevê que o planetário funcione como centro de ciência e cultura. Além das projeções, haverá cursos, oficinas e eventos voltados a escolas e universidades. A licitação para a obra está em fase de conclusão, com valor máximo fixado em R$ 47,3 milhões. A entrega está prevista para o segundo semestre de 2026.

Segundo o governador, o projeto representa um avanço estratégico na difusão científica e no turismo do estado. “Além de ser usado para que os estudantes paranaenses tenham um contato mais imersivo com a ciência, o Planetário de Pinhais e toda a estrutura do Parque da Ciência Newton Freire Maia receberão a visita de milhares de pessoas de outros estados e nacionalidades, sendo mais um importante atrativo turístico do Paraná”, afirmou.

Junto à construção do planetário, o Parque da Ciência passará por uma revitalização completa. Os pavilhões existentes serão reformados, novas passarelas e rotas acessíveis serão implantadas, e haverá melhorias em serviços, paisagismo e infraestrutura. Também está prevista a recuperação da trilha do Rio Canguiri. O investimento nessas intervenções ultrapassa R$ 9 milhões.

Informações: Tribuna.





Featured Image

Expedição de papelão ondulado totaliza 371.188 toneladas em agosto de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO)caiu 1,8% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 165,3 pontos(2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançoude 371.188 toneladas no mês. Este é o segundo maior valor alcançado na série histórica para osmeses de agosto, ficando atrás apenas de agosto de 2024 (378.172t).

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.276 toneladas, um aumento de 1,9% na comparaçãointeranual, visto que agosto de 2025 registrou um dia útil a menos que 2024 (26×27 dias úteis). Este é o segundo maior valor alcançado na série histórica para osmeses de agosto, ficando atrás apenas de agosto de 2024 (378.172t).

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de agosto registrou baixa de 1,6% no
IBPO, para 157,9 pontos, equivalentes a 353.715 toneladas. Na mesma ótica dessazonalizada, a
expedição por dia útil foi de 13.604, representando um avanço de 2,2% na comparação com o mês
anterior.

Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato
com empapel@empapel.org.br. Elaboração FGV IBRE.

Featured Image

Programa Profissional do Futuro 2026 da CENIBRA abre vagas de estágio para novos talentos

Investir no desenvolvimento de pessoas e gerar impacto positivo na indústria e na sociedade. Esse é o propósito da CENIBRA com o Programa Profissional do Futuro – Estágio 2026, que oferece oportunidades a estudantes em formação nos cursos técnicos e de graduação. As inscrições estão abertas até o dia 19 de outubro de 2025.

Serão ofertadas vagas para atuação nas áreas Industrial, Florestal, Administrativa e de Logística. Os interessados deverão ter disponibilidade para estagiar 30 horas semanais, no período das 8 às 14 horas. A modalidade de trabalho é presencial na Fábrica, em Belo Oriente (MG), ou regionais florestais de Guanhães (MG) e Nova Era (MG).

O Programa Profissional do Futuro busca pessoas motivadas a trabalhar em um ambiente diverso e inclusivo. Por isso, todas as oportunidades estão abertas a mulheres, pessoas com deficiência, de diferentes raças, gerações e orientações sexuais.

Quem pode se inscrever

Para se candidatar, o estudante deve acessar o site cenibra.gupy.io, ler o regulamento e escolher a vaga de interesse. O início do estágio será em janeiro de 2026, com duração de até dois anos.

Após a inscrição, os candidatos serão submetidos às etapas de avaliações, quando receberão testes personalizados e identificados de acordo com os perfis de maior aderência à cultura da Empresa. Os classificados passarão pelas etapas de entrevistas, análise da documentação e a contratação.

Benefícios oferecidos

A CENIBRA oferece benefícios como bolsa auxílio-estudante, transporte seletivo, uniforme, seguro de vida e alimentação. Além disso, disponibiliza treinamentos do Programa de Desenvolvimento da Universidade Corporativa CENIBRA (UCC), promovendo o desenvolvimento de novas habilidades e contribuindo para o crescimento pessoal e profissional.

Essa estrutura proporciona uma experiência completa de formação. “Na CENIBRA, encontrei um ambiente que valoriza o desenvolvimento técnico e o cuidado com o meio ambiente”, destaca Pedro Arthur Martins de Souza Duque, estagiário do Programa Profissional do Futuro 2025.

A iniciativa integra o BioSustentação – planejamento estratégico da CENIBRA, que prioriza o desenvolvimento humano e o fortalecimento das comunidades no território de atuação da empresa, contribuindo para a formação de profissionais qualificados e o crescimento sustentável da região.

Cursos de Graduação

Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Biológicas, Direito, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Florestal, Engenharia Agronômica, Engenharia da Computação, Pedagogia, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Marketing, Psicologia e Tecnólogo em Logística.

Cursos técnicos

Administração, Logística, Contabilidade, Elétrica, Automação, Mecânica, Mecatrônica, Química, Enfermagem, Enfermagem do Trabalho, Segurança do Trabalho, Florestal, Agrícola, Agropecuário e Técnico em Meio Ambiente.

Sobre a CENIBRA

Constituída em 13 de setembro de 1973 e localizada no leste de Minas Gerais, a Celulose Nipo-Brasileira S.A. (CENIBRA) opera com uma unidade industrial no município de Belo Oriente (MG), com duas linhas de produção de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto e capacidade instalada de 1.200.000 toneladas/ano. Está presente em mais de 80 municípios mineiros, gerando mais de 8 mil empregos diretos. É uma das principais empresas do setor florestal, e sua sólida infraestrutura e compromisso com a sustentabilidade oferecem aos estagiários um ambiente ideal para aprendizado e desenvolvimento profissional.

Saiba mais: www.cenibra.com.br | 0800 283 3829 | comunicacaocorporativa@cenibra.com.br

Featured Image

Sistemas silvipastoris com árvores nativas melhoram biodiversidade e redução de emissões de GEE

A integração de gado, pastagens consorciadas e árvores é uma solução eficaz, comprometida com a produção sustentável de carne e leite, o aumento da biodiversidade e a diminuição do impacto da pecuária nas mudanças climáticas, reduzindo a pegada de carbono e maximizando os serviços ambientais.

Na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste em São Carlos (SP), a implantação de um sistema silvipastorial biodiverso e multifuncional comprova a tese. Formado por sete espécies nativas do bioma Mata Atlântica, e pastagens consorciadas com a leguminosa guandu BRS Mandarim, o sistema foi capaz de sequestrar carbono, reduzir as emissões de metano e aumentar a matéria orgânica e os nutrientes do solo, além de diminuir o risco de incêndios e fornecer habitat para diversas espécies, o que contribui para a biodiversidade e sustentabilidade do bioma. Dados de pesquisas mostram, ainda, menor ocorrência de infestações de parasitas e melhoria no bem-estar animal, graças ao conforto térmico proporcionado pela sombra.

No estudo foram utilizadas as árvores nativas angico-branco, canafístula, ipê-felpudo, jequitibá-branco, pau-jacaré, mutambo e capixingui. Todas elas possuem valor econômico e têm várias configurações – madeireiras, melíferas e as chamadas tutoras (que auxiliam no crescimento retilíneo das madeireiras). A canafístula, o jequitibá-branco e o ipê-felpudo são promessas para a produção de madeira. O angico-branco, além da madeira, tem valor medicinal. O pau-jacaré pode ser usado para lenha e tem sido treinado com fins farmacológicos. O mutambo é valorizado pela madeira, frutos e propriedades medicinais. As flores do capixingui atraem abelhas, produzindo mel com características exóticas. A madeira também pode ser usada para celulose e papel.

De acordo com a pesquisadora Sandra Santos, esse tipo de arranjo multifuncional e biodiverso combina benefícios produtivos, socioeconômicos e ecológicos, e pode servir de renda extra para pequenos e médios agricultores familiares. Para obter esses benefícios é fundamental o planejamento do sistema com a escolha de espécies nativas e forrageiras, o desenho do arranjo e o manejo das árvores por meio de poda e desbaste e manejo do gado.

O componente arbóreo pode ter multifunções e ser usado de forma escalonada, contribuindo com o balanço de carbono, serviços ambientais e diversos produtos. Esse modelo também pode ser indicado para locais com restrições à agricultura, como aqueles que apresentam declividade acentuada e restauração de determinadas áreas de preservação.

Paisagem agrícola brasileira

Os sistemas peculiares apenas com pastagem ainda ocupam boa parte da paisagem agrícola brasileira. Muitas vezes são áreas em descrição e descrições de baixa eficiência, contribuindo, assim, para o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), as perdas do solo e a perda de biodiversidade. Em plena emergência climática, são possíveis tecnologias mais eficientes e sustentáveis ​​capazes de reduzir o impacto das cadeias produtivas da carne e do leite.

Nas últimas décadas, houve certo avanço na intensificação de fazendas pecuárias baseadas em pastagens, buscando equilibrar a produtividade com a conservação dos recursos naturais. A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) ou agrossilvipastoris surgiu como uma alternativa sustentável, biodiversa e multifuncional. Atualmente, segundo dados da Rede ILPF, uma área de integração laboral-pecuária-floresta no Brasil equivale a mais de 17 milhões de hectares, com potencial de crescimento significativo nos próximos anos. 

A diversidade de plantas aumenta a resiliência do ecossistema, apoia a ciclagem natural de nutrientes e melhora a estrutura e fertilidade do solo, segundo Sandra Santos. Do ponto de vista da produção animal, os sistemas silvipastoris podem melhorar as condições microclimáticas, aumentando o bem-estar e a produtividade animal, ao mesmo tempo que reduzem as emissões de metano por unidade de produção.

Além disso, principalmente com árvores nativas do bioma, esses modelos fornecem uma variedade de serviços ecossistêmicos, incluindo conservação da biodiversidade, regulação hídrica, polinização, controle de pragas e doenças, controle de incêndios e provisão de habitat. Porém, o ponto chave para obter eficiência produtiva e multifuncional é fazer um planejamento e manejo adequado do sistema, adaptado às condições locais.

Sobre o experimento

O experimento foi monitorado por uma equipe multidisciplinar, com ênfase especial em regulação climática, na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP).

O sistema silvipastoril biodiverso (SSP) foi implementado em 2008. As árvores foram plantadas em aproximadamente 16 hectares em faixas de três fileiras, espaçadas aproximadamente 17 metros entre si, e 2,5 × 2,5 metros entre as árvores dentro das fileiras. Foram 545 árvores por hectare. No total, foram plantadas cerca de nove mil árvores.

As espécies arbóreas foram selecionadas para múltiplas funções, incluindo produção de madeira, fixação de nitrogênio, produção de mel e suporte estrutural para promover o crescimento vertical reto das árvores madeireiras. Na fileira central, espécies florestais nativas incluíam angico-branco, canafístula, ipê-felpudo, jequitibá-branco e pau-jacaré. Para apoiar o estabelecimento e o desenvolvimento vertical dessas espécies, as duas fileiras marginais foram plantadas com mutambo e capixingui, que serviram como árvores-enfermeira e foram integradas com uma pastagem de Urochloa decumbens (braquiária).

Desde a implantação, vários estudos comparativos foram prolongados, contemplando pastagens convencionais, ILPF com eucalipto e florestas nativas. Em 2021, para aumentar a multifuncionalidade do sistema e a fertilidade do solo, as pastagens foram consorciadas com o guandu ( Cajanus cajan ) BRS Mandarim.

Baixo carbono e serviços ambientais

A integração com nativas apresenta diversas vantagens. A sombra melhorou a digestibilidade do pasto, levando à mitigação de GEE. E o efeito pode ser maior quando se incorpora leguminosa junto à pastagem, diversificando a dieta do gado e melhorando a resiliência do sistema.

Em 2021, o guandu BRS Mandarim foi lançado nas pastagens da área de nativas. Experimentos na Unidade descoberta que a integração levaram a reduções nas emissões de metano de até 70% em comparação com pastagens convencionais. Ainda assim, o consórcio melhorou a qualidade nutricional das dietas dos animais, aumentou o período de pastejo durante a seca e prejudicou a dependência de insumos externos, como suplementos alimentares e fertilizantes. A consorciação com leguminosas também pode contribuir com a melhoria da qualidade da serrapilheira (camada formada por restos de plantas e acúmulo de material orgânico vivo em diferentes estágios de composição), que reflete na biota e na fertilidade do solo.

Os estudos também indicaram que a infestação por mosca-dos-chifres nesse modelo de integração é 38% menor do que não convencional. Isso ocorre devido à maior quantidade e diversidade da microfauna nos bolos fecais dos animais e que atuam como predadores desse parasita. Esses sistemas biodiversos restritos para um equilíbrio, refletindo na redução na incidência de sentenças e doenças.

Em relação à adaptação às mudanças climáticas, a integração de árvores em sistemas de produção reduz a erosão do solo e o escoamento superficial por múltiplos mecanismos, incluindo a interceptação da chuva pela copa, aumento da permeabilidade do solo e maior rugosidade da superfície. O pesquisador José Ricardo Pezzopane analisou a umidade do solo na integração com árvores nativas e encontrou maior coleta de água pelas plantas nas camadas mais profundas do solo. Isso foi mais evidente nas proximidades das faixas de árvores, o que é atribuído à exploração mais profunda das raízes, em comparação com a amostragem nas pastagens entre duas fileiras de árvores.

A redução de riscos de incêndio é outro serviço ecossistêmico dos sistemas silvipastoris nativos, quando relevantes gerenciados. De acordo com Pezzopane, a presença de fileiras de árvores mitiga a incidência do vento, limitando o risco de incêndios se espalharem. E, também, ao pastar o pasto seco, o gado ajuda a minimizar a propagação do fogo.

Modelos silvipastoris biodiversos com árvores nativas oferecem uma gama de benefícios ambientais e produtivos, tornando-os uma estratégia promissora para a produção pecuária sustentável e a conservação da paisagem. “No contexto das mudanças climáticas em curso, há uma necessidade urgente de projetar sistemas de produção animal baseados na natureza, enraizados na agrobiodiversidade. Eles devem buscar reduzir a dependência de insumos externos e contribuir para a conservação e restauração dos serviços ecossistêmicos”, destaca Sandra Santos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Tecnologias como os sistemas silvipastoris com espécies nativas voltadas para o desenvolvimento de fazendas inteligentes, integrando estratégias de mitigação e adaptação para lidar com os impactos das mudanças climáticas. Com isso, estimulei o alcance de algumas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, como o ODS 2, relacionado à Fome Zero, a ODS 13, que busca combater os impactos negativos das Mudanças Climáticas e a 15, referente à manutenção da Vida na Terra.
Featured Image

A importância das árvores nos sistemas de produção agropecuários

Sistemas agroflorestais e ILPF promovem recuperação de áreas degradadas, armazenamento de carbono e geração de renda para produtores

O Brasil possui aproximadamente 496 milhões de hectares de florestas, desse total, 486 milhões de hectares são de florestas naturais, enquanto cerca de 10 milhões de hectares correspondem a florestas plantadas. Apenas 2% da cobertura florestal nacional provém de florestas plantadas, enquanto a maior parte é de vegetação nativa, um patrimônio que precisa ser conservado e preservado.

As árvores, quando implantadas corretamente, têm papel central na sustentabilidade dos sistemas agropecuários, oferecendo benefícios que vão além da produção de madeira ou frutos. No Brasil, práticas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs) vêm sendo estudadas e adaptadas pela Embrapa Cerrados. Essas práticas contribuem para recuperar áreas degradadas, aumentar a biodiversidade, melhorar a qualidade do solo e da água, além de armazenar carbono e fortalecer a resiliência climática.

Na região do Cerrado, a Embrapa Cerrados tem liderado ao longo dos seus 50 anos de atuação, completados neste ano, pesquisas e validações de sistemas integrados que associam árvores, lavouras e pastagens em diferentes arranjos. Os sistemas integrados com árvores podem ser definidos como: integração pecuária-floresta (IPF), ou sistema silvipastoril, que associa pastagem, animais e árvores em consórcio; integração lavoura-floresta (ILF), ou sistema silviagrícola, que combina plantações agrícolas com espécies arbóreas e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ou sistema agrossilvipastoril, que integra os três componentes agrícola, pecuário e florestal — na mesma área, por meio de rotação, consórcio ou sucessão.

Foto: Gisele Rosso

Um exemplo é a implantação de eucalipto consorciado com braquiária e soja em áreas de pastagens degradadas. Nesses sistemas, a introdução das árvores proporciona sombreamento e aumento da matéria orgânica no solo, reduzindo a erosão e elevando a fertilidade. Estudos de longo prazo conduzidos pela unidade mostram que áreas degradadas recuperaram sua capacidade agrícola em poucos anos, oferecendo novas fontes de renda com a madeira e aumentando a produtividade.

Outro caso é o desenvolvimento de arranjos de SAFs e sistema de ILPF com espécies nativas do Cerrado, como baruzeiro e pequizeiro, consorciados com culturas agrícolas e pastagem. O pequizeiro é considerado a árvore símbolo do Cerrado, conforme lei estadual em Goiás, devido à sua importância para a cultura, economia e o sustento das comunidades locais. A integração de espécies nativas e frutíferas se mostra estratégica, sobretudo em regiões específicas, aliando a conservação da biodiversidade ao uso econômico sustentável, valorizando produtos da sociobiodiversidade ao mesmo tempo em que recupera a cobertura vegetal, mantém a renda do produtor.

A escolha da espécie arbórea em um sistema integrado depende do objetivo do sistema, das condições do local e do conhecimento técnico. Critérios de seleção incluem a adaptação da planta às características do solo e clima, disponibilidade de mudas, uso dos produtos florestais, arquitetura da copa, velocidade de crescimento, serviços ambientais prestados e facilidade de estabelecimento. É fundamental que a inserção das árvores nos sistemas agropecuários obedeça às práticas de conservação do solo e da água, ao plantio em nível, ao favorecimento do trânsito de máquinas e à observância de aspectos comportamentais dos animais.

Espécies com características indesejáveis, como crescimento muito lento ou toxicidade para animais, devem ser evitadas. Se não for possível atender a todos os critérios, a prioridade deve ser dada ao objetivo do sistema, à adaptação local e ao conhecimento técnico. Por fim, é fundamental avaliar o mercado para os produtos oriundos do componente arbóreo a ser implantado, como madeira, sementes, frutos, fibras, entre outros, sendo indispensável a existência de demanda local ou regional que viabilize a comercialização desses produtos.

Em diversas situações, no entanto, o componente arbóreo poderá ser estabelecido com outros objetivos, como o uso da madeira para consumo próprio na propriedade, sombreamento, melhoria da ambiência, bem-estar animal ou ainda para fins de adequação ambiental. De acordo com o Novo Código Florestal, é permitido o cômputo de plantios de espécies frutíferas, ornamentais ou industriais, inclusive exóticas, na composição da área de reserva legal, desde que cultivadas em consórcio ou de forma intercalar com espécies nativas da região, dentro de sistemas agroflorestais. Ressalta-se, porém, que a área recomposta com espécies exóticas não pode ultrapassar 50% da área total a ser recuperada.

Na pecuária, a adoção do sistema de ILPF com linhas de árvores intercaladas com pastagens de braquiária traz benefícios tanto para o gado quanto para o solo. A sombra das árvores reduz o estresse térmico dos animais, melhorando o ganho de peso e o bem-estar, enquanto a ciclagem de nutrientes melhora a qualidade da forragem. Esse modelo tem sido testado em fazendas no Cerrado, onde os resultados apontam incremento na produção de carne e maior resiliência durante períodos de seca.

Sobre os serviços ambientais gerados, as pesquisas da Embrapa Cerrados confirmam que esses sistemas desempenham papel fundamental no armazenamento de carbono. Experimentos em áreas de ILPF mostraram incremento significativo no estoque de carbono no solo e na biomassa arbórea, contribuindo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Além disso, a presença das árvores melhora a infiltração de água e reduz o escoamento superficial, protegendo nascentes e cursos d’água locais.

As experiências da Embrapa Cerrados mostram que a incorporação de árvores nos sistemas produtivos vai além da conservação ambiental: trata-se de uma estratégia que gera renda, reduz riscos produtivos e fortalece a segurança alimentar. Combinando ciência, tecnologia e práticas adaptadas à realidade dos produtores, a integração de árvores nas paisagens agrícolas representa um caminho para a transformação de áreas degradadas em sistemas produtivos e ambientalmente responsáveis.

Fonte: Artigo escrito por Karina Pulrolnik, pesquisadora da Embrapa Cerrados.

Featured Image

Brasil mantém liderança nas vendas de celulose para os EUA

Os Estados Unidos seguem altamente dependentes das importações de celulose. Em 2024, as compras externas representaram 11% da demanda total do país. O Brasil domina esse mercado, respondendo por 82% do fornecimento de fibra curta.

Segundo análise do banco Rabobank, esse movimento é sustentado por três fatores: custo de produção reduzido, cultivo de eucaliptos de rápido crescimento e presença de fábricas integradas em larga escala no território brasileiro. A expectativa é de que a capacidade nacional continue a se expandir até 2029, com a entrada de novas plantas industriais.

Custos e avanços tecnológicos

A diferença de preço entre a celulose de fibra curta do Brasil e a fibra longa produzida nos Estados Unidos está entre 250 e 300 dólares por tonelada. Essa vantagem vem sendo reforçada pelo desenvolvimento de técnicas de refino, como o uso de enzimas e processos mecânicos de baixa intensidade. Esses avanços permitem ampliar o uso da fibra curta em papéis tissue e embalagens sem perda de desempenho.

Comércio internacional e logística

O estudo também aponta que o Brasil mantém vantagem competitiva no comércio exterior. Enquanto a celulose da União Europeia paga tarifa de 15% para entrar nos EUA, a brasileira está sujeita a 10%. Além disso, o câmbio favorável e o custo competitivo do frete reforçam a posição nacional no mercado.

No campo logístico, a ampliação da capacidade portuária na Costa Leste dos Estados Unidos e a proximidade das fábricas no sudeste, que demandam grandes volumes de fibra virgem, favorecem as importações brasileiras. Além disso, o transporte marítimo tem se mantido sem gargalos relevantes, contribuindo para a regularidade do fluxo.

Perspectivas de expansão

Projetos já anunciados no Brasil devem garantir oferta consistente para atender à demanda americana. O cenário ganha ainda mais relevância diante da tendência de redução nas exportações da China, que tem ampliado a produção doméstica e enfrenta desaceleração econômica.

Com esse conjunto de fatores, o Rabobank analisa que o Brasil se consolida como principal fornecedor de celulose de fibra curta aos Estados Unidos e deve manter a liderança nos próximos anos.

Informações: AgroMT.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S