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‘Boom da celulose’: contrariando IBGE, MS espera crescer mais que previsto ao mudar base econômica

IBGE projeta só 3,8 mil habitantes a mais por ano; indústrias da celulose podem ajudar a mudar os números

O panorama nacional é de marcha ré em 11 estados brasileiros quando o assunto é população. Mato Grosso do Sul aparece entre os 6 que devem escapar desse apagão demográfico, com incremento no número de habitantes, porém, extremamente modesto. A previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é que sejam mais 172,2 mil pessoas vivendo por aqui nos próximo 45 anos. É como ganhar 3,8 mil pessoas por ano, número muito baixo diante das expectativas do governo estadual.

A população total no Estado é de 2,9 milhões, podendo atingir 3,2 milhões em 2052. A partir de 2053, a população diminuirá até atingir 3,09 milhões em 2070.

A estimativa contrasta com a expansão econômica do Estado, tendo como iniciativas a Rota Bioceânica, a instalação de fábricas de celulose e investimentos em economia verde, especialmente na produção de biodiesel. Com isso, o Governo do Estado aposta em um cenário bem mais acelerado.

O titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, acredita que Mato Grosso do Sul deve ultrapassar essa projeção.

“Colocando num cenário, vamos ter indústrias de celulose, aumento de frigorífico, aumento de estrutura, aumento de bioenergia, temos crescimento de 5% do PIB. Nós não temos uma taxa, mas esse cenário indica um crescimento populacional superior a esse projetado pelas regras, focado na migração. A ideia é da fixação dessas pessoas em Mato Grosso do Sul. Esse cenário cria uma possibilidade de aumentar o número de residentes no estado de Mato Grosso do Sul”, pontuou. Ele também afirma que os dados estão estatisticamente corretos e servem como base para se ter o número oficial da população e eleitores, por exemplo.

Conforme o secretário explica, as pessoas que chegam com os grandes projetos, não incluem como população sul-mato-grossense.

“É comum ouvir nos municípios ‘aqui tem mais gente’, ‘tem muita estrutura’, mas é importante colocar que essa população volante dos grandes projetos, não imputa como população sul-mato-grossense, porque são pessoas de outros estados que vão estar transitoriamente aqui”, disse.

Mato Grosso do Sul tem uma baixa densidade populacional, com 75% da população focada em dez municípios. “Percebe claramente que existe uma concentração da população e as taxas de crescimento das cidades maiores são superiores às das pequenas cidades. A tendência, do ponto de vista de médio e longo prazo, é aumentar a população concentrando nas cidades maiores”, completou.

Com isso, uma das estratégias que o Governo do Estado utiliza, por meio do MS Ativa, é oferecer infraestrutura adequada aos municípios menores, a fim de manter essas pessoas nas cidades e evitar que se mudem.

Na visão do economista Odirlei Fernando Dal Moro, mesmo com a projeção de crescimento populacional, considerada pouca a cada ano, o número pode mudar a depender dos investimentos previstos.

“O número de habitantes de uma região pode variar levando-se em consideração diversos fatores, um deles é o econômico. Caso o nível de investimentos do estado cresça e repercuta no crescimento econômico, naturalmente o número de empregos tende a crescer e com isso atrair pessoas de outras regiões. Quando uma região como MS realiza investimento é natural que o número de habitantes do estado cresça mais que de outros estados, por conta da vinda de pessoas de outras regiões”, pontuou.

Isso diz respeito ao processo de industrialização no Estado, que terá como consequência o aumento da população. “O processo de industrialização do estado poderá provocar uma expansão populacional, é praticamente natural isso, seja direta ou indiretamente. A indústria em si, por mais que seja cada vez mais poupadores de mão de obra, acaba por estimular outros setores econômicos indiretamente”, explicou.

O Brasil deverá atingir o pico populacional em 2041, com aproximadamente 220,4 milhões de habitantes, e então iniciar uma trajetória de queda que levará o total a 199,2 milhões em 2070. A freada decorre de menos nascimentos, envelhecimento acelerado e migração de saída em boa parte do território.

Os resistentes são Santa Catarina, com mais 2.3 milhões, Mato Grosso, com 1,4 milhão, Goiás, com 901,5 mil, Amazonas com 385,3 mil, Roraima com 335,9 mil. Mato Grosso do Sul aparece com os menores números nessa parte positiva da tabela. É o último no ranking de crescimento.

Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, explica cenário de expansão (Foto: Alex Machado/arquivo)

Para o secretário Rodrigo Perez, da SGGE (Secretaria de Governo e Gestão Estratégica), as projeções do IBGE não captam a velocidade dessa transformação: mudanças econômicas estruturais podem puxar o crescimento populacional acima do previsto. Projetos como a Rota Bioceânica e os novos parques de celulose, além de aportes em bioenergia e infraestrutura, estão tornando Mato Grosso do Sul mais atraente para profissionais qualificados de outros estados, reforça.

Segundo Perez, a combinação de grandes investimentos privados em mineração, alimentos, frigoríficos e logística vem gerando empregos com salários acima da média e estimulando migração de mão de obra especializada. Ele cita como exemplo empresas de celulose que contratam com remuneração elevada e a ampliação de plantas do setor de proteína animal em Campo Grande e Dourados, com expectativa de mais de 4 mil vagas diretas.

O secretário destaca que não se trata de um boom isolado, mas de diversificação econômica: papel e celulose, alimentos e obras de infraestrutura avançam juntos. O reflexo aparece nas estatísticas: até maio, o Estado acumulou 20.898 postos formais. Para ele, o saldo positivo é fruto de emprego com carteira, renda em alta e qualidade de vida que consolidam MS como destino para quem busca estabilidade e bons salários.

Crescimento modesto – Com uma população estimada em 2.901.895 habitantes, Mato Grosso do Sul deve chegar a 3,09 milhões em 2070. O avanço de 6,7 % é praticamente a metade do verificado em 12 anos, de acordo com os censos de 2010 e 2022, quando a variação foi de 12,6 % no período, o que equivale a uma média aproximada de 25,7 mil novos habitantes por ano, contra 18,1 mil previstos por ano até 2070. Apesar de parecer pequeno, contrasta com a retração prevista em onze estados.

São Paulo deve perder 5,4 milhões de habitantes, e o Rio  de  Janeiro outros 2,7 milhões. Proporcionalmente, o Rio Grande do Sul tende a encolher quase 19 %.

Entre 2017 e 2022, o saldo migratório sul‑mato‑grossense foi positivo em quase 49 mil pessoas. O agronegócio, o polo urbano de Campo Grande e plantas de celulose atraíram mão de obra, compensando a queda na taxa de fecundidade.

Santa Catarina lidera a projeção de ganhos populacionais graças ao baixo desemprego e a redes de contato que puxam conhecidos para o estado. Em escala menor, o mesmo fenômeno começa a acontecer no Centro‑Oeste.

Informações: Campo Grande News.

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Fundo Amazônia financiará ações contra incêndios no Cerrado e Pantanal

Verba de até R$ 150 milhões será usada para equipar bombeiros e brigadas em seis estados e no DF

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmaram a liberação de até R$ 150 milhões em recursos do Fundo Amazônia para iniciativas de prevenção e combate a incêndios florestais nos biomas Cerrado e Pantanal.

O projeto contemplado, intitulado Manejo Integrado do Fogo, foi proposto pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e representa a primeira aplicação de recursos do fundo fora da Amazônia Legal.

A gestão do Fundo Amazônia é responsabilidade do BNDES, sob coordenação do MMA.

Fundo Amazônia para iniciativas de prevenção e combate a incêndios florestais

Combate a incêndios florestais
Foto: Envato

As ações previstas incluem apoio aos Corpos de Bombeiros Militares dos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal, além da Força Nacional de Segurança Pública.

Os recursos serão utilizados para a aquisição de equipamentos, veículos, máquinas e insumos, visando ampliar a capacidade de resposta frente ao aumento de ocorrências de incêndios florestais em 2024 e à previsão de novos eventos críticos em 2025.

Desde 2023, o Fundo Amazônia tem sido utilizado para apoiar estados da Amazônia Legal no enfrentamento ao fogo, com a aprovação de R$ 405 milhões voltados a nove estados da região. Desse total, R$ 370 milhões já foram contratados.

Os projetos contemplam valores de R$ 45 milhões para Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins; R$ 21 milhões para o Acre e cerca de R$ 34 milhões para Rondônia.

A ampliação do uso dos recursos do fundo para além da Amazônia foi autorizada pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) em maio deste ano. A legislação vigente permite que até 20% dos recursos sejam empregados em outras regiões do país, considerando os riscos associados ao avanço dos incêndios em diversos biomas.

O projeto busca fortalecer a política pública de prevenção e controle do fogo por meio de uma atuação coordenada entre diferentes esferas de governo.

Confira como será destinado o projeto em cada área específica:

Incêndios florestais
Foto: Envato
  • Apoio às brigadas florestais: Serão fornecidos equipamentos de proteção e combate para brigadas comunitárias vinculadas aos Corpos de Bombeiros dos estados participantes. Essas brigadas atuam em áreas estratégicas antes da chegada das equipes oficiais.
  • Reforço à estrutura dos Corpos de Bombeiros: A proposta inclui aquisição de veículos com kits de combate a incêndios, bombas costais, caminhões adaptados (como ABTF e ABTS-1), GPS, drones e outros equipamentos, com o objetivo de garantir maior eficiência e segurança nas operações.
  • Equipamentos para a Força Nacional de Segurança Pública: A Força Nacional será equipada para atuar de forma complementar, em casos que demandem apoio técnico e logístico adicional. Estão previstos drones, caminhonetes, bombas costais, sopradores, notebooks e veículos de transporte adaptados.

A proposta está inserida na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que envolve compromissos por parte dos entes federativos apoiados e busca criar uma abordagem integrada, baseada em ciência, para o enfrentamento de incêndios e queimadas.

Além do combate ao fogo, o Fundo Amazônia também já vem sendo utilizado para apoiar o aprimoramento de sistemas de controle ambiental, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), em estados fora da Amazônia Legal.

Informações: Agro2.

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São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

O Ibá, projetado pelo Estúdio BG, será um dos primeiros residenciais do gênero no país, impulsionando o setor; obras começam no fim do ano

Em alta nos debates sobre o futuro da construção civil e das cidades, a madeira engenheirada está no cerne do Ibá, empreendimento residencial que será lançado em breve em São Paulo, com sete pavimentos, que será o edifício mais alto do Brasil já construído com o material. Com projeto arquitetônico e de interiores do Estúdio BG – dos arquitetos Antonio Brandão e Murilo Gabriele –, o edifício deve entrar em obras no final deste ano e tem previsão de entrega até 2028.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


O Ibá – palavra em tupi que significa “fruto” – terá estrutura híbrida, combinando sistemas construtivos tradicionais (especialmente, em concreto) com a madeira engenheirada fornecida pela parceira Urbem, pioneira no Brasil. “Tecnicamente, daria para construir todo o edifício, à exceção da fundação, usando somente a madeira. Mas vimos nessa combinação uma forma de atravessar barreiras no mercado da construção, que ainda conserva alguns preconceitos. É uma escolha que faz parte do processo de tropicalização da tecnologia”, afirma a arquiteta Ana Belizário, especialista em madeira engenheirada e diretora comercial da Urbem.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Arquitetura para cidades mais verdes

Em termos ambientais, a madeira engenheirada é considerada uma matéria-prima robusta, industrializada, renovável e uma alternativa de baixo carbono e menos impacto, uma vez que proporciona obras com baixíssima geração de resíduos e canteiro mais limpo, eficiente e seguro. No projeto do Estúdio BG, o material se une a estratégias passivas que reduzem o consumo de energia elétrica, tais como a fachada ventilada com brises solares, ventilação cruzada, conforto térmico natural e uso inteligente da iluminação.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


“Levamos dois anos de muito trabalho para realizar esse projeto que vai quebrar um paradigma para a cidade. Sua estrutura híbrida, em madeira e concreto, demandou um tempo maior de estudos e adaptações”, afirma o arquiteto Murilo Gabriele. Segundo ele, trata-se de um empreendimento muito inovador para toda a cadeia da construção.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Além disso, nos apartamentos, Gabriele ressalta que a presença marcante da madeira vai gerar espaços biofílicos, em que há uma maior conexão com a natureza, promovendo o bem-estar das pessoas em um contexto extremamente urbano. O paisagismo integrado, assinado por Rodrigo Oliveira, reforça essa interação, com texturas, volumes e espécies que transformam o residencial em um refúgio natural no meio da metrópole.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Além disso, o empreendimento será construído no Jardim Paulista, região nobre e arborizada da cidade, a apenas 300 metros do Parque Ibirapuera e perto das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, possibilitando aos futuros moradores uma mobilidade urbana mais sustentável entre trabalho, lazer e vida pessoal. A promessa do projeto, que apresenta apenas sete apartamentos, um por andar, é unir arquitetura de alto padrão, design, sustentabilidade, bem-estar e conexão com a natureza – com direito a spa com ofurô e sauna, academia, bicicletário, elevador de veículos e três subsolos de estacionamento.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Mercado em expansão

O empresário Pedro Diniz é o grande investidor do projeto, que é uma realização da Comporta Family Office. A construtora responsável para execução da obra será definida em breve. “Hoje o residencial é de alto padrão, mas acreditamos no crescimento desse mercado e na proliferação de prédios de madeira para médio padrão e até casas populares nos próximos anos”, diz Murilo Gabriele. Para quem se preocupa com a manutenção do material e a segurança da estrutura, ele dá o recado: “É um material de alta tecnologia, que recebe um super tratamento e aplicações que mantêm a madeira mais protegida, de maneira a possibilitar uma manutenção quase zero”.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Quando o assunto é custo, Ana Belizário afirma que um prédio desse tipo sai mais caro, mas traz vantagens significativas. “Material industrializado custa mais porque embarca muita tecnologia, mas é preciso ponderar essa conta, incluindo os benefícios que ela traz, como a redução do tempo da obra, que é uma questão importante para o mercado, além da economia nos acabamentos, já que a madeira pode ficar aparente em todas as unidades. Além disso, basta uma equipe de cinco a oito pessoas treinadas para montar tudo”, pontua.

São Paulo ganhará edifício de madeira engenheirada mais alto do Brasil

(Reprodução / Divulgação)


Em um futuro próximo, é possível que tenhamos cada vez mais edifícios do gênero, especialmente com a entrada de novas empresas especializadas no material – por enquanto, os fornecedores não chegam a dez empresas diferentes no Brasil. “É uma semente que tende a crescer muito, não dá mais para trabalhar sem materiais alternativos. O mundo inteiro está pensando nisso”, finaliza Murilo Gabriele, de olho no que vem por aí.

Informações: CasaCor.

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Suzano amplia produção e lidera mercado de celulose em Mato Grosso do Sul

Empresa investe em tecnologia, empregos e inclusão social no estado

A Suzano, maior produtora de celulose do mundo, reforça sua presença em Mato Grosso do Sul com três unidades operacionais – duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo. A empresa atingiu uma capacidade total de 5,8 milhões de toneladas anuais, representando quase metade da produção nacional. A inauguração da unidade de Ribas, em 2024, elevou os investimentos para R$ 22,2 bilhões e consolidou o Projeto Cerrado como marco do setor.

O diretor industrial da Regional Sul, Maurício Miranda, destaca que a empresa impacta diretamente a economia local. “A Suzano faz parte da transformação socioeconômica de Mato Grosso do Sul ao longo de 16 anos. Investimos em educação, qualificação, agricultura familiar e fortalecimento do comércio local, sempre alinhados ao princípio de que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’”, disse. Atualmente, são mais de 9 mil empregos diretos e terceirizados, com 27% das vagas da unidade de Ribas ocupadas por mulheres.

No setor industrial, a Suzano é pioneira em sustentabilidade, reutilizando 85% da água captada e gerando 330 MW de energia limpa, suficientes para abastecer mais de 4 milhões de pessoas. Tecnologias como gaseificação de biomassa e transporte por hexatrens reduzem emissões de carbono. A empresa mantém 808 mil hectares de florestas no estado, sendo 250 mil destinados à preservação ambiental.

Além da produção, a companhia investe em inclusão social e agricultura familiar. Em 2024, cerca de R$ 5 milhões foram aplicados em projetos rurais, com apoio à bovinocultura de leite e hortifruticultura em 12 municípios. A construção da unidade de Ribas trouxe ainda R$ 300 milhões em investimentos em habitação e infraestrutura, incluindo 954 casas e melhorias urbanas.

Mato Grosso do Sul, responsável por 35% das exportações nacionais de celulose, deve ampliar essa fatia nos próximos anos. A capacidade instalada no estado deve quase dobrar, chegando a 14,7 milhões de toneladas anuais, impulsionada por novos projetos como os da Arauco e Bracell, que devem iniciar operações entre 2028 e 2030.

Suzano em Três Lagoas e Mato Grosso do Sul

Informações: Capital News.

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Árvore quase extinta é registrada após 40 anos

Programa de conservação da Norte Energia ajudou a recuperar o pau-cravo, espécie histórica explorada desde o período colonial

Depois de mais de quatro décadas sem registros oficiais, uma árvore quase esquecida da história brasileira foi documentada: o pau-cravo (Dicypellium caryophyllaceum). Espécie nativa da floresta amazônica, pode atingir até 30 metros de altura e é conhecida por seu aroma marcante e sua longa trajetória de exploração no Brasil Colonial. A planta, considerada criticamente em perigo de extinção, foi encontrada na área de influência da Usina Hidrelétrica Belo Monte.

Também conhecido como cravo-do-maranhão ou canela-cravo, o pau-cravo foi intensamente extraído a partir do século XVIII, tanto por seu valor como especiaria quanto por sua madeira de lei. O método de retirada da casca envolvia o corte completo da árvore, o que levou a um colapso populacional da planta. Ao longo do século XX, poucos registros foram feitos na Amazônia até a realização dos Estudos de Impactos Ambientais, em 2008, na região da Usina Belo Monte.

Na época, a Norte Energia, concessionária da usina, liderou ações concretas visando a conservação genética da espécie. Entre os resultados estão a identificação e proteção de 30 árvores matrizes em Área de Preservação Permanente (APP), o transplante para áreas de preservação permanente de 11 plantas localizadas em áreas de supressão vegetal e, no ano de 2024, a produção de mais de 150 mudas em viveiro próprio.

“Estamos falando de uma espécie com importância ecológica, cultural e histórica. Ao cuidar da flora, a Norte Energia reforça seu compromisso com a conservação da biodiversidade da Amazônia e o respeito à memória viva da floresta. No caso do pau-cravo, realizamos um trabalho contínuo, técnico e cuidadoso, voltado à preservação genética e à recuperação dessa espécie rara em seu habitat natural”, afirma Roberto Silva, gerente de Meios Físico e Biótico da Norte Energia.

A importância da conservação do pau-cravo é reconhecida oficialmente pelo Estado brasileiro. Ele consta na Lista Nacional da Flora Ameaçada de Extinção, publicada pelo Ibama em 2008 — norma ainda vigente e que formaliza o status de risco da espécie no território nacional. Estudos mais recentes do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, reafirmam essa condição.


Hoje, o pau-cravo é considerado endêmico do Brasil, com registros confirmados apenas nos estados do Pará — nos municípios de Itaituba e Vitória do Xingu — e do Maranhão, em Buriticupu. As ações de preservação seguirão com o monitoramento das matrizes, novas coletas de sementes, produção de mudas e plantios para recomposição de APPs.

“A ocorrência dessa planta na área protegida pela Norte Energia oferece uma oportunidade única para a ciência, pois permite o estudo de sua biologia, genética, estratégias de regeneração e papel ecológico na floresta. É um ponto de partida para pesquisas que antes eram limitadas pela baixa ocorrência de exemplares em campo”, destaca Roberto. Os dados obtidos pela Usina, inclusive, já subsidiaram parcerias para elaboração de trabalhos acadêmicos, incluindo tese de conclusão de doutorado.

O identificador botânico, Lindomar da Silva Lima, atua na região desde 2011 e participou diretamente desse trabalho. Ele conta que a descoberta transformou sua relação com a floresta.

“Quando a gente encontrou o pau-cravo foi uma alegria muito grande, porque era uma planta que ninguém conhecia, só os antigos falavam. Eu fico muito feliz de ter participado disso. Eu ajudei, apoiei, e vou contar essa história para meus filhos, meus netos, para eles já crescerem sabendo preservar.”

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Setor florestal catarinense faz apelo ao poder público brasileiro

A Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), há 50 anos defensora do setor de florestas plantadas em Santa Catarina, vem manifestar profunda inquietação diante da decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que ameaça diretamente a sobrevivência de um dos pilares da economia catarinense.

A madeira proveniente de florestas plantadas é mais do que uma matéria-prima: ela sustenta cadeias produtivas inteiras, gera empregos e consolida Santa Catarina como um dos protagonistas do comércio internacional de madeira. Ao longo das últimas décadas, empresas catarinenses investiram pesado em inovação, sustentabilidade e qualidade para atender com excelência às exigências do mercado norte-americano. Hoje, colhem frutos dessa dedicação — frutos que correm sério risco de serem ceifados.

Só em 2024, os Estados Unidos se destacaram como principais compradores de produtos catarinenses:

* A taxa de porcentagem é sobre o volume total exportado por SC em 2024.

A nova tarifa imposta coloca em xeque a competitividade desses produtos. Caso entre em vigor, Santa Catarina poderá assistir à retração ou até à paralisação de empresas que hoje sustentam mais de 103 mil postos de trabalho, espalhados por 11,4 mil estabelecimentos no estado. O impacto será devastador, atingindo não apenas o setor florestal, mas toda a economia catarinense.

Não se trata apenas de números, mas de histórias, famílias e comunidades inteiras que dependem dessa atividade. Por isso, fazemos um apelo urgente às autoridades brasileiras e norte-americanas: é essencial que o diálogo prevaleça. Que se busquem soluções justas, que respeitem os acordos comerciais e valorizem o esforço contínuo por práticas produtivas responsáveis e sustentáveis.

Preservar esse comércio é proteger empregos, fortalecer parcerias históricas e garantir que décadas de trabalho sério não sejam comprometidas por decisões unilaterais.

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Jose Mario Ferreira
Presidente

Imagem: Divulgação.

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Manifesto da APRE ao poder público alerta para impacto da taxação dos EUA e cobra ação urgente do governo federal

Entidade que representa o setor florestal do Paraná pede solução diplomática mas enérgica para conter prejuízos econômicos, demissões e retração das exportações

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) divulgou um manifesto público pedindo que o governo federal atue com urgência para reverter a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, incluindo os de origem florestal.

A recente decisão do governo norte-americano de elevar significativamente as tarifas sobre produtos brasileiros causou forte impacto sobre a cadeia produtiva florestal paranaense, um dos principais estados exportadores desse segmento.

Segundo a APRE Florestas, entidade que representa 40 empresas responsáveis por aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado, a medida ameaça empregos, contratos, embarques e investimentos em uma das cadeias mais estruturadas e importantes para o agronegócio nacional.

No manifesto, o presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, aponta para a necessidade de uma solução diplomática urgente para evitar prejuízos irreversíveis. “A taxação a esse patamar praticamente inviabiliza os nossos negócios e, como consequência, milhares de empregos e famílias estão ameaçados”, alerta. Para ele, mais do que uma decisão econômica, trata-se de uma medida política, o que exige uma resposta articulada, diplomática e imediata por parte do governo brasileiro.

Dependência do mercado americano

A dependência do Paraná pelo mercado americano é ainda maior, especialmente de produtos como madeira serrada, compensados, painéis, molduras, portas e móveis.

Dentre os produtos do agronegócio mais vendidos aos EUA, os produtos florestais aparecem em primeiro lugar, com US$ 3,7 bilhões, seguido de cafés (US$ 2 bilhões), carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões).

Os Estados Unidos são o maior importador de serrado de pinus do Brasil (37,15%), e o segundo maior importador do Paraná do mesmo produto (30,79%).

Além disso, é o principal destino de compensado de pinus do Paraná e de painéis reconstituídos de madeira, portas, molduras e móveis do Brasil.

Manifesto cobra ação imediata

No manifesto, a APRE Florestas solicita que o governo federal atue junto aos EUA na tentativa de suspender ou, ao menos, prorrogar a medida tarifária por, no mínimo, 90 dias, permitindo ajustes contratuais e logísticos.

Porém,a entidade defende que o Brasil evite retaliações tarifárias, o que poderia prejudicar ainda mais o diálogo com o governo norte-americano. “O setor florestal está fazendo sua parte, fornecendo dados, cenários e impactos. Mas as negociações ultrapassam a atuação setorial e exigem uma ação governamental com urgência e prioridade”, conclui o presidente da APRE.

O prazo máximo para uma solução diplomática vai até o dia 1º de agosto. Até lá, o setor vive uma corrida contra o tempo para manter sua competitividade e evitar perdas irreparáveis em empregos e faturamento.

MANIFESTO DA APRE AO PODER PÚBLICO BRASILEIRO

Pelo setor florestal do Paraná e pela preservação de empregos, investimentos e renda

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) manifesta sua profunda preocupação com a recente imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, medida que impacta gravemente o setor florestal paranaense, um dos principais pilares econômicos e exportadores do país.

Em 2024, os estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – responderam por 86,5% das exportações brasileiras de produtos de madeira para os EUA, totalizando US$ 1,37 bilhão. O Paraná, líder na produção de pinus e de produtos industrializados de alto valor agregado, como compensados, madeira serrada, molduras, portas, painéis e móveis, é extremamente afetado por essa decisão.

A taxação, inesperada e desproporcional, compromete a competitividade do setor, gera insegurança jurídica e comercial, e ameaça milhares de empregos diretos e indiretos, além de impactar a renda de famílias em pequenos e médios municípios paranaenses. Os produtos florestais lideram as exportações do agronegócio brasileiro para os EUA (US$ 3,7 bilhões), superando café (US$ 2 bilhões), carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões)

Impactos da taxação no setor florestal:

  • EUA como principal mercado:
    • Maior importador de madeira serrada de pinus do Brasil (37,15%) e segundo maior do Paraná (30,79%).Maior destino de compensado de pinus, madeira serrada de folhosas, painéis reconstituídos, portas, molduras e móveis do Brasil.
    • Segundo maior importador de celulose (14,32%) e papel (10,26%) do Brasil.
  • Consequências imediatas:
    • Suspensão de contratos, cancelamento de embarques e contêineres retidos em portos.
    • Empresas forçadas a rever estratégias em tempo recorde, com risco de fechamento de unidades e demissões em massa.

A cadeia produtiva florestal, essencial para a economia paranaense, enfrenta um cenário crítico. A continuidade dessa tarifa, que entra em vigor em 1º de agosto de 2025, pode inviabilizar negócios e causar prejuízos irreversíveis.

Apelo ao governo brasileiro:

Diante da gravidade da situação, a APRE solicita ações urgentes e coordenadas do governo federal:

  1. Negociação diplomática imediata: Engajar os Estados Unidos para suspender ou revisar a tarifa, buscando uma solução que preserve a competitividade do setor.
  2. Evitar retaliações comerciais: Impedir medidas que escalem conflitos comerciais, protegendo o ambiente de negócios.
  3. Apoio à preservação de empregos e investimentos: Garantir políticas que sustentem a cadeia produtiva florestal
  4. Articulação política em alto nível: Mobilizar esforços conjuntos entre governo, setor produtivo e entidades representativas para reverter os impactos da medida.

O setor florestal paranaense tem contribuído com dados técnicos e colaboração ativa, mas a solução depende de uma resposta governamental rápida e eficaz. Cada dia sem ação representa maior risco de fechamento de empresas e perda de empregos.

A APRE reitera que o setor florestal do Paraná não pode arcar sozinho com os impactos de uma decisão internacional. Exigimos uma atuação firme, diplomática e imediata do poder público para proteger a economia local, os trabalhadores e a competitividade do Brasil no mercado global.

Fabio Brun
Presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE)

Sobre a APRE Florestas

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

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Com até 85% de reaproveitamento de resíduos, Bracell reforça compromisso com a economia circular e sustentabilidade

No setor industrial, onde a gestão de resíduos ainda é um dos principais desafios ambientais, a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, vem se destacando por práticas cada vez mais alinhadas à economia circular. A companhia reforça esse compromisso ao apresentar os avanços de suas unidades na Bahia e em São Paulo: cerca de 85% dos resíduos industriais tiveram rotas de reaproveitamento, tanto internamente quanto por meio de reciclagem externa; já em Lençóis Paulista (SP), 57% do volume gerado foi destinado, em 2024, a processos de beneficiamento com foco na produção de insumos agrícolas e florestais.

Os resultados refletem uma atuação consistente, baseada em soluções que transformam resíduos industriais em subprodutos com valor ambiental, econômico e operacional, fortalecendo a lógica da bioeconomia circular. Em Camaçari, resíduos como lodo, cinzas e resíduos calcíticos são encaminhados a parceiros para aplicações como coprocessamento, produção de corretivos de solo, hidrossemeadura, compostagem, artefatos cerâmicos e até telhas de fibrocimento. 

“Ao transformar resíduos em recursos, a Bracell contribui para fortalecer uma cadeia industrial mais sustentável, eficiente e conectada com os desafios ambientais do nosso tempo. É dessa forma que buscamos fazer a diferença em cada detalhe”, destaca Angela Ribeiro, gerente de sustentabilidade da unidade de Camaçari.

Entre os subprodutos gerados pelas operações da empresa, destacam-se insumos que podem ser usados como adubo, corretivo de solo, combustível para outras indústrias, além de aplicações como hidrossemeadura e produção de tapetes higiênicos. Esses resíduos, uma vez tratados, deixam de ser classificados como resíduos e passam a integrar uma cadeia de valor mais ampla e sustentável.

Na unidade de São Paulo, a valorização de resíduos ocorre por meio de um processo interno de gaseificação da biomassa excedente do preparo de cavacos, que resulta na geração de gás de síntese usado como combustível nos fornos, reduzindo a dependência de gás natural. 

“Todos os resíduos industriais são tratados de forma adequada, conforme as normas ambientais. Os que ainda não têm rotas de reaproveitamento aprovadas — como dregs, grits, nós, palitos e cinzas da caldeira de biomassa — são destinados a aterros industriais licenciados”, explica Victor Barbierato, gerente de qualidade e meio ambiente da Bracell em São Paulo. Segundo ele, a empresa mantém uma carteira ativa de projetos para valorização desses resíduos, com aplicações em estudo nas áreas de construção civil, madeira e papel.

Bracell 2030: um futuro próximo e sustentável

O reaproveitamento de recursos faz parte de um compromisso maior da Bracell: a Agenda Bracell 2030. Lançada em 2023, a estratégia da companhia reúne 14 metas que guiam sua atuação em quatro eixos prioritários — ação climática, biodiversidade, produção responsável e desenvolvimento das comunidades. 

Nesse contexto, a gestão de resíduos se consolida como um dos focos da agenda, com o objetivo de reduzir em 90% o volume destinado a aterros até o fim da década. A empresa também mantém uma busca contínua por novos usos e rotas de aproveitamento para os resíduos que ainda não têm destinação alternativa, com estudos em andamento nas áreas de infraestrutura, fertilizantes e construção civil.

“A economia circular é fundamental para a indústria de celulose atual. Ao reaproveitar resíduos, conseguimos reduzir impactos ambientais e, ao mesmo tempo, gerar ganhos operacionais e econômicos. É dessa forma que transformamos desafios em oportunidades reais de inovação e competitividade”, afirma João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell.

Com foco em inovação, excelência operacional e responsabilidade socioambiental, a companhia segue investindo em soluções que ampliam o impacto positivo de suas operações e consolidam sua posição como referência global em celulose sustentável.

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Unidade da Veracel na Bahia capta 5,3 vezes mais carbono do que emite

No coração da Bahia, a  Veracel tem se tornado um modelo de sustentabilidade. Com mais de 6 mil hectares de floresta preservada da Mata Atlântica, essa empresa não apenas colhe celulose, mas também faz história ao capturar 5,3 vezes mais carbono do que emite. A recuperação e conservação ambiental estão no centro de suas operações, tornando-se um exemplo a ser seguido em um mundo cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas.

Com uma ampla área de 200 mil hectares, a Veracel se destaca ao emanar apenas 20% do dióxido de carbono que sequestra pela vegetação nativa. Mais de 1,6 milhão de toneladas de carbono são retiradas da atmosfera, graças ao manejo das florestas de eucalipto e áreas em restauração ambiental. Para Virgínia Camargos, gerente de meio ambiente da Veracel, “o nosso balanço é positivo”, refletindo o compromisso da empresa com práticas que mitigam os impactos climáticos.

O mercado de carbono surge como uma nova oportunidade, atraindo não apenas empresas já estabelecidas, mas também aquelas ainda em processo de regularização. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 44% dos empresários veem neste novo marco legal um caminho para a inovação e a redução de custos. Com a aproximação da COP 30, o Brasil reafirma seu compromisso de reduzir as emissões em até 67% até 2035 e atingir a neutralidade climática até 2050.

O processo de restauração das florestas é crucial, permitindo a quantificação do carbono removido da atmosfera e evitando desmatamentos. Entretanto, algumas dificuldades persistem. Como explica Virgínia, o sistema REDD+, projetado para recompensar países em desenvolvimento pela diminuição das emissões, ainda não abrange a rica, mas fragmentada, Floresta Atlântica.

Localizada entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, a Estação Veracel é um verdadeiro tesouro ecológico, reconhecido pela UNESCO. Além de proteger a biodiversidade, estão sob sua guarda 115 nascentes, que são essenciais para a saúde do ecossistema local. O monitoramento de aves e mamíferos é um dos esforços contínuos para preservar essa riqueza natural.

O que você acha das iniciativas da Veracel em capturar carbono e preservar a Mata Atlântica? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre como as empresas podem contribuir para um futuro mais sustentável.

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Klabin paralisa fábrica no interior de SP por baixa rentabilidade no papel reciclado

Unidade de Paulínia operava em três turnos e agora ficará hibernada

Klabin paralisou as atividades em sua unidade industrial em Paulínia (SP), hibernando as linhas de produção de papel reciclado que ainda funcionavam no local. A medida, segundo apurou o InvestNews, foi motivada por condições de mercado para o produto, em um momento de baixa demanda do mercado.

O desligamento da linha operacional ocorreu nesta segunda-feira (21) e foi comunicado aos trabalhadores em reunião interna logo na chegada do turno da manhã. A planta operava em três turnos.

No ano passado, parte das atividades já havia sido suspensa. A unidade de Paulínia foi incorporada à companhia em 2020, na aquisição dos ativos da International Paper no Brasil, e possui capacidade de 65 mil toneladas por ano.

Procurada pelo InvestNews, a Klabin confirmou a pausa das operações. Segundo a empresa, a decisão foi tomada “por questões mercadológicas que estão fora do controle da Companhia”. “A Klabin destaca que a suspensão temporária das operações dessa Unidade não impacta no fornecimento aos clientes da empresa.”

Condições de mercado

A hibernação da unidade de Paulínia está ligada à piora nas condições econômicas para a produção de papel reciclado. De um lado, o custo das aparas — resíduos de papel usados como matéria-prima — subiu bem acima da inflação nos últimos anos. De outro, o preço de venda do papel reciclado caiu, por conta de uma demanda menor.

Para piorar, o kraftliner — papel produzido a partir de fibras virgens e normalmente mais caro — se beneficiou da queda do dólar e passou a oferecer margens mais atrativas. Esse cenário tirou competitividade do reciclado, especialmente em unidades menores ou menos integradas, como Paulínia. 

Mesmo com o fechamento, a Klabin ainda mantém cerca de 400 mil toneladas por ano de capacidade em outras plantas de reciclados, como Piracicaba (SP) e Goiana (PE).

A Klabin possui 24 unidades industriais, sendo 23 no Brasil e uma na Argentina, com fábricas espalhadas por dez estados brasileiros. A companhia é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do país, com capacidade total de 3 milhões de toneladas por ano. Os papéis voltados para embalagens — como papel-cartão, kraftliner e fluting — concentram a maior parte desse volume e estão no centro da estratégia da empresa.

No ano passado, a Klabin inaugurou uma nova planta de papéis ondulados no estado, na cidade de Piracicaba (SP), em um investimento de R$ 1,6 bilhão, colocando a companhia com um market share de 24% do mercado de caixas de papelão no país.

Informações: InvestNews.

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