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Suzano eleva projeções de custo da produção de celulose para 2027

A Suzano atualizou suas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais do negócio de celulose, elevando a projeção total para R$ 1.983 por tonelada em 2027. A revisão considera efeitos de inflação, variação cambial e ajustes internos de custos.

Segundo a companhia, a nova projeção incorpora três elementos principais:
• atualização monetária prevista para 2026 e a inflação registrada em 2025 acima do que se estimava anteriormente;
• mudanças no câmbio em relação ao cenário anterior;
• atualizações de custos operacionais e iniciativas de gestão, que buscam aumentar a competitividade estrutural do negócio.

A revisão substitui projeções anteriores divulgadas ao mercado.

Composição dos custos estimados

A Suzano detalhou como chega ao desembolso total de R$ 1.983 por tonelada previsto para 2027. O valor é formado por:

  • Custo caixa de produção de celulose: R$ 787 por tonelada (inclui paradas programadas).
  • Custos e despesas logísticas, vendas e administrativas: R$ 677 por tonelada.
  • Capex de manutenção: R$ 520 por tonelada.

Os valores estão expressos em moeda real de 2026, sem incluir premissas de inflação ou câmbio para 2027. Ou seja, a empresa trabalha com uma base fixa e não com projeções indexadas.

Unidade de Ribas do Rio Pardo entra no horizonte de custo

As estimativas também levam em conta a operação plena da unidade de Ribas do Rio Pardo, cujo projeto foi atualizado para capacidade anual de 2,7 milhões de toneladas de celulose. O desempenho dessa planta é parte relevante das projeções de eficiência e custo de médio prazo.

Horizonte de projeção até 2027

A estimativa abrange os próximos dois anos de evolução operacional, com convergência para o valor projetado em 2027. A empresa reforça que se trata de uma previsão de longo prazo e que pode ser atualizada caso haja mudanças significativas em variáveis como câmbio, inflação ou cenários de mercado.

Informações: Times Brasil

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Reflorestamento cresce no país e abre espaço para novos modelos produtivos; Tocantins apresenta exemplo em sistema silvipastoril

Para a engenheira florestal Hellen Cristina de Freitas, especialista em fertilidade do solo e ciências florestais e ambientais, apesar dos avanços recentes, o ritmo de implantação ainda é insuficiente para atingir as metas até 2030. Entre os principais obstáculos estão: burocracia, falta de incentivos financeiros, escassez de assistência técnica e limitações logísticas.

“O setor rural, no entanto, tem se destacado. Muitos produtores já adotam práticas sustentáveis e enxergam no reflorestamento uma oportunidade de aumentar produtividade e valor ambiental das propriedades”, comenta Hellen, que atua também como consultora de Desenvolvimento de Mercado da Massari, empresa especializada em fertilizantes minerais para regeneração de solos.

Exemplo prático: sistema silvipastoril no Tocantins

O produtor Fábio Ferraz, da Jamp Florestas (Tocantins), adotou o sistema silvipastoril, integrando árvores, pastagens e gado na mesma área.

“Começamos recuperando 500 hectares de pasto degradado, ampliando depois para 1.200 hectares. Plantamos linhas de eucalipto intercaladas com gramado, o que ajuda no sequestro de carbono e oferece sombra para o gado, aumentando o conforto do rebanho”, explica Ferraz.

O produtor destaca que, mesmo sendo seu primeiro projeto SAF (Sistema Agroflorestal), os resultados iniciais foram satisfatórios, com capim de boa qualidade e boa adaptação das árvores, preparando o terreno para introdução do gado.

Recuperação do solo: etapas essenciais para o sucesso

Segundo Hellen de Freitas, a implantação eficiente do reflorestamento integrado exige:

  • Diagnóstico do solo e da área: avaliar textura, pH, teor de nutrientes e grau de degradação.
  • Correção e melhoria do solo: ajustar acidez, repor nutrientes e melhorar a estrutura.
  • Escolha de espécies e adubação de base: selecionar espécies nativas ou comerciais, conforme o objetivo ecológico ou produtivo, e usar fertilizantes ricos em cálcio, magnésio, enxofre, potássio, fósforo e micronutrientes.
  • Manejo e manutenção: controlar plantas competidoras, pragas, replantio de falhas e adubação de cobertura.

“No caso de reflorestamento ecológico, é necessário também garantir diversidade de espécies, atração da fauna e conectividade entre fragmentos florestais, o que exige olhar técnico e ambiental”, alerta a especialista.

Mercado em expansão e soluções para produtores

Com a crescente demanda, empresas como a Massari Fértil têm investido no setor, oferecendo consultoria em projetos de reflorestamento e fertilizantes minerais especializados.

O diretor-presidente da empresa, Sérgio Saurin, destaca:

“Acompanhamos todo o processo, desde o diagnóstico e planejamento da adubação até o monitoramento dos resultados, garantindo eficiência agronômica e sustentabilidade ambiental. Nossas soluções combinam ciência, tecnologia e respeito ao meio ambiente, fortalecendo o campo e abrindo novas oportunidades de mercado.”

Informações: Leal Júnior

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Governo do Tocantins e Grupo Gestor do Plano ABC+TO definem ações para execução até 2030

Reunião ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet), em Palmas

O Governo do Tocantins, por meio da Gerência do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+TO), coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), reuniu-se na manhã desta quinta-feira, 11, para planejar as ações do programa para o período de 2026 a 2030. O encontro ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet), em Palmas.

Durante a reunião, a gerente do Grupo Gestor, Marla Guedes Cordeiro Carvalho, apresentou os avanços obtidos, as conquistas recentes e as metas que devem ser executadas nos próximos anos no Tocantins. Entre as ações destacadas estão a ampliação dos sistemas irrigados, o manejo de resíduos e dejetos animais e novas metodologias de aplicação previstas no âmbito do ABC+TO.

O Tocantins trabalha para aderir às oito metas de execução do Plano ABC nacional. Diversas delas já estão em implantação no estado, como a recuperação de pastagens degradadas, o sistema de plantio direto, o fortalecimento da produção de hortaliças e grãos, além da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e dos sistemas agroflorestais, iniciativas que colocam o Tocantins como referência nacional em agricultura de baixa emissão de carbono.

Segundo Marla Guedes, o encontro teve como objetivos alinhar e reforçar as ações do plano, incluindo o calendário de 2026. “Vamos detalhar as atividades previstas, entre elas as reuniões ordinárias. O grande foco é finalizar o PAE [Plano de Ação Estadual] do ABC+TO e consolidar as metas que pretendemos atingir até 2030, com base nas contribuições do grupo”, afirmou.

O assessor técnico da Faet, Luiz Cláudio Farias, destacou o compromisso do Estado com a produção agropecuária sustentável. “A reunião é parte do planejamento estratégico das instituições envolvidas, todas focadas na agricultura de baixo carbono. A intenção é dar continuidade aos trabalhos em assistência técnica, capacitação, pesquisa e defesa agropecuária”, ressaltou.

O Grupo Gestor do Plano ABC+TO é formado por 26 representantes de instituições públicas e privadas.

Informações: Governo do Tocantins

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IX Prêmio Serviço Florestal reconhece estudos que apontam novos rumos para a recuperação florestal no Brasil

Prêmio contou com parceria do CNPq da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e estimula a produção científica e de soluções aplicáveis à gestão e à recuperação dos biomas brasileiros.

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) realizou, nesta quarta-feira (10), a cerimônia de entrega do IX Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ao todo, foram concedidos R$ 115 mil em prêmios, além de troféus e certificados, para cinco pesquisas inéditas voltadas à recuperação florestal no Brasil. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do SFB no YouTube.

Na ocasião, o ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, ressaltou a importância de ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira para fortalecer o manejo florestal sustentável e impulsionar o desenvolvimento regional. “O Brasil precisa conhecer e divulgar a diversidade de espécies, porque o manejo florestal sustentável depende dessa diversidade. Quando a produção se concentra em uma única espécie, ela pode se exaurir e entrar em risco de ameaça. Estudos como os premiados ajudam a modernizar o setor e a transformar os recursos florestais em ativos para o desenvolvimento regional, com benefícios para a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado.”

Parceiro da SFB na realização do prêmio, O CNPq foi representado na cerimônia de entrega pela diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação, Dalila Andrade. “A expertise acadêmico-científica do CNPq agrega ainda mais valor a este prêmio, que fortalece a produção de conhecimento essencial para o setor florestal”, ressalta a diretora.

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A diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira, e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian.

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, destacou a importância de manter iniciativas de longo prazo e de fortalecer a agenda da restauração. “É uma maneira de incentivar a inovação e ideias que podem ajudar a tornar a restauração um tema com valor, para a biodiversidade, para o clima e para a economia”, disse. Batmanian também ressaltou o papel das parcerias institucionais para apoiar pesquisa e desenvolvimento e estimular soluções ecologicamente sustentáveis, socialmente justas e economicamente viáveis.

Parceiros destacam importância da agenda florestal

Representantes da CNI reforçaram que o desenvolvimento sustentável depende de ciência, manejo responsável e inovação. O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, ressaltou o valor social e ambiental das florestas e a importância de práticas responsáveis. “Todos sabem que floresta em pé é recurso, é bem social, é bem ambiental, é desenvolvimento. O manejo responsável é um bem também para a sociedade”, afirmou.

Já o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou a relevância econômica e estratégica do setor florestal e o apoio da entidade à iniciativa. “Desde 2014, a CNI apoia esta iniciativa porque acredita que conhecimento e inovação são pilares do desenvolvimento sustentável. O setor florestal brasileiro é estratégico: gera empregos, movimenta a economia e contribui para a transição rumo a uma economia de baixo carbono, conciliando competitividade e conservação ambiental”, disse.

Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a premiação promovida pelo SFB busca estimular a produção científica e reconhecer estudos com soluções aplicáveis à gestão e à recuperação dos biomas brasileiros. Nesta edição, o Prêmio recebeu 42 inscrições, distribuídas em seis eixos temáticos: concessões florestais; bioeconomia; silvicultura de espécies nativas; impactos do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE); viabilidade econômica da recuperação de áreas degradadas; e instrumentos econômicos e financeiros, como CRA, PSA, crédito rural e sistema tributário.

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Prêmio da SFB contou neste ano com parceria do CNPq

Conheça os vencedores

1º lugar

João Victor Miranda da Gama Oliveira e Alexandre Anders Brasil – Universidade de Brasília – UnB 

Primeiro colocado, o pesquisador florestal João Victor Miranda explicou que o estudo buscou suprir lacunas técnicas relacionadas à modelagem da concessão florestal da Floresta Nacional (Flona) de Capão Bonito, considerada inovadora por prever a conversão de plantios de pínus em vegetação nativa. “O estudo visa subsidiar a tomada de decisão do Serviço Florestal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a gestão da concessão, preencher lacunas interpretativas do plano de manejo, verificar a viabilidade do modelo e propor recomendações para torná-lo mais atrativo e economicamente sustentável”, afirmou.

2º lugar

Fátima de Souza Freire – Universidade de de Brasília – UNB

Francielle Rodrigues do Nascimento Voltarelli de Freitas – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Quanto Custa Restaurar o Cerrado? Uma Avaliação de Viabilidade e Impacto Climático

3º lugar

Daniela Pauletto – Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA

Estrutura e Funcionalidade de Sistemas Agroflorestais Comerciais na Amazônia Brasileira: Implicações para Políticas e Fomento

4º lugar

Matheus Santos Luz – Universidade Federal de Lavras – UFLA

Práticas Silviculturais Intensivas Influenciam Positivamente no Estoque de Carbono de Florestas de Restauração

5º lugar

Pedro Medrado Krainovic – Universidade de São Paulo – USP

Restauração florestal multifuncional da vegetação nativa como solução baseada na natureza: Onde e como integrar as agendas da restauração florestal e da bioeconomia?

Menção Honrosa

Fernanda Neves Lima – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

Caracterização Genética e Fenotípica de Populações Naturais de Araucária Angustifólia (Bertol.) Kuntze em Fitofisionomias da Floresta Ombrófila Mista

Texto: Serviço Florestal Brasileiro

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Eldorado Brasil inicia operação de planta de secagem de lodo biológico em Três Lagoas (MS)

Nova tecnologia reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a gestão de resíduos industriais com foco em reaproveitamento

A Eldorado Brasil Celulose iniciou a operação de uma planta inovadora de secagem de lodo biológico, em sua fábrica em Três Lagoas (MS). O marco é mais um dos avanços nas estratégias da empresa na transformação de resíduos em energia e na ampliação da eficiência ambiental de suas operações. O projeto, que utiliza tecnologia fornecida pelo grupo internacional ANDRITZ, consolida o modelo de economia circular adotado pela companhia desde a sua fundação

Com capacidade para processar até 22 toneladas de sólidos secos por dia, a planta foi projetada para secar o lodo biológico gerado a partir do processo do tratamento de efluentes industriais. Após a secagem, o material passa a ser usado como combustível na caldeira de força da fábrica, reduzindo significativamente o volume de resíduos enviados a aterros sanitários, beneficiando o meio ambiente e gerando ganhos energéticos expressivos.

“Temos sustentabilidade e inovação como importantes direcionadores de negócio, na Eldorado. Essa nova planta reforça e consolida nosso compromisso com a redução de impactos ambientais e o uso responsável dos recursos naturais”, diz Franco Picinalli Pereira, Gerente Executivo Industrial de Engenharia da Eldorado Brasil Celulose.

O sistema foi desenvolvido para garantir alta eficiência, segurança operacional e baixos custos de manutenção. A operação é garantida pelo secador de pás, que assegura desempenho superior e estabilidade no processo de secagem. O projeto contempla ainda sistemas completos de manuseio, aspiração de ar, condensação de gases e automação, assegurando um processo limpo e controlado.

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Brasil pode reduzir incêndios florestais e Mato Grosso mostra o caminho

Artigo por Aluísio Metelo Junior

A prevenção nunca foi tão determinante para proteger vidas, biodiversidade e produção agropecuária no Brasil. E 2025 provou, com dados incontestáveis, que quando a estratégia é sólida, integrada e antecipada, os resultados aparecem. Mato Grosso é hoje o principal exemplo prático dessa realidade.

No estado, a atuação do Corpo de Bombeiros Militar foi decisiva: reforço de brigadas especializadas, capacitação permanente, monitoramento contínuo e integração com produtores rurais criaram uma verdadeira muralha preventiva contra o fogo. O reflexo disso? Uma redução drástica de focos de calor e áreas queimadas no Pantanal e no Cerrado. Todo esse avanço só foi possível com investimentos consistentes em equipamentos modernos, tecnologia e respostas mais ágeis. Medidas que transformaram Mato Grosso em um case nacional.

A mobilização não se restringiu ao estado. Corpos de Bombeiros de diversas regiões do país passaram a receber equipamentos estratégicos, de caminhões-pipa a bombas costais e ferramentas de combate direto, graças ao aporte de R$ 150 milhões do BNDES, direcionados exclusivamente à prevenção. Trata-se de um marco recente, mas com efeitos já percebidos no desempenho nacional frente aos incêndios florestais.

“O que MT alcançou é ainda mais emblemático e demonstra que um sistema de prevenção estruturado, integrado e executado com disciplina, aliado à adesão proativa das medidas definidas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (COMIF), gera impacto real”

No entanto, o que Mato Grosso alcançou é ainda mais emblemático e demonstra que um sistema de prevenção estruturado, integrado e executado com disciplina, aliado à adesão proativa das medidas definidas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (COMIF), gera impacto real. A participação dos produtores rurais, que ampliaram brigadas, aderiram a protocolos técnicos e fortaleceram a gestão preventiva, completou a equação que está permitindo ao Brasil reduzir incêndios sem comprometer sua produção.

O Brasil precisa ler

Os números falam por si. Em 2025, Mato Grosso registrou o menor número de focos de calor no período proibitivo desde 1998:

7.202 focos, contra 41.138 em 2024 – uma redução de 82%.

O estado também apresentou queda de 77,6% em relação à média histórica de 31.428 focos, resultado direto de R$ 125 milhões investidos em monitoramento e resposta rápida pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Mesmo sendo um dos maiores territórios do país, Mato Grosso ocupou apenas a 16ª posição nacional em número de focos. E um dado crucial precisa ser destacado:

51% dos focos ocorreram em terras indígenas e federais, que representam apenas 21% do território estadual.

Medidas mais rígidas, como multas recordes por uso irregular do fogo, somadas ao planejamento integrado, ajudaram a conter incêndios em biomas como Amazônia e Cerrado. É uma demonstração clara de que políticas públicas, quando acompanhadas de operacionalização técnica eficiente, geram impactos mensuráveis.

Produtor Rural, é hora de antecipar

A adoção imediata das medidas previstas nas Resoluções nº 02 e nº 03 do COMIF não deve esperar 2027. A Resolução nº 2 determina a obrigatoriedade do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) e do Plano de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais (PPCIF). Já a Resolução nº 3 estabelece normas para reduzir ignições ilegais, evitar grandes incêndios e incentivar ações cooperadas entre produtores, como formação de brigadas e compartilhamento de equipamentos.

E há um ponto essencial que é elaborar planos, contratar equipes, treinar pessoas e adquirir equipamentos exige tempo e investimento. Antecipar-se é a única forma de garantir eficácia e segurança jurídica quando a obrigatoriedade entrar em vigor.

O Plano Safra 2025/2026 destina até 30% dos seus recursos para medidas preventivas contra incêndios. É um incentivo direto para que produtores invistam no cumprimento das resoluções, fortaleçam seus sistemas de proteção e reduzam riscos ambientais e produtivos.

O Brasil tem diante de si um exemplo concreto de que prevenção funciona. Persistir nesse caminho significa proteger biomas, garantir segurança às comunidades rurais e urbanas e assegurar a continuidade da produção que sustenta a economia nacional.

Aluísio Metelo Junior é Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, atual presidente do Comitê Nacional de Gestão de Incêndios Florestais e membro do Comitê Nacional do Manejo Integrado do Fogo 

Créditos: RD News

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Klabin aproveita vácuo deixado pelo tarifaço para ampliar exportações de papel e celulose para China 

Empresa tem aproveitado tarifaço para ampliar receitas provenientes do país asiático

A guerra comercial entre China e EUA e os desinvestimentos de multinacionais americanas no mercado de papel e celulose abriram uma via de crescimento para a Klabin na China. A empresa calcula ter multiplicado sua exportação para o país asiático em quase 10 vezes nos últimos meses, embora não tenha revelado a proporção desse aumento das vendas.

No terceiro trimestre deste ano, a receita proveniente da China foi de R$ 616 milhões, fatia de 4% da renda global da Klabin. Mas, segundo a empresa, o volume de vendas para o país asiático se ampliou neste fim de ano.

Não é por acaso que isso acontece. Empresas como a Georgia-Pacific (GP) e a International Paper (IP), protagonistas desse mercado em âmbito global, fizeram desinvestimentos importantes recentemente.

A primeira anunciou o fechamento permanente de seu centro de tecnologia e inovação e de sua fábrica de celulose em Memphis, Tennessee, citando as condições desafiadoras do mercado. Já a IP está se desfazendo de sua divisão global de fibras de celulose para se concentrar em seu negócio principal de embalagens sustentáveis. A empresa firmou um acordo para vender sua divisão de celulose para a American Industrial Partners (AIP) por cerca de US$ 1,5 bilhão.

“O fato de os Estados Unidos terem puxado o tarifaço fez com que os clientes deles, os parceiros, buscassem alternativas”, afirma o CEO da Klabin, Cristiano Teixeira.

O executivo diz que a empresa tem ganhado terreno apostando em mercados fora do campo estratégico dos norte-americanos. Num contexto conhecido como nearshoring, as empresas estadunidenses de papel e celulose estão investindo, sobretudo, no México. Nesse caso, Teixeira diz preferir disputar em outras geografias. “Como uma empresa multinacional, que exporta para vários lugares, você tem que estar muito atento com o que pode prejudicar o seu portfólio de produtos”, complementa.

“A Klabin tem essa característica de que ela talvez seja uma empresa da América do Sul copy-paste de uma empresa norte-americana. Por ter fibra longa, por estar na embalagem, e assim por diante. Quando a gente é copy-paste de uma empresa americana, significa que a gente está competindo. Portanto, são raros os produtos que eu exporto para os EUA. Mas eu compito com os EUA em qualquer lugar do mundo hoje”, diz Teixeira.

Durante apresentação a investidores da companhia nesta terça-feira (9), o diretor comercial de papéis da Klabin, José Soares, deu o tom do impacto das mudanças recentes no mercado para a empresa brasileira. “Hoje, o mercado chinês já passou a ser um dos maiores mercados nossos. A gente vinha com uma presença pequena na China. Nos últimos cinco meses tem crescido: multiplicamos por quase 10 o volume exportado para a China, e com preço”, afirmou.

Além das exportações para o mercado chinês, a empresa tem usado sua máquina de papel 28 (MP28), na unidade fabril de Ortigueira (PR), para ampliar a produção de sua linha de papel kraft, além de passar a investir em cartões brancos, onde pode atender ao mercado farmacêutico, de cosméticos e editorial, para capas de livros. O movimento se deu graças a um cenário mais desafiador no mercado de papel-cartão tradicional.

Ao investir em embalagens para o setor farmacêutico, o CEO vislumbra uma via de crescimento por meio da maior adoção das chamadas “canetinhas emagrecedoras”, como o Ozempic, por exemplo. “O potencial de uso, mesmo a gente vendo um dinamismo muito grande da economia, se vier realmente o uso em escala maior dos remédios de emagrecimento, são pílulas que vão em caixas de cartão. Será um produto de altíssimo valor agregado para a gente”, diz Teixeira.

Teixeira diz ver espaço para movimentos de consolidação no mercado de papel e celulose, mas frisa que a empresa, que concluiu seu ciclo de investimentos recentemente, tem como desafio conter seu endividamento. Ou seja, não há espaço, ao menos para o curto prazo, para aquisições por parte da Klabin.

“Se você pegar um grande player na América do Sul, onde estão as principais empresas em custo caixa do mundo, e combinar com um player do Hemisfério Norte, que seja integrado e que vai usar essa fibra do Hemisfério Sul, quando você combina essas coisas, mesmo você considerando o efeito frete aqui, eu acho que existe um potencial de criação de valor muito grande quando esses grandes M&As acontecerem”, disse Teixeira. “É mais que um potencial. Isso vai acontecer no futuro dado que o mercado é mais forte lá e aqui é melhor em custo caixa. Essas fábricas vão fechar na América do Norte e, com isso acontecendo, vai precisar de fibra e a fibra vem da América do Sul.”

O executivo, no entanto, diz que a Klabin está segura frente à possibilidade de receber uma oferta hostil de alguma multinacional norte-americana ou asiática. Os papéis preferenciais da empresa caem mais de 15% no acumulado do ano, enquanto as ações ordinárias declinam mais de 20%.

“A companhia tem duas classes de ações e os controladores detêm quase 55% das ações que dão direito a voto. Isso protege a companhia a qualquer proposta hostil, mas eu não vejo esse movimento hostil acontecendo na nossa região. O que pode acontecer são discussões de oportunidade, mas, com o desconto que tem o papel hoje, obviamente seria o pior momento para se pensar em um M&A. A companhia não pode estar pensando em M&A a esse valor”, afirma Teixeira.

Projeção futura
Terminado o ciclo de investimentos de R$ 30 bilhões, a Klabin informou que os aportes previstos para este ano somam R$ 2,9 bilhões, volume inferior ao estimado anteriormente, na faixa de R$ 3,3 bilhões. Para 2026, é estimado um aporte de R$ 3,3 bilhões. Em 2027, R$ 2,8 bilhões. A maior parte disso se dará para continuidade operacional e modernização da planta de Monte Alegre, no Paraná.

O endividamento líquido da companhia atualmente está na faixa de R$ 26 bilhões. Há um ano, estava em R$ 29,5 bilhões. “A dívida líquida está numa tendência de leve queda, o que é bom. No momento, a relação de dívida líquida sobre Ebitida está em 3,3 vezes. Chegou a ser 4,1 vezes no ano passado”, afirma o analista João Abdouni, da Levante Inside Corp.

Para Abdouni, a estratégia de negócios da empresa tem sido positiva frente a um cenário mais desafiador do preço da celulose a nível global. “A empresa está caminhando bem. Está em um processo contínuo de alocação de capital em maquinários. Com isso, você reduz a volatilidade da celulose colocando mais maquinários. À medida que os ciclos econômicos forem melhorando, os resultados da companhia vão ser cada vez mais ascendentes”, complementa.

Na última segunda-feira, a Klabin uma distribuição de R$ 1,11 bilhão em dividendos intercalares, além de um aumento de capital com bonificação de ações. O valor corresponde a R$ 0,18 por ação e será pago em quatro parcelas ao longo de 2026, com base na posição acionária de 15 de dezembro de 2025.

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Com salto histórico, celulose assume o comando da balança comercial de MS

Produto amplia participação e impulsiona balança comercial; soja perde espaço e carne bovina avança.

A celulose consolidou-se como o principal motor das exportações de Mato Grosso do Sul em 2025. Segundo levantamento da Semadesc, o produto registrou forte alta no acumulado de janeiro a novembro, atingindo US$ 2,84 bilhões, crescimento de 20,3% em relação ao mesmo período de 2024.

A ampliação também foi expressiva em volume: 6,27 milhões de toneladas, avanço de mais de 2 milhões de toneladas.

A participação da celulose nas exportações do Estado passou de 25,37% para 28,94%, reforçando sua liderança absoluta na pauta e compensando recuos registrados em outros segmentos.

ALTA DA CELULOSE DOMINA A PAUTA DE EXPORTAÇÕES

A combinação de maior demanda internacional e aumento da capacidade produtiva no Estado ajudou a impulsionar o desempenho da celulose.

O salto de mais de 20% no valor exportado coloca o produto como o principal responsável pela elevação do total exportado por Mato Grosso do Sul, que alcançou US$ 9,84 bilhões até novembro, crescimento de 5,5% sobre 2024.

O volume exportado de celulose cresceu 51% e reforça a tendência de expansão do setor industrial florestal, considerado hoje um dos mais dinâmicos da economia sul-mato-grossense.

SOJA PERDE ESPAÇO

A soja, que historicamente disputa a liderança das exportações estaduais, apresentou queda. O valor exportado recuou para US$ 2,33 bilhões, retração de 18,1%, enquanto o volume caiu de 6,56 milhões para 5,84 milhões de toneladas.

Com isso, a participação da oleaginosa na pauta caiu de 30,50% para 23,69%, abrindo ainda mais espaço para a celulose.

CARNE BOVINA GANHA FORÇA

A carne bovina fresca registrou desempenho positivo, com US$ 1,70 bilhão exportados, alta de 51,1%. Em volume, o avanço também foi expressivo, passando de 237 mil para 311 mil toneladas, mostrando recuperação do setor após anos de instabilidade em mercados internacionais.

OUTROS DESTAQUES DAS EXPORTAÇÕES

•   Açúcares e melaços tiveram leve recuo de 14,9%.
•   Farelos de soja caíram 37,3%.
•   Minério de ferro subiu 69,3%, impulsionado pelo aumento da demanda externa.
•   Milho não moído cresce 70,6%, reforçando a diversificação da pauta.

IMPORTAÇÕES: GÁS NATURAL AINDA LIDERA, MAS CAI

Do lado das importações, o gás natural, liquefeito ou não, manteve-se como principal item importado, mas com forte queda: –30,60%, totalizando US$ 737,6 milhões.

No total, as importações somaram US$ 1,006 bilhão, alta de 36,4% sobre 2024, com destaque para o crescimento de maquinaria de papel e celulose e válvulas e tubos termiônicos.

Informações: Nathalia Santos / Perfil News

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CENIBRA transforma resíduos industriais em solução sustentável para recuperar áreas degradadas

O que antes era apenas descartado se tornou fonte de benefícios ambientais e parte de uma estratégia inteligente de economia circular na CENIBRA. A Empresa passou a transformar resíduos industriais em insumos para recuperar áreas degradadas, reduzindo o volume destinado ao aterro e contribuindo para restaurar solos improdutivos.

A técnica utiliza composto orgânico, cinzas e resíduos do processo de limpeza de cascas para revitalizar áreas com baixa fertilidade, estimulando o retorno da vegetação e fortalecendo o controle natural da erosão, uma solução que vem gerando resultados sustentáveis.

Valorização dos resíduos

Os materiais reaproveitados atuam de forma complementar para melhorar a estrutura, a fertilidade e o equilíbrio químico do solo. O composto orgânico devolve nutrientes essenciais e aumenta o teor de matéria orgânica, estimulando a atividade biológica e a capacidade de retenção de água.

O rejeito do processo de limpeza de cascas contribui para aprimorar a estrutura física do solo, favorecendo a aeração e a estabilidade dos taludes. Já as cinzas provenientes das caldeiras auxiliam na correção da acidez e enriquecem o solo com importantes macronutrientes, como potássio, cálcio e fósforo.

Proteção contra erosões

Esse conjunto cria condições ideais para o desenvolvimento da vegetação, favorecendo a cobertura natural impulsionada pelo banco de sementes presente no composto.

A revegetação resultante fortalece a proteção contra processos erosivos, melhora a infiltração da água no solo e acelera a recuperação ecológica da área degradada.

Resultados ambientais comprovados

Após três anos de aplicação, análises registraram aumento de nutrientes essenciais, menor acidez e redução da compactação, criando condições ideais para o crescimento da vegetação.

Áreas antes totalmente expostas agora apresentam cobertura consolidada e melhor preparação para o plantio de espécies nativas.

Economia circular

O reaproveitamento de resíduos gera em torno de R$ 80 por tonelada e já proporcionou mais de R$ 8 milhões desde 2021.

A prática também ampliou a vida útil do aterro da Empresa em sete anos, reforçando a gestão eficiente e sustentável dos recursos.

Expansão e futuro

Com os resultados positivos, a CENIBRA planeja expandir a metodologia, ajustar dosagens e manter o monitoramento contínuo.

A iniciativa consolida a Empresa como referência em soluções ambientais inovadoras e demonstra que sustentabilidade e eficiência caminham juntas no setor florestal.

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Valmet abre inscrições para Programa de Estágio 2026

Vagas para unidades no Brasil, México e Chile têm inscrições abertas até 30 de dezembro.

A Valmet, líder global em tecnologia para indústrias de processo, abriu inscrições para o Programa de Estágio Universitário 2026, denominado #FirstStepForward. Os interessados têm até o dia 30 de dezembro de 2025 para se candidatar às vagas disponíveis nas unidades do Brasil: Araucária (PR), Joinville (SC), Novo Hamburgo e Portão (RS), Sorocaba (SP) e Vespasiano (MG), além de Atizapán de Zaragoza, no México, e Concepción, no Chile. 

O programa é voltado para estudantes universitários do Brasil e recém-formados no Chile e México, com disponibilidade para uma jornada de 30 horas semanais (seis horas diárias), de segunda a sexta-feira. A duração inicial é de 12 meses, com possibilidade de renovação de igual período. O início das atividades está previsto para 9 de março de 2026.

As oportunidades abrangem áreas como administração, ciências contábeis, comércio exterior, comunicação, marketing, direito, economia, engenharias, logística, psicologia e processamento de dados. Não é necessário conhecimento em inglês ou espanhol; o principal requisito é a vontade de aprender e a disponibilidade de horário.

Os estagiários participarão de uma jornada de desenvolvimento interno, com treinamentos durante os primeiros meses do programa. “A Valmet tem em sua essência inovação, tecnologia, sustentabilidade e criatividade. Por isso, nosso programa é uma grande oportunidade para quem está em busca do desenvolvimento de carreira e procura por um ambiente multicultural e diverso. Investimos no desenvolvimento de jovens talentos, que contribuem para o crescimento sustentável dos nossos negócios e do nosso setor”, afirma a diretora de Pessoas e Cultura da Valmet na AméricaLatina, Flávia Vieira.

Entre os benefícios disponíveis estão bolsa-auxílio, refeitório, vale-alimentação e vale-refeição, fretado ou estacionamento, vale-transporte, assistência médica e seguro de vida, variando conforme a localidade.

O processo seletivo inclui testes on-line, dinâmica de grupo e entrevista individual. As inscrições no Brasil podem ser feitas pelo site do Instituto Euvaldo Lodi neste link.

O programa de estágio e a campanha #FirstStepForward

O programa oferece aos estudantes um plano de desenvolvimento que amplia a bagagem de conhecimentos e enriquece a trajetória profissional. Isso inclui treinamentos, apoio da equipe de colaboradores e das lideranças, além de participação em projetos e desafios. 

A campanha #FirstStepForward foi protagonizada pelos próprios colaboradores da Valmet para promover o Programa de Estágio. O nome destaca a importância dos primeiros passos na carreira, com histórias de quem iniciou na Valmet e cresceu em diversas áreas da empresa. 

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