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Exclusiva – Expedição Silvicultura alcança 80% do maior mapeamento florestal do Brasil no interior de SP

Focado em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional, o roteiro avança para a reta final

Com mais 80% do roteiro concluído, a Expedição Silvicultura deu mais um importante passo ao realizar um evento presencial de sucesso em Botucatu, no interior de São Paulo, no dia 22 de outubro. O campus da Unesp sediou o encontro do projeto, que foi marcado por discussões aprofundadas e uma valiosa troca de experiências entre os especialistas do setor florestal. A colaboração estratégica com a Florestar-SP e a Invest-SP foi crucial para o êxito desta etapa.

Status e alcance atual do roteiro – Alcance em mais de 80% (acompanhe aqui).

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa inédita que está realizando o maior e mais detalhado levantamento de dados sobre a produtividade do setor florestal no Brasil. O projeto percorre entre setembro e novembro, 14 estados – responsáveis por 98% da área total plantada no país – e inclui uma série de 9 eventos presenciais. Esses encontros combinam palestras técnicas e sessões de networking nas principais regiões produtoras.

Destaques do evento em Botucatu

O encontro realizado em Botucatu ofereceu uma programação completa, focada em aprimoramento e oportunidades:

  • Palestras Técnicas: Apresentações detalhadas sobre os dados levantados no estado de São Paulo e as projeções futuras para a silvicultura local.
  • Painel de Discussão: Um fórum de debates sobre políticas públicas essenciais e as novas oportunidades que se apresentam para o setor florestal.
  • Inovações Científicas e Tecnológicas: Demonstrações de soluções de ponta e inovações aplicáveis ao manejo florestal.
  • Networking e Negócios: Espaço dedicado para o fortalecimento de parcerias existentes e a prospecção de novos negócios no mercado.

Consenso de Sucesso – Opiniões de líderes do setor

“O evento foi excelente, é muito bom quando a gente consegue unir o setor produtivo, a academia e as empresas que estão liderando as melhores tecnologias do nosso setor. A Florestar, como Associação Paulista da Indústria de Florestas Plantadas, se orgulha muito de ter apoiado este evento de hoje. A gente entende que foi um sucesso, e esperamos que os resultados que a Canopy vai apresentar ainda este ano, serão de muita valia para o nosso setor e com certeza vão nos ajudar, não só no estado de São Paulo, mas no país inteiro, para trazer mais desenvolvimento para o setor.”

– Marcos Coellho, vice-presidente da Florestar


“A Expedição Silvicultura foi muito bem organizada, e a gente está agregando valor, mais tecnologia, e isso é muito legal. Estamos visitando, conhecendo pessoas do Brasil inteiro, e o projeto tem sido muito bem recebido nos estados. As pessoas já chegam com uma expectativa grande, e essa expectativa eu percebo que tem sido superada, tanto para quem vem assistir, quanto para nós que estamos aqui apresentando. Então está sendo muito bom.”

– Franco Machado, CEO da Mogai


“Estou muito feliz de estar aqui participando, e a Treevia está muito contente de estar apoiando este projeto, que é super importante para o cenário da silvicultura internacional.”

– Vitor Werneck, diretor Comercial da Treevia

Confira mais detalhes do evento no vídeo:

Próximos destinos

Focado em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional, o roteiro avança para a reta final do percurso. A equipe chegou nesta semana na região Sul do país, e na data de ontem (27/10), esteve na região da ‘grande Curitiba’, com evento presencial em Colombo, na sede da Embrapa Florestas. A etapa final prevê as seguintes cidades e datas:

  • Lages/SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre/RS: 7 de novembro

Os eventos presenciais ocorrerão a partir das 13 horas.

Networking florestal de alto nível (inscrições gratuitas e limitadas)

Estão abertas as inscrições gratuitas para os próximos encontros presenciais da Expedição Silvicultura. Este é o momento ideal para mergulhar nos dados inéditos do setor, interagir diretamente com líderes de mercado e fortalecer seu networking. Atenção, vagas gratuitas e limitadas. Garanta sua participação, contribua para o futuro produtivo e sustentável do setor florestal brasileiro e inscreva-se agora: www.expedicaosilvicultura.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações, e conta com o apoio das principais empresas e instituições do setor.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Paulo Teixeira anuncia maior programa de reflorestamento do mundo na COP30

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou que a COP30, em Belém, marcará um ponto de inflexão na política ambiental global. Pela primeira vez, o modelo de florestas produtivas fará parte das deliberações oficiais da conferência, unindo preservação da Amazônia e desenvolvimento econômico de alta rentabilidade.

Teixeira será um dos participantes do “Seminário Pós-COP30”, organizado pelo DCM e pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), que ocorrerá três dias após o encerramento da conferência, em 24 de novembro na sede da instituição, na Rua General Jardim, 522, no bairro Vila Buarque, na capital paulista.

As inscrições para o evento podem ser feitas clicando aqui.

“Estamos lançando o maior programa mundial de reflorestamento com esse propósito: que a árvore de pé dará mais resultado econômico para as populações amazônicas do que a árvore deitada”, afirmou Teixeira em entrevista ao DCM ao Meio-Dia da última quinta-feira (23).

A entrevista de Paulo Teixeira ao DCM: 

O ministro explicou que o Brasil investiu um bilhão de dólares em um fundo internacional para florestas tropicais. Os rendimentos desse fundo serão aplicados em países que mantêm suas áreas preservadas.

“Ninguém vai mais pedir dinheiro como esmola para manter a floresta em pé”, disse.

O programa prevê reflorestamento com espécies nativas — como açaí, cacau, dendê, cupuaçu e andiroba — em áreas degradadas da Amazônia. Já conta com R$ 250 milhões destinados a 231 mil famílias, com recursos do BNDES, da Caixa e do próprio ministério. No total, 17 cooperativas e 80 assentamentos participarão da recuperação de 10 mil hectares.

Segundo Teixeira, as chamadas florestas produtivas oferecem rentabilidade dez vezes maior que a soja e a pecuária, além de envolver diretamente as comunidades locais na preservação.

“Preservação sem gente, não. É preservação com gente”, destacou.

O ministro também defendeu a regularização fundiária como parte essencial da política ambiental.

“A destruição, o fogo e o desmatamento normalmente ocorrem nas terras de ninguém”, afirmou, citando investimentos de R$ 140 milhões do INCRA para o processo.

Informações: DCM.

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Suzano tem dois processos seletivos abertos para Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com dois processos seletivos abertos para atender suas operações em Mato Grosso do Sul. As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Em Três Lagoas, a companhia está com processo seletivo para a função de Consultor(a) de Meio Ambiente Industrial I. Para concorrer a vaga, as pessoas interessadas precisam atender aos seguintes pré-requisitos: ter experiência com Licenciamento Ambiental e interface com Órgãos Ambientais; vivência próxima das operações; desejável experiência com foco em liderança indireta; CNH na categoria “B”, e domínio no Pacote Office. O inglês será considerado um diferencial para a vaga. As inscrições podem ser feitas até 28 de outubro, pela página https://suzano.gupy.io/jobs/10124640?jobBoardSource=gupy_public_page .

Em Ribas do Rio Pardo, há vaga temporária para Técnico(a) de Desenvolvimento Operacional I, com contrato por prazo de nove meses. Os pré-requisitos para participar do processo seletivo são: ter Ensino Técnico Completo ou Superior em andamento nas áreas de Engenharias, Floresta, Mecatrônica ou Agrícola; CNH na categoria “B”; vivência no setor florestal ou agrícola; gestão de projetos; pacote Office intermediário; disponibilidade para trabalho em campo; é desejável ter experiência anterior na operação florestal ou em projetos de automação no setor agrícola/florestal e residir na região de Ribas do Rio Pardo, Campo Grande ou Água Clara. O prazo de inscrição vai até 29 de outubro, por meio da página:  https://suzano.gupy.io/jobs/10126037?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Korth: mais de 30 anos de inovação acessível para a gestão de combustível

Com soluções que unem simplicidade, segurança e confiabilidade, a Korth democratiza a automação do abastecimento no agro, florestal, mineração, grandes obras e logística

A Korth é referência nacional em automação de abastecimento e controle de combustíveis, com mais de 30 anos de atuação em setores estratégicos como agro, florestal, mineração, grandes obras e logística. Desde o início, a empresa tem um propósito claro: levar tecnologia de ponta a operações de todos os portes, garantindo eficiência, segurança e simplicidade.

O diferencial da Korth está em tornar acessível uma tecnologia que antes era exclusiva de grandes corporações, permitindo que pequenas e médias operações também automatizem seus processos sem grandes investimentos. As soluções da marca unem hardware e software de forma intuitiva, transformando a gestão de combustível em um processo controlado, rastreável e livre de desperdícios.

Entre os produtos desenvolvidos pela Korth, destacam-se o Guardian Web, sistema de gestão online que monitora todo o ciclo do combustível, do recebimento ao abastecimento, e a linha Fortfill, baseada no modelo de comodato, que facilita o acesso à automação por meio de instalação simples e suporte técnico contínuo.

Essas soluções garantem abastecimento seguro, rastreável e totalmente automatizado, reduzindo fraudes e perdas em comboios móveis e pontos próprios. Hoje, a Korth soma mais de 1.000 clientes ativos e 10 mil veículos identificados em todo o Brasil, oferecendo tecnologia que se adapta à realidade de cada operação.

Eficiência, segurança e sustentabilidade no dia a dia das operações

Em um cenário em que o combustível representa até 40% do custo operacional de uma frota, o controle eficiente é uma necessidade vital. A automação permite não apenas economia direta, mas também contribui para a sustentabilidade dos negócios, ao reduzir desperdícios e emissões.

Segundo o diretor industrial, Nelson Margarido, o compromisso da empresa é oferecer inovação que gera impacto real:

“Queremos que qualquer empresa, independentemente do tamanho, tenha condições de automatizar o controle de combustível. Nosso compromisso é oferecer soluções seguras, confiáveis e acessíveis, alcançando isso sempre com inovação e tecnologia.”

Pioneira no uso de RFID (identificação por radiofrequência) para controle de abastecimento no Brasil, a Korth é detentora de patentes e certificações que atestam a qualidade e originalidade de suas soluções. O sistema garante que cada abastecimento seja feito apenas com identificação positiva, eliminando fraudes e garantindo rastreabilidade completa.

Com tecnologia 100% nacional e atendimento próximo aos clientes, a Korth combina inovação com suporte técnico humanizado, um diferencial valorizado em operações de campo. “Fomos pioneiros no uso de Inteligência Artificial no suporte,  tanto para integração, como também para operações de campo. Nosso atendimento é humanizado em horário comercial,  mas também temos suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma online. Esse atendimento é um recurso adicional para garantir a estabilidade da operação”, destacou Nelson.

Uma história construída sobre inovação e propósito

Fundada em 1991, em São Carlos (SP), pelos engenheiros Nelson Luís Margarido e Miguel Margarido, a Korth nasceu da paixão por criar tecnologia brasileira capaz de resolver desafios reais. Ao longo de mais de três décadas, a empresa evoluiu de fabricante de equipamentos industriais para uma provedora de soluções completas para gestão de combustível, mantendo o mesmo DNA: inovar com propósito e entregar tecnologia acessível.

Com foco na expansão nacional e no lançamento de novas integrações inteligentes, a Korth segue comprometida em ser parceira estratégica das empresas que buscam eficiência, segurança e sustentabilidade em suas operações.

Sobre a Korth

Fundada em 1991, em São Carlos (SP), a Korth é uma empresa brasileira especializada em tecnologia para controle e automação de abastecimento. Com soluções que unem simplicidade, segurança e confiabilidade, a Korth atende setores como agronegócio, florestal, mineração, grandes obras e logística, ajudando empresas de todos os portes a automatizar e otimizar o consumo de combustível. Detentora de patentes nacionais e pioneira no uso de RFID para identificação de veículos e equipamentos, a Korth soma mais de 1.000 clientes ativos e 10 mil veículos identificados em todo o país.

Mais informações em: www.korth.com.br.

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Projeto Sucuriú: Valmet firma maior contrato de pré-engenharia de manutenção com Arauco

Projeto mobiliza equipes nacional e internacional, integrando milhares de dados técnicos para preparar, com inovação e precisão, a operação da maior planta de celulose construída em etapa única

Em um movimento que reforça sua posição como líder global em soluções para as indústrias de celulose, papel e energia, a Valmet acaba de firmar um contrato estratégico com a Arauco, uma das maiores produtoras de celulose do mundo. O acordo prevê o fornecimento do pacote Maintenance Master Data (MMD) para o Projeto Sucuriú — a maior planta de celulose do mundo construída em etapa única, localizada no Mato Grosso do Sul, com operação prevista para iniciar em até o final de 2027. 

O contrato contempla toda a pré-engenharia de manutenção da planta, estruturando de forma robusta os sistemas de dados técnicos e operacionais que irão sustentar a gestão de manutenção da unidade desde o primeiro dia de operação. Com execução prevista ao longo de 29 meses, o projeto contará com uma equipe dedicada composta por especialistas brasileiros e escandinavos, parte deles alocada diretamente no canteiro de obras, em Inocência (MS), garantindo suporte contínuo e interface direta com a Arauco.

O escopo do pacote MMD é abrangente e inclui o cadastro de todos os locais de instalações funcionais, 55 mil códigos de materiais (entre sobressalentes, ativos e itens de consumo), 60 mil listas técnicas e a elaboração de cerca de 4.500 planos de manutenção, cobrindo desde ações preventivas e preditivas até planos de lubrificação, calibração e paradas gerais.

O MMD integra a estratégia da engenharia de confiabilidade que assegura eficiência operacional, segurança e continuidade produtiva desde o início. A estruturação dos dados mestres também é peça-chave para alimentar o sistema de gestão da Arauco com alto nível de precisão e inteligência.

Este novo projeto reforça a sólida expertise da Valmet nesse tipo de entrega: a empresa já forneceu mais de 70 pacotes MMD em todo o mundo. “O contrato contempla toda a planta Sucuriú, indo além dos equipamentos fornecidos pela Valmet, o que evidencia a amplitude e a importância estratégica do projeto. A iniciativa está alinhada ao Jeito Valmet de Servir — que abrange todo o ciclo de vida, o qual nós damos apoio à Arauco em toda a jornada, da engenharia ao suporte contínuo. Essa parceria reflete o compromisso mútuo com a excelência em engenharia, sustentabilidade e gestão de ativos em larga escala, promovendo uma operação segura, eficiente e de alto desempenho desde o primeiro dia”, complementa o Head de Agreements & Lifecycle da Valmet na América Latina, Daniel Gustavo Mendes.

“A escolha da Valmet como parceira neste projeto se deu por sua reconhecida expertise global em engenharia de confiabilidade e gestão de ativos industriais. Para a Arauco, era essencial contar com um parceiro que alia profundo conhecimento do setor de papel e celulose à capacidade de estruturar dados técnicos com precisão e em grande escala. O Projeto Sucuriú demanda um planejamento robusto desde sua fase inicial, e a Valmet demonstrou total aderência a essas necessidades, integrando tecnologia de ponta, metodologia consistente e uma equipe altamente especializada. Nossa decisão reflete a busca da Arauco por parceiros que compartilham a mesma visão de inovação e práticas sustentáveis, assegurando a excelência operacional desde o primeiro dia da planta”, finaliza o gerente de manutenção da Arauco, Marcelo Biscaro.

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Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF vai integrar delegação brasileira na COP30

Convite foi confirmado esta semana pela Presidência da República para o diretor-executivo da ABAF, Wilson Andrade

A Bahia vai marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O diretor-executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF, Wilson Andrade, acaba de ser convidado para integrar a delegação brasileira, sendo um dos representantes do setor. Segundo email da Presidência da República, os integrantes são reconhecidos como delegados e terão acesso a Zona Azul, espaço sob responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). “Sinto-me honrado em poder representar o governo brasileiro num evento tão importante que vai discutir o futuro do planeta”, afirma. Mais de 30 mil pessoas, de vários países, se inscreveram para participar da conferência e pouco mais de 5% foram escolhidas, em função da trajetória e experiência acumuladas. 

A COP-30 será realizada de 10 a 21 de novembro na cidade de Belém (PA) com espaço para negociações, discussões técnicas e eventos. No total, serão 286 eventos divididos em quatro auditórios localizados nas Zonas Azul e Verde. Os pavilhões reunirão a comunidade brasileira e internacional para diálogos sobre o enfrentamento à mudança do clima, os 30 objetivos estratégicos da Agenda de Ação, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e o Plano Clima. Entre os temas a serem debatidos na Zona Azul estão: Floresta, Água e Bioeconomia: Inovação e Sustentabilidade para Enfrentar a Urgência Climática ; As florestas brasileiras como parte essencial no combate às mudanças climáticas.

Para Wilson Andrade esta é uma oportunidade única para falar sobre a importância do setor brasileiro de árvores cultivadas para fins industriais e para restauração dos 80 milhões de hectares de áreas degradadas, sendo 10% apenas na Bahia. “O setor se transformou em uma potência socioeconômica que une produtividade, conservação ambiental e inovação tecnológica”, avalia Andrade. 

Wilson Andrade

Segundo dados da ABAF, as áreas de plantio no Brasil somam 10,5 milhões de hectares e, paralelamente, o setor ainda conserva outros 7,01 milhões de hectares de vegetação nativa — uma área superior ao território da Bélgica e da Suíça juntos. Mais de 60% desses hectares são certificados por órgãos internacionais há mais de 20 anos. Na Bahia são 700 mil hectares voltados para a produção e 500 mil hectares de área nativa preservada.

Bioeconomia

O setor de árvores cultivadas para fins industriais desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo um dos pilares da indústria nacional. Representa, assim, 1% do PIB brasileiro; 5% do valor adicionado pelo agro; e 4,8% da indústria de transformação. Em 2024, atingiu a marca recorde de US$ 15,7 bilhões em exportações, representando 4,7% do total exportado pelo país. A conexão com o futuro da bioeconomia segue firme, com investimentos previstos de mais de R$ 90 bilhões até 2029.

O setor de empresas de base florestal é exemplo de bioeconomia e demonstra que a árvore plantada é uma das opções mais amigáveis para o meio ambiente, a biodiversidade e a vida humana. Segundo dados da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor agropecuário tem papel fundamental na solução dos problemas, já que das 166 NDCs estabelecidas, 141 incluem ações voltadas a agricultura. Nesse ponto a CNA reforça o compromisso do setor com a promoção da agropecuária de baixo carbono e com a implementação do Código Florestal.

Novas Metas

“A COP de Belém vai ser a COP da implementação das novas metas, já estabelecidas no Acordo de Paris, e absolutamente necessárias para que alcancemos um resultado efetivo na redução dos efeitos da crise climática”, avalia Wilson Andrade. Em 2015 o Acordo de Paris estabeleceu como meta o destino de 100 bilhões de dólares anuais voltados para ações de mitigação e adaptação. Mas a COP29, realizada em 2024 no Azerbeijão,  estabeleceu um aumento significativo da verba destinada a ações climáticas: USD 300 bilhões anuais até 2035, com liderança dos países envolvidos e USD1.3 trilhão anuais até 2035, envolvendo todos os países. Como chegar a esse patamar é um dos itens a serem apresentados em Belém. Wilson Andrade reconhece que as mudanças climáticas exigem decisões e mudanças mais urgentes. “Vamos participar da COP 30 com a certeza de que os líderes dos países terão a responsabilidade de fazer o mundo menos quente. A hora é de arregaçar as mangas e trabalhar”, conclui.

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ExpoRibas 2026 terá shows, agronegócio, setor Florestal e muito mais

A primeira exposição agroindustrial da cidade está programada para ocorrer entre os dias 18 e 21 de março de 2026

A cidade de Ribas do Rio Pardo deu um passo importante em seu desenvolvimento econômico com o lançamento oficial da ExpoRibas 2026 nesta quinta-feira (23/10). A cerimônia foi realizada na sede do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) e contou com a presença de autoridades locais e representantes da indústria.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Crosara Junior, marcou presença, representando o presidente Sérgio Longen. Em seu discurso, Crosara Junior destacou o notável avanço da industrialização no município e ressaltou o papel essencial do Sistema Fiems nesse processo de crescimento.

“A feira mostra que a industrialização funcionou aqui em Ribas. Promete ser um evento grande, com muitas empresas, e a Fiems participa disso tudo”, afirmou o vice-presidente. Ele pontuou a presença da Federação por meio da educação e qualificação, mencionando a construção de uma escola do Sesi Senai, que está em fase final, e a unidade provisória já em operação. “Isso demonstra a presença da Federação em um momento importante para o município, que é o momento da industrialização”, concluiu.

A primeira exposição agroindustrial da cidade está programada para ocorrer entre os dias 18 e 21 de março de 2026, com o dia 19 de março coincidindo com a celebração dos 82 anos de emancipação do município.

O prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Moreira, enfatizou a importância da parceria com o Sistema Indústria para a concretização dos planos de desenvolvimento. “Desejamos que Ribas do Rio Pardo se consolide como um centro de desenvolvimento, inovação e conhecimento tecnológico no setor florestal e de celulose”, declarou o prefeito.

Segundo Roberson Moreira, o projeto do Sesi e Senai representa um “passo significativo” nessa direção. “Projetamos que Ribas se torne um exportador de conhecimento”, finalizou, enaltecendo a visão de futuro da cidade que busca se tornar uma referência em tecnologia e inovação no setor.

Silvicultura em destaque!

A feira agropecuária terá uma área dedicada somente à silvicultura, com 12.500m2 para estandes e apresentações de máquinas e equipamentos. Vai se chamar Mais Floresta Expo Ribas. Em breve mais detalhes sobre o maior evento do interior de Mato Grosso do Sul.

A Paulo Cardoso Comunicações será uma das parceiras da ExpoRibas, e o portal Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), será a mídia oficial do evento, que promete ser um grande sucesso.

Lideranças destacam a relevância do setor no município e Estado, bem como da realização do evento, que une o bem-estar e lazer da população, junto ao desenvolvimento sustentável da região. Confira:

Informações: Notícias do Cerrado.

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Expedição Silvicultura realiza evento presencial no Paraná para debater inovação, produtividade e futuro das florestas plantadas

O setor florestal paranaense será destaque nacional nesta segunda-feira (27 de outubro) com a realização do evento presencial da Expedição Silvicultura. O encontro, sediado pela Embrapa Florestas, reunirá especialistas, empresários, produtores e representantes de associações e órgãos públicos para discutir inovação, sustentabilidade e os dados mais recentes sobre o mapeamento das florestas plantadas no Brasil e no Paraná.

Com foco na integração entre tecnologia, pesquisa e mercado, o encontro faz parte da série de nove eventos promovidos em diferentes estados como parte da Expedição Silvicultura, o maior levantamento de produtividade das florestas plantadas já realizado no país.

Plantação de pinus no Paraná – Foto: Crédito APRE Florestas.

O presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), Fabio Brun, ressalta que o evento será uma oportunidade de destacar a importância do Paraná no cenário florestal brasileiro e de aproximar o setor produtivo das instituições de pesquisa. “O evento consolida o papel do Paraná como referência nacional em manejo sustentável e inovação florestal. É uma chance de compartilhar conhecimento técnico, discutir políticas públicas e fortalecer as parcerias entre quem pesquisa e quem produz”, afirma.

Segundo ele, o encontro também reforça o compromisso da entidade com o desenvolvimento sustentável da base florestal, apoiando iniciativas que unem tecnologia, produtividade e responsabilidade ambiental.

Com esse objetivo, a programação do evento presencial inclui uma sequência de painéis e palestras que discutem desde o cenário florestal paranaense até oportunidades de expansão sustentável. Entre as palestras, destaca-se o painel sobre perspectivas do setor florestal no estado, conduzido pelo diretor executivo da APRE, Ailson Loper, e pela assessora técnica Maria Lucia Siqueira, que vão abordar o crescimento da base plantada no estado e dados que demonstram a referência do Paraná no contexto nacional.

Além disso, pesquisadores da Canopy Remote Sensing Solutions apresentarão o mapeamento e caracterização dos plantios florestais do Paraná, com dados obtidos por satélite e inventário de campo.

O evento também contará com apresentação de soluções tecnológicas, softwares e equipamentos voltados à silvicultura de alta produtividade, bem como rodadas de negócios em parceria com o Sebrae, promovendo networking entre empresas, gestores e produtores.

Confira a programação completa do evento, que acontecerá na sede da Embrapa Florestas, em Colombo (PR):

O que é a Expedição Silvicultura

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa da Canopy Remote Sensing Solutions, em parceria com a Embrapa Florestas, Paulo Cardoso Comunicações e apoio de entidades estaduais como a APRE Florestas. O projeto está realizando coleta e análise de dados sobre florestas plantadas, abrangendo 14 estados que concentram cerca de 98% da base florestal brasileira.

A expedição está percorrendo mais de 40 mil quilômetros e coletando dados em mais de mil pontos amostrais, medindo diâmetro, altura e sanidade das árvores, além de informações sobre custos, manejo e produtividade. As análises combinam sensoriamento remoto, inteligência de dados e medições de campo, oferecendo um retrato detalhado e atualizado das florestas de eucalipto, pinus, teca e acácia-negra.

Inscrições gratuitas (vagas limitadas) – https://expedicaosilvicultura.com.br/index.html

Serviço

Evento Presencial da Expedição Silvicultura – Etapa Paraná

Data: 27 de outubro de 2025 (segunda-feira)

Horário: 13h às 18h

Local: Embrapa Florestas – Estrada da Ribeira, Km 111, Colombo (PR)

Inscrições gratuitas: www.expedicaosilvicultura.com.br

Informações: APRE Florestas.

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Da floresta à fábrica: Rota da Celulose transforma papel de mulheres mães na indústria de MS

Com o mercado em expansão, cursos de formação reinserem mulheres em novos postos de trabalho após a chegada dos filhos

Foi entre as raízes profundas do eucalipto que Jeane Freitas se viu renascer. Mãe solo de Fylipe, a baiana deixou a sala de aula para encarar um novo desafio: alçar voo na indústria da celulose. Estudante de direito, ingressou no curso de operador de colheitadeira florestal no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 2020. A bolsa ofertada aos alunos ajudaria a manter o equilíbrio financeiro enquanto semeava as sementes dos frutos que pretendia colher no futuro.

O vento, no entanto, balançou árvore de planos e, sem saída, precisou trancar a graduação mesmo estando a um passo de conquistar seu diploma de bacharel em direito. Foi então que colocou o sonho da advocacia para dormir e, munida de conhecimento, arregaçou as mangas para dirigir não só a própria vida, mas também a colheitadeira, usada para retirada do eucalipto, principal matéria-prima para produção de celulose.

Ainda em terras soteropolitanas, percebeu que não poderia deixar seus projetos escanteados, queria concluir a faculdade. Decidiu ser sincera na fábrica em que atuava. Conversou com o chefe de seu setor na Suzano, indústria que a abrigou desde o início. O não, como ela mesma conta, já tinha. E foi na pergunta despretensiosa que recebeu a melhor notícia: a empresa custearia metade das mensalidades até a conclusão da graduação.

Dentre estudos e labuta, mais uma novidade: a proposta de se mudar para Mato Grosso do Sul, estado que num futuro próximo escreveria seu nome no topo da produção mundial de celulose. Guerreira que não foge à luta, disse sim ao novo e, em julho de 2023, um mês após colar grau, desembarcou em Campo Grande junto ao filho para assumir o mesmo posto, agora em Ribas do Rio Pardo.

Neste terreno fértil, colheria bem mais que eucaliptos. Acabou conquistando seu lugar ao sol e incentivando outras mulheres.

“Ser mãe e estar inserida no ramo majoritariamente masculino não é fácil, porque a gente acaba quebrando muitos paradigmas. Logo quando entrei na empresa, só tinha eu de mulher. Aí você imagina. A gente acaba se sentindo um pouco evasiva, mas acho muito bacana. Me desafia a ideia de ultrapassar certos setores colocados como inadequados para mulheres, especialmente quando nós somos mulheres mães”.

Hoje, dois anos depois, o cenário já é outro. Jeane não está mais sozinha entre eles. De acordo com dados fornecidos pela empresa, cerca de 1.400 mulheres compõem o quadro de funcionários da companhia no estado. Desse total, estima-se que 600 tenham filhos.

Agora, com o filho já crescido, Jeane encara páginas e páginas de papel também em casa. Com a maternidade um pouco mais “flexível”, consegue se organizar nas folgas para estudar os grossos livros de preparo para a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

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Jeane durante um dia de trabalho (Foto: Arquivo Pessoal)

“Estou aqui estudando. Já tem um tempo que eu venho estudando, uso muito as folgas. Dependendo da escala, consigo também ir à academia, aí tem filho para ajudar no trabalho de casa. Não é fácil, mas a gente consegue. Mulher, né? O ser humano mais abençoado é a mulher”.

Mas, nem sempre basta ser guerreira. Estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2023 mostra que 56% das mulheres brasileiras sentiram na pele, ou conhecem alguém que sentiu, a exclusão do mercado de trabalho com a demissão na volta da licença-maternidade. A análise, feita com base em entrevistas de 247 mil mulheres, mostra que metade delas foi demitida em menos de dois anos após se tornarem mães.

A legislação trabalhista vigente no Brasil oferece estabilidade materna por cinco meses, depois disso o empregador pode efetuar o desligamento. O período coincide com o que ocorre de praxe: a mulher fica quatro meses em licença-maternidade e emenda com 30 dias de férias, ou seja, volta ao emprego desprotegida legalmente.

Foi essa rejeição a mães no mercado de trabalho que fez com que a técnica em contabilidade Andreia Cristina Clemente de Souza se dedicasse exclusivamente à criação dos filhos por mais de três décadas. Ciente das dificuldades em se manter CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em meio a tantas jornadas, jamais pensou que poderia se recolocar no mercado.

Ledo engano! Ao acompanhar a trajetória do marido e dos filhos na indústria da celulose, enxergou no curso de formação Celulose & Papel a oportunidade de recomeçar aos 52 anos. A capacitação é ministrada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) no projeto Abrace, fruto de parceria com a fábrica chilena Arauco, na unidade de Três Lagoas.

Turma Celulose Papel
Aula inaugural da turma de Andreia no início de setembro (Foto: Arauco/ASCOM)

“O foco principal foi cuidar das crianças e dar suporte ao meu marido para ele seguir a carreira dele. Fomos para o Maranhão, ficamos por lá 12 anos e retornamos agora”.

Indiretamente, Andreia sempre fez parte da indústria da celulose. Há 35 anos viaja pelo Brasil para acompanhar o marido, que atua na área e repassou a profissão também aos três filhos, hoje com 29, 26 e 22 anos.

“Eles já estão seguindo a vida deles, então vi aí uma oportunidade de também fazer alguma coisa que me dê satisfação. Trabalhar é uma delas. Passei na seletiva, na entrevista, foi uma grata surpresa pra mim porque fiquei muito tempo fora do mercado de trabalho, fiquei preocupada de não pertencer mais a esse lugar. Agora estou confiante e me esforçando ao máximo”.

Ela não se arrepende de ter dedicado uma vida inteira aos cuidados maternos e do lar, porém, agora focada em si, abraçou de vez o desafio. Tanto que, para realizar seu sonho, mora sozinha em Três Lagoas. O marido trabalha em Ribas do Rio Pardo e os filhos em Imperatriz, no Maranhão.

Inicialmente, a ideia não foi tão bem recebida por eles. Situação logo revertida com o jeitinho de mãe. Agora que todos já se acostumaram com a nova composição física da família, Andreia recebe ajuda, dicas e conselhos de “seus meninos”.

“Decidi encarar porque é isso que quero pra mim. Conseguir construir uma carreira e esse é o sacrifício que vou ter que fazer. Me dediquei muito à família, aos meninos, procurei dar o meu melhor para apoiar meus filhos e meu marido e, agora sabendo que eles estão encaminhados, andando com as próprias pernas, decidi trilhar um outro caminho para mim”.

Assim que concluir o curso, a técnica em contabilidade estará habilitada ao controle dos processos de produção da polpa celulósica, de fabricação, acabamento e conversão de papel. Além disso, vai colaborar no desenvolvimento de projetos de melhorias dos produtos e dos processos de celulose e papel, com foco nas necessidades do mercado e de acordo com procedimentos e normas técnicas, ambientais, de qualidade e de saúde e segurança do trabalho.

Os cursos de capacitação são gratuitos e abrem vaga de forma recorrente. Quase todos têm bolsas de R$ 1,5 mil para incentivar o aluno. A iniciativa é do Projeto Sucuriú, da Arauco, e abrange turmas nos períodos integral e noturno.

Os interessados podem acompanhar a abertura de novas vagas aqui.

Atualmente a divisão está desta forma:

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Dados dos cursos em andamento no Abrace Esse Projeto (Fonte: Arauco)

Reescrever a própria história

Assim como Andreia, muitas mulheres recorrem aos cursos ofertados pelo Senai para retornarem ao mercado de trabalho pós-maternidade. A coordenadora pedagógica e administrativa das unidades de Naviraí e Nova Andradina, Tais Gimenez, explica que em 10 anos o número de mulheres nos cursos técnicos deu um salto significativo.

Atuando na coordenação pedagógica desde 2015, ela exemplifica que naquele ano a primeira turma de aprendizagem de manutenção mecânica e elétrica contava com apenas uma mulher. Hoje, absolutamente todas as turmas contam com a presença feminina, sendo em muitas salas uma ocupação de mais de 30%.

“Nós atendemos uma usina aqui da região com o curso de solda e caldeiraria. Nas duas turmas há uma presença feminina marcante. Alguns anos atrás, esses cursos eram totalmente masculinizados. Percebo também que a própria indústria está selecionando mulheres para áreas mais técnicas”.

Tais enxerga o cenário como uma evolução positiva.

“Então, a mulher tem condição total de ser formada para exercer essas funções dentro da indústria, principalmente porque nós estamos falando de um processo industrial que se automatiza e evolui a cada ano. Temos indústrias cada vez mais tecnológicas, processos cada vez mais automatizados e a presença feminina faz parte desse processo de evolução. Vejo que quanto mais diversas as indústrias são, mais diversas são as soluções que elas criam e atendem um público mais diverso também”.

Estudantes Senai
Alunos do Senai em sala de aula (Foto: ASCOM)

O investimento na contratação de um quadro diverso está ligado à diversidade da sociedade contemporânea. Mulheres mães, chefes de família, estão nesta fatia. A coordenadora conta que, quando uma aluna sai de licença-maternidade, por exemplo, há um acompanhamento especial para que não a prejudique no curso.

“Nós fazemos o acompanhamento domiciliar. Essa aluna tem direito a continuar o desenvolvimento profissional dela, embora tenha se tornado mãe. Isso acontece nos cursos técnicos, nos cursos de aprendizagem industrial. É claro que, quando a mulher se torna mãe, a organização familiar se altera porque tem agora uma pessoa por quem é responsável. As indústrias e as instituições de ensino devem se preparar para isso, para que a mulher que vai se tornar mãe tenha todo respaldo”.

Inclusive, segundo Tais, os cursos são uma forma de reinserir a mulher no mercado de trabalho após a pausa necessária para cuidar do filho. “Nós temos muitos casos de mulheres que nos procuram para fazer curso técnico, curso de qualificação. Tenho percebido esse retorno de algumas mães. Da mulher que passou um tempo vivenciando a maternidade e agora tem condições de assumir ativamente novamente uma função dentro da indústria”.

Outro fator preponderante é a oferta de bolsas que servem como auxílio financeiro aos alunos. Atualmente, são 800 beneficiados divididos em 13 turmas de cursos técnicos em seis áreas. Além de Naviraí e Nova Andradina, as aulas chegam aos municípios de Taquarussu, Ivinhema e Deodápolis.

De vento em popa

Em breve, esses estudantes vão engrossar os números do setor industrial, um dos que mais cresce no estado quando o assunto é trabalho. Levantamento do Observatório da Indústria da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) aponta a criação de 12,2 mil empregos formais de janeiro a agosto deste ano somente nos segmentos da Transformação, Construção, Serviços Industriais de Utilidade Pública e Extrativo Mineral.

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MS tem a maior indústria de celulose do mundo na Região do Bolsão (Foto: Divulgação/Fiems)

O número representa 41% de todas as vagas abertas no estado. O economista da Fiems Ezequiel Rezende avalia que neste período as atividades que mais se destacaram foram:

  • Construção de edifícios (+4.636)
  • Abate de bovinos (+1.721)
  • Abate de suínos (+812)
  • Fabricação de álcool (+808)
  • Obras de terraplanagem (+643)
  • Construção de rodovias (+581)
  • Fabricação de celulose (+530)
  • Montagem de estruturas metálicas (+266)
  • Fabricação de pré-moldados de concreto (+234)
  • Fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+194)
  • Fabricação de pós alimentícios (+189)

Entre os municípios, os maiores saldos foram registrados em:

  • Inocência (+2.336)
  • Campo Grande (+2.249)
  • Nova Alvorada do Sul (+1.044)
  • São Gabriel do Oeste (+883)
  • Ribas do Rio Pardo (+841)
  • Três Lagoas (+590)
  • Aparecida do Taboado (+555)
  • Dourados (+427)
  • Naviraí (+351)
  • Rio Verde de Mato Grosso (+276)
  • Bataguassu (+259)
  • Mundo Novo (+242)

“Com esse resultado, o setor industrial encerrou o mês de agosto com um contingente total superior a 170,8 mil trabalhadores formais diretamente empregados, sendo 121,7 mil na Indústria de Transformação, 35,9 mil na Indústria da Construção, 8,5 mil nos Serviços Industriais e 4,7 mil na Indústria Extrativa Mineral”.

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Dados gerais sobre os trabalhadores da indústria no Brasil (Fonte: CNI)

Durante a abertura oficial do 3º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, ocorrida na última segunda-feira (20) em Campo Grande, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou a importância da parceria com os municípios, justamente para dar manutenção à mão de obra no setor e, assim, impulsionar a geração de empregos na indústria.

“Os municípios têm colaborado muito com o processo de desenvolvimento industrial. Nossa força de trabalho hoje chega perto de 200 mil trabalhadores no Estado, e a indústria já é a segunda atividade econômica, avançando por todos os municípios”.

Força materna recicla habilidades no setor industrial

Irene Suzano
Irene trabalha na indústria da celulose desde 2022 (Foto: Arquivo Pessoal)

Feito um eucalipto em transformação ao papel, mulheres passam por uma metamorfose, um portal, quando se tornam mães. São arrancadas da raiz e plantadas em outra realidade. Embora por fora sejam as mesmas, por dentro renascem junto aos filhos. No retorno ao trabalho não é diferente. A mudança reverbera em todo o entorno.

Formada em direito e especializada em relacionamento institucional, Irene Maria da Silva, 38 anos, atua na Suzano de Ribas do Rio Pardo desde 2022. Este ano foi promovida a mamãe! O passo a mais foi dado após muita análise, afinal, conciliar carreira e maternidade é uma das várias missões desafiadoras impostas à mulher nesta fase da vida.

“Quando descobri que estava grávida, em meio a tantos sentimentos, tive o receio natural de como essa notícia seria recebida no trabalho. No entanto, ao compartilhar a novidade com meus gestores e colegas, fui acolhida de forma unânime e muito positiva durante toda a gestação, o puerpério e o meu retorno ao trabalho”, contou ao Primeira Página.

Há pouco tempo, Irene retornou ao trabalho e tem enfrentado o que considera “um segundo parto”. Deixar o bebê de oito meses após um longo período de dedicação integral ao pequeno exigiu muito equilíbrio, não antes de passar pelo dilema enfrentado por grande parte das mães recém-nascidas: voltar ou não para o trabalho?

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Irene retornou ao trabalho após a maternidade (Foto: Arquivo Pessoal)

“Pensei na possibilidade de interromper minha vida profissional, mas cheguei à conclusão de que, além do financeiro, não seria plenamente feliz e realizada se fizesse essa escolha, que seria possível o equilíbrio entre a vida profissional e a maternidade caminhando juntas. Hoje, hoje penso que acertei na decisão”.

Com o coração mais aliviado e sem a venda do cansaço rotineiro em casa, consegue enxergar que se tornar mãe aprimorou suas habilidades em gestão. Sua nova versão gerencia melhor o tempo, prioriza com mais clareza e tem foco na solução do problema, propósito, criatividade e inteligência emocional.

“Além disso, a maternidade me deu uma nova perspectiva sobre resiliência e responsabilidade, reforçando meu comprometimento e minha busca por resultados de forma mais humana e equilibrada”.

Para ela, que lida diretamente com relações interpessoais, a presença de mães no setor quebra estereótipos e amplia a representatividade feminina em áreas tradicionalmente masculinas, mostrando que competência e comprometimento não têm gênero.

“Quando uma empresa valoriza mulheres mães, ela também sinaliza que acredita em um ambiente mais inclusivo e equilibrado, o que tende a aumentar o engajamento, a inovação e a retenção de talentos”.

Uma mãe de indústria

Dentre as histórias maternas, existem as que precisam ser ressignificadas para nascer um novo. Samara Dutra, 28 anos, perdeu a mãe aos 10 anos depois de extensa batalha pela saúde. Natural de Peixoto de Azevedo, norte do Mato Grosso, precisou morar com a irmã mais velha e ajudar na criação dos dois irmãos mais novos.

A realidade dura a empurrou para um casamento abusivo aos 16, quando parou os estudos, já levados a duras penas até ali. Aos 24, se mudou para Inocência e num dia que parecia como todos os outros do calendário, ao rolar o feed das redes sociais, se deparou com um vídeo em que uma idosa de 87 comemorava a conclusão dos estudos.

“Algo despertou em mim. Percebi que nunca é tarde para aprender, para voltar a estudar, para sonhar com uma faculdade e recuperar tudo o que perdi. Essa inspiração me deu coragem para enfrentar meus medos e traumas, e buscar uma nova história para mim”.

Assim se tornou uma das 60 pessoas que ingressaram no curso preparatório ao Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), realizado por meio de uma iniciativa da Arauco em parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria) e a Secretaria Municipal de Educação.

“Mesmo que eu não passe em todas as provas do Encceja, não vou desistir. Se for preciso, volto no próximo ano com ainda mais força. Meu maior sonho é ser uma mulher sábia, que luta pelos seus objetivos e que dá um futuro melhor para meus filhos, Evillyn e Nicolas – os grandes amores da minha vida. Quero que eles cresçam com orgulho da mãe que tiveram, que possam dizer: minha mãe conseguiu!”.

O Encceja é uma prova que ocorre nacionalmente todos os anos de forma gratuita, promovida pelo MEC (Ministério da Educação) e organizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). 

Ele é destinado a jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade regular e buscam a certificação desses níveis de estudo. O exame avalia as habilidades, competências e saberes adquiridos dentro e fora da escola. 

Para saber mais sobre o Encceja clique aqui.

O caminho das pedras

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Mapa ilustra o caminho da Rota da Celulose

A chamada Rota da Celulose é um conjunto de 870,3 km de rodovias que conecta municípios importantes para o escoamento da produção de celulose e do agronegócio em Mato Grosso do Sul. O projeto inclui um investimento de R$ 10,1 bilhões para modernização, como duplicações, acostamentos e terceiras faixas, visando melhorar a segurança, reduzir custos logísticos e impulsionar o desenvolvimento econômico da região.

Ao todo, 870,3 quilômetros de rodovias da região leste do estado serão entregues à iniciativa privada:

  • BR-262 entre Campo Grande e Três Lagoas;
  • BR-267 entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu;
  • MS-040 entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo;
  • MS-338 entre Santa Rita do Pardo e entroncamento da MS-395;
  • MS-395 entre o entroncamento da MS-338 e Bataguassu.

O valor estimado do projeto é de aproximadamente R$ 10,098 bilhões, sendo R$ 6,907 bilhões (CAPEX) e R$ 3,191 bilhões (OPEX). A concessão prevê recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário pelo prazo de 30 anos.

Serão 115 km em duplicações, 457 km de acostamentos, 245 km em terceiras faixas, 12 km de marginais, implantação de 38 km em contornos de municípios, 62 dispositivos em nível, 4 dispositivos em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e implantação de 3.780,00 m² de obras de arte especiais. A malha passa a ter 100% de acostamento.

A concessão prevê o atendimento às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre. Entre eles, a implantação de dispositivos de prevenção de acidentes como passagens de fauna, tela condutora, placas de alerta e lúdicas, controladores de velocidade, bem como serviço de Resgate e Reabilitação de Fauna e ações de educação ambiental dos usuários e comunidade em geral.

Vale lembrar que a rota se integra a novos corredores de exportação, como a Rota Bioceânica, que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico.

E por falar em mar, serão as águas salgadas que banham o porto de Santos o destino da celulose sul-mato-grossense. A unidade da Arauco em construção na cidade de Inocência terá a maior capacidade de produção do mundo e contará com um ramal ferroviário de 47 quilômetros, que conectará a planta à malha principal rumo ao litoral paulista.

A previsão para o início das operações é o segundo semestre de 2027, com capacidade de produção estimada em 3,8 milhões de toneladas por ano. Enquanto isso, a plantação de eucalipto já ocupa 400 mil hectares e segue em expansão para que a demanda seja suprida até o começo das atividades.

DO SULLLL!

Silvicultura, Plantação de eucalipto

Na última década, a inserção de Mato Grosso do Sul no cenário da agroindústria desencadeou números significativos. A área de florestas plantadas, por exemplo, cresceu mais de 500% neste período. Segundo dados da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o estado bateu 1,75 milhão de hectares plantados. Total que, dez anos atrás, não chegava a 300 mil.

Somando investimentos do Executivo e da iniciativa privada, até 2028, serão aplicados mais de R$ 70 bilhões no setor. Hoje, seis grandes projetos estão em andamento. Além da Suzano e Arauco, a Bracell e a Eldorado encabeçam as iniciativas. União de forças que já resultou na movimentação de R$ 15,7 bilhões somente em 2024, o que corresponde a 10,7% do PIB estadual. O balanço foi divulgado no 7º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul em agosto passado.

Tamanho crescimento coloca os olhos do mundo voltados ao Brasil, com uma fatia generosa para as terras férteis sul-mato-grossenses. Como todo bônus, existe o ônus. É preciso repor à sociedade os danos causados por uma superprodução.

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COP 30 Bonito, evento realizado em maio passado em Mato Grosso do Sul (Foto: Alysson Maruyama)

No dia 1° de novembro começa a COP 30, Conferência do Clima, sediada desta vez em Belém, capital do Pará. Painel de peso mundial, será uma enorme vitrine, principalmente às produções tupiniquins, o que inclui, claro, o setor agroflorestal.

A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançou um caderno com 26 cases embasados na tríade: manejo sustentável, uso eficiente da água e conservação de florestas nativas. O documento visa ajudar na mitigação das mudanças climáticas e será distribuído durante a conferência. Além das iniciativas desenvolvidas pelas empresas envolvidas no setor, a relação ilustra dados sobre o plantio de árvores no Brasil, que chega a 1,8 milhão de exemplares plantados por dia.

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Jeane puxa fila de trabalhadoras em treinamento na Suzano (Foto: Arquivo Pessoal)

A medida, entre outras coisas, auxilia na redução do carbono na atmosfera. A entidade mostra que parte do avanço de área cultivada feito nos últimos anos foi sobre áreas e pastagens degradadas e tira os dados do papel usando Mato Grosso do Sul como exemplo.

“Dos 234 mil novos hectares plantados em 2024, 187,9 mil foram no MS, seguindo o plano do Estado de recuperar áreas degradadas e pastos de baixa produtividade”.

Também pincela outras variáveis do setor na atualidade:

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(Fonte: Ibá)

Para acessar o conteúdo completo da Ibá para a COP 30, clique aqui.

O estado também serviu de exemplo ao sediar o pré-COP, Fórum de Sustentabilidade que ocorreu em Bonito em maio passado. A cidade, conhecida como polo de ecoturismo e primeiro destino carbono neutro do mundo, foi escolhida para sediar o evento que reuniu líderes empresariais, autoridades e especialistas para debater o desenvolvimento sustentável. 

Ouro branco

Mas, afinal, o que é a tão falada celulose? Conforme explica o consultor executivo de P&D em celulose da Suzano, Tim Wehr, trata-se da matéria-prima de fonte renovável que está presente em vários produtos do seu cotidiano e que é uma alternativa para substituir itens feitos com materiais fósseis, como o petróleo.

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(Fonte: Suzano)

Também está em produtos do cotidiano:

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Informações: Primeira Página.

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Três Lagoas se destaca no cenário florestal e confirma o potencial de novos investimentos internacionais

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas, Marcos Antônio Gomes Júnior, representando o prefeito Dr. Cassiano Maia, participou da Expedição Silvicultura, um evento fundamental para o desenvolvimento sustentável das florestas plantadas, que foi realizado no Espaço Sesi, na última quinta-feira, 16 de outubro.

Junior ressaltou a importância do evento para consolidar a cidade como um centro global de produção e inovação no setor florestal. “O evento é uma demonstração clara de como Três Lagoas se destaca não só em produtividade, mas também em práticas sustentáveis que fazem a diferença no cenário nacional. A presença da Expedição Silvicultura reafirma nosso compromisso com o crescimento e a inovação”, destacou.

O secretário estadual Jaime Verruck, da Semadesc, revelou a chegada de duas gigantes internacionais do setor: Valmet e Andritz em Três Lagoas e afirmou que as empresas estão em processo de instalação de fábricas no município, com foco no atendimento às necessidades das indústrias locais de celulose.

“Esses novos investimentos irão fortalecer ainda mais a cadeia produtiva de Três Lagoas, gerando empregos e estimulando o crescimento econômico do Estado”, afirmou Verruck.

Entretanto, o secretário alertou para o impacto social do crescimento acelerado do setor. Atualmente, mais de 50 mil trabalhadores estão envolvidos em obras e operações florestais no MS, muitos em condições de moradia improvisadas.

“Nosso desafio agora é proporcionar condições habitacionais adequadas a esses trabalhadores, para que o desenvolvimento econômico caminhe lado a lado com a qualidade de vida da população”, ressaltou.

Informações: Prefeitura de Três Lagoas.

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