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Monitoramentos revelam novas espécies e ampliam mapa da biodiversidade no sul da Bahia

A Veracel Celulose abriu novos dados sobre a biodiversidade encontrada nas áreas de floresta que mantém no Sul da Bahia. Os números são parte de uma atualização dos monitoramentos feitos pela empresa, que vêm sendo ampliados para responder a um cenário de pressão crescente sobre a Mata Atlântica.

Segundo a empresa, programas contínuos de pesquisa em Áreas de Alto Valor de Conservação e na RPPN Estação Veracel têm revelado um acúmulo de espécies cada vez maior. São 926 plantas catalogadas, com 119 ameaçadas. Entre as aves, 344 registros, incluindo 79 endêmicas da Mata Atlântica. Nos mamíferos, 39 espécies identificadas nas áreas monitoradas, 16 delas ameaçadas, como a anta, o macaco-prego-do-peito-amarelo e a onça-pintada.

Marco Aurélio Santos, coordenador de Estratégia Ambiental e Gestão Integrada, afirma que o avanço ocorre porque os estudos são contínuos e usam métodos científicos modernos. Ele cita que a empresa se tornou referência “na produção de conhecimento e na proteção de espécies ameaçadas”, reforçando políticas públicas e serviços ecossistêmicos do bioma.

A atualização inclui ainda levantamentos entre 2018 e 2025 na Estação Veracel e no Parque Nacional do Pau Brasil, onde foram confirmadas 34 espécies de mamíferos – 30% ameaçadas na Bahia. De 2023 a 2025, ferramentas como DNA ambiental e armadilhas fotográficas adicionaram 36 espécies ao inventário, entre elas grandes carnívoros, quatro primatas e animais raros como a lontra e o gato-maracajá.

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Serra Catarinense consolida protagonismo em polos industriais de base florestal

A Serra Catarinense consolidou-se como um importante polo exportador de produtos de base florestal em Santa Catarina, reunindo dois segmentos com forte inserção internacional: madeira e móveis, e celulose e papel. A combinação entre tradição produtiva, disponibilidade de recursos naturais e capacidade de inovação sustenta o desempenho regional. Em 2024, o polo de madeira e móveis exportou US$ 381,8 milhões, enquanto o polo de celulose e papel alcançou US$ 166,5 milhões em vendas externas.

O levantamento realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, liderado pelo Observatório FIESC, mapeou polos industriais por mesorregiões brasileiras. Na Serra, o polo de madeira e móveis reúne 485 estabelecimentos e emprega 9,8 mil trabalhadores, com destaque para a exportação de madeira serrada, MDF e painéis de madeira. Já o polo de celulose e papel concentra 27 empresas e 4,4 mil empregados, com foco na produção de papel kraft e recipientes de papel. Segundo o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, o desempenho regional é impulsionado por uma base produtiva madura e inovadora, aliada à proximidade dos insumos.

A mesorregião serrana possui 14,6 mil estabelecimentos, sendo 2,5 mil indústrias que empregam 33,2 mil trabalhadores formais. Lages é o município com maior número de empregados industriais, seguido por Campos Novos e Curitibanos. Para o coordenador do estudo, Marcelo de Albuquerque, os polos com inserção internacional contribuem para a diversificação econômica, ampliando a competitividade regional, estimulando a inovação e fortalecendo a qualificação profissional.

As exportações reforçam o alcance internacional dos polos: o setor de madeira e móveis tem como principais destinos Estados Unidos, China e México, enquanto o polo de celulose e papel exporta majoritariamente para Argentina, Estados Unidos e México. Entre as empresas de destaque estão as três unidades da Klabin na região, voltadas à produção de papéis para embalagens, além de empresas como BlueFlorest, G13 Madeiras, JJ Thomazzi e Madepar, que figuram entre as principais exportadoras do segmento de madeira.

Informações: SC em Pauta

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Método transforma a biomassa – resíduo da indústria de celulose – em arma contra ervas daninhas

Tecnologia do INCT NanoAgro utiliza lignina Kraft – resíduo da indústria de celulose – para criar nanomateriais capazes de transportar herbicidas com mais precisão, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo a economia circular

Pesquisadores brasileiros acabam de apresentar um avanço científico que promete transformar o manejo de plantas daninhas e abrir caminho para um modelo mais sustentável dentro do agronegócio. A inovação desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) propõe o uso da lignina Kraft, um subproduto abundante da indústria de celulose, como base para a criação de nanomateriais capazes de otimizar a aplicação de herbicidas no campo.

A lignina é conhecida desde o século XIX, resultado do cozimento químico da madeira. Apesar de possuir características valiosas — como estabilidade química, resistência térmica, propriedades antioxidantes, ação antibacteriana e antifúngica, além de ser biodegradável — o composto nunca alcançou grande aproveitamento industrial.

De acordo com o Inmetro, menos de 2% da lignina produzida globalmente é utilizada, sendo o restante queimado ou descartado, mesmo com seu enorme potencial estratégico para diversas cadeias produtivas.

Uma virada tecnológica no uso da biomassa – resíduo da indústria de celulose – em herbicida

Foi diante desse cenário que os cientistas do INCT NanoAgro desenvolveram um método de fracionamento técnico da biomassa vegetal, capaz de gerar nanomateriais a partir das diferentes frações químicas da lignina Kraft. Esses nanomateriais funcionam como carreadores inteligentes de herbicidas, direcionando moléculas com mais eficiência para o interior das plantas daninhas, reduzindo perdas por deriva e minimizando a necessidade de aplicações elevadas.

A tecnologia já foi patenteada sob coordenação do professor Dr. Leonardo Fraceto, da Unesp Sorocaba, reforçando sua relevância como uma solução viável para o futuro da agricultura sustentável no Brasil e no mundo.

Economia circular: de resíduo a ferramenta agrícola

Um dos pontos mais inovadores da proposta é a capacidade de transformar um resíduo industrial abundante — e frequentemente desperdiçado — em um insumo de alto valor agregado. Como mais de 98% da lignina residual global é descartada, a tecnologia permite reinserir esse material em um ciclo produtivo sustentável, conectando setores como:

  • indústria papeleira
  • indústria química
  • agronegócio

Essa convergência fortalece a economia circular, reduz impactos ambientais e abre novas oportunidades de negócios associados ao aproveitamento de biomassa vegetal.

Menos petróleo, menos contaminação, mais eficiência contra ervas daninhas

O impacto ambiental também é expressivo. O uso de lignina como base para formulações nanoestruturadas reduz a dependência de insumos derivados de petróleo, alinhando a tecnologia às metas globais de descarbonização. Além disso, como o nanomaterial entrega o herbicida de forma mais direcionada, há diminuição do risco de:

  • contaminação de solo e água
  • dispersão acidental em áreas não alvo
  • acúmulo de resíduos químicos em sistemas produtivos

Em plena era da agricultura de alta intensidade, a solução contribui diretamente para a longevidade do solo e para práticas mais responsáveis de manejo de plantas daninhas, um dos maiores desafios do setor agrícola moderno.

Tecnologia escalável e estratégica para o Brasil

O Brasil, por ser potência global na produção de celulose, possui grande vantagem para escalar a tecnologia. A lignina Kraft é abundante no país, e a estrutura industrial já existente facilita a adaptação do processo, tornando o território brasileiro um candidato natural a referência mundial no desenvolvimento de insumos agrícolas sustentáveis com base em biomassa.

Segundo o professor Leonardo Fraceto, é fundamental comunicar à sociedade e às empresas como tais pesquisas podem gerar impacto real e se transformar em produtos que atendam às demandas do agronegócio moderno — um setor que exige competitividade, eficiência e soluções de baixo impacto ambiental.

A pesquisa do INCT NanoAgro demonstra, de forma prática, como ciência, inovação e sustentabilidade podem caminhar juntas. Ao transformar um resíduo complexo em um recurso agrícola de alto desempenho, o projeto não apenas oferece uma alternativa eficiente ao combate de ervas daninhas, como também reposiciona o Brasil na vanguarda das biotecnologias aplicadas ao campo.

Trata-se de um marco que reforça o papel da pesquisa nacional em criar soluções para os desafios ambientais, produtivos e econômicos do agronegócio contemporâneo.


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Entrega da Rota da Celulose a consórcio deve ocorrer em janeiro

O consórcio excluído do certame não se conformou com a decisão do Governo. Inicialmente, a K Infra Concessões e Participações Ltda. ingressou com um mandado de segurança no Fórum de Campo Grande para tentar anular a exclusão do consórcio que integrou na disputa, o K&G Rota da Celulose. Ela apresentou a qualificação técnica para participar do certame, no caso a concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, que depois foi cassada pela União por descumprimento de regras contratuais, situação que também foi parar na Justiça.

Como o magistrado da ação em Campo Grande determinou que fosse alterado o polo passivo, para inclusão do secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, a empresa desistiu da demanda em primeiro grau e apresentou ontem o mesmo pedido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que tem a competência de julgar esse processo envolvendo secretários. O pedido da empresa será julgado na 2ª Seção Cível, tendo como relator o juiz convocado Fábio Possik Salamene.

A concessão terá duração de 30 anos para gestão de 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões — sendo R$ 3,2 bilhões correspondentes a custos operacionais. O projeto prevê praças de pedágio em cidades estratégicas, como Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

As obras incluem 146 quilômetros de duplicações, 457 quilômetros de acostamentos, 245 quilômetros de terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e 38 quilômetros de contornos urbanos. Também estão previstos 62 dispositivos em nível, 4 em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 m² em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha contará com acostamentos.

Informações: Campo Grande News

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Reflore/MS celebra 20 anos com homenagens e projeções para o futuro do setor florestal

Noite de homenagens, memória e união marcou um dos momentos mais simbólicos da história da associação

A Reflore/MS comemorou, na quinta-feira (04), duas décadas de atuação em uma noite marcada por emoção, reencontros e reconhecimento no Buffet Yotedy, em Campo Grande. O evento reuniu lideranças das associadas, autoridades, pioneiros e profissionais que ajudaram a construir a trajetória da associação, hoje uma das instituições mais relevantes para o desenvolvimento florestal em Mato Grosso do Sul.

As homenagens foram um dos pontos altos da celebração e destacaram pessoas e empresas que contribuíram de maneira decisiva para a consolidação do setor. Entre elas estiveram Leonardo De Zorzi e Giovani Nezello, da Primer Timber; Joarez Antonio Santim e Ivan Carlos Santim, da Maseal; Júlio Cesar Ohlson, Miguel Tadeu Cadini e Leonardo Bertola, da International Paper; além de Marcilio Mascarenhas Baioni e Ricardo de Almeida Delvalhes, da Delb Indústria. O Grupo Ramires também foi reconhecido por sua trajetória, representado por Luiz Calvo Ramires e Deodato Costa, assim como a Vetorial Siderurgia, cujo diretor Gustavo Trindade Correa teve sua homenagem recebida por Mario Cleiro de Souza. O consultor Manoel de Freitas, referência na área florestal, também foi lembrado, assim como o próprio diretor-executivo da Reflore/MS, Benedito Mário Lázaro, o Dito Mario, que recebeu sua homenagem das mãos dos filhos, em uma cena que comoveu o público.

A associação também prestou reconhecimento a figuras públicas e institucionais que acompanharam e apoiaram o avanço do setor ao longo dos anos. Foram homenageados o advogado José Antônio Felicio; Carlos Alberto Negreiros, do Tribunal de Contas; a senadora Tereza Cristina; Claudio Jorge Mendonça, do Sebrae/MS; Joésio Siqueira, da STCP; André Borges e Osvaldo Santos, do Imasul; Rogério Bereta, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc); o embaixador José Carlos da Fonseca (ausente); além dos professores Carlos Wilcken, da Unesp, e Fabrício Fagundes, da UFGD. A lista se completou com o secretário de Estado Jaime Verruck reforçando o papel coletivo que sustentou o desenvolvimento da base florestal sul-mato-grossense.

Entre tantas homenagens, a fala de Dito Mario marcou profundamente a noite. Emocionado, ele lembrou que a trajetória da associação se confunde com sua própria vida profissional e pessoal. “Ver a Reflore completar 20 anos é como acompanhar o crescimento de um filho. Essa associação nasceu pequena, com muita luta, muita fé e o apoio de pessoas que acreditaram no setor antes mesmo dele existir. Hoje ela representa uma causa. É um projeto de vida para mim, e Deus tem abençoado cada passo dessa construção coletiva”, afirmou.

A celebração também marcou o lançamento da revista “Reflore/MS 20 anos”, publicação que resgata marcos, memórias e histórias que ajudam a entender a dimensão do setor ao longo dessas duas décadas. Um dos relatos que mais emocionaram o público foi o de Luiz Calvo Ramires, um dos primeiros produtores a plantar eucalipto em Mato Grosso do Sul ainda na década de 1970. Ele relembrou o pioneirismo de apostar em um cultivo que despertava dúvidas e hoje simboliza o salto econômico que transformou o estado em referência mundial na produção de celulose.

O presidente da Reflore/MS, Júnior Ramires, também destacou a força desse legado e a importância da união das associadas, lembrando que o setor se desenvolveu graças à cooperação e ao trabalho contínuo. “Chegar aos 20 anos é uma conquista construída diariamente, com trabalho sério, transparência e união das associadas. A Reflore só existe porque existe um setor forte, que acredita na colaboração e na construção de um futuro comum. Este é um momento emocionante para todos nós e reafirma nosso compromisso de seguir avançando, representando o setor e preparando o próximo ciclo de crescimento do Mato Grosso do Sul”, declarou.

Reunião Ordinária – A noite foi o encerramento de um dia iniciado com a Reunião Ordinária da Reflore/MS, realizada durante a tarde, quando associados, parceiros e Grupos de Trabalho apresentaram resultados, análises e as primeiras diretrizes para 2026. O encontro reforçou a maturidade do setor e a importância da construção coletiva para garantir competitividade e inovação nos próximos anos.

Ao final da reunião, foi confirmado o Conselho Administrativo que conduzirá a associação no próximo triênio, formado por Júnior Ramires, da Ramires Reflortec; Moacir Reis, do Grupo Mutum; e Rodrigo Zagonel, da Suzano, além dos conselheiros Carlos Justus, da Eldorado Brasil; José Márcio Bizon, da Bracell; Márcio Geromini, da Corus; e Rodrigo Rocha, da Lacan. No mesmo período, atuarão no Conselho Fiscal Mario Cleiro, da Vetorial; Ivan Santin, da Maseal; Murici Candelaria, da Arbogen; e Márcio Couto, da Arauco.

Ao completar 20 anos, a Reflore/MS reafirma seu compromisso com a articulação institucional, a integração entre empresas, governo e sociedade e o avanço sustentável de um setor que transformou, e continuará transformando, o Mato Grosso do Sul.

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Bracell recebe licença para construção de megafábrica de celulose em MS

Fábrica tem investimento previsto de R$ 16 bilhões e obras devem começar em fevereiro de 2026

Os membros do Conselho de Controle Ambiental (Ceca) de Mato Grosso do Sul aprovaram, nesta sexta-feira (5), por unanimidade, a Licença Prévia para construção da fábrica de celulose da Bracell em Bataguassu.

A fábrica de celulose da Bracell será instalada às margens da BR-267, a aproximadamente nove quilômetros do centro urbano de Bataguassu.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, Jaime Verruck estima que até o final de fevereiro 2026 o Imasul deve aprovar a Licença de Instalação, quando começam, então, as obras de implantação da fábrica.

Com a Licença Prévia, estão autorizados os projetos de localização e concepção da fábrica da Bracell, que tem investimento previsto de R$ 16 bilhões.

A reunião do Ceca foi realizada em formato virtual, sendo presidida por Jaime Verruck.

O processo foi relatado pela conselheira Bruna Feitosa Beltrão Novaes, representante da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), que deu voto favorável, acompanhando parecer técnico do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) emitido em outubro passado.

Conforme a Semadesc, o Imasul realizou audiência pública presencial em maio para ouvir a comunidade e seguiu todos os demais trâmites legais previstos no licenciamento de empreendimentos desse porte.

Megafábrica

Essa será a sexta fábrica de celulose de Mato Grosso do Sul. Segundo Verruck, a Bracell tem diferencial importante.

“É a única que vai produzir também a celulose solúvel, utilizada na confecção de tecidos e outras finalidades. Ou seja: abre-se uma nova perspectiva na cadeia de celulose com essa fábrica”, pontuou o secretário.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o investimento previsto é cerca de 30% menor que o inicialmente esperado. Quando a fábrica era prometida para Água Clara, a previsão era de investimento de R$ 23 bilhões, que passou para os atuais R$ 16 bilhões.

Os municípios de Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Três Lagoas também serão impactados pelo projeto, já que devem ser fornecedores de matéria-prima para a indústria.

A Bracell prevê uma produção de até 2,92 milhões de toneladas ao ano de celulose kraft (usada na produção de papéis) na Composição A, e mais 2,6 milhões de toneladas ao ano de celulose kraft e também celulose solúvel na Composição B.

Ela vai consumir 12 milhões de metros cúbicos de eucalipto ao ano no processo produtivo e sistemas de cogeração elétrica por meio de caldeira de recuperação, caldeira de biomassa e turbogeradores com capacidade de 462MW.

Verruck salienta que será construído em conjunto com a população de Bataguassu o Plano Básico Ambiental (PBA).

“É exatamente para avaliar quais são as infraestruturas sociais que nós vamos precisar colocar no município, para exatamente atender um projeto nessas dimensões”, disse.

Impactos ambientais

O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA ) do projeto tem 8.651 páginas. O documento aponta os impactos que o empreendimento deve causar ao meio ambiente e lista as medidas a serem adotadas para mitigá-los.

A Bracell terá que implementar 26 projetos nesse sentido, são eles:

  • Plano Ambiental da Construção;
  • Programa de Prevenção e Controle Ambiental das Empreiteiras;
  • Programa de Desmobilização de Mão de Obra;
  • Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas;
  • Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Comunidades Aquáticas;
  • Programa de Monitoramento de Aterro Orgânico e Industrial Classe II;
  • Programa de Monitoramento da Fauna;
  • Programa de Monitoramento da Flora;
  • Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador;
  • Programa de Educação Ambiental;
  • Programa de Comunicação Social;
  • Programa de Mitigação das Interferências no Tráfego;
  • Programa de Monitoramento e Controle de Atropelamento de Fauna;
  • Programa de Mitigação da Interferência Urbana;
  • Programa de Gestão Ambiental;
  • Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS);
  • Programa de Monitoramento de Efluentes;
  • Programa de Monitoramento das Emissões Atmosféricas;
  • Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar;
  • Programa de Percepção de Odor;
  • Programa de Monitoramento de Ruído;
  • Programa de Avaliação de Desempenho Ambiental (PADA);
  • Programa de Monitoramento de Riscos Ambientais (PPRA);
  • Programa de Gerenciamento de Risco (PGR);
  • Plano de Ação Emergencial (PAE);
  • Programa de Controle de Processos Erosivos.

Informações: Correio do Estado

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Figueirão está na nova fronteira florestal: crescimento do eucalipto avança para o Norte de MS 

O Norte de Mato Grosso do Sul desponta como a nova fronteira do eucalipto no país, com forte avanço dos plantios em municípios como Figueirão, Camapuã e na região do Alto Taquari. Essa expansão marca um movimento histórico da silvicultura sul-mato-grossense, que antes se concentrava principalmente no Vale da Celulose, no Leste do Estado, e agora rompe limites territoriais em direção ao Nordeste e Norte.

Com a abertura dessa nova frente, a capacidade produtiva pode quase dobrar, saltando dos atuais 7,8 milhões para 13,5 milhões de hectares aptos ao cultivo de florestas plantadas.

A projeção, apresentada pelo diretor-executivo da Reflore/MS, Benedito Mário Lázaro, durante audiência no Senado, representa a maior expansão já vista no setor. Segundo ele, a chegada da silvicultura ao Norte e ao Nordeste de MS — áreas historicamente marcadas por degradação e baixa performance para grãos — reflete a vocação natural da região para culturas de ciclo longo, como o eucalipto.

Figueirão, Camapuã e municípios próximos ao Alto Taquari reúnem solos arenosos e clima favorável, compondo um cenário ideal para o avanço das florestas plantadas, que também passam a ser usadas em projetos de crédito de carbono e no abastecimento industrial, especialmente da Arauco, em Inocência.

Hoje, o setor florestal já responde por 17% do PIB industrial sul-mato-grossense e posiciona o Estado como o segundo maior produtor de eucalipto do Brasil, com expectativa de assumir a liderança nacional. O secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, destaca que o consumo de eucalipto para celulose deve mais que dobrar nos próximos anos e que o Estado registra quase 2 milhões de hectares cultivados, distribuídos sobretudo entre Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Água Clara e Brasilândia — mas agora com presença crescente no Norte. O avanço, reforça Beretta, ocorre sem comprometer a preservação ambiental: MS mantém 38% de sua vegetação nativa intacta e realoca áreas de pastagens degradadas para produção florestal, cana e grãos.

A nova fronteira do eucalipto também fortalece a transição energética e a geração de empregos. O setor florestal emprega mais de 20 mil pessoas e contribui para 780 MW de energia renovável no Estado, que possui 94% de sua matriz baseada em fontes limpas.

A indústria segue investindo em pesquisas para mitigar impactos, utilizando mosaicos de paisagens e técnicas avançadas de manejo florestal. Com potencial de chegar a 12 ou 13 milhões de toneladas anuais de produção, o Norte de MS — com destaque para Figueirão, Camapuã e Alto Taquari — consolida-se como uma das áreas mais promissoras para o futuro da celulose no Brasil.

Informações: Campo Grande News

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BNDES aprova R$ 451,7 milhões para Suzano, maior produtora mundial de celulose

Recursos do Finem e do Fundo Clima permitirão a maior produtora mundial de celulose modernizar unidades industriais, ampliar a capacidade de armazenagem de resíduos e reduzir consumo de gás natural

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 451,7 milhões para a Suzano S.A. modernizar, revitalizar estruturas e aumentar a capacidade de armazenagem em unidades industriais em Aracruz (ES), Limeira (SP), Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA) e Três Lagoas (MS).

O financiamento do Banco para os projetos, que contam com investimento total de R$ 700 milhões, terá recursos do Finem (R$ 342,8 milhões) e do Fundo Clima (R$ 108,9 milhões). A expectativa é que as intervenções gerem 670 empregos diretos durante a implementação e 286 empregos indiretos.

Com esses recursos, a Suzano investirá em oito projetos alinhados aos Compromissos para Renovar a Vida, conjunto de metas de longo prazo da companhia associadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Essas iniciativas integram inovação, tecnologia e responsabilidade ambiental e visam apoiar um modelo produtivo voltado à economia regenerativa e ao desenvolvimento sustentável.

Em Aracruz, a empresa aumentará em 200.000 m3 a capacidade de armazenamento de resíduos do Aterro Industrial C, e implantará estrutura para a dragagem do lodo das lagoas da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), garantindo a gestão mais eficiente, adequada e segura dos resíduos gerados no processo de produção de celulose.

Em Limeira, o projeto tem como objetivo principal melhorar a eficiência energética da unidade industrial, com a redução de consumo químicos e energéticos. Eliminará o consumo de gás natural em cerca de 10,5 milhões m3/ano por meio da otimização da utilização de vapor no processo produtivo, resultando em cerca de 25 mil toneladas de CO2 equivalentes a menos emitidos para a atmosfera.

Em Mogi das Cruzes, a Suzano fará adequação rodoviária com a construção de pistas de desaceleração e aceleração no acesso à unidade industrial, ampliando a segurança viária para colaboradores(as), motoristas e comunidade local e reforçando a segurança como valor inegociável da companhia.

Em Mucuri, será instalada a etapa de separação de areia no processo de cozimento das Linhas 1 e 2 com a aquisição de equipamentos e estrutura, além da revitalização dos difusores da Linha 1, incluindo a substituição de peneiras, chapas perfuradas, sistemas de elevação, raspadores e recuperação das estruturas de acesso. Os projetos têm como objetivo fortalecer as melhores práticas de fabricação, otimizar o consumo de químicos e garantir a maior qualidade do produto ao cliente.

Na unidade de Três Lagoas, a empresa substituirá as três bombas de cavaco da fábrica 1 para garantir maior confiabilidade operacional e eficiência no processo produtivo.

“O BNDES cumpre a missão dada pelo governo do presidente Lula de apoiar a modernização e a expansão da capacidade produtiva da indústria brasileira, o que inclui importante segmento como o de celulose. Em 2024, a produção alcançou 25,5 milhões de toneladas, crescimento de 5,2% em relação a 2023, além de ampliar em 33,2% as exportações para mais de US$ 10 bilhões”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“A parceria com o BNDES é fundamental para que possamos viabilizar iniciativas importantes nas frentes de redução de emissões e aumento da circularidade no processo produtivo e confiabilidade de equipamentos. Esse conjunto de iniciativas amplia a competitividade de todas as unidades que serão beneficiadas com esses investimentos”, afirma o vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Suzano, Marcos Assumpção.

Fundo Clima – É um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. Tem como objetivo apoiar a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos.

A Suzano
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável.

Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis.

Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

Informações: Compre Rural

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MS avança na pavimentação da MS-040, eixo estratégico do Vale da Celulose

A pavimentação da MS-040 avançou mais uma etapa com a publicação, nesta terça-feira, 3, do lançamento da licitação pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul). O investimento previsto é de R$ 187,9 milhões para implantar e asfaltar 48,4 quilômetros entre Santa Rita do Pardo e Brasilândia, trecho considerado decisivo para concluir o traçado da rodovia, cuja obra se estende há uma década.

Com a conclusão dessa fase, o governo deve finalmente assegurar a ligação pavimentada entre Campo Grande e Brasilândia, reduzindo em 30 quilômetros a distância entre as duas cidades. Hoje, o percurso de 363 km cairá para 334 km. A redução também melhora o acesso ao Estado de São Paulo, especialmente na direção de Pauliceia, que passará a cerca de 390 km da capital.

Dividida em dois lotes, a obra será disputada por meio de concorrência eletrônica do tipo menor preço. A abertura está marcada para 22 de dezembro de 2025.

VALE DA CELULOSE

A pavimentação da MS-040 integra a Rota da Celulose, corredor logístico de 870,3 km que reúne trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além das federais BR-262 e BR-267. O projeto busca ampliar a fluidez no escoamento de madeira e celulose produzidas no leste e sudeste de Mato Grosso do Sul, regiões que concentram um dos ciclos industriais mais dinâmicos do Estado.

Informações: Correio do Estado

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Bracell investe R$ 3,5 mi em projeto com caminhões elétricos de 74 toneladas e marca avanço histórico na logística verde do setor

Com foco nas metas da Agenda Bracell 2030, companhia inova ao operar, em larga escala, caminhões elétricos no transporte de celulose e de madeira

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel e especial, dá mais um passo importante na consolidação de uma logística de baixo carbono. Dois novos caminhões elétricos de 74 toneladas cada um passam a operar no transporte de madeira e de celulose em larga escala. A iniciativa marca um avanço inédito no setor, com o teste do primeiro caminhão 100% elétrico de grande porte em operação no Brasil destinado ao transporte de madeira em larga escala, que representa uma inovação para a Bracell e para o setor. Já no caso do transporte de celulose, após o sucesso da fase de testes – iniciada em 2023 -, a companhia avança e passa a utilizar o veículo com maior capacidade, reforçando o pioneirismo na adoção de soluções logísticas mais limpas e eficientes.

O veículo destinado à operação florestal fará o transporte de toras de eucalipto entre as fazendas e a fábrica da Bracell, em Lençóis Paulista (SP), em um raio de até 100 quilômetros. O outro caminhão elétrico será utilizado no transporte de celulose entre essa mesma unidade fabril e o Terminal Intermodal de Pederneiras.

O projeto, que totaliza o investimento de R$ 3,5 milhões, integra a estratégia de descarbonização da companhia e reforça os compromissos assumidos com a Agenda Bracell 2030. Entre as principais metas ambientais, está a redução de 75% das emissões de carbono por tonelada de produto, além da adoção de tecnologias mais limpas em todas as etapas das operações industriais e logísticas.

“Essa é uma inovação que une escala, tecnologia e impacto ambiental positivo. Ao incorporar caminhões elétricos de grande porte à nossa operação, reforçamos o compromisso com a eficiência logística e com a construção de soluções sustentáveis para o setor. Além disso, temos orgulho de sermos a primeira empresa do setor a conquistar a Autorização Especial de Trânsito (AET) de caminhões elétricos para transporte de madeira e de celulose em conjuntos de 74 toneladas no país, o que reforça a priorização pelo bem-estar e segurança dos nossos condutores e das demais pessoas que estiverem nas vias”, afirma Patrick Silva, vice-presidente de Logística da Bracell.

Com autonomia de até 250 quilômetros por carga e tempo médio de recarga de 1h30m, os veículos já estão integrados à estrutura logística da companhia e contam com pontos de recarga instalados na fábrica de Lençóis Paulista. “A operação será monitorada para avaliar ganhos ambientais, operacionais e econômicos, com possibilidade de ampliação da frota nos próximos ciclos”, completa o executivo.

Celulose

A utilização do caminhão elétrico com AET para 74ton representa um avanço do projeto iniciado pela Bracell em 2023, quando a companhia se tornou pioneira no setor ao adotar veículos pesados com mais de 40 toneladas movidos a eletricidade para o transporte de celulose. Após os resultados positivos deste primeiro piloto, a companhia avança de forma consistente na eletrificação das operações logísticas, alinhada à Agenda Bracell 2030, e reforça seu compromisso com a descarbonização das operações e o enfrentamento das mudanças climáticas, por meio de ações concretas que unem inovação, eficiência e responsabilidade ambiental.

Madeira

Todos os testes seguem rigorosamente as legislações e normas aplicáveis, atendendo aos requisitos legais de transporte, segurança veicular e saúde ocupacional. O projeto foi estruturado com base nas melhores práticas e reforça a visão da Bracell de que soluções sustentáveis devem caminhar junto à integridade operacional e ao bem-estar das pessoas e comunidades envolvidas.

Informações: NeoMundo

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