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Atuação feminina na Embrapa e no setor florestal é tema de novo livro

O olhar sensível e transformador de autoras com ampla experiência na área florestal tornou Memórias do 1º Painel de Mulheres Florestais um marco bibliográfico na Embrapa Florestas (Colombo, PR). Lançado nesta quinta-feira (4), o livro divulga as questões tratadas no primeiro encontro produzido pelo centro de pesquisa dedicado a essa temática e torna público como o Grupo de Mulheres Maria Izabel Radomski surgiu e se estruturou de forma pioneira.

“É uma obra que vai além do registro do conteúdo de um primeiro evento sobre o tema, pois, ao ficar disponível à sociedade no Portal Embrapa, amplia o conhecimento e o acesso ao debate, podendo inclusive inspirar a criação de coletivos como o Grupo de Mulheres em outras instituições e empresas”, declaram Francisca Rasche e Cristiane Aparecida Fioravante Reis, autoras e editoras da publicação.

O livro reúne conteúdos, em grande parte inéditos, sobre a participação feminina na trajetória institucional e na cadeia produtiva florestal (ambiente onde a presença masculina predomina), os desafios contemporâneos enfrentados pelas mulheres e as ações alinhadas à Agenda 2030 da ONU, mais precisamente ao quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5) – Igualdade de Gênero.

Escritos pelas próprias painelistas, os sete capítulos documentam e aprofundam contextos, relatos, história, percepções, reflexões e dados apresentados no 1º Painel de Mulheres Florestais, idealizado e realizado em 2024 pelo então recém-criado Grupo de Mulheres Maria Izabel Radomski, responsável novamente este ano pela produção do 2º Painel de Mulheres Florestais, evento em que o livro foi lançado (baixe aqui).

Do germinar ao florescer do Grupo de Mulheres Maria Izabel Radomski

No Capítulo 1, a autora e editora do livro Francisca Rasche, bibliotecária da Embrapa Florestas, reconstrói a origem do Grupo de Mulheres Maria Izabel Radomski. O nome do coletivo homenageia a pesquisadora da Embrapa Florestas, já falecida, memorável por seu trabalho científico e comprometimento com causas em prol das mulheres, justiça social, sustentabilidade ambiental e melhores condições de vida ao pequeno agricultor.

Desde o início, conta Rasche, o Grupo de Mulheres priorizou o acolhimento, a participação ampla, a definição coletiva dos temas de interesse (assédio, comunicação não violenta, saúde mental, violência, sororidade, liderança feminina) e a articulação com comitês e comissões internas.

Motivação coletiva – Com seu poema “Gotas de Esperança”, ela expressa de forma sensível a motivação coletiva por mudanças estruturais. O primeiro capítulo traz ainda uma reflexão contundente sobre desigualdades no trabalho, na política e na vida cotidiana das mulheres.

Essa frase da autora sintetiza o que, para ela, é a razão de existir de um grupo de apoio às mulheres em uma empresa: “Talvez, a melhor resposta seja um porque sim! As lutas e as conquistas das mulheres vêm de longa data”. Mais adiante, enfatiza a necessidade de ação: “ao longo da história, as mulheres estão sempre em movimento por mudanças necessárias”.

O feminino na floresta e na gestão

O Capítulo 2 é de autoria da pesquisadora Ana Margarida Castro Euler, atual diretora-executiva de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ela apresenta avanços concretos da instituição na construção, articulação e institucionalização de uma agenda em prol das mulheres rurais. Como exemplos, entre outros mencionados, Ana Euler fala do Observatório de Mulheres Rurais do Brasil, que faz parte do Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa (Agropensa); da Rede Embrapa Mulheres Rurais do Brasil; e do programa corporativo de pesquisa Mulheres Rurais Produtoras do Bem Viver, para fortalecer iniciativas de inclusão produtiva de mulheres em diversas regiões do País.

O Observatório de Mulheres Rurais do Brasil, criado em 2022, segundo a autora, “rompe com uma lógica histórica de apagamento e mostra, com destaque, o que muitas já sabiam: que as mulheres rurais sustentam a agricultura familiar, conservam a agrobiodiversidade brasileira e os modos de vida tradicionais, lideram experiências agroecológicas e são protagonistas na produção de alimentos saudáveis”.

Avanço coletivo – “A desigualdade de gênero ainda atravessa carreiras, territórios e classes sociais, afetando principalmente aquelas em situações de maior vulnerabilidade”, afirma a autora, que vê no papel transformador da educação e na responsabilidade ética das mulheres que alcançam posições de liderança, duas possíveis saídas transformadoras. “Avançar individualmente é importante, mas promover o avanço coletivo é essencial para transformar realidades e construir um futuro mais justo e igualitário”, diz Ana Euler, concluindo: “trabalhamos para que as meninas que hoje crescem no campo possam sonhar alto, sabendo que têm aliadas dentro da ciência”.

A participação das mulheres na cadeia produtiva florestal brasileira

O Capítulo 3, escrito por Cristiane Aparecida Fioravante Reis, pesquisadora e editora do livro, apresenta dados de estudo conduzido pela autora sobre a participação feminina nos 13 segmentos da cadeia florestal, faixas salariais, escolaridade, idade e dados sobre engenheiras florestais. Nesse panorama, as mulheres representam 22,2% dos vínculos no ano de 2021, concentradas nas faixas salariais mais baixas e com menor presença em setores de maior remuneração.

Estratégias – “Essas informações são essenciais para melhor compreensão da realidade da cadeia produtiva florestal e embasar estratégias visando à equidade de oportunidades entre mulheres e homens”, antevê Cristiane Reis. A autora consolidou o diagnóstico nacional sobre a presença feminina no setor, publicado no documento Participação das mulheres na cadeia produtiva florestal brasileira, lançado em 2024, justamente no 1º Painel de Mulheres Florestais, enriquecendo o evento com inúmeros resultados inéditos na época.

Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 da Agenda 2030 da ONU e a igualdade de gênero

O Capítulo 4, assinado pela pesquisadora Márcia Toffani Simão Soares, faz um percurso histórico do movimento feminista nos séculos XIX e XX e suas contribuições para a Agenda Global de gênero. Explica a estrutura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), integrantes da Agenda 2030 da ONU, mais especificamente o ODS 5 – Igualdade de Gênero, ao qual o livro está alinhado, assim como o próprio Grupo de Mulheres da Embrapa Florestas e os painéis de mulheres florestais promovidos em 2024 e 2025.

Eixo estruturante – A autora evidencia como gênero, raça, classe, orientação sexual e território se entrecruzam. Destaca as desigualdades persistentes, mas também os avanços e desafios na busca pela igualdade, mostrando a importância de se perceber a interseccionalidade (sobreposição de situações diversificadas e únicas) como tema estruturante da Quarta Onda de Feminismo em formação na atualidade.

“A persistência no fortalecimento de ações voltadas a uma maior compreensão de temas interseccionados como, por exemplo, a interface entre gênero e justiça climática, de alcance multidisciplinar e transdisciplinar, lança luz ao enorme espaço para avanços na ampliação do diálogo intersetorial, no contexto da quarta onda, para amadurecimento social, jurídico, educacional, científico, dentre outras áreas sinérgicas e complementares”, conclui a autora.

“Pela maior parte da História, ‘anônimo’ foi uma mulher. Assim Márcia Soares abriu o quarto capítulo, com a frase da escritora britânica Virginia Woolf como pano de fundo das reflexões sobre igualdade de gênero. Em seguida, outra citação igualmente significativa para situar o debate, de Fernanda de Negri, complementa a primeira: “…Superar essa invisibilidade exige o comprometimento de toda a sociedade”.

Mulheres na Embrapa Florestas

O Capítulo 5 tem como autora a pesquisadora Edina Regina Moresco, atual chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas. Seu enfoque dá visibilidade às mulheres que contribuíram para a formação e o desenvolvimento da Embrapa Florestas, situando a evolução das oportunidades e da presença feminina em diferentes áreas ao longo das décadas.

A autora revisita registros históricos, composição da força de trabalho e mudanças estruturais na formação das equipes, destacando trajetórias profissionais (como as das pioneiras na instituição) e desafios vividos, notando-se um aumento da participação de pesquisadoras, analistas e técnicas na instituição: 45% do quadro funcional da Embrapa Florestas é composto por mulheres (dado publicado em 2024). Edina considera que, “embora o crescimento tenha sido tímido, a jornada das mulheres na Embrapa Florestas tem sido notável, estabelecendo marcos importantes em um cenário historicamente dominado por homens”.

Pioneira – Entre as pioneiras está Yeda Maria Malheiros de Oliveira, que simboliza, em meio a outras conquistas, o avanço no âmbito da autoria feminina em trabalhos científicos. Yeda “foi a primeira pesquisadora a ser contratada na Unidade Regional de Pesquisa Florestal Centro-Sul, criada em 1978, posteriormente transformada no Centro Nacional de Pesquisa Florestal (CNPF), em 1984, e a primeira a participar da coautoria em um trabalho publicado pela Unidade. A Dra. Yeda também foi a primeira coautora (mulher) em documentos da Série Técnica da Embrapa Florestas (Shimizu; Oliveira, 1981) (Figura 5.6) e a primeira mulher a publicar no Boletim de Pesquisa Florestal (BPF), atual Pesquisa Florestal Brasileira (PFB)”. A contribuição de Yeda “também se estendeu à gestão, tendo sido a primeira Chefe Adjunta de Apoio Técnico (P&D), no período 1992–1995, e a primeira Chefe Geral interina em 1995 no CNPF”.

A mulher na Engenharia Florestal

O Capítulo 6 tem uma profissional pioneira como autora, a pesquisadora Yeda Maria Malheiros de Oliveira, que revela a evolução da presença feminina na formação em Engenharia Florestal, inicialmente muito restrita, e o crescimento constante nas últimas décadas.

“A presença das mulheres na Engenharia Florestal, antes exceção, se tornou parte integrante da área”, atesta a pesquisadora, após apresentar um panorama histórico da inserção da mulher na profissão e discutir aspectos da trajetória acadêmica e profissional. Ao final do capítulo, Yeda faz questão de lembrar, com ênfase, que “toda mudança é um processo!!!!!”.

Tendências – A autora considera positivas as tendências para a ampliação significativa da participação da engenheira florestal em setores e cargos, principalmente: as políticas de diversidade e inclusão; networking (redes de apoio) e mentoria; avanço tecnológico (uso de drones e sistemas de informações geográficas, por exemplo); e reconhecimento internacional, como o trabalho de promoção ativa da igualdade de gênero no setor florestal feito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Apresentação artística em homenagem à pesquisadora Maria Izabel Radomski (in memoriam) e a todas as mulheres

No Capítulo 7, a arte entra em cena. A autora, pesquisadora Maria Augusta Doetzer Rosot, conta como foi a apresentação musical realizada por um trio de colegas de trabalho, para homenagear Maria Izabel Radomski no 1° Painel de Mulheres Florestais, realizado no dia 11 de novembro de 2024. 

A autora descreve o significado simbólico da homenagem e o papel inspirador da pesquisadora (falecida em 2019, aos 52 anos) dentro da história da Embrapa Florestas, a ponto de o Grupo de Mulheres levar seu nome. “A homenagem traduz o reconhecimento da força, da sensibilidade e do legado deixado por Maria Izabel e por tantas outras mulheres da Embrapa Florestas”, sintetiza Maria Augusta.

Simbolismo – As duas canções escolhidas, segundo a autora do capítulo, têm significado especial, simbólico: Rock da Bel, por lembrar a colega e amiga homenageada, feita especialmente para ela (composição de Maria Augusta Doetzer Rosot); e Canção do Tempo, de Caetano Veloso, por remeter a algo dificilmente encontrável no cotidiano corrido de muitas, entre a vida profissional, pessoal e familiar, em duplas ou triplas jornadas de trabalho, fazendo-as “priorizar determinadas ações, o que lhes custa muito, não importa a direção em que as decisões sejam tomadas”, ao mesmo tempo que desejam “poder organizar seu tempo e, por consequência, gerenciar melhor sua vida, em todos os níveis”. 

Texto: Izabel Drulla Brandão

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Projeto prevê auxílio a setor florestal do Paraná após impactos do “tarifaço”

O Governo do Paraná encaminhou, nesta segunda-feira (8), projeto de lei à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que prevê auxílio financeiro a empresas do setor florestal, após o “tarifaço” dos Estados Unidos contra as exportações brasileiras.

“O Paraná é o principal Estado do País em produção de madeira. Somente esse setor representa 40% das exportações paranaenses para os Estados Unidos, sendo o produto líder da nossa balança comercial com os norte-americanos”, ressaltou o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.

O projeto prevê a aquisição de té R$ 150 milhões em créditos tributários próprios habilitados no Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) dessas empresas, além da redução da alíquota interna de 19,5% para 12% para os produtos da indústria madeireira.

Anteriormente, Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Fazenda, havia liberado R$ 300 milhões em créditos de ICMS homologados para auxiliar empresas do setor madeireiro e de outros segmentos impactados.

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também liberou R$ 200 milhões para empresas e cooperativas paranaenses exportadoras para financiamento de capital de giro, com prazo de 5 anos, sendo um ano de carência, e taxa de juros de IPCA + 4%.

Segundo o Governo do Paraná, os principais destinos das exportações paranaenses, em geral, ao longo de 2025 (janeiro a outubro) foram China, com 23,3% de participação, Argentina (8,2%), Estados Unidos (5,4%) e México (4%).

De acordo com dados da APRE Florestas, os Estados Unidos são o maior importador de serrado de pinus do Brasil (37,15%), e o segundo maior importador do Paraná do mesmo produto (30,79%).

Além disso, entre os produtos do agronegócio mais vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos, o setor florestal lidera em receitas com US$ 3,7 bilhões, seguido de cafés (US$ 2 bilhões), carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões).

Em 2024, somente os três estados do Sul do Brasil – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, responderam por 86,5% das exportações brasileiras de produtos de madeira para os Estados Unidos, totalizando US$ 1,37 bilhão.

O Paraná lidera esse indicador nacional em produtos como compensados, madeira serrada, molduras, portas, painéis e móveis – todos de maior valor agregado do que a celulose.

Os dados da Pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do IBGE comprovam esse status do setor florestal paranaense. O estado é responsável por 15,6% da produção nacional, atrás apenas de Minas Gerais (19,4%).

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Açaí sem desmatamento: Embrapa apresenta modelo que multiplica produção preservando a mata

Em meio à agenda global da COP 30, a Embrapa inaugurou o Centro de Referência Manejaí Salvaterra, na Ilha do Marajó. A unidade, instalada na comunidade de Monsarás, consolida uma tecnologia social capaz de elevar a produtividade do açaí nativo de uma para até seis toneladas por hectare ao ano, sem a necessidade de desmatamento. O lançamento contou com a presença de representantes do Sebrae, da União Europeia e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente (MMA), além do chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF), Ricardo Alamino. O projeto também integrou a programação da AgriZone, espaço de vitrine tecnológica da Embrapa na conferência do clima, como uma unidade demonstrativa na Fazenda Álvaro Adolpho, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA). 

A inauguração do espaço em Salvaterra marca a expansão da rede Manejaí, que já beneficia cerca de 300 famílias e 3 mil pessoas no arquipélago, incluindo ribeirinhos e quilombolas. O projeto ataca um dos principais gargalos ambientais da região: a “monocultura disfarçada”, prática em que produtores derrubam outras espécies da floresta de várzea para deixar apenas o açaizeiro, o que empobrece a biodiversidade e, a longo prazo, prejudica a própria produção de frutos.

Para Ricardo Alamino, problemas complexos exigem soluções mais elaboradas e integradas para atingir resultados impactantes. Ele reforça que o projeto traz exatamente estas soluções, pois através das Unidades de Referência, como as que já estão operando nos municípios de Portel, Muaná, Bagre, Breves e Salvaterra, diversas ações são articuladas em sistemas agroflorestais manejados pelas comunidades contempladas. “Estas ações de inclusão socioprodutiva integram conhecimento científico ao tradicional, envolvendo fontes de financiamento rural e ambiental, conservação e manejo sustentável e regenerativo de espécies e áreas ligadas à produção de açaí e outras espécies, manejo de polinizadoras (meliponicultura de abelhas sem ferrão), preservação da biodiversidade local, organização social e cultural, inserção no Programa Nacional de Alimento Escolar, além de unidade de saneamento básico de dejetos humanos”, reforça.

Tecnologia de Mínimo Impacto 

O diferencial do projeto reside na técnica de Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos. Desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia juntamente com a Embrapa Amazônia Oriental, a metodologia organiza a competição entre as plantas na floresta. Ao invés de suprimir a vegetação nativa, o produtor aprende a selecionar e manejar as árvores, garantindo a entrada de luz e nutrientes necessários para o açaizeiro, mantendo a floresta funcional e biodiversa.

Segundo um dos coordenadores da iniciativa, o pesquisador Anderson Sevilha, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o Manejaí não é apenas uma técnica agrícola, é um modelo de bioeconomia inclusiva. Para ele, a pesquisa conseguiu provar que a floresta em pé, quando bem manejada com ciência, garante maior produtividade ao produtor do que a derrubada.

Parceria Internacional e Legado 

A implementação dos centros Manejaí é fruto do projeto Sustenta & Inova. A iniciativa herdou e ampliou as bases do antigo projeto Bem Diverso, criando uma rede de unidades demonstrativas que funcionam como “escolas a céu aberto” para os extrativistas.

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SADA Reflorestamento expande área de florestas plantadas em quase 43%

A expansão deve representar um aumento de 10% a 15% na geração de empregos nessas operações.

Empresa do Grupo SADA dedicada à recuperação florestal e à produção sustentável de madeira e derivados, a SADA Reflorestamento vai expandir as áreas de florestas plantadas em Minas Gerais e Goiás em 42,9%. Com as novas aquisições de terrenos, o total plantado vai chegar a 14.730 hectares.

Em Minas Gerais, o foco é o plantio de eucalipto, dedicado às indústrias de energia e celulose, enquanto em Goiás predominam cedro e mogno africano, destinados à indústria moveleira. A expansão deve representar um aumento de 10% a 15% na geração de empregos nessas operações. 

O investimento também beneficia o meio ambiente. Até 2024, a SADA Reflorestamento sequestrou um total de 2,3 milhões de toneladas de CO₂. O cálculo será atualizado no final do ano.

“A expansão reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o crescimento das regiões onde atuamos. Além do impacto ambiental positivo, as aquisições vão ampliar nossa capacidade de geração de empregos. Nosso compromisso é crescer junto com as regiões onde estamos presentes, contribuindo para o fortalecimento da economia e da qualidade de vida da população”, afirma Luisa Medioli, diretora de Sustentabilidade do Grupo SADA.

Fundada em 2003 em Minas Gerais, a SADA Reflorestamento se destaca pela capacidade de inovar e contribuir para a preservação do meio ambiente, enquanto fornece produtos de qualidade para diversos setores. A sede central está localizada em Carbonita (MG), na região do Vale do Jequitinhonha, com unidades operacionais em Itamarandiba, Montes Claros. Sete Lagoas e Taiobeiras. Em Goiás, a operação está localizada no município de Jussara, no Noroeste do estado.

Informações: O Tempo

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Resina de pinus pode ser tão rentável quanto a madeira

Resina não é apenas um produto florestal secundário – ela pode valer tanto quanto a madeira.

A extração de resina das árvores de pinus pode ser tão rentável quanto o aproveitamento da madeira, constatou uma equipe de pesquisadores do Brasil e da Espanha.

O pinus é cultivado principalmente para fornecer matéria-prima para a indústria de papel e celulose, mas Martin Rodriguez e colegas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e das universidades Politécnica de Madri e Santiago de Compostela analisaram três serviços ecossistêmicos oferecidos por essas florestas plantadas: A madeira, a resina e o sequestro de carbono.

As árvores do gênero Pinus apresentam um fenômeno de exudação que gera uma resina de grande valor industrial. Uma vez destilada, essa resina fornece uma fração volátil, chamada terebentina, e uma fração fixa, o breu. A terebentina é usada como solvente de tintas e como matéria-prima nas indústrias química e farmacêutica, enquanto o breu é usado em tintas, vernizes, plásticos, lubrificantes, adesivos e várias outras aplicações.

Os pesquisadores criaram então um modelo para analisar a melhor forma de combinar a produção dos três elementos (madeira, resina e carbono) e determinar a idade ideal para o corte das árvores, de modo a alcançar a máxima rentabilidade.

Para não criar nenhum empecilho à exploração atual, os pesquisadores basearam inicialmente seus modelos no pressuposto de que a extração de resina ocorre apenas durante os três anos anteriores à colheita final para extração da madeira. Além disso, eles exploraram a existência de condições em que a produção de resina possa ser considerada complementar ou subordinada à produção de madeira.

Vale tanto quanto a madeira

Os resultados dos modelos indicam que a incorporação dos serviços de resina e carbono à extração da madeira não altera substancialmente a idade ideal de colheita nas plantações, considerando as condições tanto para o Brasil quanto para a Espanha.

No entanto, a rentabilidade econômica das plantações melhora significativamente quando esses dois serviços adicionais são considerados. “Em particular, a produção de resina contribui significativamente para o aumento da renda que o proprietário pode receber, reformulando a visão tradicional que a considerava um produto secundário ou complementar à madeira,” observou o professor Luis Balteiro.

E o resultado econômico pode ser ainda melhor, mas para isso será necessário coletar dados mais detalhados sobre a quantidade da resina produzida pelas árvores de acordo com sua idade e com o tipo de manejo, a fim de alcançar um planejamento florestal ideal – os dados disponíveis cobrem apenas a prática atual, de extração da resina nos três anos anteriores ao corte.

“Na verdade, observa-se que, em alguns cenários, a produção de resina tem um valor econômico comparável ao da madeira, o que sugere que sua gestão deva receber maior prioridade,” destacou o professor Balteiro.

Informações: Site Inovação Tecnológica

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Monitoramentos revelam novas espécies e ampliam mapa da biodiversidade no sul da Bahia

A Veracel Celulose abriu novos dados sobre a biodiversidade encontrada nas áreas de floresta que mantém no Sul da Bahia. Os números são parte de uma atualização dos monitoramentos feitos pela empresa, que vêm sendo ampliados para responder a um cenário de pressão crescente sobre a Mata Atlântica.

Segundo a empresa, programas contínuos de pesquisa em Áreas de Alto Valor de Conservação e na RPPN Estação Veracel têm revelado um acúmulo de espécies cada vez maior. São 926 plantas catalogadas, com 119 ameaçadas. Entre as aves, 344 registros, incluindo 79 endêmicas da Mata Atlântica. Nos mamíferos, 39 espécies identificadas nas áreas monitoradas, 16 delas ameaçadas, como a anta, o macaco-prego-do-peito-amarelo e a onça-pintada.

Marco Aurélio Santos, coordenador de Estratégia Ambiental e Gestão Integrada, afirma que o avanço ocorre porque os estudos são contínuos e usam métodos científicos modernos. Ele cita que a empresa se tornou referência “na produção de conhecimento e na proteção de espécies ameaçadas”, reforçando políticas públicas e serviços ecossistêmicos do bioma.

A atualização inclui ainda levantamentos entre 2018 e 2025 na Estação Veracel e no Parque Nacional do Pau Brasil, onde foram confirmadas 34 espécies de mamíferos – 30% ameaçadas na Bahia. De 2023 a 2025, ferramentas como DNA ambiental e armadilhas fotográficas adicionaram 36 espécies ao inventário, entre elas grandes carnívoros, quatro primatas e animais raros como a lontra e o gato-maracajá.

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Serra Catarinense consolida protagonismo em polos industriais de base florestal

A Serra Catarinense consolidou-se como um importante polo exportador de produtos de base florestal em Santa Catarina, reunindo dois segmentos com forte inserção internacional: madeira e móveis, e celulose e papel. A combinação entre tradição produtiva, disponibilidade de recursos naturais e capacidade de inovação sustenta o desempenho regional. Em 2024, o polo de madeira e móveis exportou US$ 381,8 milhões, enquanto o polo de celulose e papel alcançou US$ 166,5 milhões em vendas externas.

O levantamento realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, liderado pelo Observatório FIESC, mapeou polos industriais por mesorregiões brasileiras. Na Serra, o polo de madeira e móveis reúne 485 estabelecimentos e emprega 9,8 mil trabalhadores, com destaque para a exportação de madeira serrada, MDF e painéis de madeira. Já o polo de celulose e papel concentra 27 empresas e 4,4 mil empregados, com foco na produção de papel kraft e recipientes de papel. Segundo o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, o desempenho regional é impulsionado por uma base produtiva madura e inovadora, aliada à proximidade dos insumos.

A mesorregião serrana possui 14,6 mil estabelecimentos, sendo 2,5 mil indústrias que empregam 33,2 mil trabalhadores formais. Lages é o município com maior número de empregados industriais, seguido por Campos Novos e Curitibanos. Para o coordenador do estudo, Marcelo de Albuquerque, os polos com inserção internacional contribuem para a diversificação econômica, ampliando a competitividade regional, estimulando a inovação e fortalecendo a qualificação profissional.

As exportações reforçam o alcance internacional dos polos: o setor de madeira e móveis tem como principais destinos Estados Unidos, China e México, enquanto o polo de celulose e papel exporta majoritariamente para Argentina, Estados Unidos e México. Entre as empresas de destaque estão as três unidades da Klabin na região, voltadas à produção de papéis para embalagens, além de empresas como BlueFlorest, G13 Madeiras, JJ Thomazzi e Madepar, que figuram entre as principais exportadoras do segmento de madeira.

Informações: SC em Pauta

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Método transforma a biomassa – resíduo da indústria de celulose – em arma contra ervas daninhas

Tecnologia do INCT NanoAgro utiliza lignina Kraft – resíduo da indústria de celulose – para criar nanomateriais capazes de transportar herbicidas com mais precisão, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo a economia circular

Pesquisadores brasileiros acabam de apresentar um avanço científico que promete transformar o manejo de plantas daninhas e abrir caminho para um modelo mais sustentável dentro do agronegócio. A inovação desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) propõe o uso da lignina Kraft, um subproduto abundante da indústria de celulose, como base para a criação de nanomateriais capazes de otimizar a aplicação de herbicidas no campo.

A lignina é conhecida desde o século XIX, resultado do cozimento químico da madeira. Apesar de possuir características valiosas — como estabilidade química, resistência térmica, propriedades antioxidantes, ação antibacteriana e antifúngica, além de ser biodegradável — o composto nunca alcançou grande aproveitamento industrial.

De acordo com o Inmetro, menos de 2% da lignina produzida globalmente é utilizada, sendo o restante queimado ou descartado, mesmo com seu enorme potencial estratégico para diversas cadeias produtivas.

Uma virada tecnológica no uso da biomassa – resíduo da indústria de celulose – em herbicida

Foi diante desse cenário que os cientistas do INCT NanoAgro desenvolveram um método de fracionamento técnico da biomassa vegetal, capaz de gerar nanomateriais a partir das diferentes frações químicas da lignina Kraft. Esses nanomateriais funcionam como carreadores inteligentes de herbicidas, direcionando moléculas com mais eficiência para o interior das plantas daninhas, reduzindo perdas por deriva e minimizando a necessidade de aplicações elevadas.

A tecnologia já foi patenteada sob coordenação do professor Dr. Leonardo Fraceto, da Unesp Sorocaba, reforçando sua relevância como uma solução viável para o futuro da agricultura sustentável no Brasil e no mundo.

Economia circular: de resíduo a ferramenta agrícola

Um dos pontos mais inovadores da proposta é a capacidade de transformar um resíduo industrial abundante — e frequentemente desperdiçado — em um insumo de alto valor agregado. Como mais de 98% da lignina residual global é descartada, a tecnologia permite reinserir esse material em um ciclo produtivo sustentável, conectando setores como:

  • indústria papeleira
  • indústria química
  • agronegócio

Essa convergência fortalece a economia circular, reduz impactos ambientais e abre novas oportunidades de negócios associados ao aproveitamento de biomassa vegetal.

Menos petróleo, menos contaminação, mais eficiência contra ervas daninhas

O impacto ambiental também é expressivo. O uso de lignina como base para formulações nanoestruturadas reduz a dependência de insumos derivados de petróleo, alinhando a tecnologia às metas globais de descarbonização. Além disso, como o nanomaterial entrega o herbicida de forma mais direcionada, há diminuição do risco de:

  • contaminação de solo e água
  • dispersão acidental em áreas não alvo
  • acúmulo de resíduos químicos em sistemas produtivos

Em plena era da agricultura de alta intensidade, a solução contribui diretamente para a longevidade do solo e para práticas mais responsáveis de manejo de plantas daninhas, um dos maiores desafios do setor agrícola moderno.

Tecnologia escalável e estratégica para o Brasil

O Brasil, por ser potência global na produção de celulose, possui grande vantagem para escalar a tecnologia. A lignina Kraft é abundante no país, e a estrutura industrial já existente facilita a adaptação do processo, tornando o território brasileiro um candidato natural a referência mundial no desenvolvimento de insumos agrícolas sustentáveis com base em biomassa.

Segundo o professor Leonardo Fraceto, é fundamental comunicar à sociedade e às empresas como tais pesquisas podem gerar impacto real e se transformar em produtos que atendam às demandas do agronegócio moderno — um setor que exige competitividade, eficiência e soluções de baixo impacto ambiental.

A pesquisa do INCT NanoAgro demonstra, de forma prática, como ciência, inovação e sustentabilidade podem caminhar juntas. Ao transformar um resíduo complexo em um recurso agrícola de alto desempenho, o projeto não apenas oferece uma alternativa eficiente ao combate de ervas daninhas, como também reposiciona o Brasil na vanguarda das biotecnologias aplicadas ao campo.

Trata-se de um marco que reforça o papel da pesquisa nacional em criar soluções para os desafios ambientais, produtivos e econômicos do agronegócio contemporâneo.


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Entrega da Rota da Celulose a consórcio deve ocorrer em janeiro

O consórcio excluído do certame não se conformou com a decisão do Governo. Inicialmente, a K Infra Concessões e Participações Ltda. ingressou com um mandado de segurança no Fórum de Campo Grande para tentar anular a exclusão do consórcio que integrou na disputa, o K&G Rota da Celulose. Ela apresentou a qualificação técnica para participar do certame, no caso a concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, que depois foi cassada pela União por descumprimento de regras contratuais, situação que também foi parar na Justiça.

Como o magistrado da ação em Campo Grande determinou que fosse alterado o polo passivo, para inclusão do secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, a empresa desistiu da demanda em primeiro grau e apresentou ontem o mesmo pedido ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que tem a competência de julgar esse processo envolvendo secretários. O pedido da empresa será julgado na 2ª Seção Cível, tendo como relator o juiz convocado Fábio Possik Salamene.

A concessão terá duração de 30 anos para gestão de 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 6,9 bilhões — sendo R$ 3,2 bilhões correspondentes a custos operacionais. O projeto prevê praças de pedágio em cidades estratégicas, como Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

As obras incluem 146 quilômetros de duplicações, 457 quilômetros de acostamentos, 245 quilômetros de terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e 38 quilômetros de contornos urbanos. Também estão previstos 62 dispositivos em nível, 4 em desnível, 25 acessos, 22 passagens de fauna, 20 alargamentos de pontes e 3.780 m² em obras de arte especiais. Após as intervenções, toda a malha contará com acostamentos.

Informações: Campo Grande News

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Reflore/MS celebra 20 anos com homenagens e projeções para o futuro do setor florestal

Noite de homenagens, memória e união marcou um dos momentos mais simbólicos da história da associação

A Reflore/MS comemorou, na quinta-feira (04), duas décadas de atuação em uma noite marcada por emoção, reencontros e reconhecimento no Buffet Yotedy, em Campo Grande. O evento reuniu lideranças das associadas, autoridades, pioneiros e profissionais que ajudaram a construir a trajetória da associação, hoje uma das instituições mais relevantes para o desenvolvimento florestal em Mato Grosso do Sul.

As homenagens foram um dos pontos altos da celebração e destacaram pessoas e empresas que contribuíram de maneira decisiva para a consolidação do setor. Entre elas estiveram Leonardo De Zorzi e Giovani Nezello, da Primer Timber; Joarez Antonio Santim e Ivan Carlos Santim, da Maseal; Júlio Cesar Ohlson, Miguel Tadeu Cadini e Leonardo Bertola, da International Paper; além de Marcilio Mascarenhas Baioni e Ricardo de Almeida Delvalhes, da Delb Indústria. O Grupo Ramires também foi reconhecido por sua trajetória, representado por Luiz Calvo Ramires e Deodato Costa, assim como a Vetorial Siderurgia, cujo diretor Gustavo Trindade Correa teve sua homenagem recebida por Mario Cleiro de Souza. O consultor Manoel de Freitas, referência na área florestal, também foi lembrado, assim como o próprio diretor-executivo da Reflore/MS, Benedito Mário Lázaro, o Dito Mario, que recebeu sua homenagem das mãos dos filhos, em uma cena que comoveu o público.

A associação também prestou reconhecimento a figuras públicas e institucionais que acompanharam e apoiaram o avanço do setor ao longo dos anos. Foram homenageados o advogado José Antônio Felicio; Carlos Alberto Negreiros, do Tribunal de Contas; a senadora Tereza Cristina; Claudio Jorge Mendonça, do Sebrae/MS; Joésio Siqueira, da STCP; André Borges e Osvaldo Santos, do Imasul; Rogério Bereta, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc); o embaixador José Carlos da Fonseca (ausente); além dos professores Carlos Wilcken, da Unesp, e Fabrício Fagundes, da UFGD. A lista se completou com o secretário de Estado Jaime Verruck reforçando o papel coletivo que sustentou o desenvolvimento da base florestal sul-mato-grossense.

Entre tantas homenagens, a fala de Dito Mario marcou profundamente a noite. Emocionado, ele lembrou que a trajetória da associação se confunde com sua própria vida profissional e pessoal. “Ver a Reflore completar 20 anos é como acompanhar o crescimento de um filho. Essa associação nasceu pequena, com muita luta, muita fé e o apoio de pessoas que acreditaram no setor antes mesmo dele existir. Hoje ela representa uma causa. É um projeto de vida para mim, e Deus tem abençoado cada passo dessa construção coletiva”, afirmou.

A celebração também marcou o lançamento da revista “Reflore/MS 20 anos”, publicação que resgata marcos, memórias e histórias que ajudam a entender a dimensão do setor ao longo dessas duas décadas. Um dos relatos que mais emocionaram o público foi o de Luiz Calvo Ramires, um dos primeiros produtores a plantar eucalipto em Mato Grosso do Sul ainda na década de 1970. Ele relembrou o pioneirismo de apostar em um cultivo que despertava dúvidas e hoje simboliza o salto econômico que transformou o estado em referência mundial na produção de celulose.

O presidente da Reflore/MS, Júnior Ramires, também destacou a força desse legado e a importância da união das associadas, lembrando que o setor se desenvolveu graças à cooperação e ao trabalho contínuo. “Chegar aos 20 anos é uma conquista construída diariamente, com trabalho sério, transparência e união das associadas. A Reflore só existe porque existe um setor forte, que acredita na colaboração e na construção de um futuro comum. Este é um momento emocionante para todos nós e reafirma nosso compromisso de seguir avançando, representando o setor e preparando o próximo ciclo de crescimento do Mato Grosso do Sul”, declarou.

Reunião Ordinária – A noite foi o encerramento de um dia iniciado com a Reunião Ordinária da Reflore/MS, realizada durante a tarde, quando associados, parceiros e Grupos de Trabalho apresentaram resultados, análises e as primeiras diretrizes para 2026. O encontro reforçou a maturidade do setor e a importância da construção coletiva para garantir competitividade e inovação nos próximos anos.

Ao final da reunião, foi confirmado o Conselho Administrativo que conduzirá a associação no próximo triênio, formado por Júnior Ramires, da Ramires Reflortec; Moacir Reis, do Grupo Mutum; e Rodrigo Zagonel, da Suzano, além dos conselheiros Carlos Justus, da Eldorado Brasil; José Márcio Bizon, da Bracell; Márcio Geromini, da Corus; e Rodrigo Rocha, da Lacan. No mesmo período, atuarão no Conselho Fiscal Mario Cleiro, da Vetorial; Ivan Santin, da Maseal; Murici Candelaria, da Arbogen; e Márcio Couto, da Arauco.

Ao completar 20 anos, a Reflore/MS reafirma seu compromisso com a articulação institucional, a integração entre empresas, governo e sociedade e o avanço sustentável de um setor que transformou, e continuará transformando, o Mato Grosso do Sul.

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