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Área da Suzano terá 1,2 mil hectares de reserva particular

Território está localizado na Fazenda Boi Preto e em processo de formalização junto ao Instituto Chico Mendes

Área de 1,2 mil hectares da fábrica de celulose, a Suzano, deve se transformar em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira (26), durante evento no Parque Estadual Matas do Segredo, em Campo Grande.

De acordo com a diretora-geral do Ecofuturo, Valéria Blos, a expectativa é anunciar a consolidação do projeto a partir do segundo semestre.

“Estamos iniciando esse processo e esperamos anunciar essa nova RPPN para o Estado em cerca de dois meses. A área terá 1,2 mil hectares. Além disso, ao redor dessa RPPN, queremos lançar um parque público com visitação, pesquisa e educação ambiental. Ele ficará em Ribas do Rio Pardo, bem próximo ao município, com cerca de 3,5 mil hectares. É uma área maravilhosa, com diferentes tipos de Cerrado. Ao longo do ano, vamos planejar e buscar novas parcerias para que esse espaço possa ser oferecido ao público a partir do ano que vem”, explicou.

Ainda segundo informações, a área que se tornará reserva particular está localizada na Fazenda Boi Preto e em processo de formalização junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Parceria – O Instituto Ecofuturo, organização sem fins lucrativos mantida pela Suzano S.A., e a Associação Aliança 5P firmaram um acordo para traçar ações voltadas à conservação e proteção da biodiversidade em Mato Grosso do Sul. Na ocasião, as entidades assinaram o “Memorando de Entendimento”, que marca o início oficial da colaboração. A formalização ocorreu no Parque Estadual Matas do Segredo.

Em relação aos principais desafios encontrados no Estado, Valéria destaca a capacitação de profissionais para o setor do meio ambiente.

“Conversando com o poder público, percebemos que um dos grandes desafios é o preparo e a formação técnica dos profissionais que atuam nas unidades de conservação. Precisamos adaptar o que já oferecemos para a realidade local, que tem suas particularidades”, completou.

À esquerda, Ana Paula, da Associação Aliança 5P; à direita, Valéria, do Ecofuturo (Foto: Marcos Maluf)

A secretária-executiva Ana Paula Felício, da Aliança 5P, destaca o primeiro objetivo da parceria. “Nosso primeiro projeto é trazer para cá o treinamento técnico que eles já é realizado no Parque das Neblinas, voltado para gestores de unidades de conservação. Neste momento, estamos em busca de recursos para dar esse pontapé inicial. Esse será o primeiro passo da nossa parceria. Estamos pensando, de fato, no Estado, investindo na capacitação de pessoas com expertise em gestão de unidades de conservação”, disse.

Informações: Campo Grande News.

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Ebramem foi um sucesso de público, reunindo especialistas e visitantes do Brasil e exterior

O XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira) foi marcante em vários aspectos. O evento, realizado de 5 a 7 de maio, em Curitiba, aproximou teoria e prática com  palestras, painéis de debate, Expo com participação de empresas do setor construtivo com madeira, e ainda o Hackaton!

Agradecemos a todos que fizeram parte do evento, desde nossos parceiros na organização, assim como apoiadores, patrocinadores, palestrantes, autores e participantes.

Confira os números:

– 300 congressistas
– Mais de 700 visitantes
– 28 especialistas
– 116 trabalhos de 7 países para o prêmio Ibramem
– 383 autores de trabalhos científicos, totalizando 113 artigos
– 43 empresas e instituições participantes do Ebramem Expo
– Cerca de 60 alunos e profissionais no primeiro Hackaton
– Palestras internacionais do Canadá, Chile, Itália, Portugal e Áustria
– Exposições digitais em torno da arquitetura, história e cultura
– Mais de dois anos de dedicação para esse grande acontecimento

A participação expressiva e o conteúdo sobre madeira e tecnologia demonstram que o Ebramem continua sendo um encontro de atualizações e troca de conhecimento sobre a construção aliada à sustentabilidade.

Além do encontro técnico-científico, o evento foi marcado por duas exposições culturais inéditas e interativas. Uma delas foi a “Wood Life Sweden”, organizada pela Embaixada da Suécia, a qual apresentou fotos e descrições de projetos suecos que utilizaram a madeira de diferentes formas, estimulando arquitetos a adotar a madeira engenheirada como material sustentável, além de promover seu uso no Brasil.

“Madeira na arquitetura – ontem, hoje e amanhã” foi outra exposição que proporcionou aos participantes uma imersão digital na evolução do uso da madeira na construção, revelando como esse material foi utilizado por gerações, e de quais formas podemos aumentar sua participação na construção, seja em wood frame, CLT (Cross-laminated timber), MLC (Madeira Laminada Colada), ou em residências, restaurantes, edifícios e teatros. 

Ebramem Expo – Paralelamente ao evento, ocorreu também o Ebramem Expo, onde inovação, tecnologia e design uniram-se para transformar a maneira como o mercado enxerga e utiliza a madeira na construção civil. No total, tivemos a presença de 43 empresas e instituições participantes do Ebramem Expo, em um ambiente de negócios, e trocas de experiências.

Prêmio IBRAMEM 2025 registrou número recorde de inscrições: foram 116 trabalhos provenientes de sete países da América Latina

Premiações – O prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025 anunciou seus vencedores durante a cerimônia de encerramento do XVIII.

Com duas categorias, Arquitetura e Design, e duas modalidades (profissionais e estudantes de graduação das áreas de Arquitetura, Engenharias e Design), o Prêmio IBRAMEM 2025 registrou número recorde de inscrições: foram 116 trabalhos, provenientes de sete países da América Latina (Brasil, Argentina, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) e nove estados brasileiros (CE, DF, ES, MG, RJ, SP, PR, SC e RS).

Todos os trabalhos inscritos passaram por um criterioso processo de avaliação, conduzido por um júri formado por docentes e profissionais renomados nas áreas de Arquitetura, Engenharia e Design da América Latina. Após as etapas de homologação e julgamento, 20 trabalhos foram selecionados para a fase final.

Durante o XVIII EBRAMEM, os trabalhos finalistas foram expostos e submetidos a uma votação popular, cujo resultado também foi divulgado na cerimônia de premiação.

O prêmio destacou projetos que evidenciam as qualidades técnicas, culturais e socioambientais da madeira, reafirmando seu papel estratégico para uma construção mais sustentável, inovadora e humanizada. A seguir, os trabalhos premiados:

Arquitetura – modalidade profissional

Vencedor

Biblioteca Comunitária Yuyarina Pacha – Al Borde | Equador

Menção Honrosa

Casas Taguaí – Protótipos em MLC – Xavier Arquitetura | São Paulo – Brasil

Chaki Wasi – Centro de Artesanías de la Comunidad de Shalalá – La Cabina de la Curiosidad | Equador

Casa Quinta – Arquipélago Arquitetos | São Paulo – Brasil

Crematorio Maule – Urzúa Soler Arquitectos | Chile


Menção de Destaque

Conjunto Tanica – Izquierdo Lehmann Arquitectos | Chile

Hangar Museu – Nola Arquitetura | Santa Catarina – Brasil

Casa Aleros – Urzúa Soler Arquitectos | Chile


Prêmio IBRAMEM 2025 | Arquitetura – modalidade estudante

Vencedor

Regeneração e Espaço – Canteiro Experimental UFPR – Eduarda Michelon, Cibele Kunzler e prof. Patricia de Freitas Nerbas | UNISINOS – São Leopoldo/RS

Menção Honrosa

Canteiro Trama – João Augusto Brandão Baldassin, Beatriz Medeiros Urbano, João Gabriel Costa e Silva, Leonardo Luis Floriano e prof. Akemi Ino | IAU USP – São Carlos/SP

Canteiro IPÊ – Raul Comelli Pizzato, Gabriel Castro Osachuki, prof. Marina Oba e prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR

Canteiro de Obras UFPR – Rodolfo de Lima Tomazelli, Nadine Dranka Moro e prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR

Canteiro do Aviário – Christian Almeida Campos do Nascimento, prof. Reginaldo Luiz Nunes Ronconi e Jônatas de Souza e Silva | FAU USP – São Paulo/SP

Prêmio IBRAMEM 2025 | Design – modalidade profissional

Vencedor

Poltrona Paco – Lattoog | Rio de Janeiro – Brasil

Menção Honrosa

Projeto Piso 4D – Tetrus Tecnologia de Soluções Ltda | São Paulo – Brasil

Cabideiro Jaboticaba – O Criativo Design | Paraná – Brasil

Estante Tajapi – Grafismo – Estúdio Igor Lima | São Paulo – Brasil

Arandela Boreal – David Tessler Design | Paraná – Brasil

Prêmio IBRAMEM 2025 | Design – modalidade estudante

Vencedor

Modularis – Maria Julia Fusco Ferreira, prof. Débora Cristina Rosa Faria da Costa e Heloisa Martin Mendes Pereira Helena | IFSP – Jacareí/SP

Menção Honrosa

Goiabão – Gabriel Luiz Tiepermann e prof. Rodolfo Krul Tessari | UTFPR – Curitiba-PR

Prêmio IBRAMEM 2025 | Votação Popular

Arquitetura – modalidade profissional

Biblioteca Comunitária Yuyarina Pacha – Al Borde | Equador – 19,4% dos votos

Arquitetura – modalidade estudante

Canteiro IPÊ – Raul Comelli Pizzato, Gabriel Castro Osachuki, prof. Marina Oba e prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR – 53% dos votos

Design – modalidade profissional

Arandela Boreal | David Tessler Design | Paraná – Brasil – 34,3% dos votos

Design – modalidade estudante

Goiabão | Gabriel Luiz Tiepermann e prof. Rodolfo Krul Tessari | UTFPR – Curitiba-PR – 62,7% dos votos

O Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025 reafirma a relevância da madeira como protagonista na arquitetura e no design contemporâneos, valorizando soluções construtivas inovadoras, sensíveis ao contexto social e comprometidas com a sustentabilidade na América Latina.

Hackaton – De forma inédita, foi realizado no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o primeiro Hackathon da Madeira. Participaram cerca de 60 estudantes e profissionais em uma intensa jornada de inovação e formação voltada para o impacto social da madeira na construção civil. 

O patrocinador exclusivo foi o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR), através dos seus recursos e edital de chamamento público da lei federal de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS). 

Participaram do hackaton cerca de 60 estudantes e profissionais em uma intensa jornada de inovação

O tema do desafio apresentado nesta edição do hackathon foi ATHIS e Crise Climática no RS: soluções em madeira para habitação de interesse social da comunidade indígena Tekoá Pará Rokê, no município de Rio Grande – RS. 

O CAU/PR ofereceu uma oficina sobre a lei de Athis junto a experiências de editais pretéritos e com a presença da Federação Nacional de Arquitetos (FNA). E pela tarde houve outra mesa sobre  ATHIS e a questão indígena para a arquitetura. 

Além destas, houve oficinas técnicas de treinamento com profissionais das empresas Art Massif, Timbau Estruturas, Ita Engenharia e Tecverde. 

As equipes foram nomeadas com Árvores Brasileiras e desenvolveram maquetes protótipos em madeira e uma entrega digital.

Vencedores – A equipe Cedro, primeira colocada, foi contemplada com o  Prêmio Roberto Alfredo Pompéia, em homenagem a esse renomado arquiteto e urbanista, além de um kit de livros, enquanto o segundo lugar (equipe Sucupira) e terceiro lugar (equipe Itauba e Cumaru) receberam medalhas Roberto Pompéia e um kit de livros.

Foram entregues duas menções honrosas decididas pelo “Júri Araucária”, composto por profissionais do IBRAMEM, UFPR, UFSC, IAU-USP São Carlos, Estúdio 41, Art Massif e os dois representantes da comunidade parceira – Gabriel Fernandes (Arquiteto assessor técnico) e Gildo Silvo (cacique e liderança comunitária da Tekoá Pará Rokê).

Todos os projetos desenvolvidos com soluções em madeira para os módulos habitacionais da comunidade foram entregues para os seus representantes para que possam agregar a discussão do processo participativo que têm realizado no território.

Atingidos pelas enchentes de 2024, a parceria com o IBRAMEM no Hackathon se deu através do apoio e parceria da Federação Nacional de Arquitetos (FNA) pela atual presidente desta, Andréa dos Santos (RS).

Desfio do hackaton foi a crise climática no Rio Grande do Sul e soluções em madeira para habitação de interesse social

Trabalhos científicos e palestras – Um número expressivo de trabalhos científicos foram apresentados durante o Ebramem. No total, 383 autores submetendo suas pesquisas, perfazendo 113 trabalhos científicos em torno de temas como “Construções e sistemas construtivos: práticas nacionais e internacionais”; “Arquitetura em madeira”; “Projetos estruturais e de ligações em madeira (maciça, engenheirada, LWF)”; “Industrialização da madeira”; “Segurança contra incêndio nas edificações em madeira”; “Conservação de edificações históricas em madeira”; “Recuperação de estruturas de madeira”; “Habitações em madeira”; “Normas técnicas para estruturas de madeira”; e “Sustentabilidade e assuntos complementares”. 

Já as experiências práticas e as palestras internacionais giraram em torno do uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil.

O Ebramem foi organizado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Birka, Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediou o evento.

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Melhorando a compreensão sobre a ótima história sustentável do papel

À medida que a conscientização ambiental aumenta sua influência sobre as decisões dos consumidores, a nova pesquisa Trend Tracker 2025 traz informações atualizadas e muito relevantes sobre a percepção do público quanto aos impactos ambientais da comunicação impressa e das embalagens de papel, cartão e papelão. Realizada com 12.400 entrevistados, em 17 países, a pesquisa aborda os mais importantes temas sobre a sustentabilidade e a eficácia dos produtos derivados do papel. Na América Latina a pesquisa foi realizada no Brasil e na Argentina.

Um número expressivo de consumidores ainda acredita que a produção e o uso de papel, cartão e papelão promovem desmatamento, mas houve uma pequena melhora nesse indicador. Na Europa, a parcela dos que acreditam que as florestas do continente estão diminuindo caiu de 60% em 2023 para 56% neste ano. O fato é que as florestas europeias estão crescendo.  Em outras regiões o indicador permaneceu praticamente estável. No Brasil, o percentual da população que acredita que papel desmata era de 71% em 2023 e caiu levemente para 70%. Entre os argentinos, 78 % dos consumidores relacionaram o consumo de produtos de papel ao desmatamento, pequeno acréscimo em relação aos 77% de 2023. Na América Latina papel, cartão e papelão são feitos exclusivamente a partir de árvores cultivadas, de fibras recicladas ou de resíduos como bagaço de cana, ou seja, a sua produção e uso não contribuem para o desmatamento.

“O mito de que papel desmata ainda está profundamente enraizado entre o público em geral. O objetivo de Two Sides é continuar esclarecendo os consumidores sobre a origem renovável da sua principal matéria-prima, a celulose, e sobre a gestão responsável das árvores cultivadas para essa finalidade na América Latina. Two Sides também trabalha para reforçar as práticas de consumo consciente e da reciclagem”, esclarece Fabio Mortara, presidente de Two Sides América Latina.

A pesquisa também revelou um desconhecimento sobre as altas taxas de reciclagem do papel, mas também apontou uma pequena melhoria nessa percepção, Na Europa, um em cada quatro consumidores agora compreende corretamente que mais de 60% do papel é reciclado no continente – um aumento significativo em relação aos 18% registrados em 2023. Já no Brasil esse percentual cresceu pouco – 21% em 2025 contra 20% em 2023. Na Argentina os números foram 19% em comparação a 16% na pesquisa anterior. Na realidade, a taxa de reciclagem de papel no Brasil está em 58% e na América Latina como um todo a média é de 47%. Ou seja, papel é um dos materiais mais reciclados nessas regiões. Embora a reciclagem seja um pilar fundamental da sustentabilidade, o ciclo de vida do papel depende de um equilíbrio saudável entre fibras recicladas e fibras novas. O papel não pode ser reciclado indefinidamente; fibras novas provenientes de fontes renováveis são essenciais para manter a qualidade e a resistência dos produtos de papel.

A preferência em relação às embalagens de papel, cartão e papelão revelou que no Brasil 59% dos consumidores consideram-nas melhores para o meio ambiente. Na Argentina esse número foi 41% e na América do Norte 51% têm essa percepção.

Para Mortara, “os resultados da Trend Tracker Survey 2025 mostram que ainda há muito trabalho de esclarecimento a ser feito para comunicar a história sustentável do papel – desde a origem renovável da sua matéria-prima, passando pela produção com baixos impactos ambientais, até as altas taxas de reciclagem”.

Com a crescente preocupação pública em torno das mudanças climáticas, da poluição e da escassez de recursos naturais, os produtos de papel oferecem uma alternativa baseada em matéria-prima renovável e reciclável. Desde comunicações impressas e embalagens de papel até produtos de higiene do dia a dia, o papel é essencial e, usado de forma responsável, sem desperdícios, pode contribuir para uma vida mais sustentável.

Iniciativas como a campanha Love Paper, desenvolvida por Two Sides, estão ajudando a promover essa mensagem – divulgando inúmeros benefícios ambientais e práticos do papel por meio da mídia, parcerias e conteúdos educativos.

O que é Two Sides?

Fundada em 2008, Two Sides é uma iniciativa global, sem fins lucrativos que divulga os atributos únicos, sustentáveis e atraentes do papel e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre seus impactos ambientais. Two Sides é uma colaboração de empresas de celulose, papel, embalagens, gráficas, editoras, jornais e revistas e opera na Europa, América do Norte e do Sul, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Papel, cartão e papelão são recicláveis biodegradáveis e provêm de florestas cultivadas.

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O futuro em módulos: a revolução da construção modular na arquitetura

A construção modular vem ganhando cada vez mais espaço como alternativa viável e eficiente na arquitetura contemporânea. Composta por módulos pré-fabricados que são montados fora do canteiro de obras e depois transportados para o local definitivo, essa técnica oferece vantagens como rapidez, economia de materiais e menor demanda de mão de obra.

A ideia não é nova. A origem remonta ao século 19, quando o carpinteiro inglês John Manning criou uma casa modular de madeira para o filho na Austrália. Desde então, o conceito evoluiu e passou a incorporar novos materiais e tecnologias, consolidando-se como uma solução inteligente para as demandas da construção civil moderna.

Durante o século 20, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a construção modular ganhou força como resposta à urgência de reconstrução em diversos países europeus. A industrialização da construção civil tornou-se um marco desse período, permitindo obras mais rápidas, padronizadas e com menor custo.

Um exemplo notório foi o edifício Nakagin Capsule Tower, construído em Tóquio em 1972, que utilizou cápsulas habitacionais modulares acopladas a um núcleo fixo de circulação. A proposta era clara: reduzir o tempo e os recursos aplicados em cada nova unidade habitacional, sem abrir mão da funcionalidade e do design inovador.

No Brasil, a construção modular ainda representa uma parcela pequena do total, com destaque para as edificações em madeira, que somam cerca de 5%. No entanto, esse número tende a crescer à medida que arquitetos, designers e construtores buscam soluções mais sustentáveis e eficientes.

Modelos como o wood frame e o steel frame vêm sendo cada vez mais adotados por proporcionarem alta qualidade e menor impacto ambiental. Além disso, exemplos locais como a Eco Cabanas, no Espírito Santo, demonstram que há mercado e aceitação para esse tipo de inovação, especialmente quando há preocupação com a procedência e certificação dos materiais utilizados.

“A construção modular é, sem dúvida, uma resposta atual aos desafios da sustentabilidade, produtividade e racionalização de recursos. O futuro da arquitetura depende de sistemas mais limpos e inteligentes como esse”, afirma o arquiteto Heliomar Venâncio, fundador da HVenâncio Arquitetura e presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-ES).

Heliomar Venâncio.

Transformação

O método construtivo também se mostra um aliado no enfrentamento de um dos principais desafios do setor: a escassez da mão de obra na construção civil. Com um sistema industrializado e montagens mais rápidas, a necessidade de profissionais em campo é reduzida. Além disso, as construções modulares permitem maior controle de qualidade, menos desperdício e mais flexibilidade para desmontagem ou expansão futura, tornando-se uma alternativa cada vez mais atraente em tempos de transição ecológica e digital.

Projetos modulares de sucesso têm sido realizados no Brasil e no mundo, como a Casa Contêiner Modular, construída em 15 dias em 2016, o Drinks Bar da Casa Cor 2021 ou o Espaço Digital Influencer, durante a Casa Cor 2024, também na capital capixaba, concluído em apenas dez dias. Internacionalmente, dois marcos da construção modular rápida são o Hospital de Wuhan, erguido em apenas dez dias durante a pandemia, e o Mini Sky City, um arranha-céu de 57 andares construído em 19 dias na China. “Os chineses são os papas hoje no mundo em construção modular”, diz Venâncio. São exemplos que mostram o potencial transformador dessa abordagem, principalmente em contextos que exigem agilidade, economia e sustentabilidade.

Espírito Madeira 2025- As informações acima foram compartilhadas por Heliomar Venâncio durante palestra na edição 2024 da feira Espírito Madeira- Design de Origem. Ele é um dos principais defensores da construção modular no país e estará de volta ao evento em sua terceira edição, de 11 a 13 de setembro, em Venda Nova do Imigrante (ES), trazendo um módulo construtivo. Mestre em Arquitetura e Cidade pela UVV, pós-graduado em Construção Civil pela UFMG e em Engenharia Ambiental pela Universidade Cândido Mendes, Heliomar também foi presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), venceu o Prêmio Ecologia do Governo do Estado do Espírito Santo em quatro oportunidades e é autor de cinco livros sobre Construção Civil, entre eles o “Minha Casa Sustentável“. A próxima edição do Espírito Madeira promete trazer ainda mais inovações e debates sobre o futuro da construção sustentável no Brasil. Fique ligado no site: www.espiritomadeira.com.br.

*Seja um patrocinador da Espírito da Madeira! 

Esteja entre as principais empresas e instituições que apoiam esta Feira já consolidada como referência nacional do setor de madeira. Oportunidade única para conectar negócios, elevar conhecimento e cultura nas Montanhas Capixabas. Clique aqui e garanta sua participação como parceiro e apoiador do Espírito da Madeira 2025!

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

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Transição silenciosa: a escassez de mão de obra florestal ameaça a base da produção

*Artigo de Geraldo Dias.

A mecanização da silvicultura é um caminho sem volta e desejável. Reduz riscos, aumenta produtividade e melhora a ergonomia. Mas há um ponto que precisamos encarar com mais seriedade: a janela de transição entre o modelo tradicional e o modelo mecanizado está escancarada, e não estamos preparados para atravessá-la.

Enquanto os investimentos em mecanização avançam, muitas das nossas operações ainda dependem fortemente de trabalho manual. E esse profissional simplesmente deixou de existir em muitas regiões.
Historicamente, quem ocupava essas funções eram pessoas vindas da agropecuária familiar, com forte ligação ao campo e familiaridade com o ritmo rural. Mas esse perfil está desaparecendo. O êxodo rural e a rejeição cultural ao trabalho braçal tornaram esse profissional uma raridade especialmente entre os mais jovens.

Empresas já sentem os impactos:

  • Aumento expressivo de custos para trazer mão de obra de outras regiões;
  • Rotações altíssimas de equipes em atividades de preparo de solo, plantio e manutenção;
  • Quedas na qualidade da execução em atividades críticas, mesmo com supervisão presente;
  • Atrasos operacionais por falta de equipe, especialmente em grandes polos florestais como MS.

E o mais preocupante: mesmo com o avanço da mecanização, a viabilidade plena exige tempo, tempo de adaptação técnica, validação operacional, ajustes de logística e escala. Ou seja, enquanto não cruzamos totalmente essa ponte, precisamos encontrar novas formas de manter a operação de pé.

O risco é claro: se negligenciarmos essa fase intermediária, teremos um gargalo crônico na base da produção e nenhuma máquina resolve um plantio sem operador qualificado para pilotá-la ou mesmo para prepará-la.

Esse contexto nos leva a questionar:

  • Como reestruturar a atração e formação de profissionais operacionais?
  • Que incentivos regionais ou programas de capacitação podem ser criados?
  • Como redesenhar a cultura de trabalho no campo para torná-la mais atrativa às novas gerações?

*Geraldo Dias é técnico em Agropecuária (UFV – Campus Florestal), e administrador (Unopar). Possui mais de 12 anos de experiência na área florestal, atuando como supervisor de colheita, transporte e silvicultura em empresas multinacionais certificadas. Trabalhou em desenvolvimento de soluções tecnológicas, mecanização, gestão de recursos humanos, e treinamento de equipes, com foco em melhorias operacionais, sustentabilidade e segurança.

*Imagem em destaque: crédito Paulo Cardoso/Mais Floresta.

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