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Com salto nas exportações de carnes e celulose, MS fecha quadrimestre com superávit de US$ 2,46 bi

No cenário internacional, a China permaneceu como principal destino dos produtos sul-mato-grossenses

Mato Grosso do Sul encerrou o primeiro quadrimestre de 2025 com superávit comercial de US$ 2,46 bilhões, resultado 6,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelas exportações de celulose, carne bovina e carnes de aves, além da expansão nas vendas externas da indústria de transformação, que cresceu 29,65% em termos de valor. Os dados são do COMEXSTAT, organizados pela Assessoria Especial de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior de Abril de 2025.

Entre janeiro e abril, as exportações totalizaram US$ 3,37 bilhões, crescimento de 2,7% em relação a 2024. Já as importações somaram US$ 879,8 milhões, uma retração de 6,3%, o que reforça a balança comercial favorável ao Estado no período. O principal item importado foi o gás natural, que representou 34,68% da pauta importadora.

Entre os produtos com melhor desempenho no primeiro quadrimestre de 2025 destaca-se a celulose, que liderou a pauta representando 33,37% das exportações sul-mato-grossenses, com crescimento de 80,37% em relação a janeiro-abril de 2024. Também registraram alta a Carne bovina in natura, com aumento de 40,7%, totalizando US$ 487,7 milhões; as Carnes de aves, com crescimento de 19,5%, com vendas externas de 118,6 milhões e o Couro, com 23,4% de alta nas exportações, num total de US$ 35,5 milhões.

A soja, embora seja o segundo item da pauta, com 28,66% de participação, teve queda de 25,7% em valor exportado. A indústria de transformação foi o setor com maior crescimento relativo no quadrimestre: aumento de 29,65% em valor e 25,38% em volume exportado. Já a indústria extrativa cresceu 37,7% em volume.

No cenário internacional, a China permaneceu como principal destino dos produtos sul-mato-grossenses, absorvendo 46,61% das exportações, seguida pelos Estados Unidos (6,64%) e Países Baixos (4,15%). Houve destaque para o crescimento nos embarques para Bangladesh (+350,39%), Turquia (+53,82%), Argentina (+77,61%) e Itália (+39,04%).

Entre os portos, o de Santos lidera com 36,83% da movimentação, seguido de Paranaguá (35,65%) e São Francisco do Sul (8,7%). O terminal portuário de Porto Murtinho, ponto estratégico do Corredor Rodoviário de Capricórnio (a Rota Bioceânica), respondeu por 3,54% das exportações.

Já entre os municípios, Três Lagoas segue o maior exportador estadual, com 18,65% do total, seguido por Dourados (13,46%) e Ribas do Rio Pardo (9,53%), que apresentou crescimento expressivo de 2.348,68% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024. Campo Grande (7,54%) e Corumbá (5,32%) também se destacaram em abril.

Informações: ACRISSUL.

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Após 8 anos de briga, J&F vai retomar controle total da Eldorado Celulose em MS

Holding dos irmãos Batista pagará US$ 2,7 bilhões à Paper e põe fim à mais longa disputa societária do Brasil

A J&F Investimentos, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, firmou um acordo com o grupo Paper Excellence para encerrar uma disputa societária que se arrastava desde 2017 pela Eldorado Celulose, instalada em Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande. Pelo acerto, a J&F vai adquirir os 49,41% restantes da companhia, atualmente nas mãos da Paper Excellence, por US$ 2,7 bilhões. A assinatura do contrato está prevista para esta quinta-feira (15), e marcará o fim de um dos litígios empresariais mais longos e intensos do Brasil.

A controvérsia teve início em 2017, quando a J&F anunciou a venda da totalidade de sua participação na Eldorado para a Paper Excellence. No entanto, em 2018, ao chegar o momento da transferência efetiva das ações, a J&F levou o caso à Justiça, alegando descumprimento de cláusulas contratuais por parte dos compradores.

Desde então, as duas companhias travaram uma guerra jurídica em múltiplas frentes, incluindo tribunais brasileiros e câmaras arbitrais internacionais em Miami e Paris. A disputa envolveu acusações mútuas e questionamentos sobre o cumprimento de contratos, além de mobilizar centenas de milhões de reais em honorários advocatícios ao longo dos anos.

Com o novo acordo, divulgado inicialmente pelo O Globo, a J&F volta a deter 100% da Eldorado, uma das maiores produtoras de celulose do país. Em termos comparativos, a Paper Excellence havia desembolsado cerca de R$ 3,8 bilhões pela participação em 2017 e agora, vende por R$ 15 bilhões, considerando a conversão atual do câmbio.

A tentativa de aquisição pela Paper começou ainda em 2017, com a compra de 13% da Eldorado em uma emissão de ações e do restante por meio do FIP Florestal, fundo controlado pelos fundos de pensão Funcef e Petros. Mesmo após uma vitória da Paper em uma câmara de arbitragem e o depósito judicial de R$ 11,2 bilhões, a J&F continuou contestando a operação nos tribunais brasileiros, o que paralisou a transferência do controle.

Nos bastidores, a J&F chegou a questionar a legalidade do uso da arbitragem para esse tipo de conflito e incentivou ações civis públicas alegando possível violação de regras sobre propriedade de terras por estrangeiros. No ano passado, os irmãos Batista ofereceram um valor adicional de R$ 6 bilhões a Jackson Widjaja, CEO da Paper Excellence, em uma tentativa frustrada de encerrar a disputa.

Com o desfecho, a Paper Excellence mantém planos de seguir operando no Brasil, considerado estratégico para o grupo. A compra deve destravar ainda o investimento de R$ 25 bilhões para construção de uma nova planta em Mato Grosso do Sul.

Conforme anunciado anteriormente pela J&F, com a construção de uma segunda linha, a produção anual de celulose da Eldorado deve saltar de 1,8 milhões para 4,4 milhões de toneladas. Durante a fase de construção da nova planta serão criados cerca de 10 mil empregos e outras 2 mil oportunidades de trabalho após a conclusão.

Além de uma segunda fábrica de celulose em MS, a companhia também planeja construir uma ferrovia com 90 quilômetros de extensão entre os municípios de Três Lagoas e Aparecida do Taboado.

Caso seja concretizado, o acordo entre J&F e Paper Excellence representa o encerramento formal do maior litígio societário da história empresarial recente do Brasil, colocando fim a uma disputa marcada por confrontos judiciais, batalhas regulatórias e negociações bilionárias. O grupo J&F foi procurado para comentar sobre o acordo, mas afirmou que não há nada oficial. A Paper Excellence afirmou que não irá se manifestar oficialmente sobre o caso.

Informações: Campo Grande News.

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Portugal: Navigator investe €30 milhões na fábrica de Setúbal para reforçar produção de papel de embalagem

Nova linha de produção deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas. Navigator posiciona-se como o 4.º maior produtor europeu neste mercado

A Navigator vai investir 30 milhões de euros na reconversão de uma máquina na fábrica de Setúbal, que vai permitir à papeleira reforçar a aposta na produção de papéis para embalagens flexíveis (papéis Kraft), permitindo à empresa portuguesa posicionar-se como o quarto maior produtor europeu neste mercado. A nova linha, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas, deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026.

A reconversão vai transformar a PM3 (Paper Machine n.º 3), localizada no complexo industrial de Setúbal, na maior máquina de produção de papéis de embalagem de baixas gramagens no sul da Europa, adianta a papeleira em comunicado. “Com este investimento, a Navigator afirma-se como o quarto maior produtor europeu de papéis de embalagem de baixas gramagens, consolidando a sua presença num segmento em claro crescimento, após seis anos de presença neste mercado”, acrescenta em companhia.

“A reconversão permitirá a produção de papéis numa gama de gramagens compreendida entre 30 e 90 gramas por metro quadrado, respondendo à crescente procura por soluções sustentáveis, nos diversos segmentos alimentar e não alimentar, e na sequência da tendência de migração para soluções de base natural, renovável e biodegradável”, detalha ainda.

A Navigator, que fechou o primeiro trimestre com uma quebra dos lucros de 25% para 48,3 milhões, com a papeleira a sentir “um significativo arrefecimento da atividade económica” nos seus principais mercados, nota que esta máquina é altamente “versátil” e permitirá produzir diferentes tipos de papel consoante a evolução da procura no mercado, uma flexibilidade que reforça a competitividade da empresa “num contexto de elevada volatilidade e ajustamento de portefólio”.

Segundo o mesmo comunicado, o custo de produção vai beneficiar da integração de pasta da Navigator e de consumos de madeira significativamente inferiores aos da concorrência, “entre 2,35 e 2,85 metros cúbicos de madeira por tonelada de pasta, comparando com os 5,0 a 5,5 metros cúbicos típicos da fibra de pinho europeu”.

Instalada em 1990, a PM3 tem sido alvo de sucessivas modernizações em 1997, 2003, 2007 e 2018. A nova intervenção “vai contribuir para a expansão do portfólio de produtos sustentáveis e de soluções inovadoras baseadas na fibra de Eucalyptus globulus, uma realidade comprovada pelo crescimento contínuo da gama gKRAFT™ e pelo bom desempenho dos produtos de baixas gramagens”, explica a papeleira.

A Navigator tem vindo a consolidar a sua posição enquanto fornecedor de embalagens que substituem as de plástico de origem fóssil por alternativas renováveis, recicláveis e biodegradáveis, desenvolvidas “a partir de matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas de forma responsável”.

O novo investimento na reconversão da máquina instalada na unidade de Setúbel irá permitir “à empresa responder de forma rápida e eficiente às exigências crescentes do mercado de embalagens flexíveis, possibilitando maior flexibilidade na gestão dos seus ativos industriais e uma transição fluida entre a produção de papéis de impressão e escrita e de papéis de embalagem, de acordo com a evolução das condições de mercado”, remata a Navigator em comunicado.

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