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Procter & Gamble clarificará políticas de fornecimento de celulose

A Procter & Gamble pretende clarificar as suas políticas de sourcing de celulose no sentido de acabar com a utilização de recursos de paisagens florestais e florestas primárias, de acordo com uma declaração do Grupo Environment America, citado pelo Supply Chain Dive

A empresa utiliza celulose em produtos de papel, como papel higiénico Charmin e toalhitas de papel Bounty. Segundo a declaração, a marca obtém grande parte dessas matérias-primas da floresta boreal do Canadá.

De acordo com os dados publicados, a Procter & Gamble obteve 33% da sua celulose a partir do Canadá, em 2023. As regiões que fornecem a empresa são Alberta, British Columbia, Manitoba, Saskatchewan, Ontário e Quebec. Em 2023, 24% da celulose adquirida pela empresa veio dos EUA. A América Latina é responsável por 37% do fornecimento do material, e a Europa, 6%.

A atual política de commodities florestais da Procter & Gamble, atualizada em maio de 2023, exige que os seus fornecedores diretos não se comprometam com desmatamento ou perda de floresta natural. A empresa alega que apenas obtém produtos de “plantações e florestas de produção geridas de forma responsável”, e que para cada árvore usada, uma outra é regenerada.

Para garantir que os compromissos são respeitados, a marca monitoriza os seus fornecedores através de linhas orientadoras de conduta, avaliações, reuniões de sustentabilidade, entre outras medidas incluídas na política de commodities florestais.

Informações: Supply Chain Magazine.

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Suzano recebe certificações internacionais inéditas para sua lignina kraft e celulose microfibrilada

Os bioprodutos Ecolig® e Biofiber® produzidos pela companhia foram certificados pelo USDA e aprovados pelos padrões da norma COSMOS/ECOCERT 

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, é a primeira empresa brasileira a receber certificações internacionais de sustentabilidade para a lignina kraft (Ecolig®) e a celulose microfibrilada (Biofiber®).  Os bioprodutos da companhia passam a integrar a lista de matérias-primas 100% de base biológica, atestadas pelo Programa BioPreferred, desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

O objetivo do Programa BioPreferred é estimular o desenvolvimento, a compra e o uso de produtos de base biológica para reduzir a utilização de derivados do petróleo e seus impactos ambientais.

Além disso, a Biofiber® também acaba de ser aprovada como matéria-prima pelo padrão COSMOS/ECOCERT, conjunto de normas e diretrizes desenvolvido para garantir que os produtos cosméticos sejam produzidos de maneira sustentável. A avaliação reforça a comprovação de segurança e confiabilidade da celulose microfibrilada da Suzano para utilização nesse segmento.

“A certificação do USDA para nossos bioprodutos é um marco significativo para a Suzano. Este reconhecimento não apenas valida nossos esforços contínuos em inovação e sustentabilidade, mas também reforça nosso compromisso com a produção de soluções que respeitam o meio ambiente e atendem aos mais altos padrões internacionais. Estamos orgulhosos de contribuir para um futuro mais sustentável e oferecer soluções seguras e confiáveis aos nossos clientes e à sociedade”, diz Miguel Sieh, diretor de Novos Negócios da Suzano.

Além das certificações adquiridas recentemente, a composição da Biofiber® também foi atestada pela metodologia OECD 301B, gerida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que auxilia os países a desenvolverem e harmonizarem métodos para avaliação de produtos químicos. Já a Ecolig® é certificada pela TUV Áustria por sua composição compostável, em ambiente doméstico e industrial. “A vantagem de um produto biodegradável ou compostável é sua decomposição mais fácil, reduzindo o acúmulo de resíduos em aterros e a potencial poluição, além de colaborar com ciclos biológicos e a economia circular”, ressalta Sieh. 

A Ecolig® e a Biofiber® são produzidas no Brasil, a partir do eucalipto cultivado de forma responsável pela Suzano. Ambas possuem múltiplas funcionalidades, enquanto a lignina serve como uma alternativa sustentável e de alta performance a aditivos químicos e antioxidantes de origem fóssil, a celulose microfibrilada atua como agente de reforço, retenção, supressão, modificador reológico, além de agente de barreira à gordura e oxigênio e estabilizador de soluções.

 Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Exclusiva – Mato Grosso do Sul expande área plantada para 1,5 milhão de hectares e já se torna o maior polo industrial de papel e celulose do país

Dados apontam que o setor cresce de forma sustentável, e já se torna um dos principais pilares da economia do Estado, que possui na atualidade a maior quantidade de indústrias de papel e celulose no país

Com seis plantas de celulose confirmadas – com o mais recente anúncio de instalação da Bracell – somando investimentos da ordem de R$ 75 bilhões, Mato Grosso do Sul tem atualmente a segunda maior área de florestas plantadas do país, com 1,5 milhão de hectares, sendo 98% dessa área destinada ao cultivo de eucalipto, utilizado principalmente pela indústria de papel e celulose, que tem forte presença no Estado.

No Brasil a indústria de papel e celulose deve movimentar cerca de R$ 105 bilhões até 2028, com abertura de novas fábricas, ampliação de plantas já existentes e obras de infraestrutura logística para escoamento da produção, entre outras ações. Os maiores projetos – alguns já em execução – envolvem as empresas Arauco (R$ 25 bi), Suzano (R$ 22,2 bi), CMPC (R$ 25 bi), Bracell (R$ 5 bi) e Klabin (R$ 1,6 bi). O setor cresce e inaugura uma fábrica a cada ano e meio, segundo dados da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, confira o Relatório 2024 clicando aqui.

O setor florestal é estratégico para o desenvolvimento do Brasil. O país segue como o maior exportador de celulose do mundo, ficando no patamar acima de 18 milhões de toneladas enviadas ao exterior em 2023, segundo a publicação.

De acordo com informações do Projeto SIGA/MS, que monitora e acompanha o crescimento do setor em Mato Grosso do Sul, em 2023, o Estado registrou um aumento de 15% em sua área de florestas plantadas, alcançando o maior crescimento do Brasil. Os dados foram apresentados por Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação), na 56° Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel da ABTCP, que aconteceu em outubro.

Jaime Verruck, durante apresentação no 56° Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel da ABTCP

Em 2024, os números continuaram a surpreender e mostram que o Estado, detentor do maior parque industrial do país, evolui paralelamente também na expansão de áreas plantadas – sendo atualmente o que mais cresce no setor. Mato Grosso do Sul, reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, foi responsável por aproximadamente 24% da produção nacional – aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano.

Ranking 2024 por município (10+)

A maior concentração de área plantada está na Costa Leste de Mato Grosso do Sul. Ribas do Rio Pardo é o município que lidera o ranking, respondendo por 26,2%, seguido de Três Lagoas e Água Clara, com 20,8% e 11% respectivamente.

Exportações

De acordo com o Boletim Casa Rural/Famasul, nos nove meses de 2024 o agronegócio de Mato Grosso do Sul exportou US$ 7,78 bilhões – representando 95,33% em relação a tudo que o Estado exportou. Os produtos florestais registraram vendas 63% maiores que o mesmo período do ano anterior, e responde por 24,09% (US$ 1,78 bi), ficando atrás apenas do complexo soja (44,98%), e a frente das carnes (16,71%). 

Os números colaboram para que o Estado continue a liderar as exportações entre os Estados produtores, e elevem o Brasil a ser na atualidade o maior exportador global de celulose. O país segue marcando recordes no setor de base florestal.

Papel & Celulose

Ainda de acordo com a publicação, considerando o faturamento, a celulose continuou sendo o produto florestal mais exportado por Mato Grosso do Sul nos nove meses de 2024, com participação de 98,33%. O segundo lugar ficou para papel com 1,44% e madeira com 0,23%.

A China foi o destino de metade dos produtos florestais de Mato Grosso do Sul, com participação de 50% no faturamento para um volume superior a 1,62 milhão de toneladas. O segundo posto foi ocupado pela Itália com participação de 10%, seguido pelos Países Baixos com 9,9%.

Ao todo, 3,165 milhões de toneladas de produtos florestais locais foram exportados para 49 países nos nove meses de 2024.

Grandes players

Em julho deste ano, entrou em operação a quarta planta no Estado, também da Suzano, em Ribas do Rio Pardo – com inauguração oficial ocorrida em dezembro. Juntas, essas quatro unidades em Mato Grosso do Sul têm capacidade instalada para processar 7,5 milhões de toneladas de celulose. A médio e longo prazo, esse volume deve dobrar, alcançando cerca de 15 milhões de toneladas, com projetos em andamento ou anunciados da Eldorado, em Três Lagoas, da Arauco, em Inocência, e da Bracell, em Água Clara.

Essa expansão é resultado de uma demanda global aquecida por produtos florestais, em especial a celulose e o papel, e pelo baixo impacto ambiental. Esses fatores combinados criam um cenário propício para o aumento do número de empregos gerados pela produção florestal no Estado.

A redação do Mais Floresta www.maisfloresta.com.br falou com Luiz Calvo Ramires Junior, presidente da Reflore/MS – Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Produtores de Florestas Plantadas, que comentou sobre investimentos previstos no Estado e expectativas para o setor.

Luiz Calvo Ramires Junior

Mais Floresta – O Estado conta com seis plantas no setor de papel e celulose confirmadas, somando investimentos da ordem de R$ 75 bilhões – anunciadas mais recentemente Arauco e Bracell. Quais os principais fatores tem contribuído para atrair essas indústrias para o Estado?

Ramires – Mato Grosso do Sul possui uma série de fatores que tornam o ambiente altamente atrativo para as indústrias de papel e celulose. Em primeiro lugar, a ambiência institucional no Estado é muito favorável. Contamos com a parceria de diversas entidades, como o governo estadual, Reflore/MS, Sebrae, Senai, Famasul, Imasul, Corpo de Bombeiros, instituições de pesquisa e universidades (UFMS e UEMS). Essa colaboração permite que os processos sejam mais rápidos, assertivos e com menos entraves burocráticos.

Outro diferencial foi a implementação, em 2008, de um Plano Florestal, que destacou vantagens comparativas e competitivas do Estado, como a situação fundiária regular, a topografia plana (que permite o uso de quase 70% da área para plantio), o preço acessível do hectare e o uso de áreas degradadas sem a necessidade de derrubar árvores nativas. Adicionalmente, o cumprimento rigoroso das normas ambientais e o uso de práticas de silvicultura de alto valor agregado, com produtividade elevada, tem sido fundamentais.

A desoneração de licenças ambientais para plantios em áreas antropizadas na Bacia do Rio Paraná, realizada em 2007, foi outro marco relevante. Desde então, o Estado recuperou mais de 1,5 milhão de hectares de áreas degradadas, hoje produtivas. As empresas do setor também possuem forte compromisso com certificações e práticas ESG, o que garante sustentabilidade e competitividade. Além disso, contamos com empresários e fundos de investimentos que investem em tecnologia, pessoas e equipamentos de alta performance, consolidando o Mato Grosso do Sul como referência no setor florestal.

Mais Floresta – MS ultrapassa 1,5 milhão em hectares de florestas plantadas, e se torna referência no setor. O que se espera em expansão de áreas para os próximos anos?

Ramires – O Estado tem um grande potencial para expandir ainda mais suas áreas de florestas plantadas, especialmente ao longo da Costa Leste, que abrange diversos municípios com mais de 8 milhões de hectares disponíveis. Muitas dessas áreas estão em diferentes estágios de degradação e podem ser recuperadas para abrigar novos projetos florestais.

Com a infraestrutura já existente e o interesse crescente das empresas do setor, esperamos que novas fábricas de celulose sejam anunciadas nos próximos anos. Isso consolidará ainda mais o Vale da Celulose como um grande cluster industrial no Brasil. A possibilidade de diversificar a produção, incluindo madeira para outros mercados além da celulose, é uma oportunidade estratégica para o Estado. O potencial de crescimento é imenso, e a perspectiva é de que o Mato Grosso do Sul continue liderando o setor florestal no país.

Mais Floresta – Em relação a geração de empregos, o que se espera para os próximos anos no setor florestal no Estado?

Ramires – A geração de empregos no setor florestal no Mato Grosso do Sul é um ponto crítico que demanda atenção e planejamento. Embora a expansão do setor seja evidente, há desafios estruturais nos municípios que precisam ser superados para atrair e reter trabalhadores. Isso inclui melhorias em habitação, educação, saúde, segurança pública, transporte e opções de lazer.

Atualmente, o Estado possui uma das menores taxas de desemprego do país, o que mostra o dinamismo econômico, mas também evidencia a necessidade de ampliar a base de infraestrutura para acomodar o crescimento do setor. Essa é uma excelente oportunidade para parcerias entre o setor público e o privado. Enquanto o setor privado pode liderar a capacitação e a especialização da mão de obra, cabe ao poder público criar condições para que os municípios sejam capazes de absorver essa força de trabalho.

O potencial de criação de empregos diretos e indiretos é significativo, abrangendo não apenas o plantio e a colheita, mas também as indústrias relacionadas à transformação, logística e tecnologia, que sustentam o setor florestal. Com uma abordagem estratégica e colaborativa, o Mato Grosso do Sul pode se tornar um modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Mais Floresta – A sustentabilidade e a inovação caminham junto com o setor florestal. O que motiva isso?

Ramires – A sustentabilidade e a inovação estão no centro do setor florestal no Mato Grosso do Sul. A região da Costa Leste, historicamente marcada por condições edafoclimáticas desfavoráveis para outras culturas agrícolas, encontrou no eucalipto uma solução sustentável para a ocupação do solo. Esse sucesso foi possível graças à aplicação de técnicas modernas de silvicultura e ao compromisso das empresas com a responsabilidade ambiental.

O setor florestal no MS incorpora tecnologias de ponta, como torres de monitoramento de incêndios, sistemas de controle de pragas e doenças e genética avançada para melhorar a produtividade das florestas. Além disso, há investimentos em manejo eficiente da água, recuperação e fertilização de solos degradados, e estudos de logística para aprimorar o transporte e os processos industriais.

O uso dessas inovações não apenas aumenta a eficiência, mas também contribui para que o setor opere de maneira sustentável. O objetivo é sempre melhorar, garantindo que o crescimento econômico esteja alinhado às melhores práticas ambientais e sociais. É por isso que o Mato Grosso do Sul é reconhecido por ter uma das melhores silviculturas do mundo, consolidando o Brasil como líder global no setor florestal.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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