De 17 a 19/10, Curitiba será palco do IUFRO 2023 América Latina, evento que vai discutir o manejo sustentável da paisagem: o papel das florestas, das árvores, dos sistemas agroflorestais e suas interações com a agricultura. Durante esses três dias, especialistas da América Latina vão debater temas que vão de análises que envolvem florestas em contextos mundial e regionais, até nas propriedades rurais. A Conferência vai reunir diferentes especialistas, de formuladores de políticas públicas e cientistas ao setor privado e comunidades rurais.
Serão seis painéis que vão tratar de: madeira sustentável para um mundo sustentável (programa da FAO/ONU); florestas plantadas com espécies nativas e exóticas na propriedade rural; manejo florestal sustentável em microbacias, incluindo a regulação do fluxo hídrico, corredores ecológicos e indicadores de biodiversidade; mosaicos florestais sustentáveis na paisagem; manejo de florestas naturais, incluindo florestas secundárias e restauração florestal para a promoção da bioeconomia ; e sistemas integrados da produção agrícola, sistemas agroflorestais e integração lavoura-pecuária-floresta.
Além dos painéis, acontecem também cerca de 150 apresentações de trabalhos científicos com resultados de pesquisas sobre os temas do evento.
O que é Manejo da Paisagem?
A paisagem pode ser definida como um conjunto de áreas contíguas, espacialmente heterogêneas e interativas, onde a cobertura da terra (florestas, por exemplo) convive com diferentes usos do solo (agricultura, por exemplo). Abrange agrupamentos rurais e urbanos e seus limites extrapolam as propriedades e os limites das áreas de conservação.
Normalmente, são analisadas no contexto de unidades como as bacias hidrográficas, em diferentes escalas espaciais. Uma paisagem sustentável é aquela em que a maioria dos processos ecológicos e produtivos são regidos pelos preceitos que levam à perenidade com qualidade e obedecem à normatização e legislação ambiental.
Organização
O evento será realizado pela Embrapa, por meio de sua Unidade Embrapa Florestas, e pela União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), e conta com patrocínio do Centro das Indústrias Produtoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem)/Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e Berneck; apoio master da Fundação Araucária, Governo do Estado do Paraná, Capes e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR); apoio do Serviço Florestal Brasileiro, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Paraná, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Unicentro, Instituto de Engenharia do Paraná, Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais, Klabin, Boulle Móveis, Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Curitiba Convention e Visitors Bureau.
daninhas, e puderam escolher entre três modelos de restauração para implantar em uma área de aproximadamente 1 hectare. Caixas de abelhas nativas sem ferrão também foram distribuídas como mais uma opção de geração de renda, além da realização de treinamentos e a disponibilização de uma cartilha com orientações silviculturais para implantação e manejo inicial das unidades demonstrativas.
Durante esse período, cerca de 60 pessoas, entre produtores rurais e técnicos extensionistas, foram capacitados no entendimento dos modelos de recuperação: 1) araucária, erva-mate e bracatinga; 2) araucária, erva-mate, mais seis espécies florestais nativas e 3) araucária, bracatinga e bracatinga arapoti.
iniciativas como essa. “Para nós, é extremamente gratificante estar ao lado da Embrapa na realização de um projeto que alinha geração de renda à conservação ambiental e que, com isso, promove o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. Sabemos que, como uma empresa líder em energia renovável, a conservação da biodiversidade não só precisa integrar um dos nossos compromissos com o meio ambiente, mas também estar entre as principais estratégias do nosso negócio”, comenta a executiva.
Além das URTs, o projeto também contemplou a instalação de coleções genéticas. Foram coletados mais de 70 mil pinhões de 118 árvores em diversas regiões de ocorrência da araucária no Paraná e produzidas cerca de 4.000 mudas, que foram plantadas em áreas da Embrapa, em Colombo e Ponta Grossa/PR. Segundo a pesquisadora Valderês Sousa, da Embrapa Florestas, “estas coleções genéticas ajudam a garantir a manutenção da espécie, uma vez que são conservadas árvores “filhas” de diversas regiões de ocorrência”. 






