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OroraTech lança FOREST-1: primeiro nanossatélite para detecção de incêndios

Missão bem-sucedida do FOREST-1: Um salto gigante para OroraTech

Sucesso na missão demonstrada pelo primeiro satélite infravermelho térmico da OroraTech

  • OroraTech testa tecnologia de nanossatélite para revolucionar o monitoramento de incêndios florestais a partir do espaço
  • O sistema é altamente econômico e escalável
  • Medições mundiais de temperatura permitem inúmeras aplicações ambientais 

Com sede em Munique, na Alemanha, a startup de inteligência NewSpace, OroraTech, completou com sucesso os objetivos da missão FOREST-1, o primeiro satélite dedicado para monitoramento ambiental, especialmente para detecção de incêndios florestais. Este satélite é o primeiro da categoria a combinar câmera termal, de infravermelho médio e visível em um design compacto que não requer refrigeração. Ele ainda opera uma Unidade de Processamento Gráfico (GPU, na sigla em inglês) no espaço, que é usada para a computação de dados em órbita e inclui um modem inter-satélite para downlink (transmissão de dados para a terra) de informações em tempo real. O satélite foi lançado em janeiro de 2022 como parte do lançamento da SpaceX, na Flórida, Estados Unidos.

Os satélites atuais em órbita terrestre baixa deixam a desejar no monitoramento de incêndios florestais à tarde, que é o horário de pico das ocorrências. Em alguns casos, oito horas podem se passar antes que um satélite possa reportar um incêndio florestal que pode ter resultados desastrosos. A tecnologia inovadora do FORES-1 permite uma precisão maior e uma cobertura mundial mais rápida, reduzindo o tempo de processamento de dados e fornecendo imagens de alta resolução a um custo menor do que era possível anteriormente.

Incêndios florestais em Borroloola, Australia, foram detectados pelo satélite FOREST-1 da OroraTech em 24 de maio, às 10h15, horário local. A imagem mostra uma composição entre os três principais instrumentos do satélite, todos com uma faixa de visão de 170 km. A nuvem de fumaça do fogo pode ser vista no canal RGB, enquanto o canal MWIR rastreia os focos precisos de calor dos incêndios. O canal LWIR, inserido na parte inferior da imagem, permite maior precisão na medição da temperatura do ambiente. 

“Este é um marco para a companhia, pois nossa equipe provou que a tecnologia infravermelha térmica em um nanossatélite pode superar a tecnologia atual”, disse Thomas Grübler, CEO da OroraTech. “Lançaremos os próximos oito satélites até o final de 2023, o que nos permitirá gerar informações para nossos clientes durante o período crítico do fogo, durante às tardes, onde atualmente não temos dados. Nos próximos anos, nós vamos alcançar o tempo de detecção de 30 minutos em todo o mundo com a nossa constelação de satélites”, completou. 

Para o momento, a companhia confia em fontes de dados de vários satélites externos para a plataforma de inteligência de incêndios florestais. O FOREST-1 é o primeiro passo para a futura constelação de nanossatélites. A tecnologia é altamente escalável e vai fornecer uma cobertura mundial de medições de temperatura em alta resolução extremamente econômica. Esses dados vão abrir caminho para melhorar nossa resiliência climática, atendendo a aplicativos que exigem um fluxo contínuo de informação, como o monitoramento de calor urbano, irrigação de terras agrícolas ou o rastreamento preciso de emissões de carbono.

Para mais informações, acesse: ororatech.com

Fonte: Ororatech

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Suzano está com vagas abertas para a área de Tecnologia e Inovação florestal em Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com dois processos seletivos abertos para atender a área de Tecnologia e Inovação florestal, em Três Lagoas (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, raça, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://jobs.kenoby.com/Suzano).

Para participar dos processos seletivos para Pesquisador/a Sênior I, as pessoas interessadas devem atender aos seguintes pré-requisitos:  ter formação superior completa e experiência com manejo florestal; experiência com pesquisa de solo e nutrição; conhecimento do Pacote Office; boa desenvoltura, capacidade de priorização e bom relacionamento; capacidade analítica, escuta ativa e atenção a detalhes, e experiência com análise estatística. A inscrição segue aberta até o preenchimento da vaga, pela página: https://jobs.kenoby.com/Suzano/job/pesquisador-sr-i/629f6dfe9f2c388604e8dc67?utm_source=website7

Já para a vaga de Pesquisador/a II, os pré-requisitos são: ter formação Superior completa em Agronomia, Engenharia Florestal ou áreas correlatas; experiência com pesquisa de solo e nutrição; bom conhecimento do Pacote Office (Excel Avançado) e Power BI; ter boa desenvoltura, capacidade de priorização e bom relacionamento; capacidade analítica, escuta ativa e atenção aos detalhes, e experiência com análise estatística. As inscrições seguem abertas até o preenchimento da vaga, pelo site: https://jobs.kenoby.com/Suzano/job/pesquisador-ii/629f6db937a0e36034b554b7?utm_source=website

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://jobs.kenoby.com/Suzano). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 98 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

Fonte: Suzano

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Icro Group lança tecnologia inédita de gestão inteligente voltada para a indústria manufatureira

Intitulado de Neuron, a tecnologia reduz o custo de manutenção e aumenta a produtividade dos ativos

A empresa brasileira, Icro Group, lança, em junho deste ano, o Neuron, tecnologia inédita que leva inteligência e autonomia para as máquinas industriais, permitindo que tais ativos tomem decisões preventivas antes que falhas aconteçam, determinando o melhor momento de uma parada para manutenção, antecipando-se às quebras repentinas que tanto assombram os processos produtivos de todos os segmentos industriais.

O Neuron chega ao mercado industrial, visando suprir a necessidade do setor, por inovações que gerem maior produtividade e rentabilidade na operação. Fruto da combinação de tecnologias de última geração, tais como o Blockchain, Internet Industrial das Coisas, Inteligência Artificial, Machine Learning, Deep Learning, Realidade Aumentada e Realidade Virtual, o Neuron dispõe-se a revolucionar o mercado industrial, reduzindo o tempo de inatividade das máquinas por manutenção, os estoques de peças, os desperdícios de tempo e de mão-de-obra, aumentando o ciclo de vida dos equipamentos, sua disponibilidade e produtividade.

Segundo o diretor de Desenvolvimento, Estratégia e Inovação da Icro Group, Armando Marsarioli, a utilização do Blockchain combinado a outras tecnologias inteligentes, confere ao Neuron o seu maior diferencial, que o conecta a atividades preditivas e prognósticas de manutenção, produção, fornecedores de peças e serviços, diminuindo o tempo de programação da parada, de execução da reparação e montagem do equipamento de volta à linha de operação.

Totalmente alinhado aos preceitos da Indústria 4.0, o Neuron leva inteligência e autonomocidade para as máquinas industriais, capazes de tomar e seguir as próprias decisões, como, por exemplo, o melhor momento para realizar a parada de manutenção, quais as peças que serão trocadas e os procedimentos técnicos e de segurança adequados à cada intervenção. Tudo, sem intervenção humana.

Além disso, o próprio ativo escolhe, dentre os profissionais da equipe, quem são aqueles que estão capacitados para os procedimentos e solicita, de forma autônoma, aos fornecedores homologados, as peças necessárias para a realização do reparo agendado, como também seleciona os fornecedores de serviços terceirizados. No final da manutenção, o Neuron avalia a performance de todos os envolvidos na operação, verificando a eficácia da ação.

Funcionalidade

Os estudos do Neuron foram iniciados em 2016, fruto de pesquisas realizadas por Marsarioli, junto ao CENPRO – Centro de Pesquisa em Engenharia de Produção da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde desenvolveu interesse pela utilização do Blockchain juntamente aos conceitos da Manutenção 4.0. “É por demais gratificante anunciar que a primeira versão do Neuron está 100% desenvolvida e testada, e com certeza será um grande aliado para as indústrias de todos os segmentos econômicos, tanto no território nacional, quanto internacional”, explica o diretor.

Sobre a Icro Group

Fundada em 1954, a Icro Group é uma empresa brasileira focada no desenvolvimento, assessoria e implantação da Gestão Integral dos Ativos Industriais, que permite, entre outras funções, criar uma conexão entre máquinas e sistemas de manutenção por meio de dispositivos inteligentes e infraestrutura, atuando com assertividade na coleta de dados, análises e prognósticos, visando a proteção, a conservação e a produtividade dos ativos durante o seu ciclo de vida.

Fonte: Icro Group

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Caixa cheio e projetos a todo vapor fortalecem empresas de carbono

O mercado de carbono existe há 30 anos, mas foi nesta última década que uma profusão de negócios surgiu e as operações de créditos de carbono tomaram a forma que vemos atualmente: desde grandes corporações buscando neutralizar suas operações até pessoas físicas querendo soluções para suas próprias emissões.

Os créditos de carbono são uma unidade de referência certificada por auditorias independentes, que comprovam que um projeto sustentável evitou a emissão ou removeu da atmosfera uma tonelada de CO2 (dióxido de carbono). A compra e venda desses créditos existe desde meados da década de 1990.

Especialistas envolvidos no meio afirmam ser difícil apontar qual foi o ponto de virada que causou o aumento do interesse nesse mercado, mas citam o acesso às informações na internet e as mudanças climáticas mais palpáveis (fortes ondas de frio e de calor em diversos países, enchentes, furacões e tempestades mais frequentes) como um bom palpite.

“Hoje, empresas são pressionadas por todos os lados, de acionistas a consumidores, para tomarem responsabilidade sobre suas operações que prejudicam o clima do planeta. Parece que o mundo acordou e se deu conta de que teremos problemas sérios se nada for feito a respeito”, diz Janaína Dallan, presidente da Aliança Brasil em Soluções Baseadas na Natureza e fundadora da Carbonext.

Seja por pressão dos investidores ou por interesse próprio, o fato é que muitas empresas começaram a buscar alternativas para seus negócios serem mais sustentáveis. Um dos caminhos passa pela mitigação da emissão de CO2 acompanhada pela neutralização da produção remanescente.

Nesse ponto entra a atividade do mercado de carbono. Dividido entre mercado voluntário e mercado regulado, este último é uma iniciativa liderada por países que desenvolveram instrumentos e políticas próprias para a redução de suas emissões. Já o mercado voluntário é gerido pelo setor privado.

Criado após o protocolo de Kyoto, o mercado voluntário tem por princípio as chamadas Reduções Voluntárias de Emissões (VERs, em inglês), que são metas de carbono neutro criadas pelas companhias para suas compensações. Em 2020, os mercados voluntários de carbono geraram uma redução de cerca de 100 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera e movimentaram cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,53 bilhão).

Com o crescimento do interesse das empresas, da sociedade civil e da pressão internacional sobre o assunto, a expectativa é que o volume de redução do carbono por esse mercado chegue a 2 bilhões de toneladas de CO2 até 2030, com investimentos na ordem de US$ 30 bilhões (R$ 150 bilhões).

Para atender essa demanda, algumas empresas que já trabalhavam com projetos de mitigação das mudanças climáticas se reinventaram, enquanto outras estão surgindo.

Repaginada completa
Janaína Dallan já trabalhava com projetos para geração de créditos de carbono quando esse mercado surgiu, no início dos anos 2000. Depois de passar por consultorias internacionais e adquirir experiência na área, em 2010 ela voltou para o Brasil e fundou a Carbonext.

O objetivo era desenvolver projetos próprios de preservação e recuperação da Amazônia por meio da venda dos créditos. No início, Dallan teve que lutar pela sobrevivência da própria empresa também. “Os créditos valiam centavos de dólares naquele começo, muitos projetos ficaram congelados porque não se pagavam e tive que sobreviver com um ou outro que se sustentava”, conta.

Até que em 2019, Luciano Corrêa da Fonseca, irmão de Dallan, viu potencial no negócio e se juntou a ela na liderança da Carbonext. Com experiência no mercado financeiro e estruturação de empresas, Fonseca reorganizou a casa, criou setores estratégicos e aproveitou o momento de ebulição do tema.

Por meio de uma rodada série A, a empresa ainda captou US$ 5 milhões (R$ 25 milhões) no ano passado para escalar os projetos.

Outras companhias já estruturadas na área também passaram por reformulações e investimentos nos últimos anos. A Biofílica, de 2008, surgiu no mesmo momento de mercado que a Carbonext e também demorou a deslanchar.

Janaína Dallan e Luciano Fonseca, da Carbonext.

“Havia muita expectativa em torno do tema, mas isso não se materializou na realidade financeira. A gente conseguia gerar créditos, mas não tinha comprador, as empresas na ponta não se interessavam pelo assunto ainda”, diz Plínio Ribeiro, fundador e CEO da Biofílica.

Nesse meio tempo, a empresa participou de processos acadêmicos e regulatórios para estruturar metodologias de auditoria dos projetos, padrões de certificações, regulamentos para criação de selos, entre outras atividades para estruturar o mercado de carbono brasileiro.

Demorou para a Biofílica conseguir colocar projetos maiores de pé, mas seus maiores clientes sempre foram os estrangeiros, principalmente da Europa. Com isso, depois do Acordo de Paris, celebrado em 2015, o negócio melhorou.

Em 2021, a Biofílica vendeu 54% do seu capital social para a Ambipar (AMBP3). Segundo Ribeiro, essa nova sociedade foi fundamental para aumentar o potencial de desenvolvimento de projetos da empresa. A expectativa é por quintuplicar as áreas sob gestão e elevar para 10 milhões a quantidade de carbono sequestrado ou mitigado pela Biofílica.

Projetos em ação
Se em 2010 os créditos valiam centavos de dólares, como conta Dallan, em 2020, o preço de um crédito de carbono já estava na casa de US$ 3 (R$ 15). Ao longo de 2021, os ativos se valorizaram e chegaram em 2022 próximos aos US$ 12 (R$ 61) — uma disparada de quatro vezes em cerca de dois anos.

Pioneiras no desenvolvimento de projetos no Brasil, Corbonext e Biofílica surfaram a onda dessa valorização. Hoje, cada uma trabalha com cerca de 2 milhões de hectares de áreas preservadas, com foco em projetos de conservação REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), principalmente em regiões da floresta Amazônica.

“Não é qualquer área florestal que serve para um projeto de conservação. Os locais que gerimos são pontos de risco de desmatamento, próximos de rios ou rodovias que facilitam o acesso. Existem áreas longínquas da mata que não se enquadram nesse critério e por isso não fazem sentido para um projeto que visa preservar”, diz Fonseca.

Segundo ele, atualmente, cerca de 150 milhões de hectares da Amazônia estão sob ameaça de desmatamento. É essa região que ambas as empresas visam proteger por meio de parcerias com os donos das áreas..

O desenvolvimento de um projeto pela Carbonext começa com um acordo com o dono da área, que cede o território por um prazo de dez anos em troca de metade do valor obtido com os créditos de carbono. Então é feito o cálculo de quanto pode ser preservado daquele espaço e qual o melhor projeto a ser desenvolvido na região.

“Existem metodologias de referência para a escolha do projeto, que precisa ser encaminhado para aos auditores e ao órgão regulador para garantir que está tudo dentro das regras”, diz Fonseca. A Carbonext acompanha cada projeto por meio de uma central 24 horas que vigia as regiões através de satélites.

Cada hectare em que se evitou o desmatamento corresponde a uma quantidade de crédito de carbono produzido pela preservação da floresta, é assim que a Biofílica e a Carbonext contabilizam os créditos de cada projeto.

A preservação da floresta também passa pelo desenvolvimento das comunidades naquele local. Por isso, as empresas também trabalham o fomento de uma atividade econômica para a população, como a extração de açaí, castanha do Pará, látex, entre outras possibilidades que permitam o crescimento sustentável.

Foto: Divulgação/ Biofílica Ambipar
Plínio Ribeiro, fundador da Biofílica.

Possibilidades à vista
Além dos projetos de conservação REDD+, o aumento no valor do crédito de carbono no mercado internacional trouxe novas possibilidades para o mercado. Uma delas são soluções baseadas na natureza, como o foco em restauração das florestas (ARR), novos modelos de agricultura (ALM) e restauração dos ecossistemas marinhos (Blue Carbon).

Henrique Pereira, co-fundador da WayCarbon, explica que são projetos mais caros e que precisam ter algum lucro relacionado para que os donos de áreas em risco troquem os ganhos de um negócio que polui por um que preserva e gera créditos de carbono.

“A base do problema e da solução está no preço do carbono. Projetos de reflorestamento custam muito caro, com o preço do crédito lá em cima fica mais fácil competir por áreas que estão sendo usadas para plantar soja, por exemplo”, diz Pereira.

Fundada em 2006, a WayCarbon é especializada no desenvolvimento de projetos sustentáveis para indústrias, e tem iniciativas como troca de frotas, de energia para adesão de modelos eólicos e solares, e de planos de conservação de áreas de mangue e florestais.

Atualmente, o foco da empresa mudou para projetos no setor do agronegócio após a compra da WayCarbon pelo banco Santander Brasil (SANB11). “Reforçamos nossa posição de caixa. Com isso, nosso objetivo é focar o mercado de carbono no solo, com soluções para manejo de pastagem, produção de biogás, tecnologia com metano e hidrogênio verde, de maneira difusa”, afirma Pereira.

Por meio do programa Amigos do Clima, que calcula, projeta e neutraliza as emissões de uma empresa, a Waycarbon já compensou 7,95 milhões de toneladas de CO2.

Hoje, a Amazônia ocupa 60% do território nacional, mas gera menos de 10% do PIB do País. Com a valorização dos créditos de carbono e aumento no número de projetos, a expectativa da WayCarbon é de que o Brasil lidere e alcance até 37,5% da demanda global do mercado voluntário até 2030.

Fonte: Forbes

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Equilíbrio no sistema silvipastoril promove benefícios a propriedades rurais

Coordenação do Comitê do Plano ABC+ visitou áreas para verificar vantagens do sistema que ajuda a reduzir a emissão de carbono

Produtor Marcos Thiesen implantou eucalipto na propriedade, com orientação técnica da Afubra, e gerou sombra ao gado leiteiro
Marcos Thiesen implantou eucaliptos em sua propriedade, com orientação técnica da Afubra, e gerou sombra ao gado leiteiro – Foto: Fernando Dias/Seapdr

POR CÍNTIA MARCHI

Unidades produtivas que têm apostado na integração de pecuária e floresta, com resultados positivos em termos de produção, estão sendo visitadas pela coordenação do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+, que está em fase de reativação. A ideia é identificar no Estado propriedades que sirvam de modelo dentro do contexto da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e que possam ter suas experiências replicadas nas diversas regiões produtivas do Rio Grande do Sul.

O engenheiro florestal do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Jackson Brilhante, que está na coordenação do Comitê Gestor, conheceu, nas últimas semanas, sistemas implantados em Bagé e em Vale Verde. Em ambos os casos, aderiu-se o sistema silvipastoril, que é uma opção tecnológica de consórcio de lavoura-pecuária-floresta (consiste na combinação intencional de árvores, pastagens e gado numa mesma área e ao mesmo tempo).

Brilhante explica que os sistemas silvipastoris têm proporcionado novas fontes de renda aos produtores, com a madeira, e conforto térmico para os animais, por conta da sombra gerada pelas árvores. Além disso, há uma série de outros benefícios como melhoria na qualidade do solo, na ciclagem de nutrientes, controle de erosão e aumento da matéria orgânica do solo. “A inclusão de árvores nos sistemas agropecuários, em especial as de rápido crescimento, como os eucaliptos, potencializam a remoção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, o que gera um saldo positivo de carbono e evidencia a capacidade desses sistemas para a mitigação de gases de efeito estufa”, destaca o engenheiro florestal.

Harmonia entre campo nativo e a floresta

Em maio, Brilhante visitou uma unidade demonstrativa na Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, na Zona Sul do Estado, onde se colocou em prática o sistema silvipastoril com eucalipto. Este modelo é acompanhado pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Helio Tonini. Ele conta que, a partir de 2012, iniciou-se um projeto no município com 15 pecuaristas familiares, a fim de propiciar uma nova experiência aos produtores com a silvicultura no campo nativo. O trabalho contou com financiamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foi acompanhado por um conjunto de instituições, entre elas, a Embrapa e a Emater/RS-Ascar.

Tonini conta que a intenção foi desenvolver um sistema que equilibrasse a criação de gado de corte, o campo nativo e o ciclo do eucalipto. Entre 2019 e 2021, em uma segunda fase do projeto, dados foram coletados sobre a integração destes componentes. Descobriram-se alguns benefícios. Um dos retornos positivos, segundo o pesquisador, foi a comercialização da madeira gerada pelo raleio (desbaste) das árvores, acrescentando uma fonte de renda aos produtores.

Outro resultado observou-se sobre a qualidade do alimento ofertado para o gado. “A silvicultura ajudou a forragem a permanecer mais verde tanto no inverno quanto no verão”. Em função da melhoria nas condições do campo, Tonini diz que o sistema pode acarretar em aumento da produtividade dos animais, embora não tenha havido medição desse quesito nas propriedades integrantes do projeto.

Outra vantagem do modelo silvipastoril é a mitigação da emissão de carbono que se consegue a partir do tipo de solo, do espaçamento entre a linha de árvores, do material genético usado e do manejo adequado. “Isto significa que, com o uso do eucalipto, os pecuaristas familiares estão sequestrando carbono acima da taxa de lotação das áreas normalmente usadas no Pampa (em torno de 1 animal por hectare)”, acrescenta.

O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul orienta os produtores rurais interessados em adotar sistemas de integração de culturas a procurarem por capacitações e assistências técnicas. “É necessário fazer intervenções e adotar manejos adequados para evitar colocar todo o sistema em risco. A palavra é equilíbrio”, recomendou.

Mais sombra, menos adoecimento do rebanho

Outra propriedade visitada pelo engenheiro florestal da Seapdr foi a do produtor Marcos André Thiesen, que trabalha com bovinocultura de leite, pastagens e cultivo de tabaco no município de Vale Verde, Vale do Rio Pardo. O sistema de produção silvipastoril começou a ser implantado na sua área de terras há 4 anos, com ajuda técnica da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), da qual Thiesen é associado.

Eucaliptos foram implantados na propriedade, em pontos estratégicos, para gerar sombra nas áreas em que o gado leiteiro pasteja. O produtor conta que o plantio de árvores resultará em ganhos econômicos mais à frente, mas uma das grandes contribuições que ele já diz notar é a melhoria da sanidade do rebanho. “Na minha propriedade tinham poucas árvores e as vacas acabavam deitando em um único espaço de sombra que existia. Se uma vaca estava doente, transmitia para as outras. Agora, tem mais sombra na área de pastagem e elas se espalham. Aumentou o bem-estar e diminuiu a incidência de mastite”, relata. Com mais conforto térmico, as vacas também consomem mais pasto e, consequentemente, tem mais condições de ampliar a produção.

Brilhante (d), da Seapdr, esteve em Vale Varde, com Juarez da Afubra, o produtor Marcos e Cleiton Calheiro, da Afubra
Brilhante (d), da Seapdr, esteve em Vale Varde, com Juarez da Afubra, o produtor Marcos e Cleiton Calheiro, da Afubra – Foto: Fernando Dias/Seapdr

Thiesen plantou 400 mudas de eucalipto em uma área de 1,8 hectare. Em outro espaço cultiva a fumicultura. Recomenda que os produtores interessados busquem apoio técnico para fazer a integração. “É importante saber onde plantar as árvores para que, em algum momento do dia, a pastagem possa receber a luz solar e se desenvolver”, atenta. O produtor diz estar satisfeito com a experiência por ela também ser uma prática recomendada para redução de emissão de carbono. “Acredito que temos que procurar fazer algo pelo meio ambiente. Não posso só pensar no que recebi do meu pai. Eu tenho que saber o que quero entregar para os meus filhos amanhã”, reforça.

O gerente de produção agroflorestal da Afubra, Juarez Iensen Pedroso Filho, que ajudou a introduzir a integração de culturas na propriedade de Thiesen, diz que a ideia é que a área dele sirva de modelo para outras regiões produtoras de tabaco. “Esta propriedade está rompendo paradigmas, porque consorcia em uma mesma área mais do que um componente produtivo, com potencial para gerar mais fontes de renda para o produtor e proporcionando ganho ambiental, de conservação de solo e água”, avalia Pedroso Filho.

O gerente de produção agroflorestal explica que a integração de culturas em uma mesma gleba, algo preconizado pelo programa ABC, harmoniza o ambiente. “O sistema é vantajoso porque a árvore vai crescendo e os animais continuam com oferta alimentar, tendo incremento de produtividade, sem comprometer os recursos naturais”. Pedroso diz que ainda não foram calculados os níveis de sequestro de carbono na propriedade. No entanto, acredita que os resultados já são mensuráveis. “É um trabalho de 4 anos e as árvores que foram implantadas já ajudam a reduzir o escoamento superficial da água da chuva, mitigam a erosão e já ‘devolvem’ folhas, cascas, galhos, incorporando nutrientes no solo e resultando na pegada de carbono”, acrescenta.

Pedroso também conta que a Afubra iniciou, em 2017, outra experiência envolvendo a silvicultura e pecuária. Em uma propriedade rural, em Sobradinho, também Vale do Rio Pardo, os técnicos da Afubra orientaram que o produtor fizesse um desbaste nos eucaliptos existentes, o que possibilitou a entrada de mais luz na floresta e a introdução de forrageiras na área. “É um modelo que também é possível. Como temos muitas pequenas propriedades na região, acaba se tornando interessante por possibilitar que o produtor torne o sistema mais produtivo ao agregar animais no ambiente”, diz.

Fonte: Secretaria de Agricultura RS

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Bracell neutraliza carbono emitido em evento com plantio de 200 mudas nativas da Mata Atlântica no Parque de Pituaçu

Anúncio foi feito nesta segunda-feira, 20, durante o lançamento do Inventário de Gases de Efeito Estufa do Estado da Bahia

O parque de Pituaçu, em Salvador, receberá o plantio de duzentas mudas nativas em ação realizada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Instituto do Meio Ambiente e Recurso Hídricos (Inema), em parceria com a Bracell. O parque, que é uma importante área de preservação na capital do estado, possui áreas indicadas para restauração da Mata Atlântica.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 20, durante o lançamento do Inventário de Gases de Efeito Estufa do Estado da Bahia, pela Sema e o Inema. O plantio das mudas nativas tem o objetivo neutralizar o carbono emitido durante o evento, a partir do deslocamento do público para o evento, da energia gasta e nos resíduos produzidos.

Durante o evento, foi anunciado pela secretária do Meio Ambiente do Estado da Bahia, Márcia Telles, que o evento adotou o CO2 Free. A ação foi possível por meio da parceria com a Novo Olhar Sustentabilidade, que calculou o volume de Gases de Efeito Estufa (GEE) emitido para realização do encontro. “Para neutralização desta emissão é necessário o plantio de 14 árvores. Fizemos além, com o apoio da Bracell, serão plantadas 200 árvores de espécies nativas de Mata Atlântica, compensando o total de emissões do evento e garantindo ainda um crédito de carbono de 26,6 toneladas de CO2“, explicou.

“Ampliando o quantitativo de mudas plantadas potencializamos o impacto positivo dessa iniciativa na restauração da Mata Atlântica no Parque de Pituaçu, importante bioma da região”, pontua Joedson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia, que participou do encontro acompanhado do analista de Meio Ambiente, Carlos André dos Santos. A Bracell, que faz parte do grupo RGE com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais, fará o plantio no segundo semestre de 2022.

O lançamento do inventário contou com a presença da Secretária do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), Márcia Cristina Telles, da diretora-geral do Inema, Daniella Fernandes, do secretário executivo da organização ICLEI América do Sul – Governos Locais pela Sustentabilidade, Rodrigo Perpétuo, do superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, da Superintendente de Inovação e Desenvolvimento Ambiental da Sema-BA, Vânia Almeida, e da promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Aline Salvador.

Na ocasião, foram apresentados dados do monitoramento climático na Bahia e os resultados do Inventário de Gases de Efeito Estufa do Estado, que é um instrumento essencial para fortalecer as estratégias de redução nas emissões e consequente mitigação das mudanças climáticas.

Sobre a Bracell

A empresa, que faz parte do grupo Royal Golden Eagle (RGE), é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial no mundo, com duas operações principais no Brasil – em Camaçari (BA) e em Lençóis Paulista (SP). As atividades e modelos de gestão adotados pela companhia estão totalmente comprometidos com o uso sustentável dos recursos naturais, com o objetivo de criar valor para a comunidade, o país, o clima, o cliente e a empresa, de forma permanente.

Sobre a RGE 

A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 25 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com.

Fonte: Bracell

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