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Derrubada de vetos traz licenciamento ambiental para século 21, diz Faesp

Para a entidade, antigo sistema não acompanhava a velocidade das transformações produtivas e tecnológicas

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) divulgou nota nesta terça-feira (2) em que considera a derrubada dos vetos presidenciais ao novo marco do licenciamento ambiental um passo essencial para recolocar o país diante de uma de suas discussões mais estratégicas: como conciliar crescimento econômico, responsabilidade ambiental e segurança jurídica.

“Ao restabelecer dispositivos que haviam sido bloqueados, o Congresso reafirma a necessidade de atualizar um sistema que, por décadas, não acompanhou a velocidade das transformações produtivas e tecnológicas”, observa o texto.

Para a entidade, o Brasil do século 21 exige marcos regulatórios mais claros, eficientes e capazes de responder a desafios que vão da infraestrutura à produção de alimentos em larga escala.

Nesse contexto, para o presidente da da Faesp, Tirso Meirelles, o setor agropecuário emerge como protagonista de uma agenda que combina produtividade e sustentabilidade.

Segundo ele, nos últimos anos, produtores incorporaram práticas modernas de manejo, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de áreas degradadas e uso intensivo de tecnologia para reduzir impactos ambientais.

“A comemoração do setor produtivo reflete a convicção de que um licenciamento mais moderno permitirá reconhecer e valorizar essas evoluções, além de facilitar investimentos que sigam padrões socioambientais adequados”, afirmou Meirelles.

‘Proteção dos biomas não será flexibilizada’

A nota da entidade continua ressaltando que atualizar o processo de licenciamento ambiental não significa flexibilizar a proteção dos biomas. “Pelo contrário: significa substituir procedimentos morosos e desarticulados por instrumentos técnicos mais inteligentes, digitais e alinhados à ciência.”

Meirelles considera que um licenciamento do século 21 deve ser mais ágil, reduzindo a burocracia que não agrega segurança ambiental e fortalecendo a capacidade de monitoramento, transparência e responsabilização. “Assim, cria-se um ambiente em que bons empreendedores são estimulados e maus atores encontram menos brechas para se esconder”, acredita.

Próximo desafio

A nota da Faesp destaca que o desafio agora é transformar o novo marco legal em política pública efetiva, que una inovação, sustentabilidade e competitividade. “A derrubada dos vetos abre uma oportunidade histórica: alinhar o país às melhores práticas internacionais e consolidar um modelo em que desenvolvimento e proteção ambiental caminhem juntos.”

Para a entidade, se bem implementado, o novo licenciamento poderá dar ao Brasil o impulso necessário para avançar com responsabilidade — honrando sua vocação produtiva e, ao mesmo tempo, preservando o patrimônio natural que sustenta sua economia e sua projeção global.

Informações: Canal Rural

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Arauco inicia atividades preparatórias para implantação de ramal ferroviário

Serviços são parte da terraplanagem e infraestrutura

A Arauco iniciou, na última semana, as atividades preparatórias para implantação do ramal ferroviário privado que atenderá com exclusividade à futura fábrica de celulose da companhia em Inocência (MS), o Projeto Sucuriú — investimento de US$ 4,6 bilhões que marca a chegada da operação de celulose da empresa ao Brasil.

Com 47 km, a linha férrea conectará diretamente a planta à malha norte da Rumo, criando um corredor logístico que permitirá que a produção siga, de trem, até o Porto de Santos, de onde será enviada para mercados internacionais estratégicos.

Avanços regulatórios que habilitam a implantação do ramal

A Arauco consolidou todo o arcabouço legal e regulatório necessário para a implantação do ramal ferroviário em Inocência. A documentação inclui concessões da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que habilitam formalmente a empresa a construir e integrar o trecho à malha ferroviária nacional, bem como a autorização para atuar como Agente Transportador Ferroviário (ATF) e a emissão da Declaração de Utilidade Pública (DUP) que viabiliza as desapropriações e servidões administrativas indispensáveis à implantação da via permanente e de obras especiais, como pontes e viadutos.

No campo ambiental, o projeto obteve as licenças que atestam a viabilidade do traçado e autorizam o início das obras civis, e também a Autorização para Supressão Vegetal (ASV), contemplando medidas de manejo de fauna, compensação florestal e controle de áreas sensíveis.

Além disso, o enquadramento do projeto no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) garante a suspensão de tributos federais incidentes sobre bens e serviços destinados à infraestrutura ferroviária, contribuindo para a otimização dos investimentos.

“Com a conclusão desses atos autorizativos, regulatórios, ambientais e fiscais, o empreendimento alcança plena conformidade legal, evidenciando a aprovação institucional necessária para sua execução integral”, destaca Alberto Pagano, diretor de Logística e Suprimentos da Arauco.

Traçado seguro e integrado ao território

A linha ferroviária seguirá paralela às rodovias MS-377 e MS-240, atravessando exclusivamente áreas rurais de Inocência. Para garantir a segurança e preservar os acessos às propriedades vizinhas, o projeto prevê a construção de passagens inferiores e superiores, além de remanejamentos viários e ajustes específicos para a travessia de animais. Onde a ferrovia intercepta o córrego São Mateus, será construída uma ponte de 270 metros, reduzindo a movimentação de solo e a supressão vegetal.

A implantação do ramal ferroviário envolve 40 propriedades ao longo do traçado e mesmo após a emissão da Declaração de Utilidade Pública (DUP) pela ANTT, instrumento que reconhece o interesse público da obra, a Arauco mantém diálogo contínuo com os proprietários rurais e autoridades locais buscando soluções consensuais pautadas pelo respeito, cooperação e pelos princípios de sustentabilidade que orientam suas operações. As atividades de infraestrutura serão iniciadas nas áreas em que essas negociações já foram plenamente concluídas.

Compromisso ambiental e desenvolvimento territorial

Para compensar os impactos previstos e autorizados pelo órgão ambiental, a Arauco firmou, em 11 de novembro, um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O acordo estabelece investimentos de R$ 4,3 milhões, distribuídos ao longo de 24 meses, em iniciativas de recuperação e conservação ambiental na região de influência do projeto. As ações definidas em diálogo técnico com o instituto.

“Esse investimento reafirma a relevância pública e estratégica do projeto, ao modernizar a logística regional, fortalecer a segurança nas estradas e contribuir para uma operação de menor impacto ambiental. Afinal, são 7 mil viagens de caminhões a menos por mês e 94% menos emissões em relação ao transporte rodoviário. Trata-se de uma iniciativa capaz de redefinir a dinâmica econômica de Inocência e de todo o entorno — e seus efeitos já começam a ser percebidos”, finaliza Carlos Altimiras, presidente da Arauco Brasil.

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ABTCP apresenta nova identidade visual durante Congresso Internacional

A Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) apresentou oficialmente sua nova identidade visual durante a abertura do 57.º Congresso Internacional de Celulose e Papel, o ABTCP 2025, em São Paulo-SP. A mudança marca uma nova etapa na história da entidade, que há mais de meio século se dedica ao desenvolvimento técnico, capacitação de profissionais e à integração do setor no Brasil.

Para o diretor executivo da ABTCP, Darcio Berni, a atualização da marca integra um movimento de modernização institucional. “O planejamento estratégico elaborado em 2020 previa a renovação da imagem da associação, alinhada a diversas iniciativas já concretizadas. A mudança do logotipo é um passo importante e totalmente conectado a essa estratégia”, afirma.

Ele destaca que o processo de desenvolvimento da nova identidade visual buscou traduzir o novo posicionamento sem perder a essência construída ao longo de 58 anos. “Esse foi nosso grande desafio e a razão de envolvermos uma agência especializada, e o nosso conselho executivo. A mensagem do logotipo anterior era muito forte. Ficamos muito satisfeitos com o resultado e com a certeza de que o novo design traduz a realidade atual da ABTCP”, ressalta Berni.

Claudia D’Amato, coordenadora de marketing da ABTCP, reforça que a evolução da marca acompanha a ampliação do portfólio da entidade, com iniciativas como a Universidade Setorial e o portal Newspulpaper. “A antiga identidade visual já não refletia a modernidade esperada pelas novas gerações, hoje público central da associação. A atualização fortalece o posicionamento da ABTCP como o principal hub de formação e capacitação técnica do setor”, destaca.

O novo logotipo utiliza elementos que representam toda a cadeia produtiva de celulose e papel. O símbolo remete ao tronco da árvore cortada e seus anéis de crescimento, à bobina de papel, eixo da indústria, e à espiral, que simboliza o conhecimento técnico em constante evolução. A tipografia “KOMET” reforça solidez com leveza, enquanto a paleta de cores conecta a tecnologia à origem natural da matéria-prima.

O lançamento da marca também apresentou um manifesto em formato de vídeo que exalta a evolução entre gerações, a inovação e o papel da ABTCP como ponte entre pesquisa, indústria e conhecimento aplicado ao desenvolvimento do setor. Segundo Claudia, a nova linguagem visual é uma ferramenta estratégica para ampliar a presença institucional e garantir uma comunicação mais coerente com todos os públicos. Em 2026, está prevista a padronização da identidade e do tom de voz em todas as plataformas da entidade.

Berni conclui que a ABTCP segue ao lado do setor, representando uma força técnica essencial para o seu avanço. “Ter uma associação técnica atuante é um privilégio para nosso setor e uma grande responsabilidade de todos em manter e apoiar seu desenvolvimento”.

Mais do que uma atualização estética, a nova marca posiciona a ABTCP como uma associação cada vez mais conectada, colaborativa e global, um ponto de encontro entre quem aprende e quem transforma.

Informações: News PulPaper

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Mata nativa conservada pela Klabin no Paraná supera Curitiba em tamanho, diz resumo público 2025

Dados do Resumo Público de 2025 mostram que a Companhia preserva mais de 1.500 km² de vegetação nativa em seu patrimônio florestal no Paraná

A Klabin divulgou o Resumo Público 2025 de suas operações florestais no Paraná e em São Paulo, consolidando os principais avanços do ano. Os dados referem-se a um de seus escopos de certificação e mostram que a companhia preserva uma área de mata nativa em seu patrimônio ambiental quase quatro vezes maior do que o território de Curitiba: enquanto a Companhia mantém mais de 1.500 km², a área territorial da capital paranaense tem cerca de 432 km².

Dentro do escopo de certificação Klabin PR/SP, a empresa possuí 379 mil hectares em 57 municípios nas duas regiões, sendo 199 mil voltados ao cultivo de florestas plantadas e 156 mil dedicados à conservação permanente. Os 24 mil hectares restantes correspondem a áreas destinadas a infraestruturas, corpos d’água e outros usos dentro do patrimônio florestal.

Esse equilíbrio garante um território rico em biodiversidade, onde a produção florestal está ao lado de trechos destinados à preservação. Isso é possível graças ao mosaico florestal, técnica utilizada pela Klabin há mais de 60 anos, que intercala áreas de produção com vegetação nativa permitindo a preservação da biodiversidade.

“Nosso modelo de negócio integra a produção com a conservação ambiental. Os resultados de 2025 reforçam nosso compromisso em equilibrar a eficiência produtiva com a proteção dos ecossistemas. A sustentabilidade é um pilar estratégico para a resiliência e o crescimento de nossa operação”, afirma Julio Nogueira, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Klabin.

MAIS DE 1.600 ESPÉCIES DE FLORA E MAIS DE 1.100 ESPÉCIES DE FAUNA IDENTIFICADAS

A Klabin mantém um trabalho ativo e contínuo de monitoramento da diversidade biológica em suas áreas florestais. No Paraná, foram registradas 1.256 espécies de flora, incluindo 21 ameaçadas de extinção. Já em São Paulo, 401 variedades foram monitoradas, com 10 em risco de extinção. No caso da fauna, o levantamento identificou 750 espécies de animais no Paraná, das quais 20 sob ameaça, além de 430 em São Paulo, com 14 ameaçadas.

A Companhia ainda mantém neste escopo, dez Áreas de Alto Valor de Conservação em seu patrimônio florestal, sendo que cinco delas garantem serviços ecossistêmicos críticos para as regiões onde estão inseridas. Além disso, a Klabin conta com duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural no Paraná: as RPPN’s Fazenda Monte Alegre e Samuel Klabin, que juntas somam mais de quatro mil hectares dedicados exclusivamente a estudos científicos, proteção ambiental e preservação dos recursos naturais.

AÇÕES SOCIAIS

A atuação social da Companhia nas comunidades locais segue transformando a realidade de muitas pessoas. Promovida por meio do Klabin Transforma – um conjunto de programas, ações e soluções sustentáveis – as iniciativas registraram avanços importantes nos campos da educação e do desenvolvimento socioeconômico.

As cooperativas inseridas no programa Klabin Transforma Território Circular, por exemplo, recuperaram mais de 2.4 mil toneladas de resíduos recicláveis em 2024, por meio do engajamento da comunidade para o descarte correto de resíduos.

“O crescimento da empresa está diretamente ligado ao desenvolvimento das comunidades onde atua. Os projetos do Klabin Transforma demonstram o potencial local, promovendo o desenvolvimento social e econômico. Fortalecer esses laços é parte fundamental da nossa estratégia para um futuro mais sustentável”, conclui Nogueira.

Informações: NewsPulPaper

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Diretor-executivo da ABAF apresenta o balanço de sua participação na COP30

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA), encerrou-se em 21/11, após 2 semanas de discussões, aprovando o chamado “Pacote de Belém”. O documento reuniu 29 acordos globais e inclui temas como a ampliação do Fundo de Perdas e Danos e o compromisso de triplicar os valores destinados à adaptação climática até 2035, entre outros assuntos. Integrando a delegação oficial do Brasil e com acesso à Zona Azul da Conferência, o diretor-executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, participou representando as florestas baianas e brasileiras no enfrentamento da crise climática.

Durante a conferência, Andrade participou de debates globais sobre financiamento climático, mercados de carbono, políticas para florestas, bioeconomia, inovação e ações de adaptação, contribuindo para posicionar o setor de base florestal como um aliado direto na consolidação da neutralidade de carbono.

“A COP30 marcou uma inflexão histórica ao colocar a Amazônia no centro da agenda global. O Brasil sai fortalecido, com avanços em financiamento, adaptação, florestas e mercados climáticos. Este é um momento crucial para reforçar que o setor brasileiro de árvores cultivadas é parte da solução climática global, unindo produtividade, conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico”, destacou Andrade.

Ao longo da COP30, Andrade manteve forte interação institucional com diversas entidades nacionais como Ibá, CNA, e baianas como ACB, FAEB e FIEB, fortalecendo a articulação entre setor produtivo, governo e organismos multilaterais. No cenário internacional, também esteve em diálogo com representantes da FAO, ONU, bancos multilaterais e entidades florestais de vários países, ampliando discussões sobre financiamento verde, cadeias globais de produtos florestais e cooperação técnica para inovação no setor.

“Sustentabilidade para o agro baiano e brasileiro é mais do que um conceito, é uma prática cotidiana, é a base sobre a qual construímos o futuro”, evidencia Humberto Miranda, presidente da FAEB.

“A COP30 é uma chance rara. O futuro será de quem souber transformar desafios em oportunidades – para tanto, lugar mais inspirador do que a Amazônia não há”, destaca Paulo Hartung, presidente da Ibá.

Entre os principais avanços da COP30, destacam-se o reconhecimento das florestas tropicais como ativos globais essenciais para o equilíbrio climático e a consolidação das florestas plantadas como uma solução climática estratégica. A conferência também reforçou o incentivo ao manejo florestal sustentável, aos Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) e ao desenvolvimento de cadeias produtivas livres de desmatamento. Outro progresso importante foi o fortalecimento do reconhecimento internacional do setor de florestas plantadas, acompanhado da criação de novos mecanismos de financiamento e da expansão dos mercados de carbono, ampliando oportunidades para países e setores comprometidos com a economia verde.

“O esforço realizado pelo governo do Brasil, pelo estado do Pará e pela Prefeitura de Belém, apesar de todas as dificuldades, valeu a pena para mostrar que o país tem plenas condições de liderar esse processo”, destaca Andrade.

A criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF – Tropical Forest Forever Facility) representa uma iniciativa importante de pagamento por resultados para incentivar que países mantenham suas florestas tropicais em pé. A proposta estabelece que nações que preservam esses biomas serão recompensadas financeiramente por meio de um fundo de investimento global. Ao menos 63 países já endossaram a iniciativa, que, segundo a presidência da COP30, já mobilizou US$6,7 bilhões em recursos iniciais.

“O setor de base florestal já pratica aquilo que muitos setores ainda precisam acelerar: alta produtividade, competitividade e processos que resultam naturalmente em descarbonização. Assim, com os avanços na silvicultura do eucalipto, mostramos que é possível produzir mais, emitir menos e gerar resultados econômicos.” afirma o diretor-executivo da ABAF.

Finlândia – Sua agenda também incluiu encontros com governos estrangeiros, além de diversos eventos técnicos de avaliação e análise do plano das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, promovidos pela Embaixada da Finlândia, que manteve um pavilhão ativo na programação da COP30. As atividades reuniram representantes do setor florestal e instituições dos dois países. Pela Finlândia, participaram o novo embaixador Antti Kaski, o ministro de Ciência e Desenvolvimento Econômico e o ministro das Relações Exteriores.

“Reconheço a liderança desse país como exportador de tecnologias e equipamentos, não somente na área de madeira, como também em economia circular, energias renováveis, segurança pública e defesa militar, tecnologia da informação e educação”, declara Andrade, Cônsul Honorário Emérito da Finlândia e Diretor Regional Nordeste da Finncham, entidades responsáveis por apoiar iniciativas de cooperação econômica e institucional entre Brasil e Finlândia.

A agenda de comunicação também foi intensa. Wilson concedeu entrevistas a veículos presentes na COP30, destacando a contribuição do setor florestal para a mitigação das mudanças climáticas, a preservação de áreas nativas e o potencial da bioeconomia brasileira.

“O problema das mudanças climáticas é de todos nós. Esperamos que os países negociadores assumam suas responsabilidades e façam de 2026, ano em que o Brasil terá liderança, um período de cumprimento de promessas e de efetiva implementação”, reflete Wilson Andrade.

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Mudanças climáticas pressionam a produtividade do eucalipto e aceleram inovação no setor de celulose

Com o avanço das mudanças climáticas, o desempenho das florestas plantadas no Brasil já é afetado e as prioridades de inovação no setor de papel e celulose estão sendo redefinidos. A combinação de dias mais quentes, chuvas irregulares e vendavais frequentes compromete o crescimento do eucalipto, aumenta a proliferação de pragas e eleva as perdas de madeira, uma preocupação crescente, como explica a agrônoma Josileia Zanatta, pesquisadora da Embrapa Florestas.

Segundo estudo da instituição, as oscilações climáticas devem impactar o cultivo do eucalipto em todas as regiões do país, exceto no Sul. “Com a mudança do clima batendo à porta, se nada for feito, teremos, de fato, redução na produtividade”, concorda Adriano Scarpa, gerente de sustentabilidade e políticas florestais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Para ele, o caminho passa pela inovação: “O setor vem avançando em pesquisas voltadas à resiliência climática”.

A adaptação exige iniciativas que unem melhoramento genético, projeções climáticas e novas tecnologias de monitoramento. Bioinsumos em desenvolvimento também começam a surgir como alternativa. Segundo pesquisa da Ibá, o melhoramento genético concentra 26% dos R$ 372 milhões investidos em pesquisa e inovação pelo setor no último ano. O objetivo é selecionar árvores produtivas e mais resistentes. “Busca-se, por exemplo, cruzar materiais genéticos de uma espécie de alta produtividade com outra de maior tolerância à seca ou a altas temperaturas, para agregar volume e adaptação”, afirma Cristiane Reis, engenheira florestal e pesquisadora da Embrapa Florestas.

Em um movimento incomum, empresas concorrentes decidiram unir esforços. Klabin, Suzano e Eldorado Brasil participam de um estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef) para analisar o desempenho de clones de eucalipto em diferentes regiões do país. “Com o programa, conseguimos saber com precisão quanto cada material genético cresce em diferentes condições de precipitação”, explica Darlon Orlamunder, diretor de estratégia e planejamento florestal da Klabin. Segundo ele, as informações permitem, por exemplo, avaliar se um clone hoje resistente à seca no Nordeste poderá futuramente ser cultivado no Mato Grosso do Sul. “Caso o ambiente se torne mais seco e as temperaturas aumentem, conseguimos selecionar o material mais adequado à nova condição climática”, afirma.

O melhoramento genético depende diretamente de projeções climáticas robustas, já que a criação de novas linhagens leva entre 12 e 20 anos. “Se não nos anteciparmos agora, corremos o risco de desperdiçar todo o esforço de selecionar espécies pensando no cenário atual, porque, daqui a 15 anos, quando estiverem prontas, talvez já não estejam adaptadas ao novo ambiente”, observa Sharlles Dias, gerente-geral de pesquisa e tecnologia florestal da Eldorado Brasil.

Orlamunder reforça essa visão: “Começamos a selecionar os nossos materiais para as próximas quatro décadas com base nas condições de chuvas e temperatura que estão por vir”. Ele explica que, desde 2018, a Klabin utiliza modelagens climáticas desenvolvidas com apoio do pesquisador Eduardo Delgado Assad, vinculado ao IPCC. Os modelos projetam cenários que variam de um aquecimento mais brando, de 1,5°C, a aumentos de até 5°C até o fim do século.

A Eldorado Brasil também integra modelagens e dados meteorológicos às suas estratégias. A empresa opera 30 estações automáticas que coletam, de hora em hora, informações sobre temperatura, umidade e precipitação. “Já estamos na nossa quarta atualização e temos modelado o clima das nossas áreas até 2099”, afirma Dias. Segundo ele, os modelos indicam que o volume total de chuva pode se manter estável, mas concentrado em períodos mais curtos, cenário que exige produção em ambientes mais secos.

Para acelerar o desenvolvimento de novas árvores, o setor aposta em análises de DNA capazes de prever características como tolerância à seca, resistência a pragas, crescimento acelerado e densidade da madeira. A Eldorado espera reduzir o ciclo de criação de novos clones para cerca de seis anos até 2028, hoje ele dura entre 12 e 15 anos. Na Klabin, a meta segue a mesma direção. “Com essas seleções precoces, nosso objetivo é encurtar o atual ciclo de 12 anos”, diz Orlamunder.

Paralelamente, sensores e equipamentos avançados ampliam o monitoramento das florestas. Na Suzano, torres com sensores registram trocas de carbono, água e energia entre árvores e atmosfera, como detalha Pablo Cadaval, diretor de tecnologia e inovação. Outro dispositivo utiliza tecnologia da Nasa, originalmente aplicada no mapeamento de solos em Marte, para análises químicas em campo. Pelo método, conhecido como sensoriamento proximal, resultados que antes levavam cerca de 30 dias ficam prontos em dez minutos.

Suzano, Klabin e Eldorado também monitoram o fluxo de seiva dos eucaliptos para avaliar o uso da água e acompanham o comportamento das estruturas de respiração das folhas. Para integrar esse volume de dados, a Suzano desenvolveu um sistema capaz de combinar medições de solo e árvores com informações de satélite e clima. “Isso nos permite conhecer o balanço hídrico da região e entender melhor o comportamento das árvores, o que leva a decisões mais assertivas e ajustes finos de manejo”, afirma Cadaval.

O setor também experimenta soluções biológicas. A Embrapa Florestas trabalha no desenvolvimento de bioinsumos específicos para o cultivo de eucalipto, como bactérias que estimulam o crescimento das raízes ou favorecem a absorção de fósforo. “Estamos analisando três bactérias e dois fungos para tentar melhorar o enraizamento do eucalipto”, afirma Dias. Ele acredita na expansão dessa tecnologia: “Não tenho dúvidas de que, com o aumento da escala, o uso do micro-organismo se tornará uma tendência”.

Informações: Valor Econômico

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Fundo para florestas sai do papel e recebe US$ 6,7 bi

No entanto, ainda restam dúvidas sobre quando o TFFF começará a mobilizar capital privado

O início do processo para capitalização do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, em inglês) foi considerado pelo governo brasileiro e por especialistas um dos principais avanços da COP30. A Presidência do Brasil garantiu US$ 6,7 bilhões em compromissos de aporte no fundo. O valor foi comemorado por integrantes dos Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente, que lideraram a iniciativa, ainda que não tenha alcançado a meta de US$ 10 bilhões.

Apesar de pontos nebulosos, como dúvidas sobre quando de fato o fundo começará a mobilizar capital privado e fazer os primeiros desembolsos, especialistas avaliam o mecanismo como uma iniciativa inovadora, porque, quando concretizada, contribuirá para mitigar o aquecimento global ao auxiliar na preservação das florestas, que absorvem dióxido de carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa. O TFFF também é elogiado por não precisar de doações e por garantir um fluxo contínuo de remuneração aos países para preservação de suas florestas.

“Pela primeira vez numa COP, um instrumento de solução ambiental pôde efetivamente sair do papel”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de imprensa durante a COP para anunciar os aportes no TFFF. “Já temos aqui mais da metade dos recursos que tínhamos nos colocado como meta nesse primeiro ano”, reforçou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Essa é a COP da implementação, e o TFFF significa implementação, ao viabilizar os recursos necessários para que possamos proteger as florestas”, completou.

André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e enviado especial da sociedade civil para a COP30, considera o fundo uma ferramenta muito bem pensada, sobretudo porque tem essa visão de remunerar a floresta que não é derrubada. “É um sinal, no meu entender, muito poderoso de que as florestas têm valor. Depois de a gente não conseguir, infelizmente, avançar nos combustíveis fósseis, é ainda mais importante pactuarmos em torno de manter e recuperar florestas”, afirmou.

Já temos mais da metade dos recursos que tínhamos nos colocado como meta nesse 1º ano”

— Marina Silva

Ronaldo Seroa Motta, colaborador do Earth Innovation Institute (EII) e professor de economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), estima que a tração que o TFFF ganhou na COP de Belém foi importante para que esse mecanismo se firme como um modelo de financiamento climático. “Espero que o TFFF tenha mais adesões e se consolide como um ponto focal de financiamento da conservação florestal. A preservação da floresta colabora não só reduzindo as emissões, como capturando CO2. É um caminho mais barato do que construir um depósito de CO2, chamado de CCS [Captura e Armazenamento de Carbono].”

A ministra do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Irene Vélez, destacou que o TFFF terá o papel no futuro de assegurar um fluxo contínuo de financiamento. “Muitos programas [de conservação] nos países são relacionados à política atual. Quando o governo muda, todos esses esforços de conservação podem diminuir. Então, a ideia de ter uma continuidade de financiamento é crucial para ver a floresta realmente se fortalecer”, disse Vélez durante painel sobre o TFFF na COP30.

O fundo busca levantar US$ 125 bilhões, sendo US$ 25 bilhões de capital público e o restante, privado. A ideia é que os valores sejam investidos e parte da remuneração seja revertida para remunerar os países que preservam suas florestas tropicais. É diferente, por exemplo, do Fundo Amazônia, que é baseado em doações por parte dos países.

Durante a COP em Belém, a Noruega se comprometeu a aportar US$ 3 bilhões até 2035 no TFFF; a Alemanha, 1 bilhão de euros (US$ 1,15 bilhão); e a França, 500 milhões de euros (US$ 577 milhões) até 2030. Antes, o Brasil e Indonésia já haviam anunciado US$ 1 bilhão cada. Além disso, mais de 50 países endossaram a declaração da COP30 sobre o TFFF, confirmando o “interesse e apoio político”.

Na declaração, os países citam que se trata de uma “iniciativa inovadora concebida para fornecer recursos previsíveis, permanentes e em larga escala para a conservação das florestas tropicais em países em desenvolvimento, por meio de um mecanismo de financiamento misto que mobiliza capital público e privado e que, de forma baseada em resultados, destina fundos à conservação e ao uso sustentável das florestas tropicais.”

Há, contudo, uma série de dúvidas sobre quando os aportes anunciados serão de fato concretizados, já que os países ainda precisam formalizar o compromisso de investimento e explicitar quais são as condicionantes. Além disso, o fundo precisa ter ao menos US$ 10 bilhões de capital público para começar a alavancar capital privado e, então, fazer os primeiros desembolsos. Foi um pedido da Noruega, para não ter mais que 20% do capital público aportado.

Integrantes do governo brasileiro afirmam que até novembro do próximo ano, quando a presidência da COP será transferida para Turquia e para a Austrália, será possível chegar próximo aos US$ 10 bilhões de capital inicial, para alavancar US$ 40 bilhões em recursos privados, por meio da emissão de títulos. Também acreditam que em três anos será possível chegar ao objetivo completo de levantar US$ 125 bilhões. Eles explicam que é natural que haja uma demora na capitalização, porque os países ainda precisam cumprir etapas internas antes de fazer o aporte de fato no fundo.

Também há a expectativa que mais países anunciem aportes, em especialmente a China. Isso porque somente em outubro deste ano o Banco Mundial foi confirmado como administrador do TFFF. Essa parceria é considerada pelo governo como essencial para garantir que o fundo opere com os mais altos padrões de governança, criando condições para que mais países sintam segurança em aderir. O banco também atuará como trustee, repassando recursos gerados pelos TFFF aos governos.

Diretora-geral da Iniciativa Internacional da Noruega para o Clima e as Florestas (NICFI, na sigla original), Dyveke Rogan avaliou que é normal que haja incertezas por parte dos países sobre aportar ou não recursos no TFFF, porque trata-se de um mecanismo novo. “Nós [Noruega] chegamos à conclusão de que, sim, há certos riscos para gerar esse retorno do investimento que deve ser distribuído para os países. Mas, para nós, o risco de não construir esse mecanismo que irá garantir um fluxo estável [de recursos] para os países florestais é muito mais alto”, argumentou Rogan, em painel para debater o TFFF.

Ela conclamou para que mais países venham aderir, de forma a garantir o sucesso do fundo. “O TFFF pode funcionar somente se nós conseguirmos fazer isso em escala. Portanto, eu encorajo outros patrocinadores que estão olhando para isso a se engajarem.

Informações: Valor / Globo

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Estudo da Embrapa revela que produtores preservam 29% da vegetação nativa, destaca Gilkiane Cargnelutti

A jornalista Gilkiane Cargnelutti participou na manhã desta terça-feira (02) do Campo em Dia, da Clic Rádio, e trouxe informações importantes sobre o papel do agronegócio brasileiro na preservação ambiental, além de atualizar o público sobre medidas comerciais dos Estados Unidos e a expectativa em torno da renegociação das dívidas dos produtores rurais.

Segundo Gilkiane, um novo levantamento divulgado pela Embrapa Territorial durante a COP 30 reforça dados contundentes sobre a conservação ambiental no país. O estudo revela que 65,6% de todo o território nacional permanece coberto por vegetação nativa, incluindo florestas, cerrado, campos naturais e outros biomas. Em contraste, apenas 31,3% das terras brasileiras são destinadas à agropecuária, somando áreas de lavouras e pastagens.

No entanto, o dado mais expressivo destacado pela Embrapa mostra que 29% de todas as áreas de vegetação nativa do país estão dentro de propriedades rurais, sob responsabilidade direta dos produtores. “Isso significa que quase um terço da natureza protegida do Brasil se encontra em áreas privadas mantidas pelo setor produtivo”, explicou Gilkiane.

A jornalista ressaltou que esses números desmontam a narrativa de que o agronegócio seria o principal responsável pela destruição ambiental. “E também evidencia aí o contrário. Grande parte da conservação depende justamente do campo”. Esse relatório também destaca que o “Brasil é uma das maiores potências agroambientais do mundo e combina produção agrícola em larga escala com altos índices de preservação”, destacou.

Gilkiane ainda lembrou que a Embrapa trabalha com dados oficiais, auditáveis e atualizados, o que reforça a credibilidade do levantamento e demonstra que os produtores rurais têm papel decisivo no equilíbrio ambiental brasileiro.

EUA retiram tarifa de 40% para produtos brasileiros

Outro destaque da participação de Gilkiane no programa foi a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros desde agosto. A medida beneficia itens como carne bovina, café, açaí, cacau, entre outros que estavam incluídos na lista de exceções do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump.

A retirada da tarifa vale para produtos que chegaram ao território americano a partir de 13 de novembro.

Apesar da revisão, Gilkiane alertou que 62% das exportações brasileiras para os EUA seguem sujeitas a algum tipo de taxação adicional. Em nota, o governo brasileiro classificou a decisão como um avanço, mas afirmou que continuará negociando para eliminar as tarifas restantes e ampliar a competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano.

Produtores aguardam votação do PL 5122/2023

Gilkiane também atualizou os ouvintes sobre a expectativa do setor produtivo em relação ao PL 5122/2023, que trata da renegociação das dívidas dos produtores rurais. A proposta foi aprovada na Câmara antes do recesso do meio do ano, mas segue parada no Senado.

Segundo a jornalista, há uma sinalização do presidente do Senado, Daniel Alcolumbre, de que o projeto pode ser pautado ainda nesta semana. No entanto, essa inclusão na agenda ainda não foi confirmada oficialmente.

O campo não pode mais esperar. Nossos produtores já estão assim no limite.

Gilkiane concluiu reforçando que seguirá acompanhando de perto as movimentações no Senado e trará atualizações em primeira mão para os ouvintes do Campo em Dia.

Informações: ClicCamaquã / Kathrein Silva

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Vencedores do Prêmio APRE Florestas de Jornalismo são homenageados em noite de festa

Jornalistas da RPC de Foz do Iguaçu, Jornal Bem Paraná e Rádio Banda B conquistaram os primeiros lugares nas categorias vídeo, texto e rádio, respectivamente, do 3º Prêmio APRE de Jornalismo, dedicado a premiar as melhores reportagens produzidas em 2025 sobre o setor de florestas plantadas do Paraná. A silvicultura é reconhecida como uma das atividades mais sustentáveis do planeta por produzir matérias-primas renováveis de grande impacto positivo nas áreas ambiental e social. Também foram premiados jornalistas da Revista Globo Rural, da Rede Massa Ponta Grossa, da Ric RECORD Curitiba, do Jornal de Beltrão, da CBN Curitiba e do Portal Mirian Gasparin.

O resultado do prêmio foi revelado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) no último dia 28 de novembro, durante jantar festivo que também revelou o Prêmio Destaque 2025. A personalidade eleita foi o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, que também já ocupou o cargo de secretário estadual da Agricultura. Há mais de 40 anos, Ortigara se dedica ao desenvolvimento do agronegócio paranaense. Ao longo de sua carreira, consolidou o Paraná como referência nacional em produção agropecuária, sustentabilidade e inovação no campo.

A 3ª edição do Prêmio APRE Florestas de Jornalismo, realizada em Curitiba, no Restaurante Maggiore, em meio à natureza exuberante do Parque Barigüi, registrou recorde de inscrições, consolidando-se como a principal premiação regional dedicada à divulgação qualificada do setor de florestas plantadas.
Criado em 2023, o prêmio é pioneiro no Brasil e inspira, desde então, iniciativas nacionais de valorização do jornalismo especializado. Em 2025, o tema central foi “Florestas Plantadas e Tecnologia”, destacando reportagens que exploraram inovação, sustentabilidade, manejo florestal, pesquisa científica, construção com madeira engenheirada e uso de ferramentas digitais no campo.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, ressaltou que a imprensa exerce papel fundamental ao levar ao público informações relevantes sobre o setor florestal. “Agradeço aos jornalistas que dedicaram seu talento em prol do nosso setor. Através do Prêmio APRE de Jornalismo, consolidamos nosso reconhecimento a alguns dos melhores jornalistas que ajudam a escrever a nova história do Brasil”, apontou.

Ao todo, foram mais de 40 trabalhos inscritos e 37 selecionados para avaliação, avaliados por um júri formado por especialistas do setor florestal, pesquisadores e profissionais de imprensa: Vitor Afonso Hoeflich, Fernando Geraldi, Ailson Loper, Marisa Valério e Antonio Senkovski.
Além das premiações principais, a Embrapa Florestas concedeu sua tradicional Menção Honrosa à jornalista Miriam Gasparin, do portal miriangasparin.com.br – Economia & Negócios, pela reportagem “Drones e tecnologia revolucionam a silvicultura”, que abordou o uso crescente de drones em inventário, mapeamento, identificação de espécies, monitoramento de pragas e prevenção de incêndios, uma tecnologia já amplamente adotada pelas empresas paranaenses.

Vencedores nas categorias Vídeo, Áudio e Texto

Na categoria Vídeo, o 1º lugar ficou com a RPCTV de Foz do Iguaçu (PR), entregue ao jornalista Zito Terres. A reportagem vencedora, exibida na série Acesso Restrito, conduziu o público por todas as etapas da produção de papel e celulose no Paraná, com forte impacto visual e informativo. Além de Terres, a equipe vencedora é formada também por Franciele John, José Roberto Alves e Nestor Lichtenow.
O 2º lugar foi concedido à Rede Massa com a série de reportagens intitulada “Pinus – O Tesouro Verde do Paraná”, que destacou o uso do CLT (Cross Laminated Timber), a força da madeira engenheirada e os avanços da genética florestal.

O prêmio foi entregue ao jornalista Valdir Bezerra, de Ponta Grossa, cuja equipe é formada também por Adriana Justi, Angela Iurk Rosa, Rhuan Fellipe Cachel, Bruno Romualdo, Paulo Marques, Giulia Boiko da Costa Lopes e Ana Paula Ribeiro.

O 3º lugar foi para a RIC RECORD Paraná com a reportagem que abordou a importância econômica da silvicultura e o peso do setor para o PIB do agro paranaense. Para receber o prêmio, subiram ao palco a repórter Anne Beckhauser e o repórter cinematográfico Clemar Malmann. A equipe também é formada por Grasiani Jacomini, Karina Bernardi, Rafaela Moron, Vanessa Fontanella e Jean Carlo Tschannerl.

Na categoria Áudio, a grande vencedora foi a Rádio Banda B com a série de reportagem intitulada “Do machado à inteligência artificial”, que trouxe uma descrição histórica e tecnológica pelo setor florestal e toda sua evolução até os dias de hoje. As jornalistas Francielly Azevedo e Eliane Muiniki receberam o prêmio pela equipe, que também conta com o jornalista Antonio Nascimento.

O 2º lugar foi para a RadioWeb, de Brasília. A jornalista Janaína Oliveira explorou a construção sustentável com madeira engenheirada, destacando o protagonismo do Paraná no tema.

Já o 3º lugar ficou com a Rádio CBN Curitiba, em reportagem realizada pela jornalista Grasiani Jacomini, que analisou a reação do Paraná à crise das tarifas norte-americanas em 2025, mostrando como pesquisa e inovação estão moldando o futuro do setor.

Na categoria Texto, o 1º lugar foi para o veículo Bem Paraná, em matéria assinada pelas jornalistas Lívia Berbel e Luísa Mainardes. A reportagem vencedora destacou como as casas de madeira e o CLT (Cross Laminated Timber) estão transformando o futuro das moradias sustentáveis no Paraná.

O 2º lugar foi para a Revista Globo Rural, com reportagem da jornalista Carolina Mainardes. A matéria apresentou uma narrativa que percorre desde o manejo de florestas de pinus até a construção final com CLT, conectando campo, indústria e inovação.

O 3º lugar ficou para o Jornal de Beltrão, com matéria do jornalista Niomar Pereira, que analisou o impacto de tecnologias como drones, inteligência artificial, sensores e realidade aumentada no manejo florestal e nos novos modelos de negócio.

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Voith Paper é premiada no Programa Semear, iniciativa de sustentabilidade da Smurfit Westrock

Reconhecimento destaca evolução contínua da empresa em práticas ESG e reforça parceria com a cadeia de suprimentos.

A Voith Paper foi reconhecida com o prêmio Destaque ESG 2025 do Programa Semear promovido pela Smurfit Westrock.

A Voith foi destaque na categoria Fornecedores Indiretos que avalia formas de fortalecer e acelerar a adoção de iniciativas sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos.

A premiação da Smurfit Westrock é voltada ao desenvolvimento de fornecedores em sustentabilidade e avaliou 105 fornecedores selecionados com base em sua representatividade no gasto anual.

Após um processo rigoroso, que envolveu análise detalhada de evidências e desempenho, 20 empresas avançaram como finalistas e apenas 6 foram premiadas, sendo a Voith Paper uma delas.

Ao longo da avaliação, os participantes responderam a um questionário abrangente sobre práticas ambientais, sociais e de governança, apresentando evidências comprobatórias para cada indicador. Além disso, foi necessário desenvolver um plano de ação estruturado para a evolução de pontos identificados na avaliação anterior, demonstrando comprometimento com melhoria contínua.

“Este reconhecimento reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a transparência, pilares fundamentais para o futuro da indústria de papel e celulose. Estamos avançando de forma consistente, com iniciativas que fortalecem nosso impacto positivo em toda a cadeia de valor”, destaca Laline Franqueira Koch, Gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Voith Paper.

Com este prêmio, a Voith Paper reafirma sua posição como referência em práticas responsáveis e inovadoras no setor, contribuindo para um ambiente de negócios mais sustentável e atendendo às expectativas de clientes, parceiros e da sociedade.

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