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Em Maringá, 6º Fórum Brasileiro de ILPF destaca a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), desenvolvido pela Embrapa, estará em destaque em mais uma edição da Expoingá. A proposta da ILPF é integrar os sistemas de produção de alimentos, fibras e energia por meio de cultivos consorciados, em sucessão ou rotação. Essa abordagem visa otimizar os ciclos biológicos de plantas e animais, o uso de insumos e o aproveitamento de resíduos, promovendo uma produção mais sustentável e eficiente.

O Fórum Brasileiro ILPF, consolidado como um importante espaço de discussão, chega à sua 6ª edição debatendo metodologias, inovações e soluções tecnológicas relacionadas ao sistema. O evento também tem como foco a divulgação de informações sobre a adoção e o manejo adequado da ILPF, reunindo os principais especialistas da área.

Integrando a programação oficial da Expoingá 2025, o Fórum atrai um público diversificado, incluindo produtores, técnicos, extensionistas rurais, estudantes, professores e representantes de instituições financeiras.

Programação:

  • 13h30 – Recepção
  • 13h45 – Abertura Oficial

Luiz Lourenço – Presidente do Conselho de Administração da Cocamar

Maria Iraclézia de Araújo – Presidente da Sociedade Rural de Maringá

Márcio Nunes – Secretário da Agricultura do Paraná

  • 14h30 – Palestra: “Programa Integra PR”

Palestrante: Andreza Cruz – Rede ILPF

  • 14h45 – Case de Sucesso em ILPF

Palestrante: Ricardo Luca – Produtor Rural e Médico Veterinário

  • 15h15 – Palestra: “Ganhos Produtivos e Econômicos da ILPF”

Palestrante: Dra. Mariana de Aragão Pereira – Zootecnista e Mestre em Economia Aplicada / Embrapa Gado de Corte

  • 16h00 – Encerramento 

Serviço:

Data: 15 de maio de 2025

Horário: 14h às 16h

Local: Parque Internacional de Exposições de Maringá

Realização: Sociedade Rural de Maringá e Cocamar Cooperativa AgroindustrialApoio institucional: Rede ILPF e Embrapa

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Brasil pode liderar mercado de carbono, mas precisa agir agora

Projetos brasileiros já são reconhecidos internacionalmente por sua qualidade e diversidade – seja em eficiência energética, preservação de florestas ou práticas agrícolas sustentáveis

*Artigo por Fernando Beltrame.

O Brasil já tem todas as condições técnicas e ambientais para ser protagonista no mercado global de créditos de carbono. O que falta agora é vontade política e coragem para fazer as mudanças estruturais que o setor exige. Projetos brasileiros já são reconhecidos internacionalmente por sua qualidade e diversidade – seja em eficiência energética, preservação de florestas ou práticas agrícolas sustentáveis. Mas estamos perdendo um tempo valioso discutindo o básico, enquanto outros países avançam com regulações, incentivos e metas claras.

Não dá mais para “empurrar com a barriga”. O governo precisa agir em duas frentes urgentes: garantir a qualidade dos projetos e fomentar a demanda por parte das empresas. Isso significa envolver especialistas e a academia para estabelecer critérios mínimos de adicionalidade, rastreabilidade e impacto social. É possível criar um mercado robusto e, ao mesmo tempo, inclusivo – especialmente para projetos em comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, que hoje enfrentam barreiras intransponíveis de custo e burocracia.

Na outra ponta, é fundamental estabelecer metas de descarbonização obrigatórias para as empresas, principalmente nos grandes emissores. Precisamos regulamentar o Escopo 3 do Greenhouse Gas Protocol, que refere-se a todas as emissões indiretas de gases de efeito estufa que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa, fora de seu controle direto, mas relacionadas à sua atividade, e também permitir que parte das emissões seja compensada com créditos nacionais. Isso cria um mercado interno forte, movimenta a economia e atrai investimentos estrangeiros.

O mundo está avançando rápido. O Chile já implantou um sistema de comércio de emissões. A Nova Zelândia incluiu o setor agrícola. A Austrália oferece incentivos diretos para quem reduz emissões. E nós? Continuamos discutindo o marco regulatório e concentrando 97% da verificação dos créditos nas mãos de apenas duas instituições internacionais, com custos inacessíveis para quem mais precisa.

Enquanto isso, o Brasil tem a chance de transformar o crédito de carbono em vetor de inclusão social, desenvolvimento regional e inovação tecnológica. Segundo dados da McKinsey, o país tem potencial para movimentar US$ 120 bilhões com projetos sustentáveis até o fim da década. Mas, para isso, precisa de regulação, incentivo e, principalmente, visão de futuro.

Estamos diante de uma oportunidade histórica de alinhar proteção ambiental com justiça social e crescimento econômico. Mas para liderar esse processo, o Brasil precisa sair do discurso e entrar em campo. O tempo da conversa já passou. O que precisamos agora é de ação.


*Fernando Beltrame é mestre pela USP, engenheiro pela Unicamp e CEO da Eccaplan. Publicação original em: https://opresenterural.com.br/brasil-pode-liderar-mercado-de-carbono-mas-precisa-agir-agora/

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Setor de base florestal paulista empregou 162.280 pessoas em 2023

Setor desempenha um papel importante no desenvolvimento sustentável do país, com foco na produção de madeira, celulose e outros produtos florestais

O estado de São Paulo se destaca como um dos principais polos da atividade florestal no país. Em 2023, o setor empregou 162.280 pessoas no estado, o equivalente a 23,3% do total nacional — ou seja, aproximadamente um em cada quatro postos de trabalho da base florestal brasileira está em território paulista. A maior concentração desses empregos ocorreu na indústria de papel, que absorveu 68.758 trabalhadores (42,4% do total estadual), e o setor moveleiro, com 41.603 ocupações (25,6% do total paulista), (fonte RAIS 2023).

Esta força de trabalho está distribuída em mais de 1,3 milhão de hectares de florestas cultivadas em São Paulo, o que representa cerca de 13% da área total de silvicultura no Brasil, com presença em 76% dos municípios paulistas. Os dados demonstram como o setor de base florestal impulsiona a bioeconomia em São Paulo e no país, reafirmando sua relevância para o desenvolvimento socioeconômico em âmbito estadual e nacional.

Empregos gerados no país

Em 2023, o setor de base florestal brasileiro empregou diretamente 696.563 trabalhadores. Essa força de trabalho esteve concentrada em diferentes segmentos do setor, destacando-se a fabricação de móveis, com 195.318 profissionais (28%); a indústria de papel, com 173.040 colaboradores (24,8%); e as atividades de silvicultura e colheita, com 117.038 trabalhadores (16,8%).

Imagem: Dexco.

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Bracell dispõe de vagas de emprego para Alagoinhas, Camaçari e Inhambupe (BA)

As oportunidades são voltadas para profissionais de ambos os sexos

Líder global na produção de celulose solúvel e especial, a Bracell está com seis vagas abertas para profissionais que desejam atuar na área florestal e de celulose em três cidades na Bahia: Alagoinhas, Camaçari e Inhambupe. As oportunidades, voltadas para ambos os sexos, são para analista de controle e informações PL, analista de desenvolvimento operacional sênior, coordenador de gestão de riscos, técnico de viveiro, analista de melhoria contínua pleno e analista de melhoria contínua júnior.

Os interessados nas vagas oferecidas pela Bracell devem se inscrever no site https://www.bracell.com/carreiras/ e acessar a aba “Quero ver as vagas disponíveis”. Lá, os candidatos têm acesso a detalhes sobre as experiências e competências exigidas.

Os selecionados terão salários compatíveis com as funções, além de uma série de benefícios, como plano de saúde e odontológico, transporte fretado, vale-alimentação, auxílio-escola para os filhos elegíveis, auxílio-creche, auxílio funeral, prêmio de férias e seguro de vida em grupo. Os profissionais ainda integram o Programa de Participação nos Resultados (PPR) da Bracell e podem contar com um auxílio-educação para complementar a qualificação profissional, de acordo com as atividades desenvolvidas na empresa, que se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. 

Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com.

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Conheça a árvore mais antiga do mundo — nascida antes das pirâmides

O pinheiro-bristlecone de 4.800 anos foi mantido em segredo até 2021, quando um fotógrafo revelou ao mundo sua localização

Árvores mais antigas que impérios não são tão raras quanto se imagina. Uma retorcida oliveira em Creta testemunhou gerações por quase 4.000 anos, dando frutos durante guerras, secas e a queda do império de Alexandre, o Grande.

Nas altas Montanhas Brancas da Califórnia, retorcida pelo vento e pelo tempo, está um pinheiro-bristlecone da Grande Bacia, conhecido como Methuselah. Com mais de 4.800 anos, a ancestral detém o recorde de árvore não clonal — ou seja, que cresce como um único organismo — mais antiga do mundo.

A localização de Methuselah foi mantida em segredo até ser revelada no verão de 1953 por um desvio do dendrocronologista Edmund Schulman. O cientista, que passou anos vasculhando o oeste dos Estados Unidos em busca de árvores antigas, voltava para casa de Idaho quando decidiu investigar rumores sobre pinheiros excepcionalmente velhos em um bosque de alta altitude.

Ali, na borda da zona florestal seca, Schulman encontrou Methuselah. Para determinar a idade da árvore, Edmund usou uma ferramenta conhecida como trado de incremento. O trado é basicamente uma broca estreita que extrai um núcleo delgado de uma árvore viva sem matá-la. Analisando os anéis concêntricos do núcleo, ele conseguiu contar pelo menos 4.789 anos de crescimento. Essa foi uma longevidade recorde que ampliou os limites conhecidos da vida arbórea.

Durante décadas, a localização exata de Methuselah foi mantida em segredo pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos para protegê-la contra o vandalismo. Esse véu de sigilo durou até 2021, quando uma divulgação de fotos revelou discretamente a identidade do antigo pinheiro.

Pinheiros-bristlecone crescem onde podem viver por milhares de anos

Nas regiões desoladas do oeste americano, onde os invernos castigam a terra com gelo e os verões a ressecam até o osso, os pinheiros-bristlecone da Grande Bacia (Pinus longaeva) dominaram a arte da paciência. Sua incrível longevidade é fruto de uma estratégia baseada na contenção.

Enquanto outras árvores competem para alcançar o dossel, os bristlecones desaceleram seu crescimento até quase parar. Nos solos pobres em nutrientes das altitudes subalpinas, onde a chuva é escassa, essa espécie prospera economizando energia.

O segredo de Methuselah

Enquanto pinheiros de regiões mais baixas perdem suas agulhas em apenas dois a quatro anos, os bristlecones conseguem manter seus fascículos de agulhas por até 45 anos — um recorde entre as coníferas, segundo um estudo de 1981. Isso reduz drasticamente o custo metabólico de produzir novas folhas ano após ano.

Os pinheiros-bristlecone da Grande Bacia representam um paradoxo botânico: ao crescer lentamente em ambientes hostis, vivem milhares de anos a mais que seus pares. Em um mundo obcecado por velocidade, eles oferecem um poderoso argumento a favor da longevidade pela quietude deliberada.

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Seus anéis de crescimento são estreitos, a madeira é densa e sua arquitetura é assimétrica. Todas essas características ajudam a suportar ventos brutais e a resistir à decomposição.

Concorrência

Embora Methuselah tenha sido por muito tempo o marco da longevidade arbórea, ele não está sem rivais. No Parque Nacional Alerce Costero, no Chile, um imenso exemplar de Fitzroya cupressoides conhecido como Gran Abuelo, ou “Bisavô”, surgiu como um possível sucessor ao título.

Com base em amostras de núcleo parciais e modelagem estatística, o cientista climático Jonathan Barichivich estimou que a árvore tenha 5.484 anos — mais de seis séculos a mais que Methuselah. No entanto, sem um núcleo completo, o que provavelmente é impossível devido à deterioração interna, a alegação permanece não verificada.

Ainda assim, as descobertas de Barichivich chamaram a atenção mundial para a urgente mensagem que carregam sobre resiliência climática e preservação florestal.

Mesmo entre os pinheiros-bristlecone, Methuselah já teve um “irmão” mais velho. Em 1964, um bristlecone conhecido como Prometheus foi derrubado durante pesquisas sobre a história glacial perto de Wheeler Peak, em Nevada. Apenas após a análise da seção transversal os pesquisadores perceberam seu erro.

Prometheus havia vivido por pelo menos 4.862 anos — e possivelmente mais de 4.900 — dependendo de anéis não contados e estimativas de crescimento vertical. O episódio impulsionou a proteção das populações de bristlecones e deixou como legado o custo da curiosidade.

Informações: Forbes.

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MS Qualifica Digital oferece 1,2 mil vagas em capacitações no setor florestal

MS Qualifica Digital oferece 1,2 mil vagas em capacitações no setor florestalSão 122 tipos de cursos disponíveis, com carga horária entre 144 e 220 horas

A nova plataforma MS Qualifica Digital terá 1.220 vagas gratuitas em capacitações no setor florestal. Essas oportunidades estão sendo oferecidas pelo Senar/MS.

A plataforma msqualifica.ms.gov.br, lançada na quarta-feira (30) pelo Governo do Estado, conecta trabalhadores, empresas e instituições de ensino, integrando ações de qualificação profissional e geração de emprego.

Com isso, permite o acesso a cursos, vagas de emprego e currículos. A proposta é oferecer uma navegação acessível, inclusive para pessoas com pouca familiaridade com tecnologia, e conectar diretamente a demanda do mercado de trabalho.

“Estamos oferecendo capacitações gratuitas aos produtores rurais, trabalhadores e aquelas pessoas que querem se inserir no mercado de trabalho. São 12 trilhas de capacitações, com carga horária entre 144 e 220 horas, para quem deseja entrar ou se qualificar no mercado florestal”, explicou o superintendente do Senar Mato Grosso do Sul, Lucas Galvan, que assinou termo de cooperação técnica com a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Funtrab (Fundação do Trabalho de MS).

Entre os temas ofertados estão:

– Viveirista (24 cursos – 196h)
– Máquinas Florestais – Periféricos e Tecnologias (22 cursos – 216h)
– Operador de Máquinas – Linha Amarela (14 cursos – 168h)
– Segurança no Manejo de Florestas (18 cursos – 144h)
– Comercialização de Florestas Plantadas (18 cursos – 200h)
 – Processos Gerenciais em Florestas Plantadas (26 cursos – 220h)

Informações: Campo Grande News.

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Oregon Tool nomeia Terry Hames como CEO

PORTLAND, maio de 2025 – A Oregon Tool, Inc., líder global em ferramentas de corte de precisão para a silvicultura, gramado e jardim; agricultura, pecuária e agricultura; e indústrias de corte e acabamento de concreto, anunciou neste 1º de maio, que o atual presidente e diretor financeiro Terry Hames foi promovido a diretor executivo. Hames sucederá Elliot Zimmer, que deixou a Oregon Tool no final deste mês abril de 2025.

Com mais de 16 anos de liderança financeira e operacional na Oregon Tool, Hames tem sido fundamental para impulsionar a disciplina fiscal, o crescimento estratégico e a criação de valor de longo prazo da Oregon Tool. Sua profunda compreensão do modelo de negócios da empresa, juntamente com sua capacidade de navegar em dinâmicas complexas do mercado, fez dele um líder confiável posicionado para orientar a agenda de crescimento da empresa.

Terry Hames

“Estou honrado em assumir o papel de CEO e continuar a construir sobre a base sólida que estabelecemos”, disse Hames. “Nosso compromisso de apoiar nossos clientes, construir os melhores talentos do setor e continuar a alavancar nosso histórico de inovação, satisfação do cliente e crescimento responsável permanece inabalável à medida que continuamos a evoluir para atender às necessidades de nossos usuários finais.”

Sobre a Oregon Tool, Inc.

A Oregon Tool, Inc. (“Oregon Tool”) é uma plataforma de ferramentas de corte de precisão global, de marca premium e voltada para o mercado de reposição. O portfólio de marcas da empresa é especializado em ferramentas de corte de precisão de nível profissional para silvicultura, gramado e jardim; agricultura, pecuária e agricultura; e corte e acabamento de concreto. Com sede em Portland, Oregon, com uma presença multinacional de fabricação e distribuição, a Oregon Tool vende seus produtos em mais de 110 países sob as marcas Oregon®, Woods ®, ICS ®, Pentruder ®, Merit ® e Carlton®. A empresa é o fabricante número1 do mundo de correntes de serra e barras guia para motosserras e correntes de serra diamantada para concreto e tubos, um dos principais fabricantes de acessórios para tratores agrícolas e o principal fornecedor OEM de peças de reposição e de primeiro encaixe. Saiba mais em www.oregontool.com.  

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Governo de MS volta a leiloar concessão da Rota da Celulose com expectativa de disputa entre consórcios

Leilão acontece no dia 8 de maio na B3, após fracasso em 2024; projeto envolve 870 km de rodovias e investimento bilionário

O governo de Mato Grosso do Sul volta a colocar em disputa, na próxima semana, a concessão da Rota da Celulose, projeto rodoviário considerado estratégico para a logística e a economia do Estado. O leilão está marcado para o dia 8 de maio, na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, e ocorre após o fracasso da primeira tentativa em dezembro de 2024, quando nenhuma proposta foi apresentada.

Desta vez, o governador Eduardo Riedel (PSDB) demonstra otimismo e espera uma concorrência acirrada. “Se tiverem três, quatro propostas, pelo menos vai ter briga no leilão. Aí nós estamos mais tranquilos”, afirmou.

Os envelopes com as propostas devem ser entregues já na segunda-feira (5), o que permitirá ao governo saber quantos consórcios estão oficialmente na disputa. Segundo Riedel, ao menos seis grupos demonstraram interesse até o momento, realizando consultas e estudos técnicos.

A concessão compreende 870 quilômetros de rodovias, envolvendo trechos das BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, atravessando nove municípios: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia. O objetivo do projeto é fortalecer a logística da indústria de celulose, setor estratégico no Estado, e dar suporte à consolidação do Corredor Bioceânico.

O contrato da concessão prevê investimentos da ordem de R$ 6 bilhões em infraestrutura, como a duplicação de 116 km de rodovias, além de custos operacionais estimados em R$ 3 bilhões ao longo de 30 anos. A regulação será feita por agência estadual, e a concessão é apontada como uma das principais apostas do governo sul-mato-grossense para ampliar a competitividade da produção local e melhorar a conectividade com mercados internacionais.

O secretário de Governo, Rodrigo Perez, também reforçou a expectativa de sucesso do leilão. “Acreditamos que há de três a cinco grupos analisando o edital. Temos informações de que há técnicos no trecho, medindo, avaliando. Isso indica que há interesse real”, afirmou, embora ressalte que a identidade das empresas segue desconhecida, já que a movimentação ocorre por meio de consultorias terceirizadas.

A sessão pública do leilão será transmitida ao vivo, a partir das 13h (horário de MS), no dia 8. O governador, o vice e integrantes do alto escalão estadual estarão presentes na B3 para acompanhar a disputa. “É um leilão da Bolsa, o governo é apenas um observador. Mas estaremos lá: eu, o governador, o vice, os secretários. Estamos animados”, concluiu o secretário.

Informações: MS Todo Dia.

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Em alta, silvicultura brasileira ganha com avanços tecnológicos para atender demanda global crescente

Automação em florestas plantadas já é realidade no segmento, responsável por movimentar mais de R$ 27 bilhões ao ano. Empresas têm máquinas que garantem maior precisão e produtividade no plantio

O Brasil é líder mundial na exportação de celulose, com um volume de US$ 12,7 bilhões (R$ 72,8 bilhões) em 2024 e o segundo melhor desempenho exportador da última década, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).

O resultado espelha a ascensão da silvicultura, ramo do agronegócio voltado para o fornecimento de matéria-prima obtida por meio de florestas plantadas e que tem ganhado o impulso com novas tecnologias para atender uma demanda global cada vez maior.

“O setor florestal ainda é um dos menos automatizados dentro do agronegócio, mas esse cenário está mudando rapidamente. A escassez de mão-de-obra e a crescente pressão por produtividade têm acelerado a adoção de soluções automatizadas em todas as etapas do manejo florestal”, afirma Marcello Guimarães, fundador da AutoAgroMachines, empresa sediada em Boa Vista (RR) especializada em máquinas inteligentes no campo e na floresta.

Silvicultura: agro sustentável

A silvicultura representa 1,3% do PIB agro brasileiro e movimenta mais de R$ 27 bilhões por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segmento é voltado ao cultivo, manejo e aproveitamento sustentável de florestas plantadas, principalmente para a produção de madeira, papel, celulose, biomassa e outros derivados.

Além disso, envolve técnicas específicas para o plantio e conservação de espécies como eucalipto e pinus, garantindo produtividade, preservação ambiental e fornecimento contínuo de matéria-prima para diversas indústrias.

“A operação florestal é bem peculiar, requer determinados equipamentos específicos para a colheita, desde o preparo do solo, desde o plantio”, afirma Marcos Marinho, coordenador de vendas da Komatsu Florestal, multinacional japonesa que está há cinco décadas no país e há quase 30 atuando também com silvicultura.

De acordo com dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), elaborada pelo IBGE, o valor de produção da silvicultura e da extração vegetal alcançou, em 2023, um recorde de R$ 33,7 bilhõescom aumento de 11,9% em relação ao ano anterior.

Para 2025, as projeções indicam um cenário ainda mais promissor. A demanda global por produtos renováveis e práticas sustentáveis tende a crescer, o que deve impulsionar o setor florestal brasileiro, com destaque para florestas de mogno africano, que apresentam grande potencial para investimentos.

“Hoje a florestal está em tudo, na roupa que você esté vestindo, na cadeira em que você está se sentando, na alimentação que você tem, porque não é só celulose, não é so serraria, a nanocelulose está em tudo. Então é um ramo que justifica todo e qualquer tipo de investimento”, diz Marinho.

Plantadeira capaz de plantar 600 mudas de árvores por hora é uma das novidades da Agrishow 2025 — Foto: Divulgação/ Komatsu

Plantadeira capaz de plantar 600 mudas de árvores por hora é uma das novidades da Agrishow 2025 — Foto: Divulgação/ Komatsu

Capacidade e otimização de tempo

Nesse cenário de crescimento acelerado, a tecnologia tem desempenhado um papel importante para otimizar a produção. Na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que se encerra nesta sexta (02), em Ribeirão Preto (SP), a Komatsu apresenta uma plantadeira automatizada de florestas capaz de realizar quatro operações em um só processo: formação da bacia, plantio da muda, adubação e irrigação.

A PC240 Planter carrega quase 2 mil mudas de uma só vez, além de 900 quilos de fertilizantes e tem um reservatório para 6,1 mil litros de água, o que reduz as paradas para reabastecimento. Em uma hora, o equipamento tem a capacidade de plantar 600 mudas, o triplo do que outras tecnologias produziam antes.

Segundo Marinho, tecnologias como essas, focadas no plantio, ainda estão se consolidando, mas o Brasil é uma referência mundial. “Ele na sua essência já é avançado porque faz o plantio, coisa que a gente não tinha até três, quatro anos atrás. (…) Ele consegue entregar uma produtividade”, diz.

Além disso, a máquina, embarcada com tecnologias de georreferenciamento e controle de dados, é projetada tanto para áreas planas quanto para terrenos com até 19 graus em declive. “Hoje a florestal na sua maioria trabalha em condições de topografias acima de 10 graus. (…) Estava faltando e essa máquina veio pra fechar essa lacuna.”

Precisão, geolocalização de mudas e alta produtividade

Na empresa do Marcello, uma das inovações mais promissoras é um robô de plantio que garante alta precisão e reduz os erros durante a aplicação de mudas. A tecnologia incorporada a uma das máquinas da empresa já conta com patentes no Brasil, Estados Unidos e Índia e é programada para evitar situações comuns como mudas inclinadas ou com substrato exposto e que comprometem o desenvolvimento da floresta.

“Estamos desenvolvendo máquinas autônomas para irrigação, adubação, inventário florestal e análise da saúde das mudas, tudo integrado por inteligência artificial.”

Outra capacidade desenvolvida é o registro de geolocalização de cada muda plantada, informação compartilhada com outros equipamentos, permitindo irrigação e adubação de precisão com base em dados reais. Em termos práticos, isso representa um desempenho maior, com o envolvimento de menos pessoas.

Fundador da AutoagroMachines, Marcello Guimarães, e máquina projetada para otimizar plantio de mudas — Foto: Giovani Oliveira/Divulgação

Fundador da AutoagroMachines, Marcello Guimarães, e máquina projetada para otimizar plantio de mudas — Foto: Giovani Oliveira/Divulgação

“Uma equipe tradicional com nove pessoas planta cerca de 0,8 hectare por hora. A Forest.Bot planta até 1,2 hectare por hora com apenas dois operadores e ainda reduz o custo total do plantio em até um terço”, explica o fundador da AutoAgroMachines.

Com autonomia para operar até 20 horas por dia, a máquina garante operações contínuas com logística de apoio já adaptada à rotina de campo. “Ela reduz a exposição de trabalhadores a riscos, diminui o número de equipamentos no campo e garante maior qualidade de plantio. Isso fortalece pilares fundamentais das práticas ESG.”

Apesar de ter sido pensada inicialmente para eucalipto e pinus, a tecnologia também é compatível com outras espécies. Atualmente, a empresa está adaptando a máquina para o plantio de árvores frutíferas como laranja, limão e tangerina.

Informações: G1.

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Parceria entre Bracell e SOS Mata Atlântica resulta no plantio de 61 mil árvores em São Paulo  

Com foco em biodiversidade, ação refloresta área estratégica da Cuesta de Botucatu interligada a duas bacias hidrográficas importantes da região 

Uma área de 25 hectares da região da Cuesta, em Botucatu (SP), ganhou nova vida com o plantio de mais de 61 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. A ação faz parte de um projeto da Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, iniciado em 2022. Além de recuperar uma área antes degradada, a iniciativa tem como foco fortalecer os ecossistemas locais e promover benefícios duradouros para o meio ambiente e a sociedade. 

O projeto contribui diretamente para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio climático, com impacto relevante também nos recursos hídricos. As espécies vegetais foram escolhidas estrategicamente para atrair e manter a fauna local — como aves e mamíferos — e favorecer a regeneração natural da floresta. A área restaurada influencia positivamente duas microbacias hidrográficas importantes da região: positivo se estende também a duas microbacias hidrográficas da região, a do Alto do Rio Pardo, que drena para a nova captação de água de abastecimento do município e a do Alto do rio Capivari, que drena para o Parque Natural Municipal Cachoeira da Marta. 

A iniciativa está alinhada ao Programa de Restauração e Conservação Ambiental da Bracell, que promove boas práticas ambientais nas regiões onde a empresa opera. Ao todo, foram plantadas mudas de 80 diferentes espécies nativas, muitas delas com alto valor ecológico e potencial de atrair a fauna.  

Com a restauração, a área passa a ter papel essencial no equilíbrio do clima global, absorvendo CO2 da atmosfera e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Segundo pesquisas utilizadas pela Fundação SOS Mata Atlântica, a capacidade de sequestro de carbono aumenta quando a floresta volta para um lugar antes ocupado por pastagens. 

Restauração estratégica reforça compromisso com o meio ambiente 

De acordo com Ana Beatriz Liaffa, coordenadora de Restauração Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, a iniciativa é essencial diante do cenário atual do bioma. “A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais degradados do Brasil, com apenas 24% de sua cobertura original remanescente. Cada ação de restauração contribui para a recuperação desse patrimônio natural, impactando diretamente a biodiversidade e os serviços ambientais essenciais para a sociedade”, destaca. 

A recuperação da área envolveu um trabalho minucioso, incluindo o preparo manual do solo, a escolha das espécies, o plantio, além de capinas, adubações e outros tratos culturais. “Desde o início, percebemos o grande potencial da região para os processos de restauração. A presença de animais na área restaurada indica que o processo de sucessão ecológica está acontecendo de forma acelerada. Isso significa que, em pouco tempo, teremos uma floresta autossustentável, capaz de se manter sem interferências externas”, explica Liaffa. 

Para João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell, a parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica reforça o compromisso da companhia com práticas ambientais responsáveis e de longo prazo. “Projetos como este desempenham um papel fundamental na promoção da sustentabilidade. Além de restaurar ecossistemas e proteger a biodiversidade, eles criam sinergias com outras iniciativas, ajudando a difundir boas práticas de recuperação florestal nas regiões onde atuamos”, afirma. 

A ação conjunta entre Bracell e SOS Mata Atlântica é um exemplo concreto de como parcerias estratégicas podem impulsionar a conservação ambiental em larga escala. O projeto garante benefícios ambientais consistentes para o território, como a melhoria da qualidade da água, o equilíbrio climático e a proteção da fauna e da flora, além de contribuir para que futuras gerações possam usufruir dos serviços ecossistêmicos proporcionados por uma floresta em regeneração. 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com  

Sobre a SOS Mata Atlântica 

A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos. Fundada em 1986, tem como missão inspirar a sociedade na defesa do bioma mais devastado do país. Atua para promover políticas públicas para conservar e restaurar a Mata Atlântica, trabalhando de maneira integrada as temáticas de água, biodiversidade e clima. Monitora a situação das florestas e ecossistemas associados, além de trabalhar para recuperar áreas já degradadas. Também defende e cria políticas públicas em prol do bioma. Essa causa beneficia diretamente mais de 70% da população brasileira, que vive na Mata Atlântica e depende dela para ter qualidade de vida. 

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