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Brasil pode gerar até US$100 bilhões em receitas de créditos de carbono

Esses sinais acendem um alerta urgente e direcionam as discussões e políticas públicas em torno do combate às mudanças em curso, sobretudo em um ano tão importante e decisivo, com a realização da 26ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que acontece em novembro.

Diante deste contexto, a ICC Brasil, capítulo nacional da maior organização empresarial do mundo, em parceria com a WayCarbon, maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, desenvolveram um estudo inédito sobre as oportunidades para o Brasil em mercados de carbono. Com o apoio da Suzano, Microsoft, Shell, Natura, Bayer e bp, as instituições apuraram que o potencial de geração de receitas com créditos de carbono até 2030 para o Brasil ficaria em torno de US$493 milhões e US$ 100 bilhões. Isso equivaleria a 1 gigaton (1bi de toneladas de CO2 equivalentes) ao longo da próxima década para os setores de agro, floresta e energia.

Hoje, há um registro acumulado de mais de 14,5 mil projetos de crédito de carbono ao redor do globo, que corresponderam à geração de quase 4 gigatons de tCO2 de créditos até 2020.

Mercado e oportunidades

O crédito de carbono é um instrumento econômico que visa a diminuição dos gases de efeito estufa, que provocam o agravamento das mudanças climáticas. Esses créditos fazem parte de um mecanismo de flexibilização, que auxilia os países ou empresas que possuem metas de redução de emissão de gases de efeito estufa a alcançá-las de forma mais custo efetiva. A cada tonelada reduzida ou não emitida desses gases, gera-se um crédito de carbono. Assim, quando um país ou empresa consegue reduzir a emissão, a depender das metodologias envolvidas, ele recebe um crédito.

O estudo aponta que, na próxima década, o Brasil tem potencial para suprir de 5% a 37,5% da demanda global do mercado voluntário e de 2% a 22% da demanda global do mercado regulado no âmbito da ONU. E, até mais, considerando as políticas públicas, nos mecanismos do artigo 6, gerando as receitas de 100 bilhões de dólares.

Visto a oportunidade de atuação nos mercados de carbono globais e o destaque para os setores agropecuário, florestal e energético, entende-se que há um caminho a ser percorrido pelo governo brasileiro e pelo setor privado a fim de destravar e alavancar tais oportunidades de geração de receita, renda, saúde e bem-estar social. O estudo traz mais de 10 recomendações essenciais, mas há dois passos que são chave.

O primeiro é entender os mercados de carbono como potencial de destravar oportunidades financeiras para planos de recuperação econômica e aceleração do?crescimento sustentável da economia brasileira e o segundo, desenvolver sistemas de monitoramento, relato, verificação e redução de emissões robustos que abarquem todos os setores produtivos da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) brasileira.

Fonte: O Jornal 

Foto: Eldorado Brasil

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Suzano já tem 975 mil hectares de áreas conservadas

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, atingiu a marca de 975 mil hectares de áreas destinadas conservação. Essas áreas hoje representam cerca de 40% dos 2,38 milhões de hectares mantidos pela companhia, entre áreas de plantio e de conservação.

A preservação de áreas nativas faz parte do dia a dia da Suzano. Uma das metas de longo prazo da companhia, também conhecidas como “Compromissos para Renovar a Vida”, é conectar até 2030 um total de meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a preservação nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia – o que equivale a quatro vezes a cidade do Rio de Janeiro.

Além das áreas de conservação, a Suzano mantém aproximadamente 1,3 milhão de hectares de florestas plantadas de eucalipto e planta em torno de 460 mil mudas por dia, incluindo eucalipto e árvores de mata nativa. A partir dessas árvores, são fabricados diversos produtos que estão no dia a dia de mais de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, desde produtos de higiene e embalagens de alimentos e medicamentos, até roupas, combustíveis e produtos para pets.

“O desenvolvimento de novos produtos de origem renovável, reciclável e biodegradável é fundamental para uma sociedade que, felizmente, está cada vez mais atenta às questões ambientais. Nesse sentido, temos evoluído cada vez mais em direção à bioeconomia a partir de novas aplicações da nossa matéria-prima, ou seja, as árvores plantadas”, diz Pablo Machado, diretor executivo para China e, atualmente, também responsável pela área de Sustentabilidade da Suzano. “Hoje, ao comemorarmos o Dia da Árvore, reforçamos o nosso Propósito Organizacional de ‘Renovar a Vida a partir da Árvore’, cientes do importante papel que ela ocupa na construção de um futuro mais sustentável”, completa o executivo.

Além do compromisso com a conservação da biodiversidade, a companhia tem como meta ofertar 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável desenvolvidos a partir da biomassa, para substituição de derivados de origem fóssil, como produtos plásticos. Para alcançar esse resultado, a Suzano desenvolve uma série de soluções pautadas no conceito da inovabilidade, ou seja, a inovação a serviço da sustentabilidade, ampliando a utilização de sua base florestal em soluções que vão além do papel e da celulose.

O portfólio diversificado da companhia inclui uma série de linhas, como Bluecup Bio® e Loop®, papéis para copos 100% biodegradável e canudos, respectivamente; Ecolig®, utilizada para aplicações industriais de alta performance; Eucafluff®, focada nas aplicações em produtos absorventes e de higiene pessoal descartáveis, como fraldas e absorventes feminino; além de celulose microfibrilar utilizada para produzir a primeira fibra têxtil sustentável do mundo, entre muitas outras. Sem contar, obviamente, a celulose, matéria-prima de todos esses produtos, e de uma ampla linha de papéis e de embalagens.

A evolução das iniciativas da companhia a favor da sustentabilidade e das áreas de conservação, além de seus Compromissos para Renovar a Vida, podem ser acompanhados no site https://centraldeindicadores.suzano.com.br/metas-de-longo-prazo/ .

Fonte: Imprensa Online

Foto: Google

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Ibá lança vídeo educativo sobre a importância das árvores para o ar, a água e a biodiversidade

De maneira didática, o material tem por objetivo auxiliar educadores a explicar sobre o papel fundamental da árvores para a natureza, seja ela nativa ou cultivada

Para marcar o Dia da Árvore, comemorado neste 21 de setembro, a Indústria Brasileira de Árvores – Ibá, entidade que representa toda cadeia de base florestal, lançou um vídeo didático sobre o funcionamento de uma árvores e seus benefícios para o meio ambiente. O objetivo é prover a professoras, professores e educadores , um material simples e de fácil compreensão, sobre o processo da fotossíntese e outros benefícios que as árvores trazem para todos.

Assim, pela primeira vez a entidade lançou mão de um recurso chamado “animação tabletop”, no qual os elementos são desenhados conforme a narração ocorre. Desta forma, traços e locução se complementam, trazendo o funcionamento de uma árvores que beneficia ar, água e biodiversidade.

Em dois minutos, o conteúdo explica o que é a fotossíntese e a importância da árvore na captação de CO2 da atmosfera, um dos principais gases de efeito estufa; comenta sobre sua respiração; a fixação de carbono no solo por meio das raízes; e detalha o mecanismo de transpiração, que influencia no regime de chuvas.

Manejadas de maneira sustentável, árvores cultivadas e nativas vão além e protegem o solo e cuidam da biodiversidade.

O Brasil é uma referência no cultivo sustentável de florestas produtivas. Planta-se um milhão de árvores por dia. São 9 milhões de hectares destinados a fins industriais, enquanto outros 5,9 milhões são destinados só pelo setor para conservação, uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro. Jutas, estas florestas removem e estocam 4,48 bilhões de toneladas CO2 equivalente da atmosfera.

Os pinus e eucalipto são matéria-prima para mais de 5.000 bioprodutos, como embalagens de papel, livros, cadernos, fraldas, papel toalha, papel higiênico, lenços de papel, máscaras cirúrgicas, tecido, piso laminado, móveis de madeira, entre outros. São itens que possuem origem renovável, uma vez que vêm de árvores plantadas, colhidas e replantadas para fins produtivos, comumente em áreas antes degradadas pela ação humana; possuem uma cadeia responsável e internacionalmente certificada; e têm pós-uso adequado, como reciclagem e biodegradabilidade.

SOBRE A IBÁ
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 47 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais em www.iba.org.

Bracell inaugura a maior e mais verde fábrica de celulose do mundo no interior de SP

Expandindo sua produção de celulose no Brasil, a Bracell inaugurou sua fábrica em SP. A unidade da multinacional agora fabrica cerca de 4,5 milhões do produto e emprega mais de 6 mil pessoas.

A multinacional Bracell iniciou as atividades de sua fábrica, o Projeto Star, com a fabricação da primeira folha de celulose, estágio inicial da curva de aprendizagem da unidade. A startup viabilizou o ambicioso projeto de expansão da companhia em SP, que irá expandir e diversificar a produção da fábrica para 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel ou até 3 milhões de toneladas de celulose kraft anuais. Com o início das operações, a empresa passa a ser a maior fabricante do produto no mundo.

De acordo com o vice-presidente Executivo da Bracell, Per Lindblom, a multinacional tem orgulho de ser pioneira na construção de uma fábrica de celulose de nova geração que fornecerá produtos biodegradáveis e flexíveis utilizando tecnologia de ponta.

O executivo afirma que a empresa possui a maior caldeira de recuperação do mundo e o primeiro gaseificador de biomassa em operação na América do Sul. Esses e outros investimentos focados em desenvolvimento limpo, sustentável e economia circular demonstram a preocupação da multinacional com o clima, com o país e principalmente com a comunidade.

A nova fábrica em SP foi construída com duas linhas que operam flexivelmente. Até 2023, o planejamento da produção será realizado em etapas, com foco na estabilidade operacional dos dois produtos. Após esse período, as linhas serão usadas para a produção de celulose Kraft ou solúvel, segundo as demandas da companhia. Com a expansão concluída, a nova fábrica da Bracell em SP deve empregar cerca de 6.650 trabalhadores tanto diretos como terceirizados em suas atividades florestais, industriais e de logística.

Localização das fábricas e banco de talento da Bracell

A unidade empresarial da Bracell Lençóis Paulista fica situada na Rodovia Juliano Lorenzetti, Km 4, acesso pela, Rod. Mal. Rondon, saída 304, Lençóis Paulista – SP, 17120-000. Já a unidade de Macatuba pode ser encontrada pelo seguinte CEP – SP, 17290-000, próximo ao hotel mania.

Para ficar por dentro das oportunidades de emprego da Multinacional Bracell os interessados podem se inscrever no Banco de talentos, basta clicar neste link e você será redirecionado para o site oficial da empresa.

Nova fábrica da multinacional em SP gera empregos e faz uso de várias novas tecnologias

As tecnologias que foram aplicadas na unidade impressionam principalmente em relação aos investimentos para que os impactos no meio ambiente sejam reduzidos. Além do maior gaseificador de biomassa da América do Sul, a fábrica usará uma biomassa 100% renovável como matéria prima.

Já em relação ao eucalipto, as árvores serão cultivadas em áreas que eram ocupadas por pastagens ou estavam degradadas. A multinacional também foca na geração e distribuição de energia elétrica e como o processo de produção de celulose gera outros subprodutos que podem ser reutilizados, a companhia decidiu investir em equipamentos de última geração e em alta tecnologia nos seus ciclos de processos.

A Bracell também construiu uma subestação de 440 kV conectada à rede de transmissão com tecnologia GIS. A capacidade é de 420 MW, que são gerados por três turbogeradores que atendem à demanda da fábrica e permitem a exportação para a rede Sistema Interligado Nacional de até 180 MW excedentes de fontes renováveis que podem alimentar até 750 casas ou três milhões de pessoas.

Impactos ambientais relativo ao consumo d’água

Segundo o relatório de impacto ambiental – ” Em relação aos impactos decorrentes do consumo de água, os estudos efetuados confirmam a disponibilidade hídrica do rio Tietê, merecendo fazer algumas reflexões sobre a UGRHI 13 (Tietê – Jacaré), a qual registrou valores significativos de demanda para uso industrial, devido à presença de agroindústrias importantes na região. Os descartes dos efluentes líquidos tratados no rio Tietê não causará alteração de sua qualidade das águas no rio Tietê, atendendo os padrões legais do CONAMA e normas estaduais, em especial o Decreto 8468/76 e posteriores alterações. Isso é extremamente positivo, considerando os usos múltiplos da água, pois a captação de água e lançamento de efluentes tratados não afetarão as atividades de pesca, nem a qualidade hídrica do rio Tietê “. Veja o relatório completo em PDF no site da Bracell aqui.

Conheça a multinacional Bracell

A Bracell é uma das maiores fabricantes de celulose especial e solúvel do mundo, com duas principais operações em território brasileiro, sendo uma em Lençóis Paulista (SP) e outra em Camaçari (BA). Além de suas atividades fabris no Brasil, a empresa conta com escritórios administrativos e de venda em Cingapura, na Europa, EUA e Ásia.

Fonte: Bracell

Foto: Bracell

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Mais madeira para nossas cidades

Build-in-Wood é um projeto do Horizonte 2020 financiado pela Europa com o objetivo de aumentar drasticamente a proporção da construção em madeira. Com a população urbana crescendo continuamente e as mudanças climáticas se tornando um tema urgente, nosso desafio é oferecer moradias de alta qualidade, acessíveis e ecologicamente corretas.

Green Building é o futuro: a madeira é um material atraente porque tem uma pegada de carbono baixa, usa pouca energia e água e é 100% renovável a partir de florestas manejadas de forma sustentável

O caminho de madeira para a neutralidade climática

Precisamos reduzir estrategicamente nossas emissões :

  • mudando para materiais renováveis
  • desenvolvendo novas tecnologias
  • criando padrões ambientais internacionais

Indústria da Construção é atualmente responsável por 35% das emissões totais de gases de efeito estufa * produzidas pelas atividades econômicas globais

Madeira como o único material de construção verdadeiramente renovável precisa se tornar o novo padrão . Como cada m³  recém-cultivado de madeira retém uma tonelada de CO2, a madeira como tal não é apenas neutra para o clima, mas também positiva para o clima .

O objetivo é fazer da madeira uma escolha natural de material de construção para a construção de edifícios de vários andares
Fonte: Build In WoodFoto: Timber Wood

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10 perguntas com a especialista em silvicultura sustentável e uso da madeira na construção nos Estados Unidos

Embora os benefícios do sequestro de carbono da madeira sejam bem conhecidos, os arquitetos e desenvolvedores estão cada vez mais conscientes do impacto da madeira em massa nas florestas e nas práticas florestais sustentáveis. A Think Wood perguntou recentemente à especialista do setor, Dra. Edie Sonne Hall, dez perguntas comuns sobre silvicultura sustentável e meio ambiente construído. Aqui está o que ela tinha a dizer:

1) A maioria dos designers e construtores entende que a madeira contribui para edifícios com baixo teor de carbono, mas como o uso da madeira impactou o estado de nossas florestas?

Edie Sonne Hall: A quantidade de área florestal no país permaneceu constante desde cerca de 1900, e as florestas dos Estados Unidos têm sequestrado o carbono desde os anos 1950. Durante o mesmo período, as colheitas de madeira permaneceram estáveis ou, em alguns casos, aumentaram.1Enquanto 67% das terras florestais estão legalmente disponíveis para colheita, a remoção de árvores ocorre em menos de 2% das terras florestais por ano. Compare isso com os quase 3% perturbados por eventos naturais como insetos, doenças e fogo. Se equilibrarmos a colheita com os esforços de replantio, podemos fornecer uma fonte sustentável de produtos de madeira que sequestram carbono de florestas sustentáveis.2

2) O aumento da demanda por produtos de madeira causará desmatamento?

ESH: Eu sei que é contra-intuitivo, mas a demanda por produtos florestais pode realmente levar a mais florestas. Na verdade, nos Estados Unidos e Canadá há “risco extremamente baixo de desmatamento.3“A demanda fornece receitas e incentivos políticos para investir no plantio e manejo florestal. Os dados mostram que as regiões globais com os níveis mais altos de extração de madeira industrial e produção de produtos florestais também são regiões com as taxas mais baixas de desmatamento.4 E podemos ver a partir de dados empíricos que uma demanda mais alta leva a mais oferta (crescimento).

3) O uso de madeira é o melhor caminho de mitigação de carbono? Não é melhor deixar as árvores crescerem?

ESH: Os produtos de madeira são uma solução climática importante porque consomem menos energia / emissões para a fabricação do que outros materiais de construção e armazenam carbono durante sua vida útil. O relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, “Silvicultura para um Futuro de Baixo Carbono”, enumera seis estratégias principais para integrar florestas e produtos de madeira às estratégias de mudança climática:

  1. Plante mais árvores
  2. aumentar a densidade / estoques de carbono nas florestas existentes
  3. aumentar o armazenamento de carbono do produto de madeira
  4. reduzir o desmatamento e degradação
  5. usar biomassa para energia, substituindo combustível fóssil
  6. usar produtos de madeira em materiais de construção, evitando emissões de combustíveis fósseis na fabricação de produtos com maiores emissões combinadas

4) Como podemos ter certeza de que a madeira que fornecemos é colhida de forma sustentável?

ESH: Podemos ter certeza de que a madeira é colhida de forma sustentável por meio de mecanismos como certificação florestal, padrões de fornecimento responsável de fibra e Melhores Práticas de Gerenciamento (BMPs).

5) O que é certificação florestal?

ESH: A certificação florestal avalia o manejo florestal do proprietário de uma série de padrões acordados relacionados à qualidade da água, biodiversidade, vida selvagem e florestas com valor de conservação excepcional. O nível mais alto de garantia de sustentabilidade é a certificação florestal de terceiros. A propósito, a madeira é um dos poucos materiais de construção que conta com esses programas de certificação.

6) Quais padrões de certificação de terceiros devo procurar?

ESH: Os quatro sistemas principais na América do Norte são Sustainable Forestry Initiative (SFI), Forest Stewardship Council (FSC), Canadian Standards Association (CSA) e American Tree Farm System (ATFS). SFI é um programa norte-americano de padrão único. O FSC é um programa global com padrões regionais. CSA é o padrão de gerenciamento de floresta nacional canadense e ATFS é voltado para proprietários de terras menores nos Estados Unidos. Embora você possa debater as nuances, há mais garantia de manejo florestal sustentável com qualquer um deles.

7) Quantos acres de florestas certificadas estão realmente disponíveis nos EUA?

ESH: Existem cerca de 96 milhões de acres de florestas certificadas nos Estados Unidos, o que representa cerca de 19% do total das áreas florestais dos Estados Unidos – acima da média global de 11%. Dado o custo da verificação de terceiros, a certificação em grande escala não é viável para pequenos proprietários de terras que representam a maior porcentagem da propriedade de terras nos EUA (quase 290 milhões de acres). As áreas florestais federais dos EUA não são certificadas, mas isso não significa que não estejam sendo manejadas de forma sustentável. Em 2007, o Instituto Pinchot conduziu um estudo de cinco florestas nacionais e descobriu que suas práticas de manejo atendiam a muitos dos requisitos de certificação em termos de planejamento florestal, proteção de espécies ameaçadas e em perigo de extinção e outros.5

8) Você mencionou os padrões de fornecimento de fibra. O que isso inclui?

ESH: O abastecimento de fibra é outro tipo de certificação voltado para as fábricas para limitar o risco de fibra proveniente de fontes indesejáveis, como florestas de alta conservação ou florestas colhidas ilegalmente. Os três principais padrões de fornecimento de fibra responsáveis são:Fontes controladas PEFCMadeira Controlada FSC, e Fornecimento de fibra SFI.6

9) Quais são as melhores práticas de gerenciamento (BMPs)?

ESH: Cada estado dos EUA desenvolveu diretrizes de melhores práticas de gestão (BMPs) para a qualidade da água e outras questões ambientais, como erosão e regeneração do solo. Alguns deles estão codificados em regulamentação estadual de práticas florestais e outros são voluntários. Os BMPs de qualidade da água, sejam eles regulatórios, quase regulatórios ou não regulatórios, são rastreados nos Estados Unidos e alcançam conformidade acima de 90% em todos os estados.7 Isso é importante porque cerca de 60% da água potável é proveniente de florestas em todo o país, até 75% no oeste dos Estados Unidos.8

10) As mesmas certificações se aplicam a produtos de madeira importados?

ESH: Embora os EUA sejam o maior produtor de madeira em tora industrial, nem todos os produtos de madeira consumidos nos EUA são colhidos internamente. Os especificadores ainda devem estar cientes de onde seu produto de madeira vem e tomar as precauções apropriadas se for proveniente de áreas com maior risco de obter madeira controversa.fonte: Think WoodFoto: Think Wood

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Região Sudeste deve apostar na restauração florestal para enfrentar crises hídricas

O Brasil enfrenta atualmente, em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, o pior período de seca já registrado simultaneamente nas bacias do Rio Grande, Paraná e Paranapanema. Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que avalia o nível de água em reservatórios de usinas hidrelétricas, há 91 anos não era registrado um fluxo tão reduzido de entrada de água nas barragens responsáveis por mais de 60% da capacidade hidrelétrica do país.

Essa crise tem afetado principalmente o setor elétrico, aumentando o preço da tarifa para “bandeira vermelha patamar 2”, o que na prática significa um aumento médio da ordem de 5% na conta de luz dos brasileiros. As previsões climáticas para os próximos meses apontam para precipitações abaixo da média na região, o que deve agravar a situação dos reservatórios tanto para a geração de energia quanto abastecimento, além de comprometer os ciclos biológicos nos rios, especialmente com a chegada da piracema.

A frequência e severidade das secas têm aumentado significativamente, e lançam desafios que exigem soluções que combinem mitigação e adaptação às mudanças climáticas já em curso, como mostrado no mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC. A água é um recurso de uso múltiplo e portanto de gestão compartilhada. Reabilitar as paisagens a regular o fluxo hídrico e fornecer água de melhor qualidade às estruturas de saneamento e geração elétrica é imprescindível.

O natural na infraestrutura

Ecossistemas naturais são sistemas complexos de fluxos de energia e matéria, dentre as quais, a água. Soluções inteligentes integram tecnologia e natureza. Uma série de estudos do WRI Brasil vem construindo um arcabouço de conhecimento e evidências de que investimentos em infraestrutura natural para água podem ter um papel relevante para a melhoria de sua qualidade e no enfrentamento de eventos climáticos extremos. Recuperar florestas e outros ecossistemas potencializa a eficiência de infraestruturas convencionais, aumentando a capacidade sazonal dos reservatórios e sistemas de abastecimento tornando o uso de um recurso essencial como a água potável mais eficiente, reduzindo emissões de carbono e, de quebra, gerando benefícios econômicos.O WRI Brasil, em parceria com outras 6 organizações, tem trabalhado há 5 anos com empresas de saneamento, comitês de bacias, secretarias de meio ambiente, de agricultura e de recursos hídricos, produtores rurais e agentes públicos na busca de soluções integradas para ampliar a infraestrutura natural. O foco é na recuperação de áreas degradadas nas áreas rurais que fornecem água a grandes regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória.

Os resultados mostram que a infraestrutura natural é altamente eficiente na melhoria da qualidade da água, trazendo benefícios adicionais ao tratamento de água e gestão de reservatórios, diminuindo a turbidez e a erosão e assoreamento. O desempenho financeiro da infraestrutura natural é positivo e compatível com os indicadores obtidos pelas infraestruturas convencionais. Mais do que isso. Os investimentos em infraestruturas convencionais, como reservatórios e barragens, podem ser mais efetivos se vierem acompanhados da infraestrutura natural.

Os estudos publicados mostram que:

  • São Paulo: O Sistema Cantareira abastece grande parte da região metropolitana e a cidade mais populosa do país. A restauração de 4 mil hectares de áreas prioritárias poderia levar a uma economia no tratamento da água de R$ 338 milhões ao longo de 30 anos.
  • Rio de Janeiro: A maior estação de tratamento de água (ETA) do mundo, a ETA Guandu, controlada pela Cedae, abastece grande parte das residências cariocas. Uma redução de gastos com tratamento de água e produtos químicos é possível com a restauração de 3 mil hectares de pastagens com alto grau de erosão, resultando em uma economia de R$ 259 milhões.
  • Espírito Santo: A Região Metropolitana da Grande Vitória é abastecida por três bacias hidrográficas. A restauração de 2,5 mil hectares de pastagens degradadas em duas delas – a dos rios Jucu e Santa Maria do Vitória – pode gerar uma economia de quase R$ 93 milhões nos custos de tratamento de água em 20 anos.

Oportunidades para todas as partes interessadas

A identificação de retorno positivo, com taxas similares aos de investimento na infraestrutura convencional da área de saneamento, mostra que soluções baseadas na natureza não apenas geram benefícios ecológicos como são viáveis economicamente.

A infraestrutura natural para a água não é a única forma de solução baseada na natureza que pode contar com restauração e conservação de florestas e áreas naturais. Ela pode ser importante para adaptar cidades a eventos extremos. Estudo do WRI mostra que florestas podem, por exemplo, ajudar a absorver, filtrar e desacelerar o escoamento de água de tempestades, mitigando enchentes e deslizamentos.

As evidências apontam que soluções baseadas na natureza, incluindo a infraestrutura natural para água, não apenas são uma boa solução para resolver problemas ecológicos, mas que também tornam infraestruturas convencionais mais efetivas. Esse dado é crucial em um momento em que o Brasil vai buscar fazer uma retomada de sua economia após a pandemia. Restaurar florestas é uma forma de recuperar nossa economia, reduzir impactos causados por secas e enchentes e, ao mesmo tempo, otimizar recursos financeiros e gerar retorno econômico.

Fonte: WRI

foto: Paulo Cardoso

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