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Lucas do Rio Verde (MT) recebe nesta semana etapa da Expedição Silvicultura

Lucas do Rio Verde recebe na quinta-feira (09/10), a edição presencial da Expedição Silvicultura, realizada pela Canopy Solutions em parceria com a Embrapa Florestas, Arefloresta, Associação de Reflorestadores de Mato Grosso, Sindicato Rural de Lucas e Paulo Cardoso Comunicações.

O evento será das sete e meia da manhã até uma hora da tarde. A programação do encontro prevê nove palestras e uma rodada de negócios. 

As edições presenciais da Expedição Silvicultura são a forma de mobilizar produtores da área florestal e fomentar a troca de experiência entre pesquisadores, investidores, órgãos públicos e empresas.

O presidente da Arefloresta, Clair Baravieira, será um dos palestrantes do evento e analisa de forma positiva o esforço da Expedição Silvicultura no levantamento de dados qualificados sobre o setor de reflorestamento. 

Ele destacou que espera que os números apresentados no evento sejam um estímulo para novas empresas acreditarem e investirem nesse mercado promissor que é tão necessário para a sustentabilidade no país.

Mais de 40 mil quilômetros distribuídos por 14 estados brasileiros estão sendo percorridos pela equipe da Expedição Silvicultura para traçar um raio-X sobre a atividade silvícola na região que concentra 98% das áreas plantadas no país. 

Além de realizar entrevistas, fazer rodadas de negócios e coletar dados, o projeto investiga custos de produção, práticas socioambientais e tendências de investimento. 

A edição da Expedição Silvicultura em Lucas do Rio Verde será na sede do Sindicato Rural do município.

 

Ainda tem vagas! As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site expedicaosilvicultura.com.br.

Informações: Sapicua.

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Campanha Fogo Zero agora faz parte do calendário oficial de MS

Realizada anualmente no mês de maio, a campanha tem o objetivo de reforçar prevenção aos incêndios florestais

Entrou em vigor nesta quarta-feira (1º) a Campanha Fogo Zero, incluída no calendário oficial de eventos de Mato Grosso do Sul por meio da Lei nº 6.477, de 30 de setembro de 2025.

A lei foi decretada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Eduardo Riedel, constando no DOE MS (Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul) desta quarta.

Segundo o texto, a Campanha Fogo Zero, “realizada anualmente no mês de maio, tem como objetivo
reforçar a cultura de prevenção aos incêndios florestais por meio de ações educativas”.

Entre as medidas educativas previstas está a realização de cursos de capacitação em prevenção e combate a incêndios, além de outras iniciativas que tenham foco na proteção das áreas de floresta no Estado.

A ação conta com o apoio da Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) e reúne empresas líderes da cadeia florestal.

Também integram a campanha o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o Governo do Estado, Corpo de Bombeiros Militar e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Em 2025, a iniciativa chega à sua 13ª edição.

Informações: MidiaMax.

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Ibá divulga Relatório Anual com recordes de produção, exportações e conservação florestal

Setor exportou US$ 15,7 bilhões em 2024; publicação produzida pela Ibá está disponível no site da entidade

São Paulo, outubro de 2025 – O setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração de nativas conquistou novos recordes em 2024. O setor chegou a 10,5 milhões de hectares de árvores plantadas, ultrapassou os 7 milhões de hectares de florestas nativas conservadas, exportou US$ 15,7 bilhões em artigos florestais e produziu 25,5 milhões de toneladas de celulose.

Esses e muitos outros dados acabam de ser publicados no Relatório Anual da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), documento que traz os principais indicadores do setor e está disponível gratuitamente em iba.org. A publicação tem o apoio da consultoria ESG Tech e parceria com a startup Canopy Remote Sensing Solutions para os dados de área plantada e conservada a partir do mapeamento de imagens via satélite.

O relatório esmiúça os dados de produção, exportação, plantação, conservação e os indicadores de sustentabilidade de um segmento que ganha crescente participação na economia nacional, enquanto se consolida como referência da bioeconomia global.

Em 2024, mostra o documento, a área plantada pelo setor cresceu 234 mil hectares, sendo 187,9 mil hectares no Mato Grosso do Sul, estado que desponta como fronteira de expansão da indústria. Esse crescimento acontece sobre áreas antropizadas, de forma a transformar pastos de baixa produtividade em plantações produtivas, que ainda prestam valiosos serviços ecossistêmicos, como a recuperação do solo, dos recursos hídricos, a recuperação da biodiversidade e a remoção de carbono da atmosfera.

No campo econômico, o Brasil se manteve como o maior exportador de celulose do mundo e segundo maior produtor. As exportações do setor, que incluem também placas, diversos tipos de papeis, entre inúmeros outros produtos, têm o mundo como destino. No ano passado, a indústria teve uma receita bruta de aproximadamente R$ 240 bilhões, superando a média nacional de crescimento, garantindo mais de 700 mil empregos diretos e mais de 2 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos.

“Faça chuva ou faça sol, plantamos diariamente 1,8 milhão de mudas que, ao crescerem, sequestram carbono da atmosfera e o estocam em sua biomassa, sendo assim essenciais para o combate ao maior desafio de nossos tempos: a emergência climática”, diz Paulo Hartung, presidente da Ibá. “Os números de 2024 comprovam a relevância do setor para a agenda ambiental e também para a economia nacional, com geração de empregos e desenvolvimento de municípios país adentro. A indústria de árvores cultivadas é um exemplo de bioeconomia competitiva, sustentável e inovadora.”

Acesse o relatório em: iba.org/publicacoes/

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais e de restauração, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 50 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas. Esse é um setor protagonista da bioeconomia de larga escala, oferecendo soluções para um mundo que precisa descarbonizar com serviços ecossistêmicos, como a remoção de carbono, e dando origem a produtos recicláveis, biodegradáveis e provenientes de fonte renovável.

Site: iba.org

Instagram: instagram.com/iba_oficial

Facebook: facebook.com/industriabrasileiradearvores

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Exclusiva – Expedição Silvicultura atinge 47% do roteiro e acelera mapeamento florestal do Brasil

Iniciativa estratégica atesta a eficácia da metodologia e garante a coleta de informações cruciais para a competitividade global e a sustentabilidade do setor florestal brasileiro

A Expedição Silvicultura, uma iniciativa estratégica para o desenvolvimento sustentável do setor florestal brasileiro, alcançou um importante marco em sua jornada, atingindo 47% de sua meta total de mapeamento e coleta de dados. O projeto, que se dedica a desvendar o potencial florestal do país, mantém um ritmo intenso de trabalho, impulsionado pelo sucesso de sua mais recente etapa.

A Expedição concluiu a primeira fase de seus eventos presenciais, passando por Belo Horizonte (MG), Vitória (ES) e Eunápolis (BA), onde realizou um evento de imersão na Bahia, focado na coleta aprofundada de informações essenciais para o futuro das florestas nacionais. A mobilização de esforços nas regiões visitadas permitiu a obtenção de dados cruciais que subsidiarão a construção de um setor mais resiliente e inovador.

Eventos presenciais em Eunápolis, Belo Horizonte e Vitória:

Com o objetivo de manter o avanço e expandir o conhecimento gerado, a Expedição Silvicultura tem como próximo destino o município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, onde realizará seu próximo evento no dia 09 de outubro. A escolha da localidade sublinha a importância estratégica da região para a silvicultura nacional e reforça o compromisso da iniciativa em cobrir as diversas nuances do cenário florestal brasileiro. A Expedição ainda tem seis cidades no seu cronograma oficial para cobrir os próximos 53% do roteiro.

Dados e diálogo com produtores

Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral do projeto, apresenta um balanço prévio da primeira metade da jornada. Ele destaca o volume de informações técnicas já coletadas e compartilha os primeiros insights obtidos a partir das conversas com os produtores, revelando os principais desafios enfrentados pela silvicultura no campo. “Até o momento, considerando esses quase 50% já percorridos da Expedição, já coletamos mais de 5 mil pontos de controle para validação do nosso mapeamento e também a coleta de mais de 200 parcelas de inventário florestal. Essas coletas foram feitas tanto em áreas de empresas quanto de produtores independentes”.

“Durante essas coletas, conversamos com alguns produtores e profissionais ligados sobretudo à silvicultura, e eles relataram algumas dificuldades e desafios que têm enfrentado nessa atividade. As principais questões levantadas foram: dificuldade de comercialização e aquisição de financiamento para realizar a reforma das áreas cultivadas, bem como, dificuldades para encontrar mão de obra para realizar essas reformas. Vários produtores já relataram que estão conduzindo a quinta ou sexta rebrota de eucalipto devido a essa limitação (mão de obra)”, explica ele.

De acordo com Bruno, este diálogo com os produtores faz parte do escopo da Expedição, que visa identificar, junto a eles, as dificuldades, desafios e a percepção em relação à atividade.

Tecnologia e Inovação em Campo

Segundo Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, um dos pilares da Expedição, o avanço é resultado da aplicação de tecnologias de ponta no levantamento. “Alcançar a marca de 47% da Expedição evidencia a eficácia da nossa metodologia e da força da parceria estratégica realizada com empresas de tecnologia florestal nessa iniciativa. O que celebramos não é apenas o percentual concluído, mas sim a quantidade de dados de alta precisão que estamos coletando e transformando em inteligência para o setor”.

““Nosso foco agora se volta para o estado do Mato Grosso. Estamos ansiosos para fazer o levantamento na região e realizar o próximo evento em Lucas do Rio Verde, trazendo informação de qualidade e apresentando tecnologias de ponta para apoiar os produtores florestais da região. A inovação em coleta e análise de dados é a chave para desvendar o verdadeiro potencial florestal”, destaca.

Próximos passos da Expedição

A Expedição Silvicultura avança. Na próxima fase, o projeto amplia seu alcance geográfico e diversifica o inventário, conforme explica Bruno. “Em relação aos próximos 50% do roteiro da Expedição, nossa perspectiva é seguir com as programações em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com o objetivo de reunir os agentes responsáveis do setor, e difundirmos ainda mais os objetivos da Expedição, apresentando nosso trabalho e resultados gerados. Além disso, também visitaremos talhões com plantios de gêneros que foram menos representados até o momento, como Teca e Pinus”.

Uma aliança estratégica para o setor

A Expedição Silvicultura é fruto de uma colaboração robusta entre a Canopy Remote Sensing Solutions, a Embrapa Florestas e a Paulo Cardoso Comunicações. Essa união de expertises tem como desafio central o mapeamento detalhado das principais áreas produtivas do Brasil, por meio da coleta de informações com uma “pegada” altamente inovadora. O objetivo primordial da iniciativa é construir um futuro mais sustentável e produtivo para o setor, ao mesmo tempo em que estabelece um espaço de troca e networking de alto nível para os profissionais da área.

Os dados coletados e as soluções geradas buscam garantir que as empresas florestais brasileiras não apenas cresçam de forma sustentável no plano nacional, mas também alcancem maior proeminência no cenário competitivo global.

Eventos presencias – Inscrições gratuitas (e limitadas)!

Os interessados em participar e aprofundar-se nos conhecimentos compartilhados durante os encontros da Expedição Silvicultura podem realizar suas inscrições gratuitas para os próximos eventos presenciais através do portal www.maisfloresta.com.br e www.expedicaosilvicultura.com.br, garantindo a oportunidade de interagir com importantes nomes e tendências do setor.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Tracbel Agro aumenta número de técnicos, investe em novas filiais, moderniza oficinas e reforça atendimento na rede

A Tracbel Agro fortalece sua atuação no agronegócio. Em seu segundo ano completo à frente da rede de comercialização de máquinas agrícolas e serviços da John Deere em São Paulo, a empresa aumenta em 30% o número de técnicos, amplia e moderniza oficinas e ainda otimiza o atendimento nas 16 lojas estrategicamente distribuídas na região.

Este ano, a expectativa é superar as metas de crescimento nas vendas de tratores e colhedoras de cana. “Estamos reforçando nosso compromisso com a garantia do melhor serviço e das melhores e mais avançadas máquinas para o produtor rural e as indústrias do setor. Novas tecnologias e suporte presencial e conectado são muito importantes para aumentar a produtividade e baixar custos no campo e nas usinas”, declara Victor Franco, CEO da Tracbel Agro.

Victor Franco – CEO Tracbel Agro

Os novos profissionais contratados são provenientes do programa de formação de assistentes técnicos criado pela Tracbel. Eles trabalharão em oficinas e em campo com máquinas e serviços da John Deere. A primeira turma é resultado de um projeto de entrada e profissionalização, com o objetivo de gerar oportunidades de empregos e tornar ainda mais robusto o quadro técnico da Tracbel.

São 32 jovens que receberam uma bolsa para estudar e fazer toda a parte prática. O programa contrata pelo regime CLT e ainda oferece vários benefícios. “É fundamental contribuir com a formação de mão de obra especializada. É um investimento forte em capacitação para oferecer um serviço de excelência”, afirma o CEO. Ele lembra ainda que o projeto também contribui com a geração de renda nas cidades onde a Tracbel Agro está presente.

Modernização

Depois de inaugurar duas novas casas em 2024 (Votuporanga e Bebedouro), a Tracbel está investindo este ano na reforma e ampliação das unidades de Orlândia e Barretos. As duas instalações estão sendo modernizadas para promover um atendimento ainda melhor, ganhando um novo e maior show room, mobiliário ergonômico, um novo layout mais funcional e uma série de outras mudanças para acompanhar as transformações tecnológicas das máquinas, do mercado e das necessidades dos clientes.

Outras lojas. como a de Araraquara, também estão recebendo melhorias nas dependências de recepção e lavagem de máquinas, garantindo mais agilidade no trabalho interno. “Não estamos só reformando os prédios, mas promovendo mudanças e ações estratégicas para melhorar a experiência do cliente e as condições de trabalho dos profissionais que trabalham nestes locais. Tudo para ter filiais mais eficientes, tecnológicas e orientadas ao cliente”, explica Franco.

Tracbel e John Deere

A Tracbel Agro é uma divisão do Grupo Tracbel, um conglomerado que atua nos setores de mineração, agronegócio, transporte comercial, construção, florestal e logística. A holding tem 42 casas distribuídas por todo o Brasil, 1,5 mil funcionários e quatro unidades de negócios: veículos comerciais (caminhões e ônibus da Volvo); Tracbel Agro, com máquinas e implementos agrícolas (John Deere); máquinas pesadas, com equipamentos de construção, mineração, transporte de materiais (Volvo,  SDLG e Bull); e florestal e logística (Tigercat e Kalmar).

A John Deere é a maior fabricante mundial de máquinas agrícolas, e reconhecida globalmente por produtos inovadores, de alto grau de tecnologia embarcada e ambientalmente corretos.

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Qual é a árvore com a madeira mais forte do mundo?

Na Argentina, uma árvore emblemática do norte oferece a madeira mais resistente do mundo, sendo um símbolo de força e longevidade. Conhecido por sua densidade e resistência, o guaiacã tem uma relevância significativa tanto cultural quanto natural.

  • A importância do guaiacã no ecossistema do Chaco.
  • Propriedades únicas de sua madeira resistente.
  • Seu papel nas comunidades locais e na biodiversidade.

Apesar da semelhança com o ipê amarelo brasileiro, o guaiacã apresenta uma diferença essencial: sua madeira é ainda mais dura e densa, o que a torna ideal para a fabricação de móveis e outras aplicações que exigem resistência.

Essa árvore se destaca tanto pela aparência quanto pela força, sendo um verdadeiro tesouro vegetal da região do Chaco, no norte argentino, próxima à fronteira com o Rio Grande do Sul.

O que torna o guaiacã uma árvore única?

guaiacã se destaca por sua madeira, que é tão pesada que pode afundar na água. Sua cor varia desde marrons escuros até tons de verde, e seus veios proporcionam um aspecto atraente e inconfundível.

Importância do guaiacã no ecossistema do Chaco

Essa árvore não oferece apenas madeira resistente, mas também proporciona um habitat crucial para diversas espécies no árido ecossistema do Chaco.

Dica rápida: A durabilidade e densidade da madeira do guaiacã a tornam um material ideal para trabalhos que exigem alta resistência, como construções rurais, ferramentas agrícolas e obras de artesanato duradouras.

O legado cultural do guaiacã na Argentina

O guaiacã acompanhou as comunidades locais durante séculos, sendo um recurso inestimável e um símbolo duradouro na cultura do norte argentino. Além disso, sua madeira é tradicionalmente utilizada em rituais e celebrações locais, reforçando seu papel cultural.

O papel resiliente do guaiacã na natureza

Essa árvore pode sobreviver várias décadas e até mesmo séculos, enfrentando condições adversas como a seca e solos pobres. O guaiacã é um exemplo vivo da resiliência da natureza e é frequentemente utilizado em projetos de reflorestamento para recuperar áreas degradadas.

Se deseja saber mais sobre esta incrível árvore e seu impacto na biodiversidade local, explore nossa seção sobre flora nativa.

Principais aprendizados sobre o majestoso guaiacã

  • O guaiacã oferece a madeira mais resistente do mundo, um recurso valioso e duradouro.
  • Fundamental para o ecossistema do Chaco, fornece habitat e fortalece seu entorno.
  • Um legado cultural que simboliza a resiliência e longevidade para as comunidades locais.

Informações: C.B Radar.

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Maior fábrica de celulose do Brasil será construída em Mato Grosso do Sul

Projeto Sucuriú, da chilena Arauco, prevê investimento de US$ 4,6 bilhões e capacidade de 3,5 milhões de toneladas por ano

A chilena Arauco anunciou que vai construir, no município de Inocência (MS), a maior fábrica de celulose do Brasil já erguida em uma única etapa. O empreendimento, chamado de Projeto Sucuriú, terá capacidade de produzir 3,5 milhões de toneladas por ano.

Onde será construída a maior fábrica de celulose do Brasil?

A unidade ficará a cerca de 50 km do centro de Inocência, às margens da rodovia MS-377. A escolha da região levou em conta a disponibilidade de áreas de eucalipto, infraestrutura logística e condições climáticas favoráveis.

Investimento bilionário

O investimento total previsto é de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões). Parte dos recursos virá de um financiamento internacional de US$ 2,2 bilhões, considerado histórico pelo setor florestal.

Na fase de construção, devem ser gerados 14 mil empregos temporários. Depois de inaugurada, a operação da fábrica deve manter cerca de 6 mil postos diretos e indiretos.

O complexo também terá capacidade de gerar mais de 400 MW de energia renovável, volume suficiente para abastecer uma cidade de médio porte.

Confira a seguir:

Comparação com outras fábricas

O Sucuriú vai superar em capacidade o Projeto Cerrado da Suzano, inaugurado recentemente em Ribas do Rio Pardo (MS), que produz cerca de 2,5 milhões de toneladas por ano. Com isso, Mato Grosso do Sul se consolida como um dos principais polos do setor de celulose no país.

Quando deve começar a operar?

As obras já começaram e a previsão é que a fábrica entre em operação no fim de 2027.

Informações: GMC Online.

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Restauração florestal avança no Brasil e atrai novos investimentos

*Artigo por Ana Kanoppa.

A restauração ecológica vem ganhando força como um dos pilares da transição para uma economia de baixo carbono — e nesse cenário, o potencial brasileiro desponta. O processo, que pode ocorrer a partir do plantio de mudas ou sementes de espécies nativas ou pela regeneração natural da vegetação, ajuda a recompor ecossistemas, melhorar a qualidade da água e do ar, recuperar nascentes e solos e, sobretudo, capturar carbono da atmosfera — um serviço ambiental essencial diante da emergência climática global.

O Brasil, que se encontra no topo da lista dos 18 países mais megadiversos do mundo, e que detém vasta experiência na silvicultura (responsável pelo  manejo e cultivo de floresta), tem se posicionado como líder nesse campo, e setores público e privado trabalham em conjunto para atrair investimentos para soluções baseadas na natureza.

Esse movimento vem impulsionando uma nova frente de negócios sustentáveis, que unem conservação da biodiversidade com geração de madeira certificada, créditos de carbono e até alimentos, ajudando assim o planeta e movimentando a economia.

Desde 2024, muitos desses negócios associaram-se à Ibá, aliando-se assim a um setor com já vasta experiência no cultivo de árvores, na conservação de florestas nativas e na preservação do meio ambiente. Nos últimos meses, tais empreendimentos vêm protagonizando boas notícias em páginas de jornais e adquirindo destaque internacional, com conquistas relevantes para essa agenda. Reúno aqui alguns exemplos. 

Logo no início deste ano, em janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, a re.green, empresa de restauração ecológica, anunciou a ampliação de um acordo firmado no ano anterior com a Microsoft para a restauração de 15 mil hectares de floresta na Amazônia e Mata Atlântica. Com a mudança, a área a ser restaurada quase dobrou, passando para 33 mil hectares em 25 anos. Ao todo a colaboração envolve a geração de 6,5 milhões de VCUs (Unidades de Carbono Verificadas).

Em julho, a re.green ainda firmou uma parceria com a Nestlé para restaurar 2 mil hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia. O acordo prevê plantar 3,31 milhões de árvores nativas e remover da atmosfera milhares de toneladas de carbono, gerando cerca de 888 mil créditos de CO2 de alta integridade durante 30 anos. Essa iniciativa integra o Programa Global de Reflorestamento da Nestlé, com foco prioritário nas regiões produtoras de cacau e café, com destaque para a Bahia, um dos locais mais relevantes tanto para a produção da fruta quanto para a conservação da biodiversidade.

Atualmente, a re.green possui nove projetos em andamento, distribuídos nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, abrangendo uma área com mais de 30 mil hectares. Desse total, 12 mil hectares estão em processo de restauro ativo. Desde sua criação em 2021, a empresa já cultivou 6 milhões de mudas nos estados da Bahia, Pará, Maranhão e Mato Grosso, com a colaboração de 29 viveiros locais.

Contudo, é importante destacar que restaurar não é só plantar mudas ou sementes. É também promover uma nova economia baseada em negócios que acelerem a transição sustentável do nosso país.

Com esse propósito, outra associada, a Mombak, tornou-se em abril a primeira empresa a receber recursos do Novo Fundo Clima do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para restauração de áreas degradadas na Amazônia. Ao todo, a startup especializada em gerar créditos de carbono a partir do reflorestamento de espécies nativas, acessou R$ 160 milhões, sendo que R$ 10 milhões já foram autorizados para saque. Ao final do mesmo mês, ainda anunciou uma rodada de US$ 30 milhões liderada pelo fundo Union Square Ventures, com participação de nomes como Kaszek Ventures, Bain Capital, AXA IM Alts, Lowercarbon Capital e Copa Investimentos. A Mombak tem entre seus clientes Microsoft e Google. Com apenas 4 anos de existência, o valor global já captado pela empresa, focada em desenvolver projetos de remoção de carbono no arco do desmatamento da Amazônia brasileira, já está em US$ 200 milhões.

Neste novo segmento da economia, o setor de arvores cultivadas integra uma cadeia produtiva dinâmica que envolve comunidades tradicionais, setor privado e investidor.

Outra boa notícia foi que, em maio, novamente o Fundo Clima/BNDES aprovou o aporte de R$ 77,6 milhões para um projeto da Symbiosis Florestal, que prevê o plantio de 3 mil hectares, com 12 espécies nativas da Mata Atlântica conjugadas ou não com espécies exóticas. O financiamento foi, por sua vez, o primeiro voltado à silvicultura de espécies nativas no Brasil, e sua operação deve financiar 50% do plantio florestal.

Adicionalmente, a Symbiosis também conta com recursos do Restore Fund, fundo de US$ 200 milhões criado pela Apple para financiar projetos de combate às mudanças climáticas globalmente.

Essa empresa de DNA brasileiro tornou-se uma referência mundial em plantios de florestas de produção de espécies nativas e é reconhecida pelas suas práticas de respeito às pessoas e ao meio ambiente. Especializada em melhoramento genético, possui um viveiro próprio com capacidade para produção de 5 milhões de mudas anuais. Ao todo, em suas operações, emprega mais de 140 colaboradores diretos e 80 indiretos, sendo a maioria (75%) pertencente à comunidade local. Entre produzir e conservar, o projeto da Symbiosis abrange uma área de quase 2 mil hectares, nos quais já foram plantadas mais de 1 milhão e 300 mil árvores de 55 espécies.

Sem sombra de dúvida, esse é um novo padrão para a indústria madeireira tropical no mundo. A partir de um modelo de negócio pioneiro, a Symbiosis preserva e recupera florestas, rios e lagos, restabelecendo ecossistemas além de promover a diversidade da fauna e flora silvestre.

Outro caso também com foco na restauração da Mata Atlântica é a iniciativa da Biomas e a Carbon2Nature Brasil. Em julho, as empresas anunciaram parceria inédita para recuperar 1.200 hectares de florestas nativas em áreas de propriedade Veracel Celulose, no sul da Bahia. O Projeto Muçununga envolve o plantio de 2 milhões de mudas até 2027. Serão mais de 70 espécies, todas nativas, como araçá, copaíba, guapuruvu, ipê-amarelo, jacarandá-da-bahia e jatobá. Ao longo de 40 anos de monitoramento e cuidado com a floresta, o projeto removerá cerca 500 mil toneladas de carbono da atmosfera, gerando créditos de alta integridade. A iniciativa contribuirá para a mitigação da mudança climática e para a transformação social da região: serão mais de 80 empregos diretos e 15 comunidades envolvidas.

O setor de arvores cultivadas no Brasil é inovador e possui inúmeras experiências exitosas. Os processos de restauração e recuperação de áreas degradadas são essenciais para enfrentar a mudança do clima e conservar a biodiversidade, mas também para impulsionar o desenvolvimento territorial local, gerando renda para as comunidades próximas.

Todas essas notícias foram importantes sinais de validação de modelos de negócio sustentáveis voltados à economia verde. Também apontam para o enorme potencial do mercado de restauração, reforçando o papel das empresas associadas à Ibá na construção de soluções baseadas na natureza.

A restauração florestal é uma ferramenta poderosa para promover um desenvolvimento mais consciente. Ela pode aumentar os rendimentos, reduzir as emissões, aumentar a resiliência climática, evitar a conversão de terras, gerar emprego e renda para a população rural. Nesse sentido, a parceria entre empresas do setor de árvores cultivadas e os negócios voltados à restauração tem um papel essencial. 

Esperamos muitas outras boas notícias por vir neste movimento sem volta de construção de um futuro mais sustentável para o Brasil.


*Ana Kanoppa é Coordenadora de Políticas Florestais e Sustentabilidade da Ibá.

Publicado na Revista O Papel.

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Projeto brasileiro é primeiro do mundo a unir créditos de carbono de alta qualidade e impacto social

Iniciativa da Future Climate no Mato Grosso foi aprovada pela metodologia mais rigorosa da Verra e destinará 10% da receita de R$ 5 milhões para comunidades locais

“O Brasil tem um duplo desafio. É conservar o que ainda está de pé e remunerar por este serviço e também restaurar o passivo do desmatamento“, destacou Fábio Galindo, CEO da Future Climate, em entrevista recente.

Às vésperas da COP30, a empresa celebra um feito grandioso: a aprovação do primeiro projeto de conservação florestal com impacto social dentro do mercado de carbono. 

Se trata de uma fazenda de 7 mil hectares em Rio Preto, no Mato Grosso, com 4 mil hectares de floresta amazônica preservada, e que irá gerar 70 mil toneladas de CO2 equivalente referentes ao período de 2021 a 2025.

Com valor estimado entre US$ 20 e 25 por tonelada de carbono, gera aproximadamente um valor de US$ 1,4 milhão (cerca de R$ 5 milhões) ao proprietário do negócio que adota práticas de agricultura regenerativa para a conservação da área. 

O pioneirismo é a aprovação pela metodologia “VM0048” da certificadora internacional Verra, considerada a de mais alta qualidade do setor.

Um dos diferenciais é que o projeto destina obrigatoriamente 10% para as comunidades do entorno, o que o CEO chama de “repartição de benefícios”. 

Na primeira etapa, os recursos financiam três iniciativas: a cadeia do mel comunitário (100% doado para asilos e escolas públicas da região), hortas lideradas por cooperativas locais, e o fortalecimento do viveiro municipal para recuperação de nascentes.

Segundo o CEO, dá sinais claros de que iniciativas brasileiras estão à frente em soluções de alta integridade e que o Brasil está na vanguarda em créditos de carbono com indicadores claros de impacto social e climático.

“Queremos ser modelo global, demonstrando como a alta integridade e a inclusão social podem ser motores de financiamento para a natureza“, disse.

Novo padrão de qualidade muda o jogo

metodologia traz um diferencial técnico: enquanto a anterior (VM0015) permitia que o próprio desenvolvedor do projeto definisse quanto carbono havia estocado na área — criando o que Fábio denomina como “incentivo perverso” — a nova estabelece uma linha de base dinâmica e definida pela própria Verra através de tecnologia em satélites. 

O projeto foi aprovado em julho de 2025 e agora passa pelo processo de inventário de biomassa florestal e auditoria. Os primeiros 70 mil créditos de carbono, referentes ao período de 2021 a 2025, devem ser emitidos em dezembro.

A abordagem se reflete diretamente no preço. Enquanto o preço médio do carbono no mercado é de US$ 4,50, a Future negocia a US$ 13,40 — quase 200% acima.

“O comprador prefere pagar mais caro pois está escolhendo reputação, impacto e qualidade”, destacou Fábio.

‘Além do carbono’

A iniciativa está alinhada com o conceito da Future Climate de “Beyond Carbon” (Além do Carbono), que considera um crédito de carbono muito mais do que apenas uma tonelada evitada ou removida da atmosfera e defende a inclusão de integridade, biodiversidade e desenvolvimento social

Na prática, o projeto protege mais de 2 milhões de árvores, mais de 100 espécies de flora e mais de 500 espécies de fauna. São 12 quilômetros de rio — parte da formação da Bacia do Pantanal — e mais de 70 nascentes preservadas.

No solo e nas árvores da área florestal, estão estocadas mais de 3 milhões de toneladas de carbono.

“O mercado é uma ferramenta de oportunidade de diminuição da injustiça econômica, social e ambiental do Brasil”, afirmou o CEO. “Os projetos que vão ter melhor preço são os que têm repartição de benefícios“, defendeu.

O modelo da fazenda sustentável

O projeto está inserido no conceito de “fazenda sustentável” da Future Climate — uma propriedade que combina agricultura regenerativa, integração lavoura-pecuária e preservação ambiental acima do exigido por lei.

O proprietário tem três fontes de receita: “a safra do boi, a safra dos grãos e a safra do carbono”, exemplificou Fábio.

Com aprovação por 40 anos, passa por uma auditoria anual. A cada verificação de conservação, novos créditos são gerados, em um modelo que remunera a preservação de forma contínua. 

O timing é estratégico: o Brasil aprovou o mercado regulado de carbono regulado no final de 2024, inspirada nas melhores práticas internacionais. Para o executivo, isso coloca o país em posição privilegiada e o coloca em potencial para ser o maior fornecedor global de créditos de carbono. 

Portfólio em expansão

Future Climate gerencia atualmente 78 projetos de geração de créditos de carbono, totalizando 200 milhões de créditos sob gestão.

O portfólio inclui 10 de conservação florestal, 8 de restauração (40 mil hectares), duas concessões de unidades de conservação no Amazonas (6,5 milhões de hectares), além de iniciativas de energias renováveis.

Recentemente, a empresa também firmou uma parceria público-privada com o Maranhão para desenvolver o que pode ser o primeiro projeto de carbono azul do Brasil, focado no estoque dos manguezais.

Informações: Exame.

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Nativas Brasil realiza 2º Encontro Nacional e reforça papel estratégico de viveiristas na agenda de restauração

Nos dias 27 e 28 de setembro de 2025, a Nativas Brasil promoveu, em Joanópolis e Bragança Paulista (SP), o 2º Encontro Nacional da Associação, que também marcou o encerramento do curso inédito de capacitação em sementes e mudas nativas realizado ao longo do ano.

O curso, exclusivo para associados, foi dividido em módulos virtuais de março a setembro e trouxe conteúdos técnicos sobre produção, gestão e mercado, sempre combinando teoria, prática e troca de experiências entre viveiristas. A iniciativa representou um marco de fortalecimento da base da restauração ecológica, oferecendo ferramentas para melhorar a qualidade das mudas, ampliar a diversidade genética e preparar o setor para atender às metas climáticas e de biodiversidade do país.

O encontro nacional, por sua vez, reuniu viveiristas e produtores de sementes e mudas nativas de diferentes biomas em dois dias de integração, aprendizado prático e construção coletiva.

A programação foi intensa e combinou visitas técnicas, palestras, dinâmicas e momentos de convivência. O primeiro dia aconteceu no Viveiro Da Serra Ambiental, com atividades que incluíram visitas guiadas, demonstrações técnicas e discussões estratégicas sobre os rumos do setor, como a dinâmica que envolveu a discussão da Instrução Normativa 17 que regula a produção de sementes e mudas nativas no país.

Entre as palestras de destaque, o professor Antônio Higa, da Universidade Federal do Paraná, apresentou reflexões sobre o Projeto Sementes do Amanhã, que ele elaborou para ser conduzido pela Nativas Brasil, que visa ampliar a diversidade de espécies nativas utilizadas na restauração, assim como enriquecer a base genética de tais espécies para estruturar a cadeia da restauração ecológica. Já o botânico Harri Lorenzi, referência nacional em espécies nativas, compartilhou sua experiência e destacou a importância da valorização da flora brasileira como base para projetos de restauração em larga escala.

O dia foi encerrado com uma roda de conversa ao redor da fogueira, confraternização e um show exclusivo para os associados, reforçando o espírito de união e celebração da rede.

No segundo dia, os participantes seguiram para Bragança Paulista (SP), onde realizaram visitas técnicas a dois viveiros associados da Nativas Brasil: o Viveiro Verde Nativo e o Viveiro Fábrica de Árvores. A imersão prática permitiu aprofundar a troca de experiências sobre produção, manejo e desafios da atividade, consolidando a importância da rede de viveiristas como elo essencial para viabilizar a restauração ecológica em escala no país.

Para a diretoria da entidade, o 2º Encontro Nacional da Nativas Brasil demonstrou a força coletiva da associação e reafirmou o papel central dos viveiristas e produtores na agenda de restauração do país:

“Reunir os associados em um mesmo espaço, em torno de um viveiro, é fundamental para discutir a restauração e fortalecer esse grupo que assume a enorme responsabilidade de viabilizar, em conjunto, uma ambição inédita de restaurar áreas em uma escala jamais vista no país. A Nativas Brasil atua como uma ponte entre quem está no chão, plantando e cuidando da vida, e o mundo institucional, empresas e governos, que buscam resultados concretos e dependem diretamente desse trabalho para que a restauração aconteça de fato.”  – Renato Ximenes, Diretor Institucional da Nativas Brasil.

Mais informações: https://nativasbrasil.org.br/.

Informações: Nativas Brasil.

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