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Uso de motosserras em trabalhos florestais exige mais cuidado no inverno

Frio e umidade podem afetar o funcionamento dos equipamentos, além de tornar o terreno mais desafiador nesta época do ano

Os dias mais frios, típicos do inverno, podem tornar os trabalhos florestais ainda mais desafiadores, mas a falta de chuvas desse período faz com que esse seja o melhor momento para manutenção de áreas verdes. Essa combinação pode comprometer, de alguma forma, o funcionamento dos componentes da motosserra. O solo, mais liso e escorregadio, exige atenção redobrada dos operadores.

“É sempre importante reforçar que a segurança vem em primeiro lugar”, alerta Eduardo Garcia, especialista técnico de vendas da Oregon Tool, fabricante de ferramentas de corte de precisão para diversos setores, incluindo florestal, gramado e jardim, agricultura e construção. “Além de utilizar equipamentos de qualidade, é preciso planejar bem o corte e manter atenção ao ambiente para prevenir acidentes durante o inverno”, completa.

Planejamento, preparação e boa manutenção

Garcia orienta que, ainda antes de começar o trabalho de corte em áreas florestais, o operador deve verificar a afiação, o tensionamento e a lubrificação da corrente da motosserra. Além de verificar regularmente a saída de óleo de corrente e manter o canal de lubrificação sempre desobstruído. Lembre-se que o excesso de serragem úmida pode dificultar a lubrificação do sabre e da corrente.

O ideal para manter a lubrificação adequada, reforça, não apenas no inverno, mas sempre, é usar produtos específicos para as correntes de motosserra. A madeira úmida e congelada também pode causar o desgaste do fio da lâmina mais rápido, exigindo afiação com mais frequência.

“Outro ponto essencial é o uso correto dos equipamentos de proteção individual. Luvas, capacete com viseira, protetores auriculares e botas antiderrapantes não podem faltar, principalmente nesta época do ano em que o terreno fica mais escorregadio e os galhos úmidos podem oferecer risco de queda”, lembra.

Dicas para usar motosserra com segurança no inverno

– Verifique a afiação
Madeira úmida e congelada desgasta a corrente mais rápido. Verifique a afiação em intervalos menores que no verão.

– Atenção à lubrificação
O óleo lubrificante pode engrossar no frio, reduzindo a lubrificação da corrente. Confira o nível e o fluxo antes e durante o uso.

– Cuide dos EPIs
Use luvas, capacete com viseira e botas antiderrapantes. O solo fica escorregadio e exige mais cuidado no posicionamento.

– Limpeza pós-uso
Remova umidade e resíduos ao finalizar o trabalho para evitar ferrugem e acúmulo de sujeira.

Informações: Oregon Tool.

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Suzano está com seis processos seletivos abertos para suas operações em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com seis processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo, as pessoas interessadas poderão concorrer a vagas para Analista Pleno de Facilities – Nutrição, Mecânico(a) de Máquinas Florestais II, Operador(a) de Máquinas Florestais – Colheita e Técnico(a) de Manutenção em Instrumentação II – Instrumentação e Automação. Já em Três Lagoas, as oportunidades são para Analista Sênior de Meio Ambiente Florestal e Analista Pleno de Recursos Humanos – Treinamento e Desenvolvimento de Operações.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Analista pleno de Facilities – Nutrição – inscrições até 12/07/2025: Página da vaga | Analista pleno de Facilities – Nutrição

Mecânico(a) de Máquinas Florestais II – inscrições até 13/07/2025: Página da vaga | Mecânico(a) de máquinas florestais II

Operador(a) de Máquinas Florestais – Colheita – inscrições até 13/07/2025: Página da vaga | Operador(a) de máquinas florestais – Colheita

Técnico(a) de Manutenção em Instrumentação II – Equipe de Instrumentação e Automação – inscrições até 14/07/2025: Técnico(a) de Manutenção em Instrumentação II – Equipe de Instrumentação e Automação

Três Lagoas

Analista sênior de Meio Ambiente Florestal – inscrições até 12/07/2025: Página da vaga | Analista Sênior de Meio Ambiente Florestal

Analista Pleno de Recursos Humanos – Treinamento e Desenvolvimento de Operações – inscrições até 15/07/2025: Página da vaga | Analista Pleno de Recursos Humanos – Treinamento e Desenvolvimento de Operações

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Mais de 100 aves silvestres são reintegradas à natureza na reserva da Bracell na Bahia 

Encaminhados pelo Cetas, os animais ganharam a liberdade nesta quarta-feira, 9, na Fazenda Raiz, no município de Água Fria

Mais de 100 aves recebidas e examinadas pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) foram reintegradas à natureza, na manhã desta quarta-feira, 9, na Fazenda Raiz, reserva ambiental da Bracell no município de Água Fria, no Litoral Norte da Bahia. As espécies – dentre elas pássaro-preto, cardeal-do-nordeste, trinca-ferro, sabiá-laranjeira, curió, azulão e canário-da-terra – foram apreendidas durante fiscalização realizada na cidade de Feira de Santana.

De acordo com o biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell, a fiscalização resgatou, ao todo, mais de 200 aves. “As que já estavam em condições adequadas foram reintegradas à natureza nesta manhã, na Fazenda Raiz, em uma ação acompanhada pelas equipes do Cetas e da Bracell. O espaço natural foi escolhido por ser uma área de soltura de animais silvestres certificada e por ter características ideais para a maioria das espécies, que são aves de ecossistema natural aberto e de Caatinga”, afirma.

Ele acrescenta ainda que o local, com clima semiárido e vegetação adaptada à seca, conta com a proteção da equipe patrimonial da Bracell, que combate a caça predatória e garante a proteção da flora e da fauna silvestres, contribuindo para a preservação ambiental da região. A empresa conta, na Bahia, com mais três reservas aptas para a soltura autorizada de animais.

A soltura ocorreu na manhã desta quarta, 9/ Foto: Acervo Bracell

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das líderes globais na produção de celulose solúvel e especial, com expertise no cultivo sustentável de eucalipto, base para a fabricação de celulose de alta qualidade. Com operações no Brasil desde 2003, a empresa integra o grupo Royal Golden Eagle (RGE), com sede em Singapura. Conta com mais de 11 mil colaboradores e duas unidades industriais no país — em Camaçari (BA) e Lençóis Paulista (SP) — além de escritório administrativo em Singapura e estruturas comerciais na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Para prevenção aos incêndios florestais em MS, novas regras para uso do fogo facilitam licenciamento

As novas regras para o uso planejado do fogo como parte das ações preventivas aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul facilitam o licenciamento ambiental em diversas áreas – pequenas propriedades rurais, comunidades tradicionais, pesquisas, entre outras.

A mudança prevê isenção nas taxas de licenciamento ambiental para o PMIF (Plano de Manejo Integrado do Fogo) com a realização de queimas prescritas como forma de prevenção e combate aos incêndios florestais. Com uso controlado do fogo, a queima prescrita ajuda a prevenir grandes incêndios com a redução de biomassa (vegetação seca).

As novas regras estabelecem que ambos – PMIF e a queima prescrita – estão isentos das taxas para licenciamento ambiental, até então cobradas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Para que as comunidades estejam preparadas e treinadas, e ainda para fortalecer a formação de brigadas, o processo passou a ser mais acessível e prático. No caso de pessoa assentada ou agricultor familiar, é necessário apresentar uma declaração da Agraer (Agência de desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul) para comprovar a condição.

A resolução criou três categorias específicas para licenciamento, com regras diferentes para cada uma delas – plano de manejo integrado do fogo, queima prescrita em áreas de unidade de conservação e prioritárias, e queima prescrita em áreas “não prioritárias”.

No caso da confecção de aceiros (mecânicos ou manuais) com até 50 metros de largura – para a prevenção aos incêndios em período emergencial, vigente desde março até 23 de setembro deste ano –, não é necessário licenciamento ambiental, mas deve ser feita a comunicação prévia ao Imasul (por meio de um informativo genérico).

Já os aceiros de 10 e 30 metros, protocolado no sistema SIRIEMA (plataforma digital que reúne os registros e declarações ambientais) o licenciamento sai imediatamente através de uma declaração ambiental (nome oficial da autorização de aceiros).

Bombeiros

Além disso, o produtor ou assentado deve apresentar ao Imasul o atestado de conformidade emitido pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar), no qual o solicitante declara que atende as normas de segurança para prevenção e proteção contra os incêndios florestais – com implantação, conforme o caso, de aceiros, brigada de incêndio equipada com equipamentos de combate e de proteção individual e reserva de água para combate a incêndios, entre outros.

O atestado é emitido via sistema Prevenir, mediante cadastro e sem qualquer custo ao contribuinte, devendo ser acessado pelo site https://prevenir.bombeiros.ms.gov.br/.

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SP Sem Fogo – Mais de 1,7 milhão de hectares são monitorados para detectar focos de incêndio em tempo real

Parceria entre o Governo de São Paulo e a Florestar amplia a área de monitoramento

Em apoio ao Sistema de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), denominado de “Operação SP Sem Fogo”, o Estado conta com o monitoramento da indústria florestal paulista, de 1,7 milhão de hectares de plantios comerciais e vegetação nativa. Abrange desde as áreas com plantio comercial de árvores cultivadas, já assistidas pelo setor industrial paulista, até unidades de conservação das regiões de Araraquara, Bauru, Botucatu, Brotas, Capão Bonito, Indaiatuba, Itapetininga, Itatinga, Marília, Mogi Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto e Sorocaba. A medida foi adotada para ampliar a resposta e evitar crises como a do ano passado, que registrou o maior número de incêndios dos últimos 10 anos. A ação está na fase Vermelha, que vai de junho a outubro, sendo que os meses mais críticos são agosto e setembro. 

A parceria entre o Governo de São Paulo e a Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas (Florestar) se firmou por meio da assinatura de um Termo de Cooperação. Ao todo, 69 torres de vigilância e câmeras de alta definição tornam possível detectar os focos de incêndio em tempo real. Além do monitoramento, a equipe mantém comunicação com comunidades vizinhas e rurais, para obter informações em caso de alguma intercorrência. 

Essa iniciativa visa detectar em tempo real o surgimento de focos e evitar incêndios de grandes proporções. De acordo com a Semilos incêndios florestais são mais comuns em áreas naturais, sendo que 90% das ocorrências são provocadas por ações humanas de maneira acidental ou intencional, com uso irregular do fogo em pastos, soltura de balões ou a queima de lixo, por exemplo. 

Sobre a Florestar

A Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas (Florestar) promove o desenvolvimento sustentável do setor no Estado de São Paulo. Atua para fortalecer a competitividade dos associados, transformando suas demandas em soluções. Com foco estratégico, alia crescimento produtivo à preservação ambiental e ao cuidado com toda a cadeia florestal. 

Ela tem se organizado para participar da COP 30, evento da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizado em novembro em Belém (PA), e colocará a Amazônia no centro das discussões globais sobre mudanças climáticas. Entre os temas em destaque, estão a preservação ambiental e a transição energética. Nesse contexto, a Florestar reforça a importância da produção sustentável de madeira e redução do CO2 na atmosfera, como parte das soluções para o enfrentamento das perspectivas para o cenário climático. 

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Klabin e Valmet expandem alcance da produção de papel-cartão tripla camada branqueada

As tendências do mercado de embalagens, especialmente as premium e de maior valor agregado, estão alinhadas ao consumo consciente. A substituição do plástico por materiais que reduzem ou eliminam potenciais danos ao meio ambiente é um exemplo dessa transformação. As embalagens premium oferecem soluções que aliam sofisticação e funcionalidade ao conceito de sustentabilidade. 

O papel-cartão branco para embalagens especiais tornou-se altamente valorizado e é aplicado em diferentes segmentos. Esse cenário motivou a Klabin a expandir sua atuação para um nicho específico de produtos diferenciados, como perfumes, cosméticos de luxo e líquidos como leite, sucos e farmacêuticos. A empresa também passa a se posicionar estrategicamente nesse mercado, oferecendo um papel com três camadas branqueadas. 

Entrega antecipada de projeto de expansão de produção na Klabin

Para fortalecer sua presença no segmento, a Klabin ampliou o range de produção de uma de suas máquinas de papel (MP28), que atualmente está em fase de ramp-up de produção. A Valmet, líder mundial em desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia, foi responsável pela instalação dos novos equipamentos de processo. O projeto consistiu na expansão do preparo de massa e approach flow da MP28, permitindo o aumento da variedade de papéis produzidos. Com as melhorias, tornou-se possível fabricar papel-cartão tripla camada branqueada, que utiliza uma combinação de fibras curtas, longas e BCTMP, permitindo a Klabin uma maior participação em mercados mais específicos.

“É gratificante compartilhar que superamos as expectativas e obtivemos grande êxito, o que também pode ser confirmado pelas nossas entregas. Essas antecipações não apenas demonstram nossa eficiência, como também refletem nossa dedicação em proporcionar a melhor experiência possível ao cliente e aos envolvidos. Acredito que esses resultados são fruto do nosso compromisso com a excelência e a satisfação dos nossos clientes”, destaca a gerente do projeto da Valmet, Carolina Giovaninni.

“Para a Klabin, que tem como meta avançar ainda mais no mercado de papel-cartão, as estimativas são extremamente positivas, considerando que esse segmento movimenta, atualmente, US$ 20 bilhões e segue em expansão. Com a expansão, a empresa amplia ainda mais seu portfólio de produtos”, complementa o gerente de Vendas e Tecnologia de Papel e Cartão da Valmet, Claudio Vitali.

Sobre a Valmet: 

A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e controle de fluxo, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 225 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2024 foram de aproximadamente 5,4 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia.

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Impactos no Agro – Tarifas adicionais dos EUA a produtos brasileiros

Para a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), as tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos, que devem entrar em vigor no dia primeiro de agosto, vão impactar negativamente toda a cadeia produtiva exportadora do Agro Brasileiro.

A entidade acentua não existir justificativas econômicas para as novas tarifas dada a realidade de anos com superávit norte-americano no comércio com o Brasil, reconhecidamente um parceiro comercial estabelecido e confiável.

Alguns impactos específicos na agroindústria brasileira podem ser antecipados para papel e celulose, carne bovina, suco de laranja, açúcar e café, principais produtos afetados.

Por fim, a ABAG espera por uma solução diplomática nas tratativas bilaterais antes de primeiro de agosto, e reafirma que se trata de uma questão política que precisa ser debatida entre os países. Afinal, tal ação não vai só desfavorecer o exportador brasileiro, mas também o próprio consumidor americano.

10.07.2025

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Taxação dos EUA sobre produtos brasileiros impacta setor florestal e acende alerta na cadeia produtiva

Presidente da APRE alerta para consequências econômicas e necessidade de solução diplomática

A imposição de tarifas de até 50% por parte dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pegou de surpresa o setor florestal e provocou forte reação entre representantes da cadeia produtiva. Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), avalia a medida como negativa e tomada em um momento inoportuno.

“O que torna essa decisão ainda mais complicada é o fator surpresa. Não se esperava que isso fosse anunciado agora, principalmente após uma tarifa semelhante já ter sido aplicada desde o dia 1º de abril”, afirmou Brun. Segundo ele, esse segundo movimento tarifário agrava ainda mais o cenário para a indústria nacional de base florestal, que já vinha lidando com custos elevados e desafios logísticos.

Decisão mais política do que econômica

De acordo com o governo dos Estados Unidos, a nova taxação foi justificada por um suposto desequilíbrio na relação comercial com o Brasil. No entanto, para o presidente da APRE, esse argumento não se sustenta. “Na verdade, o Brasil é deficitário na relação com os Estados Unidos. Então, é difícil encontrar base econômica concreta para justificar essa medida”, apontou.

Brun considera que a decisão tem uma motivação mais política do que comercial ou técnica, o que dificulta o diálogo econômico direto. “A composição para reverter essa situação terá que ser política e diplomática”, avaliou.

Corrida contra o tempo

A expectativa agora é de que o Brasil se mobilize nos próximos dias para negociar com os EUA e tentar amenizar os impactos. Segundo Brun, há uma janela de 23 dias para buscar uma solução diplomática que possa evitar ou ao menos suavizar a aplicação da tarifa. “É onde o Brasil vai ter que colocar as fichas agora”, declarou.

Nesse curto prazo, ele defende que a indústria também comece a trabalhar com planos alternativos, caso não haja avanço nas negociações. “Se essa decisão for mantida, o setor vai precisar buscar rapidamente alternativas para reduzir o impacto negativo”, alerta.

Cadeia produtiva sob pressão

A medida afeta diretamente empresas que exportam madeira processada, painéis, papel e celulose para o mercado norte-americano
, produtos de alto valor agregado e que têm os Estados Unidos como um dos principais destinos.

O Paraná é um dos maiores exportadores de madeira para os Estados Unidos, especialmente de compensado, madeira serrada e molduras de pinus, fundamentais para a construção civil norte-americana. Dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) apontam que aproximadamente 40% dessa madeira provém do estado.

Em 2025, os estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) exportaram juntos US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA, representando 86,5% do total exportado pelo Brasil nesse setor.

A alta nas tarifas compromete a competitividade dos exportadores brasileiros, que agora precisarão rever estratégias, redirecionar mercados e avaliar custos internos. Com um setor que movimenta bilhões de reais por ano e gera milhares de empregos diretos e indiretos, a nova política comercial dos EUA representa um obstáculo significativo à estabilidade e ao crescimento das empresas florestais no Brasil.

Com pouco tempo para reagir, o Brasil corre contra o relógio para conter os efeitos da taxação. A articulação política será determinante para preservar a posição dos produtos florestais brasileiros no mercado internacional e evitar perdas em uma cadeia que tem papel estratégico na economia nacional.

Sobre a APRE Florestas
A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/

Informações à Imprensa:
Talk Comunicação

Ana Carvalho
(48) 99109-7072
anacarvalho@talkcomunicacao.com.br

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Setor florestal aponta prejuízos causados por falhas nos sistemas e divergências entre órgãos ambientais

Apontamentos foram feitos em reunião realizada com o Ibama no final do mês de junho

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) participou, na sexta-feira (27/06), de uma reunião com a Diretoria de Biodiversidade e Florestas DBFlo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para apresentar os entraves que vêm comprometendo a exportação de madeira nativa legal no estado.

Foto: assessoria.

Entre os principais pontos levantados estão a falta de padronização entre os sistemas federal e estadual, divergências na análise técnica dos processos autorizativos de exportação e falhas na integração das Autorizações de Exploração Florestal entre as plataformas eletrônicas dos órgãos ambientais. A reunião foi solicitada pelo Fórum Nacional de Base Florestal (FNBF) que também participou da agenda.

De acordo com o presidente do Cipem, Ednei Blasius, um dos problemas mais graves está relacionado às divergências nos nomes científicos das espécies autorizadas para exportação. Mesmo com Autex (Autorização de Exportação) previamente emitidas e com espécies devidamente autorizadas, cargas estão sendo apreendidas por conterem espécies que, embora listadas, não ocorrem em Mato Grosso segundo a base de dados do Reflora.

“O Reflora não pode ser utilizado como base oficial para justificar apreensões. Há espécies que constam na autorização e não estão sendo exportadas, mas ainda assim as cargas estão sendo barradas, detalhe: a mudança nos atos normativos autorizativos ocorreu recentemente, o que justifica aplicar a regra para espécies já colhidas que estão estocadas nos pátios das fábricas?” .

Outro entrave recorrente apontado pelo setor é a falta de integração entre os sistemas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e o sistema federal Sinaflor. Isso tem provocado o indeferimento automático de processos no sistema LPCO (Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos), mesmo quando os documentos estão regulares no âmbito estadual.

Também foram citados erros nas análises técnicas, como o indeferimento de autorizações com a justificativa de ausência de Cadastro Ambiental Rural (CAR), mesmo quando a madeira tem origem em concessões florestais – que, por lei, são dispensadas da exigência de CAR.

“Muitos produtores estão com suas mercadorias paradas. Isso gera prejuízos enormes não apenas aos empresários, mas à imagem do setor florestal brasileiro no mercado internacional”, afirmou Blasius.

O presidente do Cipem também apontou a falta de padronização nos critérios de fiscalização, como a medição de cargas fora dos paletes e a subjetividade nas análises de cadeia de custódia. “Existe muita tecnologia nos sistemas, mas estamos reféns da interpretação individual de cada analista. Falta documentação técnica que oriente os pareceres, o que inviabiliza o planejamento das exportações”, acrescentou.

As tratativas continuarão até que uma solução seja encontrada e os processos sigam o rito da normalidade.  

Além da agenda com o Ibama, o Cipem deverá se reunir ainda nesta semana com representantes da Sema-MT para tratar dos problemas que têm impactado o setor também na esfera estadual.

Informações: Leiagora / Foto destaque: divulgação.

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Habilitação de empresa vencedora da Rota da Celulose deve sair na próxima semana

Decisão do STF que devolve BR-393 à K-Infra reacende chances do consórcio vencedor manter contrato

O imbróglio envolvendo a concessão da Rota da Celulose, projeto estratégico para a infraestrutura e logística de Mato Grosso do Sul, pode estar perto do fim. Após semanas de indefinição, o governador Eduardo Riedel (PSDB) declarou nesta terça-feira (8) que a CEL (Comissão Especial de Licitação) tem até a próxima semana para dar uma resposta definitiva sobre a habilitação do Consórcio K&G Rota da Celulose, vencedor do leilão realizado em maio.

“Os prazos estão correndo. Eu acho que semana que vem é o prazo final para a comissão dar retorno para a empresa e para a ANTT, em relação aos questionamentos feitos. Uma vez sendo respondida, vai dar encaminhamento no processo, tá dentro do prazo de resposta”, afirmou o governador, ao ser questionado sobre o andamento do processo.

A Rota da Celulose prevê a concessão de 870 km de rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além de trechos das federais BR-262 e BR-267. O trajeto corta municípios importantes como Campo Grande, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu todos com forte presença da cadeia produtiva da celulose e do agronegócio.

O processo de licitação, conduzido pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), foi arrematado pelo Consórcio K&G Rota da Celulose, formado pelas empresas K-Infra Concessões e Galápagos Participações. O grupo apresentou a proposta mais agressiva do certame: um desconto de 9% na tarifa-teto dos pedágios (R$ 0,19 por km para pista simples e R$ 0,26 para pista dupla), além de um aporte financeiro de R$ 217,3 milhões, superando concorrentes como Rotas do Brasil, BTG Pactual e o Consórcio Caminhos da Celulose (liderado pela XP Investimentos).

No entanto, o avanço do contrato foi interrompido no início de junho, quando a CEL suspendeu os prazos do processo após a anulação, por parte do governo federal, da concessão da BR-393/RJ, conhecida como Rodovia do Aço, operada pela K-Infra. O contrato com essa rodovia era justamente o principal comprovante de experiência técnica apresentado pela empresa no leilão.

A anulação gerou uma disputa administrativa intensa. O consórcio liderado pela XP, segundo colocado, entrou com recurso pedindo a inabilitação da K&G, alegando que o grupo não preenchia mais os requisitos técnicos exigidos pelo edital.

A situação sofreu uma reviravolta em 3 de julho, quando o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar determinando que a K-Infra reassuma temporariamente a concessão da BR-393. Segundo a decisão, o governo federal violou o direito ao contraditório e à ampla defesa ao romper o contrato sem antes calcular a indenização devida à empresa e sem estabelecer um plano de transição para o trecho.

A liminar restabelece, ainda que de forma provisória, a qualificação técnica da K-Infra, reforçando sua posição no processo da Rota da Celulose. Com isso, a CEL poderá retomar a análise técnica e jurídica da habilitação do consórcio, como confirmou o governador.

Com a decisão do STF em vigor, a CEL deve encerrar nos próximos dias a análise do recurso da XP e avaliar se o consórcio K&G mantém sua habilitação. Se for considerado tecnicamente habilitado, o contrato poderá ser homologado e o projeto, finalmente, iniciado. Caso contrário, a CEL poderá convocar o segundo colocado, o Consórcio Caminhos da Celulose, o que demandaria nova rodada de análise documental e de viabilidade, gerando mais atrasos.

Informações: Campo Grande News.

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