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Irani anuncia fechamento do contrato de arrendamento de área florestal no RS 

A Irani (RANI3) concluiu o cumprimento das condições precedentes previstas e celebrou, nesta segunda-feira, 14, o fechamento do contrato de arrendamento rural entre sua controlada Habitasul Florestal (HFlor), e a Âmbar Florestal. Essa operação foi anunciada em março deste ano.

Por este contrato a HFlor arrendou a totalidade das florestas localizadas no estado do Rio Grande do Sul para a Âmbar, com a finalidade de extração de goma resina, pelo período de 10 anos.

“Este marco reforça o foco da Irani no segmento de papéis e embalagens sustentáveis e o compromisso da companhia com a otimização de suas operações, melhor rentabilização de seus ativos e maior geração de valor para os acionistas”, afirmou a Irani em um comunicado. 

Informações: Finance News.

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Engenheiros florestais de todo o país se unem em videoclipe lançado no Dia da profissão

Emoção, reconhecimento e conexão com as florestas marcaram a homenagem organizada pelo Florestal Brasil no dia 12 de julho. A data, que celebra o Dia do Engenheiro Florestal, foi palco do lançamento da música inédita “Saudações Florestais” e de uma super live transmitida no YouTube, reunindo profissionais e estudantes de todo o país em um momento histórico para a categoria.

A canção, composta por engenheiros florestais e interpretada por músicos que vivem a profissão no dia a dia, trouxe à tona a poesia, a técnica e a paixão de quem dedica a vida à conservação ambiental, ao manejo sustentável e ao futuro das florestas brasileiras. Com trechos como “sou floresteiro, engenheiro, sou trilheiro, com fé eu vou a qualquer lugar”, a música se tornou um verdadeiro hino da profissão.

O videoclipe colaborativo, lançado durante a live, reuniu imagens enviadas por mais de 160 participantes de diferentes estados, mostrando o cotidiano, as paisagens, os rostos e os sonhos de quem vive a Engenharia Florestal com orgulho. A produção emocionou o público e já está disponível no canal do Florestal Brasil no YouTube.

“Queríamos algo que fosse além da homenagem. Algo que unisse e representasse nossa comunidade. E conseguimos”, afirmou Lucas Monteiro, engenheiro florestal e idealizador do projeto.

A live contou ainda com sorteios, depoimentos e dinâmicas interativas, promovendo uma celebração única e marcante. A iniciativa também serviu como um chamado à valorização da profissão, num momento em que o Brasil ocupa papel central nas discussões ambientais globais — especialmente com a proximidade da COP30 em Belém.

O projeto reforça o papel do engenheiro florestal como protagonista da transição para um futuro sustentável, atuando em áreas como silvicultura, conservação da biodiversidade, restauração ecológica, manejo florestal, cadeia produtiva da madeira, pesquisa científica e muito mais.

A música “Saudações Florestais” já está disponível em todas as plataformas digitais. O videoclipe completo pode ser assistido em:

🎥 youtube.com/@florestalbrasil
📲 Saiba mais sobre a ação em: https://florestalbrasil.com/assista-agora-videoclipe-saudacoes-florestais-celebra-o-dia-do-engenheiro-florestal-com-musica/

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Exclusiva – ForesToken lança o EyeForest 2.0: infraestrutura digital que revoluciona o mercado florestal brasileiro

Ecossistema digital modular resolve gargalos históricos do setor com rastreabilidade, segurança jurídica e automação

O setor florestal brasileiro vive um momento de expansão acelerada. Segundo a Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, estão previstos cerca de R$ 60 bilhões em investimentos até 2028, voltados principalmente à ampliação da produção de celulose, papel e painéis de madeira. Esse crescimento é impulsionado pela demanda global por produtos renováveis e de menor impacto ambiental. No entanto, a sofisticação da cadeia também intensifica desafios estruturais já conhecidos: elevada intensidade de capital, custos transacionais entre produtores e compradores, exigências de rastreabilidade da madeira e a escassez de infraestrutura digital para suportar operações de crédito, governança e conformidade.

Em resposta a esse cenário, nasce a versão 2.0 do EyeForest, um ecossistema digital multimodular desenvolvido pela Forestoken para transformar estruturalmente a operação e a gestão da cadeia florestal. Criado no ambiente de inovação do Grupo Index, com mais de 50 anos de expertise no setor, o EyeForest reúne tecnologias como blockchain, smart contracts e geointeligência para oferecer uma nova infraestrutura ao mercado — conectando diretamente produtores, compradores e instituições financeiras, com segurança, automação e rastreabilidade técnica.

“O EyeForest nasceu para resolver um problema real: transformar florestas em dados confiáveis e transformar esses dados em decisões, contratos e negócios seguros. É uma infraestrutura pensada para quem precisa gerir melhor, negociar melhor e provar conformidade — tudo em um único ecossistema”, destaca Rodrigo de Almeida, CEO da ForesToken e sócio fundador do Grupo Index.

O sistema integra diferentes módulos que atuam em fases complementares da cadeia produtiva florestal:

  • ForestGIS: mais do que um WebSIG, é uma ferramenta de geointeligência aplicada à gestão florestal. Foi desenvolvido para gestores que precisam tomar decisões com base em dados organizados, geoespacializados e integrados ao ciclo de produção.
  • ForestTracker: Módulo que garante a rastreabilidade da cadeia produtiva, com foco em compliance, especialmente para atender a regulamentações como a EUDR (Regulamento de Desmatamento da União Europeia).
  • ForestChain: é o módulo que estrutura negociações florestais com inteligência, segurança jurídica e automação financeira, eliminando a dependência de múltiplos sistemas paralelos. O ForestChain substitui soluções fragmentadas (como ERPs, CRMs, planilhas e ferramentas jurídicas), oferecendo um ambiente fechado, privado e auditável para quem compra ou financia ativos florestais.

“O EyeForest foi concebido como uma infraestrutura digital confiável e juridicamente sólida, capaz de transformar dados florestais em inteligência operacional, rastreabilidade robusta e relações mais seguras em toda a cadeia produtiva”, informa Fernando Struecker, CLO da ForesToken. 

Como funciona o EyeForest? 

Cada módulo, como o ForestGIS, ForestChain e ForestTracker, pode ser contratado individualmente conforme a necessidade do usuário.

O acesso é restrito a usuários convidados e autenticados, com perfis e permissões específicas para cada tipo de usuário, seja ele produtor, gestor ou consumidor florestal. No processo de cadastro e onboarding os usuários contam com o suporte da equipe técnica especializada, que auxilia na organização da documentação da empresa, estruturação do cadastro fundiário e florestal e configuração inicial da conta.

Todo o processo é customizado conforme o módulo contratado, o perfil de uso e a quantidade e função dos usuários envolvidos. Para empresas que optam por contratar mais de um módulo, o EyeForest oferece integração completa entre funcionalidades, garantindo uma experiência fluida e centralizada em um único ambiente digital.

A experiência do usuário no EyeForest

Ao acessar o EyeForest, cada usuário encontra um ambiente digital seguro, modular e adaptado à estrutura da empresa e ao plano contratado. As funcionalidades e áreas disponíveis variam de acordo com as permissões atribuídas pelo administrador e com os módulos ativos, permitindo uma gestão granular de acessos por função, projeto ou área. O painel inicial exibe indicadores operacionais, alertas relevantes e atalhos personalizados, oferecendo uma jornada clara e eficiente, ajustada à realidade e à organização de cada cliente.

O sistema EyeForest foi projetado para se integrar nativamente a ERPs, sistemas contábeis e outras soluções corporativas por meio de APIs abertas. Essa integração permite que dados operacionais, financeiros e contratuais circulem de forma automatizada entre o EyeForest e os sistemas já utilizados pelas empresas, reduzindo retrabalho, eliminando falhas manuais e garantindo fluidez entre as áreas técnica, administrativa e financeira.

Ainda no segundo semestre, o sistema EyeForest contará com a Arbor — uma inteligência artificial generativa integrada, projetada para operar como agente florestal digital. Mais do que um chatbot, a Arbor será capaz de interagir em linguagem natural, executar comandos nos módulos do sistema, apoiar análises de talhões, interpretar alertas de risco, gerar recomendações operacionais e acelerar fluxos técnicos. Integrada à base de dados do EyeForest e conectada a modelos de IA avançados, a Arbor aprenderá com o uso e atuará como operadora inteligente dos processos florestais, ampliando a autonomia dos gestores e a eficiência das equipes. 

Assista ao vídeo e conheça um projeto da Arbor IA

Em resumo, ao acessar o sistema EyeForest, o usuário encontra um ambiente digital profissional, seguro e totalmente integrado, que conecta mapas, contratos, documentos, indicadores operacionais e o monitoramento da floresta em um único local. Com estrutura modular, governança de acesso por função e automação entre etapas técnicas e jurídicas, o sistema consolida o ciclo florestal em tempo real — da gestão da floresta à negociação. O foco é oferecer suporte inteligente à tomada de decisão, aumentar a previsibilidade das operações e transformar dados em oportunidades concretas de negócio.

“O EyeForest conecta o mercado florestal em um sistema único, com rastreabilidade, segurança contratual e eficiência operacional. Produtores estruturam sua gestão, dados e contratos; compradores acessam um ambiente digital auditável, com negociações seguras, entregas monitoradas e pagamentos automatizados. Tudo integrado — da governança florestal ao compliance ESG e regulatório, no Brasil e no exterior.” explica Rodrigo.

Saiba mais em: www.eyeforest.com.br 

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros afetam setor florestal e acendem alerta na cadeia produtiva

Presidente da APRE Florestas aponta impactos econômicos imediatos e reforça necessidade de ação diplomática para conter prejuízos à indústria

A decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros gerou forte preocupação no setor florestal. A medida, anunciada de forma inesperada, foi criticada por representantes da cadeia produtiva, que já enfrentam altos custos e dificuldades logísticas.

Segundo Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), a decisão chegou em um momento inoportuno. “O que torna essa decisão ainda mais complicada é o fator surpresa. Não se esperava que isso fosse anunciado agora, principalmente após uma tarifa semelhante já ter sido aplicada desde o dia 1º de abril”, disse.

Argumento econômico dos EUA é questionado

Embora os Estados Unidos tenham justificado a taxação com base em um suposto desequilíbrio comercial, Brun afirma que esse argumento não se sustenta.

“Na verdade, o Brasil é deficitário na relação com os Estados Unidos. Então, é difícil encontrar base econômica concreta para justificar essa medida”, argumentou.

Para ele, o motivo da taxação é predominantemente político, o que dificulta soluções técnicas ou comerciais. “A composição para reverter essa situação terá que ser política e diplomática”, reforçou o presidente da APRE.

Brasil tem 23 dias para reagir e buscar solução diplomática

Com a medida em vigor, o setor corre contra o tempo. Segundo Brun, existe uma janela de 23 dias para o Brasil articular uma solução diplomática e tentar reverter ou amenizar os efeitos da nova tarifa.

“É onde o Brasil vai ter que colocar as fichas agora”, destacou.

Ele também defende que, paralelamente à articulação política, a indústria comece a desenvolver planos alternativos para lidar com possíveis perdas. “Se essa decisão for mantida, o setor vai precisar buscar rapidamente alternativas para reduzir o impacto negativo”, alertou.

Cadeia produtiva sob pressão: Paraná é um dos mais afetados

A taxação atinge diretamente empresas que exportam produtos florestais com alto valor agregado, como madeira processada, painéis, papel e celulose, com os EUA sendo um dos principais mercados consumidores.

O Paraná é destaque nesse cenário, sendo um dos maiores exportadores brasileiros de madeira para o mercado norte-americano, especialmente de compensado, madeira serrada e molduras de pinus, itens essenciais para o setor de construção civil dos Estados Unidos.

Dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) indicam que cerca de 40% dessa madeira tem origem no estado.

Exportações do Sul concentram quase 90% do total nacional

Em 2025, os estados do Sul — Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — exportaram juntos US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA, o que representa 86,5% do total nacional exportado pelo setor.

A nova política tarifária compromete diretamente a competitividade das empresas brasileiras, que agora precisam reavaliar estratégias de mercado, custos operacionais e possíveis redirecionamentos de exportações.

Setor estratégico para economia nacional exige resposta rápida

Com um setor que movimenta bilhões de reais anualmente e gera milhares de empregos diretos e indiretos, a imposição tarifária representa uma ameaça à estabilidade econômica da indústria florestal brasileira.

A urgência agora recai sobre o governo federal, que precisa agir politicamente para proteger a posição dos produtos florestais no mercado internacional e conter perdas significativas em uma cadeia produtiva estratégica para o país.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Taxação dos EUA frustra setor produtivo de MS e ameaça exportações de carne e celulose

Medida entra em vigor em 1º de agosto e pode gerar perda de mercado, queda de investimentos e pressão sobre preços

A taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos frustrou o setor produtivo de Mato Grosso do Sul, que vinha celebrando o aumento nas exportações para o país. No primeiro semestre de 2025, os EUA foram o segundo maior destino dos produtos sul-mato-grossenses, ficando atrás apenas da China.

Dados da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS) mostram que, entre janeiro e junho de 2025, o estado exportou US$ 315,9 milhões em produtos para os EUA — aumento de 11% sobre o mesmo período de 2024.

Carne bovina, ferro fundido e celulose — que compõem mais de 80% das exportações de MS para os EUA — estão entre os produtos mais afetados pela nova tarifa. Só as carnes bovinas desossadas e congeladas representaram 45,2% do total exportado neste ano, somando mais de US$ 142 milhões.

A indústria de celulose também demonstra preocupação. De janeiro a junho, as exportações de pasta química de madeira para os EUA ultrapassaram US$ 1,7 bilhão — alta de 65,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Segundo Aldo Barigosse, analista de comércio exterior, a perda de competitividade é um dos principais impactos da nova taxação, podendo provocar efeitos em cadeia na economia estadual. Ele explica que, diante do aumento tarifário, parte da carne bovina deverá ser redirecionada a outros mercados, o que pode aumentar a oferta no Brasil e no exterior.

O analista alerta para possíveis impactos na mão de obra e nos investimentos, caso as indústrias comecem a perder mercado. “Podemos ter impacto na mão de obra dessas indústrias e menor investimento, se elas começarem a perder mercado. São reflexos negativos que tendem a atingir o setor produtivo”, alerta.

Com a entrada da medida prevista para 1º de agosto, representantes do setor produtivo e economistas acreditam que ainda há tempo para o Brasil negociar com os EUA e tentar reverter a nova tarifa.

Em abril, o governo Trump já havia elevado tarifas, impondo ao Brasil uma taxa extra de 10% sobre produtos exportados. O valor foi considerado razoável, por estar entre os menores entre países parceiros. Mesmo assim, o Brasil buscava negociar para reverter a medida. Até agora, os EUA fecharam acordos apenas com o Reino Unido e o Vietnã.

Marcelo Bertoni, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), reforçou a urgência da negociação.

“Recebemos uma taxação infundada, que vai trazer pra nós, provavelmente, alguns problemas. Principalmente hoje, os frigoríficos, por exemplo, já saiu das compras, então sabemos como vai abrir o mercado, porque estão fora da compra. Provavelmente só vai abrir mercado na semana que vem com preço bem abaixo do que estava sendo praticado”, afirma.

Barigosse acredita que a pressão empresarial deve crescer para que o Brasil avance nas negociações com os EUA. “Quando entra um produto mais caro pro mercado americano a gente gera também inflação naquele país. O nosso produto chega mais caro lá. O setor produtivo empresarial vai subir o tom para que o governo brasileiro sente com o governo americano para negociar e chegar a um acordo.”

Informações: G1.

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Tarifaço atinge Suzano e ameaça 78% do consumo americano de celulose do Brasil

Medida anunciada por Trump afeta exportações brasileiras e pressiona logística e margens da Suzano, que responde por 55% do mercado de celulose de fibra curta nos EUA

A imposição de uma tarifa de 50% sobre importações vindas do Brasil anunciada pelo governo dos Estados Unidos, conforme carta assinada pelo presidente Donald Trump na quarta-feira (9), trouxe novas incertezas para empresas do setor de papel e celulose. Entre os grupos mais vulneráveis ao chamado tarifaço, Suzano (SUZB3) aparece como o principal alvo.

Isso porque, pelos cálculos do Goldman Sachs, 19% das vendas líquidas da companhia estão expostas ao mercado americano, proporção considerada elevada dentro do setor e difícil de ser redirecionada no curto prazo sem custos adicionais e reorganizações operacionais.

Na avaliação do banco norte-americano, essa participação de quase um quinto da receita é sensível demais para uma realocação eficiente, especialmente porque parte dos contratos da Suzano com grandes compradores nos Estados Unidos são de longo prazo, com especificações técnicas rígidas.

O relatório aponta que, mesmo com a possibilidade de uso temporário de estoques locais, um novo equilíbrio comercial exigiria tempo e poderia gerar pressão sobre os preços. O banco também menciona que, se mantida, a política tarifária norte-americana pode incentivar compradores a buscar alternativas em países como Chile e Uruguai, além de fomentar um movimento de substituição por suprimento doméstico nos Estados Unidos.

Os números ajudam a dimensionar o tamanho da questão. De acordo com o Goldman Sachs, o Brasil exportou cerca de 2,8 milhões de toneladas de celulose de fibra curta para os Estados Unidos ano passado, volume que representa 78% do consumo americano desse tipo de produto, 14% das exportações brasileiras e 7% do mercado global.

A substituição desse volume por outros fornecedores é considerada improvável em um curto intervalo de tempo, avalia o banco. A produção total de fibra curta em países como Uruguai e Chile, os candidatos naturais a preencher a lacuna, somada, gira em torno de 9,5 milhões de toneladas ao ano, proporção insuficiente para uma reposição rápida e sem desequilíbrios.

Outros riscos

A XP Investimentos também diz que vê riscos para o setor associados ao movimento tarifário. A corretora afirma que, apesar de cerca de 2,8 milhões de toneladas de celulose terem sido embarcadas para os Estados Unidos, o que equivale a cerca de 15% do total exportado pelo Brasil, não há expectativa de alterações bruscas nos volumes no curto prazo.

O argumento principal é a baixa capacidade de produção local de hardwood (celulose de fibra curta) nos Estados Unidos, o que obriga o país a importar volumes substanciais para manter sua indústria de papel operando normalmente.

A XP também aponta que parte desses embarques poderia ser redirecionada a mercados na Ásia e Europa, embora reconheça que isso pode acarretar pressões adicionais.

Outro ponto de atenção, segundo o relatório, são os efeitos indiretos sobre o câmbio e a percepção de risco, que podem suavizar os efeitos das tarifas ao enfraquecer o real frente ao dólar.

Já para o Bradesco BBI, a Klabin (KLBN11) tende a sofrer pouco com a medida. As exportações da empresa para os Estados Unidos representam cerca de 2% do faturamento, porcentagem considerada irrelevante em termos financeiros. Já para a Suzano, o banco reforça os alertas.

A América do Norte responde por cerca de 17% das receitas da companhia, 19% vindas de celulose e 9% de papel, com participação ainda mais relevante no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), dado que as margens comerciais na região costumam ser mais altas.

Segundo os analistas, a Suzano é responsável por aproximadamente 2 milhões de toneladas das 3,7 milhões consumidas de celulose de fibra curta na América do Norte, o que representa cerca de 55% de participação de mercado. A avaliação é de que a tarifa prejudicará as exportações brasileiras, abrindo espaço para concorrência, sobretudo de fornecedores chilenos. A expectativa do banco é que a empresa busque outros mercados, o que pode gerar pressões nas margens no curto prazo e dificultar a logística.

Informações: InfoMoney.

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EUA impõe tarifa de 50% a produtos do Brasil e pressiona indústria de celulose

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta última quarta-feira, 9, a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida, oficializada por meio de uma carta pública ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, levanta preocupações no setor exportador, especialmente entre os produtores de celulose.

Em resposta, o presidente Lula declarou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e garantiu que qualquer medida unilateral será tratada com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

A decisão norte-americana chega em um momento de alta competitividade no mercado global de celulose, com pressões sobre preços e margens. Segundo dados reunidos entre janeiro e junho de 2025, a celulose brasileira gerou US$ 668,6 milhões em exportações para os Estados Unidos, sendo um dos principais itens da pauta comercial.

Entre os principais produtos brasileiros exportados aos EUA no período, além da celulose, destacam-se óleos brutos de petróleo (US$ 2,37 bilhões), semimanufaturados de ferro ou aço (US$ 1,49 bilhão), café não torrado (US$ 1,16 bilhão) e carnes bovinas congeladas (US$ 737,8 milhões).

Trump também indicou que a tarifa poderá ser revista caso o Brasil elimine barreiras comerciais e abra mais seu mercado interno. Além disso, sugeriu que empresas brasileiras evitem a tarifa ao transferirem parte da produção para os Estados Unidos, prometendo acelerar os trâmites para viabilizar essa mudança.

Informações: AGEFLOR.

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Goldman Sachs vê maior impacto para ação com 19% de vendas líquidas nos EUA após tarifas de Trump ao Brasil; saiba qual é

Goldman Sachs enxerga um impacto maior para as ações da Suzano (SUZB3) a partir das tarifas de 50% impostas ao Brasil pelo presidente Donald Trump.

Segundo o banco, a empresa tem a maior exposição aos EUA, com 19% das vendas líquidas, seguida pela CSN (CSNA3), com 5% dos embarques de aço, a Vale (VALE3), com 3% das vendas líquidas ao país, e Klabin (KLBN11), com 2% das vendas líquidas. Por fim, Gerdau (GGBR4) e Dexco (DXCO3) são as menos impactadas, com 1% dos embarques e vendas de aço. 

“A Suzano é a mais negativamente impactada pelas tarifas anunciadas (assumindo que não haja isenção de produtos). Sua exposição relativamente alta aos EUA é grande demais para ser facilmente redirecionada a outras regiões e exigiria um esforço significativo em termos comerciais e logísticos, além de potencial pressão sobre preços nesse processo”, apontam Marcio Farid, Henrique Marques e Emerson Vieira.

Além disso, os analistas entendem que a empresa possui contratos de longo prazo com grandes compradores na região, que também não poderiam ser facilmente alterados devido a exigências de especificações de qualidade.

“No curto prazo, o consumo de estoques no próprio mercado americano poderia adiar temporariamente o impacto, mas assumindo que não haja mudanças na política dos EUA, esperamos que os compradores busquem alternativas mais viáveis de regiões com tarifas mais baixas (como Chile e Uruguai, e talvez alguma oferta doméstica)”. 

O mercado de celulose no Brasil, segundo o Goldman Sachs

No mercado geral de celulose, o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas para os EUA em 2024, equivalente a 78% do consumo americano de fibra curta (hardwood), 14% das exportações brasileiras de celulose e 7% do mercado global de fibra curta.

Esse volume é relevante demais para ser substituído por outras regiões de maneira ordenada.

“Naturalmente os substitutos seriam Uruguai e Chile, mas a produção consolidada dessas regiões soma 9,5 milhões de toneladas por ano de hardwood. Portanto, caso a tarifa de 50% entre em vigor, alguns desequilíbrios de oferta e demanda também poderiam ser esperados”.

No setor de aço, o banco entende que as tarifas se somam aos 50% já impostos sobre as importações de aço, totalizando 100% em tarifas.

“O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, principalmente de blocos (slabs), sendo a ArcelorMittal Brasil um dos principais fornecedores”. 

Informações: Money Times.

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Consema aprova atualização de regras para plantio de florestas no RS: o que muda com o novo Zoneamento Ambiental da Silvicultura

Nova metodologia prioriza conectividade ecológica e uso sustentável do solo no setor florestal gaúcho

O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Consema) aprovou, na tarde desta quinta-feira (10/07), a atualização referente à Resolução 498/2023, documento que orienta onde e como a atividade que trata sobre florestas plantadas podem se instalar no Estado.

A nova atualização traz mudanças significativas no Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS) do Rio Grande do Sul, com foco na proteção da biodiversidade, uso racional da água e planejamento territorial mais inteligente.

O ZAS é uma ferramenta de gestão ambiental criada para orientar a atividade da silvicultura — o plantio de árvores como eucalipto e pinus — de forma equilibrada com a natureza. Ele define onde é possível plantar, quanto pode ser plantado e quais cuidados devem ser tomados para proteger o meio ambiente.

O que mudou?

A principal novidade é a substituição de regras antigas, baseadas apenas em tamanho e distância entre os plantios, por uma abordagem mais moderna: a metodologia de conectividade e permeabilidade da paisagem.

O foco agora se tornou garantir que os plantios não interrompam os corredores ecológicos — áreas naturais que permitem o deslocamento de animais e a troca genética entre espécies.

Para aplicar essas regras, o estado usa um recorte geográfico chamado “UPN x BH”:

  • UPN: Unidade de Paisagem Natural
  • BH: Bacia Hidrográfica

Esse cruzamento permite uma análise mais precisa da capacidade ambiental de cada região, levando em conta o solo, a vegetação, a fauna e a disponibilidade de água.

O recorte UPN x BH” é usado como referência espacial para definir limites de ocupação do solo por atividades de silvicultura. Ele permite avaliar a capacidade de suporte ambiental de uma região, estabelecer limites máximos de plantio e aplicar diretrizes específicas de licenciamento conforme as características ambientais locais.

“A aprovação da metodologia de análise da permeabilidade e conectividade da paisagem ao Zoneamento Ambiental da Silvicultura é resultado de um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos três anos no âmbito da Câmara Técnica de Biodiversidade do Consema. Incorpora uma ferramenta moderna e globalmente utilizada para modelagem e criação de corredores ecológicos ao instrumento que orienta a implantação da atividade de silvicultura no território gaúcho”, comenta o assessor técnico da Assessoria do Clima da Sema e presidente da câmara técnica de Biodiversidade do Consema, Diogo Heck.

O Rio Grande do Sul é um dos principais estados produtores de florestas plantadas no Brasil e o único estado a contar com um zoneamento específico para a atividade. O primeiro ZAS foi implementado no Estado pela Resolução 187/2008. Em 2023, o Consema aprovou a atualização que tratava sobre a disponibilidade hídrica dos empreendimentos.

Com a atualização, o estado busca conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental, garantindo que o crescimento do setor florestal ocorra de forma sustentável e planejada.

“Ao substituir critérios de tamanho e distância entre plantios por uma abordagem baseada em conectividade e permeabilidade da paisagem, o estado passa a considerar a dinâmica real dos ecossistemas. Isso é mais inteligente e mais justo ambientalmente, destaca o presidente do Conselho e secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli.

Informações: Ascom Sema.

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Espírito Madeira promove live exclusiva sobre migração dos saldos DOF

Na próxima terça-feira (16), às 17h, a organização da Feira Espírito Madeira – Design de Origem realizará uma live fechada e exclusiva para empresários e profissionais do setor madeireiro com o tema “Migração dos Saldos DOF”. A inscrição é gratuita.

A ação ocorre em um momento estratégico para o setor. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou a migração automática dos dados do DOF Legado – sistema anterior de rastreabilidade de madeira nativa – para o novo DOF+, plataforma mais moderna e centralizada, voltada ao controle das transações e estoques de produtos florestais em todo o país.

No Espírito Santo, o sistema é operacionalizado e fiscalizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), e a live contará com a presença de Mayra Duarte Pontes, fiscal Estadual Agropecuária – SCFL/Idaf, que explicará a cartilha completa de migração. A especialista explicará em detalhes como ocorrerá a transferência de saldos, tipos de origem, produtos em estoque, espécies e volumes para o novo ambiente digital, além dos riscos e cuidados que os empresários devem ter para evitar autuações e multas.

Mayra Duarte Pontes

“A migração vem sendo implementada gradualmente, mas a etapa de transferência automática dos inventários marca um novo e sensível momento da transição, que pode gerar dúvidas, inseguranças e impactos diretos nas operações das empresas do setor”, afirma Paula Maciel, uma das organizadoras da live.

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