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Câmara dos Deputados aprova punição maior para quem provocar incêndio florestal

Pena poderá ser aumentada, passando de reclusão de 2 a 4 anos para reclusão de 3 a 6 anos e multa, conforme prevê o projeto de Lei (PL) 3330/24

Câmara dos Deputadosnesta segunda-feira (2) deu um importante passo na luta contra a criminalidade ambiental ao aprovar um projeto de lei que endurece as penas para aqueles que provocam incêndios em florestas e outras formas de vegetação. A proposta, que ainda aguarda análise do Senado, prevê um aumento significativo na pena de reclusão, passando de 2 a 4 anos para 3 a 6 anos, além da aplicação de multas. Além disso, o texto estabelece que os infratores ficarão impedidos de contratar com o poder público por cinco anos após o trânsito em julgado da sentença. O relator do projeto, deputado Patrus Ananias (PT-MG), enfatizou que a medida busca uma penalização mais adequada para os crimes ambientais, abrangendo responsabilização penal, administrativa e econômica dos infratores.

A criminalidade ambiental tem impactos profundos no desenvolvimento econômico sustentável, agravando desigualdades sociais e prejudicando a saúde pública devido à emissão de poluentes e à destruição de ecossistemas essenciais. Nesse cenário, a intervenção do direito penal é vista como uma medida necessária e proporcional para desestimular essas práticas e garantir a reparação dos danos causados. O projeto, no entanto, faz uma ressalva importante ao não prever punição para casos de queima controlada e prescrita, nem para usos tradicionais e adaptativos que visem o manejo ambiental adequado.

A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado para que possa entrar em vigor. A expectativa é que, com a aprovação, haja um desestímulo significativo às práticas de incêndio criminoso, contribuindo para a preservação ambiental e a promoção de um desenvolvimento mais sustentável. A medida é vista como um passo crucial na luta contra a criminalidade ambiental no país, reforçando o compromisso com a proteção dos recursos naturais e a saúde do planeta.

Informações: Jovem Pan.

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Por que especialistas dizem que o futuro da construção não será de aço ou concreto — e sim de madeira

A nova era das construções de madeira: mais rápidas, sustentáveis e eficientes — mas com um gargalo que ainda trava o Brasil

Diante da crescente urgência climática e da necessidade global de descarbonizar a economia, a madeira surge como uma das soluções mais eficazes e sustentáveis para transformar a construção civil. No Brasil, a produção de madeira engenheirada cresceu 160% nos últimos cinco anos, e a tendência é de que o setor continue se expandindo, com projeções de aumento de 115% na produção mundial até 2034, segundo o Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem).

Esse crescimento reflete uma mudança estrutural no setor, que passa a enxergar na madeira não apenas um material estético ou tradicional, mas uma ferramenta estratégica para enfrentar os desafios ambientais e produtivos do futuro.

Madeira engenheirada: tecnologia, eficiência e sustentabilidade

A chamada madeira engenheirada — obtida a partir do processamento industrial da madeira — apresenta vantagens expressivas.

A técnica envolve a colagem de fibras em direções específicas para aumentar sua resistência estrutural, eliminar imperfeições como trincas e facilitar o encaixe das peças no canteiro de obras.

Esse tipo de madeira, proveniente de florestas plantadas, é considerado o único material de construção 100% renovável. Além disso, a produção é pautada por compensação ambiental, tornando o processo mais sustentável do que o uso de concreto ou aço.

“De toda a cadeia construtiva, a madeira é o único material renovável. A indústria da construção civil e manutenção dos prédios é o maior emissor de CO₂ do planeta. Se você pegar os carros, aviões, navios etc., eles emitem menos da metade do que a indústria civil emite. A nossa responsabilidade de olhar para a edificação como um produto sustentável é enorme, por isso temos apostado nesse material”, afirma Marcelo Aflalo, engenheiro, designer e presidente do Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira.

Obras mais rápidas e com menor impacto ambiental

Além do apelo ambiental, a construção com madeira apresenta vantagens práticas. Segundo a presidente do Ibramem, Ângela do Valle, o uso da madeira engenheirada pode reduzir o tempo de execução da obra em até 40%, com um rígido controle de qualidade, já que os componentes são produzidos em fábrica e levados prontos para montagem no local.

“A construção com madeira permite obras mais rápidas, com redução de até 40% no tempo de execução, e oferece um controle rigoroso de qualidade. Tecnologias como o CLT (Cross Laminated Timber) e o MLC (Madeira Lamelada Colada) já viabilizam construções seguras, sustentáveis e em larga escala”, afirma.

Essas tecnologias já são aplicadas em diversos países da Europa e América do Norte, onde edifícios de múltiplos andares estão sendo erguidos com madeira de alta performance.

Exemplos internacionais inspiram setor no Brasil

No exterior, o destaque vai para o edifício Mjøstårnet, localizado na Noruega. Com 85,4 metros de altura e 18 andares, ele é considerado o prédio mais alto do mundo construído inteiramente em madeira.

“Esperamos que essa construção inspire outros a escolher soluções mais ecologicamente corretas nos próximos anos”, declarou Morten Kristiansen, CEO da Moelven Industrier ASA, empresa responsável pelo projeto.

Desafios brasileiros: mão de obra e políticas públicas

Embora os avanços sejam promissores, o Brasil ainda enfrenta gargalos importantes para consolidar a madeira como protagonista na construção civil.

Segundo Fábio Brun, presidente da Associação Paranaense das Empresas da Base Florestal (APRE Florestas), o país precisa superar a falta de mão de obra qualificada e a ausência de políticas públicas de incentivo.

“Falta de mão de obra qualificada, de competência técnica, tanto da parte que envolve a arquitetura como a engenharia, e de políticas públicas específicas que incentivem as construções em madeira. São alguns dos gargalos que o setor precisa enfrentar e vencer”, afirma Brun.

Madeira no design: versatilidade e estética sustentável

Se na construção a madeira ainda busca espaço, no design de interiores ela já é amplamente utilizada e valorizada. O arquiteto Raphael Wittmann destaca a madeira como um elemento escultórico, que traz aconchego, beleza e personalidade aos ambientes.

“Com ela, podemos elaborar portas amplas, com texturas naturais e com acabamentos sofisticados que entregam também a questão da arte. É um elemento que não apenas cumpre um papel prático, mas também adiciona calor e identidade ao ambiente”, afirma.

Na marcenaria planejada, o material também cumpre papel de destaque, garantindo funcionalidade, durabilidade e personalização.

“Essa estratégia não apenas melhora a funcionalidade dos ambientes, mas também assegura a durabilidade dos móveis, fazendo dela uma opção inteligente para quem busca otimização e praticidade em projetos de interiores”, complementa Wittmann.

Crédito: TV Cultura.

O fortalecimento do uso da madeira na construção civil sinaliza uma nova fase para o setor: mais sustentável, eficiente e alinhada aos objetivos ambientais globais. Com investimento em capacitação, inovação e políticas públicas, o Brasil pode liderar essa transformação.

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Segurança que não cria raízes: a rotatividade de pessoas como obstáculo nas operações florestais

*Artigo de Geraldo Dias

A escassez de mão de obra operacional já é um desafio conhecido do setor florestal. Para manter as operações em pé, muitas empresas têm recorrido a trabalhadores de outras regiões, especialmente em grandes polos como o Mato Grosso do Sul. Mas essa solução emergencial carrega consigo uma série de consequências, e uma delas merece atenção urgente: a fragilidade da cultura de segurança.

Grande parte desses trabalhadores chega com o perfil de atuação por safra. Passam três ou quatro meses e retornam para suas cidades de origem. A consequência é uma rotatividade altíssima, que impede a consolidação de práticas fundamentais. E isso impacta diretamente na segurança das operações.

A verdadeira cultura de segurança não nasce em treinamentos formais, mas sim no dia a dia, com tempo, convivência, repetição e senso de pertencimento. É construída quando o colaborador se sente parte, entende o propósito da operação e desenvolve maturidade para identificar riscos, proteger a si e cuidar dos colegas.

Mas hoje não temos tempo para isso. Estamos lidando com equipes temporárias que mal chegam a fixar raízes. E nesse cenário, o que era cultura se torna protocolo. O colaborador vai embora antes mesmo de absorver o que realmente importa.

 E o mais preocupante: se esse tempo não basta para criar cultura, é tempo mais do que suficiente para que um acidente aconteça.

O cenário exige urgência e estratégia. A alta rotatividade pressiona os times de segurança e de operação a adotarem estratégias de proteção que não dependam exclusivamente da maturidade comportamental dos profissionais. A gestão integrada de dados, o uso de tecnologias que mitiguem riscos críticos e a manutenção de multiplicadores de cultura passam a ser essenciais, ainda mais quando o tempo de convivência é escasso.

Estamos diante de um novo cenário. E ele exige novas soluções.


*Geraldo Dias é técnico em Agropecuária (UFV – Campus Florestal), e administrador (Unopar). Possui mais de 12 anos de experiência na área florestal, atuando como supervisor de colheita, transporte e silvicultura em empresas multinacionais certificadas. Trabalhou em desenvolvimento de soluções tecnológicas, mecanização, gestão de recursos humanos, e treinamento de equipes, com foco em melhorias operacionais, sustentabilidade e segurança.

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Pesquisa revela avanços e oportunidades para as embalagens de papel

Estudo realizado com 40 marcas usuárias apontou que as embalagens de papel têm ganhado relevância e tem espaço para salto ainda maior

As embalagens de papel estão avançando na preferência dos brand owners e têm atributos que lhes permitem pensar em crescer ainda mais. Esta á uma das conclusões da 2ª edição da pesquisa Percepções & Oportunidades para Embalagens de Papel, encomendada por Empapel e Two Sides Brasil, realizada pela Quórum Brasil. 

O levantamento, que atualiza os dados de 2019, contou com a participação de 87 profissionais que atuam em 40 empresas de diversos segmentos, como alimentos, farmacêutico, têxtil, automotivo, higiene e limpeza, brinquedos, cosméticos, entre outros. O objetivo foi fazer um panorama atual sobre o comportamento e as preferências das empresas em relação às embalagens sustentáveis.

Entre os principais achados da pesquisa, chama a atenção a mudança no perfil dos decisores sobre os tipos de embalagens adotadas nas companhias. Em 2019, as áreas de suprimentos e desenvolvimento de embalagens eram as mais influentes nesse processo. Hoje, a partir das entrevistas realizadas no segundo semestre de 2024, quem ganhou protagonismo são os departamentos de qualidade e marketing, sinalizando que as decisões agora também envolvem atributos de desempenho e imagem da marca.

“Está claro que, para além do atributo de sustentabilidade, as embalagens de papel têm ganhado espaço como um veículo de comunicação de marca e transmissão de valor. A digitalização tem impulsionado este movimento e aquela embalagem que era vista como mera necessidade para armazenamento e transporte, hoje torna-se, cada vez mais, uma ferramenta de aproximação entre marca e cliente”, comenta o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., presidente-executivo da Empapel.

Outro ponto de destaque é o avanço da presença de embalagens de papel nas empresas. Ao serem questionadas sobre os tipos de embalagens que costumam utilizar, houve crescimento na menção a materiais como papel, papelcartão e papelão ondulado. O uso de papel passou de 62% para 65%, papelcartão foi de 57% para 60% e papelão ondulado, de 65% para 70%. Embora não representem participação de mercado, os dados indicam uma valorização crescente desses materiais.

Fabio Mortara, presidente de Two Sides Brasil, destaca a comparação dos dados desta pesquisa com os daquela publicada em 2020, que revela o crescimento de oportunidades para as embalagens de papel. “Qualidade, como mostra a pesquisa, é o principal requisito dos compradores de embalagens e isso se coloca como o desafio maior para toda a indústria de papel, cartão e papelão.

A sustentabilidade se mantém como um fator-chave na escolha das embalagens. A associação entre papel e atributos sustentáveis, como reciclabilidade e biodegradabilidade, foi amplamente reforçada pelos participantes. Além disso, 27% dos entrevistados afirmaram considerar a substituição do material atualmente utilizado por uma alternativa mais sustentável. No entanto, 59% apontaram a necessidade de mais informações para tomar decisões mais assertivas.

A pesquisa confirma o crescimento da consciência ambiental nas empresas e aponta para um futuro no qual o papel deve ganhar ainda mais espaço como aliado da sustentabilidade e da comunicação com o consumidor.

Sobre a Empapel

A Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel, surge em 2020 no lugar da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) – que desde 1974 representou aquele segmento. Com a ambição de ir além do papel ondulado, a entidade tem como missão ser reconhecida como uma associação que transforma o diferencial ambiental das embalagens de papel.

A Empapel quer promover uma ampliação de mercados e de oportunidades de negócios para seus associados, além de alcançar protagonismo em soluções para embalagens.

Sobre Two Sides

Fundada em 2008, Two Sides é uma iniciativa global, sem fins lucrativos, que divulga os atributos únicos, sustentáveis e atraentes do papel e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre seus impactos ambientais. Two Sides é uma colaboração de empresas de celulose, papel, embalagens, gráficas, editoras, jornais e revistas e opera na Europa, América do Norte e do Sul, África do Sul, Austrália e Nova

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Estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Prêmio Ibá de Jornalismo

Concurso irá premiar reportagens escritas, de vídeo e áudio que joguem luz sobre o setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração

São Paulo, junho de 2025 – Pelo segundo ano consecutivo, a Ibá lança seu Prêmio de Jornalismo, com o objetivo de estimular e reconhecer a cobertura jornalística de qualidade relacionada ao setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração.

Em 2025, assim como no ano passado, serão quatro as categorias para inscrição: vídeo, áudio, texto e veículo setorizado. Uma reportagem será premiada por categoria, recebendo o valor de R$ 5 mil, além de troféu e certificado. Haverá ainda uma menção honrosa no valor de R$ 3 mil.

Para concorrer, trabalhos podem ser enviados até o dia 1º de outubro pelo formulário de inscrição disponível no site da Ibá (www.iba.org/premio). As reportagens devem respeitar alguns critérios básicos, entre eles, ser publicada em um veículo de imprensa entre o dia 1º de janeiro de 2025 até o término das inscrições. O edital com todas as regras também está disponível no site da Ibá.

Banca de jurados

Assim como no ano passado, o Prêmio Ibá de Jornalismo conta com uma banca avaliadora de peso, formada por especialistas renomados de diversas áreas. São eles Leão Serva, José Otávio Brito e Cindy Correa.

Leão Serva é diretor Internacional de Jornalismo, correspondente em Londres da TV Cultura e professor de Ética Jornalística na ESPM-SP. Escritor, é autor de “Jornalismo e Desinformação” (Senac, 2001) e “A Fórmula da Emoção na Fotografia de Guerra” (SESC, 2021), entre outras obras.

José Otávio Brito é professor titular sênior da USP (Universidade de São Paulo), no Campus Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), do qual já foi prefeito. Foi diretor-executivo do Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), atuou como professor associado visitante na Université Henry Poincaré, de Nancy (França), e academic visitor, no Imperial College of London, na Inglaterra.

Cindy Correa é especialista em gerenciamento de crise e Comunicação 360º. Comanda a equipe de Comunicação da Ibá. Já atuou na Gazeta Mercantil, Valor Econômico, Revista Ferroviária e Viagem e Turismo. Comunicóloga formada na Faculdade Cásper Líbero, tem pós-graduação em Marketing na ESPM-SP, MBA Executivo no EADA Espanha em Gestão em Negócios e está cursando um mestrado em Sustentabilidade.

A Ibá também relançará nas próximas semanas o Guia de Cobertura, com o objetivo de apoiar jornalistas interessados em realizar reportagens. No manual, é possível encontrar os principais dados sobre a indústria de árvores cultivadas, definições de termos técnicos, explicações para equívocos comuns e referências de fontes que podem ser ouvidas em apurações.

Em seu primeiro ano, o Prêmio Ibá recebeu mais de 100 reportagens enviadas por profissionais de 17 estados de todas as regiões do país. A maioria das inscrições foi feita na categoria escrita (62), seguida por TV (28), veículo especializado (11) e áudio (7). Entre as reportagens premiadas, houve trabalhos de grandes veículos nacionais, assim como de filiadas, jornais e rádios regionais.

O setor brasileiro de árvores cultivadas é uma potência da bioeconomia global. Planta, colhe e replanta em mais de 10 milhões de hectares, além de preservar 6,9 milhões de hectares em áreas nativas. Trata-se de uma agroindústria que faz uso inteligente da terra, respeita a natureza e cuida das pessoas.

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais e de restauração, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 50 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Site: iba.org/
Instagram: www.instagram.com/iba_oficial/
Facebook: web.facebook.com/industriabrasileiradearvores

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CADE aprova compra da fatia da Paper Excellence na Eldorado pela J&F

A J&F realizou o pagamento à vista de R$ 15 bilhões para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou sem restrições a compra pela J&F da participação antes detida pela Paper Excellence na Eldorado Celulose. O acordo, que colocou fim a uma briga entre as partes que se estendia desde 2018, foi firmado no mês passado.

A J&F realizou o pagamento à vista de R$ 15 bilhões para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence.

A medida encerrou todas as ações judiciais e arbitrais em curso referentes ao caso, no Brasil e no exterior.

O negócio de venda da Eldorado Brasil Celulose começou em 2017 com uma transação amigável entre o grupo brasileiro J&F e o indonésio Paper Excellence, mas no ano seguinte se tornou uma bilionária disputa corporativa que só terminou em 15 de maio.

O cerne da disputa envolveu a validade do contrato de compra e venda e a transferência do controle acionário da Eldorado.

Várias decisões judiciais e arbitrais foram proferidas ao longo dos anos, com resultados diferentes.

A Paper Excellence buscou judicialmente a concretização da compra, enquanto a J&F tentou anular o acordo.

Informações: InfoMoney.

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MS Florestal realiza mutirão de contratações em Nova Alvorada do Sul

Empresa especializada em silvicultura busca profissionais para diversas funções e atendimentos acontecem ainda nesta semana

Mato Grosso do Sul, junho de 2025 – Em um movimento que promete aquecer o mercado de trabalho local, a MS Florestal promove nesta semana um mutirão de contratações em Nova Alvorada do Sul. A iniciativa visa preencher diversas vagas abertas na empresa, que está em plena expansão de suas operações na região e busca reforçar seu quadro de colaboradores com profissionais de diferentes perfis e qualificações.

As entrevistas acontecem na Rua Antônio Carlos Barbosa, nº 1195, Anexo da Assistência Social, durante as manhãs de quarta-feira, dia 4, e quinta-feira, dia 5 de junho, com distribuição de senhas das 7h às 10h, no horário local. Já na sexta-feira, dia 6, o espaço será destinado exclusivamente à realização dos exames admissionais dos candidatos aprovados.

As oportunidades são para quem deseja atuar como auxiliar de campo, executando atividades operacionais essenciais para o plantio e a manutenção das florestas; motorista, responsável pelo transporte de materiais, mas especificamente de água em caminhão pipa; operador de máquinas, com atuação direta na condução de maquinário pesado e manejo do solo; técnico de operações, para execução e monitoramento de atividades técnicas nas áreas florestais; e mecânico, responsável pela manutenção preventiva e corretiva dos veículos e equipamentos da companhia.

Os contratados contarão com uma série de benefícios, como plano de saúde, plano odontológico, acesso ao Wellhub — plataforma de bem-estar e atividades físicas —, auxílio farmácia, seguro de vida, transporte fretado, vale-alimentação e refeição fornecida pela empresa.

Serviço

O quê? Ação de Recrutamento e Seleção da MS Florestal em Nova Alvorada do Sul

Quando? 04 e 05 de junho (quarta e quinta-feira), 7h às 10h, no horário local.

Onde? Rua Antônio Carlos Barbosa, 1195, anexo da Secretaria de Assistência Social.

Como? Levar currículo para contratação de auxiliar de campo, motorista, operador ou operadora de máquinas, técnico de operações florestais e mecânico.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

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Expedição de papelão ondulado totaliza 340.025 toneladas em abril de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO)caiu 3,6% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 151,4 pontos(2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançoude 340.025 toneladas no mês. Apesar da queda, esse é o segundo maior volume expedido, entreos meses de abril, ficando atrás apenas de 2024 (352.862 ton.).

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.168 toneladas, uma alta de 4,4% na comparaçãointeranual, em que abril de 2025 registrou dois dias úteis a menos do que em 2024 (24×26 diasúteis).

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de abril registrou alta de 0,6% no IBPO,
para 158,0 pontos, equivalentes a 353.976 toneladas. Na mesma métrica, a expedição por dia útil
foi de 14.749, uma alta de 4,7% na comparação com o mês anterior.


Todos os dados contidos neste relatório têm fonte EMPAPEL. Para maiores informações entre em contato
com empapel@empapel.org.br.

Elaboração FGV IBRE.

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Um novo ciclo de inovações, a rota para o Brasil liderar as mudanças do Sistema Alimentar Global

Acordo Banco Mundial e Instituto Fórum do Futura sela esta meta

São Paulo – O Brasil já domina avançadas tecnologias de produção que oferecem um alimento mais nutritivo, mais saudável, produzido com menos insumos químicos, com maior resistência às mudanças climáticas, impacto mínimo sobre a natureza e custo de produção inferiores aos de métodos convencionais – o que pode significar um preço menor para o consumidor. Esta constatação motivou o Banco Mundial e o Fórum do Futuro a organizarem, em 25 de junho, em Washington, o Workshop “A Liderança do Brasil nas Transformações do Sistema Alimentar Global”.

Para encaminhar este debate, as duas instituições criaram um grupo de reflexão e proposição envolvendo perto de 200 colaboradores, cujos principais representantes estarão reunidos, a partir de amanhã, em São Paulo, para estruturar o Planejamento Estratégico dessa missão. Serão discutidas quatro temáticas principais. Na FIESP, amanhã, a conceituação, a institucionalização e o reconhecimento pela cidadania urbana do papel revolucionário da Agricultura Tropical Regenerativa. Na sexta-feira, no auditório do Banco do Brasil da Avenida Paulista, os temas: Inteligência Artificial e Soberania, Autodeterminação e Gestão segura de dados do Agro Tropical; Comunicação Estratégica, a conversão de Ciência e Tecnologia em causa do interesse da humanidade; e Inclusão Social, Digital e Tecnológica de produtores rurais tropicais.

UM NOVO CICLO DE INOVAÇÕES

Os eventos foram inspirados pelo Professor Roberto Rodrigues, Presidente do Conselho Consultivo do Fórum do Futuro. Para o Presidente da Instituição, Paulo Afonso Romano, “trata-se de um marco na proposta do criador do Agro Tropical e do Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli, que preconizava a necessidade de iniciarmos um novo ciclo de transformações na cadeia produtiva do alimento”. Cesar Borges de Sousa, CEO do Fórum do Futuro e liderança empresarial em inovações tecnológicas para o setor, afirma: “o Brasil é capaz de mais do que dobrar a produção de alimentos sem derrubar uma única árvore, mas o mundo não sabe disso”.

Nos eventos de São Paulo, será apresentada também a nova Diretora Administrativa e Financeira do Fórum do Futuro, Nathalia Borges Pires, também sócia da Falconi Consultoria, substituindo Rodrigo Rodrigues, um dos mais reputados consultores do Agro brasileiro. Nathalia chega ao Fórum com a missão de organizar as bases da gestão de um Think Tank que tem o propósito de representar o Agro sustentável do Brasil em escala global. E, claro, de rejuvenescer os quadros do Instituto e de ampliar a participação feminina.

SERVIÇO

Seminário “Brasil, Muito Além da Porteira”

Acesso eletrônico – https://www.forumdofuturo.org/evento

EVENTO FIESP/ Agricultura Tropical Regenerativa

Quinta-feira, 05 de junho, das 9.00h às 18.00h

EVENTO BANCO DO BRASIL

Sexta-Feira, 06 de junho, das 8.30h às 12.30h

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Exclusiva – Salvar as florestas começa nos viveiros: setor de sementes e mudas nativas pede atenção para atender demanda gigante

Bilhões em investimentos e metas ambiciosas contrastam com a crise do setor produtor de sementes e mudas nativas, que pode inviabilizar o futuro da restauração florestal brasileira

O Brasil se encontra em um paradoxo quando o assunto é restauração florestal. Enquanto grandes empresas anunciam vultosos investimentos privados para a recuperação de milhões de hectares de florestas nativas nas próximas décadas, e o país se compromete com ambiciosas metas no Acordo de Paris, o setor produtor de sementes e mudas nativas enfrenta um período de baixa demanda preocupante, ameaçando a viabilidade de um pilar essencial para o cumprimento desses objetivos.

Os anúncios de investimentos privados em restauração já somam a impressionante marca de 6 milhões de hectares. Esse volume, aliado à meta brasileira de 12 milhões de hectares a serem restaurados até 2030, conforme o Acordo de Paris, projeta uma demanda por mudas nativas na casa dos bilhões de unidades e milhões de toneladas de sementes. Um cenário que, à primeira vista, indicaria um boom para o setor.

Nativas Brasil alerta para o descompasso

A Nativas Brasil – Associação Brasileira dos Produtores de Sementes e Mudas Nativas, que em apenas quatro anos já congrega mais de uma centena de produtores de todos os biomas do país, tem atuado para fortalecer seus associados, buscando aprimorar a qualidade e a capacidade de entrega de mudas e sementes. No entanto, o esforço da associação esbarra na falta de compreensão, valorização e apoio ao setor. “É fundamental que os compradores de sementes e mudas entendam as particularidades dessa atividade produtiva – cada espécie tem sua época de frutificação, seu tempo de germinação e de produção – reconheçam os riscos enfrentados pelos produtores e planejem suas compras com a antecedência necessária”, afirma Rodrigo Ciriello presidente da Nativas Brasil, e sócio-diretor da Futuro Florestal.

A urgência é real: para atender a apenas 30% da meta brasileira de 12 milhões de hectares, a produção atual dos viveiros precisaria ser multiplicada por quatro. Isso demonstra o abismo entre a capacidade de oferta existente e a demanda projetada para as metas públicas e privadas de restauração.

Crise no campo: produtores consideram mudar de ramo

De forma alarmante, o primeiro trimestre de 2025 tem sido marcado por uma baixíssima demanda por sementes e mudas nativas. A situação é tão crítica que associados da Nativas Brasil estão ponderando deixar a atividade para se dedicar à produção de mudas de espécies exóticas, como eucalipto, cuja demanda é garantida pela indústria de celulose e outras finalidades, e alguns fechando definitivamente sua atividade produtiva no setor, alguns associados da Nativas Brasil se desligaram da entidade entre 2023 e 2025 justamente por este motivo.

Essa tendência, caso se consolide, representaria um golpe duro para a restauração florestal no Brasil. “O país não pode abrir mão de um único produtor”, ressalta Ciriello. Pelo contrário, o número de produtores precisa crescer. Contudo, a realidade dos últimos dez anos aponta para o encolhimento da base de produção de mudas nativas, com o fechamento de diversos viveiros que não conseguiram suportar a falta de apoio financeiro e a pressão econômica.

O futuro da restauração florestal no Brasil, apesar dos ambiciosos planos, depende intrinsecamente da capacidade de o país valorizar, apoiar e sustentar o setor produtor de sementes e mudas nativas. Sem ele, os bilhões de investimentos e as metas de reflorestamento podem se tornar apenas números em papel.

Inovação e sustentabilidade impulsionam produção de mudas nativas

A restauração florestal no Brasil está ganhando um novo impulso com a adoção de tecnologias inovadoras. O uso de recipientes biodegradáveis de papel é uma das principais inovações, facilitando a produção, transporte e plantio de mudas, além de eliminar a necessidade de logística reversa de plásticos e reduzir o impacto ambiental.

Embora tecnologias como automação e sistemas de gestão sejam mais comuns na indústria de eucalipto, o setor de mudas nativas está buscando adaptações para atender à sua diversidade biológica. A Nativas Brasil, por exemplo, está em contato com fornecedores de software para adequar essas soluções às necessidades das espécies nativas. Além disso, o uso de microrganismos, bioinsumos e fertilizantes de liberação lenta também contribui para o desenvolvimento e resistência das mudas.

Tubetes em papel biodegradável.

Para que essas inovações atinjam todo o seu potencial, é crucial que o setor de produção de sementes e mudas nativas receba mais reconhecimento e investimento em pesquisa. “Esta realidade vai mudar à medida em que o setor for sendo reconhecido e valorizado. Quanto investimento há para pesquisa e inovação no setor de produção de sementes e mudas nativas?”, questiona Ciriello.

Sementes do Amanhã: biodiversidade e diversidade genética para a restauração

Um novo projeto, “Sementes do Amanhã”, surge para elevar a qualidade das restaurações florestais no Brasil. A iniciativa focará no plantio de matrizes de diversas espécies nativas de cada bioma onde se localizam seus associados para melhorar os bancos de produção de sementes nativas, garantindo maior oferta, rastreabilidade e, principalmente, enriquecendo a diversidade genética do material produzido com o foco em gerar “florestas viáveis”.

Atualmente, a falta de regulação e o alto custo levam ao uso de poucas espécies e baixa diversidade genética, o que é um risco para as futuras florestas restauradas. O projeto busca viabilizar o trabalho dos produtores, oferecendo mudas nativas de alta qualidade sem elevar custos, e propõe a abertura de novos mercados para espécies nativas (paisagismo, arborização urbana, silvicultura de nativas, agroflorestas etc).

A Nativas Brasil, à frente da iniciativa, pretende melhorar a qualidade genética das sementes e mudas e reduzir os custos de produção, especialmente na coleta, que hoje é um gargalo. “O projeto está em fase de desenvolvimento. Em breve a Nativas Brasil vai começar a captar recursos para o Sementes do Amanhã”, informa Ciriello.

Em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), a Nativas Brasil realizará uma aula aberta do Curso de Capacitação para Produtores de Sementes e Mudas Nativas. O tema central será o Projeto Sementes do Amanhã, apresentado pelo Prof. Antonio Higa, especialista e consultor do projeto. A aula também contará com falas sobre biodiversidade e produção sustentável com a viveirista Marina Figueira de Mello, além de estudos de caso sobre pomares nativos, como o Programa Arboretum (com Viviane Barazetti) e o projeto ProMudasRio, apresentado pela vice-presidente Bárbara Pellegrini. Para participar é só inscrever-se aqui.

Sobre a Nativas Brasil

Nativas Brasil é uma organização que reúne e representa os produtores de sementes e mudas de espécies vegetais nativas dos biomas brasileiros e que se dedica à ampliação dessa rede – a base da cadeia da restauração ecológica e produtiva, como a silvicultura de nativas. Criada em 2021, tem como objetivo organizar o setor fortalecê-lo, ampliar a oferta de espécies nativas de alta qualidade e diversidade. Objetiva, também, promover o diálogo e dar voz às necessidades e aos posicionamentos desse coletivo nos fóruns de representação existentes nas três esferas de governo, assim como perante a iniciativa privada nacional e internacional. Tem como meta, valorizar as florestas brasileiras, com toda a diversidade que encerram, não só preservando, mas criando meios para restaurar áreas degradadas com espécies nativas, seja com viés ecológico, econômico, ou até com o misto entre esses dois formatos, possamos regenerar as paisagens degradadas pelo homem, trazendo de volta a beleza cênica e a recuperação dos ecossistemas. Com as florestas que ajudamos a restaurar aprendemos que a colaboração é a chave do negócio.

Associados Nativas Brasil, no 1º Encontro Nacional da Nativas Brasil, no Legado das Águas, reserva privada de Mata Atlântica mantida pela Reservas Votorantim.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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