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Espírito Madeira 2025 reúne inovação, sustentabilidade e expectativa de R$ 25 milhões em negócios

Venda Nova do Imigrante (ES) recebe a terceira edição da Feira, que já teve todos os espaços comercializados e promete impacto histórico para o setor

A terceira edição da Feira Espírito Madeira – Design de Origem 2025 acontece entre os dias 11 e 13 de setembro, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“,, em Venda Nova do Imigrante (ES). O evento, que já teve 100% dos espaços comercializados, promete ser a maior edição já realizada, com expectativa de gerar R$ 25 milhões em negócios. A entrada é gratuita.

Com uma programação dinâmica e espaços múltiplos, a Feira valoriza toda a cadeia produtiva da madeira capixaba, que movimenta R$ 86,6 bilhões ao ano e reúne mais de 850 empresas no Espírito Santo. Estarão representados segmentos como o florestal, madeireiro, industrial, moveleiro, arquitetura, design, siderurgia, celulose e biomassa, além de atrações que aproximam inovação, sustentabilidade e cultura.

Entre os diferenciais desta edição está o Espaço Maker, que este ano será instalado dentro dos galpões do Polentão, ampliando a interação do público com demonstrações de máquinas, equipamentos e workshops práticos. O evento também contará com o Espaço Vintage, o Espaço Acadêmico e as já tradicionais Olimpíadas da Madeira, que unem competição, técnica e criatividade. Este ano o prêmio para o campeão será uma motosserra. O auditório Almir Amed terá programação contínua, com palestras sobre Inteligência Artificial, madeira engenheirada, inovação em design, crédito de carbono, políticas públicas e associativismo.

A cada noite, o palco principal receberá programação cultural diversificada, com artistas regionais. “Além dos negócios, o evento se consolida como vitrine da cultura e do turismo de Venda Nova do Imigrante, que nas últimas edições chegou a registrar 80% de ocupação na rede hoteleira local e público total superior a 15 mil visitantes”, afirma a organizadora Paula Maciel.

Entre os destaques de programação, estão palestras como “Inteligência Artificial e Redes Sociais para o Setor Madeireiro“, “Madeira Engenheirada: Inovação, Sustentabilidade e o Futuro da Construção Civil“, “Floresta em pé e lucrativa: crédito de carbono e descarbonização no ES“, além de workshops práticos no Espaço Maker, como “Os Segredos do Acabamento em Madeira Maciça“, “Entalhe em madeira com esmerilhadeira” e “Pinus Design – Móveis que Você Mesmo Faz“.

“A madeira que inova, conecta e transforma é o coração da Feira. Aqui celebramos a força da cadeia produtiva capixaba. E mostramos ao país todo o potencial do nosso estado”, ressalta Antonio Nicola, outro organizador da Espírito Madeira.

A Feira Espírito Madeira – Design de Origem 2025 é um convite para empresários, profissionais, estudantes e para o público em geral que deseja conhecer de perto o universo da madeira que inova, conecta e transforma. São três dias de imersão em negócios de alto valor, networking, cultura e inovação, sempre no coração das montanhas capixabas (Confira a programação abaixo).

Missão Técnica Casa do Lago conecta arquitetura e natureza em Pedra Azul

No dia 12 de setembro (sexta-feira), das 10h às 12h, acontece uma visita especial à Casa do Lago, projeto-ícone em Pedra Azul (Domingos Martins), assinado pela arquiteta Sheila Basílio, com mestrado pela Universidad Politécnica de Barcelona. A missão técnica será conduzida por Sheila, pelo engenheiro civil Daniel Salvatore e por Felipe Icimoto, especialista em madeira engenheirada na Urbem. A Casa do Lago é referência em integração entre arquitetura, natureza e soluções inovadoras em CLT/MLC. As inscrições são gratuitas e limitadas, pelo link: Clique aqui

Espírito Madeira 2025- A Feira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, tendo como patrocinador Master a Placas do Brasil, patrocínio do Sicoob, Laguna e Far East Máquinas e Ferramentas e apoio institucional da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Governo do Estado do Espírito Santo, Sebrae/ES, Findes, Senai, Sesi, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Núcleo de Pesquisa em Qualidade da Madeira (Nuqmad Ufes), Sistema Faes/Senar/Sindicatos, VP Madeiras, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Associação dos Engenheiros e Engenheiras Florestais Egressos da UFV (Aseflor), Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura (Sbag), Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabi), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Sindirochas e Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol).

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

**Credenciamento de Imprensa: [Clique aqui para acessar o link de inscrição]

Programação 3ª feira “Espírito Madeira- Design de Origem 2025”- 11 a 13/09

*Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão

Venda Nova do Imigrante- ES

*Entrada gratuita

Quinta-feira (11/09/2025)

Auditório Almir Amed

14h00 Inteligência Artificial e Redes Sociais para o setor madeireiro

Pedro Noronha e Davi Pacheco Franco (Caixeta)

15h30 A força do associativismo capixaba: cases de sucesso & desafios

Ed Martins André, Douglas Luiz Vaz da Silva e Luiz Alberto de Souza C.

17h00 Cenário capixaba de políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de madeira

Murilo Petroni (SENAR), Enio Bergoli (SEAG/ES) e Pablo Lira (IJSN)

Espaço Acadêmico

14h00 Do risco ao lucro: o caminho da competitividade seguindo as regulamentações

Edmilson Supelete e Marco Redinz

15h30 Gestão Estratégica de Pessoas para Melhoria de Desempenho e Resultados

Wanda Maria Caldas Avelar

Espaço Maker

Todo o dia – Demonstrações de ferramentas e máquinas de todas as etapas produtivas

15h00 Workshop Os Segredos do acabamento em madeira maciça.

Adilson Pinheiro

17h00 Workshop Mesa de centro usando cossinetes

Eduardo Stehling

OLIMPÍADAS DA MADEIRA

17h00 às 18h15

PALCO PRINCIPAL: Cerimônia de abertura e programação cultural

18h30 Cerimônia de Lançamento do SELO ECONOMIA CIRCULAR SEAMA

19h00 Cerimônia de abertura com Convidados e Autoridades 

19h30 Fabio Coelho +  Rochativa 

20h00 Rochativa

20h50 PicNic Dogs

22h20 Encerramento

Sexta-feira (12/09/2025)

Auditório Almir Amed

14h00 Base Florestal e Os Impactos na Cadeia de Produção

Ezio Tadeu

15h30 Madeira Engenheirada: Inovação, Sustentabilidade e o Futuro da Construção Civil

Lorenzo Lube, Daniel Salvatore ITA e Felipe Icimoto URBEM

18h30 Uso da madeira ilegal para ressocialização

Rafael Pacheco (SEJUS) e Eduardo Chagas (IDAF) 

Espaço Acadêmico

14h00 Soluções Financeiras para Potencializar o Seu Negócio

Leomar Minete e Poliana Bautz – SICOOB

15h30 Como entender e gerenciar os riscos psicossociais relacionados ao trabalho

Emerson Vicente N. Pereira – SESI

17h00 Do Tronco ao Traço: Como a Madeira Brasileira Transforma Espaços e Conceitos

Paulete Almeida, Simone Vilela e Heliomar Venâncio

18h30 Inovação Produtiva: Do Chão de Fábrica ao Futuro

Dahge Chiadin Chang, Eduardo Stehling e Cledson Silva

Espaço Maker

Todo o dia – Demonstrações de ferramentas e máquinas de todas as etapas produtivas

15h00 Workshop Transforme sua peça: Tingimento de madeiras na prática

Luana Hazine, um oferecimento Sisal Tingidores para Madeira

17h00 Workshop Dominando a arte de entalhar madeira com esmerilhadeira

Adilson Pinheiro

OLIMPÍADAS DA MADEIRA

17h30 às 19h00

PALCO PRINCIPAL: Cerimônia de abertura e programação cultural

19h00 Makson Côra

20h30 Franco

22h00 Encerramento

Sábado (13/09)

Auditório Almir Amed

14h00 Madeira: matéria-prima para feitos de alto  padrão na arquitetura e design

Ronaldo Barbosa, Sheila Basílio e José Daher

15h30 Floresta em pé e lucrativa: Cenário brasileiro de Crédito de carbono e plano de

 descarbonização do gov do ES

Thiago Müller (Ceo LUXCS) e Anneli Moraes Gonçalves (SEAMA)

17h00 O Segredo das Vendas 

Floriano Schneider

18h30 Conectando a Cadeia Produtiva da Madeira e dos Móveis ao Mundo Digital

Luana Hazine, Adilson Pinheiro e Klauss Helderich

Espaço Acadêmico

14h00 Madeira de Alta Performance: Como o Plantio Inteligente Transforma Negócios

Pedro Galveas e Graziela Vidaurre

15h30 Tecnologia, Inovação e Inteligência Artificial na Indústria da Madeira

Renzo Colnago e Julio Diogenes

17h00 Impacto do Design de produtos e projetos no cotidiano das empresas. Versatilidade

 da madeira em projetos de eventos, cenografias, embalagens, marcas e ambientes.

Tony Tabosa, Patrícia Davel e João Grillo

18h30 NextGen Forestry: Inteligência e inovação na silvicultura

Samuel Assis

Espaço Maker

Todo o dia – Demonstrações de ferramentas e máquinas de todas as etapas produtivas

15h00 Workshop Os Segredos do acabamento em madeira maciça

Adilson Pinheiro

17h00 Workshop Pinus Design – Móveis que Você Mesmo Faz

Cupim Banguelo (Gil Chagas)

OLIMPÍADAS DA MADEIRA

17h30 às 19h00

PALCO PRINCIPAL: Cerimônia de abertura e programação cultural

19h00 Cerimônia de encerramento com doação de mudas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de VNI e lançamento da nova data de 2026.

19h30 Kaike e Luan

21h00 Fábio Coelho

22h30 Encerramento

Espaços com programação livre:

Stand dos expositores 

Espírito Vintage

Espírito Sonoro

Espírito ArqDesign

Espírito Verde

Espírito Forja Viva 

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Com Programa de Apoio à Gestão Pública, Suzano fortalece ações de desenvolvimento em Ribas do Rio Pardo (MS)

Iniciativa prevê a contratação de uma consultoria independente para realizar um estudo socioeconômico e, em parceria com a prefeitura, elaborar um plano de crescimento sustentável com ações de curto, médio e longo prazo

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, lançou na última quinta-feira (04/09) o Programa de Apoio à Gestão Pública (PAGP), em parceria com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS). O anúncio ocorreu durante a inauguração do acesso e das áreas de lazer do bairro Residencial Santo Antônio, que contou com a presença de autoridades públicas e lideranças da companhia. A iniciativa reforça o compromisso da Suzano com ações voltadas ao desenvolvimento regional sustentável e ao fortalecimento da qualificação profissional na gestão pública.

A iniciativa prevê a contratação de uma consultoria especializada e independente, responsável por realizar um estudo socioeconômico da cidade e, em parceria com a prefeitura, elaborar um plano de crescimento sustentável com propostas de ação de curto, médio e longo prazo. Além de fornecer suporte técnico e metodológico orientado para resultados, a consultoria apoiará o município na articulação com grupos da sociedade e instituições. Com essa iniciativa, a Suzano reafirma seu papel como parceira estratégica da prefeitura na promoção de um desenvolvimento sustentável para Ribas do Rio Pardo.

“Na Suzano, acreditamos que o desenvolvimento só é efetivo quando construído de forma colaborativa. O PAGP permitirá que o município tenha acesso a ferramentas e metodologias que fortalecem a gestão pública, criando condições para que a cidade avance de maneira planejada e sustentável. Em linha com nosso direcionador, que afirma que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, acreditamos que essa qualificação contribuirá para que Ribas do Rio Pardo continue se desenvolvendo por meio de políticas públicas que promovam o bem-estar social”, destacou Marisa Coutinho, gerente de Relações Corporativas da Suzano em Mato Grosso do Sul.

Para o prefeito Roberson Moureira, o PAGP representa uma conquista importante para Ribas do Rio Pardo. “Graças à parceria com a Suzano, vamos aprimorar a gestão pública municipal, ampliando nossa capacidade de planejar e executar políticas que realmente chegam à comunidade. Acredito que, quando a administração é moderna, responsável e próxima da população, conseguimos transformar a cidade e assegurar que cada família viva com mais dignidade, desenvolvimento e esperança no futuro”, destacou.

O estudo socioeconômico – que inclui o diagnóstico das áreas prioritárias de atuação – e a elaboração do plano de ação serão realizados em até cinco meses. Segundo Marisa, o PAGP também se conecta diretamente a outras iniciativas já desenvolvidas pela Suzano no município, como a Estratégia de Educação, o Programa Agente do Bem, ações de capacitação da mão de obra local, fortalecimento de empreendedores e apoio à infraestrutura comunitária. “Com essa sinergia, o programa potencializa resultados e, em parceria com outros atores locais, busca transformar Ribas do Rio Pardo em uma das melhores cidades para se viver no estado”, complementou.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Nova resolução obriga produtores rurais a adotar medidas contra incêndios florestais

*Artigo por Cícero Ramos

Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1º) a Resolução COMIF nº 3/2025, elaborada pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (COMIF/MMA). A norma, que se apoia na Lei nº 14.944/2024 e na Resolução COMIF nº 2/2025, estabelece parâmetros mínimos para prevenir incêndios florestais em imóveis rurais de todo o país.

A publicação da resolução ganha relevância diante dos dados do Relatório Anual do Fogo no Brasil (2024), MapBiomas Fogo, aproximadamente 206 milhões de hectares, equivalentes a 24% do território nacional, foram atingidos pelo fogo ao menos uma vez nos últimos 40 anos. Apenas em 2024, a Formação Florestal foi a classe mais afetada, com 7,7 milhões de hectares queimados, um aumento de 287% em relação à média histórica.

Distribuição por Bioma (1985-2024):

  • Cerrado: 89,5 milhões ha queimados (45% do bioma; 43,4% do total nacional).
  • Amazônia: 87,5 milhões ha (21% do bioma; 42,4% do total).
  • Pantanal: 9,3 milhões ha (62% do bioma).
  • Caatinga: 11,1 milhões ha (13% do bioma).
  • Mata Atlântica: 8,3 milhões ha (7,5% do bioma).
  • Pampa: 495 mil ha (2,6% do bioma).

A Resolução COMIF nº 3/2025 tem quatro objetivos centrais: reduzir ignições ilegais, diminuir a ocorrência de grandes incêndios, formar comunidades rurais mais preparadas e resilientes ao risco de fogo e estimular a cooperação entre vizinhos, compartilhando brigadistas, equipamentos e veículos.

A norma entrará em vigor em 8 de setembro de 2025, e os produtores rurais terão até 8 de setembro de 2027 para se adequar integralmente. Antes da aplicação de penalidades, os órgãos ambientais deverão notificar o proprietário e conceder 30 dias para a correção das falhas.

As exigências variam conforme o tamanho do imóvel, medido em módulos fiscais:

  • Pequenas (até 4 MF): proibição do uso de fogo sem autorização; implantação de sistemas de comunicação e alerta; treinamento de responsáveis; e adoção de medidas extras em áreas de risco.
  • Médias (mais de 4 até 15 MF): além das anteriores, construção de aceiros ou queima controlada autorizada; equipamentos de combate; e adesão a sistemas de monitoramento.
  • Grandes (acima de 15 MF): exigem vigilância ativa (torres, câmeras, rondas); programas de educação; manutenção periódica de maquinário; mapa de risco; veículos para combate; e, preferencialmente, planos de manejo (PMIF ou PPCIF).

Algumas obrigações merecem destaque:

  • O uso do fogo sem autorização formal está proibido.
  • Cada propriedade deve contar com sistemas de comunicação eficientes e um ponto focal (uma pessoa indicada pelo proprietário, responsável por coordenar as atividades).
  • Aceiros e queimadas controladas só podem ocorrer com autorização e orientação técnica.
  • A cooperação entre vizinhos, sindicatos e cooperativas é estimulada para reduzir custos e ampliar a eficácia.

Pequenas propriedades estão dispensadas da apresentação individual de PMIF em territórios de uso tradicional do fogo. Nestes casos, cabe ao órgão gestor elaborar o plano. Além disso, quem comprovar cumprimento parcial ou integral das medidas terá atenuantes em eventuais autuações.

A Resolução COMIF nº 3/2025 é um instrumento fundamental para reduzir e controlar os riscos de incêndios florestais no país. Sua efetividade dependerá de três pilares:

  1. Acesso à assistência técnica qualificada para auxiliar o produtor na elaboração de planos e na implementação das medidas.
  2. Capacidade fiscalizatória dos órgãos ambientais, que deve ser orientadora e não apenas punitiva.
  3. Engajamento do próprio produtor rural, que precisa enxergar na resolução não uma burocracia a mais, mas um investimento em segurança e sustentabilidade.

Produtor rural procure seu sindicato, fortaleça a cooperação com vizinhos, busque a assessoria de um engenheiro florestal habilitado para atuar como ponto focal e documentar cada passo. Proteger a sua propriedade é assegurar o futuro do seu negócio e do nosso país.

Para consultar o texto completo da Resolução COMIF nº 3/2025 clique aqui.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais-AMEF.

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Oferta elevada pressiona preços globais da celulose e adia recuperação

O mercado global de celulose segue pressionado pelo aumento da oferta, que continua a superar a demanda e impede uma recuperação mais consistente dos preços no curto prazo. Segundo análise do RaboResearch, novas linhas de produção na América do Sul e projetos integrados na China devem acrescentar cerca de 4 milhões de toneladas entre 2025 e 2027, ampliando o excesso de capacidade.

Estoques em alta e preços estagnados

De acordo com o Pulp and Paper Products Council (PPPC), os estoques de celulose de fibra curta subiram de 44 para 50 dias equivalentes entre abril e maio de 2025. Já a fibra longa passou de 44 para 49 dias no mesmo período.

A diferença de preços entre os dois tipos permanece elevada, levando alguns compradores a substituírem a fibra longa pela curta. Mesmo com anúncios de reajustes, o preço da celulose de fibra curta na China segue próximo de US$ 500 por tonelada em agosto, com expectativa de alta apenas moderada nos próximos meses.

Compradores chineses aproveitam para recompor estoques

A tendência é que indústrias chinesas aproveitem o cenário de preços baixos para reforçar seus estoques, o que pode dar sustentação ao mercado ao longo do segundo semestre de 2025.

Brasil mantém competitividade com tarifa de 10% nos EUA

No mercado externo, a manutenção da tarifa de 10% sobre a celulose brasileira nos Estados Unidos trouxe alívio para o setor. Em 2024, o Brasil respondeu por 80% das importações norte-americanas de celulose de fibra curta, consolidando-se como fornecedor estratégico.

O patamar tarifário mantém o Brasil alinhado a Chile e Uruguai, enquanto União Europeia (15%) e Indonésia (19%) enfrentam condições mais desfavoráveis.

Paradas não programadas podem reequilibrar mercado

Alguns anúncios de cortes na produção ajudam a limitar a oferta. A Suzano comunicou redução de 470 mil toneladas ao longo de 12 meses, cerca de 3,5% de sua capacidade. Já a UPM, na Finlândia, suspendeu 68 mil toneladas até setembro, somando-se a outras paralisações em países nórdicos.

Apesar disso, o volume de paradas não programadas em 2025 está 50% abaixo do registrado em 2024, o que abre espaço para novos ajustes caso os preços não reajam nos próximos meses.

La Niña pode favorecer setor florestal

As condições previstas de La Niña leve no restante de 2025 podem beneficiar a produtividade florestal no Brasil, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste, com chuvas moderadas que ajudam no desenvolvimento das plantações.

Pontos de atenção para o setor

Produtos de madeira de pinus e eucalipto (serrados, molduras, painéis, portas e compensados) produzidos no Sul do Brasil estão sujeitos a tarifa de 50% para exportação aos EUA.

A escassez de mão de obra no Mato Grosso do Sul continua sendo um desafio para novos projetos de expansão da produção de celulose no estado.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Suzano inicia produção de papel higiênico em Aracruz com investimento de R$ 650 milhões

Suzano, maior produtora mundial de celulose, iniciou ontem (4) as operações de sua nova fábrica de papel tissue em Aracruz, no norte do Espírito Santo. Com investimento de R$ 650 milhões, a unidade consolida o estado como polo estratégico de bens de consumo da companhia, que agora passa a contar com duas fábricas capixabas — a primeira foi inaugurada em Cachoeiro de Itapemirim, em março de 2021. O projeto também amplia a proximidade das marcas da Suzano com os consumidores do Sudeste e Centro-Oeste do país.

Nova unidade de R$ 650 milhões terá capacidade de até 30 mil toneladas de papel por ano

A fábrica dispõe de uma máquina de papel tissue, com capacidade para produzir 60 mil toneladas por ano, além de dois equipamentos de conversão que permitirão a fabricação de 30 mil toneladas anuais de papel higiênico. Entre as marcas que serão produzidas em Aracruz estão Neve Folha Dupla e Tripla, Mimmo e Max Pure.

Com tecnologia italiana inédita no grupo, desenvolvida pela Sorgato, a unidade passa a capturar o pó gerado na produção de tissue. A solução reforça o compromisso da Suzano com práticas sustentáveis, contribui para a meta de “resíduo zero” e melhora a qualidade do ar no ambiente fabril.

“A nova unidade em Aracruz, a sétima fábrica de Bens de Consumo da companhia, demonstra o foco da Suzano em continuar investindo, de forma consistente, na ampliação de sua presença no mercado brasileiro. Estamos atentos às mudanças no hábito de consumo da população e às oportunidades que temos de proporcionar ainda mais qualidade e eficiência no atendimento aos nossos clientes”, destaca Luís Bueno, vice-presidente executivo de Bens de Consumo e Relações Corporativas da Suzano.

O investimento em Aracruz foi viabilizado pelo aproveitamento de créditos de ICMS de exportações detidos pela companhia, medida aprovada pelo Governo do Espírito Santo. A construção da fábrica gerou cerca de 660 postos de trabalho temporários.

Já para a operação foram realizadas 214 contratações diretas e indiretas, sendo 73% de profissionais capixabas e 48% oriundos de comunidades locais. 

Com a nova unidade, a empresa conclui um ciclo de investimentos de mais de R$ 1,1 bilhão no Espírito Santo, que incluiu também a substituição da Caldeira de Biomassa no parque industrial de Aracruz, medida que reduz as emissões de gases de efeito estufa.

Informações: Folha Vitória.

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Obras da Arauco avançam e jovens do Bolsão iniciam aulas técnicas na próxima semana

Atualmente atuam no canteiro de obras 6 mil trabalhadores, porém no pico do cronograma serão 14 mil colaboradores. O projeto já atingiu 82% da fase de infraestrutura, que inclui a terraplanagem e a mobilização civil

O Projeto Sucuriú é o maior investimento da história da Arauco, uma das maiores empresas no mercado global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia. São US$4.6 bilhões dedicados à construção da primeira fábrica de celulose da companhia no Brasil, a maior do mundo, construída em etapa única.

Localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência e ao lado do Rio Sucuriú, o Projeto também representa uma transformação de toda a região do Bolsão, do Estado do Mato Grosso do Sul e do Brasil.

A nova fábrica terá a capacidade de produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano e a previsão de início das operações é até o final de 2027. Em todas as fases do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas áreas Industrial, Florestal e Logística.

A Arauco conversou com o Perfil News e reforçou que na próxima semana, a empresa vai ter aulas inaugurais das turmas técnicas do Senai, quando jovens de Paranaíba, Inocência e Três Lagoas, terão a oportunidade de uma ótima oportunidade de emprego, com grande possibilidade de crescimento dentro da empresa. O projeto de capacitação de mão de obra visa à operação pós-startup.

CRONOGRAMA

O Projeto Sucuriú completa cinco meses de obras, sendo que a pedra fundamental foi lançada no dia 9 de abril. Atualmente, a fábrica chilena conta com cerca de 6 mil trabalhadores, isso sem contar com os 14 mil que virão no pico da obra. A empresa já alcançou 82% da fase de infraestrutura, que inclui a terraplanagem e a mobilização civil.

O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.

Inocência já gera grande desenvolvimento, o qual deve ficar ainda maior com a chegada de novos milhares de moradores. Para ter ideia, a cidade tem aproximadamente 8 mil pessoas. A expectativa é praticamente dobrar a população do município durante o pico das obras da fábrica chilena, reforçando que o crescimento do município ainda está apenas começando.

COMPROMISSO E VÍNCULO COM A COMUNIDADE

Desde a chegada em Inocência, em 2022, a Arauco mantém diálogo contínuo com a população local, promovendo periodicamente encontros abertos de escuta ativa com as pessoas da cidade e arredores, apresentando a evolução do Projeto e ouvindo suas expectativas em relação ao futuro.

No Mato Grosso do Sul, a companhia atua desde 2009 por meio de sua operação Florestal. De lá para cá, tem realizado estudos e diagnósticos que contribuíram com o alinhamento com lideranças e autoridades das principais demandas impulsionadas pelo Projeto.

Em fevereiro de 2025, a Arauco anunciou o investimento de R$ 85 milhões por meio do Plano Estratégico Socioambiental (PES), um modelo de governança compartilhada que une a companhia e os governos municipal e estadual para garantir a implementação de ações planejadas e monitoradas de maneira transparente e com acompanhamento de todos os atores. O PES é organizado em nove eixos estratégicos – Saúde; Segurança Pública; Assistência Social; Educação, Economia, Trabalho e Renda; Transporte; Saneamento; Habitação; Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental. Dentro de cada uma dessas nove áreas, as demandas serão atendidas por um conjunto de ações a longo prazo.

A NOVA FÁBRICA

Todo o maquinário do Projeto Sucuriú contará com tecnologia da indústria 4.0, com controles de processos e simuladores para treinamentos operacionais e com a integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, o que trará segurança e otimização para a operação e contribuirá para excelência na eficiência do uso de recursos.

A unidade industrial de celulose vai operar produzindo energia em larga escala e em um ciclo fechado (completo), com capacidade de geração superior a 400 megawatts (MW) e aproximadamente 200 MW destinados à demanda de consumo interno. O excedente, suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes, será fornecido ao sistema de comercialização de energia elétrica nacional.

Informações: Perfil News.

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Exclusiva – Expedição Silvicultura: É dada a largada para o maior levantamento de produtividade florestal no Brasil!

A Expedição Silvicultura é a maior pesquisa de produtividade do país, com 40 mil pontos de controle e 1.000 amostras. A jornada tecnológica passará por 14 estados, com eventos presenciais e gratuitos; saiba mais

A Expedição Silvicultura, um projeto inovador da Canopy Remote Sensing Solutions, inicia oficialmente seu roteiro hoje, 5 de setembro. O ponto de partida é o estado de Santa Catarina, de onde a equipe seguirá para uma jornada que atravessará de setembro a novembro, 14 estados do Brasil, com o objetivo de realizar o maior e mais detalhado levantamento já feito sobre a produtividade das plantações florestais do país. Nove eventos presenciais em parceria com associações regionais fazem parte do roteiro – e as inscrições são gratuitas!

O projeto é um censo completo da silvicultura brasileira. Serão mapeados cerca de 40 mil pontos de controle e coletadas 1.000 amostras de inventário florestal, gerando uma quantidade massiva de dados essenciais sobre produtividade, práticas de manejo e outros indicadores críticos.

Sobre a relevância da Expedição Silvicultura, Bruno Montibeller, sócio da Canopy Remote Sensing Solutions e coordenador geral do projeto, destaca: “Estamos unindo o que há de mais avançado em tecnologia de sensoriamento remoto com a realidade do campo. O projeto não é apenas sobre coletar dados, é sobre conectar pessoas e impulsionar a inovação. Nossos eventos presenciais são uma oportunidade única para o intercâmbio de conhecimento, onde especialistas, empresas e o poder público poderão debater e moldar o futuro da silvicultura. Com essa imersão, vamos transformar dados coletados com precisão tecnológica em ações, garantindo que o setor continue na vanguarda do desenvolvimento sustentável”.

Eventos presenciais: imersão, negócios & oportunidades

Os eventos presenciais da Expedição Silvicultura serão oportunidades únicas para o intercâmbio de conhecimento e networking entre profissionais, associações e o setor público. Com uma programação que inclui palestras, painéis e a apresentação de inovações tecnológicas, os encontros visam oferecer uma experiência imersiva de aprendizado. O objetivo é compartilhar insights inéditos sobre a base florestal brasileira, debater os rumos da silvicultura e apresentar tecnologias de ponta.

Cronograma completo dos eventos:

  • Belo Horizonte, MG: 10 de setembro
  • Vitória, ES: 17 de setembro
  • Eunápolis, BA: 22 de setembro
  • Lucas do Rio Verde, MT: 09 de outubro
  • Três Lagoas, MS: 16 de outubro
  • Botucatu, SP: 22 de outubro
  • Curitiba, PR: 27 de outubro
  • Lages, SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre, RS: 06 de novembro

As inscrições para os eventos são gratuitas e podem ser feitas no site www.expedicaosilvicultura.com.br.

Alta tecnologia a serviço da floresta

A Expedição Silvicultura se destaca por sua abordagem inovadora, combinando uma série de tecnologias de ponta e amplo know-how da Canopy Remote Sensing Solutions para a coleta de dados e a geração de conhecimento. A jornada contará com o uso de sistemas avançados que digitalizam e otimizam o inventário florestal. Soluções com inteligência artificial processarão vídeos e criarão modelos 3D de árvores para uma medição precisa. Além disso, a expedição usará sensores magnéticos para mapear a composição do solo. Essa combinação de ferramentas gerará um panorama detalhado e preciso da produtividade das florestas plantadas no Brasil, fornecendo dados essenciais para o futuro do setor.

  • O SmartForest, da Treevia, digitaliza e otimiza o inventário florestal, permitindo o registro e armazenamento instantâneo de dados em campo. Isso transforma a coleta manual em um processo muito mais eficiente. Já os sensores IoT possibilitam o monitoramento contínuo das florestas, fornecendo informações em tempo real. Essa tecnologia eleva a qualidade da análise, gerando um panorama mais aprofundado do setor.
  • A Katam contribuirá através da sua tecnologia KASLAM, uma inteligência artificial que processa vídeos de câmeras GoPro para realizar o inventário florestal. O sistema gera dados georreferenciados de forma rápida e precisa, com a capacidade de medir 1 hectare por minuto. A tecnologia se destaca pela eficiência e pela capacidade de oferecer uma base de dados robusta, o que é essencial para tomadas de decisão estratégicas, resultando em maior produtividade e sustentabilidade para o setor.
  • A Mogai participa do projeto com sua tecnologia HammerHead Lidar (HH-Lidar), que, integrada ao software Inventário Florestal Online, mensura o volume exato de cada árvore a partir de modelos 3D. Essa solução substitui os métodos manuais, que são mais propensos a erros, por um processo 100% automático e auditável que oferece dados precisos e detalhados.
  • A expedição contará com uma tecnologia inédita de tipificação de argilas, baseada em sensores magnéticos e na inteligência artificial LITA, capaz de mapear em detalhe a composição do solo. Desenvolvida pela Terrus Floresta — spin-off da Quanticum em parceria com o Grupo TreeX —, essa solução foi a primeira patente da América Latina em seu campo e funciona com uma base própria de Big Data que cobre todo o Brasil. Diferente dos métodos convencionais, ela revela variações invisíveis a olho nu, transformando sinais magnéticos em mapas de aptidão e risco. Assim, produtores e gestores podem tomar decisões mais precisas sobre manejo e fertilização. Reconhecida e apoiada pela Agência Unesp de Inovação e por todo o ecossistema Terrus Agri, que reúne mais de cinco empresas e grupos familiares, a tecnologia fortalece a resiliência, reduz riscos e amplia a sustentabilidade do setor agrícola e florestal.

Para Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, o projeto representa um importante passo para acelerar a evolução do setor. “A Expedição Silvicultura marca um novo capítulo para a cadeia produtiva florestal brasileira. Com o uso de tecnologia de ponta para a coleta de dados, este projeto vai além de uma simples jornada: é um levantamento completo que proporcionará uma visão sem precedentes sobre as condições e os desafios da produção florestal. As informações valiosas, obtidas a partir de 40 mil pontos de controle, mil amostras de inventário e centenas de entrevistas, serão a base para tomadas de decisão estratégicas. O projeto fornecerá os dados necessários para impulsionar a eficiência e o crescimento do setor”.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions (www.canopyrss.com.br), em parceria com a Embrapa Florestas (www.embrapa.br/florestas) e Paulo Cardoso Comunicações (www.paulocardosocom.com.br), e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor.

Garanta a sua vaga — As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas!

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Participe de um movimento que conecta ciência, produção e sustentabilidade para moldar o futuro da silvicultura no Brasil. Para mais informações entre em contato: comercial@canopyrss.tech ou comercial@maisfloresta.com.br.

Siga a expedição nas redes sociais e fique por dentro das novidades:  

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Por investimento de ‘gigantes’, Senado vai discutir Vale da Celulose de MS

Fábricas de celulose em MS impactam diversos setores nas regiões onde são instaladas

O impacto do Vale da Celulose, conjunto de 11 municípios que movimentam o setor em Mato Grosso do Sul e que recebem milhões em investimentos de ‘gigantes’ do mercado, entrou no foco para uma audiência pública pela CDR (Comissão do Desenvolvimento Regional) no Senado.

Requerimento para que o setor e seus impactos nos municípios fossem discutidos partiu do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Construção de fábricas do porte das de celulose em MS causa impactos ambientais, de infraestrutura e na economia das cidades.

Vale lembrar que o Vale da Celulose abrange:

O documento já recebeu parecer favorável do colegiado, mas ainda não tem data para acontecer. O requerimento pede a presença dos prefeitos e representantes do Governo de MS, assim como das indústrias de celulose.

Impacto ambiental e de infraestrutura

Nelsinho justificou que a cadeia produtiva de celulose vem impulsionando a economia do Estado, mas também traz questões para debate, como o impacto ambiental.

“Entre os desafios, estão a pressão sobre recursos naturais, como a água e o solo, a ocupação intensiva de áreas rurais e os impactos sobre comunidades locais e cadeias produtivas tradicionais, como a agricultura familiar. Além disso, há preocupações quanto à logística, infraestrutura e à necessidade de qualificação profissional local para atender às demandas do setor”, diz o senador.

Vale da Celulose

A cadeia produtiva florestal já conta com quatro fábricas de celulose em operação, tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmado a sexta (Bracell).

MS tem reconhecimento nacional como o “Vale da Celulose”, tendo 24% da produção nacional. Assim, o Estado já dispõe da segunda maior área cultivada de eucalipto. Além disso, é o primeiro na produção de madeira em tora para papel e celulose.

Mato Grosso do Sul também aparece como vice-líder em área plantada com árvores, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

Informações: MídiaMax.

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Consultoria projeta salto de 11 milhões de toneladas de celulose em MS

Indústria investirá bilhões em infraestrutura para garantir escoamento eficiente da produção

A consultoria Falconi, uma das mais requisitadas do setor no País, tem uma projeção animadora para o mercado da celulose em Mato Grosso do Sul: a previsão para os próximos cinco anos é de um acréscimo de quase 11 milhões de toneladas por ano. No entanto, Caio Davanzo, diretor de Papel e Celulose da consultoria, ressalva que o desenvolvimento exige planejamento conjunto entre governo e iniciativa privada para garantir infraestrutura e mão de obra qualificada, condições essenciais para a sustentação do Vale da Celulose a médio e longo prazos.

Caio Davanzo afirma que, diante da morosidade da máquina pública, caberá à indústria investir cifras bilionárias em infraestrutura para assegurar logística mais eficiente no escoamento da produção ao longo dos próximos anos.

Um levantamento com base em dados oficiais e abertos mostra que os investimentos públicos e privados projetados para o Vale da Celulose somam quase R$ 100 bilhões até 2030, incluindo ampliação da capacidade produtiva e obras logísticas. A expectativa é que esse movimento transforme a matriz econômica regional e posicione Mato Grosso do Sul como hub logístico e exportador, com rodovias modernizadas, ferrovias conectando fábricas a portos e uma cadeia florestal competitiva.

“A própria empresa fará investimentos para melhorar a logística entre a floresta e a indústria, por exemplo, além da necessidade de investimentos públicos para aumentar o poder de escoamento e para que as empresas possam operar em boas condições.”

Operações dessa magnitude, ressalta Davanzo, exigem investimentos em rodovias de acesso e em infraestrutura capaz de atender todo o ciclo produtivo, da floresta ao porto, garantindo sustentabilidade ao setor exportador.

“Quando existe um plano de expansão de uma fábrica de celulose ou um projeto sendo implementado, não é somente a questão do ativo fabril. Também é necessário pensar em todo o entorno da indústria”, disse. “Ou seja, como será feito o escoamento da produção, como transportar a matéria-prima da floresta até a fábrica? Como será empregada a mão de obra, seja na floresta ou na indústria propriamente?”

Apesar dos desafios, como formação de trabalhadores, competitividade internacional e sustentabilidade ambiental, a articulação entre empresas e governo indica um planejamento integrado para que, a partir de 2028, a expansão da celulose seja acompanhada pela infraestrutura necessária, assegurando escoamento eficiente da produção crescente.

Consolidação do Vale da Celulose

Novos investimentos puxados por Suzano e Eldorado, já instaladas na região, e pela chegada das gigantes Arauco e Bracell consolidam o leste de Mato Grosso do Sul como um dos maiores polos mundiais do setor, avalia Davanzo.

Em Três Lagoas, a Eldorado prevê investir R$ 25 bilhões na ampliação da segunda unidade, com capacidade para 2 milhões de toneladas anuais, incluindo aportes em ferrovias e rodovias. A Suzano, que já opera duas linhas na cidade, inaugurou neste ano em Ribas do Rio Pardo uma unidade de R$ 22,2 bilhões, com capacidade para 2,55 milhões de toneladas.

Em Inocência, o Projeto Sucuriú, da Arauco, prevê R$ 25 bilhões e início das operações em 2027, com até 3,5 milhões de toneladas por ano. Já em Bataguassu, a Bracell investirá R$ 16 bilhões em uma fábrica de celulose solúvel com capacidade de 2,9 milhões de toneladas anuais.

O setor de papel e celulose nacional prevê investimentos de R$ 105 bilhões até 2028 em todo o País, grande parte em Mato Grosso do Sul. Entre eles, a Rota da Celulose deve receber R$ 10 bilhões da iniciativa privada em obras de pavimentação, duplicação e manutenção de estradas, reduzindo a necessidade de gasto público. Somente na MS-377, entre Três Lagoas e Inocência, são R$ 24 milhões em obras ligando florestas às indústrias.

Outra frente estratégica é o Porto de Santos, principal via de exportação da celulose brasileira. O governo federal prevê leilão do terminal Tecon Santos 10, o maior da história do país — em meados de dezembro, com investimentos de R$ 5,6 bilhões ao longo de 25 anos e aumento de até 50% na capacidade. A licitação ainda depende de aval do TCU (Tribunal de Contas da União).

Além disso, o setor defende mais investimentos públicos em ferrovias para “garantir operações sustentáveis em longo prazo”.

Morosidade da máquina pública

Davanzo lembra que a ampliação do Porto de Santos é aguardada há anos pelo mercado e critica a lentidão da máquina pública no fomento à infraestrutura, fator que, na prática, trava o dinamismo econômico regional.

Em Mato Grosso do Sul, o governo assinou há quase um ano contrato com o BNDES para crédito de R$ 2,3 bilhões em infraestrutura de transportes, incluindo R$ 300 milhões de contrapartida estadual. Os recursos preveem a transformação de 800 km de rodovias, mas foram liberados apenas parcialmente. Segundo o banco, o desembolso é “gradual, de acordo com o avanço físico-financeiro dos projetos previamente aprovados”.

O Estado também negocia com o BIRD (Banco Mundial) um crédito de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,36 bilhão) no programa Rodar MS, que prevê restauração de rodovias como a MS-377 e MS-240, com modelos de concessão de longo prazo. O processo ainda aguarda análise da Secretaria do Tesouro Nacional.

A Rota Bioceânica, ligando Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (Paraguai), é outro ponto estratégico. “O principal benefício da Rota é o potencial de diversificar várias rotas de exportação da celulose e outros produtos sul-mato-grossenses. Isso dará mais possibilidades para a exportação”, afirma Davanzo.

Investimentos federais e privados

Segundo o Ministério dos Transportes, o governo federal celebrou convênio para delegar trechos das BR-262/MS e BR-267/MS, totalizando 576 km, viabilizando a concessão da Rota da Celulose, que também inclui rodovias estaduais estratégicas (MS-040, MS-338 e MS-395).

O projeto abrange vias estratégicas para o escoamento da produção de celulose e do agronegócio na região, com previsão de cerca de R$ 10 bilhões em investimentos. Estão previstas obras como a duplicação de 146 km, implantação de 245 km de faixas adicionais e 38 km de contornos viários. O leilão e a gestão do contrato estão a cargo do governo estadual.

Em abril de 2025, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a Arauco a construir e operar um ramal ferroviário de 46 km em Inocência (MS). O contrato tem validade de 99 anos e o projeto está atualmente em fase de licenciamento ambiental.

Para o Ministério, as autorizações ferroviárias são de natureza privada, cabendo às empresas autorizadas a implementação dos projetos.

Perspectivas

Para o especialista da Falconi, os investimentos do setor têm caráter de longo prazo, com retorno gradual às comunidades. “Esse grau de investimento tem retorno de médio e longo prazo. Uma planta dessa é para durar de 50 a 100 anos. Isso dá confiança para que todo o ecossistema seja montado visando um desenvolvimento sustentado da cidade.”

Segundo ele, a tendência é de que a cadeia do setor, responsável hoje por mais de 10% do PIB estadual, dê um salto a partir de 2028 com a entrada em operação das novas indústrias. “A participação do setor da celulose tende a aumentar de forma significativa no PIB do Estado”, afirma, sem estimar percentuais.

Empregos

Davanzo calcula ainda que a indústria deve gerar 100 mil empregos em Mato Grosso do Sul até 2028. No curto prazo, só o Projeto Sucuriú da Arauco abrirá 10 mil vagas imediatas. “Esse é um grande fator que vai contribuir com o desenvolvimento do Estado”, afirma.

A alta demanda deve acirrar a disputa por trabalhadores qualificados, tanto na produção industrial quanto no plantio de eucalipto — área considerada mão de obra intensiva. Para suprir a carência, programas de capacitação vêm sendo articulados por Senai, Senac, Sebrae, Famasul e Senar em parceria com empresas e governo. O governo estadual também acelerou iniciativas que vinham em marcha e lançou outras, como a Rede de Excelência em Qualificação Profissional. Via Senai-MS, capacitou 4,5 mil alunos na área florestal entre 2021 e 2024, um investimento de R$ 24,5 milhões, por exemplo.

Informações: Campo Grande News.

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“Mercado imobiliário de MS vive momento promissor com expansão da celulose e rota bioceânica”

A vice-presidente do CRECI/MS explicou que apesar do crescimento e valorização dos imóveis no Estado, é essencial buscar profissionais habilitados para evitar fraudes e garantir negociações seguras

Em entrevista recente, a vice-presidente do CRECI/MS, Simone Leal, destacou que o setor imobiliário em Mato Grosso do Sul vive um momento promissor com a expansão da celulose e a rota bioceânica, mas alertou para os riscos de fraudes e contratos irregulares. Segundo Simone, apenas profissionais habilitados podem garantir negócios seguros e evitar que “o sonho da casa própria se transforme em um pesadelo”. Confira a entrevista completa:

No dia 27 de agosto foi comemorado o Dia do Corretor de Imóveis. O que a data representa para a categoria?

Essa data é muito especial para nós, pois marca a regulamentação da profissão de corretor de imóveis, ocorrida em 27 de agosto de 1962, há 63 anos. Mas o que isso representa? Significa segurança jurídica. O corretor é o profissional responsável por tomar todas as providências necessárias, verificar a documentação e garantir que a negociação de um imóvel seja feita com tranquilidade e confiança.

Afinal, para muitas pessoas, comprar um imóvel é a realização de um sonho de vida inteira, fruto de anos de trabalho e economias. E é justamente esse sonho que o corretor de imóveis tem a missão e a capacidade de concretizar.

Como que os profissionais estão lidando com as demandas dos clientes que buscam por um imóvel? Qual é o cenário em MS?

O setor imobiliário é um segmento que sempre se mantém pujante. Em nosso estado, por exemplo, a indústria da celulose está em franca expansão, trazendo desenvolvimento e progresso para toda a região e arredores. Isso naturalmente impacta o mercado imobiliário, que acompanha esse crescimento com boas oportunidades de negócios.

Outro fator importante é a rota bioceânica, que amplia as perspectivas de investimento e reforça a ideia de que investir em imóveis nunca é perda: o setor sempre se valoriza e gera segurança.

Ser corretor de imóveis, no entanto, exige constante movimento. É uma profissão em que não se pode “estacionar”. Quem não se atualiza acaba ficando para trás. Nosso papel vai muito além de aproximar comprador e vendedor: somos consultores, responsáveis por oferecer orientação qualificada, transmitir credibilidade e, assim, fidelizar clientes.

Mesmo diante de crises econômicas, os imóveis permanecem como um patrimônio sólido e de referência, mantendo sua valorização. Hoje, Mato Grosso do Sul vive um momento especialmente promissor. Vimos isso na região do Bolsão, e agora a expansão da indústria da celulose alcança outras localidades, valorizando não apenas imóveis rurais, mas também urbanos e de locação.

Esse movimento ocorre em duas etapas: primeiro, durante a construção das fábricas, quando há grande demanda de alojamentos e suporte para os trabalhadores; depois, em um segundo estágio, com a estabilização, quando os profissionais passam a atuar efetivamente nas indústrias já instaladas. Esse ciclo fortalece ainda mais o mercado imobiliário e cria novas oportunidades para todos.

Como os corretores têm lidado com essa realidade de alta demanda e de preços tão elevados, tanto para compra e venda de imóveis quanto para aluguéis?

O que acontece é simples: é a lei da oferta e da procura. Vimos isso em Três Lagoas, depois em Ribas, e agora em Inocência. A alta demanda por imóveis eleva os preços rapidamente. Aquela quitinete que custava entre R$ 500 e R$ 800, hoje não se encontra por menos de R$ 3.000 ou R$ 4.000.

Mas esse movimento traz também um outro efeito: a inadimplência. Muitas pessoas se mudam para essas regiões sem garantias reais de pagamento. O salário nem sempre acompanha os valores cobrados, que estão muito acima da média de mercado. E, quando se faz uma análise de crédito, o recomendado é que a moradia não comprometa mais de 30% do orçamento familiar. Quando isso não é respeitado, a inadimplência cresce, e com ela vem a dificuldade da retomada do imóvel.

Outro problema é que, para tentar economizar, muitos optam por contratos sem intermediação de um corretor ou de uma imobiliária. Usam modelos prontos, comprados em livrarias, sem a devida base legal. Isso gera dores de cabeça, litígios e demandas judiciais que poderiam ser evitadas com a atuação de um profissional habilitado.

O mesmo vale para a compra de imóveis. Quer segurança? Procure sempre um corretor de imóveis. É claro que existem pessoas mal-intencionadas, criminosos que se passam por profissionais e acabam lidando de forma irresponsável com o sonho das famílias. Por isso, não basta estar apenas credenciado ao Creci: é preciso ter conhecimento, preparo e competência. Afinal, os contratos de locação, venda ou financiamento exigem atenção a muitos detalhes. Se não houver profissionalismo, o sonho da casa própria pode facilmente se transformar em um pesadelo.

Diante dos ‘falsos profissionais’ que acabam manchando a imagem dos corretores habilitados e prejudicando o sonho de tantas pessoas, como o Creci tem atuado hoje para combater esse tipo de fraude praticada por quem se apresenta como corretor sem realmente ser?

Há cerca de três anos realizamos um estudo aprofundado com a nossa equipe de fiscalização, que também atua na investigação e coleta de provas. Esse trabalho durou nove meses e resultou em uma grande operação, que começou em Campo Grande e depois se estendeu para Três Lagoas e Dourados.

O alvo foram fraudes relacionadas à venda de consórcios. Talvez você se recorde: foi uma operação de grande porte, envolvendo o Procon, o Ministério Público, o CRECI e até o Conselho Tutelar, já que encontramos menores de idade aliciados para atuar nessas práticas ilegais.

O que acontecia? Pessoas inescrupulosas copiavam anúncios de imóveis, enganando consumidores ao oferecer o que diziam ser financiamentos. Na prática, tratava-se de consórcios irregulares, muitos sem qualquer registro no Banco Central. O comprador entregava R$ 10 mil ou R$ 15 mil como entrada e, quando percebia que não se tratava de financiamento, já havia perdido o dinheiro.

Muitos desses golpes eram aplicados por jovens, explorando a facilidade das redes sociais e do marketplace para atrair vítimas. Encontramos situações absurdas, como pessoas na recepção com maletas e sacolas cheias de dinheiro em espécie, valores que famílias inteiras haviam juntado por meio de empréstimos bancários para tentar realizar o sonho da casa própria.

Essa operação teve grande repercussão e resultou inclusive em prisões. O recado que deixamos é claro: a população precisa ficar atenta. Sempre consulte o site do CRECI, verifique a certidão de regularidade e confirme se o profissional é realmente habilitado. Só assim é possível evitar que o sonho da casa própria se transforme em um pesadelo.

Em meio ao cenário atual em Mato Grosso do Sul, de que forma o Conselho tem atuado para capacitar e fortalecer cada vez mais a categoria dos corretores de imóveis?

Hoje o Conselho tem se debruçado sobre dois pontos principais. O primeiro é a preocupação com a formação dos novos profissionais. Temos visto muitos corretores chegando ao mercado sem a devida qualificação. Por lei, os cursos são fracos e deixam lacunas sérias. Para se ter uma ideia, há profissionais que não sabem sequer o que é uma certidão de matrícula — que, em termos simples, é como a “certidão de nascimento” do imóvel, trazendo todo o histórico de proprietários, eventuais penhoras e cancelamentos.

Nesse sentido, o que o Conselho pode fazer ainda é limitado, já que a responsabilidade pela fiscalização dos cursos é do MEC e das secretarias estaduais de Educação. Por isso, a luta hoje, em nível federal, é pela criação de um exame de proficiência, semelhante ao da OAB, que garanta que apenas profissionais realmente capacitados possam atuar no mercado.

O segundo ponto é a atuação contra os maus profissionais. Infelizmente, como em qualquer área, há pessoas mal-intencionadas. Para esses casos, o Conselho mantém uma atuação firme.

O objetivo é claro: punir rigorosamente os que agem de má-fé. Apropriação indébita, por exemplo, leva à cassação imediata, sem segunda chance. E, quando cassado, se o profissional insiste em atuar, o caso passa a ser de polícia e é encaminhado ao Ministério Público.

É fundamental também que a sociedade colabore. Sempre que houver uma irregularidade, é preciso denunciar ao CRECI, apresentando documentos e provas. Só assim conseguimos retirar do mercado aqueles que mancham a profissão e prejudicam o consumidor. O nosso papel é proteger o cidadão e garantir que o sonho da casa própria não se transforme em frustração.

Hoje é muito comum ver anúncios em sites de classificados e no Facebook oferecendo imóveis para “assumir parcelas”, muitas vezes apenas com contrato feito em cartório. Quais são os riscos de um acordo desse tipo?

Esse tipo de negociação representa um risco enorme. No caso do programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, o financiamento não pode ser transferido diretamente. A forma correta é apresentar a documentação ao banco, que quita o financiamento anterior e abre um novo contrato em nome do comprador.

O consumidor precisa entender que um contrato particular, mesmo registrado em cartório, não garante segurança jurídica. Se o vendedor, por exemplo, vier a falecer, o imóvel entrará em inventário e o comprador ficará em uma situação complicada, com chances de perder o que investiu.

Outro ponto importante é a questão das taxas de juros. Muitos desistem da compra porque consideram a prestação alta com a Selic elevada. Mas é preciso lembrar que, daqui a um ano, o imóvel provavelmente estará mais caro. Ou seja, mesmo que a taxa caia, a valorização do bem pode anular o benefício.

A saída é a portabilidade de crédito. Caso as taxas caiam no futuro, o comprador pode transferir o financiamento para outro banco que ofereça juros menores. Muitas vezes, só de manifestar a intenção de portar o contrato, o próprio banco atual já reduz os juros para não perder o cliente. Assim, é possível renegociar ao longo dos anos e adequar o financiamento às condições de mercado.

Portanto, o recado é claro: se tiver oportunidade de comprar, compre. Mesmo que os juros pareçam altos no momento, é sempre possível fazer a portabilidade depois e reduzir os custos do financiamento.

Informações: A Crítica.

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