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Unidade da Veracel na Bahia capta 5,3 vezes mais carbono do que emite

No coração da Bahia, a  Veracel tem se tornado um modelo de sustentabilidade. Com mais de 6 mil hectares de floresta preservada da Mata Atlântica, essa empresa não apenas colhe celulose, mas também faz história ao capturar 5,3 vezes mais carbono do que emite. A recuperação e conservação ambiental estão no centro de suas operações, tornando-se um exemplo a ser seguido em um mundo cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas.

Com uma ampla área de 200 mil hectares, a Veracel se destaca ao emanar apenas 20% do dióxido de carbono que sequestra pela vegetação nativa. Mais de 1,6 milhão de toneladas de carbono são retiradas da atmosfera, graças ao manejo das florestas de eucalipto e áreas em restauração ambiental. Para Virgínia Camargos, gerente de meio ambiente da Veracel, “o nosso balanço é positivo”, refletindo o compromisso da empresa com práticas que mitigam os impactos climáticos.

O mercado de carbono surge como uma nova oportunidade, atraindo não apenas empresas já estabelecidas, mas também aquelas ainda em processo de regularização. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 44% dos empresários veem neste novo marco legal um caminho para a inovação e a redução de custos. Com a aproximação da COP 30, o Brasil reafirma seu compromisso de reduzir as emissões em até 67% até 2035 e atingir a neutralidade climática até 2050.

O processo de restauração das florestas é crucial, permitindo a quantificação do carbono removido da atmosfera e evitando desmatamentos. Entretanto, algumas dificuldades persistem. Como explica Virgínia, o sistema REDD+, projetado para recompensar países em desenvolvimento pela diminuição das emissões, ainda não abrange a rica, mas fragmentada, Floresta Atlântica.

Localizada entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, a Estação Veracel é um verdadeiro tesouro ecológico, reconhecido pela UNESCO. Além de proteger a biodiversidade, estão sob sua guarda 115 nascentes, que são essenciais para a saúde do ecossistema local. O monitoramento de aves e mamíferos é um dos esforços contínuos para preservar essa riqueza natural.

O que você acha das iniciativas da Veracel em capturar carbono e preservar a Mata Atlântica? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre como as empresas podem contribuir para um futuro mais sustentável.

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Klabin paralisa fábrica no interior de SP por baixa rentabilidade no papel reciclado

Unidade de Paulínia operava em três turnos e agora ficará hibernada

Klabin paralisou as atividades em sua unidade industrial em Paulínia (SP), hibernando as linhas de produção de papel reciclado que ainda funcionavam no local. A medida, segundo apurou o InvestNews, foi motivada por condições de mercado para o produto, em um momento de baixa demanda do mercado.

O desligamento da linha operacional ocorreu nesta segunda-feira (21) e foi comunicado aos trabalhadores em reunião interna logo na chegada do turno da manhã. A planta operava em três turnos.

No ano passado, parte das atividades já havia sido suspensa. A unidade de Paulínia foi incorporada à companhia em 2020, na aquisição dos ativos da International Paper no Brasil, e possui capacidade de 65 mil toneladas por ano.

Procurada pelo InvestNews, a Klabin confirmou a pausa das operações. Segundo a empresa, a decisão foi tomada “por questões mercadológicas que estão fora do controle da Companhia”. “A Klabin destaca que a suspensão temporária das operações dessa Unidade não impacta no fornecimento aos clientes da empresa.”

Condições de mercado

A hibernação da unidade de Paulínia está ligada à piora nas condições econômicas para a produção de papel reciclado. De um lado, o custo das aparas — resíduos de papel usados como matéria-prima — subiu bem acima da inflação nos últimos anos. De outro, o preço de venda do papel reciclado caiu, por conta de uma demanda menor.

Para piorar, o kraftliner — papel produzido a partir de fibras virgens e normalmente mais caro — se beneficiou da queda do dólar e passou a oferecer margens mais atrativas. Esse cenário tirou competitividade do reciclado, especialmente em unidades menores ou menos integradas, como Paulínia. 

Mesmo com o fechamento, a Klabin ainda mantém cerca de 400 mil toneladas por ano de capacidade em outras plantas de reciclados, como Piracicaba (SP) e Goiana (PE).

A Klabin possui 24 unidades industriais, sendo 23 no Brasil e uma na Argentina, com fábricas espalhadas por dez estados brasileiros. A companhia é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do país, com capacidade total de 3 milhões de toneladas por ano. Os papéis voltados para embalagens — como papel-cartão, kraftliner e fluting — concentram a maior parte desse volume e estão no centro da estratégia da empresa.

No ano passado, a Klabin inaugurou uma nova planta de papéis ondulados no estado, na cidade de Piracicaba (SP), em um investimento de R$ 1,6 bilhão, colocando a companhia com um market share de 24% do mercado de caixas de papelão no país.

Informações: InvestNews.

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Tarifaço de 50% dos EUA ameaça exportações da Suzano

Além da celulose, exportações de mel também são afetadas, e o Ciesp alerta para prejuízos imediatos

📄 A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil, a partir de 1º de agosto, acendeu um alerta no setor de papel e celulose. Suzano, companhia que nasceu na cidade de mesmo nome e é líder mundial na fabricação de celulose, tem 19% das vendas líquidas destinadas aos Estados Unidos, de acordo com um levantamento do grupo financeiro Goldman Sachs.

Esse percentual é consideravelmente elevado para ser redirecionado rapidamente para outros mercados. A empresa possui contratos de longo prazo com clientes estadunidenses, com exigências de qualidade específicas, o que dificulta mudanças imediatas.

O banco ressalta que, embora estoques locais possam amortecer o impacto por um curto período, o cenário se torna desafiador se a tarifa permanecer: compradores tendem a buscar alternativas com taxas mais baixas, como Chile ou Uruguai.

O Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas de celulose de fibra curta para os EUA em 2024, o equivalente a 78% do consumo americano do produto. Para a Suzano, isso representa não apenas a perda de um mercado-chave, mas também a necessidade de rever logística, contratos e preços.

Atualmente com fábricas e escritórios em outras cidades do Brasil, e até mesmo fora do país, a Suzano conta com mais de 50 mil funcionários, entre contratados e terceirizados.

O g1 procurou a fabricante para comentar possíveis impactos com a taxação, mas a empresa não se manifestou.

Para o especialista em investimentos e planejador financeiro Jeff Patzlaff, a Suzano será afetada de diversas maneiras: competitividade no mercado, preços de venda e novas vendas são alguns desses exemplos.

“Para a Suzano, o risco é substancial. A tarifa de 50% compromete diretamente a competitividade da celulose brasileira nos EUA, encarecendo o produto de forma significativa frente a concorrentes de outros países, como Canadá, Chile e Indonésia. Ainda que o Brasil possua uma vantagem estrutural em custo de produção e eficiência logística portuária, uma tarifa dessa magnitude praticamente inviabiliza economicamente novas vendas para o mercado norte-americano, a menos que a empresa absorva parte do custo, o que afetaria sua margem de lucro”, comentou.

Mesmo o redirecionamento das vendas, que poderia ser uma saída para a empresa, não é uma medida fácil, segundo Patzlaff.

“O redirecionamento das vendas dos EUA para outros mercados não é simples, especialmente no curto prazo. A demanda por celulose é relativamente estável, com crescimento mais expressivo vindo da Ásia, especialmente China e Índia, mas exige negociações logísticas, contratos comerciais e, muitas vezes, adequações técnicas do produto às especificações de clientes de outras regiões”, explicou.

Os produtos poderiam ainda perder valor de mercado.

“No mercado global, a tarifa pode distorcer o preço da celulose, com uma queda nas exportações brasileiras para os EUA, há tendência de aumento dos preços naquele país, que buscará fontes alternativas mais caras ou de menor qualidade”, alertou Patzlaff.

“Por outro lado, o desvio da produção brasileira para Ásia e Europa tende a aumentar a oferta nessas regiões, pressionando os preços para baixo, especialmente se a demanda não crescer no mesmo ritmo. O resultado pode ser um ambiente de preços mais voláteis e margens mais apertadas, com impacto inclusive sobre os concorrentes globais da Suzano”, continuou.

O especialista ressalta ainda que para se preparar para um cenário prolongado de tarifas altas, a Suzano precisará adotar uma estratégia de médio a longo prazo.

Entre as possíveis medidas estão a diversificação de mercados, com fortalecimento das operações na Ásia e na Europa, investimentos em produtos de maior valor agregado, como papéis especiais e fibras para têxteis sustentáveis e, eventualmente, a expansão da presença industrial no exterior, o que reduziria a exposição tarifária direta da operação brasileira.

“Acredito que a tarifa de 50% sobre a celulose brasileira representa um desafio de grande magnitude para a Suzano e um sinal de alerta para o Brasil como um todo, num momento em que o país já enfrenta juros elevados, inflação persistente e aumento de riscos geopolíticos. A resposta precisa ser técnica, diplomática e estratégica, com foco em preservar a competitividade da indústria nacional e proteger a balança comercial”, finalizou.

Outros setores

🍯 O tarifaço causou o cancelamento imediato de grandes encomendas de mel orgânico do Piauí, data em que o presidente americano anunciou a decisão. O Brasil é um dos maiores produtores de mel do mundo.

Em Mogi das Cruzes, a MN Própolis, que tem mais de 30 anos de atuação no setor de alimentos funcionais e produtos naturais, afirma que será diretamente impactada pela nova política tarifária.

A empresa ressalta que, embora exporte mel em pequena escala, considera os Estados Unidos e países asiáticos como mercados prioritários na estratégia de expansão internacional. Com essa nova taxação, o custo final do produto brasileiro se eleva consideravelmente, o que pode inviabilizar negociações e levar os importadores a optarem por fornecedores de países com menor carga tarifária.

“Essa medida impacta diretamente o lado econômico das exportações. Mesmo empresas que ainda exportam em menor volume, como a nossa, já sentem o reflexo nos custos e na dificuldade de manter competitividade frente a países concorrentes”, disse a empresa por meio de nota.

O que diz o Ciesp Alto Tietê

🏭 Por meio de uma nota, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) do Alto Tietê manifestou preocupação em relação à nova tarifa. O comunicado afirma que a medida causa prejuízos concretos e imediatos às relações comerciais, afetando diretamente as forças produtivas, os trabalhadores e toda a sociedade.

“Faltam argumentos concretos em favor dos EUA para uma tarifa de 50% nas importações do Brasil. Não procede a justificativa do presidente estadunidense sobre a balança de pagamentos entre os dois países lhes ser desfavorável, já que apenas na última década o superávit a favor deles foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. E se incluído o comércio de serviços, o superávit dos EUA chega aos US$ 256,9 bilhões”, afirma a nota assinada por José Francisco Caseiro, diretor regional do Ciesp Alto Tietê.

Ele ressalta ainda que questões pessoais e ideológicas de governantes não podem prevalecer em relações internacionais entre nações, já que os danos causados são severos e de difícil reparação, colocando em risco o desenvolvimento e o bem-estar do povo.

Na área de abrangência do Ciesp Alto Tietê, de acordo com dados contabilizados pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), baseados em informações das regionais do Ciesp, nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações se concentraram, especialmente em: papel e cartão; máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

No mesmo período, as principais compras regionais foram de: máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; plásticos e suas obras; e produtos químicos orgânicos.

Entre janeiro e maio, os principais destinos das mercadorias do Alto Tietê foram: Estados Unidos (US$ 93,5 milhões), Argentina (US$ 52,7 milhões) e Chile (US$ 24,7 milhões). Já a origem das compras regionais foram: China (US$ 106,9 milhões), Japão (US$ 94,1 milhões) e Estados Unidos (US$ 60,9 milhões).

Informações: G1.

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O potencial da madeira paraguaia no mercado global

A Fepama destaca o crescimento do setor madeireiro com investimento estrangeiro e a meta de três milhões de hectares de floresta para transformar a economia

O Paraguai está vivenciando um forte crescimento em sua indústria madeireira, impulsionado por políticas favoráveis e pela crescente demanda internacional. A Federação Paraguaia de Madeireiros destaca uma perspectiva promissora, com 250.000 hectares florestais gerando US$ 100 milhões em exportações até 2024, adicionando entre 30.000 e 40.000 hectares adicionais anualmente. O presidente da Fepama, Manuel Jiménez Gaona, observa que investidores estrangeiros e produtores nacionais estão concentrando seus investimentos em reflorestamento e industrialização de madeira. O arcabouço legal estável e incentivos como desmatamento e créditos de carbono criam um ambiente atraente para o capital internacional. A estratégia de aceleração econômica para 2035 do Ministério da Indústria e Comércio coloca a indústria madeireira como sua terceira prioridade estratégica. O plano projeta que o setor contribuirá com US$ 775 milhões para a economia, impactando o PIB em US$ 818 milhões e gerando 67.000 novos empregos.

As exportações de produtos florestais em 2024 atingiram US$ 100 milhões, sendo 80% correspondentes a carvão vegetal e 20% a madeira em diversas formas. O mercado interno continua sendo o principal consumidor, especialmente no segmento de energia para caldeiras e secadores industriais de grãos.

Cerca de 98% da madeira processada provém de plantações de eucalipto, demonstrando a mudança para uma produção sustentável sem pressão significativa sobre as florestas nativas. As plantações estão distribuídas por toda a região Leste, de Concepción e Amambay a Itapúa e Ñeembucú, com um potencial de 3 milhões de hectares.

O setor florestal gera aproximadamente 20.000 empregos diretos e mais de 60.000 indiretos, especialmente em áreas rurais, tornando-se um motor do desenvolvimento econômico descentralizado. Nos últimos cinco anos, atraiu mais de US$ 200 milhões em investimentos privados para serrarias, usinas de biomassa e incubadoras tecnológicas.

As exportações demonstram um dinamismo significativo com três produtos principais: carvão vegetal para Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos; compensados para Portugal, Estados Unidos e Itália; e madeira serrada, principalmente para a China, que se consolidou como um destino estratégico, com US$ 1,15 milhão somente em exportações.

O principal desafio atual é a adaptação à Regulamentação 1115 da União Europeia, que exige rastreabilidade e certificação ambiental. A Fepama garante que os registros precisos do Instituto Nacional de Florestas (NIF) permitem atender aos requisitos internacionais, mantendo os mercados dos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai e Europa como destinos estratégicos.

Informações: ABC Color.

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ANTT autoriza Eldorado a desapropriar áreas em MS para construir ramal ferroviário

Trecho entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado deve receber ramal da Eldorado

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a empresa de celulose, Eldorado Brasil, a desapropriar áreas para a construção de um ramal ferroviário em Mato Grosso do Sul.

A decisão do superintendente substituto de Transporte Ferroviário, Alessandro Baumgartner, consta no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (21). O documento define as poligonais de utilidade pública de 10 áreas destinadas à implantação do ramal ferroviário.

Assim, a Eldorado Brasil fica autorizada a desapropriar as áreas necessárias para a empreitada, que fica entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado.

Além disso, a Declaração de Utilidade Pública não exime a empresa de obter os licenciamentos e cumprir as obrigações junto às entidades ambientais e demais órgãos da administração pública, necessários à efetivação das obras.

Informações: MídiaMax.

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Abimci emite nota de posicionamento sobre os impactos da tarifa dos EUA no setor da madeira

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), entidade representativa dos setores de madeira processada e de base florestal, alerta publicamente sobre os graves efeitos da tarifa de 50% a ser imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.

Com cerca de 180 mil empregos diretos em risco, o setor, que tem em média 50% da produção nacional destinada ao EUA, já enfrenta consequências como cancelamento de contratos pelos importadores norte-americanos, devolução de cargas, produções paradas e férias coletivas forçadas.

Na nota, a Abimci solicita ao governo urgência nas negociações e adoção de medidas emergenciais para tentar preservar empregos e manter a atividade industrial.

Acesse a nota completa no PDF abaixo, ou no site da Abimci: https://bit.ly/PosicionamentoAbimci.

Foto: divulgação.

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A nova taxação dos EUA e seus impactos diretos sobre o setor florestal do Paraná

A recente decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros atingiu em cheio o setor florestal. Os estados do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) respondem por aproximadamente 85% de tudo que é exportado em madeira sólida para o mercado norte-americano, o que gera forte pressão e incerteza no escoamento da produção.

Uma decisão inesperada e inoportuna

Como destacou Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), o anúncio da nova taxação surpreendeu o setor, especialmente por ocorrer apenas três meses após uma medida semelhante já ter sido aplicada. “O que torna essa decisão ainda mais complicada é o fator surpresa. Não esperávamos  que isso fosse anunciado agora”, afirmou Brun.

Mais do que econômica, a medida é vista como estratégica e política, dificultando uma solução técnica direta. “O Brasil é deficitário na relação com os Estados Unidos. Então, é difícil encontrar uma base econômica concreta para justificar essa medida”, completa Brun. Isso significa que, para reverter essa taxação, será necessária uma articulação diplomática e rápida.

Cadeia produtiva ameaçada

A taxação incide sobre diversos produtos de diversos setores. Dentre os produtos do agronegócio mais vendidos aos EUA, os produtos florestais aparecem em primeiro lugar, com US$ 3,7 bilhões, seguido de cafés (US$ 2 bilhões), carnes (US$ 1,4 bilhão), sucos (US$ 1,1 bilhão) e complexo sucroalcooleiro (US$ 791 milhões).

Confira tudo sobre as importações  dos EUA no setor florestal:

* Maior importador de serrado de pinus do Brasil (37,15%), e o segundo maior importador do Paraná do mesmo produto (30,79%)

* Maior importador de serrado de folhosas e compensado de pinus do Brasil

* Primeiro destino em exportação de compensado de pinus do Paraná

* Principal destino das exportações de paineis reconstituídos de madeira, portas, molduras e móveis do brasil

* Segundo país que mais importa celulose do brasil (14,32% do valor total, seguido da China)

* Segundo país que mais importa papel do brasil (10,26%, seguido da Argentina)

Dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) indicam que os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul representaram 86,5% do total exportado pelo Brasil aos Estados Unidos em 2024.  Juntos, os três estados do Sul exportaram US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA. Os produtos florestais são o principal produto do setor do agronegócio voltado ao mercado americano.

O Paraná, grande produtor de pinus e exportador de produtos florestais para os Estados Unidos, é um dos mais afetados. Agora, empresas exportadoras precisarão rever custos, redirecionar produtos para novos mercados e reavaliar estratégias em tempo recorde, enquanto aguardam uma resposta do governo federal.

Corrida contra o tempo

Segundo Fabio Brun, o Brasil tem até o limite do dia 1o de agosto para tentar uma solução diplomática que evite o pior. Nesse intervalo, será essencial que governo e setor produtivo atuem em conjunto para construir e executar uma estratégia de negociação com os EUA. Caso contrário, o impacto pode ser profundo, colocando em risco empregos, arrecadação e investimentos em uma cadeia que é vital para a economia nacional.

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Com mais de R$ 300 milhões investidos no desenvolvimento de Ribas do Rio Pardo (MS), Suzano completa um ano de operações na cidade

Iniciativas voltadas à empregabilidade, saúde, educação e habitação consolidam legado positivo da companhia e reforçam compromisso com o desenvolvimento sustentável do município

Em menos de uma semana de busca, a técnica-administrativa Gabriela Graciano, de 24 anos, conseguiu se recolocar no mercado de trabalho por meio da Casa de Apoio ao Trabalhador de Ribas do Rio Pardo (MS). Ela é uma das 15 mil pessoas beneficiadas pela estrutura, e sua conquista reflete o desenvolvimento socioeconômico impulsionado pelos mais de R$ 300 milhões investidos pela Suzano na cidade desde o início da construção de sua nova fábrica. A maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos derivados do eucalipto comemora, nesta segunda-feira (21), um ano de operação industrial no município.

Inaugurada em março de 2024, a Casa de Apoio ao Trabalhador é uma das estruturas construídas pela companhia em parceria com o poder público, no âmbito do Plano Básico Ambiental (PBA). Desde então, o espaço tem oferecido qualificação profissional e apoio para inserção e reinserção no mercado de trabalho, com orientações sobre temas como carteira de trabalho e elaboração de currículos, além de cursos e divulgação de vagas. É apenas um dos projetos que, até o ano passado, somaram R$ 57,3 milhões em investimentos por meio do PBA – valor que se soma aos R$ 15 milhões atualmente destinados à construção da nova sede da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar.

Para o diretor de Operações Industriais da Suzano, Leonardo Pimenta Mendonça, a trajetória construída em Ribas do Rio Pardo é motivo de orgulho para todo o município. “Comemoramos o primeiro ano da nossa unidade com a certeza de que estamos contribuindo para um legado que vai muito além do desenvolvimento econômico. Alinhados ao nosso direcionador, que afirma que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, temos promovido, em parceria com o poder público e a sociedade, importantes transformações sociais, ampliando o acesso a serviços, fortalecendo a geração de renda e criando oportunidades para que as pessoas cresçam junto com a cidade e possam sonhar com um futuro com mais oportunidades”, destaca.

Nascida e criada em Ribas do Rio Pardo, Gabriela começou a trabalhar aos 14 anos. Já atuou como babá, balconista, atendente de mercado e auxiliar administrativa. Hoje, com ensino médio completo e cursos de informática e auxiliar de escritório, ela retorna à área administrativa. Foi pelas redes sociais que soube de um feirão de recrutamento na Casa de Apoio ao Trabalhador. Acordou cedo, organizou a rotina do pequeno Gael, seu filho de três anos, e saiu com o currículo debaixo do braço.

Ao chegar, encontrou um processo seletivo marcado pelo acolhimento, orientação e agilidade. “A equipe da Casa do Trabalhador foi muito atenciosa e me explicou como funcionava. Fiz o pré-cadastro e logo fui direcionada à recrutadora de uma empresa prestadora de serviço da Suzano, que me ouviu, analisou meu perfil e me ofereceu uma vaga como auxiliar de almoxarifado”, conta. Gabriela está presenciando de perto as mudanças na realidade do município. “Antes, era muito mais difícil encontrar emprego. Hoje, há empresas chegando, vagas sendo abertas e a Casa do Trabalhador nos conectando a essas oportunidades. É uma transformação real”, completa.

Garbiela Graciano

De acordo com o secretário de Empreendedorismo de Ribas do Rio Pardo, Luiz Antônio dos Reis, a nova estrutura aproximou ainda mais as empresas que buscam profissionais. “A Casa de Apoio ao Trabalhador se tornou uma referência não apenas pela estrutura moderna, mas, principalmente, pela qualidade no atendimento e pela conexão direta com quem busca uma oportunidade. Com o reforço da equipe, o aumento de empresas parceiras e a oferta contínua de vagas e capacitações, o espaço se transformou em um verdadeiro centro de desenvolvimento profissional e econômico para a cidade”, afirma.

Legado permanente

A Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um amplo conjunto de iniciativas voltadas à melhoria da qualidade de vida da comunidade de Ribas do Rio Pardo. Esse valor inclui o Programa de Infraestrutura Urbana, inserido no PBA, que abrange 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública; investimentos voluntários em ações de geração de renda e combate à pobreza; além da construção de 954 casas para colaboradores(as) da empresa e do Centro Médico Sepaco.

Entre as entregas realizadas no âmbito do PBA estão: a ampliação do Hospital Municipal, com aporte de R$ 12 milhões; a construção da Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-262 (R$ 7,3 milhões); da Delegacia de Polícia Civil (R$ 5,3 milhões); e da Casa de Apoio ao Trabalhador (R$ 3 milhões). Também foram entregues 50 unidades habitacionais ao município, a Estratégia de Saúde da Família Nova Esperança, a Casa de Acolhimento da Criança e do Adolescente e a Casa de Passagem. Além disso, o Hospital Municipal recebeu R$ 470 mil em novos equipamentos de laboratório e um ônibus de saúde com dois consultórios.

Na área de segurança, a empresa forneceu viaturas para a Polícia Civil, sistema de videomonitoramento para a Polícia Militar, além de veículos e equipamentos para a PRF e o Corpo de Bombeiros. Foram entregues ainda o Sistema de Radiocomunicação da BR-262 e R$ 200 mil em equipamentos ao Batalhão de Choque da PM. As obras do novo quartel da Polícia Militar, que também abrigará a Polícia Militar Ambiental (PMA), seguem em ritmo acelerado, dentro do cronograma, com conclusão prevista para o final de 2025. O complexo contará com prédios específicos para ambas as corporações, auditório, guarita e áreas institucionais complementares.

Uma nova realidade

Esta nova fase de Ribas do Rio Pardo, impulsionada por investimentos privados e ações públicas integradas, começa a oferecer um futuro mais promissor para quem escolheu construir a vida na cidade. É o caso de Cristiane Fonseca, de 27 anos, que está vivendo o que por muito tempo foi apenas um sonho: conquistar a casa própria. Mãe solo de duas crianças – uma menina de 10 anos e um menino de 6 com múltiplas deficiências –, ela sempre buscou oferecer um lar digno e seguro para a família. “Morávamos improvisados nos fundos da casa do meu pai. Eu estava na fila por uma habitação popular há mais de cinco anos. Queria meu cantinho para criar meus filhos com dignidade”, relembra.

Há cerca de um ano, Cristiane recebeu as chaves da nova residência no bairro Jardim dos Estados, uma das localidades contempladas com as 50 moradias construídas pela Suzano em parceria com o poder público municipal, no contexto do Plano Básico Ambiental. Desde então, a vida da família mudou. “Aqui é um lugar bom de morar, tem espaço para as crianças brincarem, a escola é perto, o posto de saúde também. É outra realidade”, afirma. Agora, ela planeja ampliar a casa para dar mais conforto aos filhos: “Quero fazer o quarto deles e uma varanda. Agora é nossa, posso sonhar com mais”.

Cristiane Neres

A entrega de moradias como a de Cristiane faz parte de um investimento de R$ 7,55 milhões voltado à construção de casas para facilitar o acesso à moradia da população de baixa renda do município. Por meio do PBA, a empresa atuou junto ao poder público para fortalecer a infraestrutura urbana e garantir que o desenvolvimento econômico da região venha acompanhado de qualidade de vida. A seleção das famílias beneficiadas foi conduzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Florestas plantadas movem indústria e sustentabilidade em Minas

A presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri, é a convidada desta edição do podcast ‘Mercado & Agro’

Minas Gerais concentra a maior área de florestas plantadas do Brasil – e, com isso, sustenta um setor estratégico para a economia e para o meio ambiente. É sobre os desafios e as oportunidades dessa cadeia produtiva que trata o novo episódio do podcast Mercado & Agro, do Diário do Comércio, que recebe a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri.

A entidade reúne gigantes do setor, como as maiores siderúrgicas e ferroligas a carvão vegetal, indústrias de celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados e fundos de investimento, articulando interesses de toda essa cadeia. A entrevista é conduzida pela apresentadora Kátia Soares.

A entrevista destaca como o setor de florestas plantadas é um motor de desenvolvimento sustentável, responsável por mais de 160 mil empregos diretos em Minas Gerais, com 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas – o maior parque florestal do País. As áreas cultivadas não apenas abastecem indústrias de aço, celulose e papel, mas também garantem fixação de carbono, preservação de recursos hídricos e fornecimento de energia renovável na forma de carvão vegetal para a siderurgia, substituindo o carvão mineral.

Adriana Maugeri também fala sobre a atuação da Amif como representante e articuladora política, participando ativamente de câmaras técnicas, conselhos e comitês estaduais e federais para garantir um ambiente regulatório seguro e competitivo para o setor.

Além do diálogo constante com o governo de Minas Gerais, a entidade investe em iniciativas para promover a legalidade, a rastreabilidade e o manejo responsável das florestas plantadas, reforçando o compromisso com metas ESG e a agenda climática.

O episódio está no ar no canal do Diário do Comércio no YouTube e nos principais tocadores de podcast.

Informações: Diário do Comércio.

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Bioeconomia e restauração florestal podem gerar R$ 45 bilhões no PIB brasileiro

bioeconomia desponta como uma das principais alternativas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, combinando conservação ambiental com geração de renda e oportunidades para as populações locais. De acordo com o estudo Nova Economia para a Amazônia Brasileira, liderado pelo WRI Brasil com mais de 70 pesquisadores, a combinação entre bioeconomia e restauração florestal pode adicionar até R$ 45 bilhões ao PIB do Brasil e criar mais de 830 mil empregos até 2050.

Esse potencial se estende a todos os nove países amazônicos, inclusive à Colômbia, que já apresenta experiências consolidadas. A iniciativa Agrosolidaria Florencia, por exemplo, comercializa produtos agrícolas e cosméticos elaborados com plantas nativas cultivadas de forma sustentável, operando a maior planta de processamento da Amazônia colombiana.

“A bioeconomia já é uma realidade concreta. Já foram mapeadas mais de 1.500 iniciativas na região pan-amazônica que mostram seu potencial em conciliar conservação, geração de valor e bem-estar”, destaca Joana Oliveira, secretária-executiva da Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia.

Produtos como açaí, castanha, cupuaçu, camu-camu, andiroba, copaíba e mel de abelhas nativas representam um caminho de desenvolvimento econômico baseado na biodiversidade, no conhecimento tradicional e na valorização das comunidades locais.

Rede Pan-Amazônica e o Fórum de Ação pela Bioeconomia

Para impulsionar esse modelo econômico regenerativo, foi estabelecida a Rede Pan-Amazônica pela Bioeconomia, aliança multissetorial que reúne comunidades indígenas, produtores locais, investidores, centros de pesquisa, instituições financeiras e organizações da sociedade civil.

Entre os dias 15 e 17 de julho de 2025, a Rede realiza o Fórum de Ação Pan-Amazônica pela Bioeconomia, em Leticia, na Colômbia, na tríplice fronteira com o Brasil e o Peru. O evento reunirá representantes da sociedade civil, setor privado, governos, organizações indígenas, organismos internacionais e investidores para fortalecer alianças e construir uma agenda comum.

“Queremos que a bioeconomia seja reconhecida como um setor econômico e tenha seu peso refletido nas contas nacionais até 2035”, afirma Joaquín Carrizosa, assessor sênior do WRI Colômbia.

Estarão presentes instituições como a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), BID, Banco Mundial, The Nature Conservancy (TNC), WWF, Conservação Internacional, Amazon Investor Coalition, NESsT, Conexsus, Assobio, CNS, Coica, além de diversas associações e cooperativas indígenas e de comunidades locais.

foto de floresta amazõniaca, remete a matéria Bioeconomia e restauração florestal podem gerar R$ 45 bilhões no PIB brasileiro
Floresta amazônica – Foto: Divulgação

Uma agenda estratégica para a região

O Fórum acontece em um momento estratégico para a governança amazônica. Em agosto, Bogotá sediará a V Cúpula de Presidentes da OTCA, onde líderes dos países amazônicos reforçarão compromissos conjuntos para a proteção da maior floresta tropical do planeta.

Simultaneamente, a OTCA avança na implementação da Resolução XXIII, que propõe marcos regionais para a certificação de produtos amazônicos e o reconhecimento de serviços ecossistêmicos como pilares de uma bioeconomia com impacto social e ambiental.

Além disso, o Fórum funcionará como uma etapa preparatória para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará (Brasil). A expectativa é posicionar a bioeconomia como solução frente à crise climática e como ferramenta para promover justiça social e proteção da biodiversidade.

“Uma bioeconomia compatível com as florestas conserva ecossistemas vitais e fortalece as economias locais. Ao investir em cadeias sustentáveis e no protagonismo indígena, criamos resiliência climática e oportunidades reais para os povos amazônicos”, afirma Rachel Biderman, vice-presidente sênior das Américas da Conservação Internacional.

Um chamado à ação

Apesar do avanço das iniciativas, a bioeconomia ainda é um setor subfinanciado na região. As principais barreiras para sua expansão incluem a ausência de políticas públicas integradas, o acesso limitado a financiamento e a baixa articulação entre os atores.

Fórum de Ação busca justamente superar esses gargalos, promovendo o diálogo e a construção de políticas e mecanismos financeiros que tornem a bioeconomia um verdadeiro motor de desenvolvimento justo, regenerativo e resiliente para a Amazônia e seus povos.

Informações: Neo Mondo.

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