PÁGINA BLOG
Featured Image

Suzano anuncia investimento de R$ 15 milhões na construção de Quartel da Polícia Militar em Ribas do Rio Pardo (MS)

Nos últimos três anos, a Suzano investiu em diversas ações que contribuíram para o reforço da segurança pública do município, como a construção de uma Delegacia de Polícia Civil e uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal

Com investimento de R$ 15 milhões, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ribas do Rio Pardo, anunciou nesta sexta-feira (21/03), a construção de um Quartel da Polícia Militar na cidade. O anúncio ocorreu em uma cerimônia que contou com a presença do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, do prefeito Roberson Moreira, do Comandante-Geral da Polícia Militar do estado (PMMS), Coronel PM Renato dos Anjos Garnes, do diretor de Operações Industriais da Suzano no município, Leonardo Mendonça Pimenta, entre outras autoridades e lideranças empresariais.

A iniciativa busca colaborar com o reforço da segurança pública em Ribas do Rio Pardo. “Temos um compromisso com a sociedade rio-pardense e ao colaborar com a segurança pública colocamos em prática o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’. Nos últimos três anos construímos uma nova Delegacia de Polícia Civil, uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal, instalamos o Sistema de Videomonitoramento, o Sistema de Comunicação Via Rádio, e ainda entregamos viaturas e equipamentos táticos às forças de segurança locais. Reforçando o policiamento garantimos a melhoria da segurança de todos os cidadãos rio-pardenses”, afirmou Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

O Quartel, que vai atender a 13ª Companhia da PMMS e o Destacamento da Polícia Militar Ambiental (PMA) no município, está sendo construído em um terreno de 10 mil m² doado pela prefeitura e contará com área operacional da Polícia Militar, cozinha, alojamento de praças e oficiais, e depósito. A estrutura contempla ainda uma área operacional e alojamentos, além de auditório, guarita e vagas de estacionamento (28 para a PM, 14 para o Destacamento da PMA e 55 para o público externo). As obras foram iniciadas agora em março e a expectativa é que a conclusão ocorra até o final deste ano.

“A construção do novo Quartel da Polícia Militar em Ribas do Rio Pardo é um grande avanço para a segurança pública da região, oferecendo uma estrutura moderna para a atuação dos policiais militares e um atendimento mais eficiente à população. Essa conquista só foi possível graças à parceria entre o Governo do Estado e a Suzano, por meio do Projeto Cerrado, demonstrando a importância da união de esforços para fortalecer a segurança e o bem-estar da sociedade. A PMMS agradece a todos os envolvidos e reafirma seu compromisso de proteger e servir com dedicação, garantindo mais segurança e qualidade de vida à população sul-mato-grossense”, afirmou o Coronel PM Renato dos Anjos Garnes, Comandante-Geral da PMMS.

No mesmo sentido, o prefeito Roberson Moreira observou que a construção do Complexo da Polícia Militar em Ribas do Rio Pardo é um grande avanço para a segurança pública na cidade. “Com essa nova estrutura, daremos melhores condições de trabalho para nossos policiais e garantiremos um atendimento mais ágil e eficiente à nossa população. Ribas está crescendo e investir em segurança é essencial para acompanhar esse desenvolvimento e proporcionar mais tranquilidade a todos. Quero agradecer à Suzano pela parceria nesse projeto tão importante. Essa união de esforços entre o setor público e privado mostra o compromisso com o bem-estar da nossa comunidade. Juntos, estamos construindo uma cidade mais segura e preparada para o futuro”, acrescentou.

Compromisso com a segurança

Por meio das ações do Plano Básico Ambiental (PBA), a Suzano realizou diversos investimentos na segurança pública de Ribas do Rio Pardo nos últimos três anos. Em 2024, foi entregue uma Unidade Operacional à Polícia Rodoviária Federal (UOP-PRF), com um investimento de R$ 7,3 milhões, construída às margens da BR-262, a seis quilômetros do centro urbano de Ribas do Rio Pardo, no sentido de Água Clara. Na ocasião, a Suzano também entregou à corporação um sistema composto por quatro estações de Rádio Base, incluindo antenas e conectividade para comunicação da PRF na BR-262, interligando a extensão da rodovia que vai de Ribas do Rio Pardo a Três Lagoas, que aperfeiçoou o policiamento na região.

Em 2023, a empresa entregou uma nova Delegacia de Polícia Civil, com investimento de R$ 5,3 milhões, e três viaturas devidamente equipadas e caracterizadas às forças de Segurança em atuação na cidade. Foram dois carros a serviço da Polícia Civil, um para investigação de crimes e outro veículo equipado para operações ostensivas. No mês de outubro do mesmo ano, a empresa realizou a entrega à PRF de uma viatura Trailblazer 100% equipada para atendimento a ocorrências no município. A Suzano também implementou o Sistema de Videomonitoramento, composto por câmeras localizadas em pontos estratégicos da cidade e conectadas à sede da Polícia Militar.

Já em junho de 2022, a empresa entregou cerca de R$ 200 mil em equipamentos para o Batalhão de Choque da Polícia Militar, e, em outubro do mesmo ano, a Polícia Civil recebeu da empresa uma viatura, tipo van, para transporte de presos, como parte do cumprimento do PBA.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

Featured Image

Valmet está entre os líderes em sustentabilidade do ranking CDP

Multinacional finlandesa figurou na “A List” da organização internacional pelo trabalho climático

A organização internacional sem fins lucrativos CDP (Carbon Disclosure Program) é uma plataforma global de divulgação ambiental que impulsiona empresas e governos a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, salvaguardar os recursos hídricos e proteger as florestas. Baseando-se em uma análise das estratégias, metas, governança, riscos e oportunidades, gestão de riscos e ações no último ano, o CDP reconheceu a Valmet – um dos principais players de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia – como líder global em sustentabilidade corporativa, incluindo-a na “A List” pela transparência de suas estratégias de mitigação das mudanças climáticas e pelo desenvolvimento de tecnologias e soluções de baixo carbono. 

A implementação do Programa Climático é uma alta prioridade para a Valmet. O programa abrange toda a cadeia de valor da empresa: cadeia de suprimentos, operações próprias e a fase de utilização das tecnologias e serviços da Valmet por seus clientes. “Ser reconhecido entre os líderes em sustentabilidade com a classificação A do CDP é uma prova positiva do nosso trabalho climático e das nossas metas ambiciosas. Avançamos consistentemente com o nosso Programa Climático, que abrange toda a cadeia de valor e permite uma produção neutra em carbono aos nossos clientes em todo o mundo. Estamos satisfeitos com os resultados até agora, mas reconhecemos a importância dos esforços contínuos”, afirma a vice-presidente sênior de Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Relações Corporativas, Anu Salonsaari-Posti. 

Valmet em Araucaria (PR).

Durante 2023, a empresa atingiu a meta de permitir uma produção 100% neutra em carbono para seus clientes de celulose, papel e energia, sete anos do previsto. Nas operações, a multinacional fez investimentos significativos em eficiência energética para reduzir as emissões de CO2 nas instalações e adquiriu eletricidade livre de CO2, alcançando 100% de compras de eletricidade neutra em CO2 na Finlândia e na Suécia em 2023. Na cadeia de fornecimento, a empresa conseguiu envolver mais de 90 fornecedores com maiores emissões para adotarem mudanças climáticas.

Ação local 

Na América do Sul o site de Araucária (PR) possui ações de eficiência energética com geração de energia por painéis solares, somada à entrada da empresa no mercado livre de energia e atingindo 100% de consumo neutro de emissões de CO2. Até o final de 2025, a indústria planeja que todos os sites no Brasil, nas unidades de Sorocaba, Belo Horizonte e Joinville, também alcancem totalmente a neutralidade de emissão de CO2.   

A Valmet mantém sua posição de liderança no programa climático do CDP desde 2016, corroborando que a sustentabilidade está no centro das operações e da estratégia de negócios da companhia.

Portfólio com tecnologias que garantem eficiência energética  

Hoje, as fábricas de celulose dos clientes que utilizam as tecnologias da Valmet são 100% autossuficientes em bioenergia. Além disso, a oferta atual de caldeiras de biomassa da Valmet permite a produção de energia e calor 100% livre de fósseis. 

Ainda em 2023, a Valmet foi reconhecida pelas suas ações e estratégias para reduzir as mudanças climáticas, sendo incluída pelo 10.º ano consecutivo no Índice Dow Jones de Sustentabilidade como uma das líderes mundiais em sustentabilidade. 

Sobre o CDP

O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que impulsiona empresas e governos a gerenciar seus impactos ambientais. A lista do CDP de todas as empresas que participam publicamente de sua divulgação climática deste ano está disponível no site do CDP.

Sobre a Valmet

A Valmet é líder global no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias avançadas de processos, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. Com nossos sistemas de automação e soluções de controle de fluxo abrangem uma gama diversificada de indústrias de processo. Com uma equipe de mais de 19.000 profissionais distribuídos globalmente, nos empenhamos em fortalecer o desempenho operacional de nossos clientes diariamente, garantindo uma parceria próxima e eficaz. A empresa tem mais de 220 anos, a Valmet é sinônimo de inovação constante, melhorias contínuas e compromisso com a excelência. Em 2023, as vendas líquidas atingiram aproximadamente 5,5 bilhões de euros, refletindo a solidez no mercado e a confiança dos nossos clientes. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e a sede fica em Espoo, na Finlândia. Mais informações em:  valmet.com | X | X (IR) | LinkedIn | Facebook | YouTube | Instagram |

Featured Image

Balança comercial do setor de árvores cultivadas sobe 23,5% em 2024 e atinge recorde de US$ 15,7 bilhões

Vendas externas de celulose chegam a US$ 10,6 bilhões, alta de 33,2%

São Paulo, março de 2025 – As exportações do setor brasileiro de árvores cultivadas registraram forte crescimento em 2024, com aumentos robustos em todos os mercados mundiais, mostra o Mosaico Ibá, boletim produzido pela Indústria Brasileira de Árvores. A balança comercial no ano passado fechou com saldo positivo recorde de US$ 15,7 bilhões, alta de 23,5% sobre o resultado de 2023.

A celulose, principal produto da pauta do setor, fechou 2024 com alta de 33,2% nas exportações na comparação com o ano anterior, chegando ao recorde de US$ 10,6 bilhões. Painéis de madeira também tiveram forte crescimento nas exportações, segundo o levamento da Ibá, com alta de 36,6% (US$ 409 milhões), seguido por Compensados (+22,6% – US$ 793 milhões) e Papel (+4,6% – US$ 2,5 bilhões).

Em termos de produção, o Brasil registrou recorde de 25,5 milhões de toneladas de celulose em 2024, alta de 5,2% na comparação com 2023. A produção de papel também foi recorde no ano passado, atingindo 11,3 milhões de toneladas, alta de 4,6%.

No setor de painéis de madeira, as exportações tiveram alta de 38,5% em volume, atingindo 1,4 milhão m³ enviados para fora do país. As vendas domésticas também cresceram, 16,4%, atingindo 8,3 milhões m³.

O setor de árvores cultivadas é um dos motores da economia brasileira, com 4,7% de participação no total de exportações do país em 2024 (1% acima do resultado de 2023), além de ser o quarto item da pauta de exportações do agro brasileiro. Em 2024, o setor aumentou sua participação no total vendido ao exterior pelo agronegócio, chegando em 9,5% (em 2023 era de 7,6%).

Mercados

A diversificação dos mercados compradores de produtos florestais brasileiros é outro destaque do Mosaico Ibá de 2024, com expressivos aumentos nas vendas e volumes financeiros mais equilibrados para todos os destinos. 

A China segue sendo a maior compradora da celulose nacional, mas com crescimento, apesar de forte, inferior a Europa e América do Norte. O gigante asiático comprou US$ 4,8 bilhões (+20,8%), sendo 96% do montante em celulose. Em 2024, a China aumentou a compra dos três principais produtos da pauta de exportação na comparação com o ano anterior: celulose (+21,2%), papel (+62,7%) e painéis de madeira (+94,1%).

A Europa aparece em segundo lugar, mas com crescimento expressivo de 45% no ano passado (US$ 3,6 bilhões). As vendas de celulose para a Europa tiveram forte alta de 58% em 2024. Mesmo cenário da América do Norte (US$ 3,5 bilhões) que incrementou em 24% suas compras, principalmente de painéis de madeira (+57%), porém com um volume financeiro muito maior pela compra de celulose (US$ 1,7 bilhão), que teve alta de 40%.

“Já dentro de um cenário de realinhamento das relações comerciais no mundo, o boletim Mosaico Ibá nos mostra que a exportação de produtos florestais brasileiro cresce de maneira expressiva em todos os mercados, explicita como o setor cresceu em produtividade e como somos competitivos mesmo diante de um contexto adverso”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá. “A expansão nas vendas de celulose, de 58% para a Europa e 40% para a América do Norte, mostra o reconhecimento de nossos clientes pelo compromisso histórico do setor com a sustentabilidade.”

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Featured Image

Relatório 2024 da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) reforça o potencial do setor

  • 6,91 milhões de hectares de áreas conservadas, o equivalente a um estado do Rio de Janeiro.
  • O setor como pilar da descarbonização, armazenando 4,92 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente.
  • 18 milhões de toneladas de celulose exportadas em 2023, consolidando o Brasil como maior exportador mundial.

O Dia Internacional das Florestas e das Árvores, celebrado na próxima sexta-feira, 21 de março reforça a importância da conservação ambiental e do manejo sustentável das florestas, um tema essencial para o setor de base florestal, que tem avançado significativamente nos últimos anos.

A Bracell tem um papel essencial nesse contexto e investe em diversas iniciativas que conciliam produção responsável e conservação ambiental.

O Relatório 2024 da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) trouxe alguns dados que reforçam esse cenário.

🌱 Compromisso Um-Para-Um: a Bracell já atingiu 97% da meta de preservação ambiental, protegendo 189 mil hectares de áreas públicas nos estados onde opera. Além disso, um novo acordo com o governo de SP garantiu a proteção de 115 mil hectares adicionais nos próximos 10 anos.

🦜 Biodiversidade e conservação da fauna: a empresa dobrou o número de áreas certificadas para soltura de animais na natureza, reforçando a reintrodução segura de espécies nativas. Além disso, realiza monitoramento contínuo da fauna e flora nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

🔬 Pesquisa e inovação: já foram concluídas oito iniciativas científicas de biodiversidade, atingindo 100% da meta anual de apoio a projetos de pesquisa. A Bracell também desenvolve um sistema de inteligência territorial para gestão sustentável das paisagens florestais.

💧 Uso eficiente dos recursos naturais: a fábrica em Lençóis Paulista opera com o menor consumo de água da história, além de reduzir o envio de resíduos sólidos para aterro e maximizar a recuperação química.

Fábrica Bracell em Lençóis Paulista, SP.

🌳 Parceria com a SOS Mata Atlântica: desde 2022, a Bracell mantém uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica para restaurar áreas de vegetação nativa. Um dos principais projetos já resultou na recuperação de 25 hectares de Mata Atlântica na região da Cuesta, em Botucatu (SP), com o plantio de mais de 61 mil mudas de 80 espécies nativas. Além da conservação da biodiversidade, a ação impacta positivamente duas microbacias hidrográficas, ajudando a regular os recursos hídricos e o clima. A presença de fauna na área restaurada já demonstra a regeneração acelerada do ecossistema.

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

Featured Image

Exclusiva – Estagnação da produtividade florestal no Brasil: um chamado à ação para impulsionar o crescimento sustentável

Alta demanda no mercado global por produtos florestais requer soluções inovadoras e sustentáveis para impulsionar o desenvolvimento do setor. Expedição Silvicultura realizará levantamento com dados essenciais e atualizados; saiba mais

O setor de árvores cultivadas no Brasil, reconhecido mundialmente por sua expressiva área plantada e relevância econômica, enfrenta um desafio crucial: a estagnação da produtividade de seus plantios. Apesar dos avanços tecnológicos e do crescente conhecimento sobre manejo florestal, os indicadores apontam para uma estabilidade nos níveis de produção por hectare, o que exige uma reavaliação das estratégias e um esforço conjunto para impulsionar o crescimento sustentável do setor. A superação desse obstáculo é fundamental para manter e garantir a competitividade do Brasil no mercado global, bem como, para atender às crescentes demandas por produtos florestais de forma responsável e eficiente.

O Relatório Anual da Ibá 2024 destaca a necessidade de uma união de forças entre profissionais, empresas, academia e outras instituições para endereçar esse desafio de maneira pré-competitiva. Essa colaboração estratégica visa conectar saberes, compartilhar experiências e investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e práticas de manejo. A troca de informações e a busca por soluções inovadoras são essenciais para identificar os fatores que limitam a produtividade e para desenvolver estratégias eficazes para superá-los, perante o grande potencial de evolução.

Mapeamento e soluções

Um levantamento mais aprofundado e atualizado da produtividade florestal em todas as regiões do país se torna imprescindível. A coleta de dados detalhados sobre as diferentes espécies cultivadas, as condições climáticas e de solo, as práticas de manejo utilizadas e os resultados obtidos é fundamental para identificar as melhores práticas e os gargalos que precisam ser superados. Esse mapeamento abrangente deve incluir não apenas as espécies mais comuns, como eucalipto e pinus, mas também as madeiras nobres, que possuem um alto valor agregado e um grande potencial de crescimento no mercado.

Com base nesses dados, será possível desenvolver modelos de manejo mais eficientes e adaptados às diferentes realidades regionais, otimizar o uso de recursos naturais, reduzir os custos de produção e aumentar a rentabilidade dos plantios. Além disso, o conhecimento gerado por esse levantamento poderá ser compartilhado com os produtores florestais, incentivando a adoção de práticas sustentáveis e o aumento da produtividade em todo o país. A união de esforços e o investimento em conhecimento são os caminhos para garantir o futuro próspero e sustentável do setor florestal brasileiro.

Expedição Silvicultura

Nesse contexto, a Expedição Silvicultura – Na Trilha da Produtividade surge como uma iniciativa crucial para impulsionar essa transformação. Ao percorrer mais de 40 mil km pelas principais regiões produtoras, 14 Estados do país, coletando cerca de 40 mil pontos de controle e 1.000 amostras de inventário florestal, a expedição se propõe a radiografar a realidade da produtividade florestal brasileira. Um levantamento detalhado, que inclui o georreferenciamento de talhões, a estimativa de altura, área basal, densidade e estoque de madeira, e a avaliação da presença de pragas, doenças e sinistros, fornecerá uma base de dados inédita e valiosa para a análise da produtividade em diferentes contextos regionais.

Expedição Silvicultura vai produzir o maior levantamento sobre a produtividade das plantações florestais brasileiras.

Os resultados da expedição serão apresentados e discutidos durante nove eventos presenciais, incluídos no roteiro da programação, que acontecerá de setembro a novembro deste ano. O levantamento têm o potencial de catalisar uma mudança de paradigma no setor florestal. Ao disponibilizar informações privilegiadas sobre as condições e os desafios da produtividade florestal, a expedição permitirá que profissionais, empresas, instituições e universidades tomem decisões mais informadas e estratégicas.

“A coleta de dados diretamente em campo fornecerá uma visão abrangente e detalhada do setor florestal brasileiro. Informações robustas e confiáveis permitirão que gestores florestais tomem decisões mais precisas, otimizando a produtividade e a sustentabilidade das áreas, ao mesmo tempo em que atendem às exigências do mercado e fortalecem a competitividade do setor, destaca Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, que irá liderar a expedição.

Regiões que a Expedição Silvicultura realizará a coleta de dados.

Com base nesses dados, será possível desenvolver modelos de manejo mais eficientes e adaptados às diferentes realidades regionais, otimizar o uso de recursos naturais, reduzir os custos de produção e aumentar a rentabilidade dos plantios.

Além disso, a expedição promoverá a troca de experiências e o networking entre os principais stakeholders do setor, fomentando a colaboração e a inovação em busca de soluções para aumentar a produtividade e garantir o futuro sustentável das florestas plantadas no Brasil.

Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions (www.canopyrss.com.br) em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações (www.paulocardosocom.com.br), Embrapa Florestas (www.embrapa.br/florestas), e apoio das principais instituições e empresas do setor.

Seja um patrocinador da Expedição Silvicultura!

Não perca essa chance única de fazer parte dessa grande Expedição e destaque seu nome em um evento de proporções épicas! Mais informações: comercial@maisfloresta.com.br ou comercial@canopyrss.tech.

Inscrições e outros detalhes estarão disponíveis em breve em: https://www.expedicaosilvicultura.com.br/.

Siga no Instagram!

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Suzano comemora 81 anos de Ribas do Rio Pardo e reafirma compromisso com o desenvolvimento sustentável local

Com 3 mil postos de trabalho diretos, entre próprios e terceiros, a Unidade Ribas do Rio Pardo contribuiu para transformar a realidade do município

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, celebra os 81 anos de Ribas do Rio Pardo, reforçando o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do município. Com 3 mil postos de trabalho diretos, entre próprios e terceiros – sendo grande parte deles ocupados por rio-pardenses –, a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, em operação desde julho do ano passado, contribuiu e segue contribuindo para a transformação do município e da região.

“A Suzano sempre acreditou no potencial de Ribas do Rio Pardo para o desenvolvimento econômico. Ciente da força e dedicação de sua gente, temos orgulho de fazer parte desta nova fase do município, que agora celebra 81 anos com um cenário de crescimento e oportunidades. Nós seguimos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e a movimentação gerada pela nova unidade transformou a dinâmica local, impulsionando negócios, gerando empregos e fortalecendo a economia”, destaca Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Esse processo de transformação na economia local teve início em 2021, quando foram iniciadas as obras de construção da nova fábrica, e se mantém até hoje com a unidade em operação. Além da geração de empregos no município, muitos bens e serviços são adquiridos pela unidade no comércio local, o que contribui para o aquecimento da economia local, como ressalta Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano, responsável pelo Projeto Cerrado, que resultou na construção da fábrica inaugurada no ano passado.

“O compromisso da Suzano com o desenvolvimento socioeconômico local vai além da valorização e qualificação da mão de obra local; envolve também o comércio de bens e serviços da região onde atuamos. Por isso, investimos recentemente na qualificação do empresariado local, com o Programa Semear, desenvolvido em parceria com o Sebrae, visando capacitar pequenas e médias empresas para conquistarem saúde financeira e se prepararem para fornecer para grandes empresas no geral. Também temos como política interna priorizar a busca por bens e serviços no comércio local, como uma forma de prestigiar o empresariado local em nossas aquisições”, destaca Maurício.

Uma das empresas beneficiadas pela iniciativa de qualificação e pelo desenvolvimento do município foi a Lavanderia Rio Pardo, fundada por Lucimara Vilalba e um sócio há pouco mais de quatro anos. “Participamos de capacitações e aprendemos a planejar os investimentos. O programa Semear foi fundamental para que nos estruturássemos no longo prazo e abrisse portas para nossos novos investimentos”, afirma. Ela completa: “No início, era um empreendimento doméstico, bem pequeno, na sala da minha casa. Com a chegada da Suzano, o movimento aumentou e precisei investir em equipamentos industriais e capacitação profissional”, conta Lucimara. O crescimento da lavanderia incentivou a abertura de um segundo negócio, a Portal Tintas, voltado para atender o aquecido setor da construção civil na cidade, que segue aquecido com a conclusão das obras da unidade.

Outro caso de transformação empresarial veio da fábrica de implementos de Paulo Henrique Ribeiro e seu sócio, Éder Paulo dos Anjos. Fundado em 2012, o Grupo Líder surgiu na expectativa da instalação de uma fábrica de celulose que, na época, não se concretizou. “Durante anos, vendemos o almoço para comprar a janta. Chegamos a produzir dois ou três implementos por mês, o que era muito pouco”, relembra Paulo. Com a chegada da Suzano, a empresa passou por uma virada de chave, expandindo suas operações, investindo em tecnologia e aumentando sua equipe, que chegou a ter 120 funcionários no auge da construção da unidade industrial.

Diversificação

A demanda gerada pela nova dinâmica econômica não apenas criou empregos diretos, mas também incentivou a profissionalização dos empresários locais, permitindo que eles se preparassem para um mercado mais competitivo. Nesse contexto, empresários como Paulo e Éder diversificaram seus serviços, atuando também no transporte de maquinário e celulose. “Hoje, transportamos celulose para a Suzano e ampliamos nosso mercado, atendendo também outras grandes empresas do setor e da indústria”, destaca Paulo. Para isso, foi necessário se qualificar e atender exigências mais rigorosas de segurança e qualidade, um desafio que acabou fortalecendo ainda mais o negócio.

O crescimento econômico de Ribas do Rio Pardo reflete a transformação para uma nova realidade, consolidando a cidade como um novo polo de desenvolvimento no Mato Grosso do Sul. “Ribas não é mais a mesma. A cidade está crescendo, tem novas oportunidades, e nós, como empresários, queremos continuar contribuindo para esse desenvolvimento”, conclui Paulo Henrique Ribeiro.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

Featured Image

Paper recupera direitos societários na Eldorado Celulose

Decisão do CADE restabeleceu o poder da companhia como acionista minoritária

A Paper Excellence recuperou, nesta quarta-feira (19/3), os direitos societários como acionista minoritária na Eldorado Brasil Celulose. Por 6 votos a um, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) restabeleceu os direitos políticos previstos no acordo de acionistas e na Lei das Sociedades Anônimas (SAs).

A partir de agora, a Paper retoma o poder de voto como acionista minoritária, já que é titular de 49,41% das ações da Eldorado, controlada pela J&F Investimentos. O presidente do CADE e todos os conselheiros ressaltaram a importância de preservar os direitos de investimentos da Paper, que ainda não adquiriu o controle acionário da empresa, como estabelecido no contrato de compra e venda assinado em 2017.

A decisão foi definida no julgamento do recurso apresentado pela companhia. A medida preventiva que suspendeu os direitos societários da Paper, imposta pela Superintendência-Geral do CADE em novembro do ano passado, foi reformada de forma parcial. O Cade manteve o impedimento de veto da Paper no processo de expansão do complexo industrial, localizado em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul (MS).

A Paper Excellence, por sua vez, afirma que sempre foi favorável à expansão da fábrica. A companhia ressalta, no entanto, que vinha exigindo da J&F os estudos de viabilidade econômico-financeiro, como é praxe em grandes investimentos realizados no setor de celulose.

Contudo, a medida preventiva do CADE não estava em vigor. Desde 22 de janeiro de 2025, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) restabeleceu novamente a posição de acionista da Paper e o poder de voto nas assembleias gerais da Eldorado, ao acatar um recurso apresentado pela companhia.

Informações: F7 Comunicação.

Featured Image

CEO da Suzano revela estratégia para aumentar investimento no mercado chinês

Shanghai, 19 mar (Xinhua) — A Suzano, a maior produtora mundial de celulose, planeja aumentar o investimento no mercado chinês, concentrando-se em materiais de base biológica, infraestrutura logística e fortalecimento de parcerias locais, disse Beto Abreu, CEO da Suzano, em uma entrevista à Xinhua na terça-feira.

Impulsionada pela forte demanda no mercado chinês, a fabricante brasileira de celulose alcançou um recorde de 12,3 milhões de toneladas de vendas de celulose e papel em 2024, marcando um aumento de 7% em relação a 2023.

“A China é um dos maiores mercados de celulose e papel com o mais rápido crescimento no mundo”, disse Abreu, acrescentando que a empresa tem grande confiança no crescimento do mercado chinês e pretende desenvolver novos produtos com base em sua estratégia de base biológica.

De acordo com Abreu, a Suzano investirá ainda mais em materiais de base biológica para diversas aplicações, infraestrutura logística e projetos para fortalecer parcerias com fornecedores locais na China. A empresa lançará iniciativas de compras com o objetivo de adquirir mais equipamentos e produtos de fornecedores locais, integrando ainda mais os fornecedores chineses à cadeia de suprimentos global da Suzano.

Em novembro do ano passado, a Suzano se tornou a primeira corporação das Américas fora do setor de serviços financeiros a emitir títulos panda, dívida denominada em renminbi (moeda chinesa) vendida no mercado onshore da China por um emissor estrangeiro. A empresa levantou com sucesso 1,2 bilhão de yuans (cerca de US$ 165 milhões) em uma operação realizada exclusivamente no mercado chinês.

“Acho que isso reflete duas coisas. Em primeiro lugar, reflete nossa confiança no mercado chinês. E também é um reflexo do crescimento de nossa presença na China”, disse ele. “Acreditamos que arrecadar fundos na China e ter o renminbi como parte de nosso portfólio de moedas para nossas operações abrem caminho para nosso crescimento contínuo no mercado chinês. Gostaríamos de explorar mais oportunidades de financiamento na China.”

Com o lançamento do seu hub de inovabilidade, o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento e inovação da Suzano na Ásia, localizado na área de Zhangjiang, em Shanghai, a Suzano está desenvolvendo soluções de base biológica de ponta para ajudar a indústria chinesa a realizar a transição de baixo carbono.

“Estamos particularmente incentivados pelas políticas da China de promover a manufatura digital e verde, a prática de economia circular e fluxos financeiros transfronteiriços, e, em conexões com nove universidades chinesas e startups locais, a Suzano se integrará ainda mais com a economia chinesa e com certeza contribuirá com sua transformação de baixo carbono”, afirmou o CEO.

Na terça-feira, a Suzano anunciou o lançamento do Programa “Vida Verde, Futuro Azul” 2025, em Shanghai. Esta iniciativa marcou o início de uma série de atividades educacionais de um ano destinadas a promover a consciência ecológica e a gestão ambiental entre as gerações mais jovens na China. 

Informações: Monitor Mercantil.

Featured Image

Embrapa clona araucária de 700 anos que tombou no PR

Clonagem foi um desafio devido à idade avançada da árvore

A Equipe da Embrapa Florestas (PR) conseguiu clonar uma araucária (Araucaria angustifolia) de cerca de 700 anos que tombou durante um temporal no Paraná, um feito inédito na pesquisa florestal brasileira. A árvore, com 42 metros de altura, era considerada a maior do estado da espécie, que é um símbolo da paisagem local. O projeto de resgate genético resultou em mudas clonadas que foram plantadas em Cruz Machado, cidade onde a árvore original estava.

A clonagem de uma planta tão antiga apresentou grandes desafios, pois a regenerabilidade de tecidos de árvores idosas é reduzida. No entanto, o pesquisador conseguiu produzir quatro mudas de tronco, preservando o DNA da árvore original. “Resgatar uma araucária tão antiga e cloná-la com sucesso é uma conquista científica”, comemora o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling.

Por serem originárias de tecidos adultos, as mudas clonadas irão originar árvores de porte menor mas que começam a produzir pinhão mais cedo do que uma árvore convencional, o que pode beneficiar produtores rurais interessados no uso sustentável da espécie. O pinhão, além de ser um alimento tradicional, tem valor comercial crescente e pode representar uma fonte de renda adicional para agricultores.

No entanto, Wendling alerta que as mudas ainda são delicadas e requerem cuidados especiais nos primeiros anos de desenvolvimento, incluindo irrigação e controle de competidores naturais. “A árvore original sobreviveu por séculos, mas essas mudas precisam de atenção para que possam crescer saudáveis e continuar esse legado”, explica.

A clonagem

Foto: Kátia Pichelli
Foto: Kátia Pichelli

A técnica usada para esta clonagem foi a enxertia, que consiste em unir um fragmento da planta original a uma muda jovem. No caso da araucária clonada, logo que a árvore caiu foram coletados brotos (foto á direita), que foram então enxertados em mudas já estabelecidas, garantindo que o novo indivíduo possua o mesmo material genético da planta original. Esse processo permite a regeneração da árvore a partir de suas próprias células, mantendo características como resistência e produtividade.

O enxerto pode ser feito a partir de brotos do tronco ou do galho da árvore, resultando em diferentes formatos de plantas. As mudas de tronco tendem a crescer como árvores convencionais, enquanto as de galho originam as chamadas “mini araucárias”. Os dois tipos produzem pinhões mais precocemente. Após a enxertia, as mudas passam por um período de crescimento antes do plantio definitivo em campo.

No caso de árvores idosas, a clonagem é mais difícil devido à baixa capacidade de regeneração dos tecidos mais velhos. Com o passar dos anos, as células das plantas, reduzem sua taxa de multiplicação e perdem parte de sua capacidade de originar novos indivíduos.

Além disso, árvores muito antigas possuem um sistema hormonal diferente do de plantas jovens, o que pode dificultar o crescimento dos enxertos e reduzir o sucesso da clonagem. No caso desta araucária, com idade estimada em cerca de 700 anos, o pesquisador da Embrapa precisou realizar experimentos para identificar as condições ideais de cultivo das mudas clonadas. O sucesso do procedimento representa um avanço na tecnologia florestal, abrindo caminho para a conservação genética de outras árvores centenárias.

Foto: Kátia Pichelli
Foto: Kátia Pichelli

Clones plantados em locais simbólicos

O plantio das mudas ocorreu em dois locais distintos. Uma delas foi levada de volta à propriedade rural de Terezinha de Jesus Wrubleski (foto acima), onde a araucária original estava. “Fico muito feliz de poder ter essa nova árvore aqui, como uma filha da antiga”, comemora. Segundo ela, a antiga araucária atraía visitantes interessados em sua imponência, e a nova muda representa uma continuação dessa história. “Minha família já está há mais de 70 anos nessa propriedade e a araucária era parte da nossa família. Agora, poderemos mostrar a sua ‘filha’”, conta. Outra muda foi plantada no Colégio Agrícola de Cruz Machado, em um evento com estudantes, professores e autoridades locais.

A escolha do colégio agrícola como local para receber a muda reforça a importância da educação na conservação da biodiversidade. Para o diretor da instituição, Anilton César Michels, a presença da araucária servirá como ferramenta didática para os alunos. “Esse é um momento histórico para nossa escola e para a cidade”, afirma. Segundo o diretor pedagógico da instituição, Anderson Kaziuk, o plantio incentivará os alunos a desenvolver o cultivo da araucária em suas propriedades, consorciado com a erva-mate, diversificando a produção e gerando renda para a agricultura familiar. “E o processo de acompanhar o crescimento dessa araucária vai ser único, não é mesmo?”, complementa Kaziuk.

Foto: Kátia Pichelli
Foto: Kátia Pichelli

Para os estudantes, a oportunidade de acompanhar o crescimento de uma árvore clonada é uma experiência única. “Quero voltar daqui a alguns anos para ver como ela está e quem sabe colher alguns pinhões”, diz o aluno Reginaldo Litka. A professora Ana Carolina Majolo reforça que o aprendizado sobre a araucária pode mudar a percepção dos alunos sobre o uso sustentável da floresta. “Antes, muitos viam a árvore como um empecilho. Agora, entendem que ela pode ser um recurso valioso”, explica.

A técnica de clonagem utilizada pelos cientistas permitiu a produção de mudas a partir de brotos de tronco, garantindo que a nova geração mantenha a genética da árvore original. Diferente das mudas geradas por sementes, que podem resultar em árvores geneticamente variadas, as mudas clonadas preservam características únicas da planta mãe, como por exemplo o  formato dos pinhões época de produção. Além do plantio das mudas, os estudantes do colégio agrícola participaram de uma palestra sobre a importância da araucária na biodiversidade e seu potencial econômico para a agricultura familiar. A espécie, que já cobriu grandes extensões do Sul do País, hoje está ameaçada pela exploração descontrolada realizada no passado. “Precisamos encontrar formas de preservar a araucária e, ao mesmo tempo, torná-la economicamente viável para os produtores”, ressalta Wendling.

Foto: Kátia Pichelli
Foto: Kátia Pichelli

O prefeito de Cruz Machado, Carlos Novak, reforça o valor simbólico do projeto: “Essa árvore faz parte da história do nosso município. Hoje, aprendemos a conservá-la e a usá-la de forma sustentável”. O secretário de Agricultura da cidade, Daniel Waligura, complementa: “A madeira da araucária já foi usada para construir casas, mas agora ela também pode ser um ativo econômico vivo”.

O projeto também prevê a doação de uma das mudas clonadas para o Governo do Estado do Paraná e a preservação de outra na coleção genética de araucária da Embrapa Florestas, garantindo a continuidade das pesquisas sobre a espécie. “Essa árvore tem um DNA único e precisamos estudar o que a tornou tão resistente”, conclui Wendling.

Araucária de tronco X araucária de galho

“A araucária é uma espécie com uma fisiologia bastante diferenciada: é a única árvore onde é possível separar totalmente o tronco e os galhos. Entender isso nos permitiu aprimorar a técnica de clonagem via enxertia, proporcionando mudas de tronco e de galho”, revela o pesquisador. “Daqui a cerca de quatro anos, quando as árvores estiverem melhor estabelecidas, também poderemos fazer clones destes clones e, assim, replicar este material genético”, explica.

As mudas de araucária produzidas via enxertia podem ser originadas de brotos de tronco ou de galho, resultando em características distintas:

  • Mudas de galho: dão origem a “mini araucárias”, sem a presença de tronco, que atingem no máximo de 3 a 5 metros de altura e produzem pinhões precocemente. Os pinhões gerados por estas mini araucárias são normais e darão origem a árvores de tamanho normal.
  • Mudas de tronco: dão origem a árvores de morfologia “normal”, com a presença de tronco e galhos, embora possivelmente não atinjam a mesma altura da árvore original, uma vez que são coletados brotos maduros. A genética da árvore original se mantém.

Qual a idade das células de uma planta clonada?

A idade ontogenética (celular) de uma planta clonada é a mesma da planta original, do ponto onde o enxerto foi coletado, no momento da clonagem. Ou seja, em termos de DNA e das informações contidas nele, a planta clonada “nasce” com a mesma idade da planta da qual foi retirada a célula ou o tecido para a clonagem. “Já a idade fisiológica é zero no momento da criação, pois é uma nova planta, em um novo ciclo de vida” explica Wendling.

Featured Image

Ebramem 2025 está chegando com palestras e feira sobre o uso da madeira na construção

O 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira (Ebramem) está com as inscrições abertas. Exposição técnica acontece paralelamente ao evento

Teoria e prática unirão acadêmicos, pesquisadores e profissionais da engenharia e arquitetura durante o mais importante fórum de discussão, atualização e divulgação de informações da área técnica-científica da madeira: o Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras). As experiências práticas e as palestras internacionais do evento terão como foco o uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil. 

Em sua 18ª edição, o encontro – que acontece de 05 a 09 de maio, em Curitiba –  é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento.

Nesta edição, o encontro vem com um formato inovador, não se restringindo apenas aos debates acadêmicos. Pela primeira vez, paralelamente ao Ebramem, acontecerá a Ebramem Expo – Madeira Industrializada na Construção, com a presença de 38 expositores da área da madeira engenheirada, que trarão o que há de mais moderno em produtos, serviços e tecnologias.

A presidente da Comissão organizadora do XVlll Ebramem Curitiba, Andréa Berriel Mercadante, também professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e atual Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UFPR, pontua que estarão reunidos em um mesmo espaço profissionais que trabalham há décadas com a madeira, na academia, na indústria e no mercado. “Sendo, portanto, um evento essencial para todas e todos que desejam adquirir conhecimento, trocar experiências e empreender na área com a finalidade de construir edificações e cidades mais sustentáveis”, destaca. 

Por ser um material de construção renovável, a madeira constitui a matéria-prima mais promissora para o futuro da arquitetura e da engenharia civil. Utilizar a madeira, destaca Andréa, significa valorizar as florestas (plantadas e nativas) e melhorar a qualidade de vida no planeta, já que seu cultivo proporciona o sequestro do CO2 da atmosfera. Porém, as vantagens não param por aí.

Ebramem Expo – O diretor comercial da Ebramem Expo, Martin Kemmsies, acrescenta que a madeira também traz beleza, aconchego e calor aos ambientes por conta de sua biofilia. “Sem contar a praticidade que seu uso traz para a construção civil por ser um material rápido de se trabalhar, ao contrário da construção molhada, que envolve cimento”, diz. Pode-se inclusive, exemplifica ele, levantar um andar por dia da parte estrutural ao se utilizar a madeira.

Ele já vislumbra o sucesso da exposição, que está com praticamente todos os estandes ocupados. “Em sua primeira edição, o evento já nasceu grande e forte, com a presença de representantes de peso da indústria nacional e internacional. Apresentaremos o que há de mais novo e moderno na área da construção civil, com pequenas e grandes soluções em madeira.” 

Entre os principais atrativos, Kemmsies destaca que os participantes terão acesso ao futuro da construção em madeira, como estandes com usinagem robotizada; braços robóticos; tecnologia de produção de telhados em tesouras (Geilne); além dos principais produtores de vigas laminadas do Brasil. “Mostraremos que a inteligência artificial também se aproxima desse segmento.” Portanto, inovação, tecnologia, sustentabilidade e oportunidades de negócio não faltarão. 

Parceria Fiep
A Fiep, que sempre apoiou e é uma entusiasta das construções utilizando a madeira, será o grande palco de tudo isso. Desde 2024 que a Fiep, provocada pelo governo do Estado, começou um movimento dentro do Conselho da Madeira visando reunir a cadeia produtiva e os envolvidos nas construções em madeira. “Como fruto disso surgiram vários grupos de trabalho focados em apoiar o poder público no desenvolvimento de políticas públicas direcionadas às questões da madeira como material construtivo”, comenta o consultor técnico da Fiep, Patrick Reydams. 

A partir daí, continua Reydams, indústria e academia se aproximaram e a Fiep percebeu a importância de apoiar esse movimento técnico-científico que o Ebramem representa. “E nada melhor para começar essa parceria do que esse evento acontecer dentro do espaço Fiep, dialogando também com os integrantes dos grupos de trabalho do Conselho da Madeira, da cadeia produtiva e das indústrias, além de arquitetos, engenheiros e estudantes”, destaca.   

Trabalhos científicos
Os principais temas dos trabalhos acadêmicos apresentados durante o Ebramem serão “Construções e sistemas construtivos: práticas nacionais e internacionais”; “Arquitetura em madeira”; “Projetos estruturais e de ligações em madeira (maciça, engenheirada, LWF)”; “Industrialização da madeira”; “Segurança contra incêndio nas edificações em madeira”; “Conservação de edificações históricas em madeira”; “Recuperação de estruturas de madeira”; “Habitações em madeira”; “Normas técnicas para estruturas de madeira”; e “Sustentabilidade e assuntos complementares”. 

Já as experiências práticas e as palestras internacionais ficarão em torno do uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil. A programação completa pode ser encontrada no site do evento.

Além das palestras e dos trabalhos científicos, ainda ocorrerão os Prêmios IBRAMEM destinados a profissionais e estudantes de arquitetura e design, além do “Hackathon da Madeira”, uma competição arquitetônica  inédita que focará em problemas e soluções em madeira como material estrutural e construtivo.  

Inscrições
As inscrições para o Ebramem devem ser feitas por meio do site até o final de março para garantir os valores do 2º lote. Vale lembrar que estudantes e associados ao Ibramem poderão garantir os ingressos a preços promocionais. Os pagamentos poderão ser parcelados até a data do evento. Já a EBRAMEM EXPO será aberta ao público em geral e gratuita.

Serviço:

XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
05 a 09 de maio
8h às 18h
Fiep/PR – Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Inscrições aqui.

Apoiadores

O Ebramem acontece com o apoio de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); PUCPR; FAE Centro Universitário; Núcleo da Madeira; Unibrasil; Uninter; Napi WoodTech; Embrapa Florestas; Birka; Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); IAB-PR (Instituto de Arquitetos do Brasil ); CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); Núcleo da Madeira; UTFPR – Campus Curitiba e Guarapuava; UFPR – direção do setor de Tecnologia e de Ciências Agrárias; Birka; Woodflow; IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas); Mais Floresta / My Wood Home; SBCTEM (Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia da Madeira), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) Brasil, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo; ACR; AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais); APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais); IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); IEP (Instituto de Engenharia do Paraná); Noah Tech Brasil; Grupo Index, STCP Engenharia de Projetos.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S