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Celulose brasileira fica totalmente isenta de tarifaço de Trump

Insumo usado na fabricação de papéis, fraldas e absorventes já estava na lista de exceções da sobretaxa de 40% em vigor desde início de agosto e, agora, ficará de fora até mesmo da “tarifa recíproca” de 10%

As vendas de celulose do Brasil para os EUA estão isentas até mesmo da “tarifa recíproca” de 10% introduzida pelo governo Donald Trump em abril, segundo mudanças recentes na lista de bens excluídos do tarifaço, previstas numa ordem executiva editada na última sexta-feira pela Casa Branca.

O Instituto Brasileiro de Árvores (Iba), que representa os fabricantes de celulose, confirmou o entendimento de que as tarifas americanas caíram.

A celulose já estava na lista de exceções da sobretaxa adicional de 40%, que foi anunciada por Trump no início de julho e entrou em vigor no início de agosto. Com o decreto da última sexta-feira, ficou de fora também da tarifa de 10% em vigor desde abril.

A ordem executiva publicada pela Casa Branca faz diversas modificações no rol dos produtos sujeitos ao tarifaço. Uma longa lista de códigos da classificação americana de bens para fins de comércio exterior foi colocada em três anexos do decreto.

No Anexo 2, que lista produtos que “não estão cobertos” pelas tarifas recíprocas de 10%, estão três códigos que incluem a celulose e derivados. Segundo o Iba, esses três itens respondem por 90% das vendas de celulose do Brasil para os EUA.

Maior fornecedor do mundo

O Brasil é o maior fornecedor de celulose do mundo, segundo o Iba. O destaque da produção nacional é a celulose de fibra curta, usada na fabricação de papel branco, tipo ofício, e também na indústria de higiene e limpeza — papel higiênico, papel toalha, fraldas e absorventes.

As exportações de celulose do Brasil somaram US$ 6,9 bilhões no acumulado até agosto deste ano, alta de 1,4% ante igual período de 2024, segundo os dados da balança comercial, divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Os preços globais do insumo estão em queda, mas o valor das vendas externas subiu. Em quantidade, houve um salto de 15,6% na comparação anual das exportações brasileiras de celulose.

Informações: Folha de Pernambuco.

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Arauco lança portal do Plano Estratégico Socioambiental do Projeto Sucuriú

Ferramenta digital permitirá acompanhar investimentos de R$ 85 milhões em serviços públicos e desenvolvimento social em Inocência (MS)

Setembro de 2025 – A Arauco lançou nesta quarta-feira (10) o site oficial do Plano Estratégico Socioambiental (PES) do Projeto Sucuriú – www.pes-sucuriu.com.br. A plataforma foi criada para atualizar a sociedade civil sobre as ações e investimentos da companhia em Inocência (MS) e municípios vizinhos, reforçando o compromisso de transparência e prestação de contas em relação aos R$ 85 milhões destinados à ampliação dos serviços públicos e ao atendimento das demandas sociais decorrentes das obras do Projeto Sucuriú – primeira planta de celulose da Arauco no Brasil.

Durante a cerimônia, autoridades municipais e executivos da companhia destacaram a função social do novo portal – de informar a comunidade – bem como o alinhamento das ações ao Plano Diretor da cidade de Inocência. “Este portal nos permite compartilhar, de forma rápida e transparente, o status do que está em andamento, além dos compromissos cumpridos e os resultados que já estão transformando a vida das comunidades que nos acolhem”, explicou Theófilo Militão, Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco.

Diretor Theófilo Militão fala aos presentes sobre os avanços do PES.

Com navegação responsiva e acessível também por tablets e celulares, o portal permite que os usuários conheçam as iniciativas da Arauco e acompanhem de perto atualizações e avanços em nove eixos estratégicos: Saúde; Educação; Assistência Social; Segurança Pública; Trabalho e Renda; Transporte; Saneamento; Habitação; e Ordenamento Territorial/Preservação Ambiental.

Estas áreas contemplam demandas levantadas junto à população e lideranças locais, representadas por Comitês Gestores Setoriais que coordenam e monitoram as entregas conforme o cronograma estabelecido. Pautado no diálogo e elaborado de forma participativa, o PES adota um modelo de governança compartilhada, envolvendo a Arauco, o poder público municipal e estadual, e a sociedade civil – com a realização de audiências públicas, encontros abertos com lideranças e escutas periódicas aos moradores em áreas urbanas e rurais.

O lançamento ocorreu no Espaço Cultural Espaço Lázara Lessonier, em Inocência, com a presença do Vice-prefeito Henrique Alves e secretários municipais das pastas de Finanças, Saúde, Educação e Assistência Social. Presentes também o Presidente da Câmara Municipal de Inocência, Valmes Carvalho; a Presidente da Associação Comercial e Industrial de Inocência, Luiza Peixoto; o Presidente do Sindicato Rural de Inocência, Osmar Garcia Pereira; além do Secretário Adjunto da SEJUSP, Ary Carlos Barbosa; e a Procuradora Jurídica, Paula Carósio Font.

Sobre o Projeto Sucuriú:

O Projeto Sucuriú marca a entrada da divisão de celulose da Arauco no Brasil. O investimento de US$4.6 bilhões inclui a construção de uma planta com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de fibra curta de celulose/ano. Está localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência (MS) e ao lado do Rio Sucuriú. A etapa de terraplanagem começou em 2024 e a previsão de entrada em operação é no final de 2027.

Em todas as fases desenvolvimento do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas unidades Industrial, Florestal e operações de Logística. O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.

Sobre a Arauco Brasil

No país desde 2002, a Arauco atua nos segmentos Florestal e de Madeiras com o propósito de, a partir da natureza e de fontes renováveis, contribuir com as pessoas e o planeta. Emprega mais de 3000 colaboradores próprios e conta com 5 unidades industriais brasileiras.

As plantas estão distribuídas entre a produção de painéis, em três fábricas localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); painéis e molduras, na planta localizada em Piên (PR); resinas e químicos, na unidade de Araucária (PR) e, em 2027, prepara-se para inaugurar sua primeira fábrica de celulose brasileira em Inocência (MS).

Com atuação orientada por práticas ESG, a Arauco possui certificação FSC® (Forest Stewardship Council®) em suas florestas, que reconhece o manejo ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável. Globalmente e no país, opera primando pela gestão responsável da água, a conservação da biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera.

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Ibá relança Manual do Setor de Árvores Cultivadas na reta final do Prêmio de Jornalismo

Material tem por objetivo apresentar setor para jornalistas e auxiliar na apuração de pautas e reportagens; inscrições para Prêmio Ibá vão até dia 1º de outubro

São Paulo, setembro de 2025 – Com o objetivo de apresentar o setor de árvores cultivadas a jornalistas e auxiliar na elaboração de pautas e apuração de reportagens, a Ibá relançou o Manual do Setor. O guia chega por ocasião do 2º Prêmio Ibá de Jornalismo, concurso que reconhece o trabalho de qualidade da imprensa sobre a indústria de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração de nativas, e cujas inscrições estão abertas até o dia 1º de outubro.

No Manual do Setor, é possível encontrar os principais dados sobre esta agroindústria, definições de termos técnicos, apresentação dos alicerces sobre os quais ela está baseada, explicações para equívocos comuns e referências de fontes que podem ser ouvidas na construção de reportagens. Uma novidade deste ano é que a publicação traz um anexo dedicado às associações regionais, com dados sobre o setor nos principais estados em que ele está presente. 

O material é destinado tanto para jornalistas que não conhecem o setor, quanto para aqueles que já têm alguma familiaridade e gostariam de sanar dúvidas ou ter ideias de pautas. Também pode ser usado por estudantes, pesquisadores e todos os profissionais com interesse de conhecer um pouco mais sobre essa indústria de forma prática e didática. Ele pode ser baixado gratuitamente em iba.org/premio

O setor brasileiro de árvores cultivadas é uma potência da bioeconomia global. Planta, colhe e replanta em mais de 10 milhões de hectares, além de preservar 7 milhões de hectares em áreas nativas. Trata-se de uma agroindústria que faz uso inteligente da terra, respeita a natureza e cuida das pessoas.

Todas as informações sobre inscrição estão disponíveis em iba.org/premio.

O prêmio

A 2ª edição do Prêmio Ibá de Jornalismo visa estimular e reconhecer a cobertura jornalística de qualidade relacionada ao setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração. 

Em 2025, assim como no ano passado, serão quatro as categorias para inscrição: vídeo, áudio, texto e veículo setorizado. Uma reportagem será premiada por categoria, recebendo o valor de R$ 5 mil, além de troféu e certificado. Haverá ainda uma menção honrosa no valor de R$ 3 mil. 

Para concorrer, trabalhos podem ser enviados até o dia 1º de outubro pelo formulário de inscrição disponível no site da Ibá (www.iba.org/premio). As reportagens devem respeitar alguns critérios básicos, entre eles, serem publicadaa em um veículo de imprensa entre o dia 1º de janeiro de 2025 até o término das inscrições. O edital com todas as regras também está disponível no site da Ibá. 

Assim como no ano passado, o Prêmio Ibá de Jornalismo conta com uma banca avaliadora de peso, formada por especialistas renomados de diversas áreas. São eles Leão Serva, diretor Internacional de Jornalismo, correspondente em Londres da TV Cultura e professor de Ética Jornalística na ESPM-SP; José Otávio Brito, professor titular sênior da USP no Campus Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP); e Cindy Correa, especialista em gerenciamento de crise e Comunicação 360º e gerente de Comunicação da Ibá.

Em seu primeiro ano, o Prêmio Ibá recebeu mais de 100 reportagens enviadas por profissionais de 17 estados de todas as regiões do país. A maioria das inscrições foi feita na categoria escrita (62), seguida por TV (28), veículo especializado (11) e áudio (7). Entre as reportagens premiadas, houve trabalhos de grandes veículos nacionais, assim como de filiadas, jornais e rádios regionais.

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais e de restauração, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 50 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas. Esse é um setor protagonista da bioeconomia de larga escala, oferecendo soluções para um mundo que precisa descarbonizar com serviços ecossistêmicos, como a remoção de carbono, e dando origem a produtos recicláveis, biodegradáveis e provenientes de fonte renovável. 

Site: iba.org/
Instagram: www.instagram.com/iba_oficial/
Facebook: web.facebook.com/industriabrasileiradearvores 

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Expedição Silvicultura vai mapear produção florestal em Minas e no Brasil

Projeto, que é apoiado no Estado pela Amif e Seapa, será apresentado no próximo dia 10 na Capital; é organizado por empresa pioneira no uso de geotecnologias para o setor em parceria com Embrapa Florestas

Líder no ranking de florestas plantadas do Brasil, com 2,3 milhões de hectares, Minas Gerais, no dia 10 de setembro, será palco do lançamento da primeira edição da Expedição Silvicultura – na trilha da produtividade. O projeto, que será apresentado na Fundação João Pinheiro (FJP), em Belo Horizonte, irá, de forma inédita, mapear a atividade no País.

A Expedição é organizada pela Canopy – empresa pioneira no uso de geotecnologias aplicadas ao setor florestal no Brasil – em parceria com a Embrapa Florestas. Em Minas Gerais, o projeto é apoiado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) e pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). 

De setembro a novembro de 2025, especialistas irão percorrer mais de 40 mil quilômetros pelas principais regiões produtoras em 14 estados do País, coletando informações em cerca de 40 mil pontos de controle. A iniciativa visa aprofundar o entendimento das condições e desafios da produção florestal no País, além de fomentar a troca de experiências entre os principais profissionais do setor.

Conforme a presidente da Amif, Adriana Maugeri, que também é presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a Expedição Silvicultura será importante para levantar com precisão dados sobre o setor, o que é fundamental para o planejamento estratégico.

“A Expedição Silvicultura é de extrema relevância para o nosso setor, para essa cultura que, aqui em Minas Gerais, é a maior cultura agrícola e no Brasil é um potencial gigantesco de ser realmente a força motriz da transição energética do nosso País, uma vez, que nós temos todas as credenciais do equilíbrio entre a produção e a conservação”.

Adriana explica ainda que a expedição – assim como já acontece algumas outras culturas agrícolas – tem como um dos principais objetivos e norteadores aumentar a eficácia das informações e dos levantamentos já realizados pelo setor florestal nos últimos anos. Isso será feito com o uso de tecnologia de alta performance, com as melhores ferramentas disponíveis hoje para a acurácia e até levantamento de informações que antes não era possível sem o uso da tecnologia.

“Nós temos uma expectativa gigantesca para Minas Gerais e para o Brasil, de que a gente vai dar um salto quântico de qualidade da informação obtida por meio de coletas de dados em campo em 14 estados brasileiros, com forte presença na cultura de florestas plantadas. Nós temos a expectativa que, a partir dessa coleta de dados, se desdobrem muitas pesquisas e trabalhos científicos. Acreditamos que também haverá melhoria de gestão nos processos produtivos e manejo das empresas florestais”.

A expedição analisará áreas de cultivo de eucalipto, pinus e espécies de destaque regional. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre práticas de manejo, incluindo o uso de insumos e tecnologias.

Além de levantar dados de produtividade florestal, a iniciativa investigará tendências de investimento, custos de produção e as percepções e expectativas dos produtores. Também serão avaliadas as práticas socioambientais adotadas nas diferentes regiões, bem como os impactos das mudanças climáticas sobre a produção florestal.

“Sem dúvida nenhuma, com a Expedição Silvicultura, ganham todos, ganham as empresas, ganham os consumidores dos produtos de origem florestal, ganham os governos estaduais e o governo federal, especialmente, o Mapa por ser casa que possui a competência da gestão do setor florestal no Brasil. Nós estamos com altas expectativas e acreditamos que realmente, não só essa expedição, mas a manutenção desse projeto ao longo dos próximos anos, nós consigamos, cada vez mais, enxergar além do que hoje já enxergamos de tantos pontos positivos que fazem realmente o setor florestal diferenciado”, finaliza a presidente da Amif.

Informações: Diário do Comércio.

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Espírito Madeira 2025 marca o lançamento do Selo de Circularidade da Indústria Moveleira Capixaba

Nova certificação reconhece práticas circulares e impulsiona a economia sustentável do setor moveleiro do Estado do Espírito Santo

Durante a terceira edição da feira Espírito Madeira – Design de Origem 2025, que começa nesta quinta-feira (11) e segue até sábado (13), no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, em Venda Nova do Imigrante (ES), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) lança oficialmente o Selo de Circularidade da Indústria Moveleira do Espírito Santo. A iniciativa busca reconhecer e incentivar as empresas do setor que adotam práticas sustentáveis no aproveitamento de resíduos madeireiros, reduzindo a destinação inadequada e reinserindo o material no ciclo produtivo. O lançamento contará com assinatura simbólica do projeto durante o evento, marcando um passo estratégico na promoção da Economia Circular no Estado.

O selo tem como objetivo valorizar práticas inovadoras e ambientalmente responsáveis, estimulando o design circular e a eficiência no uso da madeira. Entre os benefícios esperados estão a redução do desperdício, a diminuição das emissões de carbono, a geração de novas oportunidades de negócio e o fortalecimento da competitividade dos produtos capixabas no mercado. Atualmente, mais de 90% das 30 milhões de toneladas de resíduos de madeira produzidos no Brasil são originados pela indústria madeireira, mas apenas 12% passam por reaproveitamento. Nesse contexto, o Espírito Santo desponta como referência ao propor uma metodologia inédita de certificação para o setor.

Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni Lopes, o Selo de Circularidade representa um marco para a indústria moveleira capixaba, ao alinhar ganhos econômicos, ambientais e sociais. “Em termos financeiros, estimou-se uma economia de aproximadamente R$ 64 milhões para o setor moveleiro capixaba, a partir da de uma simulação que considerou um desconto médio de 20% na aquisição de matérias-primas produzidas com incorporação de resíduos”, afirma Rigoni. Trata-se de um projeto que consolida a transição para um modelo circular e que está em sintonia com o Decreto Estadual de Logística Reversa nº 5655-R de 2024.

A equipe técnica do projeto é formada por profissionais com experiência em integração entre academia, gestão pública e setor produtivo, a exemplo da gerente de Integração e Desenvolvimento Sustentável da Seama, Fernanda Furtado Orletti, e da professora do Ifes e coordenadora do projeto, Giusilene Costa de Souza Pinho. Juntas, as instituições irão conduzir diagnósticos, treinamentos e a construção participativa dos critérios que nortearão a certificação entre 2025 e 2027.

O projeto contará com R$ 834.018,94 em recursos da Seama, destinados ao desenvolvimento metodológico, à capacitação de empresas e à execução das ações previstas. Inicialmente, o setor moveleiro atuará como piloto, mas o modelo poderá ser expandido para outras indústrias no futuro, criando um legado de inovação sustentável no Espírito Santo. Ao associar o lançamento à feira Espírito Madeira, a Seama busca não apenas apresentar o selo, mas também engajar empresários locais, valorizar a imagem do Estado como referência nacional em Economia Circular e abrir espaço para o debate sobre a replicabilidade da iniciativa em outras cadeias produtivas. A Secretaria também participará com um estande na Feira.

Espírito Madeira 2025- A feira Espírito Madeira – Design de Origem 2025 promete ser a maior edição já realizada. Com todos os espaços comercializados e expectativa de movimentar R$ 25 milhões em negócios, o evento valoriza a cadeia produtiva da madeira capixaba, que reúne mais de 850 empresas e gera R$ 86,6 bilhões ao ano. A programação inclui palestras sobre inovação, crédito de carbono e design, além de workshops práticos, demonstrações de equipamentos no Espaço Maker, Olimpíadas da Madeira e áreas temáticas como o Espaço Vintage e o Espaço Acadêmico. A entrada é gratuita.

Além dos negócios, a Feira se consolida como vitrine cultural e turística da região, com shows noturnos de artistas locais e impacto positivo no setor hoteleiro. Um dos destaques da programação é a missão técnica à Casa do Lago, em Pedra Azul, referência em arquitetura sustentável e madeira engenheirada. A edição de 2025 reforça o lema “a madeira que inova, conecta e transforma”, celebrando a força do setor capixaba e aproximando empresários, profissionais, estudantes e visitantes em três dias de imersão em sustentabilidade, tecnologia e cultura.

Fernando Fossile, proprietário da Fossile Máquinas para Madeiras, de Fazenda Rio Grande (PR), participa pela primeira vez da Espírito Madeira. Especialista em soluções para a produção de madeira engenheirada, ele explica que sua empresa oferece todo o conjunto de equipamentos necessários para o setor, desde plainas nacionais e importadas até prensas industriais, cobrindo todo o processo fabril. Com trajetória iniciada na manutenção industrial, a Fossile passou a fabricar máquinas próprias há oito anos, voltadas tanto para beneficiamento quanto para a produção de MLC e vigas engenheiradas.

Segundo Fossile, o evento é uma oportunidade estratégica para fortalecer a presença no Espírito Santo, onde já possui clientes. “Viemos com a intenção de mostrar essa inovação no mercado, que é a madeira engenheirada. Muita gente vai entrar nesse segmento para valorizar o material, porque a madeira apenas serrada e cortada tem baixo custo. Já quando é engenheirada, o valor dobra — e a construção civil está precisando disso”, ressalta.

A Feira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, tendo como patrocinador Master a Placas do Brasil, patrocínio do Sicoob, Laguna, Far East Máquinas e Ferramentas e Benevix e apoio institucional da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Governo do Estado do Espírito Santo, Sebrae/ES, Findes, Senai, Sesi, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Núcleo de Pesquisa em Qualidade da Madeira (Nuqmad Ufes), Sistema Faes/Senar/Sindicatos, VP Madeiras, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Associação dos Engenheiros e Engenheiras Florestais Egressos da UFV (Aseflor), Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura (Sbag), Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabi), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Sindirochas e Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol).

Clique aqui, e confira a programação completa do Espírito Madeira!

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

**Credenciamento de Imprensa: [Clique aqui para acessar o link de inscrição]

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Parceria entre Governo, prefeitura e iniciativa privada garante melhoria na habitação em Ribas do Rio Pardo (MS)

Um dos principais desafios do crescimento de Ribas do Rio Pardo – a falta de moradias para os trabalhadores da fábrica de celulose da Suzano – começa a ser solucionado. A Prefeitura de Ribas do Rio Pardo, em parceria com a Suzano, entregou ontem (04) importantes melhorias para a comunidade: o novo acesso ao Bairro Santo Antônio que tem 954 casas destinadas a colaboradores da empresa e novas áreas de lazer para a região. O encontro ocorreu na Avenida Nelson Lírio com a Rua Benjamin de Oliveira, em Ribas do Rio Pardo.

O evento contou com a presença do vice-governador Barbosinha, do prefeto de Ribas Roberson Moureira, do vice-presidente da Suzano, Ayres Galhardo, a coordenadora de relações corporativas da Suzano, Marisa Coutinho,  dos deputados federais Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, de deputados estaduais Paulo Corrêa e Mara Caseiro e vereadores.

Secetário Jaime Verruck destacou que a parceria é a solução para resolução de problemas na habitação

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, presente ao evento ressaltou a relevância da iniciativa. “Hoje, tive a satisfação de acompanhar a entrega de 954 casas no Bairro Santo Antônio. É emocionante testemunhar uma resposta concreta para uma questão tão crucial: a moradia. O que se comprova nesta entrega é que há solução quando existe parceria – como a que uniu Suzano, setor privado, Prefeitura de Ribas e Governo do Estado, por meio do programa Moradia MS. Isto é parceria entre a Prefeitura de Ribas, a Suzano, o Governo do Estado e os parlamentares”, destacou.

As obras representam mais mobilidade, segurança e qualidade de vida para a população, oferecendo espaços de convivência e bem-estar às famílias. Além das casas, o bairro recebeu praças e quadras de vôlei e futebol, promovendo lazer e integração social.

Destinadas a atender parte dos colaboradores que atuam nas operações industriais e florestais da empresa na região, as unidades habitacionais também contribuem com o sistema imobiliário local como um todo, aliviando a pressão sobre a procura de imóveis no município. Os imóveis residenciais seguem o mesmo padrão, diferenciando-se entre si apenas no tamanho, sendo que 551 unidades têm 46,04 metros quadrados, com dois quartos, e outras 403 têm 59,30 metros quadrados com três quartos. As famílias que irão ocupar os imóveis são de colaboradores e colaboradoras da Suzano em modelo de coparticipação. Futuramente, as moradias estarão disponíveis para compra pelos moradores/colaboradores, com valores diferenciados e condições especiais de pagamento. As unidades remanescentes, que estão em fase final de obras, serão entregues às famílias no decorrer do segundo semestre deste ano.

“Este é um momento de celebração para toda a população. Estamos entregando melhorias concretas que vão transformar a vida das pessoas, e ao mesmo tempo lançando um programa que fortalece a gestão pública, em parceria com a Suzano. Ribas segue crescendo e se preparando para o futuro”, destacou o prefeito Roberson Moureira.

Ribas 100 anos

Durante a cerimônia, também foi lançado o Programa de Apoio à Gestão Pública – Ribas 100 Anos, iniciativa da Suzano que fortalece a capacidade administrativa da Prefeitura, ampliando a eficiência na execução de políticas públicas e beneficiando toda a cidade.

“Quando há vontade e união de esforços, conseguimos construir soluções de qualidade. E o compromisso não para por aqui. O Programa de Apoio à Gestão Pública – Ribas 100 Anos abre espaço para que toda a sociedade pense junto o futuro da cidade”, completou o secretário.

Na avaliação de Verruck investimentos como este reforçam o compromisso do Governo do Estado em parceria com a administração municipal e a Suzano em promover infraestrutura de qualidade, espaços de lazer acessíveis e políticas públicas modernas, garantindo que o desenvolvimento da cidade seja acompanhado de bem-estar social e novas oportunidades para todos os ribenses.

“O que se comprova nesta entrega é que há solução quando existe parceria – como a que uniu Suzano, setor privado, Prefeitura de Ribas e Governo do Estado, por meio do programa Moradia MS. Quando há vontade e união de esforços, conseguimos construir soluções de qualidade. E o compromisso não para por aqui. Também foi lançado hoje o Programa de Apoio à Gestão Pública – Ribas 100 anos, que abre espaço para que toda a sociedade pense junto o futuro da cidade”, finalizou.

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Bracell amplia Programa de Educação Continuada para contribuir com avanço da qualidade do ensino nas redes municipais

Lançamento teve Veveu Arruda, ex-prefeito de Sobral (CE) reconhecido por boas práticas na educação. Em Parceria com a Associação Bem Comum, iniciativa chega às escolas municipais da região

A alfabetização de qualidade ganhou reforço em quatro cidades da região: Agudos, Bauru, Macatuba e Pederneiras. A Bracell lançou no mês de setembro a nova fase do Programa de Educação Continuada, mais uma iniciativa do Bracell Social voltada à capacitação de profissionais da educação e ao fortalecimento da gestão escolar. Serão beneficiados diretamente mais de 80 profissionais da educação entre diretores, vice-diretores, coordenadores, formadores de equipe e supervisores escolares.

O lançamento oficial foi realizado no Centro de Referência em Formação Permanente aos Profissionais da Educação Municipal (Crefor), em Bauru (SP), durante o Seminário “Alfabetização: caminhos que levam ao sucesso escolar”, que reuniu os prefeitos e secretários municipais de educação dos municípios beneficiados pela iniciativa, educadores, representantes da Associação Bem Comum e da Bracell.

A execução do programa ficará a cargo do parceiro executor Associação Bem Comum, organização reconhecida nacionalmente pela experiência em políticas públicas de alfabetização. A metodologia aplicada busca fortalecer práticas pedagógicas e de gestão escolar, com foco na aprendizagem, no acompanhamento de resultados e na valorização das equipes escolares.

“Essa parceria mostra como a união entre setor privado, gestão pública e terceiro setor pode gerar resultados concretos para a educação. Nosso compromisso, dentro da Agenda Bracell 2030, é contribuir para a elevação da proficiência em língua portuguesa e matemática nas escolas públicas em cidades de atuação da companhia”, destacou Manoel Browne, diretor de Relações Institucionais da Bracell.

Ele comentou ainda que, a companhia acredita na educação como uma ferramenta de transformação. “Queremos impulsionar avanços que mudem não apenas os indicadores educacionais, mas a realidade das comunidades por meio de um ensino de qualidade”, reiterou.

Na região, além dos profissionais diretamente beneficiados, a iniciativa terá impacto indireto sobre cerca de 5,2 mil pessoas, incluindo quase 350 professores e mais de 4.800 alunos dos 2º e 5º ano do Ensino Fundamental I nas quatro cidades parceiras.

Na esfera estadual, somente no ano passado, mais de 24 mil professores dos anos finais do Ensino Fundamental em São Paulo foram beneficiados pelo projeto, que apoia programas desenvolvidos pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e pela Associação Parceiros da Educação, como o Planejamento de Aulas e a Formação por Dentro do Currículo, voltados a professores especialistas de 91 diretorias de ensino no estado. Agora, com a expansão para a rede municipal, o foco está nos anos iniciais, especialmente na alfabetização.

Durante o evento, os participantes também acompanharam a palestra de José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, o Veveu Arruda, ex-prefeito de Sobral (CE) e presidente da Associação Bem Comum, referência na transformação educacional que levou Sobral a alcançar o maior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Brasil em 2016 e à conquista do reconhecimento como melhor rede pública municipal de ensino brasileira, conforme o IOEB (índice de Oportunidade da Educação Brasileira). No período da tarde, o seminário trouxe atividades práticas e contou com a presença da secretária de educação de Ferraz de Vanconcelos, Paula Trevissolli, que compartilhou a experiência dos resultados na secretaria municipal de educação, por meio do trabalho desenvolvido em parceria com a Associação Bem Comum.

“O esforço para alfabetizar todas as crianças é absolutamente necessário, porque o analfabetismo limita sonhos e queima possibilidades de futuro. Superar essa realidade é um imperativo para construirmos um país mais justo e menos desigual. Por isso, ficamos entusiasmados em atuar ao lado da Bracell e das prefeituras, unindo forças com professores, gestores, famílias e comunidades. Essa parceria nos dá esperança de transformar territórios por meio da educação”, afirmou José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, o Veveu Arruda, presidente da Associação Bem Comum.

A iniciativa integra o Bracell Social, plataforma de investimento social da companhia, estruturada em três pilares: Educação, Empoderamento e Estar Bem. Por meio dela, a Bracell promove projetos que fortalecem a aprendizagem, estimulam o empreendedorismo feminino, ampliam a inclusão, valorizam a cultura, incentivam o voluntariado e contribuem para a preservação ambiental — sempre com o objetivo de gerar impacto positivo, transformando a vida das pessoas.

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Abrace este Projeto: Aulas inaugurais dos cursos técnicos da Arauco e SENAI começam nesta semana em três cidades de MS

A Arauco, em parceria com o SENAI-MS, dá início nesta semana às aulas do programa “Abrace este Projeto“, que vai capacitar mais de 500 pessoas para atuar em um dos setores que mais cresce em Mato Grosso do Sul: o de papel e celulose.

As primeiras turmas têm início em Três Lagoas (9/9), Paranaíba (10/9) e Inocência (11/9), em unidades do SENAI e espaços parceiros. Durante as cerimônias de abertura, estarão presentes executivos da Arauco e do SENAI-MS, reforçando a importância do programa para a formação de mão de obra qualificada e para o desenvolvimento regional.

Além de ensino técnico de qualidade, os estudantes recebem bolsas de até R$ 1.500 mensais, incentivo que possibilita dedicação integral aos estudos. Os cursos abrangem áreas estratégicas da indústria — Automação, Celulose & Papel, Eletrotécnica, Logística, Mecânica e Química — com turmas em período integral e noturno.

Com o “Abrace este Projeto”, Arauco e SENAI reafirmam o compromisso de investir em pessoas, promover empregabilidade e contribuir para o fortalecimento econômico da Costa Leste de Mato Grosso do Sul.

Agenda das aulas inaugurais:

09/09 (terça-feira), 18h30 – TRÊS LAGOAS

Local: SENAI Três Lagoas R. José Amílcar Congro Bastos, 1313 – Vila Nova, Três Lagoas – MS

10/09 (quarta-feira), 18h30 – PARANAÍBA

Local: Auditório da EE Aracilda Cícero Corrêa da Costa. Av. Durval Rodrigues Lopes, 500, Ipê Branco – Paranaíba-MS

11/09 (quinta-feira), 18h30 – INOCÊNCIA

Local:  Centro de Convivência – Ilda Tomázia da Silva – João Batista Parreira, 589 – Inocência, MS

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Vale da Celulose cobra apoio federal para enfrentar déficit habitacional e saúde em cidades de MS

A intenção é aproximar o governo federal da realidade complexa de cidades como Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Inocência e Bataguassu

migração em massa de trabalhadores para atuar na indústria de celulose tem inflado a população das cidades do Vale da Celulose, criando gargalos na saúde e na habitação e forçando prefeituras a pressionar por apoio do governo federal, que tem participação direta e indireta no crescimento acelerado do setor no estado sul-mato-grossense.

Estima-se que, desde 2011, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), principal financiador federal de grandes projetos industriais, destinou mais de R$ 12 bilhões a obras industriais e de infraestrutura. O investimento transformou Três Lagoas em um polo global de celulose, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

Enquanto negocia uma data para discutir, em audiência pública no Senado Federal, os impactos positivos e negativos do crescimento acelerado da cadeia da celulose nos municípios de Mato Grosso do Sul, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) se articula para garantir a participação de ministérios das áreas de saúde e habitação, entre outros.

O requerimento do senador para a realização da audiência foi aprovado recentemente, ainda sem data definida. A expectativa é de que o evento ocorra entre o fim de setembro e o início de outubro na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado.

A carência de moradias é o principal gargalo. Na sequência, aparece a falta de serviços de saúde e de educação, incluindo creches. Para o senador, é crucial o aumento da contribuição de programas federais para fortalecer as ações sociais dos municípios. Entre os programas citados estão o Minha Casa, Minha Vida, além do reforço do SUS e da assistência social.

“Vamos chamar os ministérios afins para que eles possam ter um olhar diferente a essas cidades. Seja para liberar mais créditos, fazer mais escolas, mais postos de saúde, mais ação social”, exemplificou o senador em entrevista ao Campo Grande News.

A intenção é aproximar o governo federal da realidade complexa de cidades como Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Inocência e Bataguassu, onde o número de habitantes praticamente dobrou nos últimos anos.

“Hoje há cidades feitas de contêineres porque não há onde colocar as pessoas”, exemplifica o senador.

Mesmo reconhecendo os pontos positivos do forte crescimento econômico impulsionado pela indústria de celulose, o parlamentar alerta para a necessidade de planejamento adequado diante do aumento populacional. “É melhor ter um problema desse para resolver do que ter problemas de baixo crescimento econômico, de emprego e de falta de perspectiva para os jovens de uma cidade”, reconhece.

Para ele, a política de fomento a grandes projetos industriais e obras de infraestrutura na região, contudo, deveria caminhar junto a políticas públicas, programas sociais e habitacionais.

Maior polo industrial da celulose

Segundo estimativas da consultoria Falconi, a produção de celulose em Mato Grosso do Sul deve mais que dobrar nos próximos cinco anos, alcançando cerca de 11 milhões de toneladas com a chegada das gigantes internacionais Arauco (em Inocência) e Bracell (em Bataguassu), devendo transformar a região leste de Mato Grosso do Sul no maior polo industrial de celulose do mundo. O setor deve gerar 100 mil empregos no estado até 2028. Entre investimentos públicos e privados projetados para o Vale da Celulose, o montante deve chegar a quase R$ 100 bilhões até 2030, incluindo ampliação da capacidade produtiva e obras logísticas.

O Estado também caminha para assumir a liderança na produção de árvores de eucalipto para atender à indústria. O governo estadual prevê que a área plantada possa chegar a 2,7 milhões de hectares até 2026, ultrapassando Minas Gerais como o maior polo produtor de eucalipto do país. A área plantada sul-mato-grossense deve superar 1,7 milhão de hectares ainda em 2025.

Política habitacional específica

Na lista de convidados para a audiência pública está o prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Moureira, que aponta um déficit de 2 mil moradias no município e defende como prioridade a criação de uma política habitacional específica entre as esferas federal, estadual e municipal. Moureira avalia que as ações atuais são pontuais e insuficientes para atender a demanda crescente de trabalhadores que acabam sendo prejudicados pelo valor abusivo aplicado nos aluguéis.

A necessidade imediata, segundo ele, é de ao menos 500 novas casas por ano para atender às famílias riopardenses. “Essa medida é fundamental para garantir que o desenvolvimento econômico da cidade seja acompanhado por inclusão social e melhoria da qualidade de vida da população”, destaca o prefeito em nota encaminhada pela sua assessoria de imprensa.

Conforme a última estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Ribas do Rio Pardo somava 23.996 habitantes em 2024, contra 21.159 em 2014. O crescimento foi de 13,41%, o que representa 2.837 novos moradores em dez anos.

O município recebeu, no ano passado, a maior fábrica de celulose do mundo, instalada pela Suzano, com capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas. O empreendimento recebeu R$ 22,2 bilhões em investimentos — R$ 15,9 bilhões destinados à construção e R$ 6,3 bilhões destinados à base florestal e à logística. No pico das obras, a companhia chegou a empregar cerca de 10 mil trabalhadores. Atualmente, gera aproximadamente 3 mil empregos diretos, entre próprios e terceirizados.

Segundo Moureira, a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo vem atuando de forma integrada em áreas como qualificação profissional, fortalecimento da agricultura familiar e ampliação da infraestrutura urbana para preparar o município de forma sustentável para esse novo ciclo de crescimento.

“A participação na audiência será uma oportunidade importante para reforçar esse compromisso e buscar apoio em nível nacional para que o município continue crescendo com responsabilidade social, ambiental e econômica.”

Gargalos do sistema de saúde

Também convidada para a audiência pública, a Prefeitura de Água Clara aponta que o maior gargalo hoje está no sistema público de saúde, já saturado diante da forte demanda de pacientes vindos de outras cidades, como Ribas do Rio Pardo, Brasilândia e Inocência.

Em resposta à reportagem, a Prefeitura afirmou, via sua assessoria de imprensa, que a alta rotatividade de moradores prejudica de forma significativa o atendimento nos hospitais públicos. A população do município passou de 16.741 para 17.901 habitantes entre 2024 e 2025, aumento de 6,08%, segundo dados do IBGE.

Para a administração municipal, o crescimento da demanda é imprevisível e está muito além da capacidade de investimento em saúde. “O crescimento da população está tão acelerado que, mesmo fazendo o impossível — um milagre —, o sistema de saúde não está conseguindo atender todo mundo. Isso é algo muito preocupante.”

Ainda de acordo com a Prefeitura, os investimentos no sistema público de saúde têm superado a aplicação mínima obrigatória de 15% da receita. Em 2024, o índice chegou a 24,49%, e a previsão para este ano é de 20,12%. O maior percentual dos últimos cinco anos foi registrado em 2021, quando alcançou 32,72%.

Também foram convidados para o debate os titulares das Prefeituras de Bataguassu, de Inocência e de Três Lagoas. Do lado da indústria, estarão representantes da Arauco, da Suzano e da Bracell, além do secretário da Semadesc (Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jayme Verruck, e do deputado estadual Pedro Caravina.

Informações: Campo Grande News.

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Bracell amplia monitoramento hídrico com vertedouro em afluente do rio Sauípe

A construção, usada para quantificar a vazão e a qualidade da água de um corpo hídrico, tem como objetivo analisar o curso d’água do riacho Seco, presente na RPPN Lontra

A Bracell avançou nas iniciativas de monitoramento do fluxo hídrico de mananciais na sua área de influência na Bahia. A empresa instalou um vertedouro de água em um trecho do Riacho Seco, que passa pela RPPN Lontra, Reserva Particular do Patrimônio Natural da companhia entre os municípios de Entre Rios e Itanagra, no Litoral Norte da Bahia. O Riacho Seco é um dos afluentes do rio Sauípe. A estrutura permite quantificar a vazão e a qualidade da água de um corpo hídrico. Este é o segundo vertedouro instalado em suas áreas florestais no estado. O outro destina-se ao monitoramento do fluxo hídrico da microbacia do rio Farje, realizado continuamente em Alagoinhas, desde 1996. O estudo vai permitir comparar a relação entre os fluxos hídricos em trechos de mata nativa, no caso da RPPN Lontra, e em trechos próximos aos plantios de eucalipto, no caso do Farje.

“A escolha da RPPN Lontra para instalar o vertedouro se deu por ser nossa melhor referência de floresta nativa no norte da Bahia, uma vez que ela conta com 1.377 hectares. Buscamos um trecho de fluxo contínuo, onde a água flua em linha reta, sem fazer curvas, e possua um relevo levemente inclinado, para evitar erros de vazão”, explica William Costa Matos, coordenador de Operações de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Bracell Bahia.

O especialista de P&D Geovanni Barros explica que o vertedouro é projetado para garantir a medição das vazões mínimas do rio com alta qualidade, mas com potencial de medir vazões muito maiores. “Durante a análise, são feitas avaliações qualitativas e quantitativas do curso d’água do Riacho Seco que irão demonstrar, a médio prazo, o comportamento desse manancial, de acordo com a variação climática da região”, informa.

Por meio de sensores, as variáveis do vertedouro são registradas a cada 15 minutos, com coletas de campo realizadas quinzenalmente. As amostras de qualidade da água são coletadas mensalmente. “Com o novo vertedouro na RPPN do Lontra, poderemos acompanhar como a vazão do rio e a qualidade da água são influenciadas pelas chuvas, pelas estações do ano e ao longo do tempo. Além disso, esses dados servirão como referência para as informações obtidas no vertedouro do Farje”, detalha.

Com esses dados em mãos, o time de P&D da Bracell compila as informações e as envia para o Programa Cooperativo de Monitoramento e Modelagem em Microbacias Hidrográficas (Promab) do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), parceiro da empresa nas avaliações hídricas. O IPEF já é parceiro da Bracell Bahia no monitoramento da microbacia do riacho Farje. Nele, os dados – analisados de modo isento e imparcial pela instituição – mostram que, até o momento, o manejo florestal realizado na região não apresenta impacto na quantidade e qualidade da água na microbacia do riacho monitorado.

A instalação do vertedouro na RPPN Lontra vai permitir à Bracell avaliar o comportamento da bacia em uma área preservada, que é certificada pela Unesco como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. De posse destas informações e com a possibilidade de cruzar os dados com o monitoramento de uma área cultivada, “a empresa vai entender ainda mais a fundo a relação do manejo florestal com o fluxo hídrico, permitindo o direcionamento ainda mais efetivo de medidas que garantam a sustentabilidade de toda a operação”, acrescenta Matos.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das líderes globais na produção de celulose solúvel e especial, com expertise no cultivo sustentável de eucalipto, base para a fabricação de celulose de alta qualidade. Com operações no Brasil desde 2003, a empresa integra o grupo Royal Golden Eagle (RGE), com sede em Singapura. Conta com mais de 11 mil colaboradores e duas unidades industriais no país — em Camaçari (BA) e Lençóis Paulista (SP) — além de escritório administrativo em Singapura e estruturas comerciais na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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