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CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Neste ano, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando redução de produtividade e eliminando a aplicação de defensivos químicos

Com o objetivo de proteger a produção sem comprometer o meio ambiente, a CMPC vem ampliando o uso de práticas inovadoras dentro do manejo integrado de pragas. Uma das principais estratégias é o controle biológico, realizado por meio da aplicação de organismos vivos que atuam como agentes naturais, capazes de manter o equilíbrio nos cultivos e minimizar os danos causados pelas pragas.

Segundo o diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, a iniciativa representa um avanço importante. Estamos investindo em soluções que unem tecnologia, respeito à natureza e produtividade, garantindo a preservação para as futuras gerações”, destaca.

Entre as pragas controladas está principalmente o Thaumastocoris peregrinus (percevejo-bronzeado), inseto que se alimenta da seiva das folhas e compromete o desenvolvimento saudável das árvores. Nesse sentido, as equipes de pesquisa da companhia trabalham no desenvolvimento de um pequeno aliado natural que tem feito toda a diferença no campo: o Cleruchoides noackae, um inseto que parasita os ovos do percevejo, com atuação silenciosa, porém eficaz, e que não causa danos ambientais nos plantios. Desde 2015, a CMPC conta com o apoio desse agente, que age de maneira precisa, impedindo que a praga se reproduza e se espalhe.

Tecnologia e pesquisa

Criado no laboratório do viveiro, localizado na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), o agente natural é liberado nas áreas monitoradas com o apoio de drones, em cápsulas biodegradáveis. A utilização potencializa o processo, garantindo maior precisão na aplicação, otimização de recursos e eficiência operacional, além de reduzir a dependência de defensivos químicos.

Os resultados do controle biológico têm sido expressivos. Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando a redução da produtividade de plantios e eliminando a aplicação de defensivos químicos.

Para o pesquisador Norton Borges Junior, um dos responsáveis pelo estudo em fitossanidade na CMPC, o diferencial da técnica está justamente na antecipação. “Quando começamos a identificar a presença do percevejo nas armadilhas, conseguimos agir rápido com o parasitoide. Isso evita que a praga alcance níveis críticos e garante um controle mais eficaz e duradouro”, explica.

Esse modelo também conecta a CMPC a outras empresas do setor por meio de parcerias e iniciativas com cooperativas para pesquisas. Ao apostar em soluções que respeitam a natureza e aumentam a eficiência no campo, a companhia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento responsável.

Sobre a CMPC

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site:   https://cmpcbrasil.com.br/

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O tarifaço ontem e hoje: histórico e perspectivas para o setor florestal

Entenda o histórico das tarifas aplicadas ao comércio internacional e como a nova taxa de 10% sobre produtos brasileiros pode impactar as exportações florestais

*Artigo por Fabio Brun.

Sempre é bom olharmos para trás e relembrar o histórico que nos trouxe até os dias de hoje no setor florestal. No dia 2 de abril de 2025, os Estados Unidos anunciaram a aplicação de tarifas recíprocas a praticamente todas as importações, incluindo uma tarifa base de 10% sobre produtos importados do Brasil. Três dias depois (05/04), a medida passa a vigorar e desperta apreensão entre os exportadores florestais.

O setor de produtos florestais logo percebeu os primeiros efeitos: produtos como madeira serrada, molduras, portas e painéis dependem fortemente do mercado norte-americano, e a introdução da tarifa de 10% representou um aumento de custo direto para os produtos brasileiros.

No entanto, esse choque foi apenas o começo. Em 30 de julho de 2025, o governo dos EUA elevou o patamar, aplicando uma tarifa de 50% sobre diversos produtos florestais brasileiros, medida que entrou efetivamente em vigor no dia 6 de agosto.

Com essa elevação, muitas empresas iniciaram medidas de contenção, como redução de estoques, suspensão temporária de exportações e adoção de férias coletivas. Tudo isso na tentativa de preservar empregos diante da queda abrupta da demanda.

Até agosto, estimava-se que 1,4 mil trabalhadores paranaenses já estavam em férias coletivas e 100 demissões foram confirmadas em empresas do setor de madeira processada logo nos primeiros dias após o tarifaço entrar em vigor.

No Paraná, entidades como a APRE e a Fiep  já relatavam cortes e risco iminente de até 10 mil demissões caso o momento perdurasse por mais dois meses, o que pode se efetivar até o final do ano caso a tarifa não seja revertida.

A escalada tarifária desencadeou uma crise setorial de grandes proporções. Empresas exportadoras competitivas no Brasil veem seus preços perderem atratividade frente a concorrentes de outros países, além de muitas exportações terem sido pausadas para readequar contratos.

O aumento repentino de tarifas também expôs fragilidades da cadeia produtiva, como a dependência do mercado americano de certos produtos e a falta de alternativas logísticas rápidas para escoamento da produção.

O governo federal brasileiro estima que o impacto agregado na economia será de uma retração de 0,2 ponto percentual no PIB entre agosto de 2025 e dezembro de 2026, e já identifica que setores específicos, como madeira e móveis, sofrerão mais fortemente. Algumas poucas medidas compensatórias foram anunciadas, mas elas não mitigam o efeito de um aumento de alíquota de 10% para 50%. 

Em resposta, entidades do setor vêm articulando medidas de curto e médio prazos junto ao governo federal, aos governos estaduais e até diretamente em Washington, como é a louvável iniciativa da entidade parceira ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente).

A Associação Sul-Brasileira de Empresas Florestais (ASBR), da qual a APRE Florestas faz parte, também está nessa força-tarefa. A entidade mantém uma consultoria em Brasília para monitorar as decisões executivas, por meio do consultor Fernando Castanheira. Assim, é possível promover articulações e abrir negociações de um setor estratégico e de forte representatividade para a economia brasileira e geração de empregos. É uma iniciativa inclusive de visibilidade de um setor que está presente na vida de muitos brasileiros e que precisa ser ouvido.

Desde o início da crise tarifária, a APRE Florestas tem atuado de forma ativa e intensa:

  • Em 4 de agosto de 2025, divulgou uma nota pública alertando para os riscos imediatos da tarifa de 50% sobre produtos florestais, destacando que o Paraná, onde muitos dos exportadores estão concentrados, seria fortemente afetado.
  • Participou de debates com lideranças do setor, reforçando a urgência da negociação entre Brasil e EUA. Em diversas entrevistas à imprensa, destacamos o fato de que já superamos outras crises e podemos sair mais fortes, desde que haja ação coordenada.
  • Participou ativamente em audiências públicas estaduais, como na Assembleia Legislativa do Paraná, para mobilizar apoio político institucional para medidas de mitigação.
  • Apresentou junto ao governo do estado do Paraná pleitos para minimizar os efeitos sobre o caixa das empresas.

Por meio dessas ações, a APRE buscou não apenas alertar sobre os impactos, mas também apresentar alternativas para redirecionamento de mercados, renegociação com compradores estrangeiros e apoio emergencial para empresas exportadoras.

Para que o setor sobreviva, é urgente avançar em três frentes:

  1. Negociação diplomática direta com os EUA: a reversão ou modulação das tarifas impostas depende em grande medida de entendimento bilateral.
  2. Diversificação de mercados e clientes: reduzir a dependência do mercado americano, sobretudo para os produtos mais vulneráveis à tarifa, o que é uma tarefa complexa e de longo prazo.
  3. Apoio institucional emergencial: medidas fiscais, crédito especializado, prorrogação de obrigações fiscais e ajuda direta às empresas exportadoras.

Seja qual for o desfecho, é fundamental que o governo brasileiro e as entidades representativas atuem de forma integrada, com estratégia clara e pressão diplomática. Esperamos que o diálogo entre o presidente Lula e o presidente Trump, recentemente iniciado, seja o ponto de partida para que a tarifa de 50% seja revista ou ajustada, e que as empresas possam recuperar competitividade sem sacrificar empregos nem investimentos.

O “tarifaço” ainda está em curso e, da parte das entidades, cada uma está atuando em prol do setor florestal. Cabe ao Brasil responder com firmeza, estratégia e união.


*Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).

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Governo do Paraná aposta na madeira engenheirada para construção do novo planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia

O Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, ganhará um novo planetário a partir de janeiro de 2026. A construção, conduzida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), tem investimento estimado em cerca de R$ 50 milhões e será executada pela empresa vencedora da licitação marcada para 7 de novembro deste ano. A previsão é que o espaço fique pronto em oito meses, tornando-se nova referência em divulgação científica e tecnológica no estado.

O projeto se destaca por adotar madeira engenheirada como principal técnica construtiva. A solução acelera a execução, reduz impactos ambientais e consolida o planetário como uma das obras públicas mais inovadoras do país.

Com cerca de 5.500 metros quadrados, a estrutura abrigará uma cúpula de 18 metros de diâmetro, com uma sala de projeção capaz de simular o céu e a movimentação de mais de 9 mil corpos celestes em alta definição, um auditório para 300 pessoas, salas multiuso, um relógio solar e um observatório astronômico indígena, além de áreas expositivas e outros espaços. Estima-se que o planetário poderá receber 140 mil visitantes por ano.

“A construção deste planetário é simbólica para a educação no Paraná. Será um espaço que une ciência, tecnologia e inovação, e que aproximará continuamente nossos estudantes de experiências reais de aprendizagem”, afirma o secretário estadual de Educação, Roni Miranda.

“Com o planetário, o Paraná não apenas investe em ciência e educação, mas também se coloca na vanguarda da construção pública sustentável no Brasil”, destaca a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.

ESTRUTURA INOVADORA – Embora já utilizada há décadas em outros países, a madeira engenheirada é novidade nas construções brasileiras. Também conhecida como madeira laminada colada (MLC), a técnica utiliza camadas de madeira de reflorestamento, coladas sob alta pressão para criar peças estruturais com grande resistência e durabilidade. A estrutura de MLC retém grande quantidade de CO2 da atmosfera, o que minimiza a pegada de carbono (medida da quantidade total de gases de efeito estufa liberados na atmosfera) da edificação. Ao contrário dos métodos de construção tradicionais, como concreto e aço, por exemplo, a montagem com MLC é mais ágil, não exige o uso intensivo de água e cimento, gera menos resíduos e desperdício de material, além de um canteiro de obras mais organizado e sustentável.

“As peças são pré-fabricadas em indústria, o que permite que elas cheguem prontas ao canteiro de obras para fazer a montagem. Isso torna o processo muito mais rápido e limpo”, explica o Diretor Técnico de Engenharia (DITE) do Fundepar, Marcello Marcondes de Albuquerque. Ele acrescenta que, em comparação com uma obra convencional de concreto de mesmo porte, o uso da madeira engenheirada pode reduzir o tempo de execução em até 30%.

DESAFIOS – O projeto que será executado foi o vencedor do primeiro concurso público de arquitetura promovido pelo Estado, em maio de 2024. O arquiteto do Fundepar, Diego Nogossek da Rocha, responsável pela análise arquitetônica dos projetos, explica que a proposta vencedora se inspirou no sistema solar e no movimento dos corpos celestes.

“Toda a estrutura irradia a partir do centro, onde está a cúpula de projeção, com capacidade para 156 pessoas. O entorno abriga auditório, salas de aula, sanitários e dezenas de áreas de apoio para o Parque da Ciência”, detalha.

Assinado pelo escritório Nardo Grothge Arquitetos, de São Paulo, o projeto competiu com outras 21 propostas enviadas de todo o Brasil. O concurso priorizou soluções técnicas inovadoras de acessibilidade, manutenção e segurança, além de viabilidade construtiva, sustentabilidade e integração com o ambiente do parque.

A construção apresenta desafios técnicos, especialmente pelo uso de uma tecnologia nova no Brasil para uma obra desse porte, a exemplo da execução de grandes vãos com madeira engenheirada. “Estamos falando de vigas de até 30 metros de extensão, algo que exige precisão e expertise técnica. Mas o Fundepar tem um know-how de quase 60 anos cuidando da infraestrutura das escolas. Somos um órgão muito técnico e profissional, e por isso nossos processos licitatórios exigem muita documentação e comprovação de capacidade das empresas executoras”, reforça Albuquerque.

Ao todo, mais de 100 pessoas do Fundepar estão envolvidas no projeto, entre engenheiros, arquitetos e técnicos administrativos, além de outras pastas do Governo do Estado, a exemplo da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que está financiando o projeto com recursos do Fundo Paraná. Serão R$ 80,2 milhões destinados à aquisição do sistema de projeção do planetário e execução da obra onde serão instalados os equipamentos.

METODOLOGIA BIM – A obra do planetário também será um marco na aplicação da metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), que permite integrar todas as disciplinas de um projeto, como o arquitetônico, o estrutural, o elétrico e o hidráulico em uma única plataforma digital.

“Com o BIM, todos os projetos conseguem conversar entre si. Assim, você minimiza erros, otimiza o tempo, faz uma orçamentação mais acertada e tem um controle melhor da obra e da construção. Para o planetário, isso é essencial”, explica Albuquerque. O Paraná é um dos estados pioneiros na implantação dessa tecnologia no setor público, com regulamentação própria, a partir do Decreto Estadual nº 10.086, de 2022, que estabelece normas de licitação e incentiva o uso do BIM.

REVITALIZAÇÃO DO PARQUE DA CIÊNCIA – Além da construção do planetário, o Parque da Ciência Newton Freire Maia, inaugurado em 2005, passará por uma ampla revitalização. O projeto prevê a reforma dos pavilhões existentes, implantação de novas passarelas e rotas acessíveis, modernização da infraestrutura, com climatização, cabeamento, segurança e sinalização, paisagismo e recuperação da trilha do Rio Canguiri. O investimento é de R$ 13 milhões. Atualmente, o Fundepar está concluindo a elaboração dos elementos técnicos que irão embasar a licitação da revitalização.

Informações: Seed-PR / Imagens: Divulgação.

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Brasil foi o país que mais avançou na produção de papelão ondulado entre 2023 e 2024, revela Anuário da Empapel

Material aponta que o Brasil continua como sexto maior produtor de papelão ondulado do mundo

A Empapel – Associação Brasileira de Embalagens em Papel acaba de lançar seu Anuário Estatístico 2025, com dados relativos a 2024. A publicação, elaborada pela FGV/Ibre, ratifica o ano recorde de expedição em 2024, quando o setor atingiu 4.247.991 toneladas de caixas, chapas e acessórios fabricados (+5,0% em relação a 2023).

Com esse resultado, o Brasil se consolida na sexta posição do ranking de países produtores de papelão ondulado, neste ano com uma novidade: o avanço de 5,0% na comparação entre 2024 e 2023 posiciona o país como aquele que mais avançou na expedição no período, entre os 10 maiores fabricantes. Em seguida, vieram da China (3,3%), Itália (3,0%) e Índia (2,3%).

“O papel é resiliente e, ao longo do tempo, com planejamento e inovação, as companhias souberam se reinventar para estarem prontas para atender às demandas do mercado, com qualidade e sustentabilidade. O setor de embalagens de papel, em especial de papelão ondulado, está intimamente ligado ao poder de compra das famílias, por ser um material utilizado para embalar sobretudo bens de consumo não duráveis, como alimentos, hortifruti, produtos farmacêuticos, entre outros. Em 2024 o desemprego esteve em níveis reduzidos, a massa salarial aumentou e os programas de transferência de renda ajudaram a aquecer a economia, o consumo das famílias e, portanto, as vendas no varejo. Como consequência, as embalagens de papel acabaram sendo mais demandadas”, comenta o presidente-executivo da Empapel, Embaixador José Carlos da Fonseca Jr.

De acordo com o Anuário, em 2024 a categoria de Produtos Alimentícios, que engloba carnes, laticínios, óleos e gorduras vegetais e animais, foi responsável pelo consumo de 51,49% de todo papelão ondulado expedido. Químicos e derivados ficam em segundo lugar, com 8,65%.

“Atualmente são mais de 20 segmentos industriais que utilizam papelão ondulado para proteger, transportar e armazenar seus produtos. Com o avanço da digitalização, as impressões nas embalagens de papelão ficam mais detalhistas e atraentes, o que faz do item um vetor de comunicação do valor da marca. Isso também estimula o uso do papelão ondulado, assim como de outros materiais de embalagem”, comenta José Carlos.

O Anuário de 2025 também retrata o dinamismo econômico e destaca a receita setorial de mais de R$30 bilhões. Além disso, são R$7,12 bilhões de contribuição por meio de impostos (ICMS, COFNIS, IPI e PIS). O número de colaboradores alcançou 28.489 profissionais contratados de forma direta.

Para acessar o anuário completo, é necessário requisitar por meio do endereço:  https://empapel.org.br/publicacoes/anuario_estatistico_2025/.

Sobre a Empapel

A Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel, surge em 2020 no lugar da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) – que desde 1974 representou aquele segmento. Com a ambição de ir além do papel ondulado, a entidade tem como missão ser reconhecida como uma associação que transforma o diferencial ambiental das embalagens de papel.

A Empapel quer promover uma ampliação de mercados e de oportunidades de negócios para seus associados, além de alcançar protagonismo em soluções para embalagens.

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Exclusiva – Expedição Silvicultura alcança 80% do maior mapeamento florestal do Brasil no interior de SP

Focado em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional, o roteiro avança para a reta final

Com mais 80% do roteiro concluído, a Expedição Silvicultura deu mais um importante passo ao realizar um evento presencial de sucesso em Botucatu, no interior de São Paulo, no dia 22 de outubro. O campus da Unesp sediou o encontro do projeto, que foi marcado por discussões aprofundadas e uma valiosa troca de experiências entre os especialistas do setor florestal. A colaboração estratégica com a Florestar-SP e a Invest-SP foi crucial para o êxito desta etapa.

Status e alcance atual do roteiro – Alcance em mais de 80% (acompanhe aqui).

A Expedição Silvicultura é uma iniciativa inédita que está realizando o maior e mais detalhado levantamento de dados sobre a produtividade do setor florestal no Brasil. O projeto percorre entre setembro e novembro, 14 estados – responsáveis por 98% da área total plantada no país – e inclui uma série de 9 eventos presenciais. Esses encontros combinam palestras técnicas e sessões de networking nas principais regiões produtoras.

Destaques do evento em Botucatu

O encontro realizado em Botucatu ofereceu uma programação completa, focada em aprimoramento e oportunidades:

  • Palestras Técnicas: Apresentações detalhadas sobre os dados levantados no estado de São Paulo e as projeções futuras para a silvicultura local.
  • Painel de Discussão: Um fórum de debates sobre políticas públicas essenciais e as novas oportunidades que se apresentam para o setor florestal.
  • Inovações Científicas e Tecnológicas: Demonstrações de soluções de ponta e inovações aplicáveis ao manejo florestal.
  • Networking e Negócios: Espaço dedicado para o fortalecimento de parcerias existentes e a prospecção de novos negócios no mercado.

Consenso de Sucesso – Opiniões de líderes do setor

“O evento foi excelente, é muito bom quando a gente consegue unir o setor produtivo, a academia e as empresas que estão liderando as melhores tecnologias do nosso setor. A Florestar, como Associação Paulista da Indústria de Florestas Plantadas, se orgulha muito de ter apoiado este evento de hoje. A gente entende que foi um sucesso, e esperamos que os resultados que a Canopy vai apresentar ainda este ano, serão de muita valia para o nosso setor e com certeza vão nos ajudar, não só no estado de São Paulo, mas no país inteiro, para trazer mais desenvolvimento para o setor.”

– Marcos Coellho, vice-presidente da Florestar


“A Expedição Silvicultura foi muito bem organizada, e a gente está agregando valor, mais tecnologia, e isso é muito legal. Estamos visitando, conhecendo pessoas do Brasil inteiro, e o projeto tem sido muito bem recebido nos estados. As pessoas já chegam com uma expectativa grande, e essa expectativa eu percebo que tem sido superada, tanto para quem vem assistir, quanto para nós que estamos aqui apresentando. Então está sendo muito bom.”

– Franco Machado, CEO da Mogai


“Estou muito feliz de estar aqui participando, e a Treevia está muito contente de estar apoiando este projeto, que é super importante para o cenário da silvicultura internacional.”

– Vitor Werneck, diretor Comercial da Treevia

Confira mais detalhes do evento no vídeo:

Próximos destinos

Focado em gerar dados de alta qualidade para aprimorar a competitividade da silvicultura nacional, o roteiro avança para a reta final do percurso. A equipe chegou nesta semana na região Sul do país, e na data de ontem (27/10), esteve na região da ‘grande Curitiba’, com evento presencial em Colombo, na sede da Embrapa Florestas. A etapa final prevê as seguintes cidades e datas:

  • Lages/SC: 31 de outubro
  • Porto Alegre/RS: 6 de novembro

Os eventos presenciais ocorrerão a partir das 13 horas.

Networking florestal de alto nível (inscrições gratuitas e limitadas)

Estão abertas as inscrições gratuitas para os próximos encontros presenciais da Expedição Silvicultura. Este é o momento ideal para mergulhar nos dados inéditos do setor, interagir diretamente com líderes de mercado e fortalecer seu networking. Atenção, vagas gratuitas e limitadas. Garanta sua participação, contribua para o futuro produtivo e sustentável do setor florestal brasileiro e inscreva-se agora: www.expedicaosilvicultura.com.br.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions, Embrapa Florestas e Paulo Cardoso Comunicações, e conta com o apoio das principais empresas e instituições do setor.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Paulo Teixeira anuncia maior programa de reflorestamento do mundo na COP30

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou que a COP30, em Belém, marcará um ponto de inflexão na política ambiental global. Pela primeira vez, o modelo de florestas produtivas fará parte das deliberações oficiais da conferência, unindo preservação da Amazônia e desenvolvimento econômico de alta rentabilidade.

Teixeira será um dos participantes do “Seminário Pós-COP30”, organizado pelo DCM e pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), que ocorrerá três dias após o encerramento da conferência, em 24 de novembro na sede da instituição, na Rua General Jardim, 522, no bairro Vila Buarque, na capital paulista.

As inscrições para o evento podem ser feitas clicando aqui.

“Estamos lançando o maior programa mundial de reflorestamento com esse propósito: que a árvore de pé dará mais resultado econômico para as populações amazônicas do que a árvore deitada”, afirmou Teixeira em entrevista ao DCM ao Meio-Dia da última quinta-feira (23).

A entrevista de Paulo Teixeira ao DCM: 

O ministro explicou que o Brasil investiu um bilhão de dólares em um fundo internacional para florestas tropicais. Os rendimentos desse fundo serão aplicados em países que mantêm suas áreas preservadas.

“Ninguém vai mais pedir dinheiro como esmola para manter a floresta em pé”, disse.

O programa prevê reflorestamento com espécies nativas — como açaí, cacau, dendê, cupuaçu e andiroba — em áreas degradadas da Amazônia. Já conta com R$ 250 milhões destinados a 231 mil famílias, com recursos do BNDES, da Caixa e do próprio ministério. No total, 17 cooperativas e 80 assentamentos participarão da recuperação de 10 mil hectares.

Segundo Teixeira, as chamadas florestas produtivas oferecem rentabilidade dez vezes maior que a soja e a pecuária, além de envolver diretamente as comunidades locais na preservação.

“Preservação sem gente, não. É preservação com gente”, destacou.

O ministro também defendeu a regularização fundiária como parte essencial da política ambiental.

“A destruição, o fogo e o desmatamento normalmente ocorrem nas terras de ninguém”, afirmou, citando investimentos de R$ 140 milhões do INCRA para o processo.

Informações: DCM.

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Suzano tem dois processos seletivos abertos para Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com dois processos seletivos abertos para atender suas operações em Mato Grosso do Sul. As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Em Três Lagoas, a companhia está com processo seletivo para a função de Consultor(a) de Meio Ambiente Industrial I. Para concorrer a vaga, as pessoas interessadas precisam atender aos seguintes pré-requisitos: ter experiência com Licenciamento Ambiental e interface com Órgãos Ambientais; vivência próxima das operações; desejável experiência com foco em liderança indireta; CNH na categoria “B”, e domínio no Pacote Office. O inglês será considerado um diferencial para a vaga. As inscrições podem ser feitas até 28 de outubro, pela página https://suzano.gupy.io/jobs/10124640?jobBoardSource=gupy_public_page .

Em Ribas do Rio Pardo, há vaga temporária para Técnico(a) de Desenvolvimento Operacional I, com contrato por prazo de nove meses. Os pré-requisitos para participar do processo seletivo são: ter Ensino Técnico Completo ou Superior em andamento nas áreas de Engenharias, Floresta, Mecatrônica ou Agrícola; CNH na categoria “B”; vivência no setor florestal ou agrícola; gestão de projetos; pacote Office intermediário; disponibilidade para trabalho em campo; é desejável ter experiência anterior na operação florestal ou em projetos de automação no setor agrícola/florestal e residir na região de Ribas do Rio Pardo, Campo Grande ou Água Clara. O prazo de inscrição vai até 29 de outubro, por meio da página:  https://suzano.gupy.io/jobs/10126037?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Korth: mais de 30 anos de inovação acessível para a gestão de combustível

Com soluções que unem simplicidade, segurança e confiabilidade, a Korth democratiza a automação do abastecimento no agro, florestal, mineração, grandes obras e logística

A Korth é referência nacional em automação de abastecimento e controle de combustíveis, com mais de 30 anos de atuação em setores estratégicos como agro, florestal, mineração, grandes obras e logística. Desde o início, a empresa tem um propósito claro: levar tecnologia de ponta a operações de todos os portes, garantindo eficiência, segurança e simplicidade.

O diferencial da Korth está em tornar acessível uma tecnologia que antes era exclusiva de grandes corporações, permitindo que pequenas e médias operações também automatizem seus processos sem grandes investimentos. As soluções da marca unem hardware e software de forma intuitiva, transformando a gestão de combustível em um processo controlado, rastreável e livre de desperdícios.

Entre os produtos desenvolvidos pela Korth, destacam-se o Guardian Web, sistema de gestão online que monitora todo o ciclo do combustível, do recebimento ao abastecimento, e a linha Fortfill, baseada no modelo de comodato, que facilita o acesso à automação por meio de instalação simples e suporte técnico contínuo.

Essas soluções garantem abastecimento seguro, rastreável e totalmente automatizado, reduzindo fraudes e perdas em comboios móveis e pontos próprios. Hoje, a Korth soma mais de 1.000 clientes ativos e 10 mil veículos identificados em todo o Brasil, oferecendo tecnologia que se adapta à realidade de cada operação.

Eficiência, segurança e sustentabilidade no dia a dia das operações

Em um cenário em que o combustível representa até 40% do custo operacional de uma frota, o controle eficiente é uma necessidade vital. A automação permite não apenas economia direta, mas também contribui para a sustentabilidade dos negócios, ao reduzir desperdícios e emissões.

Segundo o diretor industrial, Nelson Margarido, o compromisso da empresa é oferecer inovação que gera impacto real:

“Queremos que qualquer empresa, independentemente do tamanho, tenha condições de automatizar o controle de combustível. Nosso compromisso é oferecer soluções seguras, confiáveis e acessíveis, alcançando isso sempre com inovação e tecnologia.”

Pioneira no uso de RFID (identificação por radiofrequência) para controle de abastecimento no Brasil, a Korth é detentora de patentes e certificações que atestam a qualidade e originalidade de suas soluções. O sistema garante que cada abastecimento seja feito apenas com identificação positiva, eliminando fraudes e garantindo rastreabilidade completa.

Com tecnologia 100% nacional e atendimento próximo aos clientes, a Korth combina inovação com suporte técnico humanizado, um diferencial valorizado em operações de campo. “Fomos pioneiros no uso de Inteligência Artificial no suporte,  tanto para integração, como também para operações de campo. Nosso atendimento é humanizado em horário comercial,  mas também temos suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma online. Esse atendimento é um recurso adicional para garantir a estabilidade da operação”, destacou Nelson.

Uma história construída sobre inovação e propósito

Fundada em 1991, em São Carlos (SP), pelos engenheiros Nelson Luís Margarido e Miguel Margarido, a Korth nasceu da paixão por criar tecnologia brasileira capaz de resolver desafios reais. Ao longo de mais de três décadas, a empresa evoluiu de fabricante de equipamentos industriais para uma provedora de soluções completas para gestão de combustível, mantendo o mesmo DNA: inovar com propósito e entregar tecnologia acessível.

Com foco na expansão nacional e no lançamento de novas integrações inteligentes, a Korth segue comprometida em ser parceira estratégica das empresas que buscam eficiência, segurança e sustentabilidade em suas operações.

Sobre a Korth

Fundada em 1991, em São Carlos (SP), a Korth é uma empresa brasileira especializada em tecnologia para controle e automação de abastecimento. Com soluções que unem simplicidade, segurança e confiabilidade, a Korth atende setores como agronegócio, florestal, mineração, grandes obras e logística, ajudando empresas de todos os portes a automatizar e otimizar o consumo de combustível. Detentora de patentes nacionais e pioneira no uso de RFID para identificação de veículos e equipamentos, a Korth soma mais de 1.000 clientes ativos e 10 mil veículos identificados em todo o país.

Mais informações em: www.korth.com.br.

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Projeto Sucuriú: Valmet firma maior contrato de pré-engenharia de manutenção com Arauco

Projeto mobiliza equipes nacional e internacional, integrando milhares de dados técnicos para preparar, com inovação e precisão, a operação da maior planta de celulose construída em etapa única

Em um movimento que reforça sua posição como líder global em soluções para as indústrias de celulose, papel e energia, a Valmet acaba de firmar um contrato estratégico com a Arauco, uma das maiores produtoras de celulose do mundo. O acordo prevê o fornecimento do pacote Maintenance Master Data (MMD) para o Projeto Sucuriú — a maior planta de celulose do mundo construída em etapa única, localizada no Mato Grosso do Sul, com operação prevista para iniciar em até o final de 2027. 

O contrato contempla toda a pré-engenharia de manutenção da planta, estruturando de forma robusta os sistemas de dados técnicos e operacionais que irão sustentar a gestão de manutenção da unidade desde o primeiro dia de operação. Com execução prevista ao longo de 29 meses, o projeto contará com uma equipe dedicada composta por especialistas brasileiros e escandinavos, parte deles alocada diretamente no canteiro de obras, em Inocência (MS), garantindo suporte contínuo e interface direta com a Arauco.

O escopo do pacote MMD é abrangente e inclui o cadastro de todos os locais de instalações funcionais, 55 mil códigos de materiais (entre sobressalentes, ativos e itens de consumo), 60 mil listas técnicas e a elaboração de cerca de 4.500 planos de manutenção, cobrindo desde ações preventivas e preditivas até planos de lubrificação, calibração e paradas gerais.

O MMD integra a estratégia da engenharia de confiabilidade que assegura eficiência operacional, segurança e continuidade produtiva desde o início. A estruturação dos dados mestres também é peça-chave para alimentar o sistema de gestão da Arauco com alto nível de precisão e inteligência.

Este novo projeto reforça a sólida expertise da Valmet nesse tipo de entrega: a empresa já forneceu mais de 70 pacotes MMD em todo o mundo. “O contrato contempla toda a planta Sucuriú, indo além dos equipamentos fornecidos pela Valmet, o que evidencia a amplitude e a importância estratégica do projeto. A iniciativa está alinhada ao Jeito Valmet de Servir — que abrange todo o ciclo de vida, o qual nós damos apoio à Arauco em toda a jornada, da engenharia ao suporte contínuo. Essa parceria reflete o compromisso mútuo com a excelência em engenharia, sustentabilidade e gestão de ativos em larga escala, promovendo uma operação segura, eficiente e de alto desempenho desde o primeiro dia”, complementa o Head de Agreements & Lifecycle da Valmet na América Latina, Daniel Gustavo Mendes.

“A escolha da Valmet como parceira neste projeto se deu por sua reconhecida expertise global em engenharia de confiabilidade e gestão de ativos industriais. Para a Arauco, era essencial contar com um parceiro que alia profundo conhecimento do setor de papel e celulose à capacidade de estruturar dados técnicos com precisão e em grande escala. O Projeto Sucuriú demanda um planejamento robusto desde sua fase inicial, e a Valmet demonstrou total aderência a essas necessidades, integrando tecnologia de ponta, metodologia consistente e uma equipe altamente especializada. Nossa decisão reflete a busca da Arauco por parceiros que compartilham a mesma visão de inovação e práticas sustentáveis, assegurando a excelência operacional desde o primeiro dia da planta”, finaliza o gerente de manutenção da Arauco, Marcelo Biscaro.

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Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF vai integrar delegação brasileira na COP30

Convite foi confirmado esta semana pela Presidência da República para o diretor-executivo da ABAF, Wilson Andrade

A Bahia vai marcar presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O diretor-executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF, Wilson Andrade, acaba de ser convidado para integrar a delegação brasileira, sendo um dos representantes do setor. Segundo email da Presidência da República, os integrantes são reconhecidos como delegados e terão acesso a Zona Azul, espaço sob responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). “Sinto-me honrado em poder representar o governo brasileiro num evento tão importante que vai discutir o futuro do planeta”, afirma. Mais de 30 mil pessoas, de vários países, se inscreveram para participar da conferência e pouco mais de 5% foram escolhidas, em função da trajetória e experiência acumuladas. 

A COP-30 será realizada de 10 a 21 de novembro na cidade de Belém (PA) com espaço para negociações, discussões técnicas e eventos. No total, serão 286 eventos divididos em quatro auditórios localizados nas Zonas Azul e Verde. Os pavilhões reunirão a comunidade brasileira e internacional para diálogos sobre o enfrentamento à mudança do clima, os 30 objetivos estratégicos da Agenda de Ação, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e o Plano Clima. Entre os temas a serem debatidos na Zona Azul estão: Floresta, Água e Bioeconomia: Inovação e Sustentabilidade para Enfrentar a Urgência Climática ; As florestas brasileiras como parte essencial no combate às mudanças climáticas.

Para Wilson Andrade esta é uma oportunidade única para falar sobre a importância do setor brasileiro de árvores cultivadas para fins industriais e para restauração dos 80 milhões de hectares de áreas degradadas, sendo 10% apenas na Bahia. “O setor se transformou em uma potência socioeconômica que une produtividade, conservação ambiental e inovação tecnológica”, avalia Andrade. 

Wilson Andrade

Segundo dados da ABAF, as áreas de plantio no Brasil somam 10,5 milhões de hectares e, paralelamente, o setor ainda conserva outros 7,01 milhões de hectares de vegetação nativa — uma área superior ao território da Bélgica e da Suíça juntos. Mais de 60% desses hectares são certificados por órgãos internacionais há mais de 20 anos. Na Bahia são 700 mil hectares voltados para a produção e 500 mil hectares de área nativa preservada.

Bioeconomia

O setor de árvores cultivadas para fins industriais desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo um dos pilares da indústria nacional. Representa, assim, 1% do PIB brasileiro; 5% do valor adicionado pelo agro; e 4,8% da indústria de transformação. Em 2024, atingiu a marca recorde de US$ 15,7 bilhões em exportações, representando 4,7% do total exportado pelo país. A conexão com o futuro da bioeconomia segue firme, com investimentos previstos de mais de R$ 90 bilhões até 2029.

O setor de empresas de base florestal é exemplo de bioeconomia e demonstra que a árvore plantada é uma das opções mais amigáveis para o meio ambiente, a biodiversidade e a vida humana. Segundo dados da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor agropecuário tem papel fundamental na solução dos problemas, já que das 166 NDCs estabelecidas, 141 incluem ações voltadas a agricultura. Nesse ponto a CNA reforça o compromisso do setor com a promoção da agropecuária de baixo carbono e com a implementação do Código Florestal.

Novas Metas

“A COP de Belém vai ser a COP da implementação das novas metas, já estabelecidas no Acordo de Paris, e absolutamente necessárias para que alcancemos um resultado efetivo na redução dos efeitos da crise climática”, avalia Wilson Andrade. Em 2015 o Acordo de Paris estabeleceu como meta o destino de 100 bilhões de dólares anuais voltados para ações de mitigação e adaptação. Mas a COP29, realizada em 2024 no Azerbeijão,  estabeleceu um aumento significativo da verba destinada a ações climáticas: USD 300 bilhões anuais até 2035, com liderança dos países envolvidos e USD1.3 trilhão anuais até 2035, envolvendo todos os países. Como chegar a esse patamar é um dos itens a serem apresentados em Belém. Wilson Andrade reconhece que as mudanças climáticas exigem decisões e mudanças mais urgentes. “Vamos participar da COP 30 com a certeza de que os líderes dos países terão a responsabilidade de fazer o mundo menos quente. A hora é de arregaçar as mangas e trabalhar”, conclui.

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