Técnica com boas práticas de manejo fortalece agricultura familiar, gera empregos e substitui o extrativismo do palmito juçara
A adoção de tecnologias e boas práticas de manejo no cultivo de pupunha para produção de palmito está transformando a economia do litoral do Paraná. De acordo com levantamento da Embrapa Florestas e do IDR-Paraná, o sistema produtivo gerou impacto econômico de R$ 20,9 milhões em 2024, envolvendo 3.200 hectares cultivados e cerca de 1.200 agricultores familiares distribuídos em sete municípios da região. Criado a partir dos anos 2000, o modelo substituiu a exploração extrativista do palmito juçara por um cultivo sustentável, que hoje abastece agroindústrias e garante renda a centenas de famílias.
O Valor Bruto da Produção (VBP) saltou de R$ 480 mil em 2001 para R$ 65 milhões em 2024 no campo, chegando a R$ 190 milhões com o valor agregado pela agroindústria. O agrônomo e supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, Emiliano Santarosa, destaca a importância dessa cadeia para a agricultura familiar no litoral paranaense
Com alta adaptação às condições de clima e solo da região, a pupunheira também garante produtividade e qualidade ao produto final, desde que sejam aplicadas as práticas adequadas de manejo. Emiliano Santarosa, sobre a adaptação da pupunha às condições de cultivo e os benefícios para a região litorânea
Atualmente, 13 agroindústrias processam palmito de pupunha no litoral do Paraná, garantindo cerca de 1.600 empregos diretos e fortalecendo toda a cadeia produtiva, incluindo transporte e comercialização.
Informações: AERP.