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Mato Grosso do Sul inaugura primeira usina de hidrogênio verde do Centro-Oeste

Parceria entre universidade e setor público aposta em energia limpa e capacitação de profissionais para novas tecnologias

Mato Grosso do Sul deu um passo importante na transição energética ao inaugurar, na última sexta-feira (25), a primeira usina de hidrogênio verde do Centro-Oeste.

Com capacidade para produzir até uma tonelada por mês a partir de energia solar e água, a Usina Piloto Industrial de Hidrogênio Verde foi instalada no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande.

projeto é fruto de uma parceria entre a UFMS e a Rede Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação (RBCIP), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect).

A unidade, segundo o governo estadual, consolida Mato Grosso do Sul como referência nacional no desenvolvimento da cadeia produtiva de hidrogênio verde, considerado uma das principais alternativas aos combustíveis fósseis no cenário global de busca por fontes limpas de energia. 

Produção, capacitação e inovação

Produzido a partir da eletrólise da água com energia solar fotovoltaica, o hidrogênio verde gerado pela usina não emite carbono  e terá aplicações diversas, incluindo o fortalecimento de projetos de biometano, recarga de veículos elétricos e armazenamento de energia.

Além da geração de energia limpa, a estrutura terá forte viés educacional. A expectativa é capacitar cerca de 500 profissionais por ano, entre engenheiros, técnicos, professores e estudantes, além de funcionar como um laboratório multiusuário (H2V+), dedicado à pesquisa aplicada em parceria com o setor produtivo.

“O hidrogênio, assim como seus derivados, não é mais o futuro, é uma necessidade do presente”, afirmou Marcelo Estrela Fiche, coordenador geral do projeto pela RBCIP. Segundo ele, a iniciativa atende diretamente à crescente demanda por mão de obra especializada no setor energético e posiciona o Brasil como potencial exportador de tecnologia e conhecimento.

Desenvolvimento sustentável

A reitora da UFMS, Camila Ítavo, destacou a importância estratégica da universidade no projeto. “É ciência e tecnologia a serviço do cidadão, com responsabilidade social e ambiental. Essa usina vai qualificar profissionais e gerar pesquisas com impacto real no desenvolvimento sustentável”, afirmou. 

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, também ressaltou a relevância do empreendimento dentro das metas do plano estadual de transição energética.

“A inauguração dessa usina marca mais um avanço concreto na estratégia de tornar Mato Grosso do Sul carbono neutro até 2030. Hoje, 94% da nossa matriz energética já é classificada como limpa”, pontuou.

Segundo Verruck, o hidrogênio verde poderá ser utilizado não apenas para geração de energia, mas também na produção de amôniafertilizantes e em soluções integradas com o etanol.

O governador Eduardo Riedel reforçou o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

“Alcançar a neutralidade de carbono não é uma tarefa imediata, mas exige esforço coletivo e investimentos em ciência e inovação. Esse é o caminho que estamos trilhando para gerar empregos, atrair investimentos e garantir um futuro mais sustentável para todos”, declarou.

Informações: Agrofy.

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Maior evento de construção em madeira chega a Curitiba

Apresentação de trabalhos científicos, palestras internacionais, exposição técnica, painéis de debates, mostras culturais, prêmios e o hackathon da madeira serão algumas das pautas presentes no mais completo e robusto evento que desvenda o amplo potencial construtivo da madeira engenheirada no Brasil. Trata-se do XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras) que reunirá em Curitiba, de 05 a 09 de maio, mais de 500 participantes entre acadêmicos, pesquisadores, profissionais da engenharia, da arquitetura e do design, além de empresas do segmento apresentando o que há de mais novo e moderno na área da construção civil com madeira. 

Cada vez mais presente no dia a dia da construção civil, a madeira já pode ser encontrada em construções modulares pré-fabricadas, paredes, lajes, vigas, habitações residenciais, entre muitas outras possibilidades. Uma das principais palestras sobre o tema, trazendo as novidades mundiais do setor, será do engenheiro estrutural canadense Eric Karsh, um dos maiores especialistas do planeta em madeira engenheirada.

O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento. A iniciativa, que também conta com o patrocínio da Itaipu Binacional, pretende unir teoria e prática, além de apresentar como Canadá, Itália, Portugal, Chile e outros países vêm desmistificando falácias sobre construções com madeira e fomentando uma nova mentalidade construtiva envolvendo sustentabilidade, qualidade, alto padrão e conforto.

O Paraná ocupa o 4º lugar do Brasil em área de florestas plantadas e possui a segunda maior área plantada de pinus, sendo responsável pela produção de 35,81 milhões de m³ de madeira em tora – o que representa mais de 20% do desempenho nacional. Além disso, o estado é o segundo com o maior Valor Bruto da Produção da Silvicultura (VBP) no segmento de lenha e o terceiro maior no segmento de madeira processada. 

“Lideramos também a produção nacional de madeira em tora para outras finalidades, representando 38,1% do total. Fatores mais do que suficientes para evidenciar o peso do Paraná quando o tema envolve a produção e o uso sustentável da madeira – que deve ser cada vez mais incentivado”, diz Fábio Brun, presidente da APRE. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram compilados no Estudo Setorial 2024, organizado pela APRE Florestas, constituindo-se no mais atualizado inventário sobre dados do setor, disponível no site da instituição. 

Ebramem – A abertura oficial do evento científico, da Ebramem Expo e das exposições “Wood Life Sweden” e “A madeira na Arquitetura – ontem, hoje e amanhã” está prevista para a próxima segunda-feira, às 14h, após o credenciamento dos participantes. Na ocasião, também serão apresentados os trabalhos finalistas do Prêmio Ibramem. A Ebramem Expo, que acontecerá concomitantemente ao evento científico, assim como as exposições culturais, serão gratuitas e abertas ao público de 05 a 07 de maio, das 09h às 18h30.

Palestras internacionais – A primeira palestra internacional do Ebramem vem do Canadá e será ministrada pelo engenheiro estrutural Eric Karsh, um dos maiores especialistas em engenharia de madeira do mundo, no dia 05, às 15h30. Na sequência, às 17h, está previsto o painel de debates sobre “O cenário da madeira engenheirada no Brasil”, tendo como moderador o engenheiro Patrick Reydams, também consultor técnico da Fiep. O primeiro dia do Ebramem será encerrado, às 18h30, com a apresentação do concerto Duo Santana-Ribeiro ViolaCello até as 19h.

Na terça-feira, 06 de maio, às 10h, a palestra internacional será com o arquiteto chileno, Martin Hurtado, que traz em sua bagagem profissional cerca de 180 projetos realizados em madeira, abrangendo desde residências e escolas até espaços culturais e urbanizações. O tema de sua fala será “Vivienda social en madera”. Às 10h30 será a vez do engenheiro Tobias Ott, também chileno, falar sobre “Wood frame – a tendência da construção industrializada no mundo”. Já o painel de debates está previsto para às 11h com a temática “Arquitetura em madeira e habitação social”, com o arquiteto Ricardo Dias Silva,  mestre e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), como moderador. 

No período da tarde, às 14h30, o palestrante internacional Luís Jorge, engenheiro civil, desembarca de Portugal para dialogar com os participantes do Ebramem sobre “Retrofit de edifícios antigos com estrutura de madeira em painéis CLT (paineis de madeira lamelada cruzada)”. Além de engenheiro civil, ele é também professor no Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde coordena a Licenciatura em Engenharia Civil e sócio-gerente da empresa TISEM, que desenvolve projetos de edifícios em CLT em parceria com a KLH (Áustria). O último painel do dia será sobre “Norma de wood frame”, com o presidente da Associação Brasileira de Wood Frame, o engenheiro Euclesio Finatti atuando como moderador. 

Na quarta-feira, 7 de maio, o 3º dia do Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras trará experiências do Canadá, às 10h30, com o engenheiro Gustavo Lozano Côrtese, e da Itália, às 14h30, com o engenheiro estrutural Franco Piva. Os painéis de debates serão sobre “Políticas públicas do setor”, com o engenheiro Erich Schaitza moderando os debates; e “Edifícios em madeira”, com o engenheiro Alan Dias como moderador. Às 17h30 está prevista a cerimônia de premiação dos vencedores dos Prêmios IBRAMEM de Arquitetura e de Design em madeira.

Trabalhos científicos – Durante os três dias do Ebramem haverá a apresentação de trabalhos acadêmicos pelas manhãs. Entre os temas, os destaques ficam com “Construções e sistemas construtivos: práticas nacionais e internacionais”; “Arquitetura em madeira”; “Projetos estruturais e de ligações em madeira (maciça, engenheirada, LWF)”; “Industrialização da madeira”; “Segurança contra incêndio nas edificações em madeira”; “Conservação de edificações históricas em madeira”; “Recuperação de estruturas de madeira”; “Habitações em madeira”; “Normas técnicas para estruturas de madeira”; e “Sustentabilidade e assuntos complementares”. 

Hackathon da Madeira – Já nos dias 08 e 09 de maio será o “Hackathon da Madeira” que entrará em cena. Uma competição arquitetônica inédita no Brasil, o Hackthon promete focar em problemas e apresentar soluções em madeira como um material estrutural e construtivo. Oficinas sobre temas relacionados às construções em madeira, mentorias com profissionais respeitados no mercado, além de visitas e viagens técnicas estão previstas para estes dias. No dia 08 os participantes poderão escolher entre visitar as empresas Águia Florestal, em Ponta Grossa, a Urbem, em Almirante Tamandaré, ou a Embrapa Florestas, em Colombo, além dos galpões históricos de madeira, no Centro Politécnico da UFPR.    

Serviço Ebramem

XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

05 a 09 de maio

8h às 18h

Fiep-PR – Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Av. Com. Franco, 1341 – Jardim Botânico, Curitiba – PR).

Programação completa aqui.

Inscrições para todos os eventos do Ebramem nesse link!

Apoiadores

Além do patrocínio da Itaipu Binacional, o Ebramem acontece com o apoio de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); PUCPR; FAE Centro Universitário; Núcleo da Madeira; Unibrasil; Uninter; Napi WoodTech; Embrapa Florestas; Birka; Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); IAB-PR (Instituto de Arquitetos do Brasil ); CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); Núcleo da Madeira; UTFPR – Campus Curitiba e Guarapuava; UFPR – direção do setor de Tecnologia e de Ciências Agrárias; Birka; Woodflow; IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas); Mais Floresta / My Wood Home; SBCTEM (Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia da Madeira), AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) Brasil, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo; ACR; AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais); APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais); IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); IEP (Instituto de Engenharia do Paraná); Noah Tech Brasil; Grupo Index, STCP Engenharia de Projetos.

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Operações especializadas da Reflorestar na Bahia garantem eficiência no carregamento de madeira

O carregamento de madeira é uma etapa estratégica para o setor florestal no Brasil. Em 2024, a Reflorestar Soluções Florestais, referência nacional por oferecer um serviço 100% mecanizado em todas as fases da produção florestal, movimentou 6,2 milhões de m³ de madeira para indústrias do segmento, como papel e celulose.

Na Bahia, a empresa mantém operações especializadas nas cidades de Mucuri e Alagoinhas, focadas exclusivamente no carregamento de madeira. Segundo Miliana Rui, gerente de operações florestais na região, a qualificação da equipe é essencial para garantir um serviço eficiente e de alta qualidade. “Um carregamento bem executado otimiza o espaço disponível na carreta e evita danos ao material, reduzindo perdas e agregando valor ao produto”, destaca.

Miliana ressalta que o processo de carregamento vai muito além da simples alocação da madeira nos veículos de transporte. “Existem aspectos fundamentais a serem observados, como a qualidade da madeira, a adequação dos implementos utilizados e a execução correta do carregamento e transporte”, explica. Cada um desses fatores precisa ser cuidadosamente monitorado para assegurar que a matéria-prima chegue às fábricas nas melhores condições.

Capacitação profissional

Outro ponto importante é a capacitação dos profissionais envolvidos. “Equipes treinadas garantem maior eficiência operacional e ajudam a reduzir desperdícios no campo, além de evitar a contaminação da carga com resíduos indesejados”, acrescenta a gerente.

Adotar um controle de qualidade eficiente no carregamento e transporte de madeira traz benefícios significativos tanto para as empresas quanto para o setor. Um dos principais ganhos é a melhoria da comunicação entre as equipes de campo e a gestão da operação, tornando os processos mais alinhados e ágeis.

A busca por práticas mais sustentáveis também é um diferencial do setor. O emprego de tecnologias e procedimentos bem estruturados no carregamento de madeira minimiza impactos ambientais e evita desperdícios.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais mecanizadas, incluindo silvicultura, colheita, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar.

Informações: O Candeeiro.

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Voith Paper anuncia Fabian Claudio Kupfer como novo CFO na América do Sul

Executivo traz experiência internacional em finanças e assume o cargo com foco em inovação e eficiência

SÃO PAULO, Brasil. A Voith Paper, referência no mercado de papel e celulose, anunciou a nomeação de Fabian Claudio Kupfer como seu novo Chief Financial Officer (CFO) na América do Sul. O executivo assume o cargo trazendo uma ampla experiência na área de finanças e controladoria para fortalecer ainda mais a gestão da empresa.

Com uma trajetória consolidada no setor, Fabian Kupfer atuou recentemente como Gerente de Controladoria Sênior na STIHL Ferramentas Motorizadas Ltda., em São Leopoldo-RS, posição que ocupou de outubro de 2018 a 2025. Antes disso, foi BU Corporate Controller na ThyssenKrupp, em São Paulo, e Controller Financeiro Europeu / Produtos na Agility (Logistics Europe Headoffice), em Basiléia, Suíça. Sua carreira teve início em 2007, como trainee na Daimler Chrysler.

Formado em Administração de Empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo, Fabian também possui um MBA Executivo em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sua sólida formação acadêmica, aliada à vasta experiência internacional, contribuirá para o crescimento contínuo da Voith Paper.

“Estou muito feliz por me juntar à Voith Paper, uma empresa reconhecida globalmente por sua inovação e excelência no setor de papel e celulose. Assumir a posição de CFO é uma grande responsabilidade e uma oportunidade empolgante de contribuir para o crescimento e a solidez financeira da companhia. Estou ansioso para trabalhar ao lado de uma equipe tão qualificada e ajudar a impulsionar os desafios estratégicos da Voith Paper,” avalia Fabian Claudio Kupfer. 

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 22.000 colaboradores, gera € 5,2 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedora completa para o setor papeleiro, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

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Veracel divulga o seu Relatório de Sustentabilidade 2024

Conteúdo celebra conquistas nos âmbitos social, ambiental e produtivo. Entre os destaques, a empresa registrou a maior expansão de base florestal da sua história – 3,8 mil hectares – o dobro da área em comparação com o ano anterior

Eunápolis, 29 de abril de 2025 – A Veracel, indústria de celulose com operação na região Sul da Bahia, acaba de divulgar o seu mais recente Relatório de Sustentabilidade. O material reúne as principais conquistas da empresa ao longo de 2024 com relação à agenda ambiental, social e de governança (ASG), bem como os resultados alcançados pela companhia.

Entre os destaques do último ano, a empresa registrou um aumento de 10% de sua produtividade florestal em comparação com 2023. Este resultado se deve em razão de diversas iniciativas planejadas para otimizar as operações da Veracel, como o aumento do aproveitamento de mudas no viveiro, a implementação de novas tecnologias e a inauguração de um viveiro de pesquisa exclusivo para avanços em melhoramento genético das plantações de eucalipto da companhia.

Também como fruto deste trabalho, a Veracel registrou a maior expansão de base florestal da sua história – 3,8 mil hectares – o dobro da área expandida no ano anterior, além de uma produção de 21 milhões de toneladas de celulose fabricadas desde o início de sua operação fabril, em 2005.

As operações da companhia estão distribuídas entre 11 municípios, com uma área certificada de 203,7 mil hectares, sendo 90,6 mil hectares de área produtiva e 25,4 mil hectares em que os parceiros florestais da Veracel atuam, com um hectare de mata nativa mantido pela empresa para cada hectare de eucalipto plantado. Todos os procedimentos da companhia são amparados por certificações internacionais.

“Reafirmamos, de forma cada vez mais consistente, nosso compromisso com uma atuação sustentável, pautada pelas melhores práticas de gestão, pela preservação ambiental e pela construção de relações sólidas e duradouras com as comunidades do entorno”, destaca Caio Zanardo, diretor-presidente da Veracel.

Destaques ambientais

Na área ambiental um dos grandes destaques foi a condução de um estudo e parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia que mapeias as origens de amostras de resíduos plásticos encontrados nas praias do entorno do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB), por onde a companhia realiza o transporte marítimo de sua celulose. A iniciativa apoia estudos sobre a incidência de lixos nas praias da Bahia, além de ser uma forma de entender como os impactos climáticos podem impactar as correntes marítimas pela forma com que carregam estes itens às praias. Como parte desse projeto, a companhia retirou 140kg de lixo plástico em praias do Extremo Sul baiano, que foram devidamente catalogados e direcionados para a reciclagem.

A empresa ainda reciclou mais de 50 mil toneladas de resíduos industriais em 2024. Vale destacar que, nos últimos 12 anos, a Veracel aumentou em quase 30% o índice de reciclagem de seus resíduos.

Outro destaque importante foi a restauração de 411,06 hectares de floresta nativa no Sul da Bahia durante o ano de 2024 por meio do Programa Mata Atlântica (PMA) da Veracel, uma iniciativa que desde 1994 tem, como meta, a restauração anual de 400 hectares e já contribuiu com o plantio de mata nativa em mais de oito mil hectares desde o seu início. 

Gestão de pessoas e investimentos sociais

Em 2024, a Veracel foi considerada, pelo sétimo ano consecutivo, como uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, segundo a certificação da consultoria internacional Great Place to Work (GPTW), especializada em avaliar a qualidade e atributos dos ambientes de trabalho das corporações. Este reconhecimento é resultado de uma avaliação abrangente da percepção dos colaboradores sobre o clima organizacional e as práticas de gestão de pessoas da empresa.

O ano também foi marcado por um aumento de 34,2% de representatividade feminina na liderança da Veracel, um exemplo de um resultado direto das ações de mentoria, de capacitação, desenvolvimento de carreiras e diversas outras iniciativas em prol da diversidade que têm sido implementadas pela empresa nos últimos anos.

Outro marco importante foi o investimento de cerca de R$10 milhões em programas sociais junto as comunidades da região de operação da empresa. Um apoio que beneficiou diretamente 1.661 famílias em programas de apoio e desenvolvimento da agricultura familiar durante o ano de 2024.  

A Veracel também busca manter um relacionamento sólido e rotinas de diálogo permanente com as 34 comunidades indígenas localizadas no entorno de suas operações. Ao longo de do último ano, quase 6 mil alunos e professores destas comunidades foram beneficiados pelo Programa Educação é Vida da Veracel, que há 14 anos estimula os estudos dos jovens com a doação de kits escolares com itens como caderno, lápis, caneta e régua.

A companhia apoia 20 colônias e associações de pescadores da região de Belmonte, em seu compromisso com a comunidade de pesca artesanal do entorno do TMB. Em 2024 a empresa doou 1.391 kits de salvatagem para as comunidades e associações de pescadores locais, além de ter apoiado a reforma da Sede da Associação de Pesca de Santo Antônio, no município de Cabrália e elaborado o Projeto de Reconstrução do PIER de Santa Cruz, previsto para 2025.

“O Relatório de Sustentabilidade é um registro da nossa atuação, pautada pela inspiração em construir um futuro melhor para todas as pessoas de nossa empresa e comunidade, assim como pelo desejo em gerar oportunidade e desenvolvimento em todo o nosso território de atuação”, finaliza Zanardo.

Estes e outros destaques podem ser consultados pelo site da empresa clicando aqui

Destaques dignos de orquestra

Para comunicar os resultados do Relatório de Sustentabilidade de 2024, a Veracel apostou em uma novidade que tem como premissa valorizar a cultura nordestina e suas raízes como empresa baiana. A companhia firmou uma parceria com o Instituto Ecoar — organização que já conta com o apoio da Veracel via leis de incentivo para ensinar música clássica para jovens das comunidades do Sul da Bahia — para apresentar os destaques do relatório de forma musical.
 

Por meio da orquestra do Instituto, toda formada por jovens locais, a companhia traz, em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, as principais conquistas do ano de 2024 cantadas em um repente — formato musical de raízes tipicamente nordestinas com base no improviso cantado. Na voz dos músicos Orlando Alves e Marcinho do Acordeon, a melodia passa pelos principais resultados conquistados pela empresa ao longo do ano, valorizando a produção de celulose feira pela Veracel da Bahia para o mundo.

A utilização do repente, uma forma musical tradicional do Nordeste, tem como objetivo também valorizar a cultura regional, trazendo um elemento autêntico da música popular nordestina para comunicar de maneira criativa e envolvente os resultados da empresa. Com essa abordagem, a Veracel reforça sua conexão com o Nordeste e celebra as conquistas empresariais de uma maneira única, celebrando ao mesmo tempo a identidade cultural da região. O vídeo pode ser acessado pelo YouTube da companhia.

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 6º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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Ebramem Expo estreia com 42 empresas expositoras e mostra força da madeira

O Ebramem Expo, que acontece de 5 a 7 de maio em Curitiba (PR), estreia com força total reunindo 42 empresas expositoras nacionais e estrangeiras da cadeia produtiva da madeira engenheirada e wood frame e da construção civil sustentável. A feira, realizada paralelamente ao XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira – promete impulsionar negócios, conectar profissionais e mostrar o potencial da madeira como material estratégico para o futuro do setor.

O evento apresenta uma amostra robusta de toda a cadeia produtiva da construção com madeira: empresas de base florestal, fabricantes de painéis CLT (Cross Laminated Timber) e vigas laminadas coladas, sistemas wood frame, fornecedores de insumos como adesivos e conectores estruturais, tecnologias de beneficiamento e maquinários de ponta, além de empresas especializadas em projetos com madeira engenheirada. 

“A diversidade dos expositores reflete o dinamismo e a capacidade de inovação do setor. O Ebramem Expo foi pensado com o objetivo de proporcionar uma experiência de negócios completa aos visitantes e expositores”, afirmou o diretor comercial do Ebramem Expo, Martin Kemmsies. 

A feira está organizada em setores que destacam:

  • Produtos e Soluções em Madeira Engenheirada e Wood Frame: CLT, LVL, MLC e outros produtos industrializados de madeira;
  • Tecnologia e Equipamentos: maquinários para processamento e beneficiamento da madeira;
  • Sistemas Construtivos e Arquitetura: soluções modulares, componentes pré-fabricados, conectores e sistemas de fixação;
  • Insumos e Químicos: adesivos estruturais, proteção e acabamento.

Inovação e conhecimento lado a lado

A realização simultânea do Ebramem – o principal congresso técnico-científico sobre estruturas em madeira do Brasil – proporciona uma integração inédita entre academia e mercado. Pesquisadores, estudantes e profissionais de engenharia e arquitetura terão contato direto com as novas tecnologias, enquanto as empresas poderão se atualizar sobre as mais recentes pesquisas em propriedades da madeira, normas técnicas e inovações estruturais.

As inscrições gratuitas para a Ebramem Expo podem ser feitas online e seguem abertas até sexta-feira, dia 2 de maio. Após essa data, o credenciamento poderá ser realizado no local do evento. 

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Maior estrutura de madeira do mundo é inaugurada no Japão

Passarela foi idealizada para oferecer uma experiência confortável e prática ao público ao longo dos seis meses de Expo 2025 Osaka

Uma imensa passarela circular de madeira com 2 quilômetros de extensão, tornou-se uma das principais atrações da Expo Osaka 2025, no Japão. O evento acontece durante seis meses, de 13 de abril a 13 de outubro de 2025, e nesta edição terá como tema central: “Designing Future Society for Our Lives” (Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas).

Projetado pelo escritório Sou Fujimoto Architects, o Grand Ring é a principal via de circulação de visitantes no local da Expo, permitindo um fluxo suave pelo espaço e protegendo as pessoas do vento, da chuva e da luz solar.

Com aproximadamente 2 km de circunferência, esta é a maior estrutura em madeira já construída no mundo. No total, a construção tem uma largura de 30 metros, além de um diâmetro de borda externa de aproximadamente 675 metros, e foi oficialmente certificada como a maior estrutura de madeira do mundo pelo Guinness World Records.

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Fotografia: Divulgação Guinness World Records.

O método construtivo utilizado combina técnicas modernas com a tradicional técnica japonesa de juntas Nuki. Essa técnica, usada em santuários e templos, permite a união das peças de madeira sem o uso de pregos ou parafusos, reforçando o caráter cultural da obra.

Feito, em sua maioria, de cedro e cipreste japoneses locais, além de uma pequena quantidade de pinheiros escoceses importados, tem como destaque a “Sky Walk”, uma área elevada a 12 metros de altura, decorada com flores, que permite uma visão panorâmica da Expo e de seus arredores.

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A organização da Expo afirmou que o Grand Ring simboliza o conceito de “Unidade na Diversidade”, um dos temas centrais do evento. A estrutura, além de funcionar como a principal artéria de tráfego de visitantes, reforça o espírito de integração e respeito às tradições.

Embora tenha sido inicialmente planejado para ser desmontado após o encerramento da Expo em 13 de outubro de 2025, as autoridades japonesas estão avaliando a possibilidade de mantê-lo permanentemente.

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Fotografia: Divulgação Expo 2025 Osaka.

Informações: Casa e Mercado.

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Scania lança Edição Especial Super 500

São 500 unidades exclusivas, que serão vendidas até o final de junho de 2025

São Paulo, abril de 2025 – A Scania, pioneira na criação de séries e edições especiais de caminhões pesados no Brasil, apresenta seu mais novo modelo customizado e com apenas 500 veículos disponíveis: Edição Especial Super 500. As vendas já estão liberadas em todas as concessionárias da marca e o período vigente será até o último dia de junho. Mais informações podem ser obtidas pelo seguinte site alusivo: Link

O caminhão escolhido foi o de 500cv na tração 6×2, motor de 13 litros e que desenvolve torque de 2.650Nm entre 900 @ 1.320rpm, para comemorar o sucesso da gama Super no Brasil, desde seu lançamento em 2022. 

A Edição Especial Scania Super 500 tem cor cinza Nardo, adesivagem em forma de raio, bancos de couro, multimídia e novo painel digital de 12,9”, geladeira e climatização premium, kit aerodinâmico completo com defletores exclusivos e saias laterais, rodas de aço pretas e acabamento refinado. Além de pacote de segurança com airbags lateral (cortina) e de volante, freio de emergência (AEB), assistente de mudança de faixa (LDW), sistema de estabilidade (ESP) e preparação de fábrica para a instalação de rastreador. Estão pintadas na cor Ebony Black grade frontal, as saias laterais, para-choque e painel inferior dos degraus. Outra vantagem fundamental está nos serviços agregados do Scania PRO com manutenção preventiva e mão de obra inclusa, inteligência da manutenção Scania, pacote Avaliação do Motorista e Control Tower. Por fim, a aquisição da solução completa via apoio da Scania Serviços Financeiros (Banco, Consórcio e Corretora de Seguros). 

“Estamos celebrando o sucesso da gama Super no Brasil, a única que é 100% nova do mercado, e não apenas uma atualização para se enquadrar na lei de emissões Proconve P8, ou Euro 6. São modelos que estão oferecendo entre 8% e 14% a mais de economia de combustível em comparação à geração anterior, um resultado inigualável no mercado dos pesados”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil. “A Edição Especial Scania Super 500 tem equilíbrio perfeito entre força e desempenho com máxima segurança e tecnologia. As vendas já começaram.” 

Alex Nucci

“Todas as séries ou edições especiais da Scania tem um objetivo, comemoram um fato. Desta vez, vamos celebrar o Super no motor 500cv, que faz muito sucesso nesta versão, e tem como principal diferencial uma velocidade média superior”, diz Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil. “O modelo combina todas as premissas de uma Edição Especial da Scania. Une força e eficiência, design único e marcante, um pacote completo de itens de segurança e de componentes no interior do veículo que aprimoram o já reconhecido conforto premium e a ergonomia da cabine Scania ao motorista.  Além disso, a gama Super tem o maior torque do mercado (2.650Nm) com excelente performance já em baixas rotações”, completa Gallao.

Marcelo Gallao

“É a primeira vez que usamos uma identidade visual inspirada na força da natureza. Transformamos as tradicionais faixas das edições especiais da Scania em raios estilizados, que simbolizam o poder (torque) e a energia (velocidade média superior) do veículo. Assim, quando unimos a imagem externa aos diferenciais únicos desse modelo criamos um caminhão extraordinário, capaz de tornar a jornada do cliente ainda mais notável e grandiosa”, explica Lana Piccoli, gerente de Marketing da Scania Operações Comerciais Brasil.

Lana Piccoli

Sobre a Scania

A Scania é líder mundial no fornecimento de soluções de transporte. Juntamente com os nossos parceiros e clientes, estamos liderando a mudança para um sistema de transporte mais sustentável. Em 2024, entregamos 96.443 caminhões, 5.626 ônibus, bem como 11.170 motores industriais, marítimos e para geração de energia aos nossos clientes. As vendas líquidas totalizaram mais de 216 bilhões de coroas suecas, dos quais cerca de 20% foram relacionados a serviços. Fundada em 1891, a Scania opera hoje em mais de 100 países e emprega cerca de 59.000 pessoas. No Brasil, a fabricante está desde 1957. A pesquisa e o desenvolvimento são realizados globalmente em nossa sede principal em Södertälje, na Suécia. A produção ocorre na Europa e na América Latina, com centros regionais de produtos na África, Ásia e Eurásia. A Scania faz parte do Grupo TRATON.

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Celulose impulsiona novo padrão de vida em Inocência (MS) e desafia município a acompanhar o ritmo do progresso 

Com a instalação da fábrica de celulose da Arauco em Inocência, no interior de Mato Grosso do Sul, o município vive um momento de transformação. A gigante de celulose é vista pela Prefeitura como um motor de desenvolvimento, incentivando a capacitação profissional da população e atraindo novos empreendimentos e serviços para a cidade. 

A expectativa é de que, em um período de seis anos, Inocência alcance um novo padrão de vida, impulsionado pela geração de novos empregos ofertados pela indústria, além de oportunidades que devem chegar acompanhadas de novos setores. 

Inocência sente as ‘dores’ do crescimento

O município de Inocência vive um momento de expansão acelerada, cujos passos são dados ‘maiores que as pernas’. Com a chegada da fábrica, a oferta e demanda da cidade aqueceu o setor imobiliário e o comércio, e a população já começou a sentir os efeitos do desenvolvimento. 

Enquanto os moradores lidam com as mudanças culturais e com a cidade perdendo a essência pacata, a prefeitura trabalha para que o pequeno município, de 8,4 mil habitantes, dê conta de acompanhar o progresso. 

“A chegada da fábrica está transformando Inocência em um polo industrial, gerando mais emprego, mais renda e fortalecendo a economia local. Isso traz muitos benefícios, mas também muitos transtornos e dificuldades”, pondera o vice-prefeito da cidade, Henrique Alves. 

Moradia é desafio do avanço da celulose

A chegada da fábrica de celulose, embora favoreça o desenvolvimento econômico, exige um olhar estratégico do município para o crescimento populacional. De acordo com o vice-prefeito, Henrique Alves, Inocência enfrenta uma demanda habitacional alta por conta do mercado imobiliário aquecido. 

Uma das principais preocupações da gestão é encontrar formas de absorver e acomodar aqueles que optarem por ficar na cidade após o término das obras. “O nosso maior déficit hoje é na habitação, então estamos trabalhando com muita cautela, mas a infraestrutura já vem sendo pensada. Estamos nos adequando em relação à moradia, ao hospital, à segurança pública e à educação”.

Segundo Henrique, a prefeitura deve ampliar programas de habitação popular, investir em novos loteamentos e buscar parcerias com os governos estadual e federal para viabilizar projetos. 

Além disso, uma parceria do município com o Governo do Estado irá garantir uma área de 25 hectares, destinados à construção de futuras habitações populares. Não foi passado à reportagem informações sobre quando seriam iniciadas as obras, nem qual região da cidade receberá as moradias. 

Já para os trabalhadores da fábrica, serão construídas 620 casas, previstas no PES (Plano Estratégico Socioambiental), elaborado pela Arauco. 

Casas sendo construídas no perímetro urbano da cidade (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

PES prevê construção de escolas, creches e hospital municipal

De acordo com o vice-prefeito, Inocência será beneficiada com investimento de R$ 65 milhões em segurança pública, assistência social, educação e saúde, previstos no PES (Plano Estratégico Socioambiental), elaborado pela Arauco. 

Nas ações contempladas pelo PES, ficou determinada a construção de um batalhão da Polícia Militar, um batalhão do Corpo de Bombeiros, ampliação e reforma de escolas municipais, construção de uma creche e capacitação de profissionais do setor. 

Na parte de saúde, serão construídos um hospital municipal, unidades básicas de saúde, um centro de atenção psicossocial, uma unidade especializada em odontologia e aquisição de ambulâncias. 

Além disso, Henrique destaca que o município firmou uma parceria com o Governo do Estado, onde será construída uma nova escola estadual, em um terreno cedido pela prefeitura de Inocência. A construção da creche, bem como as obras de pavimentação, já estão em processo de licitação.

Município visa qualificar jovens para o futuro

A chegada da fábrica e a promessa de geração de empregos traz esperança, mas também impõe desafios. Principalmente em relação à qualificação da mão de obra local e ao futuro dos jovens no mercado de trabalho. 

Segundo o vice-prefeito, Henrique Alves, o objetivo é garantir que os trabalhadores locais tenham oportunidade de competir pelas vagas à altura dos profissionais que vierem de fora. Para isso, o município instituiu parcerias com o Sistema S, que já está oferecendo cursos e treinamentos no município. 

Para os jovens, o fortalecimento do mercado de trabalho representa a possibilidade de permanecer na cidade e construir uma carreira profissional sem precisar buscar oportunidades em outros centros urbanos. No entanto, Henrique destaca que é preciso repensar os caminhos tradicionais. 

“Antigamente nossos jovens pensavam em medicina, direito, veterinária, direito. Hoje, com a indústria da celulose, surgem novas oportunidades. É necessário um trabalho de orientação dentro das escolas para que eles comecem a enxergar essas possibilidades”, explica.

Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, o secretário municipal de Indústria e Comércio, Ademilson Junqueira de Paula, destaca que a profissionalização da mão de obra também vai beneficiar trabalhadores que optem por buscar o município para se qualificarem.

No dia 9 de abril, Inocência inaugurou sua primeira unidade da Casa do Trabalhador para atender à demanda por mão de obra no município. A Casa do Trabalhador oferecerá serviços de intermediação de mão de obra, emissão de carteira de trabalho digital, acesso ao seguro-desemprego e orientações para qualificação profissional.

Alojamentos aos arredores da cidade (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Informações: MídiaMax.

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Candidato a “Rei do Cacau” quer revolucionar setor com mega fazenda no Brasil

Plano de Moisés Schmidt é revolucionar a forma como o principal ingrediente do chocolate é produzido, cultivando cacaueiros de alto rendimento

Na Bahia, o fazendeiro Moisés Schmidt está desenvolvendo a maior fazenda de cacau do mundo. Seu plano é revolucionar a forma como o principal ingrediente do chocolate é produzido, cultivando cacaueiros de alto rendimento, totalmente irrigados e fertilizados, em uma área maior do que a ilha de Manhattan, que atualmente não é conhecida pela produção das amêndoas.

O plano de US$ 300 milhões de Schmidt é o maior e mais inovador da região, mas não é o único. Há projetos superdimensionados semelhantes em desenvolvimento, alguns deles quase tão grandes, já que grupos agrícolas bem capitalizados buscam aplicar a experiência em agricultura em escala industrial à produção de cacau para lucrar com os preços altíssimos do produto.

Se esses planos derem certo, o centro de gravidade do setor poderá se deslocar da África Ocidental para o Brasil.

“Acredito que o Brasil vai se tornar importante região para o cacau no mundo”, disse Schmidt à Reuters, enquanto caminhava em meio a fileiras e mais fileiras de novos cacaueiros na região do Cerrado.

Ele estima que até 500.000 hectares de fazendas de cacau de alto rendimento poderiam ser implantadas no Brasil em dez anos, o que produziria até 1,6 milhão de toneladas de cacau.

Em comparação, o Brasil produz atualmente apenas cerca de 200.000 toneladas, enquanto a Costa do Marfim, maior produtor mundial, colhe dez vezes mais do que isso. Gana, o segundo maior produtor global, produz cerca de 700.000 toneladas de grãos.

Atualmente, o setor global de cacau está em crise. A produção está falhando na Costa do Marfim e na vizinha Gana, que, juntas, cultivam mais de 60% do cacau do mundo. Uma combinação potente de doenças nas plantas, mudanças climáticas e plantações envelhecidas levou a três anos consecutivos de queda na produção.

Isso tem sido uma má notícia para os amantes do chocolate. Os preços do cacau quase triplicaram em 2024, atingindo um recorde de US$12.931 por tonelada métrica em dezembro. Desde então, o preço caiu para cerca de US$ 8.200, mas continua bem acima das médias históricas.

OPORTUNIDADE NA CRISE?

Para Schmidt e outros agricultores no Brasil, a crise é vista como uma oportunidade.
A empresa familiar Schmidt Agrícola começou a se preparar para cultivar cacau em 2019 depois de concluir, com a ajuda de uma avaliação interna do mercado de cacau, que haveria um déficit de fornecimento no futuro.

“Simplesmente não imaginávamos que isso aconteceria tão cedo”, disse ele, enquanto caminhava pelas estufas de mudas da fazenda.

Sua fazenda planejada de 10.000 hectares deixaria pequenas as propriedades da África Ocidental, que normalmente se estendem por algumas dezenas de hectares. Há grandes fazendas em outros países produtores, como Equador e Indonésia, algumas delas com mais de 1.000 hectares, mas ainda muito menores do que o gigante planejado por Schmidt.

O plano é aplicar técnicas de agricultura em larga escala à fazenda de cacau totalmente irrigada, como se fosse um campo de soja ou milho. As árvores da fazenda, no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia, serão agrupadas, deixando apenas espaço suficiente entre elas para a irrigação mecanizada e a aplicação de fertilizantes e pesticidas.

Schmidt está plantando 1.600 árvores por hectare nas novas áreas, em comparação com apenas 300 árvores em fazendas convencionais. A concentração deve significar um rendimento muito maior por hectare.

 “A única coisa que ainda não é mecanizada é a colheita de frutas das árvores”, disse o agricultor.

Alguns veem esse método de cultivo como um divisor de águas.

“Daqui a cinco anos, tudo o que sabíamos sobre a produção de cacau terá mudado”, disse Tales Rocha, agrônomo de cacau da TRF Consultoria Agrícola, uma empresa que presta consultoria a agricultores no Brasil.

Rocha disse que a região do Cerrado no oeste da Bahia tem a topografia ideal para a agricultura de larga escala, com suas extensas áreas planas.

Grupos agrícolas como a Schmidt Agrícola já produzem soja, milho, algodão e frutas em milhares de hectares no oeste da Bahia, uma região com amplo suprimento de água.

MILHÕES DE MUDAS

Nas novas fazendas, os cacaueiros são cultivados a céu aberto, com muita luz solar. Isso contrasta com as plantações tradicionais de cacau em outras partes do Brasil e do mundo, onde os cacaueiros dividem espaço com outros tipos de árvores e recebem alguma sombra.

Schmidt está desenvolvendo árvores de alto rendimento por meio de uma operação de mudas que ele administra desde 2019. Sua equipe produziu novas variedades de cacau por meio da chamada seleção positiva, um projeto de anos em que as mudas são multiplicadas a partir de material retirado das plantas que produziram a maior carga de frutos em campos de teste.

As árvores de alto rendimento plantadas em cerca de 400 hectares na primeira fase do projeto estão produzindo cerca de 3.000 quilos por hectare (kg/ha), ou dez vezes a produtividade média das áreas tradicionais de cacau no Brasil. Schmidt disse que sua meta é passar de 4.000 kg/ha. Isso seria oito vezes o rendimento médio de 500 kg/ha do maior produtor, a Costa do Marfim.

Produções muito altas, acima de 2.000 kg/ha, foram alcançadas em pequenos campos de teste administrados pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a agência de pesquisa de cacau do Brasil, usando alta densidade de plantas.

Os pesquisadores, no entanto, disseram que os resultados precisariam ser confirmados com o plantio em maior escala e acrescentaram que havia dúvidas sobre a viabilidade econômica dessa prática, que exigiria cuidados extensivos com a cultura e mão de obra.

A instalação do viveiro de Schmidt, que opera como uma empresa separada chamada BioBrasil, usa maquinário de propagação da fabricante de equipamentos florestais dinamarquesa Ellepot, com capacidade para produzir 10 milhões de mudas por ano. Ele produz as árvores para a fazenda gigante planejada e também vende mudas para outros projetos de cacau no Brasil.

Algumas pessoas no mercado, no entanto, não têm tanta certeza de que esse tipo de expansão ocorrerá de fato no Brasil.

“Como sempre, o preço é o principal fator determinante. Em torno de US$4.000 por tonelada, o Brasil mal se interessou”, disse Pam Thornton, veterana consultora de cacau e comerciante de grãos.

“Depois de conversar com muitos fazendeiros brasileiros e visitar várias grandes fazendas comerciais, acredito que os preços mundiais precisam demonstrar que permanecerão próximos aos níveis atuais por mais um ano ou mais para que eles expandam a área cultivada e, provavelmente, vários milhares de dólares a mais para que isso ocorra de forma significativa”, disse ela.

Schmidt diz que o cacau de sua operação seria lucrativo mesmo a cerca de US$4.000 por tonelada. “Acima de US$ 6.000, é muito lucrativo, muito melhor do que a soja ou o milho”, disse ele.

As projeções de oferta e demanda de longo prazo parecem positivas para os preços, considerando que a produção na África Ocidental está estável ou “presa em um longo ciclo de resultados decrescentes”, disse o veterano corretor e analista de cacau dos EUA, Marcelo Dorea, CEO da M3I Capital Management.

“O mercado deve, portanto, buscar fontes alternativas de produção significativa”, disse ele, acrescentando que o Brasil parece ser uma opção natural, considerando o know-how do cacau e a disponibilidade de terras.


“BIG COCOA” DE OLHO

A Schmidt Agrícola cultiva mais de 35.000 hectares com soja, milho e algodão na Bahia. Ela tem acordos preliminares por meio de memorandos de entendimento com produtores de chocolate e comerciantes de cacau, disse Schmidt.

A Cargill, uma das maiores comerciantes de commodities e processadoras de alimentos do mundo, já é parceira na fase inicial, que abrange os 400 hectares, e está em negociações para expandir a parceria.

Schmidt disse que quase todos os grandes comerciantes de cacau ou empresas de chocolate estão conversando com ele e com outros agricultores no Brasil sobre acordos de expansão e fornecimento.

As parcerias incluiriam investimentos para desenvolver os projetos e, em troca, as empresas investidoras garantiriam o fornecimento de cacau, disse ele.

“Estamos trabalhando nos contratos agora”, disse ele, recusando-se a nomear as empresas, citando cláusulas de não divulgação.

A Barry Callebaut, maior fornecedora mundial de produtos de cacau e chocolate, está em negociações para fazer parceria com o grupo agrícola Fazenda Santa Colomba em um investimento para formar uma fazenda de cacau de 5.000 a 7.000 hectares no município de Cocos, no oeste da Bahia, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com a negociação.

A Santa Colomba não quis comentar.

A Barry Callebaut confirmou que assinou uma parceria com um grupo de agricultores no Brasil para uma fazenda de cacau de 5.000 hectares na Bahia, mas não quis citar o nome do grupo. O acordo faz parte da Future Farming Initiative, programa lançado pela empresa para impulsionar a agricultura de cacau de alta tecnologia e diversificar sua presença geográfica.

“Estamos fazendo um bom progresso com a FFI e continuamos a ver o interesse de parceiros, clientes e investidores em todo o mundo”, disse.

A Mars, produtora americana de barras Snickers e M&Ms, montou um campo de testes de cacau não muito longe da fazenda de Schmidt em Riachão das Neves.

A empresa disse que seu campo de testes na área faz parte de seus esforços para lidar com as mudanças climáticas e a queda da produtividade do cacau em todo o mundo.

“A Bahia é atraente devido à topografia plana, solos férteis, disponibilidade confiável de água e infraestrutura agronômica estabelecida”, disse Luciel Fernandes, gerente do Centro de Ciência do Cacau da Mars no Brasil.

RISCOS POTENCIAIS

Uma das principais pesquisadoras de cacau no Brasil, no entanto, está preocupada.
A fitopatologista Karina Peres Gramacho, que trabalha para a Ceplac, acredita que há riscos para os planos de extensas plantações de cacau no oeste da Bahia.

O fato de cada um desses megaprojetos se basear em milhares de clones do mesmo tipo de árvore poderia deixar os futuros campos vulneráveis a doenças, que são muito comuns no cultivo do cacau.

O Brasil já foi o segundo maior produtor de cacau, atrás apenas da Costa do Marfim, mas um fungo devastador na década de 1980, conhecido como Vassoura de Bruxa, dizimou milhares de hectares de plantações de cacau.

Gramacho apoia a ideia de usar variedades mais desenvolvidas e adequadas à região, geralmente híbridas que combinam qualidades de mais de um genótipo.

Alguns analistas do setor também têm dúvidas sobre a qualidade do cacau que seria cultivado sob a luz direta do sol, pois os frutos produzidos na sombra são normalmente considerados de sabor superior.

Cristiano Villela Dias, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC) do Brasil, diz que alguns testes iniciais com os frutos produzidos no oeste da Bahia não indicaram nenhuma diferença perceptível no sabor.

“A qualidade das amêndoas é muito semelhante ao melhor cacau produzido no Brasil ou em outros países”, disse Villela, acrescentando que o tratamento pós-colheita ideal, especialmente com fermentação e secagem, faria uma diferença maior na qualidade das amêndoas.

A Mars disse que testou o cacau produzido na área e não identificou “uma diferença fundamental no sabor ou na qualidade que esteja direta e exclusivamente associada ao cultivo a pleno sol”.

Informações: InfoMoney.

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